My Favorite Girl
Escrito por Mandy Poynter | Revisado por Lelen
sentia a maciez do colchão e mesmo sabendo que teria que levantar, não sentia a menor vontade, não queria abrir os olhos e voltar à realidade onde não teria aquele homem ao seu lado para sempre. Os braços fortes que a rodeavam a deixavam ainda mais confortável e sem vontade de abrir os olhos. Sentiu pequenos beijos em seu pescoço subindo lentamente até sua bochecha fazendo-a virar o rosto e logo sentir os lábios do rapaz sobre os seus. Virou seu corpo e finalmente abriu os olhos para encarar o belo homem que insistia em atormentá-la com seus beijos, sentiu as mãos dele abaixarem lentamente pelo seu corpo e sabia que teria que acabar com aquilo antes que demorasse mais.
— Sabe que eu tenho que ir embora, não sabe? — perguntou puxando a mão do garoto de volta. — Não faz isso, Tetsu* eu tenho que ir pra casa, sua avó vai me matar por tá depravando o netinho dela.
— -chan, não vai levantar daqui mesmo. — Apertou ainda mais a garota em seus braços e voltou a beijar seu pescoço. — Vamos continuar de onde paramos ontem.
— Nem pensar — respondeu a menina sorrindo e se afastando levemente do rapaz. — Minha mãe vai me matar também, não posso usar Kenma e meus tios pra me acobertarem pra sempre — disse se levantando lentamente sentando na beirada da cama. — Se meu pai souber ele mata você.
— Se isso for fazer você ficar mais tempo, eu não me importo em morrer. — Ele a puxou novamente pra cama e ficou por cima dela. — Vamos, não seja chata. — A cada palavra ele a beijava, ele sabia exatamente como tortura-la, mas os dois foram interrompidos por leves batidas na porta.
— Tetsu, o café tá na mesa, desça logo. — Ouviram o avô de Kuroo e a menina se calou, seu plano de sair de fininho teria que esperar o avô do rapaz sair. — Aproveite e pergunte pra -chan se ela se importa de ficar pro café. — Assim que ouviram os passos do mais velhos se afastarem a menina empurrou Kuroo e saiu como um jato da cama se vestindo em menos de um minuto.
— Não acredito que ele me pegou — falou a menina nervosa. — Como eu vou encará-lo agora? Eu sou uma idiota mesmo, sabia que deveria ter saído mais cedo.
— Não se preocupa com isso não. — Kuroo permanecia deitado na cama com a maior tranquilidade do mundo. — Meu avô não se importa com essas coisas.
— Mas eu me importo, merda. — Ela estava irritada e mesmo querendo rir, Tetsuro se segurou. — O que ele vai pensar de mim?
— Eu já disse que ele não liga, não vai pensar nada de ruim de você — respondeu tentando amenizar a situação.
— Eu preciso ir. — A menina se apressou, pegou a camisa da Nekoma de Kuroo para substituir a sua que não fazia ideia de onde estava e foi em direção à porta, mas foi impedida por um Kuroo que levantou como o flash da cama.
— Não vai ser mal educada a esse ponto, vai? — perguntou o rapaz, pois sabia que tocaria no ponto fraco, ela odiava que alguém pensasse que ela não passava de uma garota sem noção e desrespeitosa.
— Você é horrível — bradou a menina fazendo Kuroo rir.
— Vamos lá.
O garoto a segurou pelos ombros e, novamente, colou seus lábios em um beijo rápido e logo a levando para fora do seu quarto. A menina estava constrangida e achava que nunca iria conseguir se recuperar. Não sentia a menor vontade de descer e encarar o avô de Kuroo, mas o homem fora tão gentil que não conseguia recusar. Tentava não ficar nervosa, mas era impossível, afinal, ela e o menino nunca se intitularam namorados mesmo agindo como tal. Desceram as escadas e finalmente chegaram na cozinha onde o avô do rapaz estava sentando e tomando seu café.
