Madness Of Love
Escrito por Annarya Vieira | Revisado por Isadora
Capítulo 1 - This is all so crazy
Um dia de verão. Uma coisa rara que acontece na cidade de Londres. A nuvem que antes era cinzenta ganhara uma cor de vida, um tom de azul marinho e as nuvens se formavam em objetos estranhos, e o sol brilhara mais que nunca. Belo dia para um belo passeio, mas não para oitos amigos. Eu disse amigos? Bem, a história não é bem assim. Tem amizade sim, mas onde tem amizade, tem implicância e onde tem implicância, tem amor. E onde tem amor tem o quê? O ódio.
Era o primeiro dia de aula, do segundo ano, na London School.
pensara em como esse ano seria. apenas em cuidar da irmã para que ela não aprontasse tanto quanto o ano anterior. pensara em quantos gatinhos teria e no quanto se divertiria. nas garotas e de se divertir perigosamente. pensara em reencontrar os amigos e matar a saudade de todos. em festas e um jeito de passar sem estudar. em simplesmente perturbar. , como sempre, sonhadora, pensara em encontrar o príncipe encantado que ela tinha certeza que apareceria.
- Entra! – disse ao escutar batidinhas na porta.
- Vim ver se você está pronta. – falou ao ver a irmã em frente ao espelho.
- Só falta o cabelo. Leva essas malas lá para baixo e me espera.
- Tá. – respondeu e pegou as malas que a irmã deixou junto da porta e desceu. prendeu o cabelo em um coque simples, mas lindo.
A London School não era uma escola tão comum. Os alunos passavam a semana inteira lá e só voltavam em fim de semana. desceu correndo e encontrou o irmão encostado na BMW branca.
- Vamos. – disse e deu partida em direção ao colégio.
**
- !! – as três amigas gritaram e correram para abraçar a amiga, derrubando todas no chão.
- Saiam de cima de mim suas pestes. Querem me matar? Vocês estão gordas!
via a cena e gargalhava enquanto os outros garotos chegavam.
- Ai . Eu não estou gorda. – falava ajeitando o cabelo desarrumado.
- Claro que não. Imagina. Vocês quase me matam. – resmungava e os outros riam.
- Bom dia meus amores. – mal disse e correu em direção para abraça-lo. O mesmo retribuiu o abraço e a girou no ar fazendo a rir.
era o único da turma, além do irmão, com quem se dava tão bem.
- . – se pronuncio com um sorrisinho nos lábios. Ela não respondeu, apenas bufou.
- Eu já vou indo. Tenho que saber qual meu quarto e minha dupla. – falou e sorriu.
- A gente vai com você. – disse.
- Vamos então. – puxou as amigas pelo braço e deixaram os garotos para trás – Odeio o . - Bufou.
**
- Que má sorte, dude! Ficar com você no mesmo quarto. Preferia uma gostosa. – dizia para que ria.
- Má sorte? Você devia era agradecer que não ficou com o bagunceiro do . – gargalhou.
**
- Ai! Eu ainda preferia estar em casa. – falou se jogando na cama.
- Lá não tem seus pais te enchendo o saco né? – ironizou.
- Eles só vivem viajando. Eu e o podemos sumir que eles nem vão notar. – respondeu e deu um sorriso fraco.
- Desculpa amiga. Falei sem querer. – se desculpou e sorriu.
- Tudo bem. É a verdade. Enfim, vamos terminar de arrumar? – perguntou animada.
- Yeep!! – As duas se abraçaram e sorriram.
- Alunos, sejam bem-vindos novamente ao London School. Espero que estejam aproveitando bastante o primeiro dia e seu colega de quarto. Quero todos vocês na cantina em 10 minutos. Até lá. – o diretor comunicou pelo som que havia por toda parte da escola.
Assim como ele dissera, uns estavam se divertindo. Outros, nem tanto. Afinal, quem gosta de estudar?
Em dez minutos a cantina já estava cheia. Alunos de todos os tipos. Dos mais estranhos ao mais bonitos. E para tristeza de uns e alegrias de outros, Liz também estava entre eles. bufou.
- Obrigado a todos aqui presente. As regras, creio eu que todos saibam. As aulas começam a partir de amanhã. Hoje, vocês terão tempo suficiente para se organizarem e se adaptarem. Temos o quadro esportivo e o jornal da redação escola. Espero que vocês participem dessas atividades. Terá uma festinha hoje à noite apenas para comemorar a volta as aulas. Obrigado mais uma vez e boa tarde a todos.
O diretos saiu da vista dos alunos e as fofocas começaram.
- Pena que as regras são gostosas demais para não serem quebradas. – comentou causando gargalhadas nas amigas.
- Devo admitir que essa festa promete. – falou olhando um grupo de garotos que as encaravam.
- E nós temos que ir. Temos que procurar algo que preste para essa noite. – falou.
- É. Depois nos encontramos. – disse.
As meninas se viraram em caminhos opostos. Teriam que procurar algo de bom para vestir. Afinal, é raro ter alguma festa naquela escola, nem que fosse para comemorar a volta as aulas. O tempo ia passando rápido. escolheu um vestido jeans tomara que caia e uma sapatilha azul. Ajeitou u cabelo num rabo de cavalo deixando os cachos cair sobre os ombros. optou por um vestido preto xadrez, também tomara que caia junto com um all star preto. E deixou os cabelos soltos. vestiu um vestido preto, tomara que caia, junto com uma sapatilha de salto baixo da mesma cor. Deixou os cachos soltos caírem sobre a cintura. vestiu um vestido simples lindo que a deixou perfeitamente linda. Colocou uma sapatilha bege e prendeu o cabelo numa trança raiz. Para completar, passaram uma maquiagem básica e foram ao encontro na cantina. Os meninos estavam como todos os outros, calça, camisa de manga e all star masculino. De cores diferentes. E o cabelo, que diferenciavam o charme de cada um.
A festa estava calma, não muito animada. Todos conversavam e riam. Os meninos avistaram as garotas sentadas um pouco perto do palco e foram até lá.
- Essa comemoração ta bem animada, hein? – ironizou.
- Não tem nada para animar? – perguntou. sorriu. E sabia que quando a irmã ria daquele jeito, era por que ia aprontar.
