Minha Doce Travessura

Escrito por Mary Lira | Revisado por Francielle

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  Duas da manhã e o calor estava de matar, os corpo suados se tocando na pista de dança na casa de Harry não facilitava a circulação de ar no ambiente, o cheiro de bebida e sexo impregnava o ar e tudo o que eu queria era sair dali e respirar ar puro. Virei o copo com Black Label que o garçom bonitinho havia me servido a pouco e tornei a olhar para pista, vi Zayn e conversando num dos pufes pretos do canto, eles pareciam mais bêbados do que sóbrios e eu sabia que logo estariam em algum quarto se agarrando por aí.
  Ri de meu pensamento e terminei a bebida, desencostei-me do balcão e rumei em direção à saída, aquela festa já havia dado o que tinha que dar para mim, minhas amigas estavam com seus respetivos namorados, eu já havia dançado mais do que minhas pernas aguentavam e visto muito mais do que desejei ver. Revirei os olhos ao ver Sophia passando com um ar superior enquanto carregava uma bebida em mãos e a arrogância no corpo, fantasiada de enfermeira, ela acreditava estar sendo sensual, eu diria que estava mais para vulgar. Ignorei-a e continuei meu caminho, estava perto da porta quando senti algo quente tocar minha cintura, puxando meu corpo para trás e acabei batendo em algo sólido.
  - Não acredito que vai embora sem se despedir. - a voz rouca e o sotaque forte me fizeram arrepiar dos pés a cabeça, engoli a saliva com dificuldade e respirei fundo para não fazer nada de que me arrependesse depois.
  - E por que eu me despediria de você? - respondi calmamente. - Que eu saiba sua namorada é a Smith, e não eu. - sorri diabólica com a resposta, senti seu corpo tencionar ainda mais contra o meu e algo dura tocar-me as costas. Tentei ignorar o fato de ter um homem perversamente delicioso e excitado atrás de mim e tratei de me concentrar no que ele responderia.
  - Só por isso você vai embora? Ou teriam outros motivos para isso? - seu hálito quente soprou em meu ouvido arrepiando por completo os pelos de meu corpo e despertando meus sentidos.
  - O que eu faço, ou deixo de fazer não diz respeito a você, querido. - soltei-me de suas mãos e me virei para olhá-lo, o castanho profundo de seus olhos perfuravam os meus, por um momento pensei em agarrá-lo pela gola da camisa e atirá-lo na parede mais próxima, e sabe-se lá o que eu seria capaz de fazer. Pisquei algumas vezes para retornar a realidade, e só então percebi sua fantasia. - Vá procurar sua Christine, Erik. - pisquei para ele e deixei a festa sem olhar para trás.
  Destravei o carro e não perdi tempo em atirar-me no banco do motorista e trancar as portas, minha reação a seguir foi ligar, manobrar e acelerar. Eu precisava sair dali, ou por outra, não me responsabilizaria por meus atos.
  Meu coração ainda saltitava alto quando bati a porta de minha casa, acendi as luzes e joguei a arma que compunha minha fantasia no sofá, subi as escadas em direção ao quarto e lá retirei o chapéu, as botas e o restante da roupa. Adentrei o banheiro e não me preocupei em fechar a porta, afinal, eu estava sozinha em casa. Liguei a ducha e enfiei-me debaixo dela. Deixei que a água retirasse a maquiagem do rosto, o suor do corpo e o desejo que inflamava meu coração. Peguei-me pensando nas noites em que passei com ele, dormindo em seus braços, experimentando de seus beijos e gritando seu nome para a vizinhança inteira ouvir enquanto seus lábios, seus dedos e outras parte de seu corpo me levavam a loucura.
