My Bestfriend's Little Sister
Escrito por Lina Andreosi | Revisado por Andressa (até capítulo 11) | Natashia Kitamura
Capítulo 1
POV do John Ohh
Hoje começa mais uma turnê, a que nós normalmente fazemos em Julho. Combinamos de nos encontrarmos na casa do Kirch, então nesta linda madrugada de segunda-feira me dirijo a casa dos irmãos. Estaciono em frente à entrada e vejo que sou o primeiro a chegar. Deixo as malas no porta-malas e tranco o carro, enquanto vou para a porta da frente e toco a campainha. A Senhora Kirch abre a porta – Ah John, quanto tempo! – nos cumprimentamos – É verdade! A senhora deveria vir assistir a gente um dia desses. – ela sorri concordando – Claro claro, vou ficar com saudades dos meus filhinhos. – eu não consigo não rir com o modo como ela menciona seus filhos, ambos maiores de 21 anos portanto adultos, nós entramos na sala e encontramos Pat, Tim e no sofá.
Quando os três irmãos percebem minha presença falam um ‘bom dia’ cada, respondo e me sento no colo de Pat, que reclama mas não me empurra – Ei baixinha, o que você ‘tá fazendo acordada tão cedo? – ela nem tira os olhos do ipad que estava no seu colo – Eu vou com vocês. Os babacas não te contaram? – fico perplexo, tenho certeza que minha expressão facial expressa isso – Como assim? – Tim finalmente decide dizer algo esclarecedor – Ah, é que ela implorou e a mamãe deixou, presente de formatura. Você não liga né? - eu não conseguia raciocinar tão rápido tão cedo.
Olha não é que eu não goste da irmãzinha mais nova deles, mas levar ela conosco limita um pouco o que podemos fazer – Não... Mas você não é muito nova, ? – Pat me empurra para o lado e me ajeito no lugar ao seu lado – Foi o que eu disse, mas a pirralha convenceu nossos pais e o Tim, você e os meninos são os únicos com o poder do veto. – ele me dá um sorriso com segundas intenções (N/A: Pat quer fazer dirty things com o John Ohhh...tá parei).
Pela primeira vez desde que cheguei, levanta os olhos de seu ipad – Jooooohn, você não vai me vetar não é? – Cornelia Kirch é a irmã mais nova de Pat e Tim, a irmã de 17 anos de Pat e Tim, a irmã linda, gostosa de 17 anos de Pat e Tim. Você entende meu sofrimento? E ela ainda usa essas blusinhas coladas e meio decotadas, nada de puta, mas ainda dava um belo preview. Olho para , de para Pat e novamente para – É claro que não, vai ser divertido. – Pat bufa enquanto sorri brevemente antes de voltar sua atenção para seu tablet – Odeio você, O’Callaghan. Odeio muito! – Pat diz feito uma criança de 5 anos e me dá uma cotovelada, o engulfo em um abraço e enquanto ele luta para de desvencilhar os outros chegam.
’s POV
Depois de convencer John, não vai ser nada difícil convencer os outros, foi muito pior com os meus pais e só depois de convencê-los que Tim deixou, ele me devia de qualquer jeito por uma vez que fiz alguns favores para ele, e é claro que Pat ainda não deixou, mas a opinião dele não importa quando todo o resto já deixou. Assim que Kennedy, Garrett e Jared chegam e peço, eles aceitam facilmente.
Começamos a nos preparar para ir para o aeroporto, Pat estava meio(lê-se muito) emburrado, me aproximo dele e o cutuco – Patty, não fica bravo. Eu não vou impedir você de se divertir, provavelmente eu vá ficar com o Tim na maior parte do tempo! – ele põe um braço ao redor dos meus ombros – Eu te amo e me preocupa contigo, vai ser difícil me divertir se eu ficar me preocupando com você – nós nos abraçamos – Awnnn seu fofo! Eu também te amo, mas você não precisa se preocupar tanto comigo, já sou grandinha e eu vou me cuidar. – nos separamos e entramos no carro – Ai de você se você aprontar, Kirch! – eu ri e me sentei no banco de trás de um dos três carros que levarão a banda, eu e Tim, as malas e alguns dos instrumentos mais frágeis para o aeroporto.
Dos meus lados sentaram Pat e Garrett, coloquei minha mochila aos pés de Pat e apoiei minha cabeça no ombro de Garrett. Desde o começo da banda me dei bem com os meninos, era como se eles fossem mais 4 irmãos mais velhos, o John mais ou menos ele sempre foi meio diferente comigo, mas de resto eu sempre assistia os ensaios(até porque eles na maioria das vezes ensaiavam em casa, foi um inferno me formar no colegial) e saía com eles. A barba de Garrett faz a minha testa coçar um pouco – Tudo bem com você, Garry? – ele faz um ‘hmhmm’ – E essa barba? – ele ri – Faz parte do meu look. – não consigo segurar a minha língua – Seu look ‘homeless’? – todos no carro, inclusive Garrett, riem e Jared, que estava no banco da frente, e eu fazemos um hi-five.
John Ohh’s POV
Na divisão dos carros, Tim fez questão de me colocar no carro com ele, enquanto os meninos iam no outro com a e um roadie dirigia o carro com os instrumentos – Animado para a turnê, O’Callaghan? – merda quando o Tim me chama de O’Callaghan vem bronca – Ah...normal? ele dá uma risadinha de escárnio – Todos nós sabemos que você sempre teve algo estranho em relação à minha irmã e eu vi o como você olhou para ela hoje cedo. Sabia que seus olhos ficam na cabeça e não no peito? Eu vou falar só uma vez e é melhor que você me ouça! Se eu souber que você fez alguma coisa que não deveria com ela, eu te espanco, muito! – eu solto todo o ar que eu não sabia que estava segurando, mas o meu nervosismo não passa com a volta de oxigênio para a minha corrente sanguínea – Tim, eu realmente não... – ele me corta – John, eu te conheço suficientemente para saber suas intenções com todas as meninas do mundo e também percebo que está interessado nela. Só peço que respeite minha irmã e se você realmente for tentar algo ela, que não seja um one night stand típico. Não a traía ou machuque. – naquele momento eu vi o que ele queria dizer.
Tim estacionou em uma das vagas do aeroporto e se virou para mim – Eu prometo que serei respeitoso e direito com a sua irmã e me lembrarei de tudo que acabou de me dizer. – ele aperta minha mão e nós saímos do carro para encontrar os outros.
Pat’s POV
Depois de despachar todas as malas e os instrumentos restantes, faltavam somente 30 minutos para o embarque então Tim começa a distribuir as passagens – Timmy, posso ficar em um assento de janela? - eu olho para minha passagem e vejo que eu tenho um assento de janela – Ah , eu troco de lugar com você. – ela sorri e dá alguns pulinhos.
John Ohh’s POV
Quando o voo é anunciado, nós entramos na fila e embarcamos me sento no meu lugar, um assento de corredor, do outro lado do corredor estava Garrett. para na minha frente – Parece que seremos colegas de assentos – eu sorrio e recolho, do melhor jeito possível, minhas pernas para que ela consiga se sentar – Deve ser meio desconfortável pra você andar de avião, não? – murmuro um ‘sim’ e me ajeito novamente na poltrona.
Vejo que ela tem seu ipad e fones de ouvido consigo – É bastante desconfortável, mas eu geralmente apago depois de uns 10 minutos de voo – ela faz um sinal de concordância e coloca um dos fones, teclando alguma coisa no ipad, a curiosidade fala mais alto – O que você ‘tá escutando? – A Rocket To The Moon – ela me oferece o outro fone que eu aceito, percebo que ela estava ouvindo Dakota. encosta sua cabeça no meu ombro, passo meu braço ao redor de sua cintura só para ficar mais confortável e começo a sussurrar a música em seu ouvido.
Capítulo 2
’s POV
Eu fui acordada por alguém me sacudindo, abro meus olhos e vejo Pat – Bom dia. Acorda o John? – ele continua andando sonolento, enquanto isso eu me lembro de que estou praticamente deitada no peito de John, tento me afastar mas seu braço estava ao redor de minha cintura – John, Jooohn, O’CALLAGHAN! – ele somente resmunga e se aconchega mais contra meu corpo. Me viro o máximo que consigo, que é muito pouco com John me segurando, e dou um beijo na ponta de seu nariz, depois na sua bochecha direita e por fim nos seus finos lábios.
Quando me afasto um pouco e abro os olhos tem um par de olhos verdes me encarando de volta. John retira seus braços e consigo pegar minhas coisa, rapidamente saio por cima de suas pernas e sigo para fora do avião com John não muito longe de mim. Na área de desembarque encontramos todos, incluindo nossas malas – Vocês demoraram hein? – reclama Jared – Não é minha culpa, o O’Callaghan não acordava e eu tive que dar um tapa nele. – todos riem, menos John que estava muito pensativo para o meu gosto.
Nos dirigimos ao estacionamento onde a van que nos levaria para o hotel nos esperava, carregamos o mais rápido possível e fomos para o hotel descansar um pouco, durante o curto trajeto Tim separou os quartos – Jared e John; Garrett e Kennedy; e um quarto para nós três Kirch – depois de algumas reclamações e comentários tudo ficou silencioso.
Enquanto Tim fazia o check-in, os meninos se largaram em poltronas no lobby. Precisava ir ao banheiro, então avisei Pat e fui até o toalette que ficava no fim de um corredor comprido perto dos elevadores. Depois de fazer o que tinha que fazer foi andando pelo corredor quando um par de mãos me puxou para dentro do que parecia ser um pequeno depósito. Estava pronta para gritar quando me viro e encontro John – Por que você fez aquilo? – a pergunta não deveria me assustar mas o modo como ele pergunta, ele não parece tão bravo e mais preocupado.
Ele se senta em um banquinho, colocando a cabeça entre as mãos, puxando um pouco os seus lindos cabelos – Porque eu queria, não tem nada demais! – ele levanta rapidamente a cabeça, me olhando nos olhos – Olha eu não sou do tipo de cara que tem relacionamentos, você é 5 anos mais nova do que eu, não posso simplesmente ficar com a irmãzinha de dois dos meus melhores amigos e depois deixar para lá! – ele mexe nervosamente no cabelo.
John’s POV
Eu aqui tentando controlar minha vontade de não a possuir aqui e agora, mas ela não parece entender – Olha, eu não sei você, mas eu realmente não ligo para os nossos 5 anos de diferença ou para os meus irmãos. Eu não sei o que eu quero para o meu futuro, mas eu sei que eu quero você agora. – aquelas palavras são um choque para mim, nunca pensei que as escutaria, mas antes que eu consiga reagir seu celular toca – Oi Pat, eu já vou... To trocando o absorvente. Okay okay, tchau – ela coloca o celular novamente no bolso e se vira para mim – John, a gente pode ver isso depois do show de hoje? Eu dou um jeito pra nós ficarmos sozinhos. – com isso ela sai do quartinho.
’s POV
Quando eu volto para o lobby encontro Pat sozinho – Cadê os outros? – ele se levanta e pega minha mochila a colocando em seu ombro – Eles já subiram. Você viu o John? – sacudo os ombros sinalizando que não – Ele definitivamente não estava no banheiro feminino. – ele ri e coloca um braço em volta dos meus ombros e nós subimos até o andar onde estavam os três quarto onde vamos dormir essa noite.
Os três quarto são interligado por uma sala comum, quando Pat e eu entramos John já estava lá, ele me vê e dá uma piscadela, lhe dou um sorriso e me sento ao lado de Kenny em um dos sofás – Vamos almoçar o que? – pergunta Tim, depois de um pouco de discussão decidimos por pedir comida no hotel mesmo.
Assim que a comida chega todos sentamos na frente da televisão algo que não podemos fazer com muita frequência em casa, e almoçamos assistindo How I Met Your Mother, eu estava sentada no sofá com John sentado no chão apoiando suas costas no sofá entre minhas pernas. Com o tempo os meninos foram fazer alguma outra coisa e sobrou somente eu e John na sala, ele deita no sofá com a cabeça no meu colo.
Estávamos assistindo um filme qualquer na televisão enquanto eu fazia carinho no cabelo dele. Quando o filme chega ao fim eu olho para baixo, John olhava para mim – Você gostou do filme? – ele dá um sorrisinho – Eu prefiro a minha visão atual. – eu sinto o sangue ir para minhas bochechas, ele pega a minha mão que estava no peito dele e a beija, isso foi a gota d’água, eu simplesmente não aguento mais.
Ficar perto de John Cornelius O’Callgahan em circunstâncias normais já é um teste, quando ele faz essas coisas fofas é demais para a minha sanidade mental. Eu baixo meu rosto e planto um beijo em seus lábios, rápido, suave e somente um roçar. Volto a minha posição ereta e ele tem um sorrisinho torto brincando em seus lindos(e beijáveis) lábios – O que você está fazendo comigo? – ele me pergunta e a minha resposta seria exatamente a mesma frase da pergunta. John se levanta, olha para os lados e me beija, colocando suas mãos uma ao redor de minha cintura e outra na minha nuca, enquanto eu pouso delicadamente minha mãos em suas bochechas, passando de vez enquando por seus cabelos. O beijo começa a ficar mais quente quando ele me deitou no sofá e começou a dar beijos suaves no meu pescoço e colo, eu dava leves puxões nos cabelos de sua nuca o que resultava em gemidos baixinhos e uma “felicidade” que eu podia sentir contra minha coxa.
Capítulo 3
Foi necessária muita força de vontade para pará-lo naquele momento – John, os meninos – ele compreendeu meu recado e parou – Você me deixa completamente louco – eu sorrio e dou um selinho nele, ele se levanta – Eu preciso... ir no banheiro – ele sai andando um pouco estranho e eu dou risada – Vai lá cuidar do pequeno. – ele me mandou o dedo do meio e entrou no seu quarto, me levantei e fui para o meu. Tim não estava lá e Pat trabalhava em seu notebook deitado na cama – Que filme vocês assistiram? – eu abri minha mala e comecei a procurar uma roupa pra usar no show mais tarde – De Volta Para O Futuro II – escolhi um shorts jeans rasgadinho, uma camiseta de rendinha branca e uma camiseta de banda com a gola cortada que fica jogada no ombro.
Pat fecha seu notebook e o coloca dentro de sua mochila – , você gosta do John? – eu paro de mexer nas minhas coisas e me viro para ele – Pat... – ele me para antes de eu completar minha frase – Eu quero que você seja franca comigo. – me sento ao seu lado na cama – Olha eu gosto dele sim, mas eu conheço ele e sei como ele tem sido com seus relacionamentos, ou a falta deles, e acredite quando digo que vou tomar cuidado. Principalmente por causa dessa banda que eu gosto tanto. – ele sorri – Obrigado por ter essa coversa comigo, só espero que você realmente tome cuidado – ele beija a minha testa, me levanto e vou para o banheiro tomar banho.
Depois do banho vou para o quarto, cantarolando “Mr Winter”, e começo a me trocar quando ouço alguém limpar a garganta. Como eu estava de frente para a cama, me virei mas quem eu vi não era Pat e sim John. Com o susto deixo cair ao chão meu sutiã, John o pega e me estende sem tirar os olhos dos meus peitos. Agora que ele já viu tudo mesmo, não adianta me cobrir, então começo a me vestir calmamente – O’Callaghan. Olhos no rosto! – ele parece meio embasbacado, mas após alguns momentos ele recobra a fala – Eu esqueci o que eu ia falar. – sento ao seu lado na cama colocando meus vans e rio dele.
Enquanto amarro meus tênis, John parece pensar no que dizer – John você veio aqui me falar alguma coisa ou me ver pelada? – ele mexe no cabelo, um sinal de nervosismo – Você quer... humm... sair comigo? – aquilo me pegou desprevinida - S-sair com você? – ele me dá um sorriso – Sim, sabe jantar e pá – eu olho para ele e vejo um garoto que chama uma menina para um encontro pela primeira vez – eu adoraria sair com você. – naquele momento ele não era John O’Callgahan da banda The Maine, mas John o amigo dos meus irmãos mais velhos e minha crush. Ao sairmos do quarto Pat logo começou a implicar com o comprimento dos meus shorts – Pode trocar, você não vai sair daqui com essas calçinhas! – eu cruzo meus braços em frente ao meu peito – John me ajuda aqui, bro – John coloca seus braços para cima como quem diz “não me mete nisso”.