- Cara, por que você foi perguntar isso? , eu conheço esse sorriso. O que você vai aprontar? – perguntou.
- Eu? Nada de mais. Olha essas músicas. É do tempo dos nossos bisavós. Não, ninguém merece. – ela respondeu e todos riram.
- E o que você vai fazer? – perguntou.
- Vou mostrar como se anima uma festa. – dito isso, levantou e saiu da vista dos amigos.
Capítulo 2 - Hot N' Cold
subiu no palco e falou algo no ouvido do Dj. Em seguida, caminhou até os instrumentos e pegou uma guitarra andando em direção ao microfone.
- Aí galera! Vamos combinar que essa festa está um tédio né? – ela falou e todos gritaram em resposta – Então vamos animar. Quero todo mundo comigo! - finalizou.
começou a tocar as primeiras melodias de Hot N’ Cold. E em seguida, começou a cantar.
(Você muda de ideia, Como uma garota troca de roupa)
Yeah, you PMS like a bitch
I would know
(Sim, você tem TPM como uma vadia
Eu deveria saber.)
Todos dançavam e acompanhavam o ritmo. sorriu satisfeita e voltou a cantar.
And you over think Always speak cryptically
(E você sempre pensa, Sempre fala enigmaticamente)
I should know
(Eu devia saber)
That you're no good for me
(Que você não era bom pra mim)
Os olhares de e se cruzaram. Ele deu um meio sorriso e ela voltou a encarar o pessoal que estavam se divertindo.
- Se o diretor ver isso, ele faz o que? - perguntou.
- E desde quando a maluca da minha irmã se importa com isso? – bufou.
Cause you're hot then you're cold
You're yes then you're no
(Porque você é quente, depois é frio
Você é sim, depois é não)
You're in and you're out
You're up and you're down
(Você está dentro, depois está for a
Você está por cima, depois por baixo)
You're wrong when it's right
It's black and it's White
(Você está errado quando está certo
É preto e é branco)
We fight, we break up
We kiss, we make up
(Nós brigamos e terminamos
Nós nos beijamos e voltamos)
- Gente, se divirtam. Olha lá, ela tá conseguindo fazer todo mundo dançar. Vamos, vem. – falou e puxou e para a pista onde todos estavam.
- Eu não sabia que ela cantava tão bem. – comentou sorrindo.
- Ela sempre tocou guitarra quando criança. Agora cantar, isso eu não sabia. – falou.
- E a gente tá fazendo o que aqui? – perguntou.
- É. Vamos nos divertir também. – falou e foram para a pista.
realmente não se importava com o que o diretor faria. Não queria saber, só queria se divertir. Quem sabe até ensinar a ele o que é música de verdade?
A cada letra que ela cantava, só se ouvia gritos de aprovação.
(You)
You don't really want to stay, no
(Você)
(Você não quer realmente ficar, não)
(You)
You don't really want to stay, no
(Você)
(Você não quer realmente ficar, não)
Cause you're hot then you're cold
You're yes then you're no
(Porque você é quente, depois é frio
Você é sim, depois é não)
You're in and you're out
You're up and you're down
(Você está dentro, depois está for a
Você está por cima, depois por baixo)
As meninas riam e cantavam, mesmo que descontroladamente. havia conseguido animar aquela festa que mais parecia um velório do que uma comemoração.
We used to be
Just like twins, so in sync
(Nós costumávamos ser
Como gêmeos, na mesma sintonia)
The same energy
Now's a dead battery
(A mesma energia
Agora a bateria acabou)
Used to laugh about nothing
Now you're plain boring
(Costumávamos rir sem motivo
Agora você está sem graça)
I should know
That you're not gonna change
(Eu devia saber
Que você não vai mudar)
Apesar de todas as intrigas e implicâncias, ali parecia não existir isso. Os meninos riam do jeito desajeitado das garotas dançarem. Mas estavam gostando daquilo.
Há muito tempo não se divertiam assim.
Someone call the doctor
Got a case of a love bi-polar
(Alguém chame um médico
Temos um caso de amor bipolar)
Stuck on a roller coaster
Can't get off this ride
(Estou presa em uma montanha russa
E não consigo descer)
You change your mind
Like a girl changes clothes
(Você muda de ideia
Como uma garota troca de roupas)
- Por incrível que pareça, eu não estou nem um pouco surpresa. – falou.
- Nem eu. Já deveríamos esperar isso vindo dela. – comentou. E as três riram.
You're hot then you're cold
You're yes then you're no
(Porque você é quente, depois é frio
Você é sim, depois é não)
You're in and you're out
You're up and you're down
(Você está dentro, depois está fora
Você está por cima, depois por baixo)
You're wrong when it's right
It's black and it's White
(Você está errado quando está certo
É preto e é branco)
We fight, we break up
We kiss, we make up
(Nós brigamos e terminamos
Nós nos beijamos e voltamos)
O diretor observava a cena de longe. Mas ao contrário do que pensaram, ele estava gostando. Mas claro, ele não admitiria aquilo ali e nem hoje. Saiu deixando os outros se divertirem.
(You)
You don't really want to stay, no
(Você)
(Você não quer realmente ficar, não)
(You)
But you don't really want to go
(Você)
(Mas você também não quer ir, oh)
You're hot then you're cold
(Você está quente, então você está com frio)
You're yes then you're no
(Você é sim, então você não é)
You're in and you're out
(Você está dentro você está fora)
You're up and you're down
(Você está para baixo)
- Cara, que arraso! – abraçou a amiga, que gargalhou.
- Vai cantar mais? – perguntou.
- Nop. Vou deixar por conta deles agora. – deu de ombros – Cadê a ?
- Banheiro. – respondeu.
- Ok. Vou beber algo. Divirtam-se. – ela disse e jogou beijinhos no ar. Saiu da pista indo até a cantina.
- Uma limonada, por favor? – pediu ao garçom, que assentiu.
- Você devia ter me dito que cantava. – disse no ouvido da garota.
- Você nunca me perguntou. – deu de ombros e rolou os olhos – Obrigada. - agradeceu ao garçom e bebeu um gole.
- Eu não precisava perguntar. – ele se aproximou mais dela.
- Tenho que ir. – disse e se virou para se afastar dele. Mas antes que ela pudesse sumir de vez da vista dele, o mesmo a segurou pelo braço fazendo a virar o rosto.
