Lovesick I: Summertime

Escrito por e Revisado por Hels

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Capítulo 1

  Depois de meses e mais meses planejando essa viagem, ela finalmente estava acontecendo. Eu mal acreditava que FINALMENTE estava indo para a Califórnia, junto com minhas amigas. Bem, desejos costumam se realizar, dependendo de qual ele seja.
  Estávamos desembarcando no Aeroporto de Los Angeles e pude sentir a brisa daquela cidade incrível.
  - ESTAMOS NOS STATES! - fora a primeira a gritar, assim que pisara no asfalto da pista.
  - YEAH, OLÁ GRINGOS - a acompanhou e eu apenas ri alto.
  - YEAH, EI VOCÊ, ME LIGA! - Eu disse para um dos funcionários do local, entrando na brincadeira.
  - Eu REALMENTE não acredito que vim pra cá com vocês pagar mico INTERNACIONAL - disse.
  - Qual é, , seja feliz, anda, respira fundo o ar dos States que você entra no clima - disse, me fazendo rir mais ainda.
  Continuamos zoando com mais algumas coisas que vimos no aeroporto e logo estávamos enfiadas num táxi, indo em direção ao nosso hotel cinco estrelas. Ele era um dos hotéis mais caros, mas como dividiríamos um quarto, o custo não ficara tão absurdo. Além de que, apesar do custo, valeria a pena.
  - Ei, , você pode ir fazendo o check-in? - disse, assim que entramos no hotel.
  - Pode deixar - eu disse, indo em direção ao balcão principal, enquanto elas ficavam lá entretidas vendo o salão de jantar, piscina e etc.
  Parei atrás de um rapaz alto, de cabelos castanhos. Provavelmente ele estaria indo fazer o seu check-in também.
  Continuei observando ao redor enquanto via que os dois únicos atendentes estavam ocupados. Virei-me de lado e fiquei observando os detalhes do lugar. Era bem elegante, devo dizer. O piso era de carpete de madeira e brilhava de tão limpo. Havia alguns bancos onde pude ver outros três rapazes sentados e conversando animadamente. Continuei observando o local e vi as minhas amigas em frente a uma máquina de refrigerante, em que reclamava que queria uma Coca-Cola e pedia dinheiro para que negava. Em seguida pediu para que também negou. Apenas ri baixo quando ela olhou em minha direção e viera correndo, chamando a atenção dos três caras do banco.
  - , me empresta dinheiro? - Ela perguntou.
  - Vai me dar um gole da Coca? - Perguntei de volta, rindo. Ela apenas me fuzilou com os olhos.
  Enquanto procurava o dinheiro em minha bolsa, notei que o rapaz em minha frente estava virado de lado, olhando para os que estava sentados e fazendo gestos com as mãos.
  - Esse cara na sua frente é muito pegável - sussurrou, em português, ao meu lado.
  - Cala a boca - eu ri, rolando os olhos.
  - É sério... - Ela disse, e olhou na direção que ele olhava. - Ok, mas prefiro muito mais aquele ali da ponta esquerda. Meu Deus...
  - , para de fogo! - Ri e dei-lhe o dinheiro. - Vai pegar sua Coca, se manda!
  Ela sorriu agradecida e voltou para onde e estavam. O cara em minha frente me olhou com cara de interrogação, porém sorria, feliz. Arqueei a sobrancelha.
  - Hei - disse, tentando puxar papo.
  - Hei... - Ele disse, olhando para mim. - Desculpe, não pude deixar de notar que sua amiga falou uma língua diferente. Estrangeiras, huh?
  Sorri, sem graça. Ainda bem que ele nem fazia idéia do que havia dito.
  - Sim, somos brasileiras - disse. - , mas pode chamar de - estendi a mão. Ele sorriu e apertou, em cumprimento.
  - - ele disse. - Pode me chamar de mesmo, eu não ligo.
  Dei uma risada e dei de ombros.
  - Então, de onde é, ? - Perguntei. - Estrangeiro também?
  - Ah não... - Ele disse. - Sou de Nashville, mas estou a passeio aqui em Los Angeles, com meus amigos. - Sorriu, apontando para os três rapazes no banco.
  - Ah, que legal - disse. - Pra vocês é bem mais fácil do que eu - ri e ele assentiu.
  - Nunca havia conhecido uma brasileira - ele disse.
  - Bom saber, sou a primeira - continuei rindo, sem graça. - E se quiser, pode conhecer mais aquelas três otárias ali - apontei para minhas amigas na máquina de refrigerante.
  - Seria legal... Vão ficar por quanto tempo?
  - Duas semanas e meia... Vocês?
  - Três - ele sorriu.
  - Próximo - o atendente interrompe a animada conversa que eu havia criado.
  - É sua vez - eu disse ao .
  - Pode passar, damas primeiro - ele sorriu, galanteador, me fazendo rir.
  - Obrigada. - Disse, indo em direção ao balcão.

