Love tonight

Escrito por Maraíza Santos | Revisado por Mariana

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  - Lar, doce lar – Disse suspirando ao entrar em sua casa. Ligou a luz e viu o quanto tudo ficava vazio sem ele. Subiu as escadas devagar com o olhar para as paredes, a foto deles no colegial. Riu a lembrar que sempre foi baixinha. Fotos deles na Universidade. Suspirou. No começo da banda deles, Pentatonix, na foto estava também o Mitch, Avil e o Kevin. Sorriu a lembrar de todos os momentos juntos.

  Na hora mais escura da noite eu procurarei no meio da multidão seu rosto é tudo que vejo, eu lhe darei tudo.

  Jogou a bolsa em qualquer canto do quarto e tirou a camiseta que usava já indo direto para o banheiro. Tomou uma ducha rápida e se sentiu bem mais leve. Trocou de roupa e vestiu outra camiseta e uma calça moletom.
  Abriu o notebook, sentando-se na cama e colocando seus velhos óculos e foi checar seus e-mails para saber o que acontecia nos estúdios sobre o novo CD. Escutou um barulho lá em baixo e estranhou. Escutou de novo e se levantou receosa, pegou o taco de beisebol que estava no armário.
  Desceu as escadas devagar olhando para os lados e percebeu que alguém havia apagado as luzes. Sentiu seu coração pulsar mais rápido do que o habitual ao pensar na possibilidade de ser um ladrão. Percebeu que passara um vulto em sua frente e pôs-se a bater com o taco sem nem ao menos saber o que acontecia.
  - Ai! Ai! Ai! Para, Taylor, TAYLOR, PARA – Gritou o homem e ela parou ainda sentindo a adrenalina dominar seu corpo.
  - ? – Ela ligou a luz e o viu no chão resmungando palavrões de tanta dor que sentia. correu em sua direção abaixando-se em sua altura – Me desculpa, eu não sabia, pensei que você voltaria semana que vem, eu... – Ela se atrapalhava nas palavras.
  - Ah... – Ele suspirou com a respiração entre cortada – Tudo bem – Ele fez joinha com a mão – Ainda bem que eu não preciso me preocupar se vier algum ladrão.
   ajudou-o a se levantar o levando pras escadas enquanto ele explicava o porquê do aparecimento repentino.
  - ...Acabamos, só falta os seus vocais – Ele concluiu entrando no quarto e sentando na cama – Só queria fazer uma surpresa – Ele fez biquinho, a garota sorriu.
  - Tudo bem – Ela beijou a testa dele – Melhor você tomar banho – Ela disse amarrando o cabelo com uma caneta que havia por lá, deixando a franja cobrindo seu rosto.
  - Sim – ele se levantou e passou a mão nos cabelos , indo direto ao banheiro.
   suspirou pesadamente sentando-se na cama, não imaginava o quão sem emoção ou sentimento seria quando voltasse. Sentiu seu coração apertar no peito, e se eles não tivessem mais aquela química de antes? Sentiu os olhos marejarem ao pensar nessa possibilidade. Enxugou os olhou com as costas da mão respirando fundo.