- Até quando vai fugir de mim? - perguntou e a encarou nos olhos. não tinha resposta. Não para aquela pergunta.
- Não me pergunte isso. – respondeu.
a puxou para mais perto, fazendo suspirar.
- Você não vai fazer isso... – sussurrou quando juntou sua testa na dela.
- Tarde demais, .
Antes que pudesse protestar ou simplesmente fugir, finalmente a beijou. Um beijo com vontade. Desejo. E ambos com saudade daquele gosto tão conhecido.
Capítulo 3 - I feel insane
- ! Porra acorda! – cutucava que não levantava da cama por nada.
- Me deixa. – foi só o que ela respondeu.
bufou com a tentativa frustrada de tentar tirar da cama. Mas não desistiu. Foi no banheiro e pegou um copo de água e jogou no rosto da garota que levantou no mesmo estante.
- Puta que pariu, ! – exclamou irritada.
- Olha a boca suja. Era a única maneira de te fazer levantar dessa cama. Agora levanta, vá tomar banho. Coloque a farda e nos encontre no refeitório. Combinado?
apenas mostrou o dedo do meio para a miga e caminhou até o banheiro. saiu do quarto sorrindo.
- , vamos logo. Estou morrendo de fome. – falou apressando a amiga que ainda estava em frente ao espelho.
- Por que não vai na frente, então? – perguntou e o celular apitou indicando que chegara uma mensagem.
- Quem é? – perguntou.
- John.
- Tem alguém que não vai gostar nada de saber disso.
- Cala a boca. Pode ir na frente. Depois encontro vocês. – disse e saiu do quarto deixando uma irritada.
- Dude, tenho que admitir que aquela irritante da botou pra quebrar na festa. – comentou.
- Essa irritante é minha irmã. Vocês deviam se dar bem. – bufou.
- Você sabe que isso é meio que... – o interrompeu.
- Impossível. Ela não vai dar o braço a torcer, eu sei. Mas não custa nada tentar.
- Cara, ela disse que não era para eu dirigir a palavra para ela. – falou.
- Depois do que você aprontou, não duvido muito. – gargalhou.
suspirou. Lembrava bem do que tinha aprontado. Mas achara divertido ver a garota irritada daquele jeito.
tinha recebido a mensagem de John pedindo para ela encontra-lo atrás da quadra. E ela foi. Depois das férias nunca mais vira o garoto.
- John! – correu para abraça-lo assim que o avistou.
- Hey, baixinha. – deu um beijo na bochecha dela.
- Por que você não está lá com os outros? – perguntou.
John também estudava lá. Mas ele não estava uniformizado como todos os outros alunos.
- Então... É sobre isso que eu quero te falar. Eu não vou mais estudar aqui.
- Como assim? – sua expressão de feliz se desfez para triste.
- Meu pai recebeu uma proposta para trabalhar em Nova York, . Ele aceitou. E eu vou junto. Tenho que apoia-lo nessa decisão. – sorriu.
- Ah... Vou sentir sua falta. – abraçou-o.
- Eu também, baixinha.
vinha caminhando tranquila pelo corredor, depois que havia deixado ela sozinha, não tinha muito o que fazer quarto. Estava com fome demais para esperar a amiga voltar e foi sozinha até a cantina. Do caminho oposto do dela, vinha sorrindo de canto. E assim que o avistou, rolou os olhos apressando os passos.
- Por que essa pressa toda? – perguntou atrás da garota.
bufou ao ver que ele conseguiu chegar tão perto em poucos segundos.
- Não te interessa. – respondeu.
- Qual é? Vai ficar assim comigo até quando? Não tenho culpa de seu namoro não ter dado certo.
sentiu seu sangue ferver. Ele não tinha o direito de tocar naquele assunto. Não naquele momento. Naquele lugar.
- Cala a boca, ! – exclamou irritada entre dentes.
apenas sorriu. Gostava de vê-la irritada. Era um prazer inexplicável.
- Eu só falei a verdade, .
Diante desse simples comentário, tudo que ele fez foi sumir da vista da garota. respirou fundo e voltou a caminhar. Tinha perdido a fome, mas iria encontrar as amigas.
e John estavam deitados no chão. Ambos rindo de alguma lembrança. o fizera prometer que ele iria visitar ela nas férias. Eram grandes amigos, aprontavam juntos desde sempre, e içavam quando sentiam vontade.
- Quero te dar uma coisa. – levantou-se e tirou do bolso esquerdo um colar. levantou junto. – É seu.
- Que lindo, príncipe. – sorriu e o beijou na bochecha.
O colar tinha um pingente de um casal. A garotinha estava nas costas do garoto. sorriu, lembrando-se de que aquele colar significava.
Ela o chamava de príncipe pelo simples fato de ele parecer com um, é o que ela diz.
Olhos azuis, cabelo loiro lisos, corpo em forma e um sorriso absurdamente lindo.
John pegou o colar e colocou em volta do pescoço dela.
Os meninos e as meninas estavam na cantina, sentavam-se longe um do outro. Não conseguiam ficar juntos em um mesmo lugar sem que um deles irritassem um com o outro. observou as meninas e percebeu que a irmã não estava com elas. Caminhou até lá.
- A não está com vocês? – perguntou.
- Está vendo ela aqui? – respondeu num tom provocativo.
- Não comecem. Acho que ela está com o John. – disse.
- E o que ela estaria fazendo com ele? – arqueou as sobrancelhas.
- Creio que não é da sua conta. – respondeu e deu de ombros.
- Desisto! – bufou e saiu de lá voltando a mesa onde estava antes.
As meninas sorriram uma pra outra. Ficaram fofocando o que a estaria fazendo com o John. O sinal tocou anunciando os inícios das aulas.
- Você vai perder aula. - John disse.
- Eu sei. – respondeu.
- E eu tenho que ir também.
- E aqui é a nossa deixa – sorriu – Vou sentir sua falta.
- Eu também. Tente não aprontar muito, lindinha. – apertou o nariz dela.
- Essa despedida ta meio... Chata. – ela fez careta e John gargalhou.
- Concordo.
- Sabe... Tenho uma ideia de como se despedir em grande estilo. – disse e o puxou pela camisa. John não respondeu nada, apenas deixou que fizesse. Sem mais enrolações, a garota o beijou como se fosse a última vez.