Pat não desiste nunca, cabeça dura – Kirch, você não vai para um lugar cheio de homens com esse pseudo-shorts! – de repente O’Callaghan decide que ele também quer participar – Ah quer saber, eu também acho que você podia colocar alguma coisa mais comprida – ah ele não fez isso! Eu derrubo “sem querer” um elástico que estava na minha mão e de costas para John, lentamente eu abaixo, deixando as pernas eretas, e pego o elástico – DEFINITIVAMENTE VOCÊ NÃO VAI COM ESSES SHORTS – grita John assustando Pat e a minha pessoa, me viro para ele e o vejo sair correndo para o quarto cobrindo sua “animação” que era perceptível através de suas calças skinny.
John’s POV
Depois do meu surto com os shorts de , o Pat ficou me zuando mas eu consegui fazer com que ele não contasse para os outros. se trocou e um pouco depois fomos para a casa de shows de hoje. Foi decidido que ficaria no backstage com Tim e se ela se comportasse iria poder ficar na área de segurança de uns dois shows – Hey John, falta um minuto! – Garrett me avisa e nós 5 formamos um círculo, fazendo o ritual de “We Like To Party”. Todos os meninos entraram no palco, eu estava entrando quando alguém me puxou e me deu um beijo suave. Depois de me beijar, me empurra para o palco onde eu rapidamente recupero meus sentidos e dou início ao show.
Pat’s POV
Ao final do show todos saímos para comemorar o início da turnê de 2010, mas quando chegamos ao bar, John e se sentam um pouco afastados e ficam conversando. Antes do show eu vi o beijo que deu em John, nunca tinha visto nenhum dos dois assim mas eu vejo isso como algo positivo. O John de sempre iria estar um pouco bêbado já e se pegando com alguma menina qualquer e a de sempre, é eu já fui na balada com a minha irmãzinha afinal eu tenho que cuidar dela, ela estaria dançando, provavelmente com algum menino. Ficar conversando num canto é definitivamente diferente e possível melhor.
John’s POV
Hoje eu agredecia pela música não tão alta, parecia que tudo que eu queria em uma pessoa do sexo oposto estava na – John, você esquece que Pat é meu irmão? Ele sempre escutou música no último volume! – nós rimos mais uma vez, nunca pensei que eu iria fazer uma coisa dessas, estar num bar quase sóbrio e conversando com uma menina, uma menina não, a irmãzinha dos Kirch. Levanto-me – Vou buscar alguma coisa para beber, quer algo? – ela pensa um pouco – Vou querer uma água, por favor – fiz um joinha pra ela e me dirigi para o bar, onde comprei uma garrafa de água e uma cerveja, quando voltei havia se juntado à todos, sentei-me ao seu lado e coloquei a água em sua frente.
Estávamos todos conversando e fazendo piadinhas, parecia que sempre esteve conosco e nós não tínhamos nenhuma vergonha na frente dela. Pat estava mostrando seu alter-ego, Michael, e não conseguia parar de rir, ela fica linda rindo – Um dia, e Pat estavam jogando Monopoly. Ai o Pat colocou 4 casas no espaço mais caro e falou que ela ia parar ali, quando foi a vez dela e ela parou lá, riu tanto mas tanto que fez xixi nas calças! – todos gargalharam enquanto ficou vermelha e deu, ou tentou dar, um tapa em Tim.
’s POV
Já eram 2 horas da manhã quando voltamos para o hotel, para dormir e acordar ás 6. Só que quando nós chegamos na sala comum, Jared e Kennedy estavam tão bêbados que acabaram dormindo nos sofás e eu fui dormir na cama do John, só dormir. Contudo, ás 6 horas da manhã fomos acordados com gritos de Pat e Tim. Quando os dois acordaram e não me viram, começaram a pirar achando que tinham me perdido. Eu, por exemplo, acordei com a seguinte frase de Pat Kirch “A mamãe vai me deixar tanto tempo de castigo que eu nunca mais vou tocar bateria!” eles gritaram tão alto que John acordou e caiu da cama, me levando junto - Desculpa – eu dou um sorriso e um selinho em seus lábios – Tudo bem – nós nos levantamos e vamos para a sala comum ver o que estava acontecendo.
Assim que eu abri a porta e coloquei o pé no outro cômodo, tudo parou e Pat e Tim olharam e apontaram para mim – Kirch, o que você estava fazendo naquele quarto?! - eu bufei e me joguei em uma das poltronas – Eu estava dormindo, ok? – Tim me olhou sério enquanto Pat foi em direção ao quarto, John deu um passo para o lado e ele entrou, saindo 30 segundos depois – O quarto tá limpo, parece que eles só dormiram mesmo. – eu olho para Tim com uma cara de “Eu disse, não disse?!”. Após o escândalo que meus irmãos deram, todos tomaram café e estávamos no ônibus às 7h45 indo para o show em Boston. Os meninos jogavam Mario Kart no wii enquanto eu tinha que ouvir Tim me passar um sermão sobre como eu não posso simplesmente dormir na cama de um dos caras, por mais que eu justificasse que ele e Pat roncam demais, o que só o deixou mais irritado.
Capítulo 4
John’s POV
Faltavam ainda 30 minutos para chegar, eu me levantei do sofá para dar espaço para Tim jogar e me sentei ao lado de na mesa – E ai, o que você tá fazendo? – ela tinha o ipda em cima da mesa e um fone de ouvido – Jogando Monopoly e ouvindo Foo Fighters – eu pego o outro fone e descubro que ela está ouvindo “I should’ve known” do álbum Wasting Light – Posso jogar com você? – eu disse com um risinho, lembrando-me da história que Tim contou na noite anterior. Ela me mostra a língua, o que me faz querer beijá-la, e a aperto levemente contra a janela – Você quer mesmo jogar ou você só tá me zuando por causa do que Tim contou? – ela leva Monopoly muito à sério, eu volto para meu lugar lhe dando mais espaço e coloco meu braço em volta de seus ombros – Tem alguma coisa mais legal? – ela sai do aplicativo do jogo e mostra algumas páginas de aplicativos, eu toco no aplicativo do netflix – How I Met Your Mother? – ela ri e coloca a sitcom.
Pat’s POV
Eu sabia que trazer a com a gente não ia dar muito certo, John só fica com ela enquanto Tim não consegue segurar seu ciúmes, eu me preocupo com o que vai acontecer porque John parece um bobão apaixonado, e pelo o que os meninos me disseram ele tem conversado com eles sobre ela e isso é péssimo, está com sua poker face de sempre, não deixando nenhuma emoção transparecer. Agora me fala como eu reajo? Eu nunca pensei que tivesse que me preocupar com a minha irmã e um dos meus amigos – Tim, cadê a ? Nós entramos em 1 hora! – ele aponta para um corredor sem tirar os olhos do computador – Ela foi ligar para a mamãe. – Dou um pesco-tapa nele e antes que ele conseguisse revidar saio correndo e entro no corredor que Tim apontou, mas eu não ouço minha irmão falando e sim vejo algo que nunca quis ver.
’s POV
Faltava pouco mais de uma hora para começar o show, entrei em um corredor para ficar um pouco longe do camarim dos meninos e conseguir ligar para minha mãe em paz – Oi mamãe? Sim, eles estão bem e estão cuidando de mim. É muito legal. Ok, e a Soph? AH que fofa! Também te amo, beijos – eu me viro para voltar para o camarim e encontro com ninguém mais, ninguém menos do que John O’Callaghan. John coloca suas mãos em minha cintura, quase fechando as duas ao redor do meu corpo – Por que você faz isso comigo? - eu faço uma cara de desentendida e finjo que eu não sei do que ele esta falando – Ah não faça essa cara, você sabe muito bem do que eu estou falando. – coloco minhas mãos espalmadas em seu peito – Ah John, não faça isso consigo mesmo – ele sobe uma mão para minha nuca e me puxa mais para perto dele.
John’s POV
Eu saí do banheiro e me deparei com a melhor visão que eu poderia pedir, . Hoje ela estava usando uma mini-saia jeans com camisa xadrez e botas, ela está muito bonita. O que está acontecendo comigo? Eu nem pareço mais John O’Callaghan, o vocalista gostosão e sim um gay apaixonado. Vejo que está falando com sua mãe então me posiciono atrás dela, entre ela e o caminho de volta para o camarim.
Quando ela se vira e me vê não parece muito surpresa, coloco minhas mãos em volta de sua fina cintura, puxando ela mais para perto. Olhando ela assim de perto eu não consigo segurar minha língua – Por que você faz isso comigo? – ela faz uma cara de desentendida. Por mais linda que seja essa cara, não consigo não ficar um pouco bravo – Ah não faça essa cara, você sabe muito bem do que eu estou falando – ela espalma as mãos no meu peito e meu coração bate mais rápido – Ah John, não faça isso consigo mesmo. – eu subo uma das mãos por seu torço até chegar a sua nuca e a puxo contra meu corpo, selando nossos lábios.
Pat’s POV
No meio do corredor, John prensando contra a parede, beijando seus lábios e pescoço, o tempo todo um gemido escapava aqui ou ali. Depois de passar o meu susto, decido fazê-los para, chego mais perto e limpo a garganta.
Capítulo 5
John’s POV
Se eu pudesse, transaria com aqui e agora mas o nosso pequeno momento termina abruptamente com alguém limpando a garganta ao nosso lado. Me descolo de a colocando no chão e me viro, preparado para encontrar a morte na forma de Tim Kirch, mas sinto um pouco de alívio ao me virar e encontrar Pat com uma cara feia e as mãos em punho – , você vai para o hotel de táxi agora! Não deixe Tim vê-la. – ele joga a carteira para ela, que pega sem dificuldade e se retira.
Pat senta no chão com as costas contra a parede, colocando sua cabeça nas mãos e puxando os cabelos. Me sento ao seu lado – Eu sabia que ela ia me dar problemas, eu só queria que não fosse agora ou desse jeito. – eu dou uma risada de escárnio – Se te faz se sentir melhor, ela nem liga pra mim e eu to pior do que o Jared com a Nora. – ele me olha com dúvida e dessa vez sou eu quem coloca a cabeça entre as mãos, isso tudo está começando a me dar dor de cabeça – A sua irmã me esculacha e eu to quase morrendo! – decidi omitir o motivo pelo qual eu estou quase morrendo, senão era capaz de eu sair com um olho roxo – Bem feito! – nós rimos – Sério John, a é mais complicada do que parece, já perdi a conta dos caras que ela já pediu para um de nós espantar. Eu não me preocupo somente com ela, mas com você também. – essa menina vai me dar trabalho, mais trabalho do que imaginei.
Tim aparece para avisar que era hora de fazer a concentração – Cadê a ? – Pat inventou que ela estava com dor de cabeça e quis ir para o hotel, em poucos minuto havíamos feito o We Like To Party e estávamos no palco. Depois do show os meninos decidem sair de novo, mas eu não tava com cabeça para isso, Pat me apoia e eu vou de táxi para o hotel. Desta vez cada um ficou com um quarto para si, além de ter uma sala comum.
Larguei meu celular e carteira em cima da mesa de centro e fui para o meu quarto, me deparo com a cena mais excitante da minha vida, ela estava nua, enrolada nos lençóis, com uma taça meio cheia de martini. Seus cabelos espalhados e bagunçados, os seios parcialmente cobertos que subiam e desciam entamente. Seus olhos se prenderam aos meus enquanto ela esvazia a taça e a pousa junto de outras 4 vazias, isso dá uma ideia do quão alta ela está. Com o dedo ela me chama para perto e como um cachorrinho eu fui, fui tirando minha camisa e calças, caminhando o mais lentamente possível, subindo na cama. Entrelaçamos nossas pernas e eu a beijei, sentindo o gosto forte as bebida na sua língua. Pude sentir suas curvas, sua pele macia e quente, enquanto ela puxava meus cabelos e arranhava minhas costas.
’s POV
Logo após me certificar de que John estava dormindo profundamente, me visto e vou para meu quarto dando sorte que ninguém havia chegado ainda. Não levei muito tempo para dormir, o álcool e cansaço me consumiam, o último pensamento que marcou minha mente foi o de como lidaria com o meu primeiro amor.
Na manhã seguinte encontrei todos no mesmo estado que eu, ressaca. A única pessoa que não estava mal era John, porque ele não tinha ingerido nenhuma gota de álcool na noite anterior, mas mesmo assim ele não estava com uma cara muito boa – Todo mundo tá de ressaca? – eles resmungaram – Pat disse que você teve dor de cabeça ontem, tá melhor? – Tim pergunta e eu nego, balançando gentilmente a cabeça – Senta aqui – ele se levanta e eu me sento ao lado de Kennedy, apoiando meu corpo no seu, Tim me oferece um comprimido e um copo de suco de laranja que eu tomo todo de uma vez, soltando um arroto ao fim.
Garrett faz um hi-five comigo por causa do meu arroto maestral e eu me aninho junto de Kenny que começa a fazer um cafuné muito bom. John me olha com um pouco de ciúmes mas rapidamente volta a conversa com Jared. Pat sai do quarto de John com as taças de ontem – Parecce que alguém decidiu beber sozinho ontem, você escreveu alguma coisa pelo menos pra ter trocado nossa companhia pelos lençóis? – John mostra o dedo do meio para Pat e tira um papel do bolso. Jared pega o papel das mãos de John e mostra para Garrett e Kennedy, me deixando ver também, o título era Misery. Eu li alguns versos e já sabia sobre o que se tratava, era sobre nós dois.
Depois de ler a letra, Garrett pergunta se John já havia pensado em alguma melodia – Eu pensei em algo um pouco mais pesado, não no sentido de carregar o instrumental, mas a atmosfera, começar baixo, ter um pico e acabar baixo. – Jared já dedilhava sua guitarra imaginária enquanto Pat correu atrás de seu notebook. Todo mundo pensava na música nova e eu estava quase dormindo, mas meu cérebro não parava de raciocinar e o que ele não me deixava esquecer era o fato de que John escreveu aquela música para mim e me colocou como a miséria de sua vida, a miséria da vida da pessoa que eu amo.
John’s POV
Jared e Pat discutiam quando a bateria ia entrar mas a única coisa que me chamava atenção era , ela parecia quieta demais. Estava acostumado com a menina pulante e elétrica. Provavelmente ela está de ressaca e espero que esteja pensando em nós dois e na música. Confesso que escrevi a música em um momento de raiva, ontem de madrugada quando acordei e não achei ao meu lado, mas realmente o que eu esperava? Se os irmãos dela nos vissem eu estava morto, mas naquele momento eu ainda estava bêbado por causa do amor.
Amor... a maior bosta do mundo, eu estava muito bem sem ele mas ontem concretizou algo que eu temia, meu amor por . E agora eu não podia deixar essa música passar, ela acha que eu a odeio e fica se esfregando no Kennedy. Não é ridículo eu sentir ciúmes de um dos meus melhores amigos? É tudo muito ridículo.
Capítulo 6
John’s POV – 1 semana depois
Depois de Misery, começou a me ignorar e isso já durava uma semana, por isso hoje eu vou cantar uma música nova especialmente para ela, Right Girl. Entrei no palco com a esperança de um perdão quando saísse, mas o que me recebeu foi bem pior do que eu imaginava.
’s POV - 2 horas antes, durante o show.
Os meninos tinham acabado de entrar no palco quando Tim me avisou que teria de arrumar algum problema, eu estava assistindo um filme qualquer no netflix e não percebi quando alguém veio por trás e colocou um pano em cima dos meus lábios e nariz, em poucos segundos eu estava apagada.
John’sm POV – 2 horas depois
Nós entramos no camarim e Tim estava acompanhado de dois policiais – O que aconteceu aqui? – Tim olha para Pat – desapareceu – Aquilo me atingiu como uma bomba, mas Pat foi quem começou a pirar – C-Como assim?! Não, ela deve estar no hotel ou no banheiro ou ou ou... – ele parece a ponto de desmaiar, os policiais mostram o celular e ipad de , ambos com as telas estouradas e um pano, que segundo eles tinha clorofórmio. Assim que Pat percebeu que tinha realmente sido raptada, ele caiu em prantos. Garrett e Jared ajudam a levá-lo para uma van que os levaria para o hotel enquanto Tim, Kennedy e eu perguntamos se podemos fazer algo para ajudar – Nós vamos mandar um policial com vocês, tendo em vista que vocês são uma banda conhecida e a menina pode ser algum tipo de isca. – somos então escoltados para o hotel e forçados a esperar.
’s POV
Acordo em um ambiente estranho e ao tentar me mexer percebo que estou presa a uma cadeira, a luz é muito fraca e mal ilumina o pequeno cômodo. Vejo em um canto, duas pessoas que posso distinguir como sendo uma menina e um menino – Finalmente cunhadinha, você ficou 2 horas apagada! – reconheço uma voz que me assusta mais do que o fato de estar presa a uma cadeira em um lugar estranho que eu não faço a mínima ideia de onde fica.