  Ninguém vê o que vemos eles só contemplam em vão, amor leve-me

  - Calma, é só uma suposição – Ela falou pra se mesma.
  - Taylor, onde tá o shampoo? – Gritou do banho.
  - Tá no lugar de sempre – Gritou ela em resposta.
  - Taylor, não está aqui – Ele gritou de novo.
  - Tá sim – Ela fez uma careta e se levantou da cama.
  - Nada disso, Taylor – Ele falou.
  - Para de me chamar de Taylor – Ela bufou.
  - Esse é seu nome – Ele falou divertido.
  - Meu nome do meio – Ela revirou os olhos mesmo sabendo que ele não viria – Procura isso direito.
  - Achei! – Ele gritou e fez uma pequena dancinha da vitória.
   revirou os olhos de novo e sentou-se na cama mais uma vez. Depois de alguns minutos saiu do banho cantarolando uma música se mostrando mais relaxado, abrindo o guarda-roupa vestiu uma roupa qualquer que não fez questão de reparar, já que estava extremamente melancólica aquele dia.
  - O que houve, Taylor? – Perguntou fazendo carinho em sua bochecha.
  - Nada – Sua voz saiu mais baixa do que o esperado.
  - Fala pra mim – Ele fez biquinho – Aconteceu alguma coisa?
  - Ah, – Ela suspirou pesadamente pensando no que falar - Você é um idiota. – Ela deixou a frase escapar sem nem pensar duas vezes.
  - Eu? Um idiota? Que eu fiz? – se pôs indignado com as acusações.
  - É sim! – ela exclamou – Um mês, ! E você age como se fosse cinco minutos longe um do outro! E mais, eu fiquei esse tempo todo cuidando da minha mãe e você no mínimo devia ter ligado ou perguntado se ela estava bem, e o que você fez? NADA DISSO! – Ela explodiu sem nem mesmo percebeu já que estava em pé e viu que sua respiração estava mais rápida.
  - Taylor – falou com calma vendo que sua namorada logo teria um surto psicótico, estendeu as mãos pedindo calma dela.
  A respiração da garota parecia ficar cada vez mais rápido, se apressou para a abraçá-la e confortá-la, tinha uma doença cardiovascular chamada “Cardiomiopatia hipertrófica” herdada por sua mãe.
   começou a sentir fortes dores na barriga e a falta de ar já era eminente, seu corpo tremia e estava gelado mais do que a temperatura daquela noite reservava, os olhos da garota estava arregalados e seu namorado soprava calmamente sua testa e a balançava como se faz com uma criança de colo para ela dormir. Aos poucos sua respiração voltou ao normal.

  Seu amor é brilhante como sempre até mesmo nas sombras, amor beije-me antes que apaguem as luzes, seu coração está brilhando, e estou me chocando em você.

  - Você continua sendo um idiota pra mim – Disse a garota com a voz entre cortada.
  - Ah, Taylor – deu uma risada nasalada ainda balançando-a.
  - Não me chama de Taylor, – Ela advertiu virando-se e o olhando sério.
  - Mas você ama quando eu te chamo assim – Ele tirou a caneta que prendia o cabelo da garota, a jogando em algum lugar do chão e começou a acaricia os cabelos da mulher a sua frente. ainda estava hesitante com o toque dele.
  - Me desculpa – suspirou – eu devia ser mais prestativo com você – Ele olhou em seus olhos – Você está mais linda do que na ultima vez que a vi – Ele deu um sorriso bobo sem perceber – Ah, e como vai a velha?
  - Não fala assim da minha mãe – Ela deu uma tapa com um ar divertido.
  - Você queria que eu a chamasse como? De jovem? – Ele fez uma careta e a garota riu.
  - Idiota – Ela resmungou – eu lhe desculpo só com um pedido...
  - Qual? – Ele perguntou arqueando às sobrancelhas.
  - Before they turn the lights out, baby love me lights out (Antes que apaguem as luzes, amor, ame-me com as luzes apagadas) – Ela cantarolou no ouvido e seu amado que sentiu os pêlos da sua nuca arrepiarem.
  - Sim, senhora – Ele respondeu segurando o rosto de e a beijando abaixando um pouco a coluna pelo fato dela ser realmente baixa.
  Ainda aos beijos foram até a cama e ele segurou a perna de com força para que ela se aproximasse mais de seu corpo, a garota sentiu seu sangue pulsar mais rápido, só que dessa vez de um jeito bom. Segurou os cabelos do garoto e puxou para que ele deitasse em cima de si, mesmo não olhando ele desligou a luz do abajur que iluminava o quarto (Quase o quebrando, inclusive).

  Amor, me ame com as luzes apagadas, você pode apagar minhas luzes.

  - Amo você, – A voz do ecoou quando ele irava a camiseta delicadamente de sua namorada.
  - Eu amo e preciso de você, – Disse segurando as mãos de para que ele continuasse.

  Eu amo como "beijos e abraços", você me ama como "beijos e abraços", você me mata garoto, "beijos e abraços", você me ama como "beijos e abraços"

FIM



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