Mais Uma de Amor...

Escrito por Suh Souza | Editado por Natashia Kitamura

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 Estava escuro lá fora, era uma noite escura comum com céu sem nuvens e sem lua, as ruas estavam vazias e silenciosas e apenas os postes estavam lá para dar um pouco de iluminação. Dentro do apartamento, no entanto, parecia que era dia. A luz que irradiava das lâmpadas espalhadas por todo os apartamento era forte e clara e cada lugar da casa parecia que estava bem debaixo do sol, aquele havia sido justamente a minha ideia, quando topei mudar temporariamente para Montana, para que pudesse gravar um filme, sabia que sentiria falta do clima quente da Califórnia que por sua vez me lembrava tanto de casa, e quis daquela forma trazer um pouco da luz da Califórnia, do Brasil e da Austrália para a minha vida e do meu noivo. Era uma noite especial para nos dois, embora ele ainda não soubesse de nada eu tinha uma notícia especial e havia planejado uma noite maravilhosa para ambos.
 Um porta retrato em uma das mesinhas no corredor me chamou atenção, era uma tarde tipicamente californiana, o ceu estava laranja e um bonito parque era visível no fundo. No centro um home alto e abraçava uma versão minha, dois anos mais jovem, aquele havia sido um dia especial para nos; foi quando finalmente ele se declarou:
- Bem, você vê... – Olhei divertida para o garoto a minha frente que gesticulava sem parar, e que pela primeira vez desde que nos conhecemos, parecia ter dificuldade em falar o que sentia. Observei seus cabelos caírem em sua testa e ele os afastar mais de uma vez, oscilando entre o nervosismo latente e a quase irritação. O parque a essa hora, havia se esvaziado lentamente, as mães já haviam levado seus filhos para casa e sem os pombos os velhinhos também haviam ido embora nos deixando com certa privacidade, tanta quanto se pode ter estando sentado em um banco público:
- O que eu estou tentando dizer é... bom você sabe que eu e você... – Eu podia ver que as palavras estavam prontas para sair, mas algo brecava meu melhor amigo de dizer aquilo que eu esperei anos para ouvir, estava começando a ficar extremamente chato. Os olhos castanhos me olhavam atentamente, como se buscassem uma ponto de apoio. Era irônico de toda forma, que o australiano que estivesse nessa situação e não eu: visto que parecia estar escrito na minha testa minha paixão platônica pelo meu melhor amigo.
Mantive o sorriso debochado no rosto, o mesmo de quando nos conhecemos no set de gravação. Ele um ator australiano desconhecido que tinha vindo tentar a vida em Hollywood e eu uma aspirante a roteirista, que por sorte havia conseguido um estágio nas gravações de uma comedia adolescente.
Nos aproximamos por ambos estamos longe do nosso pais Natal (ele Austrália e eu Brasil), e embora ele tenha saído um tempo com sua colega de elenco, acabamos dividindo um flat e nos tornamos tão amigos quanto duas pessoas podem ser. Algum tempo depois estamos aqui, ainda não evoluímos o quanto gostaríamos em nossas carreiras, mas hoje temos mais reconhecimento cada um em sua área e o dinheiro deixou de ser uma preocupação constante abrindo espaço em nossas mentes para encarar aquele elefante branco em nossas vidas: o grande desejo que tinha se desenvolvido entre nos durante todos aqueles anos.
Eu não sei exatamente como veio a acontecer, como cai no clichê de me apaixonar pelo ator bad boy e mulherengo, mesmo sabendo que quando ele está com preguiça de lavar as cuecas ele as usa ao contraio ou então não as usa, mesmo sabendo que ele desenvolve sérios problemas mentais quando passa qualquer tipo de esporte na tv e que sua última conquista foi enfiar 39 sal chichas inteiras na boca, de alguma forma eu ainda sentia um sentimento enorme por aquele de um metro e oitenta e cinco:
- Estou apaixonado por você – A fala me pegou de surpresa e parece ter pego ele de surpresa também, visto que seus olhos se arregalaram me fazendo rir ao ver ele corar.
- Também estou apaixonada por você, . – Falei sem vacilar, e ele sorriu me beijando de forma leve e inesquecível.