Capítulo 4 - I can be soft and sweet
“Quanto mais você quer esquecer, mais você lembrará.”
Os alunos já estavam em sala de aula. desistiu de tentar perguntar as meninas onde a irmã se meteu. Não adiantaria nada.
- Já era pra estar aqui. – comentou.
- Deixa a garota se divertir. – falou sorrindo.
- Se tratando que ela está com o John pode ter certeza que ela vai se divertir. – disse e riram.
- Cadê sua irmã, dude? – perguntou assim que entrou na sala.
- Eu também não estou vendo ela. – comentou.
- Segundo a , deve estar com o John. – respondeu entediado.
- O quê? Com o John? – perguntou irritado.
- É, cara. – disse.
- Você sabe que ela fica com ele algumas vezes. Não me surpreende. – disse e deu de ombros.
- Mas perder aula é demais. – disse.
teria falado algo, se não fosse a Sra. Kristen, professora de literatura, ter chegado à sala.
- Bom dia, turma. Espero que estejam bastantes animados para a aula de hoje. – os alunos deram bom dia em coro e sorriram – Bom, para eu começar, quero que todo mundo faça dupla. – todos começaram a se entreolharem, como se já escolhesse seu par com apenas um olhar – Mas, não serão vocês as escolherem. – foi se ouvido um “ahh” de lamentação e uníssono – Quero que todos os garotos escrevam seu nome e coloquem nessa caixinha. As meninas irão escolher pelo papel.
Os garotos fizeram conforme ela pediu. Assim que terminaram de fazer, a Sra. Kristen voltou a se pronunciar.
- Pode pegar, por favor. – apontou a caixa para , que assentiu.
- Não acredito! – exclamou irritada.
- Quem é?
- . – respondeu. O garoto deu um sorriso maldoso e ela bufou.
- Você agora. – apontou para .
- . – sorriu – Mereço. – sussurrou baixinho para que riu.
- Você. – apontou para uma garota ao lado.
- Adrian. – a professora assentiu.
- Por favor. – apontou para .
- Ai, Deus! – bufou – .
Antes que qualquer um falasse algo, a aula foi interrompida por chegando na sala de aula ofegante.
- Desculpe professora. Será que eu ainda poderia entrar? – perguntou sorrindo.
- Claro. Espero que isso não aconteça novamente. Srta.?
- . – entrou e sentou junto de .
- Srta. , por favor? – assentiu e pegou o papel na caixa.
- Eu to pagando pelos meus pecados, só pode! – todos riram – .
O mesmo virou e a encarou com um sorriso irônico nos lábios que ela preferiu ignorar. ia protestar, mas a professora foi mais rápida.
- Não adianta. Não pode trocar. – sorriu.
simplesmente bufou e sentiu a raiva transparecer pelo seu rosto. A professora terminou de entregar os papéis e todas as duplas foram formadas.
- Não passarei um trabalho hoje. Quero apenas que vocês aproveitem sua dupla de aula. E vocês dois – apontou para e – Tentem não se matar.
- Não garanto nada. – levantou e foi para o outro lado, onde ele estava sentado. E assim todos fizeram o mesmo. A sra. Kristen sabia da rivalidade, se é que eu posso chamar assim, de e , mas não sabia o real motivo de tal raiva.
não se deu ao trabalho de abrir a boca para falar um “A” que fosse com o garoto ao lado.
Por incrível que fosse, e se davam bem. Não tinham motivo para tal intriga. não dava chance de ter uma conversa que fosse com . Apesar de se conhecerem desde pequenos.
- Nem se de ao trabalho de falar. – falou a .
Ele se lembrou da conversa que teve com o amigo mais cedo.
“Ela não vai dar o braço a torcer. Eu sei. Mas não custa nada tentar.”
A verdade é que custava sim. Por mais que ele tentasse, seria difícil fazê-la aceitar como amigo.
- Quantas vezes eu vou ter que pedir desculpas? – sussurrou.
- E quantas vezes eu vou ter que repetir para não falar comigo? – retrucou.
- Seu humor é comovente.
- Não enche.
- Agora entendo por que o terminou com você. – virou o rosto para encará-lo. Ele sorriu ao ver a expressão dela.
- Cala a porra dessa boca. – disse entre dentes.
- Ora, e não é verdade? O fez bem em te trocar... por quem mesmo? Ah, claro. Pela gostosa da Liz. – ele sorriu de canto – Uma pena que... – ele não completou a frase. havia batido no rosto de . Ele levou a mão ao lado do rosto atingido. Todos pareciam surpresos. E ninguém disse nada. Havia lágrimas no rosto da garota e não sabia o que fazer. Não queria magoar- lá.
- ... Desculpa. Eu...
- Eu te odeio. – ela gritou e saiu correndo da sala.
Não. Ele não devia ter falado aquilo. E sabia, mas foi por impulso. Não imaginara que ela ficara naquele estado.
- , tá tudo bem? – havia ido atrás dela, depois de vê-la chorando.
- Uhum. – murmurou baixinho, mas ele escutou.
Ela estava sentada junto do bebedor abraçada aos joelhos.
- Não está. – ele afirmou e se sentou ao lado dela.
- Não me pergunte nada, ok? – ele assentiu – Dó fique aqui comigo.
Ninguém sabia que aquele assunto machucava : . E ela evitava falar o que havia acontecido entre os dois até mesmo com . Era algo que ela preferia guardar. E uma dor que não desejaria nem ao pior de seus inimigos.
- O que você fez com ela, cara? – perguntava pela terceira vez. E a resposta de era a mesma.
- Nada.
- E por que ela saiu daqui chorando? – perguntou.
- Eu não vou falar nada. Ok?! – ele disse irritado.
- Ok. Chega vocês aí. O Sr. já foi atrás dela. – a professora disse e todos se sentaram novamente.
As meninas ficaram curiosas para saber o que falou a ponto de faze-la chorar. tinha ideia de um por que, mas não tinha certeza.
Capítulo 5 - Save the Day
“Pela dor eu aprendi que sou mais forte do que antes. – Selena Gomez”
A aula correu normal. E quando o sinal tocou, anunciando o intervalo das aulas, correu pro quarto que dividia com .
- Sabia que ia te encontrar aqui. – disse entrando no quarto, seguida pelas outras duas.
