My Killer Queen
Escrito por Potato | Revisado por Mariana
Já era 8 da manhã e nada do vôo da chegar.
Hoje era seu aniversário e ela cancelou o seu show no Brasil para vir passar essa data comigo, aqui em Londres.
Um detalhe que me esqueci de mencionar: Ainda não comprei o presente dela!
Mas não por preguiça ou falta de dinheiro, afinal, eu sou Harry Styles! Mas é porque não faço a mínima ideia do que comprar pra minha pequena, isso porque somos casados há 2 anos!
Ouvi uma voz falar no alto-falante que o vôo dela iria se atrasar um pouco mais, o que em deu uma pontinha de alívio e esperança...
Lado positivo? Dava tempo de comprar um presente.
Lado negativo? Demoraria mais para ver ela e pior, estava em um aeroporto, sem nenhum shopping ou loja por perto.
Primeiro pensei em comprar chocolates, mas isso faria ela reclamar cada vez mais que estava gorda. Não que eu não gostasse, mas é que não gostava da minha mulher fazendo dietas abusivas sem necessidade. Depois pensei em levá-la para um jantar, mas eu queria dar uma coisa para que sempre que ela visse se lembrasse de mim.
Várias ideias se passaram pela minha cabeça, então resolvi ligar para o Louis, a opinião de um amigo sempre ajuda às vezes.
- HARRY STYLES, É BOM TER UM ÓTIMO MOTIVO PRA ME ACORDAR A ESSA HORA! - Como sempre doce como limão...
- Bom dia para você também, Louis. - Eu disse irônico. - Cara, desculpa, mas é que como você sabe, hoje é o aniversário da e ela já ta chegando do Brasil... E o otário aqui ainda não sabe o que dar de presente. - Eu disse meio desesperado.
- Calma, cara... - Ele respondeu um pouco mais calmo. - Quando vocês começaram a namorar, qual foi o primeiro presente que você deu pra ela?
- Acho que foi uma caixa de chocolate, ou será que foi um buquê de flores? - Eu disse tentando me lembrar. - Espera, acho que foi... UM PERFUME! - Minha voz se exaltou um pouco.
- Ótimo, garanhão apaixonado, qual foi o perfume? - Ele perguntou já impaciente.
- Acho que foi um Killer Queen... - Eu disse tentando me lembrar direito. - É, acho que foi esse mesmo.
- Então pronto! Aí no aeroporto sempre tem essas lojinhas de perfume ou coisa assim, vai até lá, e compra um, simples! Agora me deixa dormir porque eu preciso descansar, a noite foi longa, boa sorte. - Ele disse e não me deu chance nem de me despedir. Esse Louis, além de tarado ainda é um sem educação!
Segui seu conselho e fui atrás de uma loja de perfumes, e graças a Deus eu encontrei uma do outro lado da avenida. Entrei correndo e passei os olhos pela loja atrás do perfume, e lá estava ele, em uma prateleira baixa com um banner da Katy Diva Perry, como diria . Sim.. Ela é katycat!
Fui até a prateleira e peguei uma das caixinhas e fui até o caixa.
- Crédito ou débito? - Uma moça loira de olhos pretos me perguntou.
- Crédito, por favor. - Eu disse e ela sorriu para mim. Olhei melhor e pude ver que ela estava usando um colar com um "1D" um pouco discreto. Sorri de volta e ela me entregou uma sacolinha com o perfume e colocou meu cartão de crédito em cima do balcão.
- Harry? - Ela me chamou e eu a encarei. - Por favor, você pode me dar um autógrafo? - Eu sorri e acenei com a cabeça. Ela pegou uma caneta e um bloquinho embaixo do balcão e me entregou.
- Seu nome? - Eu perguntei ainda a encarando.
