Marriage
Escrito por Danielle | Revisado por Natashia Kitamura
"Eu me preocupava bastante com o que queria ser quando crescesse, quanto ganharia ou se me tornaria alguém importante. Às vezes, as coisas que você mais quer, não acontecem. E, às vezes, as coisas que jamais esperaria acontecem. Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então encontra uma pessoa, e sua vida muda. Pra sempre."
- Amor e Outras Drogas
One -
"... Para amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe." Quando fiz essa promessa e recebi de volta o mesmo por parte dele, no altar da Igreja, perante Deus, o padre e todos os nossos convidados, eu sabia que havia muitas outras coisas envolvidas e nada era tão simples como parecia. No entanto, nunca poderia ter imaginado que as coisas sairiam tanto dos eixos.
Meu amor por John não era mais o mesmo - aumentava a cada dia. E era isso o que mais intrigava. Por que brigávamos tanto se formávamos uma bela dupla - Se eu era completamente apaixonada por ele e tinha tanta certeza quanto à reciprocidade do sentimento - Se eu não sabia imaginar minha vida sem o calor da presença do meu jovem marido e amava cada um dos defeitos dele, não só as qualidades - Minha mãe sempre me dizia que, num relacionamento, amor nunca é o bastante. É preciso ter muita paciência, fé e equilíbrio; passar por cima das próprias vontades a maioria das vezes e saber que, apesar de ser necessário apostar alto na outra pessoa, ela nem sempre atingirá suas expectativas, mas você tem que lidar com isso da melhor forma possível, -até que a morte os separe". E, embora eu desejasse profundamente ser a melhor esposa do mundo e cumprir com tudo isso, não sentia a mesma vontade de me esforçar que tinha nos primeiros meses do meu casamento. Meu ânimo para lutar pela paz e harmonia no meu matrimônio evaporava a cada vez que John me decepcionava, me irritava ou algo do gênero.
Acordei naquele domingo de manhã com todos esses pensamentos fresquinhos na mente. Eu havia sonhado com o dia em que entrara no grande salão da Catedral, vestida de branco e de braços dados com meu pai, e relembrado, enquanto dormia, como cada momento no dia 21 de Março de 2010 fora perfeito. Recordei-me de como o sexo entre mim e John nas nossas núpcias fora incrível, e em como as coisas haviam sido diferentes na noite anterior. Não que eu não tivesse gostado ou ele estivesse pior - a experiência e nosso conhecimento um do outro tornavam as coisas mais interessantes, sim. Mas não era a mesma coisa. Não havia a mesma emoção, o mesmo entusiasmo, a mesma euforia no momento... E eu desejei desesperadamente voltar dois anos na minha vida, naquele instante.
Vesti a camisa do meu marido, jogada aos pés da cama, e fui até a sala, onde imaginei que ele poderia estar. A televisão estava ligada, mas John prestava atenção mesmo no laptop que repousava em seu colo. Era domingo de manhã e ele estava trabalhando no notebook! Passávamos poucos finais de semana juntos por causa dos inúmeros shows e turnês dele, e quando estava em casa, meu querido marido ainda tinha o péssimo hábito de se distrair com as empresas onde havia comprado ações. Respirei fundo na tentativa de me acalmar e andei até perto de John, sentando-me na mesinha de centro em frente a ele.
- Ei. - disse forçando um sorriso.
- Ei. - ele respondeu com os olhos na tela.
- Acordou há muito tempo - - perguntei casualmente.
- Uhum.
- Já tomou seu café -
- Uhum. - John disse da mesma forma automática que usava quando não estava prestando atenção a uma palavra sequer do que eu dizia.
- Você é gay, amor -
- Uhum.
Aquilo foi a gota d -água! Abaixei a tela do computador apertando levemente os dedos dele contra o teclado.
- ! - ele reclamou.
- Repita a minha última pergunta. - pedi encarando os olhos espantados dele.
- Hã... Você perguntou se eu vou sair hoje - - John tentou dizer as palavras como uma afirmação, mas a frase pareceu mais uma pergunta.
- Não! Eu perguntei se você é viado! Eu queria testar se você estava prestando atenção em mim, é claro! John, como você acorda em um dos poucos domingos que está em casa, deixa sua esposa sozinha na cama e vem pra esse computador trabalhar - - falei deixando a irritação transbordar.
- Eu não estava trabalhando. Estava combinando um futebol com o e os outros caras.