  Quando chegamos ao quarto, levei um susto com o tamanho dele. Era enorme. Tipo... ENORME. Havia quatro camas de solteiro, duas com a cabeceira encostada na parede à nossa esquerda e duas à nossa direita. Para completar nosso encanto, o banheiro era consideravelmente grande. Estávamos absurdamente hipnotizadas e encantadas com o local.
  - MEU. DEUS. - disse, entrando no quarto e pegando a primeira cama em sua frente, caindo de costas sobre ela. - ESSE COLCHÃO É INCRÍVEL.
  - VAMOS PASSAR DUAS SEMANAS E MEIA AQUI MESMO? - disse, indo para a cama do outro lado, observando o lugar. - Estou me sentindo famosa.
  - Eu ainda acho que deveríamos formar uma banda - disse, rindo e correndo rumo a cama ao lado da . Eu fui na do lado da .
  - Vocês e essa história de bandas - ri, dando de ombros. - MAS SIM, É UM SONHO ESTARMOS AQUI - disse, indo até a sacada. Ela também era enorme. Sinto que estadunidenses tem mania de grandeza. Mas acho que pode ser apenas impressão.
  - Ok, voltando à realidade - disse, rapidamente, sentando-se na cama. - , VEM AQUI!
  - Diga - disse, rindo.
  - Anda, pode começar a contar sobre o cara lá que você conheceu antes de fazer o check-in. - disse animada. - E você vai apresentar pra gente, certo?
  - Se eu ver ele de novo - ri, dando de ombros.
  - Estamos no mesmo hotel, é óbvio que você vai vê-lo de novo, anã! - debochou, rindo.
  - Certo, mas qual o nome dele? - perguntou, animada.
  - - eu disse. - Ele é bem simpático.
  - UUUUH, arranjou um alvo, um amor de verão - disse, rindo.
  - Cala a boca - disse, sentindo minhas bochechas arderem.
  - QUE LINDINHA, ELA FICOU COM VERGONHA! - veio até mim e apertou minhas bochechas.
  - Parem, dude! - Ri. - Ok, ele ATÉ pode se TORNAR um alvo, mas não é ainda.
  - Isso mostra que ela gostou dele e está desesperada para reencontrá-lo e conhecer melhor. - disse, fazendo sua análise de sempre sobre as coisas que eu digo.
  - !
  - Ela tá certa, soou assim - riu da minha cara.
  Apenas rolei os olhos, rindo mais ainda e jogando um dos meus travesseiros na cara de Larissa. Essas férias seriam divertidas.

Capítulo 2

  Ouvi meu estômago roncar e soube que era uma fome gigantesca que estava se instalando dentro de mim. Algumas amigas minhas costumavam me chamar de buraco negro, pois sempre comia demais e simplesmente continuava sentindo fome.
  Passamos nossa primeira noite em LA apenas passeando pelo hotel, conhecendo algumas áreas de lazer e demos uma pequena volta pelo centro, não muito longe do hotel pois estávamos a pé. Mesmo com a programação ruim do nosso primeiro dia, ainda continuamos esperançosas de que seria ótimo.
  Não vi e nem seus amigos enquanto faziamos uma 'tour' pelo local.
  Mais um ronco do meu estômago... Agora eu não iria aguentar.
  - PELO AMOR DE DEUS - disse para minhas amigas, que estavam colocando seus biquinis por de baixo da roupa, assim como eu já fizera muito antes delas. - ESTOU COM FOME. SERÁ QUE PODEMOS IR?
  - É, melhor irmos antes que esse 'ser' comece a ficar super estressado de fome, e eu não estou afim - disse, rolando os olhos. Ela, assim como eu, estava pronta. Apenas Larissa e Isabella que teimavam em continuar lerdas.
  - Vamos pra praia direto depois ou passaremos no quarto? - perguntou, colocando seu celular e cartão de crédito no bolso do shorts.
  - Direto - disse antes. - Não vamos subir de novo, né? Por favor, já arrumem tudo para irmos direto.
  Assentimos e pegamos nossa chave, cartão de crédito e celular e fomos rumo ao salão do hotel.
  Meus olhos brilharam com tamanhas opções no cardápio e meu estômago clamava por aleluia quando sentei-me com meu prato a minha frente.
  Após uns minutos que estava ali comendo, as garotas finalmente chegaram com seus pratos e começaram a comer. Devo dizer que elas pegaram bem menos comida do que eu. Acho que isso é porque eu estava com a fome das três juntas duplicadas.
  - Hey, , aquele não é o cara do check-in? O tal ""? - tirou minha atenção do prato, fazendo-me observá-la com as sobrancelhas juntas. Ela não olhava pra mim, apenas mastigava sua garfada de comida e olhava para uma mesa um pouco afastada da nossa, da qual tinha quatro rapazes. Notei que estava entre eles, mas não me olhara.
  - Uhum - murmurei, normalmente, e voltei a mastigar minha refeição.
  Senti as meninas se entreolharem e darem risinhos envergonhados. Estava até com medo de saber do que se tratava.
  Os risinhos continuavam, e agora elas se cutucavam entre si e olhavam para outro lugar que não fosse para mim. Mesmo assim, levantei meu rosto e disse:
  - Vocês tem probleminha, dude - fiz sinal com o indicador na testa, rindo. Bia apenas engoliu sua comida e não me olhou, olhou para um ponto atrás de mim e acenou com a cabeça.
  - ? - Então eu ouvi a voz dele. ... Ele que estava atrás de mim? Como diabos ele foi parar atrás de mim se há pouco o vi sentado e nem notando minha presença? Suspirei e larguei meu prato, já vazio, me virando para o cara que conhecera ontem.
  - Hey, - sorri. - Tá tudo bem?
  Ele assentiu, sorrindo, e abaixou-se para me dar um beijo no rosto em cumprimento. Retribui, ouvindo minhas amigas trocarem risinhos de 'menininhas'.
  - Eu não te vi por aqui ontem... - Ele disse. - Achei que iria querer sair.
  - Ah, eu dei uma volta no centro com as meninas - sorri.
  - Ahh... - Ele virou o rosto pra elas e sorriu. Virei-me junto para elas e comecei as apresentações:
  - Ryan, essas são minhas amigas, , e .
  - Prazer, meninas - ele acenou com a cabeça, fazendo com que seus cabelos castanhos se movessem de maneira radiante. Elas acenaram de volta e voltaram a fofocar entre si.
  Rolei os olhos e virei-me para .
  - Então, você vai sair hoje? - Ele perguntou.
  - Eu vou na praia com elas, dar uma volta por lá - sorri. - Quer ir junto? - Convidei.
  - Ahh... - Ele sorriu, sem graça. Possivelmente estava querendo me convidar para algo, mas eu fora mais rápida. - Pode ser, vou ver com os caras, qualquer coisa nos encontramos na recepção - disse. - Falando nisso, tenho que apresentá-los.
  Sorri, acenando com a cabeça e vendo-o se afastar, indo até os amigos. Virei em minha cadeira, dando de cara com três rostos radiantes e com sorrisos macabros.
  - O quê? - Perguntei, com medo na voz.
  - Nada demais - deu de ombros. - SÓ QUE VOCÊ TEM QUE APRESENTAR ESSES AMIGOS DELE PRA GENTE TAMBÉM.
  - Claro, bobonas - ri, dando de ombros.
  - Ele está afim de você - meditou.
  - Aham, super, ele me conheceu ontem e só me viu de novo hoje. UAU.
  - Ela falou sério, - riu. - Pode ser, ué! Às vezes ele esteja mas nem mesmo sabe disso.
  Ri, rolando os olhos várias vezes.