- Se vieram me perguntar sobre o que aconteceu, perderam tempo. – disse.
- Não. Tudo bem. – falou e se sentou na cama onde ela estava.
- Sabe, , você não nos contou sobre o que foi conversar com John. – deu ênfase na palavra conversa e elas riram.
- E esse colar? – Wiliane perguntou.
- Calma. Ele que me deu. E sim, a gente ficou.- ela respondeu sorrindo.
- Caraca! Você lê pensamentos. – fez uma cara falsa de surpresa.
- Leseira. – rolou os olhos e deu um tapa na cabeça de .
- Ai.
- Sem querer estragar o clima... – começou.
- Ah, não.
- Eu só ia dizer que estou com fome. – ela fez cara de emburrada e gargalhou.
- Tadinha. Eu também to.
- Então, vamos? – perguntou e todas correram saindo do quarto.
- O mal dessa escola é que a gente só sai em fim de semana. – disse.
- Depende da . – falou.
- Apostando que ela vai dar um jeito de sair à noite? – perguntou e todos concordaram.
- Falando nelas... – disse.
Os outros olharam para trás e as quatros estavam com a bandeja na mão e caminhando na direção deles.
- Tanta mesa aqui e vocês escolhem essa. – disse, irritada.
- Assim você me magoa, . – disse.
- Tanto faz. – ela deu de ombros e ele se fingiu de bravo.
- Você o magoou, . – zoou.
- Own, não se preocupe. Tenho algo que todos se animarão. – ela disse com um ar de convencida.
- Ah, é? O que? – perguntou.
- Tenho uma festa hoje à noite. Que tal?
- Eu sabia. – murmurou para .
- Nada disso. Você não vai fugir da escola, ! – repreendeu.
- E desde quando você a impede? – perguntou.
- Ela tem razão, cara. Você querendo ou não, a faz. – falou e suspirou.
- Isso é falta de sexo. – comentou e todos gargalharam.
- Muito engraçada. – mostrou a língua para ela.
- Mando uma mensagem pra vocês dizendo quando tudo tiver ok. – piscou o olho e saiu da vista deles.
- Aonde ela vai? – perguntou.
- Biblioteca. – Wiiliane respondeu com a boca cheia.
- Porca.
**
andava tranquila na direção da biblioteca. Precisava se distrair, e nada melhor do que ler. Estava com fone de ouvido ouvindo Paramore. No caminhou, ela trombou com tudo numa garota. Provavelmente líder de torcida.
- Desculpe, não vi você. – a garota ruiva falou.
- Tudo bem. – forçou um sorriso.
- Lindsay Hills.
- .
- Eu sei quem é você. Aliás, quem não sabe? – franziu o cenho, confusa, e Lidsay riu – Você apronta o suficiente para ficar conhecida. – ela explicou.
- Ah, claro. – riu.
- Eu quero te fazer um convite.
- Diga. – desligou o mp3 e prestou atenção na garota.
- No grupo de cheerleaders está sempre faltando alguém. Você é ótima pelo o que eu vejo. Não gostaria de participar do grupo? – ficou surpresa com o convite. Nunca se imaginou se tornando uma dessas garotas. Mas sempre achara divertido quando via em um filme. Seria, no mínimo, engraçado. Por que não? Pensou.
- Quer saber? Eu apareço por lá.
- Jura? – assentiu – Te espero lá, então.
Deram apertos de mão e voltou a caminhar tranquila novamente.
- Acho que eu vou indo também. – disse – Vou passar na sala da redação.
- Vai fazer parte? – perguntou e ela assentiu.
- Tô dentro.
- Então, vamos! – e foram correndo, apostando quem chegaria primeiro.
- Vou indo também. – disse dando uma última mordida na maçã.
- Vai participar de algo também? – perguntou.
- Uhum. Organização de festas. – ela respondeu e saiu de lá.
- O que nos resta? – perguntou.
- Futebol. – respondeu.
- Vamos lá? – perguntou e eles concordaram.
e entraram na sala e avistaram duas garotas sentadas em uma mesa do canto. Nerds, porém, lindas.
- O que desejam? – uma baixinha de cabelo castanho, perguntou.
- Desculpe. Sou e essa é a .
- Melissa. E a loira ali é Kelly. – a loira sorriu simpática para as duas que retribuíram.
- Viemos ver se podemos participar do Jornal da escola.
- Ah, claro.
- Vocês duas são as primeiras a virem. É só o que precisamos. – Kelly se pronunciou.
- Então, estamos dentro? – perguntou.
- Por mim... – Melissa disse.
- Podem começar agora mesmo, se quiserem. – as quatros sorriram. e se juntaram a elas e ficaram ouvindo as explicações de como tudo deve funcionar.
caminhou até a parte de cima da escola. São três andares e a sala de organização ficava no segundo. Respirou fundo e bateu na porta de leve ouvindo um “pode entrar” e foi o que fez.
- Boa Tarde. – ela começou – Sou .
- Clara. – uma morena de olhos claros disse.
- Anne. – a de olhos azuis falou.
- Josh. – ele deu um sorriso tímido e achou fofo. “Loiro, olhos azuis, cabelo liso e ainda tímido?” Pensou.
- Bom, eu vim aqui para ver se posso participar da organizações de festas.
- Até que enfim. – Clara ergueu as mãos pros altos e riram.
- Estamos precisando de alguém para ajudar. – Anne disse.
- Então...? – perguntou.
- Você tá dentro. – Clara gritou mais uma vez.
- Não liga, ela é louca. – Anne disse e rolou os olhos.
estava tranquila na biblioteca lendo mais um de seus livros. O que não esperava era que Liz entrasse lá também. Assim que ouviu a voz da mesma do outro lado da estante, não resistiu e levantou ficando perto o suficiente para que pudesse escutar o que ela dizia para a amiga.
- Então você armou a separação dos dois? – a garota perguntou a Liz.
- E não me arrependo.
- O que pretende fazer agora?
- Eu não sei. Mas eles não vão ficar juntos novamente. Não vão! – Liz declarou e sorriu maliciosa.
se perguntou de quem ela estava falando. Não podia ter certeza de nada, ainda. Saiu de lá de fininho, com cuidado para não fazer nenhum barulho suspeito. Assim que saiu da biblioteca, suspirou aliviada por não ter sido pega.