Conhecia muito bem essa menina de cabelos loiros e sorriso cínico – Annabelle? – ela dá um pulinho e empurra o menino que estava ao seu lado – Eu disse Tyler, ela se lembra de mim! Aposto que o Pat não me esqueceu e só tá muito ocupado! – essa menina não ficou nem um pouquinho menos pirada. Annabelle é uma ex-namorada psicótica do Pat, depois que eles terminaram ele precisou pedir uma ordem de restrição, ela não pode chegar à 1m dele ou de qualquer um dos maines, e ela foi expulsa do estado do Arizona. Ela dá uma volta ao redor da cadeira, me inspecionando – Você cresceu desde a última vez que eu a vi. – eu juro que não sei com essa pessoa ficou mais louca, ela tem sérios problemas! – Annabelle, para com esse papinho, por que você fez isso comigo? – seu sorriso se torna um repuxamento dos cantos da boca e seus olhos ficam alguns tons mais escuros. Ela puxa do bolso e trás um revolver e aponta para a minha cabeça – Ah sempre tão apressada ... – se antes eu sentia medo, agora meu medo quadruplicou. Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto e Annabelle deu uma risada histérica – Você ‘tá com medinho? Ah a pequena Kirch está com medo. – quanto mais ela ria, mais medo me dava, principalmente com esse estranho me encarando.
John’s POV
Alguns policiais entram para fazer algumas perguntas – Vocês conhecem alguém que poderia querer fugir com ela? Algum namorado ou algo do gênero? – a ideia de ter outro cara competindo comigo pelo amor de me deixa irritado, rapidamente nego assim como todos, estávamos todos na sala, menos Pat, deram para ele um boa-noite-Cinderella – Alguém que poderia querer fazer algum mal para a menina ou atingir algum dos irmãos? – começamos a pensar em alguém que poderia não gostar de , Pat ou Tim mas não ME veio ninguém à mente – Ah, tem a louca da ex do Pat – Garrett diz brincando, mas parece que isso acende uma luz para Tim.
Tim pega seu notebook e abre alguns arquivos, os mostrando para o policial – Annabelle Tatcher? O garoto tem uma ordem de restrição e ninguém lembrou até agora? – ele passa algumas informações por seu walkie-talkie e em alguns minutos ele obtém uma resposta – Parece que acharam um quarto de motel na estrada e no nome de Tyler Tatcher, irmão gêmeo de Annabelle. Nós vamos lá investigar enquanto vocês ficam aqui. – ele se levanta e saí, trancando a porta. Olho pelo olho-mágco da porta e vejo dois policiais que foram deixados de guarda do outro lado, vou para a janela no lado oposto e vejo uma saída de emergência – Eu vou com Tim atrás da polícia e vocês ficam aqui com Pat. E caso os outros perguntarem de nós, falem que também fomos dormir. – todos concordam.
Desço as escadas com Tim logo acima, uma vez na rua vemos que os carros da polícia ainda não saíram, esperamos eles partirem para tomar um táxi e dizer a famosa frase “Siga aquele carro!”. A viagem até o motel dura uma hora, quando chegamos encontramos um motel com aparência de abandonado. Saímos do táxi, que rapidamente deixa o local, e nos escondemos atrás de alguns arbustos.
’s POV
Luzes azuis e vermelhas invadem através das janelas rachadas junto com o som de sirenes, dou um suspiro de alívio – Não fique achando que só porque a polícia está aqui que você vai sair daqui imaculada, querida. – Annabelle puxa o gatilho, mas antes que eu conseguisse reagir Tyler golpeia Annabelle, que cai no chão, e enquanto ela não se levanta, ele corta as cordas que me prendem e grita – Corra! Corra! – Tyler se joga em cima de Annabelle enquanto corro para foro do quarto. Ouço um tiro mas não paro de correr até chegar do lado de fora do prédio.
Capítulo 7
John’s POV
Ouvimos um tiro lá dentro, os policiais se preparam para entrar quando uma menina sai correndo do motel. Alguns policiais entram no prédio, enquanto os outros colocam as armas devolta no cinto e um começa a se aproximar da menina lentamente, reconheço-a como e não consigo mais me segurar, saio correndo e a tenho nos braços antes que qualquer um toque nela. Ela se agarra chorando em mim, eu passo minhas mãos por seu corpo e vejo que o tiro não havia pegado nela – John, eu te amo tanto... não me deixa! – eu beijo sua testa, consciente de que Tim nos observava – Eu nunca, nunca vou te deixar, meu amor. Nunca. – duas ambulâncias chegam e a levam com Tim para fazer alguns exames, enquanto os paramédicos da outra ambulância entram no prédio.
Tiro o celular do bolso e ligo para os meninos avisando que está tudo bem com e vou em direção à ambulância, quando os médicos liberam , ela estava abraçada a Tim mas quando me vê, vem até mim, a pego no colo, percebo que ainda está trêmula, e ela encosta a cabeça no meu ombro. Tim parece aprovar nossas ações. A polícia nos leva de volta para o hotel, os meninos dão rapidamente um oi para e a levo para seu quarto – John? – ela me chama quando a deixo na cama de casal – Dorme comigo? – vejo o quão frágil ela estava – Claro, só tenho que tomar um banho rápido – coloco Garrett para olhá-la enquanto tomo uma ducha no meu quarto e coloco um pijama, que é mais só uma calça de pijama.
Quando entro no quarto, Garrett está assistindo TV, deitado na cama – A tá tomando um banho. E o Tim disse que vai remanejar os dois próximos shows. – faço um joinha para mostrar que entendi e ele sai com um ‘boa noite’. sai do banheiro com um pijama e se deita na cama, me deito ao seu lado, ela se aninha no meu peito e fica passando o dedo por cima da minha tatuagem (N/A: aquela tatuagem maravilhosa do John Ohhh “We’ve all been degraded; We’ll all be the greatest”!) – Eu sempre gostei das suas tatuagens, naquele momento pensei que nunca mais as veria. Pensei que nunca mais o veria. – ela levanta o olhar e lhe dou um selinho – Eu pensei que nunca mais beijaria seus lábios ou sentiria o calor do seu corpo contra o meu ou passaria meus dedos por seus cabelos. – agora eu percebo todos os meus medos que escondi enquanto focava em achá-la.
Uma lágrima escorre pelo meu rosto e acaba molhando sua face – John, você ‘tá chorando? – ela se levanta, se apoiando nos cotovelos e me encara – É que eu te amo e eu escrevi uma música pra você, hoje eu quase te perdi e meuuuu deus como eu to gay! – ela dá um tapa de leve no meu peito e uma gargalhada gostosa – Tava muito fofinho para ser você! E que fique claro que prefiro o John macho! – eu dou um sorriso sacana – Você quer me ver ser bem macho? – a deito novamente na cama, ficando por cima dela.
Capítulo 8
’s POV
Eu acordo e tomo um banho rápido, deixando John dormir enquanto vou para a sala comum, onde encontro todos tomando café da manhã – Bom dia! – Pat parecia um pouco grogue, ele se levanta e me abraça – , ahh eu fiquei com tanto medo! – eu retribuo o abraço da melhor maneira possível, uma vez que ele coloca uma parte do peso dele no meu corpo – O que vocês deram pra ele? – ele me solta rindo e volta a brincar com seu café. Me sento ao seu lado e me sirvo de café e algumas panquecas com bacon – Uns calmantes e antialérgicos que estavam jogados por ai... – eles são loucos mesmo! Tim me passa o jornal e só dou uma olhada rápida, não quero ver o rosto de Annabelle – Ela foi presa? – ele afirma – Aquele tiro ela disparou contra a cabeça do irmão. Quando percebeu o que fez ela teve um colapso, foi presa e mandaram-na para uma prisão/hospício na Inglaterra – quando Tim menciona o que aconteceu com Tyler não consigo não ficar triste.
Kennedy percebe que eu fiquei um pouco mexida com a notícia – que foi? Você não pode estar triste, essa vadia foi para o outro lado do oceano. – eu cutuco o resto das minhas panquecas mas perdi a fome, então cruzo meus talheres e empurro meu prato – Não é isso. Foi o Tyler quem me soltou e prendeu Annabelle enquanto eu fugia, ele me salvou. – Garry que estava do meu lado esquerdo, aperta minha mão e eu dou um sorriso (pelo menos tento) – Vou lá acordar o belo adormecido. – me levanto e volto para o meu quarto. Entro e fecho a porta, observo John dormir por alguns momentos, ele parece um anjo (muito gostoso) dormindo. Aproximo-me dele lentamente, sento ao seu lado na cama e acaricio seu rosto, ele abre seus olhos verdes, piscando algumas vezes para se acostumar com a luz, e sorri. Sua mão segura a minha, levando a minha palma aos seus lábios plantando um beijo.
Abaixo e lhe dou um selinho, mas ele me segura aprofundando o beijo e transformando um simples selinho em um beijo apaixonado. Quando nos separamos fico hipnotizada por seus olhos tão verdes – Bom dia, John – ele sorri de lado – Bom dia, . Eu te amo – até agora não tinha caído a ficha de que John e eu estamos “juntos” – Eu te amo, O’Callaghan – lhe dou outro selinho e me levanto – Toma um banho e vem tomar café, aposto que o Tim tem que discutir com vocês o que vai ter que ser feito. – ele se levanta e coloca seu samba-canção – Vem tomar banho comigo? – eu o empurro de brincadeira – Seu sem-graça, já tomei meu banho, tá? – lhe dou mais um selinho e saio com ele gritando – UM DIA!! – fico só rindo.
Sento no sofá em do Pat, que estava deitado no mesmo – Por que o John disse ‘um dia’? – Jared me pergunta – Nada não, ele tava sendo bobo. Cadê meu ipad? – Tim me entrega duas sacolas, uma com meu ipad e celular antigos, ambos com as telas estouradas e algumas partes faltando, e outra com um celular e ipad novos – Eles não precisavam ter feito isso com os meus bebês! – faço uma cara triste e Tim pega a sacola com os aparelhos destruídos – Quando a gente chegar em Tempe a gente faz um enterro ou algo do gênero. – John entra na sala – Pronto, podemos começar a reunião. sai de cima do Pat. – eu me levanto, Pat de denta direito e me sento ao seu lado, John embrulha uma fatia de bacon com uma panqueca e se senta ao meu lado comendo.
John coloca um braço em volta dos meus ombros e me puxa mais para perto, fazendo com que eu deitasse minhas costas e cabeça em seu peito – Como sabem cancelei os dois shows de hoje e amanhã, o que nos dá tempo o suficiente para voltar para Tempe. – John faz cócegas em mim e eu não consigo segurar minha risada histérica, ele brinca com Tim – Tá tudo bem agora, por que nós vamos voltar para Tempe? Tá com saudades da mamãe? – só que Tim não dá risada, na verdade estão todos muito sérios – John, a gente vai deixar a Carolina lá. – as palavras de Tim ecoam em minha mente.
As cócegas e risos de momentos atrás tem um fim súbito – Mas... Mas eu não quero voltar para Tempe. E-Eu não consigo voltar para Tempe! Tim não, não agora. A Annabelle tá na prisão e não vai acontencer isso nunca mais! – minha garganta fecha e sou tomada por lágrimas e soluços, John me envolve em seus braços o que me faz chorar mais ainda, nessas últimas duas semanas me acostumei a ver John todo dia.
Capítulo 9
John’s POV
O dia passa rapidamente e a noite, embarcamos em um voo para Tempe, converso com Carolina – Talvez seja melhor, nós temos muito o que fazer durante essas semanas e daqui um mês quando eu voltar a gente continua de onde parou. Afinal eu faço várias turnês, então você tem meio que se acostumar sabe, caso nós venhamos a ter alguma coisa e... – ela me corta rindo – John, você fica muito fofo apaixonado e tentando conversar comigo sobre isso, mas você tá tagarelando demais amoré! –sinto minhas bochechas esquentarem – Isso eu nunca tinha visto! John Cornelius O’Callaghan envergonhado, que lindo!! – ela me dá um selinho, pelo menos ela parece menos triste.
Chegamos em Tempo e já eram dez horas, Jared me convidou para dormir na sua casa já que era mais perto do aeroporto e foi ali que me separei pela primeira vez de – A gente vai se ver amanhã, ok amor? – ela faz que sim com a cabeça, segurando as lágrimas e abraça. Envolvo seus ombros e planto um beijo em sua testa. Despeço-me brevemente dos guys e vamos embora.
’s POV
Entro no carro em silêncio e este prevalece até Tim estacionar em casa – , isso é o melhor para você. – eu dou um sorriso cínico – Vamos ver quem sabe o que é melhor para mim, eu ou vocês. – e saio do carro, juro que não queria ficar brava com Tim ou Pat ou meus pais, mas é impossível. Bato a porta do carro e entro em casa, minha mãe me agarra e começa a choramingar enquanto meu pai passa um sermão em Pat e Tim. Cumprimento todos depois de sair do abraço de minha mãe e subo para o meu quarto, me enfiando debaixo das cobertas com roupa e tudo.
~sonho~
Estou novamente naquele quarto escuro com Annabelle, mas Tyler não esta lá e ela não aponta o revolver para mim e sim para John que também está amarrado em uma cadeira e de frente para mim – Eu vou te matar também, cunhadinha. Mas antes você vai assistir o O’Callaghan agonizar e na vai poder fazer nada. – e é exatamente o que ela faz, dando vários tiros no corpo perfeito de John.
~sonho off~
Acordo em prantos e gritos com minha família inteira ao meu lado, todos tentam me acalmar, contudo isso só torna minha situação pior e eu começo a ficar sem ar, até ficar a beira de um ataque de pânico, Pat finalmente percebe que nada disso está me fazendo bem e manda todos saírem, eles vão um por um, até minha mãe, depois de reclamar muito. Depois de muito esforço por parte de meu irmão me acalmo e ele me oferece um copo de água que tomo aos poucos.
Pat faz carinho no meu cabelo – Foi um pesadelo com Annabelle, não? – faço que sim com a cabeça e ele suspira – J-John – ele pega o meu celular de cima do criado mudo – Eu sei que foi com o John, você gritou o nome dele umas dez vezes. Vou ligar pra ele, acho que você vai ficar melhor falando com ele do que comigo. – ele digita o número de John e coloca o celular contra o ouvido – Eu explico o que aconteceu ou você explica? – aponto para ele.
John’s POV
Acordo com meu celular tocando, olho para o relógio no criado mudo do quarto de hóspedes de Jared e vejo que são 3 horas da manhã. Quem está me ligando ás 3 horas da manhã?! Observo a tela do meu celular por alguns momentos para que minha vista se acostume e assim que consigo distinguir alguma coisa, vejo que é quem me liga e atendo – Alo amor, tá tudo bem? – mas quem responde não é Carolina e sim seu irmão idiota – Você realmente atendo o telefone assim quando minha irmã liga? – eu quase desligo, mas Pat continua - Ah esquece, você pode falar com a , por favor? – eu sei que não é algo positivo, porque se estivesse somente com saudades Ela me ligaria não Pat. Sento-me e acendo a luz – O que aconteceu? – Pat suspira pela milésima vez – Ela teve um pesadelo com a Annabelle, acordou chorando e... – eu o corto, uma vez que compreendo o que acontecera – Passa pra ela. – eu consigo ouvir Pat dizendo algo para e lhe passando o celular.
’s POV
Pat me passa o celular e o coloco contra o ouvido – ? – o meu corpo relaxa imediatamente com o som da voz de John – O-Oi – minha garganta dói afinal gritei mais do que suficiente – Minha margarida (a.n: fala sério, qualquer uma morreria para ser a Daisy do John Ohh), foi um pesadelo só, não fica assim! – sua voz falando essa frase me faz dar uma risadinha – Eu prefiro esse som, você deveria estar rindo, não chorando. , a Annabelle foi embora para sempre, não tem porque você se preocupar. – eu me deito na cama e seguro o celular – Ela não pode mais fazer nada com você. – a lembrança de que não foi comigo que ela fez algo e sim com ele me trás lágrimas. Ficamos conversando por uma hora até John começar a cantar para eu dormir, o que faz muito efeito.