  Depois que elas finalmente terminaram de comer, fomos para recepção do hotel e sentamos lá. Iriamos esperar pelo menos uns quinze minutos para fazer a digestão e não morrermos com o calor que estava do lado de fora. A praia não era longe, então iríamos caminhando. Fora uma boa escolha, este hotel, era perto de quase tudo.
  - O e os amigos dele vão com a gente? - perguntou, sentada ao meu lado.
  - Não sei, acho que sim - dei de ombros. - Ele disse que ia ver com eles e depois, se fosse, nos encontraria aqui.
  - É, eu acho que ele vai - disse, olhando para o lado.
  Virei meu rosto na mesma direção e notei os quatro rapazes prontos para irem à praia: bermudas, chinelos e camisetas regatas. Pra não dizer no óculos de sol que estava fazendo com que eles ficassem... Como é a palavra? Ah sim, irresistíveis.
  - Eles decidiram ir - riu pra mim, levantando as mãos. Levantamo-nos dos bancos e sorrimos.
  - Que bom! - Disse, um tanto sem graça.
  - Ok, apresentações... - Ele lembrou-se e virou de lado, para que eu tivesse a visão de seus amigos. - Esses são , e .
  - Ah, então o nome daquele que eu gamei é ... Bom saber. - apareceu atrás de mim, sussurrando em português para que eles não nos ouvissem.
  - Ok, vocês não podem falar assim, é injusto, não entenderemos! - disse, e eu ri.
  - Não se preocupe, apenas essa aqui faz isso, quando quer contar segredinhos - rolei os olhos.
  - Eu ouvi meu nome! - disse e vi ficando vermelha. - De onde vocês são?
  - Brasil - respondeu radiante e ele sorriu para ela. Apenas vi minha amiga se derreter com aquele sorriso.
  - Enfim - eu disse. - Meninos, exceto o que já foi apresentado - rolei os olhos e ele riu -, essas são , e .
  - Ok, ok, vamos? - perguntou. Ele parecia meio anti-social, diferente dos outros. - Sério, quero ir logo.
  - Certo, - rolou os olhos. - Vamos.
  Todos estavam interagindo um com os outros enquanto saiam do hotel, deixando eu e para trás, rindo. Notei que tentava conversar com , mas era quase inútil, já que ele continuava todo monólogo. Achei que ele poderia apenas estar tendo um mal dia e realmente torcia para que fosse isso.
  - Poxa, , você deveria ser mais simpático que nem o , e - disse.
  - Acho melhor você dizer pra sua amiga correr - sussurrou pra mim, fazendo-me rir.
  - Por quê? - Perguntei, olhando para ele.
  - O não curte muito essas comparações - rolou os olhos. - E ele está de mau humor hoje, o que piora tudo.
  Assenti, rindo.
  - é o sobrenome dele? - Perguntei.
  - Sim. - Ele riu. - Eu sou , o do é e do é .
  Sorri e assenti novamente. Viramos novamente pra frente, notando e .
  - Como vou ser simpático com alguém que não conheço? - Ele perguntou, com um sorriso irônico.
  - Ai - eu e dissemos juntos, rindo. - Essa doeu.
  - Acho melhor o tomar cuidado agora, porque minha amiga não vai deixar barato.
  - Espero que eles não se matem - ele murmurou, abafando o riso.

