Long As You Love Me

Escrito por Yzi Jansen | Revisado por Natashia Kitamura

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  " - ... Eu faria tudo por você. - Os olhos de brilhavam ao sussurrar as doces palavras. Enquanto Zayn que naquele momento servia como um acolhedor travesseiro para sua pequena. Sem responder o garoto apenas assimilou as palavras e voltou a afagar as longas madeixas com carinho a embalando em um leve sono e assim feito permaneceu deitado na cama da namorada que lhe parecia o lugar mais confortável do mundo naquele momento."

   piscou os olhos mais 5 vezes tentando certifica-se de aquilo não era um sonho, um pesadelo melhor dizendo e para seu desespero não era. A cena que acabará de presenciar era real e a sublime ilusão de que poderia acordar foi dissipando-se com o pingo de esperança que nas pessoas estarem erradas a respeito das acusações que faziam sobre Zayn. Ela sentiu as lágrimas encharcarem seu rosto involuntariamente enquanto ela pressionava a mão contra a boca para não gritar. não sabia onde estava, não se lembrava de ter visitado aquele antigo galpão, mas quando saísse dali tinha a certeza de que jamais voltaria. Malik voltou seus olhos pra sua namorada que estava sentada próxima a parede com os joelhos junto ao corpo e uma expressão aterrorizada, o moreno com estilo bad boy deixou escapar um sorriso no canto dos lábios. A não olhava para Zayn e sim para o garoto estirado no chão que seu namorado acabará de matar a sangue frio e para o senhor engravatado que ajoelhado ao lado do corpo gritava como se aquilo pudesse trazer o jovem de volta a vida. Isso não incomodou o moreno que soltou uma risada sádica. levantou o olhar tentando encontrar algo familiar nos olhos do rapaz, mas seus olhos não conseguiam sair da arma que ele carregava em mãos. O rapaz desistiu de conseguir o olhar dela e voltou a apontar a arma para o senhor que tinha o paletó ensaguentado pela proximidade ao garoto morto. Malik começou a andar de um lado para o outro sem que o velho homem saísse da sua mira.
  - Você ainda me ama, ? - o assassino proferiu muito mais alto que o necessário assustando a garota ainda em estado de choque. Não havia uma resposta a ser ouvida, só podia ouvir eram os soluços e gritos agonizantes do senhor que agora acariciava o rosto do menino. Irritado em não obter resposta continuou seu monologo. - Lembra quando você disse que me amava pelo o que eu era? Independente do que os outros falavam ao meu respeito? - o garoto sacudiu a cabeça como se estivesse sob o efeito de drogas. E por um segundo parou de encarar o vazio e fitou o velhinho rudemente. - DÁ PRA CALAR A BOCA! Mal consigo ouvir meus pensamentos! - gritou fazendo com que o senhor começasse a soluçar baixinho. Então deu passos firmes até onde estava e a puxou pelo braço sem nenhuma delicadeza para que ela ficasse de pé. Ela ainda recusava-se a encarar seus olhos. O que mais a assustava não era o fato de não reconhecer o Zayn pelo qual ela havia se apaixonado e sim que fosse ele mesmo, ela o encarava e conseguia vê-lo perfeitamente como era e sempre foi. A assustava o fato de ter demorado tanto tempo para enxergar a verdade. - Então, você ainda me ama ou tudo que você me disse eram mentiras? Pois esse sou eu, quem eu realmente sou. - deu ênfase no apelido da que encarava o vazio. Ela estava com medo, e quem não estaria. Toda aquela proximidade com um assassino era assustadora. A jovem procurava voz para responder, porém preferiu questioná-lo:
  - O que você fez? - queria gritar, porém sua voz mal conseguia sair. – Por que matou aquele homem inocente? Quem é esse senhor? - disparou a perguntar tentando entender aquela história.