- Se for quem eu to pensando, isso não vai ficar assim. – sussurrou para si mesma e saiu andando apressada pelos corredores.
Capítulo 6 - This ain't real
“Porque de uma forma ou de outra, eu sempre vou me importar.”
Sabe aquele momento em que você ouve algo e fica com aquilo na mente e mesmo que você tente esquecer, não consegue? Depois de ter ouvido parte da conversa de Liz, se sentia exatamente assim. Não que ela tivesse certeza de quem tem a ver com aquilo, mas sabe que vindo de Liz, podia ser quem ela menos esperava, um dos seus amigos, ou até mesmo um casal: Ela e .
E pensar nessa possibilidade de que pode ser os dois, o alvo de qualquer armação, ela não pararia de pensar nisso. Mas espera... Eles não estão juntos, estão?
Então como ela os separaria sem estarem juntos?
sentia a cabeça doer de tanto pensar e balançou-a em uma tentativa de espantar os pensamentos negativos para longe. Seguiu até a quadra e se sentou em um banco, observando as garotas treinarem e esperando Lindsay.
**
- Então, querem fazer parte do time? – um homem alto, que parecia ser o capitão do time, perguntou.
- Exatamente. – respondeu.
- Quero ver vocês jogarem e eu digo se estão dentro ou não. – eles assentiram afirmando – Nomes?
- .
- .
- .
- .
- Ótimo. Podem ir para o vestiário, coloquem a roupa que tem penduradas lá e voltem aqui. – os meninos assentiram e foram.
**
- Hey! – Lindsay exclamou sorridente para , que retribuiu. Levantou-se e foi até a garota – Pronta?
- Uhum.
- Passa no vestiário e coloca uma roupa que está pendurada por lá e volte aqui.
assentiu e fora para o vestiário. Vestiu a roupa que estava pendurada junto ao banheiro. Saia vermelha e branca listrada acima dos joelhos, e a blusa com as alças grossas e deixava à mostra a barriga chapada; da mesma cor. Voltou à quadra e iniciaram os ensaios. Lindsay disse que ensinaria todos os passos para ela, enquanto a capitã não vinha. Ela concordou. Mal sabia quem era a capitã.
O treinamento dos meninos estava indo de bom a ótimo. Não se sabe por quanto tempo durou o treinamento, mas foi o suficiente para que eles ficassem com as camisas coladas no corpo por conta do suor. O técnico sorriu com satisfação enquanto os garotos caminhavam em direção a ele.
- Desse jeito, já vencemos o campeonato! – exclamou – Vocês estão dentro. Depois das aulas, é pra virem pra cá.
Os meninos sorriram assentindo e caminhara rumo ao vestiário para tomarem um bom banho e trocarem de roupa.
estava se saindo bem a cada passo e Lindsay se sentia satisfeita por isso. Ela daria uma bela Cheerladers. Mas dependendo de Liz, não por muito tempo.
- O que essa garota tá fazendo aqui? – exclamou Liz, irritada.
- Eu é que pergunto: O que você está fazendo aqui? – perguntou.
- Eu sou a capitã do time. – respondeu com um sorriso nos lábios ao ver a cara de espanto de – E ainda não respondeu minha pergunta.
- Eu a convidei para participar do time. A garota é tão boa quanto. – Lindsay respondeu.
- Com a minha permissão? – Liz retrucou – Ela não vai participar.
- Ela é boa! Não pode recusar. – Lindsay rebateu. Nessa altura, todos que estavam ali pararam de ensaiar para ver a cena. assistia tudo calada. Não iria aceitar de jeito nenhum participar daquele time, que ainda por cima, era comandado pela sua inimiga. Não, seria demais. Mas quem disse que ela perderia uma oportunidade de provocar nessa?
- Eu vou participar. – disse e os olhares se voltaram rapidamente para ela.
- Eu to cansada de você ser a capitã, Liz. – uma loira disse – Você quase não faz nada. Só comanda e está dentro do time por popularidade. Não por dança ou qualquer outra coisa. Eu aceito a garota no time.
- Eu também. E acho que tá na hora de mudarmos um pouco as coisas. – Lindsay disse.
- Como assim? – Liz perguntou.
- De mudar de capitã, amor. – Liz gargalhou alto, enquanto as outras a olhavam, sérias. Estavam fartas de Liz, não suportavam mais ela naquele time.
- E quem vai no meu lugar?
- Eu. – se pronunciou. Liz se irritou. Lindsay sorriu.
**
Depois do momento tenso entre as garotas, foi-se feito um acordo para decidir quem seria a capitão. só aceitara o desafio por prazer. Prazer de irritar a inimiga. E essa era uma oportunidade perfeita. O desafio seria feito na quadra e com a supervisão da professora de Educação Física para decidir. Elas teriam que dançar por si, uma coreografia, e com uma música tocando.
- Cara, eu to morta. Não vai rolar festinha não. – disse, sentando à mesa onde os amigos estavam.
- Fez o que a tarde toda? – perguntou.
- Ensaio.
- De quê? – perguntou.
- Cheerladers.
- Pera aí... – começou – Sério?
- Sério!
- Você vai ficar por aí desfilando com aquela roupa curta? – perguntou.
- E o que tem?
- Vão ficar todos olhando pra você. – respondeu.
Ninguém falou nada. Ninguém se atreveu a abrir a boca. Apenas ficaram se encarando. Ele estava com ciúme? percebeu o clima e tornou a responder,
- Como se eu me importasse. – ela deu de ombros. Ele bufou.
- Bom, pelo visto, todos tem com o que se ocupar. – disse.
- Como assim? – perguntou.
- Eu e a estamos no jornal. – disse.
- Eu to na organização de festas. – Wiliane disse.
- Bebidas. Uhuu. – disse animada e todos gargalharam.
- E nós no time de futebol. – disse.
se engasgou com o suco que tinha acabado de tomar e todos olharam pra ela.
- Como é que é? – perguntou, assim que se recuperou da tosse.
- Algum problema? – ele perguntou sorrindo.
- Claro. – todos olharam pra ela novamente – Que não.
bufou mais uma vez. E sorriu. É claro que tinha um problema. Do mesmo jeito que os garotos a olhariam com aquele pedaço de roupa, as garotas cairiam matando pra cima dele se entrasse pro futebol. Mas claro que ela não admitiria isso nem sob tortura.