  Balancei a cabeça para espantar esses pensamentos, desliguei a ducha e puxei a toalha que estava no box, sequei meu corpo e a prendi envolta do mesmo, tirei o excesso de água dos cabelos e abri o box para deixar sair o vapor de dentro do banheiro, meu coração quase saiu pela boca quando vi uma silhueta escura ali dentro em meio a névoa, a luz estava apagada e apenas a luminosidade do quarto me deixava ver as coisas. Fiquei estática, sem saber o que fazer. A silhueta deu um passo em minha direção e eu recuei, automaticamente. Senti minhas costas baterem contra a parede fria e úmida de azulejo e engoli em seco, o medo percorria minhas veias como veneno, deixando-me alerta a qualquer coisa. Olhei ao redor na esperança de achar algo que pudesse usar para defender-me de quem quer que fosse, mas tudo o que achei foi um vidro enorme de shampoo, com certeza não daria para muita coisa já que estava parcialmente vazio. Duas mãos grandes tocaram minha cintura com firmeza, arregalei os olhos e pensei em gritar, mas no momento seguinte eu estava de costas para o invasor e fitava a parede, os braços do desconhecido cercaram-me a cintura e senti sua barba deslizar por meu pescoço, minha respiração estava irregular o medo já se fora há tempos, a sensação que eu sentia não tinha nome.
  - Não achou mesmo que aquilo iria te salvar, achou? - uma voz rouca perguntou em meu ouvido, parei de respirar. Em meio à névoa do medo, um sinal de alerta apitou em minha cabeça, diferente do que eu sentia quando estava em pânico, esse me avisava que eu conhecia o tal "estranho".
  - Liam? - minha voz saiu num vacilante sussurro, ele se mexeu atrás de mim, empurrando-me contra a parede e apoiando uma mão de cada lado da minha cabeça, liberando meu corpo para que eu pudesse me virar e vê-lo. Ele havia se livrado da máscara que cobria-lhe a metade do rosto em sua fantasia de Fantasma da ópera, a capa preta e os sapatos também não estavam com ele. Subi o olhar de seu corpo e fitei seus olhos mais uma vez, devido a pouca iluminação, eu não conseguia ver seu rosto por inteiro, apenas parte dele. Porém, um brilho intenso iluminava seu olhar, quente, escuro, perigoso. Eu conhecia aquele olhar, ele estava pronto para dar o bote, como um felino faminto pronto para capturar sua presa. Neste caso, a presa era eu.
  - Achou que fosse quem? - ele sorriu cruel. - Está esperando alguém? - seus olhos escureceram na medida em que sua postura tornava-se visivelmente mais tensa.
  - E se eu estiver? - respondi audaciosa, vendo-o fechar a expressão, um calafrio desceu por minha coluna arrepiando ainda mais o meu corpo. Se havia uma coisa que o deixava insano era imaginar que eu estivesse com alguém, apesar de termos terminado nosso noivado há três meses, e ele ter iniciado um pseudo- romance com Sophia, Liam nunca aceitara me ver com ninguém. Ridículo? Com certeza. Excitante? Talvez. - Você não tem nada a ver com isso, e sua namorada deve estar atrás de você neste momento. - tentei sorrir cinicamente, mas creio que não tenha funcionado, já que a amargura em minha voz foi tão palpável que por um momento ele parecia ter levado um tapa. Tentei sair dali, tirá-lo de perto e passar para o quarto, mas não consegui, seu corpo estava preso demais ao meu e ele sabia que eu não teria força suficiente para empurrá-lo. Olhei para o lado, ignorando os olhos com os quais convivi por cinco anos, e mesmo depois de tanto tempo ainda mexiam comigo.
  - Não tenho nada com a Sophia, e você sabe disso. - ele virou meu rosto em direção ao seu, arqueei uma sobrancelha. - Não me olhe assim.
  - Não sei de nada, e te olho como eu quiser, agora faça o favor de me deixar passar. - tentei ser o mais firme que pude, um bolo se instalara em meu coração, doía respirar. Ele não se moveu. - Saia da frente, Payne. - prenunciei seu sobrenome com força, erguendo meus olhos para que ele pudesse ver o quão magoada eu ainda estava. Liam fraquejou por um momento, mas não se moveu.
  - Eu não tive nada sério com ela, . - meu nome saindo de sua boca quase me fez fraquejar. - Não a amo e você sabe disso, eu só precisava tirar a dor que nosso rompimento causou; eu nunca deveria tê-la deixado ir. Foi um erro estúpido. - mantive-me quieta, impassível. - , você não pode continuar negando algo que está visível em você.
