Nada é por acaso

Escrito por Sabrina Pires | Revisado por Andressa

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  Carol era uma menina meiga, toda bonitinha, mas não a mais linda de sua escola. Porém, conseguiu conquistar um dos rapazes mais legais.
  Joe era um rapaz muito legal, era grande amigo dos rapazes mais POP?s da escola. Sim eles, Tom, Dougie, Danny e Harry, os garotos do Mcfly.
  Carol e Joe se gostavam e com o tempo começaram a namorar, mas o que ela não sabia era que...

  - Oi, bebesita. - Joe se aproximou de mim beijando de leve minha testa, mania da qual ele sempre teve, e eu nunca consegui fazer com que ele mudasse, por mais constrangedor que eu achasse.
  - Oi, meu amor. Eu disse, e o puxei pra próximo de mim unindo nossos lábios.
  - Nossa, guria, que é isso? Você me deixou sem fôlego! - ele fala todo dengoso, bem como se fosse gay. Já venho há alguns meses notando uns comportamentos estranho dele, bom, ele anda meio afastado de mim, parece que ele não quer mais me beijar, evita contato físico, sempre que vou falar com ele, ele acaba sendo frio, nem parece que estamos namorando há 7 meses. Meu pressentimento está me dizendo que há algo errado com ele, sinto que existe outra pessoa entre nós, que ele não me ama mais como me amava quando começamos a namorar, na verdade não existia mais aquele calor, aquela vontade de estarmos mais juntos, como eu sentia no início, por minha parte é por ele me ignorar, por ele me tratar como está me tratando. Isso dói, dói de mais, é durar ver quem a gente ama se afastado e por mais que tente trazê-lo de volta é difícil, ele está muito distante.
  - Ué, amor. Você não gostou? - fico de boca aberta. - Antes você amava meus beijos! O que te deu? - falo com um leve tom irritado.
  - Nada, boba! - ele diz jogando suas mãos pra cima.
  - Meu, você está muito estranho! - falo olhano-o seriamente.
  - Como assim, bebesita? - Joe fala tentando disfarçar alguma coisa. 'Ela deve estar desconfiando de algumas coisa' ele pensa.
  - Esse seu jeito! Tá meio... meio... - não consigo falar, e ele me interrompe.
  - Desembucha, doida! Meio o quê? - ele fala sarcástico.
  - Meio GAY! - falo sem jeito, e envergonhada de estar pensando isso do meu namorado!
  - Que isso! Eu? - ele diz, daquele jeito que só ele conseguia fazer, super, hiper, mega gay.
  - É! Mas deixa para lá! Você vai fazer o que hoje? - pergunto mudando de assunto, ainda encabulada.
  - Vou ver os guys ensaiar. Mas... você não pode ir comigo! - Ele fala.
  - Ah! Mas por quê? Você sabe que eu os AMO! - na verdade, eu amava mesmo era o Tom. Sabe, desde que a Melisa me 'apresentou' a banda, desde que eu comecei a acompanhar a carreira deles, eu me encantei pelas covinhas fofas do Tom Fletcher, mas lógico que meu namorado, Joe, não sabe disso, por que se não ele acharia que eu só comecei a namorá-lo para me aproximar dos rapazes, e isso não foi o caso, porque quando comecei a namorar ele eu não sabia que eles eram amigos, só sabia que Joe era popular, que ele fazia sucesso em meio as pessoas pelo seu humor sempre vibrante, qualquer coisinha é motivo pra ele festejar. Mas confesso a vocês que com o tempo, fui convivendo mais com Tom, fui me apaixonando ainda mais, e a cada dia está mais difícil de esconder isso do Joe.
  - Porque eu não quero te levar. Na verdade, não gosto mais de estar muito com você, prefiro ficar com rapazes. - Sem querer ele acabou se entregando ao dizer "com rapazes".
  - Meu, isso foi uma indireta! Dizendo que não me quer mais? - falei incrédula.
  - Tô atrasada. Bye, bye, baby. - Joe diz se virando, mas eu o impedi para lhe dar um beijo e ele virou as costas para ela, fazendo pouco caso.   Eu liguei para a minha melhor amiga, Melisa.
  - Alô? - Melisa atende toda ofegante.
  - Oi, querida, tudo bem? Nossa o que aconteceu? Você parece cansada? - Digo, tentando não demonstrar que estava arrasa, mas isso foi quase impossível.
  - É que tipo! Não foi uma hora muito boa para você ligar. - Melisa diz envergonhada.
  - Tá bom, mas eu, eu... - Desligo o celular, pois me toquei que ela estava ocupada demais e não poderia me atender.
  "E eu aqui com essa dúvida?" Penso.
  Já fazia um certo tempo que ele vinha agindo muito estranho, mas nunca havia passado por minha cabeça que essa dúvida realmente poderia se confirmar, custava a acreditar que isso fosse verdade, que ele algum dia pudesse deixar de ser HOMEM. Não que eu tenha preconceito quanto há isso, mas é estranho, a pessoa que eu amei e ainda amo, por mais que as coisas estejam confusas, que um dia me fez feliz, poder gostar de alguém do mesmo sexo? Isso seria passível? Será que isso acontece com mais pessoas? Ou simplesmente tenho a sorte de meu namorado estar virando gay? Será que nesse tempo que estamos juntos ele já ficou com algum garoto? Cada vez mais dúvidas vinham em minha mente.