  - Inocente? - caçoou revirando os olhos achando aquilo tudo estupido demais. - Não sei o que me surpreende mais; tamanha inocência ou você não reconhecer o deputado ali. Envolvido com lavagem de dinheiro e toda aquela corrupção que estamos acostumados a assistir nos noticiários. - encarou o político enquanto dizia e deu dois passos para trás ficando paralelo a ele agora voltando a apontar a arma para o mesmo. - Esse homem destruiu tudo que minha família demorou para construir, tirou tudo que tínhamos como também tirou de várias famílias. E o mais interessante o que os noticiários não mostram é que ele esta envolvido com a máfia. - voltou a encará-lo de forma rude e sem qualquer esforço fechou a cara e disparou contra a perna do deputado que gritou em desespero. Os ouvidos de ainda zumbiam pelo barulho dos tiros que eram mais altos do que ela pensava. Agoniada tentou não encarar o homem e apenas deu um passo pra frente se preocupando em não se manter tão próxima.
  - E quem é o homem em que você atirou? O que ele tem a ver com isso? O que você tem a ver com isso? - tropeçava nas palavras toda vez que tentava formular novas perguntas. O que fez Malik rir.
  - O que EU tenho a ver com isso? - tentou segurar a risada como se aquilo fosse uma piada hilária. - Nada pessoal... Me contrataram para acabar com ele. Então eu pensei, acabar com a raça desse desgraçado e ainda ser pago por isso. Francamente, é melhor do que uma viagem a Disney. - concluiu desta vez com os olhos presos ao de . - Ah, e o garoto é o filho dele... Sabe como é, ossos do ofício. - deu os ombros sem dar muita importância ao assunto.
  - Como pode ser tão frio? - indagou tentando conter as lágrimas que ainda caiam. Sua cabeça estava doendo e ela chegava a estar fraca apenas de presenciar a situação.
  - Frio?! Porra, , você fala como se esse cara fosse um bom samaritano. - Gritou um pouco frustrado por não ser compreendido pela namorada.
  - Isso não justifica... Aliás, nada justifica. - gritou de volta.
  - Quer saber? Você não entende, ninguém entende. Mas tudo bem... - Nesse momento podia jurar que quase viu um sorriso sincero. - ... Teremos bastante tempo junto para que você entenda.
  - Acho que não entendi. - a voz da ainda era de choro.
  - Vou terminar o serviço e sairemos do país. Podemos ir pra qualquer lugar que você quiser. Ouvi dizer que as praias do Brasil são maravilhosas. Com a grana que eu ganhei podemos ter uma vida maravilhosa em qualquer lugar. Contanto que você me ame. - indagou estendendo a mão para que ela a segurasse, porém, ela não o fez.
  - Você é louco. - afirmou mais pra si mesma do que pra ele.
  - Pode até ser, mas sou o único louco que te ama. - respondeu pra ela. - Teremos tempo pra isso depois, mas agora vamos a uma lição importante: Sempre termine o que começou. - Virou para o senhor que assistia a cena, inexpressivo, quase como se já estivesse morto por dentro. Zayn colocou o velho deputado na mira e engatilhou. Quando foi possível ouvir as sirenes de carros da polícia se aproximando. O bad boy parou para ouvir as sirenes tentando estipular uma distancia e logo em seguida se mostrou visivelmente bravo. - DESGRAÇADO!!! CHAMOU A POLÍCIA?! - gritou para o velho que não mostro reação. - O acordo era claro! SEM TIRAS!
  - Escuta aqui garoto. No acordo, meu filho ficava vivo, você tirou isso de mim. Não tenho mais tanto a perder. - E pela primeira vez naquela noite ouviu sua voz. - E uma lição mais importante ainda: Quando fizer algo, faça bem feito. - e apresentou minimamente um sorriso para Malik que ergueu a sobrancelha direita e se permitiu sorrir também.