- Futebol de novo - Nós vamos almoçar na casa da minha mãe hoje.
- Almoçar na casa da sua mãe de novo - Nós fomos ainda outro dia!
- Não vamos à casa da minha mãe há um mês, John.
- Eu também joguei bola com meus amigos pela última vez no mês passado!
- Estamos no segundo domingo do mês e no domingo passado foi aniversário da sua irmã. Esse é o motivo!
- Eu tenho poucos dias de folga em casa porque estou sempre viajando em turnê ou trabalhando para aplicar do melhor modo possível o nosso dinheiro, porque eu me preocupo com o seu conforto, acima do meu até. É justo que eu faça o que eu quiser no meu dia livre, . - ele jogou as mãos para o alto e se levantou do sofá, ficando de costas para mim.
- Eu também trabalho a semana toda, mas eu sei reservar melhor meus dias disponíveis para os meus hobbies, salão de beleza e o que mais quiser fazer. Quando você aprender a fazer o mesmo, provavelmente terá mais tempo livre para as coisas que gosta.
- Não tem como desmarcar o futebol mais. - ele disse depois de suspirar alto. - Eu já disse ao que vou... E, caramba, eu quero sair com os meus amigos!
- Ok. Faça o que quiser no seu -dia folga em casa -. Afinal, é justo isso, né - - falei ironicamente. - Eu vou pra casa da minha mãe. - Acrescentei contendo as lágrimas.
Passei por John e fui até o quarto. Escutei meu marido chamando meu nome, mas encostei a porta do banheiro e liguei a ducha. Deixei que a água quente se misturasse as minhas lágrimas ao passo a raiva que sentia há poucos segundos atrás se transformava em mágoa e eu sentia o sangue pulsando sob os hematomas provocados pelas palavras dele. -É justo que eu faça o que eu quiser no meu dia livre, -... Quando ficar comigo deixara de ser o que ele queria, eu não sabia dizer. Só compreendia mesmo que aquilo era uma pancada nos meus sentimentos.
Two - John
O telefone chamou impacientemente até cair na caixa de mensagens, de novo. não atendia minhas ligações nem respondia as minhas mensagens. E eu não estava nem um pouco a fim de ligar para a casa dos pais dela. Se ela havia simplesmente dito que eu não pude ir almoçar ou se falou que eu era um canalha e só sabia fazê-la chorar, nunca saberia dizer. Mas nenhuma das duas respostas conseguia me deixar melhor do que me sentia naquele momento, afinal, por mais que eu tentasse justificar as minhas atitudes, era evidente do que toda aquela briga se tratava - eu era egoísta demais para sacrificar um domingo de futebol para ir à casa dos pais de .
Esparramei-me no sofá da sala e, enquanto assistia à TV, uma data mencionada em um dos comerciais me chamou a atenção. Era dia 18 de Março, o que significava que faltavam três dias para o meu aniversário de casamento, e eu ainda não havia planejado nada. Lembrei-me da cara que fizera no ano anterior, em nossa comemoração de um ano de matrimônio, quando ela chegou em casa e me encontrou trajando uma farda sexy das Forças Armadas dos EUA. Não havíamos tido a oportunidade de viajar, na ocasião, mas nós dois passamos uma noite maravilhosa juntos. Apesar de nossos desentendimentos, que aconteciam frequentemente devido a minha falta de tempo e ao estresse de , nós dois fazíamos uma dupla mais perfeita que queijo e goiabada. E há tanto tempo eu não lembrava minha esposa de como a amava e só pensava nela, todas as horas do meu dia...!
sempre fora mais organizada do que eu. Ela tinha diversos pacientes em seu consultório - era dentista -, mas não havia trabalhado nenhum sábado ou domingo desde nosso casamento. Ela sabia exatamente onde ficava cada coisa em nossa casa, nunca se esquecia de fazer as compras ou de qualquer data importante - como o aniversário de todos os meus familiares, da minha empresa e da nossa primeira vez. Ao passo que eu... Bom, eu ainda não havia conseguido me ajustar e nem sabia dizer se isso aconteceria algum dia. Embora fosse um cantor razoável - era como eu me julgava, embora a fama indicasse que talvez eu fosse bom mesmo - e entendesse cada dia mais de ações e bolsas de valores - úteis para meus investimentos em Sociedades Anônimas, por exemplo -, eu não sabia lidar com as coisas com o mesmo equilíbrio com que sabia lidar.