Capítulo 10
’s POV
Quando acordei na manhã seguinte eram 10 horas da manhã, coloquei meu roupão e desci para comer alguma coisa, entrei na cozinha e além dos Kirch os meninos também estavam lá. John estava de costas para a entrada então não me viu, vim por trás e o abracei, sussurrando em seu ouvido ‘boo’. Ele se vira e eu o solto me sentando ao seu lado, dou ‘bom dia’ para todo mundo e me sirvo de café da manhã. Percebo que meus pais observam, me olham como se eu estivesse morrendo – Sabe mamãe, eu acho que eu vou voltar para a turnê com os meninos, mas agora eu perdi o apetite. – saí daquele cômodo o mais rápido possível e voltei para meu quarto, me jogando na cama.
Alguns momentos depois alguém bate na minha porta de leve – Eu não to com fome, mãe. – mas quem respondeu não foi minha mãe – Eu trouxe waffles! – eu me viro para John – Meu ponto fraco! Não é justo! – ele estende o prato mas antes que de eu conseguir pegá-lo John o puxa de volta – Tem um preço. – ele faz biquinho, eu me levanto e fico nas pontas dos pés para conseguir lhe dar um selinho.
Nós sentamos na minha cama e dividimos os waffles – Eu fico surpresa que meus pais deixaram você subir. – ele suspira – Eles estão preocupados, você acabou de passar por uma experiência muito traumatizante e eles quase te perderam. – olho séria para John – E eles não gostam que eu goste de você, o que não é justo. – eu coloco o prato vazio em cima do criado mudo. John se deita na cama e eu deito no seu peito – Eles se preocupam com você. – ele está começando a me irritar – Eu me preocupo comigo, já estou bem grandinha. Você conhece uma música chamada Listen To Your Heart? Eu gosto de alguns versos que dizem o seguinte “Your father thinks I’m not good enough for you. Your mother thinks that this is just a phase.” Porque essa música mostra que não importa o que os outros pensam, principalmente os pais. – ele ri e esconde seu rosto no meu pescoço.
Eu faço carinho nos cabelos da nuca dele e ele solta um gemido – , não faz isso comigo. – passo minhas mãos lentamente por seus ombros e costas, arranhando levemente sua pele através do fino tecido, arrancando outro gemido. John suga pequenos pedaços de pele no meu pescoço – Eu preciso, John. Preciso! Para onde a gente pode ir? – ele pensa um pouco e se levanta – Como a gente sai daqui sem ser notado? – eu me levanto sorrindo e vou até a janela, a abro e John vai até o parapeito. Descemos pela árvore que existia ao lado da minha janela.
Meus pais acharam que dos cinco filhos, o que tinha menos chances de fugir pela janela seria eu, eles estavam um pouco errados agora. Decidimos ir a pé para a casa de John, de modo que ninguém perceba que fugimos. Andamos pela calçada de mãos dadas sem muita pressa já que a casa de John ficava somente cinco quadras da minha. Quando entramos na casa está tudo muito limpo e organizado, fiquei até meio assustada – A empregada veio no dia depois que eu saí. – eu já tinha vindo aqui algumas vezes então não tinha nada de novo para mim. Coloco meus braços em volta de seus ombros, ele fecha a porta e coloca um braço em volta da minha cintura me pegando no colo.
Pat’s POV
Estávamos todos na sala de TV, jogando X-BOX, quando a mamãe entra e nós chama para almoçar – Cadê a e o John? – me levanto – Eu vou chamar eles – subo para o andar superior e bato na porta de Lina, mas ninguém responde, eu abro a porta e não tem ninguém no quarto nem no banheiro. PQP! Eles não fizeram isso! Pego o celular e ligo para John, ele demora um pouco para atender, mas assim que ele atende começo a gritar com ele.
John’s POV
Depois da segunda vez, nós tínhamos que descansar um pouco. estava deitada no meu peito fazendo o que ela mais gosta, desenhando por cima da minha tatuagem. Eu estava quase dormindo quando meu celular toca – Alô? – atendi antes mesmo de ver quem era, mas logo eu percebi – VOCÊS TEM 2 MINUTOS PARA CHEGAR AQUI! EU NÃO QUERO NEM SABER ONDE VOCÊS ESTÃO! – (a/n: ta que eu não consigo imaginar o Patty tãooo irritado assim hahaha) e Pat desliga. conseguiu ouvir e já estava se vestindo, nos vestimos e vamos rapidamente para o outro carro, esqueço da maioria das regras de trânsito, mas chegamos em 3 minutos. Estaciono um pouco antes da casa dela e entramos pelo quintal, ninguém, nem mesmo Pat, nos vê chegando. Sentamos a mesa – O que vocês dois estavam fazendo lá em cima? – Garrett fez o favor de perguntar, a sorte foi que nós dois pensamos na mesma coisa e respondemos juntos – Dormindo – todos menos Pat encostam em uma das travessas que era verde – Ahhh coitadinho do meu irmãozinhooo. – zoa Pat, mas ele nem parece ligar, e continuamos almoçando normalmente.
Depois de todos terminarem o almoço Sr e Sra Kirch decidem que é um bom momento para discutir a situação, Garrett, Kennedy e Jared vão embora. Eu até tento, mas me obriga a ficar.
Capítulo 11
’s POV
Meus pais resolvem fazer uma reunião para tratar do que vai acontecer agora, faço John ficar porque eu não queria ficar sozinha com eles. Nos sentamos na sala de TV, mas ninguém começa a falar então decido que sou eu quem vai começar – Eu quero continuar em turnê com os meninos. – a cara dos meus pais fecha imediatamente. Tim tenta me ajudar – Agora que Annabelle está na Inglaterra ela definitivamente não representa uma ameaça e pelo que eu sei Pat não teve nenhuma outra namorada louca. Se a quer continuar não vejo o porquê dela não poder. – com Tim do meu lado as coisas ficam um pouco mais fáceis e seus argumentos parecem aliviar um pouco meus pais, apesar de eles continuarem apreensivos. Minha mãe finalmente diz alguma coisa – , o problema é que você fica muito tempo sozinha. – tento pensar em alguma solução, mas antes de pensar em alguma coisa Pat levanta a mão, eu digo seu nome três vezes e ele abaixa a mão – A podia levar uma amiga. – a ideia até que não é ruim.
Olho para todos e eles parecem concordar, só o John que está viajando – Posso mesmo? – Tim começa a pensar em contas, ele faz as mesmas com o dedo no ar – Vai consumir um pouco do nosso orçamento, mas funciona e assim teria companhia e não seria a única menina. – começo a me animar com a ideia – Mas quem você vai levar, vocês voltam para a turnê daqui dois dias. – meu pai se manifesta e sei que eles gostaram da ideia e provavelmente vão me deixar voltar para a turnê, agora só tenho que pensar em quem levarei.
Começo a pensar em quem não havia viajado e conhecia os meninos suficientemente até que me vem a pessoa perfeita – A !! – claro por que não pensei nisso antes? Ela passou a última semana de aulas reclamando sobre como ela ia ficar mofando aqui em Tempe e eu iria viajar o mundo com uma das melhores bandas do mundo. Pego meu celular e ligo para , ela me diz que vai conversar com seus pais e passa em casa mais tarde.
Pat e Tim saem da sala para ver todos os detalhes, os sigo com John atrás, mas meus pais nos chamam para ficar. Nós sentamos novamente, lado a lado de frente para mamãe e papai – Nós já percebemos que há algo entre vocês dois, bem já faz alguns anos. Agora que vocês estão juntos, não há por que não deixar que fiquem juntos. – meu pai começa – Principalmente agora que tem 17 anos, mas nós pedimos que tomem cuidado e não se precipitem. Nós já temos trabalho suficiente com a Sofia, não precisamos de outro neto pelo menos não de você , não agora. – sinto minhas bochechas quentes, tenho certeza de que estou muito vermelha.
John’s POV
Depois de nossa conversa com seus pais se levanta e saí, mas quando vou segui-la seu pai me para novamente. Eu me sento em frente a ele, somente nós dois – John, eu te conheço fazem quatro anos e eu quero saber quais são as suas intenções com a minha filha. – eu passo minha mão pelo cabelo, num gesto nervoso – Sr Kirch entendo suas preocupações porque eu não sou um exemplo de romântico cavalheiro, contudo posso assegurar que com é diferente. Eu nunca consegui ficar com a mesma menina por mais de 2 meses isso é verdade, mas com a sua filha eu simplesmente não consigo nem quero ficar longe. Depois do incidente com Annabelle eu percebi como nada é certo e como eu posso perder algo que amo muito em poucas horas. – ele pareceu satisfeito com a resposta porque me deu um sorriso e estendeu sua mão, retribui o aperto de mãos e me levantei para sair.
Quando entrei no quarto de ela estava dormindo em cima de algumas roupas na cama, a cubro com uma manta e vou para o quarto de Pat – Oi cunhadinho. – ele joga uma almofada em mim – Não acredito que justo você ‘tá namorando a minha irmã. – me sento ao seu lado – Ah você ‘tá adorando isso sim! Ainda mais agora que a vai vir com a gente na turnê. – ele fica vermelho – Para John, eu tenho mais o que fazer do que ficar ouvindo você me irritar. Por que você não ‘tá com a minha irmã? – eu recebo uma mensagem da minha mãe – Porque ela ‘tá dormindo. Olha eu vou passar na minha mãe agora, então avisa a que eu venho aqui às 8 pra gente sair. – ele faz uma careta – Já começou a abusar da minha pessoa. - eu bagunço o cabelo dele e saio do quarto.
’s POV
Minha mãe me acorda às 4 horas quando e seus pais chegam, nós todos temos um reunião e decidimos os detalhes para que ela possa sair conosco amanhã. fica para me ajudar a me arrumar para meu primeiro encontro com John – Esse vai ser o primeiro encontro de casal de vocês? – eu assinto e abro o armário – Quando ele me chamou pra sair nós não marcamos uma data nem nada específico. Fico feliz que seja aqui em Tempe. – ela me mostra um vestido, mas nego – Ele falou em algo mais básico, tipo cinema e jantar. – continuamos procurando.
Quando são 7 horas vou tomar banho enquanto separa a roupa que escolhi, uma mini-saia branca com uma blusinha florida e rasteirinhas, em pleno verão faz muito calor em Tempe, dia e noite. Ás 8 horas estava pronta e John toca a campainha, Pat atende – John Cornelius onde você irá levar a minha irmã? – em empurro Pat para o lado e deixo John entrar lhe dando um selinho – Vamos? – seguro sua mão e estamos saindo mas Pat nos segura – Parem os dois e deixem eu fazer meu papel de irmão mais velho. – nós viramos e ficamos de frente para Pat – Agora sim. Então John, onde você vai levar minha irmã? – nós dois respiramos fundo – Vamos jantar e ir ao cinema. – Pat faz uma cara de pensamento – Podemos ir Patrick? – ele assente – Que ela esteja aqui antes da meia-noite, ouvi John? – nos viramos novamente e John manda o dedo do meio para Pat, de costas.
Entramos no carro, me viro para John e nós damos um beijo de verdade – Onde nós vamos jantar? – ele dá partida no carro e começa a ir mais para dentro do bairro residencial onde moramos – Mina casa. Pensei que ia ser mais legal e íntimo. – sorrio concordando o que coloca um sorriso aliviado em seu rosto – E você vai cozinhar ou eu posso escolher o que a gente vai pedir? – ele faz um ‘dois’ com os dedos e nós rimos da sua incapacidade de cozinhar. Quando chegamos eu me sento no safá e John vai para cozinha rapidamente voltando com vários folhetos de delivery, uma garrafa de vinho e duas taças – Você sabe que não posso beber, não sabe? – ele me dá os folhetos e coloca as taças em cima da mesa – Mas isso não te impede, não é? – ele responde no mesmo tom e eu dou risada, John serve meia taça para cada um.
Olho para os folhetos em minhas mãos e penso no que pedir – Eu quero sushi! – ele assente e pega o telefone para fazer o pedido. Aconchego-me mais para perto do seu corpo com a minha taça em mãos, John me puxa mais para perto e nós ficamos assim, tomando vinho e conversando enquanto a comida não chegava – Quando você começa a faculdade? – eu penso um pouco, vou cursar jornalismo provavelmente na Universidade do Arizona – Em Setembro, mas eu ainda não sei em quais eu passei. – ele murmura um ‘hmm’ – A gente acaba a turnê na segunda semana de Agosto e só volta no meio de Setembro, quase Outubro. – isso me deixa animada porque significa que a gente vai ter um tempinho juntos. A comida chega e sentamos no chão, colocando tudo na mesa de centro para comer - Você vai com a gente para o Brasil e afins? - eu dou de ombros - Não, acho que não. Tim não falou nada sobre o assunto. - depois disso nos concentramos em acabar de comer e ir para o quarto.
Capítulo 12
Pat's POV
Assim que John saiu com a minha irmã, me viro e está ali parada com sua bolsa.
- Acho que eu já vou indo. - eu coloco uma mão atrás da cabeça como sempre faço quando fico nervoso e tomo coragem.
- T-tá m-meio tarde-de, eu te d-dou uma carona. - e é claro que eu gaguejei, ela dá um sorrisinho e assente.
Pego minhas chaves e abro a porta para ela. Em menos de 5 minutos chegamos na casa dela, afinal, fica a apenas 5 quarteirões da minha, mas aparentemente não tem ninguém em casa.
- Seus pais estão ai? - ela procura suas chaves dentro da bolsa.
- Acho que não. Quer entrar? Eu posso fazer alguma coisa para a gente comer. - e isso, Senhores e Senhoras, foi a amiga da minha irmã mais nova me convidando para entrar na sua casa vazia.
Agora eu estou no mesmo labirinto que penso que John esteve com a , eu devo ou não ceder a minha vontade de aceitar seu convite? John está com , ele é meu amigo, então não pode ficar zangada comigo. Pronto.
- Pode ser, se não for dar trabalho. - ela dá um sorriso.
- Não é trabalho nenhum, afinal, você me trouxe até aqui sã e salva. - ela abre a porta do carro e sai. Entramos na casa dela e ela acende as luzes, deixa sua bolsa em cima de uma poltrona e entra em outro cômodo, apenas a sigo em silêncio.
Ela abre a geladeira, se enfiando lá entro, e sai um pouco depois com um prato grande coberto por papel alumínio.
- Senta, fica a vontade. Torta de frango tá bom? - eu me sento na bancada e assinto, ela pega dois pratos. Coloca um pedaço de torta em cada um e me entrega um junto de talheres.
's POV
Eu estava deitada no peito de John quando meu celular apita avisando que são 11 horas, ou seja, hora de ir para casa. Me levanto e começo a procurar e vestir minhas roupas, desisto de procura minha blusa e coloco uma camiseta de John, ele só me observa.
- Você tem que me levar para casa. - ele me dá aquele sorriso torto trendmark de John O'Callaghan.
- Eu prefiro assistir você assim. E a propósito, pode ficar com essa camiseta, ela fica bem melhor em você. - e pisca para mim, eu jogo um sapato nele que apara o objeto com as mãos. Depois do sapato ele se levanta e se veste.
Às 11:30 estamos no carro e chegamos em casa em menos de 15 minutos. Meus pais foram passar a noite com a minha avó em Casa Grande, porque ela ligou dizendo que não se sentia muito bem, Matt e Bryan já não moram em casa e Tim está com Ashley, então a única pessoa que era para estar em casa era Pat, mas quando entro as luzes estão todas apagadas e nem sinal do anão cabeludo do meu irmão.
- Eu simplesmente não creio! Ele nós faz chegar em casa antes da meia-noite, mas quando eu chego ele nem 'tá aqui! - John não parece nem um pouquinho incomodado, ele inclusive me dá um sorrisinho sacana. - Ah John nem tenta, isso me deixou muito irritada. Sem mencionar que eu estou bastante cansada. Vamos para o meu quarto e a gente assiste um filme? - ele fecha a cara de brincadeira e eu o puxo para o andar de cima. Nós deitamos de conchinha na minha cama e ficamos assistindo um filme qualquer até eu pegar no sono.
John's POV
Depois de meia hora de filme, já estava capotada. Coitada, eu dei uma canseira nela. Acho que com a rotina de shows e tudo mais, eu acabo tendo um melhor condicionamento físico. Sem sono fico observando , são poucos os momentos que essa bolinha de energia está parada e agora é o melhor para observar cada pequeno traço de seu rosto, desde seus pequenos olhos amendoados com logos cílios aos seus lábios rosados e cheios. Como fui me apaixonar por este ser perfeito? Contra todas as chances, me apaixonei por uma das pessoas mais remotas, ela simplesmente chegou e pulou no meu coração, claro que isso demorou 3 anos, mas quando finalmente abri meus olhos, foi ela quem eu vi.
Meus pensamentos e observação são interrompidos quando Pat aparece na porta.
- Vocês já estão aqui? - olho para ele como se ele fosse estúpido.