  Chegamos em frente ao mar e sentei na areia junto com minhas amigas. Os rapazes foram na água e disseram que logo voltariam, deixando suas camisas, óculos, celulares e essas coisas conosco, para cada uma tomar conta.
  - Eu não vou tomar conta de coisas de gente que não conheço - riu, pegando as coisas de que estavam em seu colo e colocou na areia, nos fazendo rir também.
  - Já disse que o falou que ele tá de mau humor, calma, - rolei os olhos.
  - sempre rindo da própria desgraça, isso é realmente bizarro - disse, enquanto tirava sua blusa e passava protetor.
  Fizemos o mesmo que ela, ficando apenas com nossos shorts e a parte de cima do biquini a mostra. Mantive meu wayfarer preto escondendo meus olhos. O sol estava absurdamente ardido. Acho que os bestas que estavam jogando água um na cara do outro iriam sentir a ardência no corpo só depois que eles parassem quietos. Também, mal viram o mar e sairam correndo em direção à ele, sem passar protetor, deixando todas suas coisas em nossas mãos.
  - Sinto que eles não vão conseguir dormir essa noite - disse, ao meu lado, acompanhando meu raciocínio. - Vão estar tão doloridos que não conseguirão ficar deitados.
  - Coitados - riu. - A hora que eles vierem pra cá, a gente obriga eles a passarem protetor, simples. Daí não fica tão ruim.
  - Ah, o pode ficar queimado, não ligo - Isa disse.
  - , para de falar assim dele - repreendeu. - Isso pra mim tá parecendo aqueles 'amor e ódio', sabe? Aposto que NO FUNDO vocês vão se gostar e se pegar, e então eu direi 'EU TE DISSE!'.
  - Pelo menos o é fofo - disse, sonhadora.
  - O é drogado - disse, rindo.
  - E o é retardado, ok? - Ela jogou de volta.
  - Sério que vocês vão começar com isso? - Rolei os olhos.
  - Ela fala isso porque ela foi a sortuda que conseguiu o simpático - riu.
  - Cala a boca - disse, rindo alto. Virei-me para a frente e vi que os quatro estavam vindo até nós. - Ok, calem mesmo, eles estão voltando.
  Eles chegaram a sentaram-se ao nosso lado; veio até o meu lado, pedindo por seu óculos de sol. Sorri, entregando-lhe e ele sentou-se perto de mim, balançando a cabeça e fazendo com que algumas gotinhas de água caíssem em mim.
  - AI, ANIMAL, TÁ ME MOLHANDO! - Disse, rindo. Ele riu junto e parou.
  Conversamos e ficamos o resto da tarde ali na praia, depois de obrigarmos a todos eles passarem o protetor solar. Fora fácil convencê-los depois de Lah ter chamado eles de transparentes, por serem tão brancos.    ficara mais simpático - um pouco, pelo menos - e estava conversando normalmente com todos nós. não perdia a oportunidade de zoá-lo, mas dessa vez ele não ficava bravo nem nada, estava normal. É, estávamos progredindo.

Capítulo 3

  Quando voltamos para o hotel já estava escurecendo. Eu estava indo devagar até o elevador, cansada, quando vi minhas três amigas passarem correndo por mim, entrarem no elevador que estava indo e deixar que suas portas se fechassem e fosse até o nono andar, que era onde estávamos.
  - Filhas d'uma mãe - murmurei, baixo, quando cheguei perto do elevador, agora fechado.
  Os meninos continuavam vindo atrás de mim, conversando sobre algo que eu não sabia, e como eles se 'isolaram' preferi ficar longe para que eles pudessem falar o que quisessem.
  - Hey, - me chamou, sorrindo. Virei-me para ele.
  - Hey - disse.
  - Então, você sabe se a vai fazer algo hoje? - Perguntou-me. Sorri.
  - Bem, acho que ela só ia jantar comigo e as meninas e nada demais... Por quê?
  - Posso pegá-la emprestada? - Ele riu. - Depois do jantar, digo.
  - Claro... Ela foi pro nosso quarto, caso queira ir lá falar com ela avisando-a. - Sorri.
  - Pode deixar, já já eu subo lá.
  - E vocês? - Chamei os outros três. - Não irão fazer nada essa noite?
  - Não, o vai nos abandonar - fez bico, me fazendo gargalhar.
  - Deixem o curtir a vida - rolei os olhos.
  - Ok, já que não vamos fazer nada - disse, indo ao meu lado e olhando pros amigos -, e o vai sair com a ... Que tal se nós que "sobramos" assistíssemos algum filme?
  - E aonde vamos assistir, dã? - rolou os olhos, rindo.
  - No nosso quarto, ou do delas - ele me olhou, pedindo para que eu concordasse.
  - Ok, pode mim tudo bem - sorri. - Depois do jantar.
  - E o que vamos assistir? - perguntou.
  Virei-me de costas deixando que eles três se decidissem, e parei ao lado de , esperando pelo elevador.