  Me sentei na pracinha em frente ao prédio onde os garotos mais sexy?s moravam. Eu estava com a cabeça encostada em meus joelhos no qual eu estava abraçada, eu... Eu estava chorando, sempre fui fraca quanto ao que sentia pelo Joe, todas as vezes que brigávamos e nas últimas vezes que nós conversamos eu acabava chorando.
  De repente, alguém me cutuca, olho assustada para trás e não havia ninguém. Quando olho para frente novamente, lá está sentado em meu lado, Tom . Achei que meu coração sairia pela boca do susto e por ele estar ali.
  - Você quer me matar do coração? - digo, colocando uma mão em meu peito e com a outro enxugo meu rosto que estava molhado pelas lágrimas.
  - Não. Mas sabia que você fica muito hot quando assim? - Tom começou a fazer caretas. Ele sabia que eu odiava quando ele falava assim.
  - Pára com isso! Você sabe que eu odeio quando tu falas assim. E hoje eu não tô bem! - falo irritada, mas confesso que estava louca para rir das caretas que ele fazia.
  - Nossa, que bicho te mordeu hoje Carol? - Ele mostrou a língua, zoando da minha cara .
  - Ah! É aquele teu amigo GAY. - Falo fazendo bico e uma carinha triste.
  - Tá explicado! Então você soube que o Joe está saindo com um bofe? - Tom fez como Joe havia feito mais cedo.
  - EU NÃO ACREDITO! Aquele idiota desgraçado não me falou NADA. - Estava estampado em minha cara a raiva que eu sentia. ? Por isso ele não quis... Quer dizer, vocês não têm ensaio hoje? - falo arqueando a sobrancelha confusa.
  - Que nada, guria! Hoje estamos livres. - ele fez cara de quem não estava entendendo nada.
  - Ai. Eu vou matar o Joe. Ele está me traindo com um vagaba. Eu não acredito! Com um HOMEM! - saí irritada, deixando para trás até o rapaz, pelo qual tinha um amor platônico, sozinho.
  - Carol, espere! Onde você vai? Tom grita, pois eu já estava meio longinho e saiu correndo atrás mim.
  Eu estava desesperada, chorando novamente, pois, querendo ou não, eu amava aquele cafajeste. Quando finalmente Tom alcançou-me, ele segurou meu braço impedindo que eu andasse, e puxou-me para perto si, abraçando-me. Eu estava com a respiração acelerada, e, aos poucos, fui me acalmando.
  - Eu não acredito que ele fez isso. - digo chorando, e graças ao meu choro a camisa de Tom estava ensopada onde eu havia encostado meu rosto.
  - Carol, olha pra mim. - Tom diz, sério.
  - Que foi? - digo enxugando o olho, que já estava todo vermelho de tanto chorar.
  - PÁRA! Não pensa mais nisso. - ele diz acariciando meu rosto.
  - Eu não consigo, eu am... - não consegui terminar de falar, pois Tom me surpreende com um beijo. No início, meio que resisti, mas depois fui esvaziando minha mente e curtindo o momento que eu havia imaginado desde o primeiro segundo em que o conheci.
  - Será que você não consegue mesmo? - Tom diz, meio inseguro.
  - E-eu n-não s-sei! - eu estava confusa.
  - Vou levá-la para casa. - Tom diz me abraçando.
  - Não! Eu não quero ir para casa. - fiz biquinho e cara de quem ia voltar a chorar novamente, tá, isso foi meio que encenação, não queria ficar longe de Tom agora, na verdade, não queria voltar para casa por que sei que começaria a pensar em tudo que vivi com Joe, começaria a lembrar de todos os momentos bons que passamos juntos, e também dos momentos em que ele começou a me deixar de lado.
  - Hmm... - Thomas pensa um pouco. - Então hoje você vai ficar lá em casa. - ele fez uma carinha de safado.
  - Certo! - eu já havia me animado um pouquinho, pois eu sabia que lá teria os rapazes fazendo zoeira. Sorri levemente.
  Nós fomos abraçados até o apartamento dele. Chegando lá, demos de cara com o Dougie e o Danny jogando Nintendo wee. Eu, como era viciada em vídeo-game, fui correndo lá expulsá-los para jogar. Eles duvidaram que eu sabia jogar e quebraram a cara. Eu era VICIADÉRRIMA no jogo. Passamos horas jogando, até que, de repente, quem aparece... é o Joe, com seu bofe.
  - EU NÃÃÃÃÃO ACREEEEEEDITO! - gritei e saí correndo.
  Dougie e Danny se entreolharam e olharam para o Tom, sem entender o que estava acontecendo.
  - Depois conto para vocês. - Thomas diz, saindo correndo atrás de mim novamente. Quando, por fim, ele me avistou, eu estava desmaiada no fim da escadaria do prédio, quando ia descendo, escorreguei em um dos degraus e acabei caindo e batendo a cabeça. Já havia som de ambulância na rua, Tom estava desesperado. Danny, Dougie, Gui e o bofe vieram ver o que estava acontecendo, e quando me viram ficaram apavorados, Danny e Dougie foram para perto do Tom, tentar acalmá-lo, sim, eles sabiam que Tom gostava de mim. Joe ficou sem reação, ele sabia que a culpa desse acidente foi dele, pois se ele tivesse me contado a verdade, ou, se ele não tivesse aparecido ali naquele momento, nada disso teria acontecido. Levaram-me para o hospital, onde fiquei vários dias na UTI.