— Bom dia! — cumprimentou o mais velho simpático vendo a menina ainda um pouco envergonhada.
— Bom dia! — respondeu ela em um fio de voz.
— Vamos, sentem-se — pediu o homem apontando para duas cadeiras.
— Me desculpe, senhor, mas eu preciso ir — falou a menina rapidamente.
— Não vai fazer essa desfeita comigo, né, -chan? — O senhor sabia pegar pesado e logo sorriu quando a menina sentou.
— Só posso ficar um pouquinho — respondeu ela.
— É o suficiente, querida. — O senhor era muito simpático, não entendia como alguém negaria algo para ele.
— Não é por mal, mas Alisa-San arrumou um trabalho pra mim — falou tentando se desculpar.
— É mesmo? — perguntou Tetsuro, curioso. — Por que não me contou?
— Eu acabei esquecendo, me desculpa. — Ela enfiaria a cara em um buraco se pudesse. Como explicaria, na frente do avô dele, que não contou porque estava completamente desnorteada com os amassos na noite anterior? — Eu acabei de me lembrar, ela me mandou uma mensagem.
— São fotos? — questionou Kuroo colocando café para Okuno, que agradeceu.
— Sim, chamaram ela e mais uma garota, mas a menina desistiu em cima da hora por problemas pessoais. — tomou um pouco do café sentindo o líquido quente lhe aquecer em um dia que, logo ela percebera, estava bastante frio. — Ela correu pra me chamar, Alisa-san tem sido um amor comigo.
— Uma coisa boa o Lev tinha que trazer. — A moça sorriu, pois sabia que o menino estava brincando.
— Não fale isso, ele é um ótimo menino — respondeu a menina defendendo Lev.
— Você mima demais os novatos, quero ver o que vai acontecer quando você não estiver mais lá. — Ele realmente tinha pegado no seu ponto fraco, não queria pensar que estaria finalmente deixando a Nekoma e os seus meninos.
— Ainda temos o nacional pra nos preocupar, não fica me fazendo pensar nessas coisas — resmungou a garota fazendo-os rir.
— E vocês dois? — perguntou o avô do rapaz. — Qual o plano de vocês dois? Eu espero que venha casamento porque não vou acobertar mais essa coisa de vocês não. — Kuroo cuspiu o café que bebia, não esperava essa pergunta tão repentina vinda do mais velho.
— Do que você tá falando, velhote? A gente não precisa dessas coisas, a gente tá bem assim. — Podia não parecer, mas as palavras do rapaz tinham tocado em cheio o coração da menina. Ela e Kuroo se conheciam desde sempre, pra falar a verdade nem lembrava ao certo quando, mas se lembrava perfeitamente de como se sentia ao ver aquele garoto estranho fazendo seu primo sair do vídeo game pra jogar vôlei. Ficou tão feliz quando pensou que seus sentimentos estavam finalmente sendo correspondidos, mas naquele momento achava que nada tinha valido para Kuroo, nunca pensou que as palavras dele a iriam afetar tanto.
— Eu preciso ir. — Se levantou rapidamente da cadeira e pegou sua bolsa que estava do lado.
— Mas já? Ainda nem terminou de comer — perguntou o rapaz, confuso. — Eu posso...
— Não se preocupa, eu já tô atrasada, ainda preciso passar na casa do Kenma antes. — Ela já ia em direção à porta com Kuroo logo atrás. — Obrigada pelo café, senhor — agradeceu ao mais velho.
— Não tem de que, querida, apareça mais vezes — respondeu ele vendo a garota se afastar.
— Tem certeza que não quer que eu te leve...
— Não precisa, te vejo depois — dizendo isso a garota se afastou rapidamente indo em direção à casa do primo.
— Que merda foi essa? — Kuroo se perguntava ao ver a silhueta da garota desaparecer.
— Talvez você tenha magoado os sentimentos da garota, Tetsu — respondeu o avô aparecendo atrás do rapaz.
— Mas o que eu fiz? — perguntou Kuroo.