Adormeci no sofá da sala tentando imaginar alguma coisa boa o bastante para surpreender minha esposa no nosso aniversário. Eu sabia - nem que fosse bem lá no fundo - que o que ela mais desejava era que eu fosse mais atencioso e dedicado a nós, mas tinha plena consciência de que as minhas mudanças viriam com muito trabalho e eu precisava começar de algum jeito, afinal.
- John... Ei, acorda! O sofá é confortável e eu sei que nós brigamos, mas não precisa dormir aí também, né - - disse baixinho para mim. Levantei-me esfregando os olhos e sorri quando vi que ela estava usando sua roupa -não estou bem com você, então não vou transar hoje, mas preciso te provocar para mostrar o que você perde por ser otário comigo -. Blusinha decotada provocante e calça de moletom sempre significavam isso.
- Eu dormi sem querer... Você chegou há muito tempo -
- Não, acabei de chegar. Minha mãe mandou nosso jantar, como sempre. Tem lasanha na mesa da cozinha que eu esquentei pra você há poucos minutos. Vou ler um pouco e dormir. Amanhã eu quero ir à academia antes de ir trabalhar.
- Eu tenho sessão de autógrafos em Phoenix o dia todo, então devo malhar por lá mesmo. Bom, vou comer então. Obrigado, amor. - dei um beijo rápido nos lábios dela e fui para a cozinha.
- Fez gol pra mim - - minha mulher perguntou da sala com a voz um pouco mais animada.
- Três. - falei cortando um pedaço da comida. - Coloquei o nome dos nossos futuros bebês neles.
- É mesmo - Eu pensei que eu quem fosse escolher o nome dos nossos bebês.
- Bom, eu posso sonhar, né -
respondeu com uma risada. Não tentei convencê-la a nada físico aquela noite e nem tentaria até quarta-feira. Eu já sabia como mostrá-la que estava sendo um estúpido e me sentia disposto a corrigir isso dali pra frente.
Three -
- - - um rapaz me chamou enquanto eu amarrava meu tênis. Eram seis e meia da manhã, mas eu já estava na academia. Depois da minha última consulta - às cinco e meia da tarde - eu iria ao shopping procurar um presente para meu marido, então precisei trocar o horário da minha malhação naquela segunda. Ainda estava chateada com o fato de John precisar de tanto tempo longe de mim, ou pelo menos era o que ser tão desorganizado, inventar tanto trabalho e sair sempre com os amigos parecia significar, mas eu precisava continuar fazendo a minha parte naquele relacionamento, certo - Bom, eu esperava que essa fosse a melhor forma de agir, pelo menos.
- Seth - - perguntei tentando associar a imagem do meu namorado do colegial com aquele cara louro, malhado e alto.
- Sim, eu mesmo. Eu não sabia que você morava em Tempe! - ele respondeu me abraçando.
- Mudei pra cá há quatro anos, quando vim fazer uma pós-graduação. Aí acabei me instalando e ficando.
- Uma pena não termos cruzado na rua antes! Eu vim pra cá no último ano da escola por causa dos meus pais, como você deve se lembrar, e acho que vou ficar por aqui um bom tempo ainda também... Você malha nessa academia sempre -
- Comecei tem pouco tempo, mas eu costumo vir à noite, e com o meu marido quando ele pode ou sozinha mesmo.
- Entendo. Eu estou solteiro ainda e sempre venho aqui pela manhã. E sabe o que sempre me lembra você quando estou por perto -
- O quê - - questionei reprimindo o impulso de rolar os olhos. Como se ele ainda se lembrasse de mim depois de dez anos sem que nos víssemos e dado o fato que nosso namorico não fora nada muito envolvente!
- Tem uma lanchonete nessa mesma rua que vende um sorvete maravilhoso e eles têm light também. Quando terminarmos nossos exercícios podemos ir até lá. O que você acha -
- Ah, por que não - - dei de ombros.
Seth foi muito atencioso e gentil comigo. Fez diversas perguntas sobre a minha profissão e me contou como a rede de hotéis que herdara do pai ia bem.
- Esse aqui está uma delícia. Prova. - Seth disse retirando uma colher de seu sorvete e colocando na minha boca.
- Huuuum! Muito bom mesmo. - respondi.
- Você não acha uma incrível coincidência nos encontrarmos assim, dez anos depois de termos terminado - Eu diria que foi o destino, .
- Não, Seth. Estranho seria se nós morássemos na mesma cidade, frequentássemos a mesma academia e não nos encontrássemos nunca.