  - A gente se vê no inferno, maldito! - E com frieza e um sorriso no rosto ele disparou o tiro que sentenciou a morte do senhor. A bala atravessou o crânio dele. viu tudo, sem conseguir se mexer. Seu namorado chegou a inclinar a cabeça para o lado para admirar seu feito, como se fosse sua obra de arte. - Vamos embora daqui antes que... - antes que pudesse terminar a frase um policial abriu as portas do galpão com um chute. Tudo dali pra frente aconteceu muito rápido. O policial apontou a arma para Zayn que como em um instinto segurou sua namorada em seus braços apontando a arma pra sua cabeça, ele pode senti-la tremer em seus braços então a apertou contra seu corpo com mais força. - Mais um passo e eu atiro! - Gritou para o policial que no mesmo momento se manteve imóvel. - Bom garoto. - O moreno sorriu.
  - Não faça nada do que vá se arrepender depois. Fica calmo. - O policial tentou tomar a frente da situação.
  - NÃO ME MANDA FICAR CALMO! - Gritou Malik. - Sabe, estou cansado das pessoas me dizendo o que fazer. Agora coloca a arma no chão e chuta pra cá. - Ordenou o assassino. engoliu o choro com os gritos, que servirão para acordá-la do choque de ver tantas mortes só naquela noite. Ao vivo e a cores.
  - Ok, então conversemos de igual pra igual. - indagou o tira erguendo as mãos como quem se rende e colocando a arma no chão e a chutando para longe. - Meu nome é , e o seu? - sorriu um pouco nervoso e ainda persuasivo.
  - Não somos iguais e não haverá conversa. - Malik respondeu seco. - Pega a arma. - se dirigiu a a libertando de seus braços ainda com a arma em sua cabeça. A garota procurou não fazer movimentos bruscos apenas andou devagar até a arma e quando se abaixou para pega-la ouviu um disparo. Esperando o pior ergueu os olhos para ver se o policial estava bem e para sua surpresa ele estava intacto com outra arma em mãos. Virou e viu Zayn de joelhos com a arma longe e com a mão no ombro que fora atingido. Ela se levantou rápido e antes que o namorado a pegasse chutou sua arma para longe. O rapaz a encarou com uma expressão que mesclava dor e surpresa. Ela viu algo finalmente afetá-lo e aquilo apertou seu coração, mesmo que fosse o certo a fazer.
  - Vai ficar tudo bem... Acabou. - disse se aproximando.
  - Não se mova! - gritou , surpreendendo a si mesma.
  - Fica calma. Está tudo bem. - apesar de estar de costas para o belo policial ela podia ouvir sua voz.
  - Estou calma... - suspirou cansada. - ... Apenas não se mova. - Ela ainda encarava seu namorado. A arma estava em sua mão e em um movimento rápido ele tirou a mão de seu ombro ensanguentado, o que a permitia ver o furo em sua jaqueta de couro, e tentou pegar a arma de sua mão, porém a desviou fazendo-o cair no chão. Malik gritou de dor pelo impacto de seu ombro no chão e ela teve vontade de abraça-lo e dizer que ficaria tudo bem. Como se aquela fosse mais uma noite normal, como se seu namorado não fosse um assassino de aluguel.
  - Então é assim que termina? - O moreno no chão sussurrava as palavras. - Você vai me deixar apodrecer em uma cela de cadeia? Esse é o seu amor? - Pausou ajeitando suas costas no chão e contendo a cara de dor. No fundo ele sabia que não importava o que fizesse a conexão entre seu olhar com o dela não seria quebrado. - Porque se esse for o amor que você tem a me dar, por favor, me odeie. Talvez seja menos doloroso. - Ela não respondeu apenas o encarou e todos os momentos que passaram juntos vieram em sua mente até chegar naquele fatídico dia. Agora ela tinha uma decisão em mãos sabia o certo a fazer, mas seu coração a gritava para seguir o outro caminho. Várias perguntas vinham a sua mente, porém a mais frequente era se poderia conviver com aquilo tudo que havia acontecido. A resposta era não. Ela não tinha tamanha frieza. Cansada de ver os homens tomando controle da situação apontou a arma para Zayn. - "EU FARIA TUDO POR VOCÊ." - gritou ele assim que a viu engatilhando. - Você disse... - Malik começou a encontrar dificuldade para falar. - ... "Eu faria tudo por você" e eu acreditei. Agora eu te pergunto: fui idiota em acreditar? - ao questioná-la deixou uma única lágrima solitária escapar.