  Durante esse tempo, Tom ficou ali comigo, esperando por alguma reação minha por algum movimento repentino, pelo momento em que eu abriria meus olhos e sorriria docemente para ele. Fazia algum tempo que ele gostava de mim e nunca havia dito nada, porque ele era amigo de Joe e sabe aquele ditado ?MULHER DE AMIGO MEU É HOMEM? prevaleceu. Nem sei como ele me beijou no dia do acidente.

  Tom POV's

  - Carol, quando você vai me dar a alegria de ver seu sorriso? - eu falava olhando-a. - Quando você vai apertar minha mão e me fazer sorrir novamente?
  Eu, desde o primeiro dia fiquei como acompanhante da Carol.

  - Senhor Fletcher, você deveria ir descasar. - O médico que todos os dias vinha ver Carol diz. - Se não, quando ela acordar é você que vai ir para essa cama. - Ele disse, sorrindo para mim, lógico que ele falou isso em um tom de brincadeira, mas era algo que eu sabia que era verdade.
  - Não doutor, quero estar aqui quando ela acordar. - Eu respondi, e assim respondi todas as vezes que ele me dizia para ir casa.
  Pra não dizer que eu não saia do hospital, quando a Melisa vinha ver a Carol, eu ia em meu apartamento tomar banho e fazer algumas coisas que estavam pendendo, durante o tempo que ficava fora do meu apartamento os rapazes se apossavam dele e o deixavam uma bagunça. Eu ligava para a empregada pedindo para ela vir arrumar tudo. Também fui tomar algumas providências da surpresa que eu faria para Carol. Mas logo que tudo estava resolvido eu voltava para o hospital.
  - Tom, você não tem que ir ensaiar? - Melisa perguntava.
  - Não Melisa, os rapazes sabem que não posso, e também não to com cabeça para ensaio. E a gente também não tinha nenhum show programado, e quando ligam para marcar show eles dizem que eu estou doente. - Respondi a ela, e a parte de eles dizerem que eu estou doente, não deixava de ser verdade, por que parte de mim estava ali, deitada naquela cama juntamente com a Carol.
  - Entendo. - ela sorri pra mim. - Você realmente ama ela né?
  - Sim, desde o primeiro dia que a conheci. - sorrio levemente. - Mas você sabe, nunca pude falar nada por causa do Joe, ele sempre foi meu amigo. - falo triste, por nunca ter dito nada a Carol. - E eu tenho medo, de ela não acordar. - senti algo frio em meu rosto, levei a mão em meu rosto e o senti molhado.
  - Tom, vai dar tudo certo! - Melisa sorri pra mim. - Ela vai ficar bem, você vai ver.
  - É, eu sei, mas já são tantos dias que ela não se mexe. Às vezes eu fico olhando-a e querendo que ela faça um movimento, por mínimo que fosse, ou que ela se virasse em minha direção e desse um sorriso. - falo.
  - Eu sei, deve ser difícil pra você. - ela me abraça rapidamente. - Tom, preciso ir, meu namorado está me esperando, desculpe. - ela sorri se desculpando.
  - Tudo bem Melisa, foi bom conversar, desabafar com você. - sorrio para ela. - Tchau.
  - Tchau, amanhã venho visitar vocês. - ela sorriu e saiu do quarto.
  Sentei na cadeira onde passava parte do meu tempo, ou olhando para Carol, pensando em como seria quando ela me visse aqui, pensando em como seria depois de tudo que aconteceu, se nós ficaríamos juntos. Ou, ficava lendo alguns livros, ou decorando alguma letra de música nova.
  Depois de alguns minutos sentado pensando, me levantei e fui até a cama onde ela dormia profundamente, acariciei e beijei todo seu rosto, e comecei a cantar pra ela. Encostei meu rosto em sua cabeça e ali permaneci por um longo tempo.