— Se você não sabe, nem adianta — comentou o mais velho saindo e deixando o menino ainda olhando para a direção que a menina tinha ido.
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— Você não tinha que ir fazer fotos ou sei lá? — Kenma perguntou não dando a mínima pra garota deitada na sua cama enquanto ele jogava seu jogo.
— Você podia me dar um pouco de atenção aqui — pediu a mulher sendo completamente ignorada pelo menino. — Você é péssimo, Kenma, não sei por que eu ainda insisto em falar com você.
— Eu também não sei. — O rapaz continuava completamente imerso em seu jogo.
— Você acha que o Kuroo gosta de mim da mesma forma que eu gosto dele? — Kenma parou o jogo rapidamente e olhou para a garota.
— Por que isso agora? Pensei que tava tudo bem com esse namorico de vocês — questionou voltando seu olhar para . — E no que minha opinião tanto importa pra você?
— Não entendi, sua opinião sempre foi importante pra mim — respondeu ela olhando fixamente para o rapaz.
— Sério? Porque quando eu disse que você era demais pro Kuroo, você não levou em conta. — Kenma voltou pro seu jogo tornando a ignora-la.
— Claro que isso eu não levaria em conta, idiota. — estava completamente irritada com o primo. — Kenma! — gritou tomando o celular das mãos do menino.
— Que merda é essa? — perguntou o menino furioso. — Eu estava quase passando de fase!
— Você é um grande babaca, Kenma! — bradou a menina.
— Você e o Kuroo brigaram e você vem descontar em mim? — falou o garoto irritado. — Você e ele são um verdadeiro grude, é um saco estar no mesmo lugar que vocês dois, então eu só queria saber o porquê dessa merda agora, já que é completamente claro que aquele imbecil gosta de você.
— É só que o nacional vai ser o fim de tudo — respondeu devolvendo o celular para o primo. — Depois disso, a gente vai pra faculdade e sem planos pro nosso futuro. — Ela suspirou pesadamente. — A gente nunca se autodeclarou namorados ou algo do tipo e hoje o avô dele veio com o papo de casamento, e ele acabou falando que não precisamos disso, me fazendo acreditar que ele não pensa em um futuro comigo como eu penso em ter com ele.
— Você quer mesmo conselhos de relacionamento de mim? — Era uma pergunta retórica e a menina sabia que a última pessoa que daria conselhos amorosos pra ela seria Kenma, mas ela amava desabafar com ele.
— Eu só queria que você dissesse que eu não tô louca, só isso — falou em um sussurro.
— Ele foi um grande idiota e você não tá errada — respondeu Kenma voltando a ligar seu jogo. — Mas talvez você tenha que falar com ele pra ele ver o quão babaca ele foi, deixar ele no escuro é pior.
— Não tô com a mínima vontade de fazer isso — resmungou.
— Então sai daqui e para de me encher o saco — reclamou o garoto fazendo a moça sorrir.
— A sua sorte é que eu preciso mesmo sair. — Ela deu um beijo na bochecha do primo, que fez uma careta, e saiu do quarto ainda sorrindo. Desceu as escadas e foi em direção à porta, mas foi interrompida pela voz da sua tia.
— Já vai sair? — perguntou a mulher sorrindo.
— Vou, tenho um trabalho agora — respondeu retribuindo o sorriso.
— Da próxima vez eu não vou te acobertar — acusou a mais velha assustando a sobrinha.
— Do que a senhora tá falando? — perguntou , desentendida.
— Não finja que não sabe do que eu tô falando — falou a mulher. — Sabe que eu não me importo de você e o Tetsuro kun ficarem juntos, mas você deveria falar pros seus pais ou eu vou acabar como culpada.
— Mamãe ligou, não é? — Ela já sabia a resposta.
— Ligou, queria saber se você estava aqui ou com o Kuroo porque seu pai queria saber — respondeu a mulher ainda sorrindo. — Deixa o papai ciumento saber que a filinha dele tem outro homem na vida dela. Inclusive, não vá aparecer com essa camisa do menino.