- Ok. Tá tudo suave na nave. O que vamos fazer se a festa babou? – se pronunciou pela primeira vez.
- Terceiro andar tá livre. – comentou.
- E o que nós iríamos fazer lá? – perguntou.
- Lerda. – resmungou.
- A gente pode ir pra lá jogar algo.
- Jura, ? – provocou.
- Não comecem. – disse antes de pensar em retrucar.
- Eu ‘to dentro.- disse e os outros concordaram.
- Que pedaço de mal caminho é aquele? – perguntou apontado com a cabeça para um garoto loiro. As meninas viraram na direção rapidamente e o reconheceu – Como vocês são discretas. – rolou os olhos.
- Josh Parks. – disse.
- Conhece de onde? – perguntou.
- Da organização. – deu de ombros.
- , amor. Sabe que eu te amo, não sabe? – disse e as meninas gargalharam.
- Eu não vou fazer isso, .
- Por quê? Já sei. Quer pegar ele também?
- Não é uma má ideia, sabia?
bufou e levantou, sendo acompanhado por .
- Pra mim já deu. Espero vocês lá em cima. – disse.
- Estressadinho. – sussurrou – Eu vou com você. – gritou e correu atrás dele.
- Vamos também? – perguntou. Todos assentiram e se levantaram seguindo o casal à frente.
Capítulo 7 - Even if we tried to forget
“Pelo menos uma coisa na vida é certa, se você não cair, nunca vai aprender a se levantar.” – Miley Cyrus
- Aqui tem salas que nem são usadas. falou.
- Vem, vamos entrar nesse. - a puxou e os outros entraram também. Sentaram - se no chão em uma roda. estava sentada ao lado de junto com . estava ao lado dela seguida por e . E ao lado de junto com e assim fecha o circulo.
- Vamos fazer o quê? - perguntou.
- Vamos brincar de Verdade ou Desafio. - disse. Todos concordaram. Pegaram uma garrafa que estava jogada em um canto qualquer da sala. Giraram a garrafa e parou em e .
- Desafio. - respondeu antes mesmo da pergunta ser feita. deu um sorriso de canto e olhou para .
- Te desafio a beijar a minha irmã. Ele disse.
- O QUÊ? - gritou.
- Meu ouvido, porra. - xingou. e riram baixinho.
- Não é pra rir. - disse, irritada.
- Deixa de ser fresca e beija logo. - disse. - Fresca é a...
- Olha a boca! - a repreendeu.
- Vamos logo com isso? - perguntou com um sorrisinho no canto dos lábios. Ele parecia ser o único que gostara daquele desafio. Ao contrário de , que fechou a cara de primeira. trocou de lugar com e o encarou. Era automático, ela não resistia. É como se a mente gritasse 'perigo' toda vez que ele chegasse perto. sabia que ela não deixaria aquilo barato, mas nunca soube o que aconteceu entre eles que fizeram o parecer tão irritante na presença de cada um. segurou pela nuca da garota a trazendo pra mais perto de seu rosto.
se inclinou e colocou os dois braços em volta do pescoço dele. Ele sorriu, Ela iniciou o beijo.
- Eles ainda são tão apaixonados. - sussurrou para que soltou um suspiro concordando. Borboletas no estômago. sentia isso toda vez que o beijava. pigarreou e eles se separaram.
- Você me paga, maninho. Ela sorriu sapeca e mostrou a língua. voltou a seu lugar e se juntou a novamente.
- Tava bom, hein? - sussurrou para ela.
- Vá se foder. - ela xingou baixinho. Ele riu. girou a garrafa parando em e . - Verdade ou desafio? perguntou.
- Verdade. - respondeu, em dúvida.
- É verdade que você já teve vontade de ficar com ? - tinha um sorriso vitorioso no rosto ao perceber a reação de . Olhou para e ela deu de ombros. sorriu, por que mentir? Pensou.
- Sim. - sorriu, convencido. girou a garrafa parando em e .
- Desafio. disse, apressando.
fez uma cara pensativa e o olhou com um sorriso no rosto, antes de responder.
- Você deve escolher uma de nós e fugir por um dia da escola.
pareceu pensar por um minuto, apesar de já ter a pessoa em mente. Até que pra ele, o desafio não saiu tão caro.
- .
Ela apenas murmurou um 'idiota' e rolou os olhos. Todos riram.
girou a garrafa e parou em e .
- Verdade ou desafio? - perguntou com um sorriso nada bom no rosto, pelo menos para . Se ele escolhesse verdade, ela faria uma pergunta que ele não responderia. Se escolhesse desafio, sabia que teria que fazer algo relacionado com as meninas. Suspirou.
- Desafio. - abriu o sorriso e bufou.
- O desafio que eu tenho só eu e você pode saber. - Ela disse, ainda sorrindo.
- Não vale, . - , e protestaram.
- Vale a pena. - As meninas bufaram. - Eu prometo.
Beijou os dedos em forma de juramento. seguiu até e sussurrou no ouvido dele. - Você vai ter que se tornar um admirador secreto. Da .
- Você só pode estar brincando. - voltou a seu lugar.
- E por que eu brincaria com isso?
- Está bem. Eu faço. - não havia gostado nada do que a irmã o desafiou. Ser um admirador secreto, justo da ? Sim, por que ele não era muito ligado à garota. Continuaram brincando e quando ficou tarde, resolveram ir pro quarto antes de serem pegos. Para você ter uma noção do que rolou, teve que beijar sem língua. teve que dançar até o chão. teve beijar da barriga até o pescoço. teve que fazer um strip tease. Acho que ta bom por aqui, né? Obrigada.
Depois de se divertirem o bastante para uma noite, vinha mais um dia de aula. foi a primeira a se levantar e sumir pelos corredores do colégio. Na verdade, ela estava na cantina.
foi a segunda, e saiu a procura das meninas. e saíram do quarto juntas e caminharam para a cantina.
- Realmente é um milagre você acordando primeiro que eu. - disse se sentando na mesma mesa que ela.
- Foi a fome. - Ela respondeu tomando um gole do suco de laranja.
- O dia que ela não tiver fome me avise. - disse chegando por trás e se sentando ao lado de .
