Melhor Amigo do Meu Irmão

Escrito por Jubs | Revisado por Especial Criativo

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   apagou seu cigarro correndo quando ouviu algumas vozes, ela estava matando a aula de matemática em uma área aberta da escola, perto do campo de futebol americano, ninguém sabia que ela fumava, então pegou o perfume que estava em sua mochila e burrifou pelo lugar, começou a mexer no celular para disfarçar, quando e Tyler sentaram na arquibancada. Ótimo, seu ex ficante e o melhor amigo de seu irmão ali.
  Ela revirou os olhos e colocou seus fones de ouvido, não falava com Tyler desde que ele lhe dera um pé na bunda e com era uma briga constante sempre que ele ia em sua casa, não suportava a folga do garoto e seu ego incrivelmente grande. Continuou mexendo em seu celular para sair despercebida, daqui a pouco o horário da saída ia tocar e ela pegaria carona com sua melhor amiga.
  Mas claro que não seria tão fácil, percebeu sua presença e também não perdeu a oportunidade de alfineta-la.
  - E aí, ! – sentou ao seu lado colocando os braços em seus ombros, abraçando-a.
  - Hm – ela revirou os olhos e tirou os braços dele, tirando logo os fones.
  - Você está cheirando a cigarro – então ele pegou um maço e acabou acendendo um.
  - Quê? – ficou meio nervosa, tudo que ela precisava era que descobrisse que ela estava fumando.
  - Não precisa ficar tão nervosa – ele soltou a fumaça – um fumante reconhece o outro – ele deu de ombros.
  - Aham, claro – ela se levantou, estava nitidamente desconfortável – até.
  Ela saiu quase correndo dali, indo direto para o estacionamento, até que encontrou Diana, sua melhor amiga, encostada no carro mexendo em seu celular, chegou próxima a ela e Diana a olhou.
  - Parece que viu um fantasma, foi o ? – Diana destravou o carro.
   deu a volta e entrou no banco do passageiro, respirou fundo e esperou Diana entrar.
  - Claro que foi ele – soltou de uma vez.
  - E você estava fumando – Diana deu partida no carro – espera, ele viu?
  - Não, não viu, mas disse que sabia que eu fumava já que um fumante conhece o outro, bla-bla-bla – revirou os olhos – posso ir pra sua casa hoje?
  - Hoje temos festa na casa do Tyler, esqueceu? – Diana disse ligando o rádio
  - Eu tenho mesmo que ir? Tyler me deu um pé na bunda, vai ficar enchendo o saco e meu irmão vai beber até vomitar, como sempre.
  - Eu cuido dele – Diana piscou – e você tem que ir sim, nem preciso te dizer de novo o que acho dessas brigas com , né?
   revirou os olhos, Henry, seu irmão, tinha uma relação estranha com Diana, eles ficavam fazia um tempo, mas nenhum dois tomava coragem pra assumir alguma coisa, então viviam brigando e se reconciliando no dia seguinte.
  Diana vivia dizendo que e iam namorar, que toda essa briga vai dar casamento, esse tipo de coisa. não consegue nem pensar nessa possibilidade, ela briga com desde que tinham seis anos, o Henry já nem deixava os dois mais junto no mesmo ambiente sozinhos com medo de que alguém poderia parar no hospital. Eles são amigos desde pequeno, já que é vizinho, o que nunca foi uma coisa boa, já que a janela do quarto de dá para a janela do quarto de , então ela já o viu até pegando alguma menina antes dele lembrar de fechar a cortina.

  ’s POV
  Assim que cheguei em casa, Diana gritou do carro que 20h viria me buscar, eu fui direto almoçar, mas assim que cheguei na cozinha, estava lá com Henry. Como ele chegou antes?
  - E aí, gatinha! – piscou.
  - E aí, . – Henry falou me dando um prato. – Você vai na festa do Tyler hoje? Se não quiser ir, eu fico aqui com você.
  - Eu vou – coloquei minha comida no prato – Diana me intimou a isso, tá de boa, Tyler não me afeta mais.
  - Claro que afeta – levantou e foi lavar seu prato – não faz nem um mês que ele terminou com você.
  - E você nem me conhece pra falar o que me afeta ou não – eu dei de ombros, que audacioso. - eu nem namorava com Tyler, ele terminou basicamente... Nada.
  - Claro, – ele revirou os olhos e foi pra sala.
  - Não liga, não – Henry disse –, você sabe que ele quer te encher o saco.
  Dei de ombros e continuei meu almoço, sempre queria encher meu saco.

[...]