  - E o que está visível em mim? - retorqui, vendo-o abrir um sorriso cafajeste.
  - Você ainda me quer. - franzi os lábios, como sempre fazia quando era pega no flagra com alguma coisa. - Não se culpe por isso, eu também quero você... Para falar a verdade, sonho com isso todas as noites. - ele tornou a apertar meu corpo contra o seu. - Sinto falta de sentir o seu corpo se movendo sob o meu. – sua boca foi parar em meu pescoço fazendo-me perder a razão. - Dos suspiros e do meu nome escapando de seus lábios enquanto eu me perdia em você. - meu corpo reagiu sozinho, minhas mãos foram parar em sua cintura. - Ainda posso ouvir o som dos nossos corpos, dos seus gritos e teu gosto... - droga, eu estava perdendo. - Sabe o quanto é difícil passar as noites sem você? - eu sabia, pois me sentia da mesma forma. Seus lábios, que ainda beijavam meu pescoço, subiram para minha orelha, passaram por minha bochecha e tocaram meus lábios. Ele não avançou, queria que eu fizesse isso. Ambos sabíamos o que isso significava, se eu o beijasse, estaria permitindo que tudo acontecesse e não teria volta.
  Peguei-me presa num dilema sem solução, meu corpo e meu coração gritavam por ele, mas minha razão me mandava recuar. Eu não sabia a quem ouvir, meu corpo estava quente, sequer parecia que eu havia acabado de tomar banho. Liam permaneceu parado, fitando-me a espera da decisão que não implicaria em apenas uma noite de sexo casual, traria muito à tona. Será que eu estava preparada para isso? Não fazia ideia.
  Foda-se, se estou no inferno por que não abraçar o capeta?
  Ainda olhando em seus olhos coloquei-me nas pontas dos pés e pressionei meus lábios nos seus, fechei os olhos ao sentir sua língua invadir minha boca, suas mãos rapidamente prenderam-me pela cintura, forçando meu corpo para cima até que eu tivesse as pernas entrelaçadas em seus quadris, minhas mãos puxavam seus cabelos sem dó, eu estava com saudades daquele desgraçado. Senti suas mãos escorregarem de minha cintura e apertarem minhas nádegas, mordi seu lábio inferior evitando o gemido que queria sair de minha garganta, deixei que minhas mãos escorregassem por seu tórax e o arranhassem por sobre a blusa, que estava úmida devido ao seu contato com meu corpo molhado.
  Eu havia esquecido como os beijos dele me deixava, eu não fazia ideia de como ele conseguia, mas com um beijo ele era capaz de excitar como se me tocassem diretamente em outro ponto de meu corpo. Seus lábios deixaram os meus e passaram para meu pescoço e ombros; encostei a cabeça na parede e fechei os olhos, sentindo seus lábios tocarem as partes superiores de meus seios, ainda presos à toalha.
  Ouvi um gemido sair de seus lábios no momento em que ele desfez o nó da toalha, expondo meus seios ao seu bel prazer, abri os olhos apenas para ver sua reação, ele estava vidrado, o lábio inferior preso entre os dentes, sorri ao vê-lo assim, eu ainda tinha meus efeitos sobre ele.
  - Não faz ideia do quanto sonhei em te ter assim de novo. – eu não havia entendido o sentido da frase, mas agora com certeza isso não importaria, pois sua boca se apossou de meu seio direito, sugando, lambendo, mordendo e eu tornei a fechar os olhos enquanto mordia meu próprio lábio para evitar gritar.
  A cada aperto meu corpo se contorcia, minha respiração falhava e eu ficava mais e mais molhada. Lutando contra as sensações que insistiam em me desnortear, empurrei Liam pelo ombro. Seus olhos arregalaram-se, acredito que ele tenha pensado que eu havia me arrependido, acredite, essa era a última coisa que aconteceria.
  - O quê...?