- Não Patrick, nós somos uma ilusão e meu carro não está parado em frente a sua casa. - ele me mostra o dedo do meio - Cara, a estava realmente preocupada em te respeitar. Pena que do jeito que do jeito que foi, essa vai ser a primeira e última vez. - ele suspira e passa a mão pelos cabelos.
- O pior é que eu não sei se ela vai ficar animada ou mais irritada com o motivo. - aquilo desperta o meu interesse.
Com muito cuidado, para não acordar , me levanto e vou com Pat para seu quarto.
- Explica. - ele suspira novamente e se joga na cama enquanto eu me sento no banco da bateria dele.
- Eu estava com a , amiga da . - eu quase caio com a informação que acabo de receber, inclusive bato em alguns pratos sem querer e ganho um olhar de repreensão de Pat.
- Você 'tava com a amiga da ? - ele assente - Como? Como nós dois fomos nos meter com duas meninas mais novas do que a gente e que tecnicamente, não poderiam estar com a gente? - ele mexe os ombros para mostrar que ele também não tinha nenhuma ideia de como chegamos onde estamos.
- Apesar de que eu sou só 2 anos mais velho do que a - eu bufo.
- Mas a situação é a mesma! A é sua irmã, eu sou seu amigo e ela é mais nova do que eu. - ele afunda o rosto em um travesseiro e solta um grunhido.
- Boa sorte tentando isso, cunhadinho. Eu preciso ir pra casa. - saio do quarto dele, deixo um bilhete para e vou para a casa dos meus pais, ter uma boa e longa conversa com a minha mãe.
's POV
Na manhã seguinte acordei sozinha, mas antes de me preocupar, encontro um bilhete de John explicando que foi para casa quando Pat chegou. Me levanto, faço minha higiene matinal, me troco e desço.
- Bom dia Lininha. - Tim e Ashley me cumprimentam na sala. Na cozinha, minha mãe está ocupada fazendo várias coisas.
- Bom dia mamãe, o que você está fazendo? - ela me dá um 'Bom dia' rápido e um sorriso, é gostoso ver minha mãe tão contente.
- Os meninos vão fazer um churrasco hoje, porque à tarde vocês já embarcam para a próxima cidade. - eu dou alguns pulinhos de felicidade, pego uma maçã e vou para o quintal.
Perto da churrasqueira meu pai, Pat e Matt arrumam algumas coisas, enquanto Michelle e vovó estão brincando com Sofia em uma toalha.
- A minha sobrinha mais linda do mundo!! - me sento junto delas e logo Tim e Ashley se juntam a nós. Em pouco tempo todos haviam chego, menos John. Eu e as meninas, , Trish, namorada de Jared, Alyssa, namorada de Kennedy, Ashley e Michelle, conversando sobre a vida.
Quando John finalmente chega, trazendo um cooler, ele cumprimenta todos e me deixa para o final. Ele vem por trás e me abraça, dando um beijo suave no meu pescoço e sussurrando um 'oi' no meu ouvido. Sua presença me relaxa e ficamos assim durante um tempo, conversando com todos, mas eu não prestava muita atenção John é como uma droga que pode me deixar anestesiada na sua companhia e ansiosa longe dele.
O churrasco corre normalmente, comemos e nos divertimos como sempre, sinto uma pequena tensão entre Pat e , mas mais tarde eu descubro o que está acontecendo. Toda a paz sumiu quando os garotos decidiram começar a pular do telhado para piscina.
- John, por favor não pula! - ele acaba a quinta latinha de cerveja e se levanta.
- Vai dar tudo certo, amor, eu já fiz isso antes! - eu me sento na mesa emburrada com um bico, ele me dá um selinho e sobe no telhado.
Fecho os olhos e só abro quando ouço o splash. John sai da piscina encharcado e se sacode como um cachorro em cima de mim, me molhando toda.
- Jooohn, eu to de roupa! - pra que eu fui falar? Isso só fez com que ele quisesse me molhar mais. Ele me pega no colo e pula comigo na piscina. - Eu te odeio! - ele me solta e jogo água na sua cara. John segura meus pulsos.
- Vocês Kirch tem essa mania de dizer que me odeiam quando é claramente o oposto. - ele aproxima o rosto do meu.
- Você se acha demais, O'Callaghan. - eu junto nossos corpos.
- Ah é? Sou o O'Callaghan agora? Prefiro quando você grita isso na cama. - nossos lábios se unem e rapidamente sua língua está em batalha com a minha.
Precisamos lembrar que não estamos sozinhos para não ir muito longe, depois de alguns minutos nos separamos.
- John, minha camiseta é branca. - ele está me abraçando e olhando distraído para Garrett e Jared brigando de brincadeira.
- E? - seguro seu queixo e puxo seu olhar para baixo.
- Ela está transparente. - ele fica olhando abobalhado para baixo. Desisto de conseguir alguma coisa dele.
- Pat, me trás uma toalha? - eu saio da piscina com John ainda distraído, Pat me dá a toalha e um tapa em John, que o puxa para dentro da piscina.
Eu me enrolo na toalha e subo para o meu quarto, John tenta me seguir, mas eu o impeço porque eu quero me trocar rapidamente e não transar com os meus pais no quintal. Coloco um vestidinho soltinho e desço, minha mãe e Michelle estão servindo as sobremesas. Pego uma taça de sorvete e me sento no colo de John, em cima de uma toalha. Eu intercalo colheradas de sorvete entre minha boca e a de John.
Minha mãe vem até mim:
- , chegaram essas cartas nesta última semana. - ela me entra alguns envelopes que reconheço como cartas de universidade. Dou a taça para John segurar e fico com as quatro cartas em mãos.
- Essas são as últimas? - assinto em pergunta a pergunta de John. As duas primeiras são de faculdades no Arizona, as abro e vejo que fui aceita em ambas. - Parabéns ! - isso significa que eu tenho algum lugar caso não passe em nenhuma das outras. - De onde são essas? - seguras as duas cartas restantes, uma em cada mão.
- UCLA Letras e Columbia Jornalismo. - a UCLA era só uma opção caso não quisesse jornalismo.
Abro rapidamente a da UCLA e vejo que passei, contudo não consigo abrir a da Columbia .
- A Columbia foi a única Ivy League para a qual eu me inscrevi. Essa carta pode mudar a minha vida para sempre. - John abraça minha cintura e apoia o queixo no meu ombro, parecia tão nervoso quanto eu. Lentamente abri o envelope e tirei de lá vários papéis, incluindo um livreto mais grosso. Comecei a ler a carta que estava impressa na primeira folha em voz alta. - Desejamos informar que a Senhorita Kirch foi aceita no curso de Jornalismo no Outono de 2010. - eu vi mais algumas informações úteis e soltei todos os papéis. John me dá um beijo na bochecha e sussurra no meu ouvido:
- Parabéns amor! - eu mal consigo raciocinar. Ele me solta e eu pulo para fora do seu colo, fazendo uma dancinha e Pat me olha estranho.
- Pat, eu passei! - ele me abraça e todos começam a me desejar parabéns.
Capítulo 13
Quando finalmente me acalmo, John me dá todos os papéis que eu tinha deixado cair no chão e começo a mostrá-los para meus pais, que começam a discutir o que preparar. Depois de alguns minutos, volto para meu lugar no colo de John e ele me abraça mais forte do que antes:
- Eu sei que essa carta não mudou somente a minha vida e sim as nossas vidas. New York não é longe, não? (N/A: A universidade Columbia fica em NY... Lindaaa) - faço um cafuné em John.
- Não, New York não é tãooo longe. - ele dá uma risada de escárnio.
- Você está sendo exagerada. - eu rio e assinto.
- Olha O'Callaghan, nós temos duas semanas de turnê, com um break pra você ir pra América do Sul, e depois mais duas semanas antes da faculdade; e são nessas duas semanas que nós vamos discutir a nossa relação, ok? - eu me viro olhando pra ele que sorri e nós apertamos as mãos.
- Eu acho melhor nós selarmos isso com um beijo. - ele dá um sorrisinho torto.
- Ah, você acha? - ele assente e nós nos beijamos, um beijo com vontade, desejo e um pouquinho de saudades.
Desde o começo da turnê, quando John e eu nos beijamos quase sempre termina embaixo dos lençóis, mas agora meus hormônios estavam a 100km/h e meus pais estavam a cinco minutos de mim, então tive que parar antes que eu atacasse John ali mesmo.
Pat's POV
Estava empilhando os pratos sujos, tentando ignorar John e quase se comendo ali na nossa frente, quando se aproxima e começa me ajudar:
- , o que é isso? Para, você é visita e nem os meninos, que praticamente moram aqui, tiram os pratos! - mas ela não para, inclusive pega uma pilha relativamente grande e vai para a cozinha, pego a minha pilha e a sigo. Coloco os pratos do lado da pia e me viro de frente para ela: - Tá tudo bem? - ela fica prensada entre meu corpo e pia e começa a mexer na ponta do meu cabelo.
- Tudo... - lentamente coloco uma mão na sua cintura, aproximando nossos corpos.
- Você tá animada para a turnê? - uma das mãos dela vai para a minha nuca.
- Muito... - antes que ela acabasse sua frase nossos lábios se chocam.
Ontem quando nós nos beijamos pela primeira vez, procurei decorar cada pequeno detalhe imaginando que demoraria uma eternidade para beijá-la novamente. Agora a sensação de prazer que corre pelo meu corpo é tão boa que eu estou quase no céu. Suas unhas arranham de leve minha nuca, o que me deixa completamente louco, minhas mãos não ficam paradas por um segundo, passeando por suas belas curvas.
's POV
Estávamos assistindo o por do sol, estendemos uma toalha no chão e eu estava deitada no peito de John.
- Amor? - ele olha para baixo. - Eu te amo... - um sorriso ilumina seu rosto.
- Eu também te amo. - e naquele momento eu queria que tudo parasse; congelar aquele quadro na minha mente e minha vida estaria completa.
John's POV
Nós nos encontramos no aeroporto cerca de uma hora antes do voo, está dançando com quando eu chego e começo a bater palmas, ela se vira dando risada enquanto parece um pouco envergonhada. pula nos meus braços:
- Eu to tão animada! Eu tava com taaaanto sono, mas o Tim me deu um energético e ta tudo tãããããão legal! - eu mando um olhar dúvida para ele.
- Ela não parou de me encher até eu comprar e ela tomou tudo de uma vez, sendo que o máximo de cafeína que ela toma é uma xícara de chá preto de manhã. - me solta e começa pular com Garrett.
Coloco minha mala junto com as dos outros e vou até , ela para de pular um pouco:
- John, John, John! - eu a pego em meus braços e dou um daqueles beijos cinematográficos, sabe no meio do aeroporto e tudo. Quando partimos nossos lábios consigo ver em seus olhos aquele olhar apaixonado que faz meu coração se sentir inteiro.
- Onde você esteve a minha vida inteira? - ela dá risada.
- Bem embaixo do seu nariz - ela toca a ponta do meu nariz. Os outros estão todos de costas para nós, aproveita isso e pula nas costas de Pat que só consegue segurá-la porque ela é muito leve.
Tim's POV
Desde que minha irmã começou a namorar com John, eu comecei a perceber que ela não é mais uma menininha e isso pode ser desagradável por causa de momentos como o que acabou de acontecer, mas ter a consciência de que ela está com o John é algo que me alivia um pouco. Eu assisti esse garoto crescer, vi ele se tornar o homem que era até ele começar a ficar com a , ela o mudou no bom sentido, ele se tornou mais responsável e acho que se apaixonou pela primeira vez na vida. Esses dois me dão muito orgulho.
's POV
Sempre percebi uma pequena tensão entre John e , parecida com a que existe entre Pat e eu... De qualquer modo, eu nunca pensei que eles fossem ficar juntos muito menos desse jeito, eles estão tão fofos que até da enjoo. A viagem de avião inteiro juntinhos e tudo, chegamos no hotel faz meia hora e eles não se largaram um segundo. Pat me ajuda a trazer as malas para o quarto.
- Brigada. Eles se largam alguma hora? - ele ri e mexe naquele cabelo lindo perfeito dele.
- Na hora do show acho que é o maior período de tempo que eles ficam separados e às vezes pra dormir. - me jogo na cama macia do hotel.
- Eles até dormem juntos? - ele assente olhando para baixo, eu faço um som que imita vomito e ele dá uma risadinha com vergonha. - Esse é o último hotel antes do tour bus, não? - ele assente novamente. - Pat você ta com vergonha? - ele olha pra mim com as bochechas avermelhadas.
Levanto-me e fico em frente a ele, nossos olhos lacrados um no outro.
- Pat... - logo naquele momento, de todos os momentos possíveis, entra no quarto. Aquela pessoa tem o pior timming do mundo.
- Opps, destruí o momento, não? Bom, agora não tem jeito, eu só vim avisar que eu vou dormir com o John. - eu mostro o dedo do meio pra ela. - Também te amo, ! - ela manda dois beijinhos e sai fechando a porta.
Me viro novamente para Pat.
- ... E-eu também vou dormir. - eu tento fazê-lo parar, mas ele me impede de falar: - Boa noite. - ele planta um beijo na minha testa e sai como sua irmã. Me jogo de novo na cama e grito contra o travesseiro para descarregar minha raiva.
Capítulo 14
's POV
Eu entro no quarto que John divide com Jared, os dois estavam assistindo Breaking Bad na televisão. me deito embaixo das cobertas com John:
- Eu interrompi um momento do Pat com a . - John olha pra mim com uma cara de interrogação.
- Eles estavam parados um na frente do outro, quase se beijando e ai eu entrei! - Jared também ouvia a conversa e decidiu se manifestar.
- Cockblocker. - John joga um travesseiro nele.
- Olha a senhorita aqui, po! E , seu irmão já é lerdo com as meninas sozinho, não precisa ajudar não! - eu dou uma risada.
- Eu sei! Foi sem querer... E o Jared ta sendo um cockblocker! - todos rimos, Jared ri tanto que ele fica vermelho feito um tomatinho!
John's POV
Na manhã seguinte, Tim nos acorda as 15 pras 6, se levanta e vai para seu quarto se arrumar enquanto Jared e eu nos trocamos. Quando eu vou para a sala todos estão tomando café, me sento ao lado de , que estava tomando chá no sofá, e consigo ouvir a música "Dear Maria, count me in!" do All Time Low tocando no último volume nos seus fones de ouvido.
- ? - ela nem pisca de tanto sono, além de não me ouvir, puxo um de seus fones e ela olha para mim: - Você vai ficar surda! - ela nega com a cabeça.
Abaixo o volume do iPod dela e ela nem percebe:
- Ela ta dormindo ainda. - me avisa , dou de ombros e vou pegar alguma cois para comer enquanto Tim começa a falar sobre agenda do dia.
- Hoje nós temos duas entrevista, soundcheck e show. Também vamos pegar o ônibus, nessa semana tem Bamboozle então vamos ter dias mais agitados. Os passaportes de todo mundo chegaram com os vistos de trabalho para a América do Sul daqui uma semana e meia. - mal posso esperar para voltar para o Brasil (n/a: nuuunca que eu não iria dizer isso, além do que é a mais pura verdade!).
parece ter acordado.
- Hoje eu e a podemos passear enquanto vocês cumprem algum dos seus compromissos? - Tim parece apreensivo:
- Um pouco, à tarde durante a segunda entrevista e um pouco do soundcheck, eu deixo vocês no shopping. - ela sorri satisfeita e continuamos o café.
Mais tarde vamos para outro quarto de hotel para dar uma entrevista para uma revista local e quando chega a famosa pergunta "Vocês estão namorando alguém?" Jared, Kenny e Garry respondem 'sim', Pat responde um:
- Não, ainda não. - e todos olham para mim, os meninos com mais interesse do que a entrevistadora.
- Eu não estou solteiro. - eles sorriem enquanto ela parece ter visto um dinossauro, mas rapidamente se recupera do choque e segue com a entrevista.
Quando saímos do quarto, Tim está nos esperando com o celular em mãos:
- Parabéns John - eu pego o aparelho e vejo vários twees especulando sobre a minha possível namorada, Tim e Pat apertam minha mão em sinal de respeito, eu bagunço os cabelos de Pat é claro para que a atmosfera não ficasse muito séria e vou para o quarto onde estávamos hospedados, encontro deitada no sofá. Faço cosquinhas nos pés descalços dela, ela dá risada e olha pra cima pra ver quem é:
- Johno - ela coloca o iPad em cima da mesa de centro se senta, me sento ao seu lado: - Então quer dizer que o senhor não é mais solteiro? - aparentemente o mundo já sabia o que eu disse na entrevista.
