Longing, revenge, love and sacrifice

Parte do Projeto Sorteio Surpresa - 5ª Temporada // Tema: Saudades

  1 ano e 6 messes antes
   ’s POV
   Estacionei meu carro e entrei no bar da Ellen, ela era como uma mãe pra mim e Jo como uma irmã, fazia uns dois messes que eu estava sem vê-las, estava com saudades delas.
   - Ellen, Jo - Disse entrando no bar sorrindo e Ellen, ao me ver, veio me abraçar, depois quem veio foi Jo.
   - Vou pegar a pasta - Disse Ellen indo pegar a pasta com fotos e informações sobre o caso.
   - Então, como foi tirar uma “férias” no Brasil? Como está sua irmã? - Perguntou Jo.
   - Foi bom, sabe, ela acha que eu sou uma veterinária - Disse sorrindo - É melhor ela não saber a verdade, assim ela não fica preocupada e não se envolve - Disse respirando fundo, já bastava uma caçadora na família, já bastava uma mentindo. - Mas e ai, arranjou um namorado enquanto eu estava fora? - Perguntei sorrindo mudando de assunto.
   Mas quando Jo ia responder Ellen chegou e me entregou a pasta.
   - Valeu, Ellen, um resumo? - Perguntei enquanto folheava a pasta.
   - Quatro caras mortos numa rodovia no último mês - Disse Ellen.
   - Testemunhas? - Perguntei quando achei as manchetes: “Homem morre misteriosamente na rodovia 66”, “Mais um homem morto, coincidencia ou um Seriall Killer a solta?”, “Mais um homem morto misteriosamente na rodovia 66” e a última: “Seriall Killer na rodovia 66”. Mal eles sabiam que isso poderia ser mais que um simples Serial Killer...
   - Não, só tem as mulheres dos homens, os depoimentos estão ai. - Disse Ellen.
   - Ellen eu consegui, rastreei o demônio. - Disse Ash entrando no bar por trás, mas ele pareceu arrependido do que disse quando me viu, espera, ele estava falando do demônio?
   - O demônio? - Perguntei desconfiada.
   - Não. - Disse Ellen.
   - Hum. - Disse não acreditando nela - Jo, por favor, me fala a verdade, é o demônio? - perguntei para Jo, ela sabia o quanto isso era importante para mim.
   - Sim - Disse Jo suspirando e olhando para baixo.
   - Eu vou ajudar. - Disse decidida.
   - Não, você não vai. O Ash pesquisou sobre o demônio e ele é perigoso demais, - Disse Ellen com um ar de mãe, bufei.
   - Ellen, ele fez uma desgraça na minha vida, eu tenho que me vingar! - Disse e ouvi a porta do bar sendo aberta, mas não dei muita atenção, assim como Ellen que continuou me olhando, agora brava.
   - , você não vai, ouviu? Você vai resolver esse caso - Disse ela apontando a pasta - E nós cuidamos do demônio - Concluiu ela e eu bufei.
   - Ellen, por culpa daquele demônio minha vida virou de cabeça pra baixo, eu viajo pela droga desse país sozinha e só vejo minha irmã mais nova e meus pais uma vez há cada 3 messes, eu sinto saudades deles mas minto para protege-los - Disse calmamente, porém irritada - Então eu vou matar o filho da mãe, tá bom? E você sabe que eu vou te seguir se você não me deixar ir, e se você continuar negando sobre eu ir nessa caçada, eu sigo vocês e depois sumo no mapa que nem Ash vai me achar! E vocês só vão receber noticias quando eu morrer e olhe lá. - Disse raivosa olhando para Ellen, depois Jo e depois Ash. Ellen respirou fundo e assentiu, magoada.
   - Eu só queria te proteger. - Disse Ellen.
   - Eu caço há anos, sozinha, acho que não posso ser intitulada indefesa - Disse sorrindo triste e fui abraçar Ellen. - Desculpa por te magoar - Disse a abraçando e ela retribuiu. Nós soltamos e ela olhou para trás de mim e sorriu.
   - Oi meninos - Disse ela e eu me virei. Eram dois caras, um alto e outro mais baixo. O mais alto tinha um cabelo castanho meio longo, tinha olhos verdes, estava com uma mochila e era gato. O mais baixo era loiro, de olhos verdes e também era gato. Eles me olharam com curiosidade, e o loiro meio que me secando, meio que desconfiado. - Essa é a , ela é como uma filha pra mim - Disse Ellen - , esses são Dean - O loiro levantou a mão num aceno -, e Sam Winchester - terminou e o alto fez o mesmo gesto de Dean.