- Mayra Lokwood. - Ela disse com um sorriso enorme. Assinei a folha de papel e coloquei seu nome e um coração, lhe devolvi, peguei meu cartão e a sacolinha e fui até o aeroporto novamente. Antes de voltar para as cadeiras de espera, passei em uma lojinha que tinha logo na entrada, e pedi para uma moça embrulhar o perfume em um papel de presente de caveira, idêntico ao que eu usei para embrulhar o primeiro, à quase 4 anos atrás. Ela fez o embrulho, eu paguei e corri para as cadeiras de espera, onde uma mulher com a aparência de uma menina de 15 anos estava sentada. Ela usava uma blusa preta de gato, seu coturno preto, uma calça jeans escura, o inseparável colar dar relíquias da morte e a aliança igual a minha no dedo anelar. Seus cabelos escuros estavam soltos e caídos sobre os ombros. Ela estava radiante, linda, maravilhosa perfeita e... Gostosa!
Me aproximei devagar, mas minha vontade era de correr e a abraçar beijar e fazer tudo o que tinha direito, já que não a via há mais de um mês! Sem que ela notasse minha presença, me coloquei ao seu lado e pude ver que ela estava mexendo em seu twitter.
- Está perdida por aqui? - Eu disse e ela olhou para mim. Nossos olhos se encontraram e seus lábios se abriram em um sorriso lindo. O mais perfeito de todos os outros. Ela se levantou em um pulo e agarrou meu pescoço, envolvendo-os com seus braços. Minhas mãos automaticamente foram para sua cintura e eu afundei minha cabeça na curva de seu pescoço, sentindo seu delicioso cheio de caramelo, misturado com maçã verde e tuti-frut. Uma mistura perfeita para uma mulher perfeita!v
- Harry, eu senti tanto sua falta! - Ela disse me soltando e me olhando diretamente em meus olhos. Pude perceber que seus olhos estavam marejados, ela estava quase chorando, e eu não ficava muito atrás.
- Eu também senti sua falta. - Eu disse acariciando seu rosto e observando cada detalhe: As bochechas rosadas, os olhos bem escuros, seus cílios alongados, seus lábios meio esbranquiçados por falta de batom e também pelo frio que fazia aqui em Londres. - Mas sabe do que mais eu senti falta? - Eu perguntei e ela fez que não com a cabeça rindo um pouco. - Disso! - E sem esperar grudei meus lábios aos seus, com uma ferocidade, que se não estivéssemos em um local público, com toda certeza já estaríamos fazendo coisas impróprias. Nossas línguas exploravam a boca um do outro, suas mãos alternavam entre arranhar minha nuca ou puxar de leve a minha camiseta. A minhas passeavam por suas costas, e vez ou outra eu passava um pouco do perímetro e ia direto para suas coxas, a fazendo sorrir entre o beijo. Parti o beijo por falta de ar, e pude ver que ela também não iria demorar para fazer isso, já que estava muito ofegante.
- Realmente, Harry... Você conseguiu me deixar sem ar mais uma vez! - Ela brincou com os braços ainda em volta do meu pescoço.
- Aposto que na cama você fica ainda mais sem ar! - Eu disse levando um tapa atrás da minha cabeça. Fechei os olhos rapidamente e exclamei um "ai" bem baixo, mas sem tirar o sorriso do rosto.
- Pervertido! Estamos no aeroporto, e não vai demorar para os pappa... - Ela nem precisou terminar de falar, uns quatro ou cinco deles estavam nos rodeando. Olhei para ela que pareceu ter o mesmo pensamento que eu. Pegamos sua mala (uma só, já que só iria passar três dias em Londres, logo teria que voltar para a turnê.) e fomos em direção ao estacionamento. Pegamos meu carro, uma Range Rover, e fomos em direção à nossa casa. No meio do caminho, adormeceu, a viagem foi cansativa e eu não iria acordá-la... Primeiro porque ela era a coisa mais linda dormindo e a viagem do Brasil até Londres realmente era cansativa. Segundo porque se eu a acordasse, ela não iria mais ser "só amores" e ficaria emburrada o dia inteiro.