— Eu tenho um uniforme da Nekoma também, sabia? — A garota tentou contornar.
— Mas esse não é o seu, definitivamente — falou sua tia.
— Como você pode ter tanta certeza? — questionou.
— Não acho que você seja a número um da Nekoma. — A mulher gargalhou ao ver a careta da garota.
— Você me pegou — falou . — Conversamos depois, preciso ir, obrigada por essa.
— Bom trabalho. — Desejou a mulher vendo que a menina já corria para o ponto de ônibus.
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Já fazia alguns dias que a garota o estava ignorando e Kuroo estava realmente irritado com isso, afinal, não tirava da mente a última conversa que tiveram antes de ele vir com os garotos pro hotel, não entendia o que ela queria dizer com o “A gente precisa dar um tempo” que merda significava isso? Ela não estava terminando com ele ou algo tipo, né?
Ela o ignorava e o deixava ainda mais chateado, nem mesmo Kenma lhe dava algum sinal da garota, ele dizia que preferia não se meter. Pensava que teria a chance já que ela era a gerente da Nekoma, mas o Nekomata-sensei disse que ela tinha pedido alguns dias por causa do trabalho, foi aí que Kuroo ficou ainda mais angustiado, sabia que tinha feito algo errado, mas não fazia ideia do que. Estava desesperado, por isso preferiu focar somente no voleibol e no nacional, afinal, no dia seguinte seria o dia do grande retorno da “Batalha do Lixão”, o jogo contra a Karasuno dominava completamente seus pensamentos e ele agradecia plenamente por isso.
— Caralho, ela tá gata demais. — A voz de Yamamoto tirou Kuroo de seu pensamento. — Por que você está com essas fotos, Lev?
— Minha irmã me mandou, foi o ensaio que elas fizeram hoje — respondeu o rapaz ainda mostrando o celular para Taketora e logo passando pra Yaku.
— Uau, está realmente incrível — elogiou o líbero.
— Do que vocês estão falando? — perguntou Kuroo se aproximando curioso.
— As fotos que a minha irmã e a -san fizeram. — Kuroo ficou ainda mais curioso, tomou o celular das mãos de Lev e quase caiu pra trás ao ver as fotos. Ele já sabia do trabalho, mas nem em seus sonhos imaginou que seria um ensaio de biquini, seus olhos brilharam ao rever o sorriso da mulher, nem que fosse somente por fotos.
— Realmente....
— Incrível, não é mesmo? — Completou Lev passando as fotos e prendendo ainda mais a atenção do capitão.
— O que vocês estão fazendo? — perguntou Kenma olhando a rodinha em torno do celular do garoto russo.
— Você não viu as fotos da sua prima? — questionou Yaku.
— É por isso? Ela me mandou — respondeu sem se importar. — Não é nada demais.
— Como não é nada demais, seu grande babaca? — bradou Yamamoto. — Essa mulher é o sinônimo de perfeição, como você não vê nada demais?
— Você nunca viu ela acordando, isso tem muito photoshop — respondeu Kenma irritando ainda mais o Ace.
— Aposto que mesmo doente essa mulher é bonita, você só tá com essa birra de primos. — Kuroo tinha certeza que era birra. Por experiencia própria podia afirmar que ela era linda de qualquer jeito.
— Você endeusa demais ela, Tora — falou o levantador. — Por falar nela, ela ainda não chegou? — Aquilo pegou a todos de surpresa.
— Como assim? Ela tá vindo pra cá? — Yaku não esperava a garota aparecer por ali antes do jogo do dia seguinte.
— Eu pedi um jogo e ela vem trazer — respondeu Kozume. — Pensei que ela tinha chegado, vou esperar lá em cima.
— Ei, Kenma, espera aí — bradou Kuroo segurando o rapaz. — Antes eu preciso que você me fale que droga aconteceu com ela. — Sim ele estava quebrando completamente sua própria promessa de não pensar na garota. — O que ela quis dizer com dar um tempo? Por que ela tá brava? Me conta antes que eu enlouqueça.