 Balancei a cabeça sorrindo com as lembranças, tudo parecia ter acontecido ontem, e no entanto fazia mais de dois anos:
 – – Caminhei pelos cômodos, olhando em volta para ver se tinha uma visão : – Onde você está?
 – No quarto – ele finalmente respondeu e eu me encaminhei para lá, tendo a visão deliciosa do esparramado na cama, de barriga para cima, as mãos tampando os olhos. Olhei no relógio, que usava mais por habito e constatei que não passava das dez o que significava que estava cedo para o já estar na cama. Eu sabia que o ritmo de gravações estava intenso e conclui que o estava exausto e torcendo pra que eu o deixasse descansar. Observei quando sua mão grande vagou sobre a cama e pegou um travesseiro fofo que usou para cobrir seu rosto protegendo da iluminação do quarto e praguejando baixinho por não ter apagado as luzes.
 O som de sua voz rouca me sorrir baixo me aproximei devagar, desligando as luzes principais, deixando o quarto com uma iluminação suave:
 – Eu estava procurando por você, dorminhoco – engatinhei pela cama e me sentei ao lado do , passando a mão por seus cabelos, bem mais curtos do que ele costumava usar graças as gravações - Ainda é cedo, porque você está com os olhos já fechados?
 Ele tirou o travesseiro do rosto e me encarou sério, tal como um pai que dá bronca em uma filha travessa:
 – Você sabe que eu que eu tenho uma cena importante amanhã - Acenei com a cabeça e deitei no peito do ainda cariciando seu cabelo. Ele levantou a cabeça finalmente reparando que eu usava um dos seus vestidos favoritos. Era de couro preto e possuía um decote v que o deixava louco. Observei suas pupilas dilatarem levemente quando finalmente entendeu minhas intenções: – Então eu preciso descansar para estar totalmente preparado
 Completou me fazendo torcer o nariz em desaprovação:
 – Mas eu tinha planos para hoje à noite – Falei manhosa, erguendo a cabeça e fitando os olhos castanhos:
 – Talvez amanhã, Princesa - ele disse apenas alguns segundos antes de bocejar. Se por um minuto sequer ele pensou que talvez eu iria desistir e me preparar para dormir, ele não me conhecia nem um pouco. Até porque eu conhecia meu homem o suficiente pra saber que no fim seria do meu jeito. Rapidamente, um sorriso sedutor se formou em meus lábios e eu subiu no colo do ator que abriu os olhos com um suspiro e me lançou um olhar carregado de desaprovação:
 – , eu disse a você... – Rebolei de leve em seu colo e pressionei o dedo indicador sobre os lábios do homem, que me encarou surpreso pela investida. Essa noite eu me sentia mais bonita do que o normal, me sentia praticamente radiante, uma mulher completa e muito feminina:
 – Shhhh, – Ela sussurrei e sorriu: – Você não vai morrer só por alguns minutos sem dormir. Vamos lá – Minhas mãos pequenas em comparação as enormes dele correram soltas por todo o abdome lhe causando pequenos arrepios e foi com diversão que observei ele prender a respiração quando alcancei o cós da calça:
 – Você sabe que quer – assentiu com a cabeça lentamente, me olhando incrédulo:
 – Você é má – ele murmurou e depois riu. O que me fez rir também e em seguida me inclinar para baixo roçando nossos lábios. Agora não era só prendendo a respiração e nem apenas eu que sentia sentindo o corpo queimar. Agarrei o lábio inferior do suavemente com os dentes, sentindo o corpo tenso relaxar e seus braços se enrolarem ao redor da minha cintura:
 – E você me ama exatamente dessa maneira – Falei antes de finalmente beija-lo. Seu beijo era a coisa mais intoxicante que eu já havia provado, não demorou muito para que ele tomasse o controle do ato para si, seus lábios fazendo uma pressão deliciosa nos meus, chupando de mordiscando devagar, me fazendo choramingar por mais. Ele se sentou na cama e colou nossos corpos me apertando contra si, no mesmo instante em que sua língua acariciava a minha num ritmo lento e intenso, eu rebolava em seu colo friccionando nossos corpos e roçando nossas intimidades uma contra a outra, apesar de todo o tecido que havia em volta.