- Aparentemente... - ela olha para os pés - Eu queria dizer que estava namorando, mas não sei se ela quer ser minha namorada. - em um movimento rápido seus olhos estão nos meus - O que me diz? Você quer namorar comigo ? - um sorriso gigante se forma em seus lábios.
- Sim! - nós nos beijamos pela primeira vez como namorada e namorado.
Ficamos um tempo sozinhos até Garrett vir nos chamar para almoçar no restaurante do hotel, quando chegamos lá todos já estão comendo:
- Sabe eu me sinto tão amada quando vocês me esperam pra comer! - comentou irônica ao se sentar ao lado de , me sento de frente para ela.
- Cara vocês tem sorte que o Garrett perdeu no dois ou um pra ir lá chamar vocês, senão vocês iam ficar sem comida. - Jared diz e dá a língua para ele.
- Eu podia ter comido outra coisa lá no quarto. - solta os talheres que segurava e me olha com uma cara de 'você não disse isso'
- E é por isso que a gente não queria te chamar John! Minha irmã não é um pedaço de carne, que nojo! - Pat resmunga enquanto eu mando beijinhos pra :
- Te amo, Lininha! Você sabe que eu estava brincando - ela rola os olhos.
Minha namorada começa resmungar igual o irmão.
- Você é um cafajeste, John, não merece ter uma namorada tão perfeita quanto eu! - é a única que percebe que falou 'namorada'.
- Namorada, hein? - dá um sorriso e eu a acompanho.
- Sim, John me pediu hoje! - todo mundo fala parabéns, menos Pat que continua resmungando.
- Sério , esse é o meu cunhado? Eu esperava muito mais de você. - jogo uma almôndega na cabeça de Pat e ele revida com um pouco de macarrão que espirra em Kennedy.
- PAREM JÁ COM ISSO! - grita Tim antes que antes que aquilo virasse uma guerra. está ajudando Pat a tirar molho de tomate do cabelo.
- Porra John é difícil pra caralho tirar comida do cabelo. - o almoço acaba com conversas sobre os bichos que vivem no cabelo do Pat e do Garrett.
's POV
Tim nos deixa no shopping com uma promessa de voltar dali duas horas. e eu começamos a andar pelo shopping, vendo algumas vitrines e conversando:
- , o que ta rolando entre você e meu irmão? - ela fica vermelha e começa a gaguejar.
- Ah n-na-nada. - tento olhá-la nos olhos, mas ela desvia o olhar.
- , olha pra mim e fala a verdade! - eu paro de andar no meio do corredor e anda mais um pouco, mas para quando vê que eu não vou me mover.
- ... - ela suspira e senta-se num banco, me sento ao seu lado. - A gente ficou duas vezes e foi isso, ele não tem iniciativa nem pra vir conversar comigo. - sabia que não era de ontem que eles estão de rolo.
- Meu irmão é meio lerdinho mesmo, se você quiser eu posso pedir pro John conversar com ele... - ela dá de ombros e se levanta.
Andamos durante as duas horas, com direito a algumas compras menores e um sorvete, quando dá o horário para Tim nos buscar meu celular começa a tocar.
- Oi John. - ele me avisa que está na porta do shopping e eu rapidamente o vejo. Ele nos leva para o local do show de hoje, onde já haviam meninas na fila e eu me joguei no sofá do camarim. Pat se joga em cima de mim.
- SAAAAI PATRICK! - eu tento empurrá-lo mas aquela pessoa pesa muito, Garrett me ajuda. - Brigada Garry, essa coisinha pode ser um anão mas ele tá muito pesado. Caramba, Pat o que você tem comido? - ele tenta contra-argumentar, mas Tim entra no meio dizendo que ele tinha que se preparar para o show.
Só percebo que dormi no sofá quando sinto os braços um pouco suados de John me pegando no colo, me aconchego junto ao seu peito e ele me carrega para a van que nos leva para o hotel.
- Como foi o show hoje? - ele tira seus olhos da janela e olha para mim.
- Bom... Você tá cansada, , dorme mais um pouco quando a gente chegar no hotel eu te carrego de novo. - assinto e volto a deitar a cabeça em seu peito, ele canta baixinho no meu ouvido uma das minhas músicas favoritas, Listen To Your Heart.
Pat's POV
Quando voltamos para o camarim encontramos e desmaiadas nos sofás, John pega no colo e antes que alguém fizesse qualquer coisa, eu pego no colo e sigo John para dentro da van. Ninguém diz uma palavra sobre a minha ação. Sinto o coração de batendo junto ao meu e o cheiro de baunílha que os seus cabelos exalavam, ela tinha os dois braços no meu peito, uma das mãos espalmadas contra a camiseta.
Assim que chegamos no hotel, vou direto para o quarto de e , na verdade só a dormiu aqui, e ao deitá-la na cama ela me segura.
- Fica... - ela nem sabe que sou eu, tento me soltar mas ela só me segura mais forte.
- Pat, por favor... - não consegui mais negar a minha vontade de ficar ali com ela.
Me deito ao seu lado, me comportando e ficando no eu espaço, mas ela puxa eu braço por cima da sua cintura e se aconchega no meu peito.
Capítulo 15
Pat's POV
Na manhã seguinte acordo com um flash, esconde o rosto na curva do meu pescoço e eu coloco um travesseiro na cara:
- Awwwn que fofos! - aquela voz me desperta e eu jogo o travesseiro na pessoa, pelo menos tento.
Abro os olhos e vejo segurando o celular com um sorriso no rosto, mando dedo do meio para ela que sai correndo do quarto. Quando a porta do quarto se abre levanta a cabeça:
- Bom dia, Pat. - dou um beijo em sua testa.
- Bom dia, . - ela se levanta e vai para o banheiro.
's POV
Saio correndo do quarto e me sento no colo de John, ele pega o celular e vê as fotos:
- Ainda bem que eu não tive que conversar com ele, eu não estava muito afim de pressioná-lo. - concordo com John e ele passa o celular para os outros meninos. Pat sai do quarto e todo mundo faz 'oooh finalmeente', ele manda o dedo do meio para todos e Tim começa com seus queridos recados matinais:
- Eu quero todo mundo pronto pra entrar naqueles ônibus em 1 hora! Temos longas 5 horas para chegar na Califórnia. O ponto positivo é que várias bandas chegam hoje então vocês provavelmente vão ter o que fazer. - minhas duas malas e mochila estão junto com as coisas de John então não tenho muito com o que me preocupar, fico curtindo um pouco com John enquanto não dá o horário, mas assim que carregamos e entramos no ônibus, eu capoto no bunk com John.
Acordo com Kennedy chacoalhando John:
- Gente, acorda que a gente já chegou. - ele sai depois de dar o recado e John se vira pra mim:
- Aposto que todo mundo vai sair do ônibus e só vai ter a gente aqui... - sua insinuação é muito tentadora, mas estou faminta.
- John, to morrendo de fome. Prometo que mais tarde eu te recompenso. - ele beija minha testa e desce do bunk, me ajudando a descer já que ele fica com um dos bunks de cima. Ao saírmos do ônibus nos deparamos com várias pessoas conversando.
- Kirch! - me viro e vejo um dos meus melhores amigos.
- Jaaaack! - saio correndo e pulo nele. - Seu filho da mãe nem me avisou que ia tocar! - nos separamos.
- Eu soube que alguém estava seguindo turnê com uma certa banda e nós decidimos fazer uma surpresa. Falando nisso, parabéns O'Callaghan. - Jack e John se cumprimentam como velhos amigos.
Conheci os meninos do All Time Low há um dois anos, na primeira turnê que o The Maine fez, eu enchi o saco dos meus irmãos pra assistir um show do ATL e depois eu acabei conhecendo os meninos, Jack foi muito legal comigo desde o começo e apesar da diferença de idade de cinco anos, nós nos tornamos melhores amigos. A única coisa ruim é que eles viajam pra caramba em turnê e tudo, então eu acabo passando muito tempo sem vê-lo em pessoa.
Mas sempre nas férias eu vou assistir alguns shows, inclusive ano passado na Warped... Warped 2009, eu fugi de perto dos meus irmãos e me embebedei com Jack e alguns outros meninos de banda, a Cassadee era a única outra menina, e com muito álcool no sangue, eu e Jack dormimos juntos. Isso gerou algumas discussões e pedidos de desculpas, mas acabou tudo bem.
Jack e eu começamos a colocar o papo em dia.
- Então, você e o Johno namorando sério? - ele passa um braço pelos meu ombros enquanto andamos por ai.
- É... Estranho não? E eu vou me mudar para NY. - Jack para no lugar, ele era a única pessoa fora da minha família para quem eu havia contado que eu tinha feito application para a Columbia. Ele me abraça super forte.
- Parabéns Lili, eu sabia que você ia conseguir! - uma lágrima escapa do meu olho e é rapidamente afastada por Jack. Nós continuamos a andar. - Então minha melhor amiga vai ser uma jornalista formada pela Columbia. Promete que sua primeira entrevista vai ser comigo? - rio e afirmo.
- Como vai a vida Jack? - e nos continuamos andando e colocando a conversa em dia.
Já era noite quando nós voltamos para a área dos ônibus, todos estavam um pouco alterados já, John não aparentava ainda:
- Ah seus filhos da mãe! Começaram sem a gente? - Jack exclama e se junta a todos, abraço meu namorado que me oferece um copo, ele sabe que eu bebo e meus irmãos nem estavam ligando, Tim devia estar dentro do ônibus falando com Ashley e aproveitando a noite de folga e Pat é fraquinho pra bebidas então Michael (a/n: o alter ego do Pat) já estava dando a graça da sua presença. Depois de um tempo eu já não estava tão sóbria e quem sobrava sentou-se em roda para jogar verdade e desafio.
Garrett, Jack, Alex, Zack, John, Kennedy, , Pat e eu estávamos sentados em circulo no meio do estacionamento vazio com uma garrafa de vodka no centro. Em uma das rodadas deu para eu responder e Alex Gaskarth perguntar:
- Então, , verdade ou desafio? - para não correr nenhum risco preferi escolher verdade:
- Verdade, Alex querido! - eu estava bem animada até ouvir sua pergunta:
- Com quem você perdeu a sua virgindade? - todo o álcool que existia no meu corpo parecia ter evaporado e Jack se engasgou com a bebida.
- A-Alex, sério mesmo? - John havia percebido meu desconforto e a reação se Jack.
- Ah , agora você tem que responder né gente? - todos os bêbados da roda apoiam Alex.
Me levanto e saio correndo, John que estava na minha frente vai atrás de mim.
- ! ! - ele tenta me segurar, mas eu começo da distribuir tapas e socos sem nem saber o que eu estava fazendo, minhas agressões não surtiam efeito e John não fazia nada para me parar até eu dar um soco de mau jeito. Minha mão doía muito e eu não sabia mais o que estava acontecendo, John me abraça e tenta me acalmar. Ele me leva de volta para o grupo, Jack me oferece um copo de água e Alex começa a pedir desculpas várias vezes. - , fica calma e me fala onde tá doendo. - eu não conseguia mexer a mão e apontei para onde mais doía - Não acha melhor a gente levar ela pra um pronto socorro? Ela pode ter torcido ou alguma coisa. - Jack sugere.
Assim às duas e meia da manhã, John e Jack me levam para o pronto socorro. Quando chegamos lá explicamos para o médico que eu estava brincando de bater em John e acabei me machucando, ele sugere tirar um raio-x só para ter certeza de que não tinha nada mais grave acontecendo e todos ficamos chocados com o resultado.
- Parece que a senhorita quebrou um ossinho nessa mão. - ele prescreve alguns anti-inflamatórios e eu tenho que colocar um gesso por seis semanas. No caminho de volta, às 4 da manhã, todos estão em silêncio.
- John desculpa por ter descontado minha confusão em você e tudo. - ele pega minha mão boa na sua a beija delicadamente.
- Está tudo bem, só queria que você não tivesse se machucado. - eu olho para Jack que estava do outro lado.
O que tinha acontecido era que eu perdi minha virgindade ano passado na Warped, com Jack. E quando Alex me fez aquela pergunta eu simplesmente entrei em pânico.
- John eu tenho uma coisa pra te contar. Sobre a pergunta que o Alex fez. - olho mais uma vez para Jack e inspiro profundamente.
Capítulo 16
's POV
O que tinha acontecido era que eu perdi minha virgindade ano passado na Warped, com Jack. E quando Alex me fez aquela pergunta eu simplesmente entrei em pânico.
- John, eu tenho uma coisa pra te contar. Sobre a pergunta que o Alex fez. - olho mais uma vez para Jack e inspiro profundamente.
- , nós estamos namorando agora, eu realmente não me importo com quem você perdeu sua virgindade nem nada do gênero. - o táxi estaciona em frente ao estacionamento e antes que eu respondesse John, Jack paga o taxista: - Dois, eu vou indo. Depois eu falo com você, Lili. - e com isso ele sai. Eu e John saímos do quarto e vamos indo em direção ao ônibus.
- Eu sei que faz tempo e tudo, mas eu não quero segredos entre nós. - ele assente com a cabeça e entrelaça nossos dedos.
Paro de andar e consequentemente John também, fico parada em frente a ele.
- John, eu te amo e hoje você é o meu mundo, eu não ligo para o que já aconteceu e espero que você esteja no meu futuro. Eu tenho que te contar isso, ano passado na Warped, eu perdi a minha virgindade com o Jack e eu quero deixar claro que foi uma coisa do momento, nunca vai se repetir e você é a única pessoa para quem eu contei esse segredo. - acabo meu mini discurso e espero um reação de John. Ele se afasta um pouco de mim e começa a andar em pequenos círculos, ele tira um maço de cigarros do bolso, maço o qual eu nem sabia da existência, e acende um cigarro. Depois de um longa tragada, ele olha novamente para mim.
- Tudo bem. - olho para ele um pouco indignada.
- Para de fumar então. - ele traga o cigarro uma última vez e joga o cigarro no chão, pisando para apagar.
Chego perto dele e ele enrosca os braços em torno da minha cintura e apoia o rosto no meu pescoço, passo meus dedos por seus cabelos da nuca.
- Eu te amo e não me importo quem você teve antes, agora você é minha, toda minha. - ele começa beijar a pele exposta pelo vestido de verão.
- John, vamos entrar no ônibus e lá a gente continua isso. - ele me solta e entramos no ônibus, indo direto para o nosso bunk e tomando cuidado para não acordar ninguém.
John's POV
dormia deitada no meu peito nu enquanto eu olhava para o teto do bunk e refletia em tudo que estava acontecendo. Pela primeira vez na minha vida eu estava namorando sério com alguém que eu amo e posso facilmente ficar com ela pelo resto da minha vida. Não vou dizer que não foi impactante a notícia de que ela já teve relações com o Barakat, mas o que eu posso fazer? Agora é manter na minha mente que ela é só minha e que eles são só amigos. Isso.
Acordo de meus pensamentos com se movimentando, olho para baixo e ela está bocejando.
- Bom dia - ela abre os olhos lentamente e olha para mim.
- Bom dia, Johno. - ela pega minha camiseta e a ajudo a se vestir, depois ela abre a cortina do bunk e desce, desço após ela.
Assim que ela pisa na sala comum na frente do ônibus, Tim derruba a colher cheia de cereal que ele segurava.
- Oi Timmy. - tenta dar um sorrisinho, mas ele rapidamente fica nervoso.
- CAROLINA KIRCH O QUE SIGNIFICA ISSO? - ela pega alguns papéis que o médico deu no dia anterior e entrega pra ele. - Fica calmo, Tim. Eu só vou ficar de gesso por 6 semanas, vou tirar antes mesmo de chegar em Tempe! - ele passa a mão no rosto.
- Como você fraturou a mão, ? - ela dá um risinho nervoso. - Batendo no John? - Tim olha para mim com uma cara de interrogação.
- Ela ficou irritada comigo e começou a me bater de brincadeira. - ninguém que estava lá comenta nada, nem .
Tim ia começar a passar mais um sermão quando é interrompido por alguém batendo na porta; Jared, que estava mais perto, atende e os caras do All Time Low entram.
- Nossa , você fez tudo isso batendo no O'Callaghan? - exclama Alex. Tim desiste de dar bronca.
- Uma coisa só , na próxima você vai pra casa sem um piu! - e volta a comer seu cereal, dá de ombros e se joga no sofá entre Garret e Kennedy. Jack senta no colo dela.
- Barakat, eu vou sufocar, seu gordo! - e empurra ele. Eu tiro algumas canetas permanentes de uma gaveta e levanto - Tá na hora de decorar o gesso da ! - passamos o resto da minha escrevendo e desenhando no braço da minha namorada.