— Eu já disse que não vou me meter no meio dessa coisa de vocês — falou o menino ignorando o capitão e saindo.
— Que merda é essa, Kenma, me fala logo que droga foi o que aconteceu? Eu preciso saber. — Kuroo estava desesperado e faria qualquer coisa por respostas.
— Não sei por que está tão desesperado já que não se importa com o relacionamento de vocês — respondeu o loiro ignorando completamente os pedidos da prima para não falarem nada a respeito disso.
— Do que você tá falando? Como eu posso não me importar? — Kuroo não entendia nada.
— Foi isso que você disse pro seu avô, não foi? — questionou Kenma, irônico. — Vocês não precisam de algo mais, afinal, vai tudo acabar depois daqui.
— Que merda que você tá... — Enfim o rapaz entendeu, finalmente entendeu o que seu avô quis dizer com o “Talvez você tenha magoado os sentimentos dela”. — Eu não quis dizer isso.
— Você falou isso mesmo, Kuroo? — perguntou Lev e ali ele percebeu que todos prestavam atenção na pequena discussão que se formou. — Você é mais babaca do que parece.
— Não foi isso que eu quis dizer, ela entendeu completamente errado — resmungou Tetsuro. — Que droga.
— Deveria falar isso pra ela então, não pra gente — resmungou Kenma. — Te espero lá em cima. — Com isso o garoto saiu deixando um Kuroo confuso com sua última frase.
— Por que diabos ele me esperaria lá em cima? — questionou ainda sem entender.
— Acho que ele falou isso pra mim. — A voz conhecida fez Kuroo se arrepiar por inteiro. — Oi, meninos!
— -san, perfeita como sempre, não é mesmo? — Os olhos de Yamamoto brilharam ao ver a moça.
— Muita gentileza da sua parte, Tora-kun. — Sorriu a garota fazendo o menino sorrir ainda mais. — Apesar de saber que você anda arrastando as asas pra gerente da Karasuno.
— A Shimizu-san é linda, mas você sabe que tem meu coração. — A mulher riu da declaração do garoto, sentia saudades de estar com eles todos os dias.
— As fotos ficaram lindas, — disse Yaku se aproximando da garota. — Você definitivamente nasceu pra isso.
— Vocês viram? — perguntou curiosa e fazendo o máximo pra ignorar o capitão que a encarava.
— Alisa me mandou, ficaram ótimas — respondeu Lev.
— Tá gata — elogiou Yamamoto.
— Eu amaria continuar aqui ouvindo elogios de vocês, mas eu preciso falar logo com o Kenma — falou a garota. — Parece que vem uma tempestade aí, tenho que ir antes de ela chegar. — Se despediu dos garotos e sumiu pelo mesmo corredor que o primo tinha ido.
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Kuroo andava de um lado para o outro, não sabia quanto tempo estava ali, mas parecia ser uma eternidade. Via a chuva que estava fraca logo começar a engrossar e ele permanecia naquele local esperando a garota voltar. Quando estava prestes a desistir, pensando que ela conseguiu despistá-lo, ele escuta a doce voz da mulher.
—Eu sabia que você ia me esperar. — A garota sorriu olhando pro rapaz.
— Por que demorou tanto? — perguntou ele ansioso.
— Eu estava falando com o Nekomata-sensei — respondeu prontamente. — Ele pediu pra eu pegar uma chave para o quarto que ele deixou pra mim, afinal eu não vou dormir no meio dos garotos.
— Então vai passar a noite aqui? — A felicidade do rapaz era tamanha que ele não conseguia disfarçar.
— Eu vou participar do jogo de amanhã e estava falando isso pra ele até que começou a chover — explicou ela. — Ele disse que não ia permitir que eu saísse nessa chuva e me deu a chave.
— Então devo agradece-lo? — questionou Kuroo sem tirar o sorriso do rosto.