- Você continua a mesma pessoa cética. Mas a sua beleza compensa qualquer defeito. - ele disse e quando olhei no rosto de Seth, ele encarava meu busto coberto pelo tope. Suspirei alto.
- Olha, Seth, você está sendo um amor comigo e tudo mais... Foi bom te ver e saber que está bem, juro. Mas eu sou casada e se você pretende ficar me dando cantadas a cada cinco segundos é melhor eu ir embora mesmo.
- Não, , desculpa. Eu não quis que você me levasse a mal.
- Não levei. Preciso mesmo ir agora. Eu tenho um paciente pra daqui uma hora e ainda tenho que tomar um banho. Então, tchauzinho. - afaguei o braço de Seth e segui para o meu carro, pensando em como ele continuava sendo o mesmo galanteador barato de nossa juventude.
Consegui escolher um relógio divino para John, depois de andar metade de Tempe à procura de alguma coisa que ele realmente fosse gostar. Passei também na Tiffany -s e escolhi uma lingerie preta - a cor que John mais gostava em mim. Guardei as sacolas no porta-malas do carro e as deixei ali mesmo quando entrei na garagem e vi o Austin do meu marido estacionado.
- Boa noite. - cumprimentei John com um beijo no alto da cabeça, mas ele continuou sentado imóvel com o computador no colo, embora eu já tivesse entrado em casa cantarolando a fim de indicar que estava de bom humor.
John não respondeu meu cumprimento, então percebi que o problema era comigo mesmo.
- O que aconteceu - - perguntei inocentemente observando meu marido respirar fundo e soltar o ar devagar. - John... -
- Me explique isso aqui, se você conseguir. - ele disse virando o notebook para mim. Encarei incrédula as imagens de Seth colocando sorvete na minha boca e nós dois rindo de alguma coisa que eu nem lembrava mais que ele poderia ter dito. Li o nome do paparazzi responsável pelo serviço no topo do blog, e então foi a minha vez de respirar fundo.
- Por que você está olhando o blog desse paparazzi cretino que vive publicando coisas maldosas sobre as pessoas -
- Não fuja do que eu disse nem dessas fotos, . O que você estava fazendo com o Seth, seu ex-namoradinho preferido -
- Encontrei com ele na academia hoje e nós fomos tomar sorvete. É isso o que tem nessas fotos, não é - Você está me vendo lhe chifrar ou alguma coisa do tipo aí -
- , você sabe que eu sou uma figura pública. Você é minha esposa e, portanto, a imprensa segue os seus passos também, sempre em busca de alguma falha no nosso relacionamento para tripudiar encima. Tudo o que você fizer vira uma tempestade num copo d -água!
- Então o problema não é eu ter saído com o Seth. O problema é a sua imagem -
- Não foi o que eu disse. Eu disse que vão te fotografar sempre por aí mesmo e se eu fico sabendo das coisas assim é muito pior pra nós dois.
- Não havia o que lhe informar, John. - falei tentando acalmá-lo e acabar aquela discussão ridícula. - Eu não fiz nada de errado. Então pare de se preocupar com isso, ok - - acariciei a coxa do meu marido e sorri para ele.
- Mantenha distância de Seth Parker, pode ser - - John pediu tirando minha mão de sua perna. - Eu vou dormir. Estou cansado.
- Não vai jantar -
- Estou sem fome. - ele me respondeu por sobre o ombro e seguiu para o nosso quarto. Esfreguei meus dedos nas têmporas e engoli o choro pensando em como aquela seria outra longa e péssima noite.
Four - John
Minha raiva da saída de com Seth desapareceu na manhã seguinte, mas ela fez questão de me lembrar daquilo por não conversar comigo direito durante todo o dia e a noite também. Não dei grande importância ao fato porque eu esperava sinceramente que a quarta-feira, dia 21 de Março de 2012, resolvesse nossos problemas, ou pelo menos parte deles. E, felizmente, o dia do meu aniversário de casamento chegou mais rápido do que eu poderia ter desejado.