   - Oi Ash. Pega uma cerveja pra mim, Jo? - Disse Dean se sentando num banco em frente do balcão, cara, ele era muito gato. Sam cumprimentou todos e se sentou numa mesa e tirou um notebook da mochila dele. Sam Winchester, Winchester, Sam... eu já tinha ouvido esse nome, lógico que eu sabia quem eram os Winchester, mas já tinha ouvido algo especifico do Sam sem ser em relação a algo sobrenatural.
   Me sentei três cadeiras longe de Dean, estava pensando de onde eu ouvi o nome do Sam enquanto olhava pro balcão.
   - Ei - Dean chamou e eu virei para ele para ver se o mesmo estava falando comigo - Eu não mordo, só se você quiser - Disse Dean sorrindo maliciosamente para mim, ótimo, ele era o garanhão que achava que pegava todas? Dei um riso irônico e voltei a olhar para o balcão, ele podia ser um gato, mas eu não queria acabar me envolvendo emocionalmente. Continuei pensando de onde eu ouvi o nome Sam Winchester. Caramba! Como eu não lembrei disso?
   - SAM WINCHESTER! - Gritei feliz como uma criança que ganha um brinquedo e me levantei do banco, Sam, Dean, Ash, Ellen e Jo me olharam com confusão na expressão. - Sabia que já tinha ouvido falar sobre você. - Disse agora num tom normal.
   - Somos os Winchesters, acho que todos os caçadores já ouviram falar de nós. - Disse Dean em som de deboche. Revirei os olhos e fitei Sam.
   - Eu era amiga da Jessica. - Disse o olhando e ele ficou surpreso. - Ela falava muito de você, cara, chegava até a enjoar. - Disse rindo, minha amiga não tinha merecido morrer, eu lembro de quando ficávamos horas nos falando, sinto saudades dela, era uma das minhas melhores amigas. Me levantei e fui até a mesa onde Sam estava. Começamos a conversar sobre Jessica, então Ash nos deu uma garrafa de cerveja e dois copos, mas Sam só bebeu um pouco, e que bebi a maior parte.
   Dean’s POV
   Como é que ela me dava um fora e minutos depois está conversando e bebendo com meu irmão?
   - Parece que alguém está com inveja do Sam - Disse Jo se sentando ao meu lado, a olhei e ela retribuiu.
   - Só não entendo como alguém pode me dar um fora e minutos depois está conversando com meu irmão. - Disse revirando os olhos. Jo riu.
   - Está assim por que acha que ela te deu um fora e quer ficar com o Sam? Olha o tamanho do orgulho Dean, acho que ela tem amor próprio. - Disse Jo e eu bufei - Mas se isso melhora seu orgulho ferido: ela não está a fim do Sam, eu acho, ele era o namorado da amiga dela, seria um tipo de traição. - Falou Jo - Mas isso não muda que você levou um fora - Ela sorriu achando graça.
   Aquela garota não tinha me dado um fora, ninguém (ou quase ninguém) me da um fora!
   ’s POV
   - Droga! - Disse Ash olhando o notebook, todos olhamos para ele - O demônio, parece até que sumiu do mapa, vamos ter que esperar um tempo. - Disse Ash e eu respirei fundo.
   - Quanto tempo? - Perguntei.
   - Não sei. - Disse Ash se voltando para o computador.
   - Ótimo! - Disse irônica e olhei pela janela do bar, já era quase noite. Tinha que ir embora se quisesse resolver o caso e fugir da comemoração do meu aniversario.
   - Nem pense nisso, você dorme aqui hoje. - Disse Ellen, me levantei e me virei para ela.
   - Tenho que resolver o caso, já que quem eu queria matar sumiu do mapa - Respondi.
   - Ela não vai esquecer o dia de amanhã - Disse Jo rindo da minha cara.
   - O que tem amanhã? - Perguntou Dean confuso me olhando, que olhos...
   - Meu aniversario - Disse dando de ombros - E eu acho que por isso eu poderia ficar sozinha. - Disse olhando para Ellen.
   - Não - Disse ela como uma ordem e eu bufei.
   - Posso pelo menos ir resolver o caso? - Perguntei.
   - E só voltar três dias depois? Sem chance - Disse Jo.
   - Pensei que estivesse do meu lado - Disse a olhando e ela sorriu dando de ombros.
   - Sam e Dean resolvem o caso, podem fazer isso, meninos? - Pediu Ellen olhando para Sam e depois para Dean.
   - Claro, qual é o caso? - Perguntou Sam se levantando e se sentando do lado de Dean.
   - Parece que alguém vai ter que dormir aqui... - Disse Dean e eu fui até ele e bati na sua cabeça. - Ai! - Ele disse passando a mão pelo local e eu sorri.
   - Vou pegar minhas coisas no carro, posso? - Perguntei para Ellen, eu poderia pegar o carro e...
   - Eu vou com você - Disse Jo.
   - Eu te odeio - Disse para ela.