Chegamos ao nosso condomínio, que por sinal, era o mesmo dos meus parceiros de banda - Louis, Niall, Zayn e Liam - estacionei em frente a minha casa, desci do carro e nem sinal da dorminhoca acordar. Peguei sua mala, levei para dentro de casa, depois voltei e a peguei no colo, a levando para nosso quarto, a colocando deitada na cama, e logo em deitei também, a observando dormir. Não demorou muito e ela se mexeu um pouco e logo acordou me olhando com um meio sorriso e aproximando nossos rosto selando nossos lábios. Pedi passagem com a língua e ela concedeu, fui aprofundando o beijo e logo já estava em cima dela, Minhas mãos foram para suas coxas e logo ela arrancou minha camiseta, fiz o mesmo com sua blusa e voltei a beijá-la. Durante o beijo, senti suas mãos passarem pela minha calça atrás da fivela do meu cinto, assim que ela encontrou, senti um frio na barriga, já que ela passou a mão no meu amiguinho, que já estava animado. Ela conseguiu abrir minha calça e eu fiz o mesmo com a dela, logo já estávamos nus e já em ação. Nossos corpos estavam em sintonia e se encaixavam perfeitamente.
- Você não tem noção do quanto senti saudade disso... - Ela ainda ofegava quando eu cai ao seu lado.
- E eu então? Um mês longe de você é tortura. - Eu disse enquanto beijava seu pescoço tentando respirar melhor.
- Vou tomar banho e já volto. - Ela disse e logo já estava no banheiro. Me levantei, coloquei minha roupa e só então me lembrei do Killer Queen. Corri até a sala ainda colocando minha camiseta e peguei o pacote. Subi novamente para o quarto, deixei em cima da cama e me sentei próximo aos travesseiros. Não demorou muito, e uma apenas de lingerie preta saiu do banheiro.
- O aniversário é seu e sou eu quem ganho... É isso mesmo, produção? - Eu disse e arranquei uma risada dela. Meu Deus, como senti saudade disso.
- Ao que parece eu também ganho. - Ela disse se sentando meio desajeitada no meu colo com uma perna de cada lado do meu corpo e pegando o pacote com o perfume. Ela sacudiu próximo aos ouvidos como sempre fazia quando eu lhe dava algum presente. - O que é? - Ela perguntou me olhando e eu não fiz anda, apenas ri um pouco. - É de comer? - Ela perguntou e eu ri mais ainda. Parece que o espírito de directioner não sai dessa garota.
- Abra e descubra... - Eu disse tentando fazer suspense, mas minha voz saiu mais fina do que o esperado, arrancando mais gargalhadas dela e um sorriso bobo dos meus lábios. Ela abriu cuidadosamente o embrulho (SÓ QUE NÃO!) e seus olhos se encheram de lágrimas quando viu a caixinha do Killer Queen.
- Harry... Você... - Ela disse pausadamente tentando encontrar palavras. Como sempre eu consegui deixar minha pequena sem palavras. – Harry, eu te amo! - Ela disse voando no meu pescoço e me abraçando forte. Me senti orgulhoso, fiz uma anotação mental de agradecer ao Boo por me lembrar do perfume. - Como você ainda lembra? Faz quanto tempo? Quatro anos? - Ela disse se soltando com os olhos cheios de lágrimas.
- Quase isso... - Eu disse sorrindo. - Eu só queria um presente pra fazer você se lembrar de mim sempre, e eu lembrei do perfume, que foi o primeiro que eu te dei, quando a gente começou a namorar.
- Ai Harry... - Ela disse quase chorando. - Seu idiota, otário, comedor de banana! Você me fez chorar! - Ela disse secando as lágrimas.
- Sabia que ia fazer você chorar. - Eu disse e levei um tapa no braço.
- Te amo.
- Eu te amo mais! - Eu disse e a beijei intensamente.
Ao que parece minha tentativa de dar para a um presente que a fizesse lembrar sempre de mim deu certo, até porque um mês depois recebi uma ligação, a ligação mais feliz de todos os anos da minha vida: Eu seria pai!
FIM