Terminei meu ensaio do dia e desliguei meus celulares, deixando apenas o de contato pessoal ligado. Eu havia reservado um chalé bastante aconchegante e privado em Fountain Hills, uma cidadezinha situada a trinta quilômetros de Tempe. Pedi à secretária de que cancelasse todos os pacientes dela para o resto da semana e remarcasse para quando desse mesmo, e fiz o mesmo com os meus compromissos. Eu e precisávamos de um tempo para nós, afastados de nossas preocupações. Depois de resolver os últimos detalhes para a noite - como abastecer o quarto com vinho, alugar uma moto para fazermos trilha na sexta-feira e deixar roupas suficientes para nós dois ali -, passei na joalheria e peguei a pulseira de brilhantes que havia mandado fazer para a minha esposa. Em casa, tomei um longo banho, vesti uma calça jeans e uma camiseta, e aguardei a chegada dela.
- Oi... - falou e sorriu para mim quando observou minhas roupas e meus cabelos molhados.
- Oi. Não estava no consultório - - perguntei percebendo que ela não estava vestida de branco e tinha os cabelos úmidos também.
- Não, eu fui ao SPA hoje à tarde. Todos os meus pacientes cancelaram essa semana, de hoje à tarde até sexta, você acredita - - ela falou em seu tom -eu sei que você quem aprontou alguma -. Pensei em como Mellory, a secretária de , era eficiente. A ideia de cancelar os pacientes daquela tarde não havia sido minha...
Caminhei até e beijei seus lábios lambuzados de gloss.
- Eu tenho uma surpresa pra você. - eu disse em seu ouvido.
Entramos no chalé nos beijando. Há muito tempo eu não sentia uma vontade tão desesperadora de tocar cada milímetro do corpo de , e podia perceber pela igual empolgação dela naquele momento que eu não era o único ali que ansiava por um instante daqueles - uma oportunidade em que estivéssemos só nós dois, com a mesma quantidade de entrega e desejo.
Puxei delicadamente o zíper da blusa de e ofeguei sem qualquer discrição quando vi a parte de cima de sua lingerie. Ela riu da minha cara de gula e tirou minha camisa também. Agarrei as pernas da minha esposa com força, de modo a suspendê-la, e ela juntou as coxas ao redor do meu corpo, beijando meu pescoço. Posicionei-me por cima de e, conforme ela arranhava as minhas costas e gemia, relembrei nossas primeiras noites juntos e todos os motivos para que tivesse me casado com ela. era a pessoa mais generosa e esforçada que eu conhecia. Ela merecia cada coisa boa que tinha no seu mundo e saberia desempenhar qualquer papel que a vida tivesse lhe imposto da melhor forma possível. Ela era nervosa e intolerante às vezes sim, mas isso só a tornava ainda melhor e mais atraente.
Bebemos vinho depois de descansar alguns minutos da nossa primeira atividade da noite. sorria para mim com o cabelo todo bagunçado e o pescoço com marcas vermelhas, e, quando o vinho lhe deixou um bigode de bebida, não consegui conter o riso.
- Você está rindo de mim por quê - - ela perguntou se levantando e caminhou até o espelho de corpo inteiro do quarto.
- Você está linda, amor. - falei sinceramente.
- John, eu quero agradecer. - ela disse voltando para cama e sentando-se na minha frente. -Pensei que você tivesse esquecido nosso aniversário, mas você foi incrível, de novo!
- Eu sei que não tenho sido um bom companheiro. Que preciso organizar melhor minha vida e meu tempo, que tenho que lhe dar mais atenção.
- Eu preciso cobrar menos de você também. Talvez você sentisse mais a minha falta se eu fosse menos reclamona.
- Olha, , eu nunca me arrependi de ter casado com você e nunca esqueci o que prometemos um para o outro. Eu juro que vou me esforçar mais para cumprir com o meu papel de marido, para ser a pessoa que você merece, e eu quero que esse nosso aniversário de namoro seja o começo. Dizem que os dois primeiros anos são os mais difíceis, então...
- Na verdade, dizem que o primeiro ano é o mais difícil. - ela disse e riu baixinho.
- Eu amo você. - falei acariciando-lhe o rosto. - Sempre vou amar, minha linda. Parabéns por me aturar a dois anos e eu sei que vamos comemorar muitos aniversários assim ainda.
- Eu amo você também, Sr. O -Callaghan. - disse e me beijou leve. - Aos dois primeiros anos do resto de nossas vidas! - ela falou levantando sua taça de vinho ao propor o brinde. Toquei seu copo com o meu, beberiquei o líquido e puxei minha esposa pela cintura, a fim de beijá-la. E, por mais brigas que ainda tivéssemos, eu tinha certeza de que passaríamos mesmo o resto de nossos dias juntos.
The End