— Você deve fazer o que quiser. — não sabia o que falar com ele, mas sabia que precisavam conversar.
— Você ouviu, não é? — começou o rapaz.
— Ouvi o que? — perguntou tentando disfarçar.
— O que eu e o Kenma estávamos falando antes de você chegar. — A menina sorriu concordando. — Eu não fazia a menor ideia que aquilo tinha te magoado, eu realmente falei sem pensar, não queria em nenhum momento brincar com seus sentimentos porque eu gosto de você pra caralho. — O menino despejava tudo que estava preso. — A gente se conhece desde sempre e fomos o primeiro um do outro em absolutamente tudo, eu nunca pensei que ia gostar de alguém como eu gosto de você.
— Kuroo, você não precisa... — A garota tentou falar, mas logo foi interrompida.
— Eu falei que a gente não precisava dessas coisas porque pensei que já tava claro que a gente é um casal e provavelmente vamos ser pra sempre porque é isso que eu quero. — O menino continuava rapidamente. — A gente nunca se denominou namorados e pensei que não precisava porque já era óbvio que a gente era um casal de namorados.
— Eu entendo, eu só... — Mais uma vez ela foi interrompida.
— Me deixa terminar, eu preciso falar tudo — implorou ele segurando as mãos da garota com a sua. — Eu amo você e, droga, é claro que eu vejo um futuro com você, é claro que a gente vai casar um dia e é claro que vamos ter nossa família, eu só achei que aquele não era o momento certo pra isso, nunca achei que você pensaria que eu não me preocupava com a gente, com o que vinha a seguir porque eu sempre pensei e eu não me via em um futuro sem você.
— Eu entendi, me desculpa. — Lágrimas escorriam pelo rosto da garota, mas o grande sorriso permanecia em seu rosto. — Você é um cara incrível, eu não sei em que planeta eu estava de pensar que você poderia pensar em algo assim. — Ela puxou o rapaz pela blusa e juntou seus corpos em um abraço apertado sendo prontamente correspondida. — E só pra você saber, eu amo você também.
— Eu já imaginava. — O rapaz sorriu e selou seus lábios em um beijo. Como sentia falta disso. — Vem, vamos sair daqui.
— Espera, pra onde a gente vai? Você tem um jogo amanhã — perguntou a menina sendo arrastada por Kuroo.
— Você disse que pegou um quarto separado. — O sorriso safado do garoto fez a mulher gargalhar. — Vamos logo.
— Você não presta mesmo, hein. — Ela pulou nas costas do garoto sendo segurada na mesma hora e correram em direção ao seu quarto onde teriam uma noite incrível como muitas.
*Tetsu: Esse é o nome que o avô do Kuroo chama ele no mangá e achei fofinho demais então decidi aderir <3
FIM
Nota da Autora: Queria começar dizendo que esse Kuroo aqui é COMPELTAMENTE Fanon gente kkkk Quem conhece de verdade sabe que o Kuroo é um nerdola que ama química, voleibol e sem sombra de dúvidas é BV ainda hahahah EU O AMO POR SER ASSIM, mas amo fanficar também porque vivo disso hahhaahah. Pra quem não sabe meu anime/mangá favorito é Haikyuu, ele já me livrou de tantas coisas que eu nunca vou ser capaz de agradecer o suficiente, eu amo Haikyuu do fundo do meu coração e eu devo muito a ele. Se você não conhece e caiu aqui de paraquedas eu recomendo muito assistirem porque é perfeito hahhaahha O Kuroo é um dos personagens mais FODAS que existe na História de Haikyuu, tanto como jogador, capitão e ser humano, ele é incrível e foi completamente fundamental para o desenvolvimento de alguns personagens como o Kenma e o Tsukishima e eu o amo por isso ele é realmente sensacional e eu fico muito feliz por ter conseguido escrever com ele. Eu queria escrever muitas outras coisas nessa história, mas não consegui. Espero que vocês tenham gostado e deixem um comentariozinho pra eu saber tá bom.