  Depois de jantarmos, saiu com ; , , e subiram para o quarto dos rapazes e eu e fomos até a locadora - descoberta há menos de duas horas - que havia dentro do hotel, exatamente criada para apenas hóspedes aproveitassem os DVDs e Blu-rays. Ficamos lá um bom tempo, procurando por algum filme.
  - Sou a favor de locarmos Três Vezes Amor, eu acho esse filme lindo - disse, fazendo bico.
  - Não, , filme de 'menininhas' não - riu, indo até mim e pegando o DVD, colocando-o de volta na prateleira.
  - Então vamos pegar que tipo de filme? - Rolei os olhos.
  - Ação, Comédia SEM SER ROMÂNTICA, suspense, terror... - Ele foi listando, enquanto nos dividimos novamente pela locadora.
  - Ok, vamos pegar Alice no País das Maravilhas? - Sorri e ele sorriu de volta. - Tem o Johnny Depp!
  - Mulheres só assistem filmes de 'menininhas' ou que tenha Depp? - Ele riu.
  - Não, e não assisti Alice por causa do Depp, assisti porque o filme é do Tim Burton - murmurei.
  - Já assistiu? - Ele perguntou e eu assenti. - Bem, eu também, mas o e o ainda não - ele deu de ombros. - Assisti com o no cinema.
  - Você e o no cinema? Uhhhhhn... - Disse, séria.
  - Tá brincando que você pensou isso, não é? - Ele riu, bagunçando meu cabelo.
  - Vai saber, eu te conheço há pouco tempo, não sei se joga no time certo - dei de ombros, rindo e ele bagunçou mais ainda meu cabelo. - PARA, !
  Ele riu e parou.
  Fomos até o caixa e acabamos por levar Alice e Atividade Paranormal. queria ver se teríamos coragem de assistir isso depois da meia noite. Eu sei que se eu assistir, com certeza iria - ao menos - ficar bem acordada o resto da noite ou terei de me agarrar a alguém... O que não me parece uma idéia ruim, sabendo que quem vai estar ao meu lado vai ser o senhor .
  Subimos para o quarto que ele estava, que ficava no décimo primeiro andar. Todos estavam acomodados. A grande televisão de plasma estava na parede, assim como o aparelho de DVD estava logo abaixo. No quarto deles, as camas ficavam apenas de um lado do quarto. Sendo assim, e juntaram as quatro, assim ficava apenas uma grande e enorme cama que acomodaria todos nós seis.
   e estavam no meio deitados de bruços, e finalmente estava conversando e se dando um tanto bem com numa das pontas; todos esperavam que chegássemos.
  - FINALMENTE! - berrou, levantando-se. - Guardamos lugares para vocês ali - ele disse, apontando rapidamente para a cama da ponta que não estava ocupada por e . - Quais filmes pegaram?
  - ALICE! - Disse, feliz e mostrando a capa do DVD. rolou os olhos pra mim.
  - Não quero ver Alice - ele semicerrou os olhos.
  - Ok, então a outra opção é Atividade Paranormal - disse.
  - Sabe, vamos assistir Alice? Parece ser legal e tal... Já disse que eu amo o Tim Burton? - disse, rapidamente.
  Rimos com a desculpa de e dera um tapa em sua cabeça. Tendo colocado o filme para rodar, sentei-me entre e , que quisera ficar na ponta da cama.

  Eles ainda não haviam assistido, então prestavam atenção aos mínimos detalhes, enquanto murmuravam 'shh' para que e eu parássemos de comentar aos sussurros.
  Senti um de seus braços em meus ombros e segurei o sorriso bobo que queria aparecer em meu rosto. Ficamos calados, assistindo o filme. Ríamos algumas vezes, como por exemplo quando o Chapeleiro Maluco e a Lebre de Março gritavam "Fora Cabeçuda" durante a hora do chá.
  - Olha aí o "Johnny Depp" - sussurrou ao pé do meu ouvido. Ri baixo.
  - Adoro ele... E adoro esse personagem dele - sussurrei de volta.
  - Prefiro a Lebre de Março.
  - Ela é engraçada.
  - SHHH - murmurou, olhando feio para nós. Rolei os olhos, rindo, quando ele voltou a olhar para a tela.
  Continuamos assistindo. Senti o olhar de em mim e, por instinto, virei o rosto para encará-lo. Assim como imaginava, seu rosto estava muito próximo ao meu, a respiração batendo em meu rosto, e os narizes quase se tocando. Ele sorriu, olhando em meus olhos, e eu apenas sorri de volta. Abaixei um pouco o olhar e notei que ele se aproximava devagar, com seus lábios vindo perto dos meus. Meu sorriso aumentou por impulso e, ao notar, o dele também aumentara. Encostei, finalmente, meus lábios no dele. Assim que tivera a oportunidade, sua língua pedira passagem para aprofundar o beijo e eu correspondi ao ato. Levei uma das mãos ao seu rosto, acariciando-o, enquanto uma das mãos dele fora para minha nuca, segurando-a. Separei nossos lábios lentamente e abri meus olhos, olhando para . Ele abriu os olhos no mesmo instante que eu e abriu um belo sorriso tímido no rosto. Ri baixo, me sentindo envergonhada, e abaixei o rosto.
  Sua mão levantou meu queixo e logo ouvimos e bufarem. Nos separamos um pouco, voltando a realidade e lembrando que estávamos assistindo filme com mais quatro pessoas. Olhamos em volta e todos nos encaravam.
  - O quê? - Perguntei, sentindo minhas bochechas corarem.
  - Nada - deu de ombros.
  - Apenas preferíamos ver filme sem segurarmos vela - completou.
  - Ah, qual é, eu achei fofo - riu, me fazendo ficar mais vermelha ainda. apenas ria das reações de e o zoava.
  - Parem de nos olhar, isso ficou constrangedor - murmurei, rindo.
  - Eu só quero dizer que eu não ligo. Podem se pegar, desde que não se comam na nossa frente - disse, rindo.
  Eu e rimos nervosos, mas logo todos voltaram a atenção ao filme. Virei-me para ele e rimos juntos.
  - Vamos lá pra sacada? - sussurrou.
  Assenti. Estavamos bem ao lado da saída para a mesma. Ele abriu a porta de vidro, me dando passagem, e logo depois fechou-a. Encostamos na grade, olhando a vista para a cidade.
  - Acha que e estão se divertindo? - Ele perguntou, agora um pouco mais alto que antes.
  - Espero que sim. A ficou falando na praia que o era todo fofo e blábláblá - eu ri.
  - Ele dizia o mesmo dela - ele rolou os olhos, rindo.
  Mantive minhas mãos na grade e voltamos a ficar calados. Senti novamente o olhar de e, também, sua aproximação. Estava parado muito perto de mim. Observei pelo canto dos olhos seu sorriso torto ao sussurrar meu apelido, me chamando. Virei meu rosto em sua direção e senti sua mão tocando em minha bochecha. Voltamos a tocar nossos lábios e a aprofundar o beijo. Virei todo meu corpo de frente para o dele e senti seu sorriso quando envolvi meus braços ao redor de seu pescoço. Ele correspondia a todos meus atos e deslizou as mãos até pararem em minha cintura.
  É, estava certa, apenas para variar. Ele era um alvo. E agora ele é mesmo um amor de verão.