's POV
Logo depois do almoço os meninos foram para o backstage, se organizarem para entrar. Eu fiquei com Jack na plateia, parecia ter desenvolvido algum tipo de amizade com os outros meninos do All Time Low e conversava com eles um pouco afastada. Nos sentamos no chão, eu me apoiando em Jack.
- E ai, como foi ontem? - eu brinco com seus dedos.
- Foi melhor do que eu esperava. Ele ficou muito estranho por uns minutos e depois voltou ao normal falando que não importa meu passado e que eu sou só dele agora. E ai a gente transou no bunk dele e foi uma experiência no mínimo diferente. - nós fazemos um hi-five.
- É mais difícil no bunk. Mas o braço não atrapalhou? - o comentário de Jack me faz pensar. - Não, acho que nada atrapalharia John ontem. - o show começa e nós dois ficamos lá sentados assistindo com uma pequena distância, afinal, eu não posso me enfiar no meio da multidão com o gesso ainda úmido.
Assim que eles saem do palco nós dois vamos para o backstage, John estava se secando com uma toalha:
- O que vocês acharam? - levanto minha mão engessada, o médico engessou de um jeito que parece que eu to sempre com o polegar levantado fazendo 'joínha', John dá risada e eu fico na ponta do pé para lhe dar um selinho. Ele coloca os braços ao meu redor e me segura de modo que meus pés não tocam o chão, aprofundando o beijo até Jack atrapalhar:
- Dois tem crianças no recinto! - sem me separar de John, eu mando o dedo do meio para ele. Somente nos separamos para que a próxima banda pudesse entrar.
De mãos dados andamos pelo evento, observando os palcos e ouvindo um pouco as bandas que tocavam.
- Isso me lembra da Warped, essa atmosfera de festival. - o comentário de John me faz refletir. - Menos a parte das tardes embaixo daquela tenda do inferno e andando por ai pra vender CD's. - não consigo segurar uma risada e John coloca o braço nos meus ombros, me abraçando. Nós paramos em frente a um dos palcos e ficamos assistindo a um show qualquer.
Pat's POV
Desde o minuto que eu acordei, uma dor de cabeça ridícula por causa da quantidade de bebida que eu ingeri na noite passada, o pior é que eu nem me lembro direito do que aconteceu na noite passada e Garrett estava me contando sobre e o Zack Merrick do All Time Low. A visão de de gesso me espanta um pouco, mas Tim dá uma bronca digna e os meninos do All Time Low invadem nosso ônibus. Nossa amizade tem muito tempo para eu ficar bravo com o Zack e no final das contas, eu e a não temos realmente nada concreto.
Todos estão ocupados desenhando no gesso de , mas a ressaca ainda tava forte e eu estava sentado num canto com uma caneca de café preto e forte, estava tão perdido em meus devaneios que nem percebo quando se senta ao meu lado.
- Pat, tá tudo bem?- eu dou de ombros e alguém dá um grito, o que me resulta em uma careta de dor da minha parte.
- To com um pouco de ressaca. - ela se levanta e me puxa pelo braço.
- Vamos dar uma voltinha, você vai se sentir melhor com um pouco de ar fresco. - um pouco contra a minha vontade, eu coloco a caneca em cima de uma bancada qualquer e a sigo para fora do ônibus.
Nós andamos sem rumo, devagar e o ar úmido realmente me ajuda um pouco.
- Ontem foi legal, né? Com o Zack, né? - ela me olha um pouco incrédula.
- Pat, você sabe bem que nós não temos nada e que eu não te devo nenhum explicação, mas eu e o Zack não tivemos nada ontem. - aquela informação me deixa tão aliviado que eu nào consigo segurar um pequeno sorriso - Mas nada de ficar de sorrisinho, você teve sorte que eu não queria nada com o Merrick, porque eu estou livre, leve e solta. - eu seguro sua mão e faço ela parar de andar.
Estamos parados de frente para o outro, eu olho em seus olhos.
- E-eu não quero que você fique com mais ninguém... - ela tenta reclamar de alguma coisa, mas coloco um dedo em seus lábios e a calo. - Só comigo. - planto um selinho em seus lábios e nós nos abraçamos.
Capítulo 17
John e eu estávamos jantando em um restaurante na cidade.
- Mas não dá pra comparar Rolling Stones com os Beatles! - eu rio - Claro que não! Os Beatles são 1000 vezes melhores! - ele bufa e dá mais uma garfada em sua torta de morango, acabo minha torta de maça e relaxo no banco onde estamos sentados. Ele empurra seu prato para frente depois de acabar e me abraça, relaxando ao meu lado.
Na manhã seguinte, eu acordei e vi uma mensagem de Jack dizendo que eles vão almoçar todos juntos e que nós estamos convidados. Já que hoje é nosso dia livre John aceita ir comigo, mas ele é o único porque todo mundo tinha outros planos. Eu mandei uma mensagem de volta para Jack, confirmando nossa presença e perguntando onde ficava o restaurante. Depois eu tive que pedir para John me ajudar a me vestir, o que ele fez sem pestanejar e logo nós estávamos em um taxi, indo encontrar meu melhor amigo e seus band mates.
Assim que entramos no restaurante eu percebo que quando Jack disse que todo mundo estaria aqui, ele realmente quis dizer todo mundo. Em poucos momentos eu estou quase no chão, porque Jack achou que seria engraçado colidir seus ossos (porque todo mundo sabe que Jack Barakat é só pele e osso) com meu corpo, ainda bem que John estava do meu lado e eu não cai no chão em cima do meu gesso. Nós cumprimentamos todos os outros membros do All Time Low e suas respectivas namoradas, incluindo a mais nova conquista de Jack, Holly Madison.
Acabo me sentando entre Holly e John, na frente da namorada vai-e-vem de Alex, Lisa. Enquanto John estava no banheiro, eu olhei o menu e escolhi uma massa com frango e molho Alfredo.
– Então , você e o John? – eu forço um sorriso para Lisa, eu não posso dizer que eu sou a sua maior fã (N/A: Eu não tenho nada contra a Lisa, adoro ela com o Alex e acho super fofo... mas eu prefiro a Tay Jardine...).
– É, nós estamos dando uma chance. – logo o garçom vem e interrompe a nossa conversa, eu faço meu pedido, de cheeseburger com bacon, e Lisa e Holly fazem caretas com seus rostos cheios de maquiagem.
- Você realmente vai comer todas essas calorias? – pergunta Holly, com sua vozinha irritante (N/A: Ok, de novo, eu não tenho nada contra a Holly Madison, eu até acho ela muito fofa, mas é tudo parte da fanfic), ela e Lisa haviam pedido saladas verdes sem nada, nem molho. Eu fico sem palavras, eu nunca tive problemas com meu peso e consequentemente sempre comi tudo que tive vontade.
– Sério, eu não ligo para as calorias. – as duas riem como se eu tivesse contado uma piada hilária.
– Manter namorados como os NOSSOS não é tão fácil, por isso nós temos que ficar sempre muito bem para competir com todas as meninas que se jogam neles todos os dias. – eu tento não ligar muito para o que ela diz.
Quando nossa comida chega, John me ajuda a cortar o sanduíche ao meio, o que sinceramente só me fez me sentir pior, como se eu fosse uma criança. Eu olho para a comida no meu prato, para minha barriga que parecia muito menos chapada hoje e a bile sobe na minha garganta. Dou algumas mordidas, mas eu não aguento e empurro meu prato para frente.
– Tá tudo bem com a sua comida, ? – John pergunta e eu assinto.
– Sim, só não estou me sentindo muito bem. – ele olha para mim mais uma vez, quase me interrogando com aqueles olhos verdes, mas muda de assunto.
O almoço como um todo é muito bom, eu amo sair com o All Time Low e companhia e eu estava um pouco triste por ter que dar tchau para o Jack, porque podem passar meses antes de nós nos vermos novamente.
– Se cuida viu? Para de socar as pessoas e se o O’Callaghan te magoar, você me liga e eu venho espancar ele. – eu não consigo não rir da tentativa de Jack de ser machão. Nós nos abraçamos apertado e eu dou adeus para os outros membros.
Conforme eu e John íamos andando até o ponto de táxi mais próximo, ele parecia muito quieto.
– Está tudo bem, John? – ele aperta minha mão de um modo carinhoso.
– Nós vamos conversar mais tarde. – e aquelas palavras me deixaram mais inquieta do que nunca.
Capítulo 18
John's POV
Quando chegamos no ônibus me certifico de que o mesmo está vazio e me sento com no quarto que ficava ao fundo. Ela fica me observando e vejo que está ansiosa para saber o que eu quero.
– , é sobre o que a Lisa e a Holly falaram hoje no almoço. – imediatamente olha para suas mãos no seu colo, brincando com um de seus anéis. – Olha para mim, por favor. – coloco meu indicador em seu queixo a forçando a olhar nos meus olhos. – Isso é muito sério, . Eu te amo e quero seu bem. – seus olhos ficam marejados e ela tira a minha mão do rosto dela, a segurando entre as suas.
A puxo para dentro de meus braços e ela se aconchega em meu peito, suspiro pesado ao sentir suas lágrimas molhando minha camiseta. Durante longos minutos simplesmente ficamos um nos braços do outro, aproveitando a sensação de nossos corpos. Sua suave respiração, seus suspiros.
- Eu nunca tinha me apaixonado antes de você. Mesmo assim, eu tive poucas namoradas. Eu sei o que é estar no centro das atenções, mas esse é o jeito que eu achei para viver meus sonhos e não posso reclamar, pois consegui tudo o que queria. Contudo não posso simplesmente levar alguém comigo para o holofote, alguém que não pediu por isso, não pediu por todas as implicações que vem junto. E hoje foi um exemplo, claro, do que eu não queria que acontecesse com ninguém, principalmente com alguém que eu amo tanto. eu não quero que você se sinta obrigada a ser qualquer coisa além de você mesma por causa da sua relação comigo. Eu te amo, eu me apaixonei por você como você é e nada nem ninguém pode mudar isso. – eu falo sem grandes pausas e assim que acabo fico esperando pela reação dela.
- Continua... – ela pede como se soubesse exatamente o que se passa pela minha mente.
– Ok... Sim, eu tive medo de seus irmãos quanto a nossa relação, porém meu maior medo era o que está começando a acontecer. As pessoas começam a comentar, sua relação comigo faz com que as pessoas digam merda e você pode começar a ouvir, eu sei como é difícil não ouvir o que eles dizem. E eu não posso pedir para você passar por isso, apesar de eu saber o quão forte você realmente é e que você é linda... perfeita. – levanta o rosto e me olha, lentamente ela aproxima nossas faces e seus lábios tocam os meus suavemente. Ela une nossas testas depois de separar nossos lábios e me olha nos olhos:
– Eu te amo, John Cornelius O’Callaghan V. Nada nem ninguém pode nos separar e eu vou tentar ao máximo não ouvir o que eles dizem, porque eu sei que você sempre estará do meu lado para me dizer o contrário. - a beijo mais uma vez, um beijo longo e apaixonado.
– Eu te amo, Kirch. Nada nem ninguém pode nos separar e nunca nada que alguém disser vai mudar isso.
’s POV
Depois de nossas declarações de amor, John e eu nos deitamos no sofá que ficava no quarto dos fundos e ficamos assistindo alguns filmes que estavam jogados por ali. Eu fiquei por longos momentos observando John ao invés da tela e depois de alguns minutos ele olha para mim:
– E ai? Perdeu alguma coisa no meu rosto lindo? – sua falsa arrogância me faz rir e plantar um beijo em seus lábios.
– Seu bobo. – ele faz cara de bravo e se coloca por cima de mim, segurando meus dois braços com uma mão.
– Eu sou bobo é? – eu faz que sim com a cabeça e lhe mostro a língua. Ele dá um sorriso torto como quem diz ‘você não fez isso’ e começa a fazer cócegas em mim.
A porta do quarto abre e aparecem Jared e Garrett na porta.
– Eu disse que eles não estavam transando! – grita Garrett para os outros que estavam na parte da frente do ônibus.
– Ainda não... – fala Jared olhando para os nossos corpos entrelaçados, eu me desvencilho de John e pulo em Garrett.
– Vamos Gare, me leve para longe deste monstro! – falo de brincadeira e Garrett me leva de cavalinho para o lado oposto do ônibus.
Capítulo 19
's POV
Garrett me solta em um dos sofás - Nossa, que peso! - eu dou um tapinha no braço do baixista, depois de minha conversa com John, estava mais uma vez satisfeita com meu corpo. John o empurra:
- Peso pena só se for, minha é perfeita! - reviro os olhos para o comentário desnecessário de John, mas ele nem liga e se abaixa para plantar um beijo na minha testa.
- Já tomou o remédio da mão? - Tim pergunta se referindo aos anti-inflamatórios que o médico havia prescrito.
Faço com a cabeça que não e meu irmão me entrega duas pílulas e um copo de água. Eu engulo os comprimidos e devolvo o copo, John fica me observando como se eu fosse de vidro, eu lhe mostro a língua antes de me levantar e ir para meu bunk. Eu me deito na estreita cama e fico observando as estrelas fosforescentes que eu colei no "teto", elas ficaram lindas, mas eu preciso de uma máscara para dormir apesar da luz fraca que elas emitem.
John vem e se aperta ao meu lado:
- Você tem que para de se preocupar a toa, senão você vai ficar velho mais rápido e eu não vou mais querer namorar com você. - ele ri da minha piada infame e entrelaça seus dedos na minha mão não quebrada.
- Eu não consigo mais viver sem você. - ele tem essa tendência a ser mais dramático do que eu.
- Eu te amo, John. - ele planta um beijo na minha têmpora.
- Eu também te amo, .
E nós ficamos assim por horas, só aproveitando a presença um do outro em um daqueles poucos momentos na vida onde se consegue perceber o que tem e dar valor.
- John, o que vai acontecer conosco? Eu vou para a faculdade e você tem sua banda. - ele suspira e aconchega seu rosto no meu cabelo.
- Um dia de cada vez, assim que a gente vai fazer. Eu vou te visitar e você vai ir para o Arizona nas férias, não? Então, é assim que vai ser pelo tempo que for até nós ficarmos juntos no fim. - eu passo a mão pelo seu peito, sentindo seu coração e respiração compassados.
- Eu podia ficar em casa, é mais barato e muito mais fácil para todo mundo. - ele se separa de mim o suficiente para nos olharmos nos olhos.
- Kirch, o seu sonho é ir para New York City e se tornar a maior jornalista que esse país já viu! E eu nunca vou deixar você desistir deste sonho, porque eu vivo meu sonho todos os dias e estou longe de casa 9 meses por ano. Dalai Lama escreveu as 18 regras pelas quais se deve viver e uma delas é: "Lembre-se de que a melhor relação é aquela onde o seu amor pelo outro excede a sua necessidade pelo outro." E eu te amo mais do que eu preciso de você. - junto meu lábios aos dele.
Nunca pensei que encontraria alguém com tal habilidade de me encantar com palavras como John Cornelius O'Callaghan V faz.
Capítulo 20
Nas semanas que seguiram a paz parecia ter se instalado finalmente naquela turnê. John e deixaram de lado o assunto da faculdade e aproveitavam todos os momentos que tinham sozinhos. Assim como Pat e . Mas tudo que é bom dura pouco e mais uma vez todos se encontravam no aeroporto de Phoenix, despedidas curtas, pois se encontrariam dali dois dias novamente para embarcar na turnê Latino Americana.
’s POV
Saímos do hospital de Tempe pouco tempo depois de tirar meu gesso.
- Ah, que felicidade de poder mexer minha mão! - John ri da minha felicidade. Tim me empurra para andar mais rápido, depois de tirar o gesso ele me fez prometer que não bateria em mais ninguém, principalmente em algum dos meninos da banda porque eles não podem se machucar e daria mais trabalho pra ele. Todos paramos em frente a van no estacionamento do hospital:
- , a gente deixa você e o John em casa e depois a gente vai pra casa. Mamãe disse que vocês tem que almoçar lá amanhã. - os meninos tem dois dias antes da turnê pela América do Sul e eu pretendo Passar o máximo de tempo possível com o meu namorado, por isso vou ficar esses dois dias em sua casa, meus pais nem ligavam mais afinal nós passamos um mês juntos fora de casa sem adultos.
- Home sweet home! - John diz quando o táxi para em frente sua casa, tiramos as malas do porta-malas e John tem a brilhante ideia de me pegar no colo.