   - Eu sei - Disse ela rindo e fomos pegar as minhas coisas no carro.
   Dean’s POV
   Ellen nos entregou a pasta e eu e Sammy já tínhamos um palpite: Podia ser uma mulher, como “A Mulher De Branco”, que matava homens infiéis.
   voltou com Jo para dentro do bar carregando algumas coisas e rindo. era muito bonita e gostosa.
   colocou as coisas em cima da mesa de sinuca e o celular dela tocou, ela saiu e foi atender fora do bar, estranho... será que ela tinha namorado? Fiz uma careta involuntária com isso.
   - Que demônio ela quer tanto matar, Ellen? - Perguntou Sammy e eu comecei a prestar atenção no que Ellen dizia.
   Quando Ellen ia responder entrou no bar de novo.
   - Era a minha irmã - Disse ela em um tom de saudades.
   - Vamos, Dean - Disse Sammy se levantando do banco. - Feliz aniversário, - Desejou Sam sorrindo indo até ela, ela retribuiu o sorriso e deu um “obrigada”. Levantei do banco e fui até ela.
   ’s POV
   Dean veio até mim e sorriu, cara que sorriso sexy...
   - Feliz aniversário, - Disse ele sorrindo.
   - Obriga... - Eu não pude terminar a frase pois ele me beijou, ele pediu passagem e eu cedi. Coloquei minha mãos em seu pescoço e as mãos dele estavam na minha cintura. Nossas línguas se encontraram e nossa... o beijo estava muito bom e ficando quente...
   - Dean, vamos - Disse Sammy, mas nem eu nem Dean ligamos, só nós separamos por falta de ar. Dean sorriu e foi embora com Sam.
   - Uau - Disseram Ellen, Jo e Ash.
   - Uau. - Sussurrei ainda sentindo as sensações do beijo.
   Alguns minutos se passaram e finalmente alguém falou.
   - Eu durmo na mesa de sinuca. - Se pronunciou Ash.
   - Sem chance, meu aniversário, eu escolho onde vou acordar. - Disse sorrindo.
   - Ao aniversário da - Disse Ellen enchendo copos de cerveja para ela, eu, Jo e Ash.
   Algumas horas depois...
   Ash estava desmaiado no chão de tanto beber, Ellen estava alegrinha, assim como Jo. E eu ainda estava no segundo copo, pois, assim que terminei o primeiro copo, minha amiga me ligou e ficamos nos falando por horas.
   - Vamos cantar - Disse Jo bêbada e Elle, no mesmo estado da filha riu como uma doida.
   - Meninas, vou deixar vocês sozinhas, passei da minha conta. - Disse Ellen, ela tinha fechado o bar hoje.
   Ellen puxou Ash e o levou - arrastando pelo chão - para o chão do quarto dele, logo em seguida ela entrou no dela. Jo pegou ligou o rádio no máximo, já que não tinha vizinhos e nada acordava Ellen e Ash de uma ressaca, e Ellen já devia ter dormido assim que se deitou.
   Começou a tocar a música Bad Girl da Avril Lavigne feat. Marilyn Manson. Jo sorriu bêbada e começou a cantar, eu fiquei rindo, quando a música acabou começou TNT do AC/DC e foi minha vez de cantar como uma retardada.
   Depois eu já estava bêbada e acabei “desmaiando” na mesa de sinuca, e Jo em cima do balcão do bar.
   Enquanto Isso: Pov Autora.
   O assassino da rodovia 66 era só um cara, os caras que morreram tinham praticado bullyng com ele, então ele os matou, mas se entregou. Sammy e Dean bufaram ao perceber que era só um humano cometendo crimes.
   Dean e Sammy dormiram e voltaram para o Bar da Ellen no dia seguinte, entraram e seguraram o riso do que viram.
   desmaiada em cima da mesa de sinuca e Jo em cima do balcão, Dean, malicioso como sempre pensou que Ellen e Ash estavam fazendo “coisas”.
   Atualmente:
   E foi assim que e os Winchester ficaram amigos, bem, depois de seis messes e Dean não eram amigos, mas sim namorados. Um ano depois eles encontraram o demônio que queria matar, e agora estavam: , Dean, Sammy, Ellen, Jo e Ash na frente do demônio, enquanto o mesmo sorria irônico.
   - Está fazendo isso por saudades não é, pequena ? - Perguntou o demônio irônico. estava com o Colt apontado para ele.
   - É - Disse ríspida.
   - Sua vida era feita de saudades não era? Você largou sua família e morre de saudades deles, você viu sua melhor amiga ser possuída por mim e matar todos os seus amigos e tentar te matar, e morre de saudades deles não é? Você só queria eles aqui para matar essa saudade e fechar o buraco que você tem no peito não é? - Ia dizendo o demônio.
   - Calado - disse a garota com raiva.