- Realmente vai ser um milagre. - disse e elas riram.
- Há-há, que graça. - forçou um riso. - Milagre vai ser se um dia vocês emagrecerem. - Ela zoou e começou a gargalhar da cara das meninas.
- Você é malvada, . - disse.
- Nós não somos gordas. - murmurou emburrada.
- É. Nós somos lindas, tá? - disse.
- Isso me inclui? - perguntou.
- Inclui todas. - falou chegando por trás de e a beijando na bochecha.
- Qual a primeira aula? - perguntou.
- Biologia. - respondeu.
- Pra mim já deu. - disse se levantando. - Eu vou indo.
- Ainda faltam alguns minutos para a aula começar. - falou.
- Tenho que fazer algo antes. - Respondeu e saiu de lá antes que mais alguém perguntasse o que era.
caminhava em direção a biblioteca, onde Lindsay estaria a esperando. Puxou a saia para baixo e passou a mão no cabelo suspirando. Entrou em passos silenciosos e encontrou a ruiva sentada em uma mesa perto da prateleira de livros de ficção.
- Demorei? – sentou de frente para a garota que sorriu negando. – Então, o que quer?
- Como você sabe, a professora concordou em ser técnica para decidir qual de vocês será a capitã do time. – concordou silenciosamente. – Vai ser hoje á tarde, na quadra. Não deve ter muita gente, e eu espero realmente que você vença.
soltou um suspiro nervoso e sorriu.
- Eu também espero.
*****
- Onde você estava? - perguntou baixinho para .
- Banheiro.
- Esse tempo todo? - se intrometeu.
- Não.
- E por que essa demora? - Foi a vez de .
- Porque eu... - Dessa vez os meninos a encaravam. - Ah, isso não interessa a vocês. - Deu de ombros. A professora de biologia entrou e eles encerraram o assunto indo cada um para seu lugar. As meninas sentaram - se na frente e os meninos atrás.
- Bom dia, turma. - Ela disse sorrindo simpática e todos retribuíram. Ok, quase todos.
- Sou a Angeline, professora de biologia de vocês. - Sorriu novamente. Alguns garotos babavam na professora. Ela era jovem e bonita demais para não atrair atenção de quem quer que fosse. A aula ocorreu normal. Todos se apresentaram e ficaram conversando com a nova professora, e assim foi tornando a aula divertida. O sinal tocou para a próxima aula.
- Literatura. - disse assim que se virou para ela. bufou.
- Não vai sair da sala daquele jeito não né? - perguntou e deu um tapa na cabeça dela. - Ai.
- Tudo bem. - respondeu. - Pode deixar que eu não vou. - Ela assentiu sorrindo.
Então as meninas ficaram fofocando qualquer besteira até a professora Kristen entrar e cumprimentar toda a turma.
- Cara, pega leve com a . - sussurrou para .
- Eu não fiz nada. - Deu de ombros.
Por favor, formem as duplas. Eu tenho um trabalho para vocês. - A professora disse e todos assentiram. fechou a cara e sentou ao lado de , que sorria. sentou ao lado de , já que essa nem se deu ao trabalho de se levantar. também não levantou, que vira até ela. sentou ao lado de e ele não falou nada.
- Bom, todas as duplas feitas? - Perguntou e recebeu um 'Sim' em coro. - O trabalho de vocês vai ser elaborar um resumo sobre a dupla sorteada. Pedi permissão ao diretor, que me confirmou amanhã nós vamos ao parque mais famoso de Londres. - Todos prestavam atenção no que a professora dizia.
- Mas por que um parque? - Uma garota baixinha do fundo da sala perguntou.
- Aí é que tá. Po que aquele parque tem tudo o que eu preciso. Vocês irão se divertir descobrindo sobre seu par. Não se preocupem, tudo por conta da escola. - Todos gritaram animados. - Estejam prontos as 08:30AM. Vocês terão o dia livre.
Mais gritinhos. A professora liberou que todos conversassem.
- É... - começou e se virou pra ele. - Podemos agir de bem amanhã? - Ela hesitou por um momento. Mas se fosse como costumam ser, o resumo sairia como um atestado de óbito de um dos dois. - Ok.
- Você é divertida, não é? - perguntou e riu da cara de confuso dele.
- Por que não descobre amanhã? - Ela respondeu com outra pergunta.
- Me desafiando, Sra. ? - Ele fez uma falsa cara de surpresa e ela riu mais ainda.
- Eu aceito. - Dessa vez, ele quem riu.
- Combinado. - Os dois deram aperto de mãos e caíram na risada.
- Então... É... Bom... - coçou a nuca sem saber como terminar a frase.
- Eu não mordo, . - Ela disse calma.
- Não é isso. - Ele suspirou e sorriu. O fato é que depois do que o desafiara, ele simplesmente não saberia como agir. Não a conhecia direito para se tornar um admirador secreto da garota de uma hora pra outra. 'Eu mato a ', pensou.
- Pronta para se divertir muito amanhã? - Ele perguntou completando as palavras.
- Claro. - Respondeu ainda surpresa e sorriu.
- ... Desculpa por ontem... - tentou falar, mais foi interrompido por ela.
- Tudo bem. - Ela respondeu com a cabeça baixa.
- Jura? - Ela assentiu.
- Não vai me mandar se foder ou algo do tipo? - Ela sorriu. Pela primeira vez em muito tempo, ele a fez sorrir. E isso o fez sorrir também.
- Não.
- Acho que vai chover. - Ele sussurrou.
- Não tire meu bom humor. - Ela respondeu ainda rindo.
- Não está mais aqui quem falou. - Ele colocou as mão na altura dos ombros se rendendo.
- Se amanhã nada mudar, eu quero uma condição. - Ela sugeriu.
- Qual?
- Você não tenta recuperar minha amizade.
- Tudo bem, . - Ele concordou suspirando.
Fim
Olá, galera. Tudo bom? Sei que demorei bastante na atualização, mas tive motivos. Tive bloqueio da história e os trabalhos da escola estão uma correria. E dentre elas, está matemática. Odeio essa matéria, sinceramente. Bom, desculpem mesmo e vou tentar mandar a att o mais rápido possível. Qualquer coisinha é só me chamar lá no twitter que eu respondo @naryavieira.
Beijoos;