Capítulo 4

  Posso dizer, sinceramente, que essas estavam sendo as melhores férias que já tive, e para completar: curtas demais.
  A primeira semana passara voando depois da noite em que assistimos Alice. Acabamos por nem assistir Atividade Paranormal, já que todos acabaram ficando com sono e indo dormir. As meninas dormiram primeiro, e me lembro bem de ter de pedir a e a para levar e ao nosso quarto. acompanhou-nos também, e começamos a ficar desde aquele dia. Sempre estávamos juntos, e havia saído com ele umas cinco vezes por Los Angeles, já que os outros caras também chamavam minhas amigas. É, elas também deram uma grande sorte e estavam ficando com eles.
  Eu acho que estava me apaixonando, e isso não era boa coisa.
  Estava ajeitando todas minhas coisas na mala, quando ouvimos batidas fortes em nossa porta. Mesmo que partíssemos apenas amanhã, preferimos ser prevenidas e deixar tudo, no mínimo, meio arrumado.
  - , ATENDE!! - Gritei, já que ela estava mais perto da porta naquele momento.
  Continuei arrumando minhas coisas e ouvi as vozes dos rapazes invadindo nosso quarto. Olhei para vê-los entrar e vi abraçar por trás e ambos andarem juntos, rindo, até nós. estava com um embrulho na mão, certamente um presente de 'recordação' para , e estava meio estressado, acho que diria mais triste, por estarmos indo embora no dia seguinte. Ele e realmente estavam se dando muito bem, mais do que ambos esperavam, a ponto de deixar a gritar um 'EU TE DISSE!' quando eles ficaram pela primeira vez. Fora mesmo uma relação de amor/ódio.
  Depois dos meninos, pude ver entrar por último e fechar a porta atrás de si, vindo até mim com um sorriso e sentando-se no chão, me observando arrumar as malas.
  - Tem que ir mesmo? - Ele disse, em meio a um suspiro.
  Realmente não ia ser NADA fácil ir embora.
  - Infelizmente sim - disse. - Eu não tenho como ficar mais aqui, por mais que eu queira. Você sabe disso. - Ele assentiu.
  Continuei dobrando algumas roupas, deixando pra fora apenas meu pijama e três mudas de roupa, para caso fosse necessário. Afinal, ainda não era nem hora do almoço, eu poderia sair essa tarde toda ainda, além de precisar de uma roupa para viajar de amanhã cedo.
   encostou seu rosto em meu ombro, fazendo com que seus cabelos tocassem meu pescoço, me fazendo rir.
  - O que foi? - Ele perguntou, ainda com o rosto no meu ombro.
  - Seu cabelo 'tá fazendo "cosquinhas" no meu pescoço - murmurei.
  Ele bufou, rindo, e levantou o rosto para me olhar. Retribui o olhar, mantendo meus olhos fixos nos dele. Ele se aproximou e ambos fechamos os olhos juntos assim que sentimos o toque dos lábios um do outro. Diferente dos outros beijos, nesse havia mais paixão e talvez saudades adiantadas. Toquei seu rosto e nos separamos ao ouvir que nossos amigos conversavam em voz alta.
  - Depois, na hora do pôr-do-sol, você quer ir comigo à praia? - Ele sussurrou.
  Assenti, sorrindo e ele me deu um beijo na testa. Viramos para os outros seres no recinto e ingressamos na conversa. Uma conversa um tanto triste, já que eles estavam mal por já estarmos indo, mesmo que fossem embora dali três dias.