  Ao dar 20h, eu estava na sala já trocada, esperando Diana chegar para irmos para a festa. passou pela porta de entrada como se morasse em casa, piscou para mim e subiu para o quarto do meu irmão, revirei os olhos.
  Ouvi uma buzina e fui direto pra fora, Diana estava com uma música alta e o teto do seu carro conversível estava aberto.
  - Você poderia ser menos californiana? – eu ri e entrei no carro.
  - Espero que não se importe – ela gesticulou para a porta de casa, Henry e .
  - Caralho, Diana! – eu me abaixei no banco enquanto os dois entravam no carro e cumprimentavam minha amiga.
  - Cuidado, vai fazer parte do banco – já entrou no carro me zoando, claro.
  Eu apenas revirei os olhos e então Diana aumentou a música. Depois de uns 15 minutos, chegamos na casa de Tyler. Eu sai rapidamente e fui em direção a casa, chegou ao meu lado e bateu no maço de cigarro que estava no bolso de minha jaqueta.
  - Fuma escondido – ele sorriu e entrou na casa já cumprimentando algumas pessoas.
  Diana e Henry entraram na casa de mãos dadas, eu fui direto para algum lugar que eu pudesse pegar uma bebida forte. Ao chegar na cozinha que eu conhecia tão bem já que fiquei com Tyler por mais ou menos um ano e meio, até que ele disse que não queria namorar e achou que o que tínhamos estava ficando sério demais... Nem concordo com isso, a gente se via na escola sempre como amigos, só de vez em quando que eu vinha pra casa dele e ficavamos, não tinha nada sério nisso.
  Respirei fundo, não queria que Tyler me afetasse, nem deveria. Eu peguei um cerveja e fui para a area da piscina, já tinha algumas pessoas por lá, inclusive Tyler se atracando com uma garota. Eu realmente não deveria ter vindo pra essa festa, porque achei que seria uma boa ideia?
  Quando percebi que Diana e meu irmão estavam longe, eu decidi acender um cigarro. Tomei toda minha cerveja e acabei pegando mais uma no pequeno bar que tinha na piscina, ninguém sabia que tinha um bar ali, mas de novo... Eu conhecia essa casa. Voltei a sentar em um banco de balanço, quando vi que sentou ao meu lado, visivelmente alterado.
  - E aí, pequena. - ele pegou um cigarro do maço dele e acendeu, tomando algo em um copo preto.
  Estranhei o apelido, ele poderia me chamar de qualquer coisa, mas nunca de um apelido estranhamente carinhoso.
  - Eu sei que você disse que o Tyler não te afeta mais - ele soluçou - mas eu sei que sim - deu de ombros - e sabe, queria te dizer que tu nem merece ficar assim, não por um cara que nem ele, você é uma menina incrível.
  - Sou? - pigarreei, o que estava acontecendo?
  - Sim, porra, ! - ele apagou o cigarro. - Você é super inteligente, muito bonita, você já se olhou no espelho? Seus olhos verdes são maravilhosos, seu cabelo dá vontade de passar a mão, de tão macio que parece ser, você tem um corpo lindo, tem uma risada que dá gosto de ouvir.
  - Ok, muito obrigada por todos elogios, mesmo. - eu prendi meu cabelo em um coque. - Mas por que está dizendo tudo isso?
  - Eu cheguei a conversar com o Henry, nunca entendi muito bem porque nós sempre brigamos. - ele terminou o conteúdo do copo e deixou de lado. - Na verdade, eu sempre gostei de você e eu queria me aproximar, só que éramos vizinhos e acabei sendo melhor amigo do seu irmão, eu tinha medo de tentar algo, então era mais fácil brigar. Eu sei que você nem vai acreditar em mim, que eu to bebado, mas eu aguentei esse um ano e meio e você sofrendo pelo merda que o Tyler é.
  Engoli seco, mas o deixei continuar
  - E você vivia falando que ele não queria nada sério e você aceitava de boa, mas porra, quem não ia querer algo sério com você, ? Tu é a garota dos meus sonhos desde que eu me mudei e te vi brincar de boneca na grama. Eu ficava puto com o jeito que ele falava de você para os outros, por que se fosse eu... Eu ia enaltecer cada célula do seu corpo e cada partezinha da sua grande personalidade, eu ia ser o homem mais privilegiado e sortudo por ter você do lado, eu ia andar com você do lado como se fosse a rainha da Inglaterra, eu sei lá! E você sofrendo e aceitando tão pouco.
  Eu estava quase chorando, nunca imaginei que um dia diria isso.
  Até que eu interrompi toda a falação dele e o beijei, ele ficou surpreso, mas logo depois correspondeu, nosso beijo era calmo, apesar a bebida em nosso sangue deixar tudo mais rápido e quente. Apesar do vento gelado, suas mãos em volta da minha cintura pareciam estar em brasa.
  - Nem precisa falar que você ia ser o homem mais privilegiado... Você é. Porque você me tem e sempre teve.
  E nos beijamos de novo... Minha vida seria completamente outra depois disso, mas isso é outra história.

FIM



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