  - Tire a roupa. – foi tudo o que eu disse, tirei a toalha que já pendia em meu corpo e atirei para fora do box, liguei a ducha e percebi que Payne ainda me encarava estupefato, revirei os olhos com sua demora e eu mesma desabotoei a blusa, em seguida a calça e deixei que ele tirasse. Quando por fim apenas uma boxer branca nos separava eu sorri e o chamei com o dedo indicador. Entramos juntos debaixo da ducha, a água me deixou sem fôlego por um momento, mas no instante seguinte meus lábios estavam nos de Liam. Entreguei-me ao beijo e enquanto ele se distraía em minha boca, levei minha mão em direção a boxer, apertei-o por cima do tecido e Liam gemeu quase soltando minha boca, mordi seu lábio para que ele não o fizesse e repeti o movimento, suas mãos apertaram minha cintura em sinal de alerta, eu o ignorei e coloquei minha mão por dentro do tecido, tocando-o diretamente. Apertei seu pênis e ele enrijeceu, descontando com uma mordida forte em meus lábios, apertei um pouco mais e arranhei sua coxa.
  - Caralho, ... – sua voz saíra fraca, continuei repetindo o movimento com a mão até que minha perna fora erguida na altura de seu quadril, senti a pressão de seu pênis ainda coberto em meu clitóris e quase gritei. Eu já estava pra lá de excitada, Liam notou isso e sorriu, não o deixei fazer algo, arranquei a boxer de seu corpo e ele retirou a mesma jogando do outro lado do banheiro, meu corpo foi virado até que eu estivesse de frente para parede, com ambas as mãos apoiadas na mesma. – Você tem noção o quanto é excitante te ver assim? – finquei as unhas no azulejo preparando-me para o que viria. Assustei-me ao ouvir o som de sua mão explanando em minha pele, em seguida a ardência denunciava que eu havia recebido um tapa. Olhei-o por sobre o ombro, e ele sorriu travesso. – Desculpe, eu não resisti. – revirei os olhos em deboche, e quase me arrependi disso. Sim, eu disse quase. Liam separou minhas pernas com as suas e levou a mão até meu clitóris, senti-o tocá-lo com calma, como se me testasse e quase desfaleci ali mesmo, mas ele me segurou. Com um pouco mais de força, ele fez movimentos circulares e em seguida puxou entre os dedos, desta vez eu não pude evitar o gemido.
  Ele repetiu o gesto e eu tive que tirar as mãos da parede para passar por seu pescoço. Com uma mão ele sustentava meu peso e com a outra brincava com meu clitóris já inchado.
  - Está gostando, querida? – a mistura de sua voz rouca, o sotaque e a pressão lá em baixo me deixaram ainda mais mole, quando achei que não conseguiria melhorar senti seu dedo me penetrar, apertei seu ombro e trinquei os dentes. Eu não poderia dizer que ele me penetrava essa não seria a palavra certa, ele literalmente me fodia com o dedo e eu já não era mais capaz de discernir o que era real. Senti meu corpo tencionar ainda mais quando um segundo dedo entrou em ação, uma sensação deliciosa se apossou de meu corpo e esquentou-o ainda mais, praticamente gritei quando o orgasmo me atingiu. Meu corpo cedeu e mais uma vez ele me sustentou.
  Senti meu corpo ser virado de frente para o seu, Liam abaixou-se até ficar na altura do meu quadril e levantou minha perna até estar sobre seu ombro direito. Eu sequer havia me recuperado do primeiro orgasmo quando sua língua tocou minha vagina, reabri os olhos e espalmei as mãos na parede. Payne sugou-me como se provasse um doce maravilhoso, eu estava mais do que encharcada, sem forças sequer para protestar, os gemidos saíam incontroláveis de minha boca senti-o penetrar-me com a língua e puxei seu cabelo com força suficiente para fazê-lo parar, ele não o fez, continuou a chupar-me incansavelmente. Mais um orgasmo me atingiu assim que ele mordeu meu clitóris uma última vez. Liam colocou-se de pé e finalmente eu desfaleci, ele me acolheu em seus braços enquanto eu esperava que a força de minhas pernas voltasse.