 Ele interrompeu o beijo e me afastou um pouco procurando o zíper do vestido enquanto mordia meu pescoço me fazendo gemer e segurar com força em seus ombros. Mais senti suas mãos descerem pela nua, do que ouvi o barulho ziper, sua boca estava de volta a minha e eu suspirei de prazer quando seu beijo se tornou mais intenso e um volume duro em sua calça me deixou molhada, rebolei um pouco mais, friccionando com força enquanto me apoiava em seus ombros. Ele grunhiu e separando nossos lábios me fez retirar o vestido sorrindo com malicia ao perceber que eu não usava sutiã. O me jogou na cama e se levantou rapidamente retirando a calça e ficando apenas de boxe preta e a visão por si só parecia ser capaz de me dar um orgasmo.
 - – gemi, chamando para perto e ele engatinhou sobre mim, parando exatamente sobre me corpo. Um novo beijo se formou, agora embaixo do seu corpo eu sentia todos os meus sentidos se anuviarem para quaisquer estímulos que não viessem do meu noivo. Ele se encaixou no meio das minhas pernas, e desceu as mãos por todo meu corpo apertando e acariciando tudo em seu caminho. Suas mãos grandes não eram macias, mas levemente calejadas e masculinas, me fazendo gemer quando encontram a carne delicada dos meus seios. Ele parou de me beijar observando minha reação e uma nevoa se formou em minhas vistas ao sentir suas mãos apertarem e acariciarem meus seios, arrepios intensos tomavam conta do meu corpo se concentrando em meu baixo ventre, arqueei o corpo quando sua boca tomou o lugar de sua mão, sugando meu mamilo com força e em seguida mordiscando até que a pele adquirisse uma cor avermelhada. Ele repetiu o processo, no outro seio e logo eu estava ofegante demais para ter qualquer pensamento coerente. Arranhava suas costas e pressionava seu corpo contra o meu, na tentativa de abrandar um pouco aquela sede que meu corpo tinha do dele.
 A potente ereção que latejava encostada em minha coxa me enlouquecia e por isso, puxei levemente seus cabelos fazendo com que o mesmo me olhasse nos olhos:
 - Por favor , eu estou pronta – apesar de não me responder seu sorriso malicioso dizia mais do que qualquer palavras e não demorou muito pra as últimas peças de roupa estarem jogadas no chãos e para o estar novamente encaixado entre as minhas pernas. Observei ele segurar a ereção que pulsava, e a visão me deu agua na boca. Suspirei quando para me provocar ele a esfregou por toda minha intimidade molhada, sem no entanto, entrar onde eu mais queria:
 - amor por favor – choraminguei enrolando as pernas em sua cintura e gemendo quando o mesmo me obedeceu entrando fundo dentro de mim. Mesmo após esse tempo todo, ele ainda era grande e grosso demais, e eu senti minha intimidade aperta-lo provocando gemido em nos dois. Ele adotou em um ritmo gostos, nem lento e nem rápido demais, entrando fundo provocando uma fricção deliciosa entre meu clitóris e a sua pelve e me fazendo revirar os olhos. Rebolei da melhor forma que pude e ouvi deliciada ele gemer meu nome enquanto arranhava suas costas. Nossas bocas se encontravam em beijos desajeitados e o suor começou a escorrer em nosso corpos quando algo começou a crescer dentro de mim e quando eu mesmo esperava me vi gritando seu nome e mordendo seu ombro com força.
 Meu corpo caiu mole na cama e eu flutuei entre a consciência e a inconsciência suspirando quando senti ele gozar e seu corpo cair sobre o meu:
 - Minha delicia, amo você – ele sussurrou saindo de cima de mim, e me puxando para deitar em seu peito:
 - Te amo – sussurrei deixando um beijo carinho em seu queixo e deixando que o Deus do sono me levasse.
 No dia seguinte quando acordou com o barulho estridente do despertador ficou surpreso ao me encontrar o encarando com carinho. Sorriu e me deu um selinho que me arrepiou da cabeça aos pés:
 – Está me olhando assim por que, princesa? – Sorri ao me lembra do dia anterior, havia pegado o resultado ontem e mal pode esperar para contar para o :
 – Gosto de olhar para o pai do meu bebê.

FIM



Comentários da autora

— Historia original, escrita no meio de um bloqueio e uma crise existencial.
— Escrita com o Heath Ledger, mas pode ser lida com qualquer um da sua preferência.
— Nicole Majiro, espero que goste *—*, desculpe qualquer coisa.

Por favor comentem, criticas construtivas são muito bem vindas, mas um "ooi eu li" também ajuda…