  Depois de arrumarmos todas as coisas, as meninas foram dar uma volta com os rapazes e disseram que iriam demorar... Ou seja, iriam passar o dia todo fora, voltariam apenas à noite, para aproveitar o último dia em LA. Comigo não seria diferente. Já eram quase seis horas então estava esperando , na frente do hotel, para irmos à praia conforme ele disse.
  - Esperando há muito tempo? - Ele perguntou, ao parar ao meu lado. Sorri e segurei sua mão assim que ele fez menção de pegá-la.
  - Não, faz uns minutinhos só... - Murmurei, enquanto andávamos pela calçada lotada.
  Ficamos um bom tempo em silêncio, apenas caminhando até a praia que estivémos algumas vezes naquelas duas semanas e meia. Ele sentou-se na areia primeiro e eu logo em seguida, ajeitando meu shorts jeans. Suspirei olhando para o mar calmo, com as ondas quebrando um pouco longe da onde estávamos. A maré subia um pouco, mas não chegaria até nós. passou o braço por cima dos meus ombros e me fez encostar a cabeça no seu.
  - Primeira vez que eu vejo um pôr-do-sol com alguém realmente especial - ele murmurou e eu soltei uma risada baixa.
  - Sei, - disse. - Até parece.
  - 'Tô falando sério, ! - Ele riu. - Eu vi vários pôr-do-sol, mas nunca com alguém assim, que nem você. Só com minha família.
  Ele deu de ombros e me calei. Estava realmente falando sério e isso definitivamente estava cortando meu coração. Por quê? Bem, eu estar apaixonada... OK, eu sofro sozinha depois que for embora daqui. Mas se é recíproco, isso realmente vai complicar.
  Mais um tempo em silêncio.
  - Eu preciso falar uma coisa - ele sussurrou, ao pé do meu ouvido, me fazendo arrepiar.
  Virei para ele e assenti com a cabeça, como quem pede para continuar.
  - Acho que tem algo... - parou por um segundo, suspirando. - Algo aqui, entre nós.
  Fiquei olhando-o, sem saber o que dizer. Eu estava me sentindo cética, como quem não ligasse para os sentimentos dele. Mas eu ligava, e por isso estava com medo de que ele achasse isso.
  - Por favor, , diz alguma coisa - ele pediu, tocando meu queixo e fazendo com que eu olhasse diretamente em seus olhos.
  - Eu também acho isso... - Sussurrei, olhando-o abrir um sorriso. - Desde o dia que te conheci as meninas achavam isso e me surpreendi no segundo dia que estávamos aqui e etc.
  - Então quer dizer que vamos manter contato, mesmo que você esteja tão longe de mim? - sorriu ainda mais, me deixando realmente com medo de ferir-lhe com minha decisão.
  - Eu... Eu... Não acho que seja uma boa idéia - sussurrei, deixando minha voz falhar. Senti algumas lágrimas acumularem em meus olhos, mas segurei-as para não deixá-las cair. ficou me olhando, agora com o sorriso desfeito. - É muita distância, ... São países diferentes, eu tenho uma vida, você tem a sua... Não acha que seria pior se continuássemos conversando e, não sei, conhecer alguém diferente e consequentemente deixar que um ao outro saiba disso? Isso pode ser bem doloroso... Entende o que quero dizer? - Despejei tudo rápido demais, ainda conseguindo manter minhas lágrimas dentro dos olhos.
   ficou me olhando por um bom tempo, com os olhos confusos e vazios. Eu realmente tinha pisado na bola mas... E a preocupação com a distância? Eu definitivamente não iria suportar ser apenas amiga dele, saber que ele estará em Nashville conhecendo outras garotas.
  - Você tem certeza disso? - Ele perguntou, com a voz falha. Minhas lágrimas acabaram caindo e ele passou a mão em meu rosto, enxugando-as. Assenti. - Tudo bem.
  - Eu sei que isso é injusto - murmurei, escondendo o rosto na curva de seu pescoço.
  Diferente de como poderia ser com qualquer outro cara que fosse 'negado' ou 'chutado', ele me abraçou forte e acariciou levemente minha cabeça, ouvindo meu choro baixo.
  - Vamos apenas aproveitar enquanto ainda nos conhecemos então, não? - Ele sussurrou e eu assenti.
  Levantei o rosto, deixando-o bem próximo do de . Ele se aproximou e grudou nossos lábios, beijando-me delicamente, ainda com os braços a minha volta.
  Realmente, nossos beijos até o dia seguinte sempre transmitiriam a mesma mensagem: paixão, despedida, saudade.
  Empurrei-o para se deitar na areia, e ele o fez, sem partir o beijo. Fiquei de lado, beijando-o até sentir que o sol se pussera e estávamos só nós dois ali deitados.
  Separamo-nos e fitei seus olhos, passando a mão levemente em seu rosto. Seus olhos ainda continuavam da mesma maneira que antes, tristonhos e agora com algumas lágrimas escapando. Eu não acredito que isso conseguiu ir tão longe tanto pra mim quanto pra ele em apenas duas semanas e meia.
  - Por favor, não fica assim - sussurrei, a voz falhando quase completamente. Mas ele entendeu.
  - Eu vou ficar bem - respondeu e me puxou para que eu deitasse ao seu lado, olhando o céu.
  Já estava escuro o suficiente para irmos embora, mas continuamos ali, mesmo assim, observando as estrelas. Enquanto ele acariciava meus cabelos, confesso que quase dormi. Era tão bom estar perto dele... Por quê diabos ele tinha que morar tão longe? É apenas para me machucar mesmo, só podia ser.
  - Vamos? - Ele perguntou, assim que viu que eu estava ficando cansada.
  Assenti e ambos levantamo-nos, limpando as roupas e inclusive o cabelo, mesmo que a areia sairia deste apenas depois do banho. Seguimos para o hotel, onde nossos amigos provavelmente estariam lá nos esperando para jantar.