  Tom POV's finish.

  Em um belo dia, enquanto Tom cochilava ao lado de minha cama, eu acordei, estava meio desnorteada, não sabia muito bem o que estava acontecendo. Vi Tom deitado ali na cadeira e sorri, desci da cama de metida e fui acordá-lo com um beijo. Assim que toquei meus lábios frios em seu rosto ele se assustou, estava tendo um pesadelo. Então vendo sua expressão confusa sussurrei:
  - Calma! - fazendo-o cafuné.
  - O que você está fazendo em pé? - Tom diz severamente.
  - Nossa! Eu só queria fazer uma surpresa. Você não gostou? - fiz aquela carinha irresistível que somente eu sabia fazer.
  - Você ficou doidinha depois do tombo, é?! Mas claro que gostei! - Tom diz apertando meu nariz, me pegou no colo e colocando-me na cama. - Ah, e a Melisa esteve aqui mais cedo. - ele sorria pra mim.
  - Não sei! O que aconteceu? Pergunto meio confusa. - só lembro que estava em seu apartamento jogando vídeo game quando o Joe apareceu, depois disso não me lembro de mais nada. - Olho pra ele, balançando a cabeça pra tentar clarear minha mente.
  - Então, quando o Joe chegou lá em casa, você saiu correndo, e provavelmente deve ter escorregado em algum degrau lá na escadaria do prédio, mas também, só você pra sair correndo naquelas escadas - ele ri -, você bateu a cabeça e teve traumatismo craniano grave, ficou aí nesta cama - Tom aponta pra cama na qual eu me encontrava deitada -, durante uns 20 dias mais ou menos, dormindo.
  - E o idiota do Joe? - resmunguei.
  - Não pensa nele agora! - Tom diz colocando o dedo em meus lábios para que eu ficasse quieta e sorriu.
  - Por quê? - fiz uma cara de brava.
  - Depois eu te conto como ele está. Mas agora você tem que descansar. - Tom diz, passando os seus dedos de leve sobre minhas pálpebras obrigando-me a fechar os olhos.
  Fui obrigada a ficar mais 24 horas em observação, mesmo contra minha vontade, mesmo eu querendo ir para casa, mesmo eu tendo implorado para o médico para ele me liberar pra ir para minha casa, e a cada palavra que eu dizia para o médico pra ele me deixar ir embora, Tom me olhava censurando todas elas, por fim, fui vencida pelo cansaço e pelos olhares de Tom. Passaram-se as longas 24 horas, e logo pela manhã recebi alta e fui para minha casa, lógico que acompanhada por Tom.
  Chegando em casa, levei um susto, olhei fixamente para todos os móveis, eles não eram os meus móveis, juro que quando saí de casa eles não estavam assim, estava tudo completamente diferente, estava tudo perfeitamente lindo.
  - Quem, quem fez isso? - perguntei espantada.
  - Eu! Gostou? - ele estava todo bobo.
  - Gostei não, eu AMEI. - fiquei toda sem jeito, e pra agradecer lhe abracei forte olhando fixamente em seus olhos e sorri.
  - Que bom que você amou. - ele estava super, hiper feliz, por me ver tão contente.
  - Tá, agora você vai me falar do Joe! - eu já conseguia falar dele sem ficar triste. Para mim a partir desse momento ele era indiferente, para mim ele não era nada mais do que parte do meu passado, um passado do qual eu nunca esqueceria, e também do qual não tenho muito do que reclamar, por que querendo ou não eu e Joe tivemos momentos muito felizes.
  - Primeiro, ele deixou uma carta para você. Ele sabia que você iria querer saber dele. - Tom me entregou a carta, sentando-se ao meu lado no sofá do qual eu estava sentada.
  Estava escrito o seguinte:

  - Carol! Minha Bebesita!
  Não vou dizer que passei momentos ruins com você, por que eu sei que fui feliz ao seu lado e também sei que te fiz muito feliz. Te amei muito, muito mesmo.
  Mas quando conheci o Diego, não sei o que aconteceu, meu coração bateu tão forte, mas tão forte que foi difícil de resistir. Meu, foi super estranho, foi algo que nunca havia sentido antes. Algo que até às vezes pra mim é difícil de entender o que está se passando em minha vida. Perdoe-me (espero que um dia você consiga) por não ter lhe contado a verdade. Por você ter descoberto dessa maneira. Eu realmente queria te contar, mas não via maneira alguma de lhe contar, e a cada dia que se passava, eu sabia que seria mais difícil de te falar. Fiquei muito mal, quando vi você lá desmaiada, fiquei muito triste, sabia que seu acidente foi minha culpa. Não tive coragem de ir visitá-la no hospital. Estou indo para a França para não ter que tornar difíceis nossos encontros, que seriam inevitáveis. Vou lhe contar um segredinho: Olhe para o seu lado, sei que o Tom está aí. Carol, ele é amarradão em você, desde o dia em que lhes apresentei. Espero que vocês sejam muito felizes, pois eu sei que você gosta dele (descobri no seu diário). Ah, a minha chave está lá dentro.
  E Tom, desculpe-me.
  Abraços, Joe!

  Eu estava chorando pelas revelações que haviam na carta. Um pouquinho era de raiva por Joe ter lido meu diário, mas fiquei feliz também por saber que o Tom gostava de mim.
  - Tom! É verdade o que ele falou? - pergunto, enxugando minhas lágrimas.
  - Sim, Carol! É a pura verdade, nunca falei nada por ser amigo dele, sabe como é: mulher de amigo pra mim é homem. - ele fez eu rir, e fez uma carinha de safado.
  - Cara, você é a pessoa mais importante pra mim. - eu disse, desviando o olhar, pois naquele momento eu sabia que minhas bochechas estavam vermelhas.
  - Não fica vermelha, vou lhe dizer uma coisinha. - ele aproximou-se bem de mim e cochichou: te amo!
  Tom se levantou, pegou minha mão, levantando-me e puxando-me o mais próximo de seu corpo. Encarou-me durante algum tempo. Devagar, foi aproximando seus lábios dos meus, o beijo se iniciou com um leve selinho, após alguns segundos, o beijo se aprofundou. Após alguns longos minutos nos beijando, quando eu já estava sem ar, eu afastei meu rosto do dele o mínimo possível pra que eu pudesse ver seus olhos, sorrindo eu sussurrei e disse:
  - Eu te amo.

FIM



Comentários da autora

  Ah! O Joe terminou sozinho sem a Carol, que está muito, muito feliz com o Tom, e sem o Diego, que na França encontrou o Diego e lógico foi morar com ele. Enfim, Joe terminou SOLITÁRIO!
  NADA ACONTECE POR ACASO! TUDO TEM UM DESTINO TRAÇADO!