- Por que você está fazendo isso? - ele ri e com um pouco de dificuldade destranca a porta.
- Porque eu tenho que treinar. - a possibilidade de me casar com John O'Callaghan nunca passou pela minha mente, nem mesmo agora que nós estamos namorando, mas nesse momento parece simplesmente natural como se eu nem precisasse pensar nisso. Ele me coloca no chão e em seguida pega as malas do lado de fora, as deixando no hall.
Jogo-me no sofá, ainda atordoada com a ideia de um casamento, John parece perceber:
- Tudo bem amor? - eu olho para ele e nem preciso fingir um sorriso, sorrir é algo que eu faço inconscientemente quando olho para John.
- Tudo, só estava pensando em algumas coisas. - ele se senta em uma das pontas do sofá, com meus pés descalços em seu colo.
- Por exemplo? - olho para o teto novamente, pensando em tudo que passava pela minha mente.
- Por exemplo, em como você vai estar aqui no seu aniversario e eu vou estar em NY! - faço uma cara tristonha para ele. John se levanta num pulo e vai até a sua mochila, ele pega um envelope e me entrega.
- É um presente! - dentro do envelope encontro algumas passagens para Phoenix e olho para ele sem acreditar.
– Você pode vir me visitar aqui quando quiser! - ele ri da minha cara de surpresa e nega com um aceno e um sorriso.
John Cornelius O'Callaghan V é o namorado perfeito, fim. Levanto-me e o abraço, um abraço que vira beijo, beijo que vira amasso e como muitas vezes anteriormente, acabamos na cama.
John's POV
Nós estávamos deitados na minha cama, ainda sofria para regular sua respiração enquanto desenhava no meu peito, passo os dedos por seus cabelos bagunçados que cobriam parte do meu tórax e braço. Eu comecei a falar com ela mais ela não me respondia.
's POV
- Liiina! - eu olhei para cima e o John me chamava. - Até que enfim você prestou atenção em mim, onde você estava? No mundo da Lua?! - ele diz sorrindo.
- Desculpa, eu me distrai. O que você estava dizendo? - eu me levanto da cama, enrolada em um lençol.
- Eu estava comentando que estou com um pouco de fome. - eu vou até o banheiro, por necessidade, e quando me vejo no espelho tento arrumar um pouco meu cabelo.
John aparece atrás de mim só de boxers.
- Você 'tá linda. – mentira. - Que tal pizza? - eu assinto e ele beija o topo da minha cabeça antes de sair para pedir nossa comida. Volto para o quarto, coloco minha calcinha e a camiseta de John, depois me jogo na cama e ligo a televisão. Ele volta para o quarto e para no batente da porta - O que aconteceu? - fico alguns segundos somente observando aquela figura alta e magra parada só de boxers no batente da porta e o quão apaixonada por ele eu sou.
- John, eu não quero falar sobre nada. O que você acha de transarmos mais uma vez antes da pizza chegar? - eu pensava que sexo iria distraí-lo, mas pela primeira vez um homem recusa sexo na história do mundo.
- Boa tentativa, mas sério , o que aconteceu? - ele se deita ao meu lado e francamente agora eu só queria transar.
Deito-me em cima dele com as minhas pernas uma de cada lado das dele, minhas mãos espalmadas em seu peito.
– Nada está errado. – mas era mentira, eu estava me sentindo meio enjoada e cansada ultimamente, mas não queria preocupar John à toa. Ele me empurra delicadamente do seu colo e sai do quarto, aquilo me machuca muito mais do que deveria e lágrimas enchem meus olhos, vou atrás de John e ele já havia feito o pedido. Sua expressão muda completamente quando ele me vê e seus braços se enrolam em torno de meus ombros, mas eu o empurro o que faz com que ele me abrace mais forte.
John começa a dançar e me levar junto com ele, virando de um lado para outro e não consigo suprimir uma risada, nós ficamos dançando e cantando e nos beijando enquanto a pizza não chegava. Assim que a pizza chegou nos sentamos no sofá, John carregando a caixa e eu com duas latas de coca, contudo assim que dou a primeira mordida meu estômago embrulha e a sensação de enjoo que eu sentia antes voltou com força total, coloco a fatia de volta na caixa e John me olha estranho.
– Eu não estou me sentindo muito bem. – ele coloca o resto da pizza na boca enquanto eu corro para o banheiro, ele segura meu cabelo e fica fazendo carinho nas minhas costas enquanto eu coloco para fora tudo que estava dentro do meu estômago. Depois de passar mal, John me faz me deitar na cama bem quietinha e me trás chá, nós passamos o resto da noite assistindo Walking Dead na televisão.
John’s POV
Na manhã seguinte, eu deixo dormindo enquanto eu vou tomar banho e desço para falar com minha mãe, assim que entro na cozinha sinto o cheiro de panquecas e vou por trás dela envolvendo sua cintura.
– Oi filho! – ela se vira sorrindo e planta um beijo na minha bochecha, nós nos separamos e eu me sento na bancada que ficava no meio da cozinha – E minha nora? – eu só consigo rir com a ansiedade da minha mãe.
– Você realmente achava que eu era gay né? – ela ri até ter que se dobrar no meio para recuperar o ar.
– É claro que não, meu amor. Mas não vou negar que estávamos preocupados. – eu balanço a cabeça fingindo estar sentido com seu comentário.
Poucos momentos depois, desce as escadas usando shorts jeans e uma camiseta antiga minha:
– Bom dia. – minha mãe a puxa em um abraço, parece um pouco constrangida.
– Bom dia, querida. Como vocês dormiram? – minha mãe volta a atenção para o café da manhã enquanto puxo para sentar no meu colo, ela tenta se desvencilhar dos meus braços mas faço cosquinha nela, o que arranca risadas. Por alguns minutos ficamos desligados do mundo ao nosso redor, somente nós dois e quando finalmente voltamos minha mãe está nos observando com um sorriso orgulhoso.
Capítulo 21
John me deixa em casa logo cedo, então eu aproveito e peço para Pat me levar no hospital.
- Pra que você quer ir ao hospital mesmo?
- Porque eu passei mal ontem na casa do John e eu preciso fazer um check-up antes de ir para NY.
- Falando em NY, você já viu o negócio do campus?
- Vi e eu vou ficar um semestre lá. O Jack disse que eu posso ficar o resto do tempo morando com ele. E fica mais barato.
- Você vai conseguir estudar morando com ele? Eu o adoro, mas o Jack está mais para o party side do que você precisa e com bolsa você tem que manter uma média nas suas notas.
Eu começo a ignorá-lo e me concentro em mudar de rádios, finalmente parando em uma que tocava rock alternativo. Pat decidiu parar de me incomodar e batia os dedos no volante no ritmo da música que tocava. No hospital, tudo ocorre meio rapidamente.
Faço o cadastro com uma enfermeira entediada que me dá um potinho para a coleta de urina e um pouco depois outra enfermeira me leva para um consultório para retirar uma amostra de sangue. Enquanto Pat e eu esperávamos, ele jogava joguinhos no celular e eu ouvia música e folheava as revistas antigas disponíveis. Pouco tempo passa e uma nova enfermeira – quantas enfermeiras têm nesse lugar? – me entrega um envelope. Antes que eu conseguisse abrir o envelope, mamãe liga para Pat e nós temos que voltar para casa, eu rapidamente enfio o envelope dentro da minha bolsa, seguindo Pat de volta para o carro. Todos almoçamos normalmente, papai ajuda Pat a me encher o saco com o negócio de morar com Jack.
Mais tarde eu começo a empacotar algumas coisas, porque daqui dois dias eu já embarco para NY. No meio do processo, eu recebo uma mensagem de John dizendo que ele vem me buscar daqui 1 hora e eu acabo lembrando do envelope. Na folha haviam várias informações, que eu não entendi mas a única que eu entendi, foi a pior de todas.
Capítulo 22
John’s POV
Quando eu chego na casa dos Kirch’s para pegar , seus olhos e nariz estão vermelhos e assim que eu entro, ela se joga em mim e me dá um abraço muito apertado.
- Ei, tá tudo bem? – ela assente, enterrando o rosto no meu peito.
- Eu ainda to um pouquinho doente e eu comecei a fazer as malas hoje. Fiquei um pouco emocional. – sua voz está meio embargada.
Passo meus dedos suavemente por suas bochechas, secando algumas lágrimas restantes e planto um beijo em sua testa.
- O que você acha de sair um pouco e esquecer essa viagem? – ela olha nos meus olhos e dá um pequeno sorriso, o suficiente para fazer meu coração bater mais rápido.
Dou-lhe um selinho e sussurro um “eu te amo”, ela me responde de como se estivesse colocando sua alma nas palavras.
’s POV
Nós jantamos em um restaurante qualquer, mas eu não consigo comer muito só fico observando John e lembrando da breve conversa que tive com Pat.
- Flashback -
Eu havia acabo de ler os resultados e chorava sem parar, soluçando e engasgando, quando Pat entrou o meu quarto.
- O QUE ACONTECEU?
Sem conseguir falar direito, somente entro o papel para Pat. Assim que ele percebe o que está acontecendo, seu rosto fica branco igual a folha.
- ...
Não consigo nem olhar para ele. Eu não acredito que depois de tudo que eu fiz para provar para minha família que a minha relação com John era saudável e que era o melhor para mim, isso acontece pra ferrar com tudo. Daqui a dois dias eu embarco para a faculdade dos meus sonhos, como eu vou cuidar de uma criança?
- , olha pra mim. A gente vai dar um jeito, vai tudo ficar bem.- Que jeito Patrick? Eu me ferrei, eu e o John fizemos uma cagada monstra.
- , presta atenção no que eu vou te perguntar. Você quer essa criança?
- NÃO! De jeito nenhum!
- Então a gente dá um jeito.
- Você quer dizer...
- Sim, só fala com o John. Eu vou arrumar tudo pra assim que você chegar em NY, você vai na clínica e aborta. Se for isso mesmo que você quer?
- Pat, eu mal consigo cuidar de mim mesma e agora que eu to indo embora. Só que eu não vou falar com o John, ele pode achar que a gente pode conseguir, sei lá.
- Você tem certeza que não quer pensar mais um pouco? E contar pra ele.
- Sim, das duas coisas. Nós não estamos prontos.
- End of Flashback -
- ?
John me acorda de meus devaneios, ele está me olhando preocupado.
- Tá tudo bem?- Sim? - Ele me olha com dúvida, mas deixa pra lá.
- Posso pedir a conta? Porque você ficou me admirando por 15 minutos e não tocou na sua comida. – eu olho para meu prato meio cheio.
- Ah pode.
- Certeza? – cruzo meus talheres e ele chama o garçom.
No caminho para a casa dele, eu continuo meio desatenta, mas assim que entramos e ele me beija, toda a minha atenção volta.
John já estava adormecido por alguns minutos, então eu uso o tempo para memorizá-lo uma última vez. Passo meus dedos por seus cabelos loiros, que precisam de um corte, toco a ponta de seu nariz perfeito, suas bochechas e queixo, tudo encaixado em seu rosto longo e estreito. Seus lábios são finos e macios, um pouco secos, mas lindos, completos com leves linhas de expressão graças a seus recorrentes sorrisos debochados.
Há uma leve barba por fazer em volta de seus lábios e queixo, dando um tom mais escuro para sua pele queimada pelo sol de tantos shows ao ar livre. Suas pálpebras fechadas em paz, com longos cílios claros nas pontas. Tomo sua mão na minha, entrelaçando nossos dedos. As pontas de seus longos dedos marcadas por anos de cordas de guitarra e violão, suas unhas quebradas, que mostram o quanto ele liga para coisas tão insignificantes.
É impossível quantificar o quanto eu vou sentir sua falta. Dormir em seu peito, observando cada aspecto de seu ser. Eu pego meu celular para tirar uma última foto, mas o barulho da câmera o acorda. Seus olhos se abrem lentamente e ele pisca algumas vezes, ajustando a vista á luz pálida da Lua que entra pela sua cortina aberta.
- Ei, por que você ainda ta acordada? – sua voz ainda sonolenta e deliciosamente rouca de sono, o tipo de voz que faz meus joelhos pararem de funcionar toda vez que ele usa.
- Não consegui dormir. – John me traz mais para perto de seu peito e eu deito minha cabeça na curva de seu pescoço, encaixando perfeitamente.
- Seus seios estão maiores. – J., por que você vai arruinar meu momento lindo.
Eu olho para meus seios prensados contra seu peito nu e lembro porque eles estão realmente maiores. Minha visão fica embaçada com lágrimas.
- , não fica assim!
- Ah J, eu to de TPM! Me deixa!
- Você quer chocolate? Minha mãe sempre come chocolate quando ela fica de TPM.
- John, não precisa. Para de se preocupar comigo.
- Eu quero me preocupar com você, é meu dever tomar conta de você.
Eu não consigo mais me segurar, lágrimas molham meu rosto e caem no peito de John que somente me segura mais perto, murmurando palavras doces em meu ouvido.- Eu te amo, John.
Capítulo 23
Essa última semana passou muito rápido, mais rápido do que eu queria e chegou o momento de dizer tchau para todos e o mais importante, adeus para John. Para o meu último dia no Arizona, eu passo a manhã com minha família, a tarde com os meus amigos e a noite com John.
John dirige por uma hora sem me dizer para onde estamos indo, não importando o quanto eu implorasse. Eu desisto de descobrir quando ele me faz colocar uma venda e me segura pelos ombros, me pilotando por um espaço aberto. Eu consigo sentir a terra seca do deserto na sola da minha sandália.
- John, nós estamos no deserto?
- Nãoo. – onde tem areia no Arizona que não é deserto? Eu descubro assim que ele tira a venda, estamos de frente para o por do Sol no Big Lake (A.N.: Quem segue (Lê-se stalkeia) os Maines, os O'Callaghans ou o Halvo no insta já deve ter visto pelo menos uma foto do Big Lake. Eu sei que não fica á uma hora de Phoenix, mas faz de contaaa...).
- Ah John, isso é muito lindo. – eu me viro para dar um abraço no meu namorado e o encontro ajoelhado no chão.
- John, o que você tá fazendo? – ele ri da minha expressão assustada.
- Fica calma, eu ainda não vou te pedir em casamento. É mais uma promessa. – ele toma minha mão na sua, seu longos dedos fazendo com que a minha mãe ficasse menor.
- Kirch, eu te amo como nunca amei alguém e eu tenho certeza de eu não vou amar ninguém tanto o quanto eu te amo. E esse anel representa essa promessa, de que para o resto da minha vida, meu coração é seu. – John coloca o anel de prata com um pequeno coração no meu dedo anelar e encaixa como se sempre tivesse estado ali.
Nós comemos um piquenique que John arrumou com a ajuda de sua mãe e ficamos curtindo um tempo juntos, eu uso esses últimos momentos para memorizar como seu corpo se molda ao meu, como sua voz faz meus joelhos fraquejarem e todas as pequenas coisas que fazem a minha relação com John extraordinária. Em dois meses vivemos uma vida inteira, histórias que ficarão para sempre em nossas mentes. O nosso pequeno infinito.
Epílogo
Assim que eu entrei no avião com destino o Aeroporto JFK em New York, sabia que demoraria muito tempo para ver John novamente. Durante as quatro horas de voo, me pego pensando em como teria sido minha vida se ficasse no Arizona com John e o filho que carrego, mas sei que não daria certo. Nós somos muito novos, John tem seus sonhos e eu tenho os meus.
Cinco dias após minha chegada em New York, passava pelos corredores cheios de colegas recém-conhecidos, a maioria de outros estados como eu. Calouros e veteranos. Sigo pelas ruas, achando meu caminho até a clínica onde havia marcado horário. Pat me emprestou o dinheiro necessário para o procedimento, me ajudando a mantê-lo um segredo.
Em poucas horas já posso ir para casa, melhor dizendo, para meu quarto no dormitório. Quando chego lá, está vazio, pelo que agradeço. Deito-me na cama, embaixo das cobertas, apesar de não sentir frio físico, há uma sombra sobre minha alma. Coloco meu iphone no dock, tocando Love Is Hell do Ryan Adams.
Como um dia posso voltar a encarar John depois do que fiz?
Esse final foi uma das coisas mais difíceis de escrever na minha vida! Nunca vou conseguir finalizar do jeito perfeito, porque não há. Como foi maravilhoso escrever essa pequena e confusa história de amor. MAS ainda não acabou! Definitivamente não acabei ;) depois do epílogo, eu já estou trabalhando na continuação. Contudo, só vou postar a continuação quando eu realmente acabar e com a loucura do 3º colegial, pode demorar um pouquinho.