  - Tudo bem? – limitei-me a assentir, esperei até que a respiração normalizasse para poder erguer a cabeça e olhá-lo. Arfei ao ver o quão negro seus olhos estavam, a pupila dilatada o deixava com um ar selvagem, eu estava perdida e o pior era pensar que eu estava adorando estar perdida daquela forma. Ao ver que eu estava recuperada, Liam desligou a ducha e pegou-me no colo, fui levada até o quarto e depositada na cama. Antes que eu pudesse reclamar por estar molhada sobre os lençóis dourados ele estava sobre mim, devorando meus lábios com a voracidade de um animal. Enlacei seu pescoço e me permiti relaxar sob seu toque, mas não por muito tempo, já que ele parou o beijo e afastou-se de mim. – Feche os olhos. – mandou, franzi o cenho.
  - Desde quando obedeço você? – questionei desafiadora. Ele me olhou cínico.
  - Apenas feche. – eu queria discutir, mas o momento não era propício. Limitei-me a arquear uma sobrancelha em aviso e obedecer, fiquei quieta enquanto o sentia se distanciar, estava tentada a ver o que acontecia quando senti algo cremoso como uma pasta ser depositado em minha barriga, fiz menção de abrir os olhos, mas ele alertou-me antes. – Não faça isso. – a próxima coisa que senti foi sua língua deslizando por minha pele, limpando o tal creme. Ele repetiu o ato em minha coxa, agarrei os lençóis de imediato, cada terminação nervosa de meu corpo gritava e se agitava, ele estava me deixando louca mais uma vez. Sua língua chegou muito perto de tocar-me mais uma vez, mas ele recuou antes. Eu não aguentava mais.
  - Liam... – rouca, eu estava sem voz de tantos gemidos e gritos.
  - Sim? – pelo seu tom de voz, ele sorria ao me responder. Filho da puta. Eu o conhecia bem o suficiente para saber disso sem precisar abrir os olhos.
  - Liam... James... Payne... – ele continuou a lamber-me, desta vez nos seios, fazendo questão de chupar um pouco mais forte arrancando-me um gemido alto o bastante para que alguém ouvisse do lado de fora. – Estou falando... Sério.
  - O que você quer? – ele estava debochando de mim. Cretino!
  - Liam, ou você vem aqui e resolve isso...
  - Ou você vai fazer o que? Ligar para o Brendal? – Brendal é meu amigo, ex-namorado na adolescência do qual Liam morria de ciúmes.
  - Ótima ideia. – respondia prontamente, ainda de olhos fechados. Ele ficou tenso imediatamente, eu sabia que havia passado dos limites, mas estava pouco me fodendo, eu queria saber até onde ele era capaz de ir. Confesso que não me arrependi. Minhas pernas foram erguidas até ficarem na altura de seus ombros, senti sua boca chupar meu clitóris tão forte que o grito irrompeu alto demais. No momento seguinte, senti seu pênis me preencher por completo. O ar sumiu completamente de meus pulmões, ele havia me colocado naquela posição por que sabia exatamente o quão fundo poderia ir. Liam saiu de mim apenas para retornar com ainda mais força, mordi os lábios para não gritar novamente, minha garganta já doía.
  Ele estava irritado comigo, eu sentia isso a cada arremetida. De repente, ele parou, abaixou minhas pernas e me fitou como se me desafiasse a fazer qualquer gracinha, engoli em seco e esperei para ver o que ele queria. Liam pôs-se de pé e me chamou com o indicador, eu o obedeci sem discutir, vi-o pegar um travesseiro e colocar na borda da cama, em seguida fez um gesto para que eu deitasse de bruços, assim o fiz. Se eu não estivesse enganada, com certeza eu sabia o que viria. Payne foi para detrás de mim e ergueu minhas pernas deixando-as da altura de seus quadris, seu pênis roçou minha entrada, mas não tempo suficiente para que eu reclamasse, já que ele arremeteu de vez contra mim, atingindo um ponto novo que me fez gemer alto, percebendo o feito, ele repetiu o gesto, indo e vindo, forte e fundo enquanto eu me desmanchava em palavras desconexas e suor.
  Em uma de suas investidas, ele fora tão fundo que me vi apertando-o internamente, massageando-o, ele gemeu meu nome.