   - Vou te dar mais um motivo para me matar, ou pelo menos querer. - Disse o demônio e atirou no demônio, mas ele conseguiu desviar, foi até Dean e quebrou o pescoço do mesmo. Ninguém teve uma ação imediata.
   - SEU FILHO DA PUTA! - Gritou com ira e conseguiu atirar nele, demorou cinco segundos e ele morreu, e Sammy correram até Dean, morto.
   Agora, ela era só um corpo sem um coração, pois o cara que ela amava tinha sido morto.
   Dois Dias Depois...
   e Sammy não deixaram Dean ser cremado, Sammy estava cavando um buraco perto da casa do Bobby para enterrar Dean, ele acharia um jeito de trazer o irmão de volta, mas sabia que um pacto não iria funcionar, já que Dean iria fazer outro para traze-lo de volta.
   estava no Impala, esperando Sammy e escrevendo um bilhete, de dois em dois minutos olhava para o banco de trás e via Dean morto, lágrimas rolavam pelo rosto da garota e ela voltava a escrever. Terminou antes que Sammy terminasse o buraco, colocou o bilhete no bolso da calça que Dean usava, limpou as lágrimas que caiam dos seus olhos.
   - TERMINEI - Gritou Sammy, suspirou e saiu do carro. Sammy foi até o carro e tirou o caixão de cima do carro, depois colocou Dean dentro. Esperou alguns minutos calado, só olhando o caixão aberto com Dean dentro, assim como .
   Alguns minutos depois Ellen, Jo, Ash e Bobby chegaram, Sammy fechou o caixão e Ash o ajudou a colocar o caixão no buraco. Todos estavam chorando.
   Mais tarde nesse dia:
   Cada um pegou seu rumo, mas foi até uma encruzilhada e fez o que ela tanto abominou por alguns anos, beijou o demônio e minutos depois caiu morta e Dean acordou.
   Dean, depois de sair do caixão, não sabia o que tinha acontecido, lembranças de repente o atingiram com tudo. Ele pôs a mão no bolso para procurar seu celular, mas achou um bilhete. Dean começou a ler.
   “Oi Dean,
   Você deve estar confuso né? Olha, quero que saiba que eu te amo e faria isso mil vezes se fosse preciso.
   Estávamos enfrentando o demônio filho da mãe e ele te matou, em seguida eu o matei, mas era tarde demais.
   Se você está lendo isso, meu plano deu certo, você está vivo e bem de novo.
   Por favor, não tente me trazer de volta com um pacto, eu iria fazer outro para te trazer de volta e ficar no seu lugar.
   Eu te amo, não importa o que aconteça.
   Adeus Dean,
   ”
   Dean ficou pasmo e lágrimas saíram pelo seu rosto, como ele faria para trazê-la de volta se toda vez que ele fizesse o pacto ela iria fazer outro para trocar de lugar com ele?
   E então Dean sentiu um enorme buraco no seu peito abrindo, a saudade estava sufocante.
   - Eu também te amo e vou arrumar um jeito de te trazer de volta. - Sussurrou Dean para o nada, segurando fortemente o bilhete enquanto lágrimas saiam de seus olhos, ele a traria de volta, nem que isso fosse a última coisa na vida dele, ele arranjaria um jeito, ele tinha que arranjar um jeito. Só de imaginar o que ela estava sofrendo por ele o mesmo ficava desesperado e com saudades dela ao seu lado, não que ela estivesse completamente segura ao lado dele, pelo contrario, mas pelo menos ela não estava no inferno. - Eu prometo.
   - AHHHHHHHHH! - gritava de dor enquanto era torturada no inferno, ela já não sabia mais o que mais doía: seu coração por saudades ou seu corpo pela tortura.
   Às vezes parece que é o fim, que a história termina ali e não tem nenhum jeito dos personagens ficarem juntos novamente, mas às vezes, aparece alguém e faz com que eles se reencontrem.
   Mas enquanto o “alguém” não chega, se esse alguém chegar, a saudade reina nos sentimentos, afinal, já dizia o livro O Teorema Katherine: “O tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir dela.”
   Mas é o amor que nos faz sentir saudades, as saudades pode te levara fazer coisas que seriam loucura para alguns, mas não para outros, como o que fez por Dean, na cabeça de um desconhecido seria loucura, na cabeça de Jo, por exemplo, mesmo ela não sabendo o que tinha feito, não era, pois ela sabia o quanto ela amava o Winchester mais velho.
   Dean levantou a cabeça e reconheceu onde estava, era perto da casa do Bobby.
   Enquanto gritava de dor Dean andava até a casa de Bobby, determinado a não parar um segundo antes de achar um jeito de tirar do inferno.
   Era começar ou nem tentar, e Dean tentaria, até seu último suspiro, ele tentaria.

FIM