Capítulo 5

  Naquela manhã, todos levantaram cedo. O avião para São Paulo/BRA saíria às 11am. Depois do café da manhã, as meninas voltaram para seu quarto e colocaram as últimas coisas que faltavam em suas malas.
  Quando estavam no corredor, cada um dos rapazes apareceram para ajudá-las com as bagagens. Se enfiaram todos num elevador e, depois de feito o check-out, dividiram-se em dois táxis.
   sentou-se no banco da frente do mesmo carro em que estava. Olhou-a pelo retrovisor e esta apenas observava as ruas de LA como se fosse uma despedida. Estava triste e isso era notável. Disfarçadamente, colocou a mão dentro do bolso e tirou os dois colares que havia comprado na tarde anterior, antes de encontrar-se com a garota para ir à praia. Em cada um dos colares, havia um pingente, como se fosse uma cápsula. Dentro da cápsula de um deles, havia um líquido azul e um pequeno grão de arroz, com a letra inicial do nome da garota; e na outra, havia um líquido roxo também com um pequeno grão, porém neste havia escrito a inicial do nome dele. Suspirou e guardou ambos em seu bolso novamente. Iria tentar dar à antes que ela partisse e, possivelmente, nunca mais se vissem.
  Passou a pensar em sua banda, que era formada por ele e seus amigos, mas que ainda nem tinha músicas direito e nem desencadearam a carreira.

  Ao chegar no Aeroporto de Los Angeles, ninguém demonstrava felicidade. Depois de deixarem as malas na esteira, foram até o local onde esperariam pelo horário do avião e sentaram-se todos nas cadeiras, olhando uns para os outros. levantou-se e chamou para conversar e esta foi. Todos sabiam que teriam de conversar com elas antes de partirem, então todos o fizeram. Porém, não e , estes já haviam decidido tudo ontem.
   estava numa cadeira um pouco distante de Takahashi, então decidiu se aproximar. Ela olhou para ele, os olhos inchados, e ele sabia o por quê.
  - Hey - ele sussurrou, abraçando-a.
  Ela nada disse, apenas abraçou-o e ficou com o rosto abaixado.
  - Mesmo que não vamos manter contato - começou a dizer - eu trouxe um presente pra você.
   levantou o rosto, com cara de interrogação, fazendo com que o rapaz risse levemente.
  - Posso te dar um presente, certo? - Ele sussurrou. - Queria que pelo menos se lembrasse dessas suas férias e de mim.
  Ela riu baixo.
  - Claro, eu quero mesmo me lembrar de você, assim como queria que se lembrasse de mim - disse. - Mas não comprei nada, estou sem graça. - Riu.
  - Eu já comprei por nós dois - ele piscou, sorrindo e pegando os colares do bolso.
  Os olhos de brilharam ao ver o par de colares idênticos se não fosse pela cor do líquido e pela inicial gravada no pequeno grão.
  - São simples mas... - Ele disse, pegando o de líquido roxo e colocando no pescoço da garota.
  - São lindos - ela cortou-o e sorriu levemente.
   fizera menção de ele mesmo colocar seu próprio colar, mas tirou-o rapidamente de sua mão, rindo e distraindo-se, e finalmente colocando-o no pescoço do rapaz.
  - Espero que se lembre de mim - ele disse, olhando-a nos olhos.
  - E você também - ela concordou.
  Continuaram muito próximos e, , mesmo sabendo que agora deveria ser o momento que eles deveriam começar a 'se afastar', fora de encontro com os lábios de . Ela não protestou, apenas retribuiu até ouvir a chamada para o vôo.
  - Adeus, - ela sussurrou, agora mais triste e saiu andando até o portão do qual vários outros passageiros estavam indo.
  Ele apenas continuou olhando as costas da garota que agora estava distante. Ela virou de lado para olhá-lo e dar um aceno após beijar o pingente para que ele visse. Este deu um sorriso de lado sem mostrar os dentes e acenou de volta. Segurou-se para não correr até ela e fazê-la ficar. Mas ela tinha de ir, e ele não queria deixar as coisas ainda mais difíceis para ela.
  As meninas, e , saíram correndo atrás de , após se despedirem dos garotos e faltava apenas . começou a procurar pela outra garota e a viu beijando um cara qualquer. Arregalou os olhos e passou a procurar por .
  - Eu 'tô aqui - ele disse.
  - O que deu na ? - perguntou.
  - Não sei, ela apenas olhou o cara, despediu-se de mim e correu até ele. E o beijou. - Deu de ombros, tentando parecer indiferente.
  - Você 'tá bem? - Perguntou.
  - O que quê você acha, ? - dissera num tom grosseiro. - Fiquei duas semanas e meia com ela, 'tava gostando dela, e agora isso!

  - , o quê que deu em você!? - perguntou assim que a amiga chegou perto delas. Não sorria e estava indiferente.
  - Ele se apaixonou por mim, eu por ele. Não podia ficar assim, eu prefiro vê-lo sofrer agora e eu sofrer no Brasil, do que sofrermos juntos. - Disse.
  As meninas se entreolharam e subiram no avião e este começou a levantar vôo. Olharam pelas janelas o aeroporto ficar cada vez mais distante. É... Estavam voltando para casa. Sem seus "amores" de verão.

Not The End!



Comentários da autora

  Hey guys! Eu sei que o final ficou bem... Tenso. Eu cortei praticamente todas as férias não é? SOOORRY. Mas eu realmente tinha de finalizá-la, afinal, ela é um complemento para Lovesick II: Homecoming. Então, quem gostou? Muito obrigada a todas vocês que leram! Adorei ter tido leitoras tão fiéis, e espero que continuem na continuação *-*. Prometo que ela não irá demorar para vir, mas não garanto que ela será muito maior que esta, ok, rs? De novo, MUITO OBRIGADA e DESCULPEM-ME por reduzir tanto a fic e ter feito um final tão fdp, HSUAHUSHUA. Qualquer coisa, twitter ou e-mail ;).