  - Droga, não faz isso . – ele pediu com a voz vacilante, eu o soltei apenas para que ele voltasse a me penetrar com força, percebei que apertá-lo também me estimulava, então o fiz mais uma vez, arrancando um urro que me arrepiou.
  Percebi que estava quase caindo da cama, por que não havia mais forças para manter nos antebraços, ele percebeu isso por que parou mais uma vez e soltou-me, esperou que eu me virasse para erguer meu corpo em seus braços e prensar-me contra a porta. Uma, duas, três penetrações profundas e eu gozei junto com ele.
  Senti meu corpo desabar sobre o seu e me permiti fechar os olhos e relaxar, Payne desencostou-me da parede e depositou-me sobre o colchão, mas não se deitou ao meu lado, abri os olhos e notei que ele estava caminhando em direção ao banheiro, em seguida retornou e parou na soleira da porta. Seus olhos fitaram os meus com ansiedade, ele parecia mais calmo do que antes, mas inda estava chateado.
  - Não vai me dizer nada? – perguntei só para provocar, ele nunca se pronunciaria primeiro.
  - Acho que não precisa. – seus olhos faiscaram. – Faz assim, levanta e liga pro seu amigo. – eu juro que me segurei muito para não rir.
  - Você é um idiota, Payne. – falei, ele me olhou ofendido. – Eu não vou ligar para o Brendal, ele está noivo e morando na Nova Zelândia, - sentei-me na cama pra olhá-lo melhor – e mesmo que ele estivesse em Londres, não foi com ele que passei meu melhor Halloween. – vi um sorriso surgir em seus lábios enquanto ele retornava para cama e deitava-se ao meu lado.
  - Eu te devo desculpas. – declarou ele. – Sobre a nossa briga pela viagem do seu trabalho... Eu não deveria ter dito o que disse e sinto muito, mesmo. – ele frisou o mesmo, eu assenti. – E sobre ter ficado com a Sophia...
  - Não me importa, sinceramente eu não quero saber dela. – respondi por fim, o cortando. Ele me olhou a espera de uma resposta mais concreta. – Fomos infantis e dissemos coisas das quais nos arrependemos, eu também sinto muito por tudo aquilo. – foi a vez dele de assentir.
  - Isso quer dizer que voltamos?
  - Voltamos ao que? Ser noivos, namorados ou ficantes você se refere? – brinquei, ele semicerrou os olhos e riu.
  - Ao que você quiser. – Liam puxou-me para seus braços, selando seus lábios nos meus como um novo compromisso, ao nos separarmos, levantei-me para apagar a luz quando vi algo que chamou minha atenção. Um pote de Nutella repousava em minha penteadeira, dirigi meu olhar para ele, que assoviava e olhava para parede.
  - Onde você achou isso? – apontei para o objeto.
  - Na sua despensa, claro. Passei lá antes de subir para o quarto. – respondeu em seguida, dando de ombros.
  - Você é um cretino mesmo!
  - Vai dizer que não gostou? – ele provocou, revirei os olhos.
  - Não vou comentar, mas fique sabendo que vai me trazer dois potes de Nutella quando for ao mercado. – avisei, apagando a luz e voltando para cama.
  - Dois? – ele perguntou sacana.
  - Sim, mas não é para o que você está pensando... Seu pervertido. – acusei-o, ele havia ligado o abajur, eu podia vê-lo perfeitamente com um sorriso cafajeste.
  - Nenhum deles?
  - Ok, talvez um. – ele riu e me puxou contra seu corpo, aninhando-me ali. Relaxei e deixei que o sono viesse.

FIM



Comentários da autora

  Oi galera! Como estão? Trouxe essa história reescrita, alguns a leram como “Good Morning” em outro site, eu sou a autora e pedi para minha amiga postar como Imagine, então não é plágio, está sendo reescrita mesmo. Espero que tenham gostado, peço desculpa pelos erros ou se decepcionei alguém, mas é isso. Comentem bastante, deixem suas opiniões e me façam uma autora alegre! Ah, a beta que pegou a história, obrigada por ter aceitado beta-la!
  Xx Mary.