  - Ei, não precisa acabar assim. - indagou guardando a arma. A garota tomou uma expressão fria e angustiada e olhou para o policial.
  - E não vai... - Indagou vagamente, virou a arma para o tira e sem pensar duas vezes apertou o gatilho acertando com tudo a cabeça do mesmo que com o impacto foi jogado contra a parede pela qual escorreu até cair sentado sem vida no chão. Zayn arregalou os olhos sem saber o que pensar.
  - Essa é a minha garota! - comemorou o rapaz. Sem mudar a expressão o ajudou a levantar e se fez de apoiou para que ele começasse andar até o carro. As sirenes eram a trilha sonora. Não paravam de tocar e eram muitas. Aparentemente, o policial tinha sido esperto o suficiente para pedir reforço. Eles caminharam o mais rápido que podiam até o A3 Sport Sedan preto em que o deputado havia chegado. ajudou o namorado a entrar no carro no banco do carona depois correu até o banco do motorista. Entrou no carro, colou a arma jogou no porta-luvas e deu partida no carro já que as chaves estavam no lá dentro. E em alguns minutos eles já estavam a 100 km/h. - Sabia que você não ia me deixar ir preso. - O rapaz começou a tagarelar com um sorriso estampado no rosto. As sirenes estavam cada vez mais altas pelo o retrovisor a conclusão era clara, estavam os seguindo. - FUCK! - gritou Zayn socando a porta e logo sentindo a dor em seu ombro que por um momento havia esquecido que fora baleado.
  - Sabe? Nunca fui muito boa em tomar decisões. - A jovem não se deu trabalho de encara-lo nem por um segundo apenas começou seu discurso calma. Já o rapaz estranhando alternava o olhar dos carros da polícia, para a velocidade em que estavam e por fim a garota.
  - Mas... Você tomou a decisão certa. Não é mesmo? - Malik gaguejou. - E agora vamos poder ser felizes juntos longe daqui.
  - Quando estávamos no galpão, pensei se poderia sobreviver com tudo que tinha presenciado esta noite e eu não conseguira. Ninguém com o mínimo de sanidade poderia conviver com um segredo assim. - Continuou, ignorando completamente toda e qualquer palavra do namorado. - Fizemos coisas erradas e pessoas inocentes morreram por isso. Acha justo que sejamos felizes depois de hoje? - e antes que ele pudesse responder, ela o fez. - Pois eu acho que não. Ainda tenho um pouco de humanidade em mim e pra ser sincera nem sei se isso é tão bom...
  - Do que você tá falando? - Zayn a interrompeu novamente quando a viu pisar no acelerador.
  - Lembra o que você perguntou lá no galpão? - ela sorriu e ele viu uma lágrima escorrer pelo seu rosto. - "Então é assim que termina?" - tentou imitar a voz dele. - Respondendo sua pergunta: Não. Não era daquele jeito que terminava... - fitou os olhos assustados do inevitável amor de sua vida (que vendo o perigo da situação tentou com todas suas forças fracassadamente destravar a porta do carro) pela última vez e disse:
  - É assim que termina. -E com isso, virou o volante com força fazendo com o que o carro fechasse a rua. A viatura que estava quase os alcançando foi a primeira a bater com tudo no Audi, destruindo por completo o lado do carona. As que vinham mais atras tentavam frear a tempo em vão. A segunda chegou a empurrar o carro para frente e a terceira capotou por cima dos três carros fazendo com ambos explodissem fazendo um clarão incômodo que foi visto do outro lado da cidade. não poderia viver carregando consigo a prisão ou a morte de Zayn Malik, pois, além de tudo que ele era ou fazia ela ainda o amava com suas últimas forças, porém no meio daquela confusão ela decidiu que era parcialmente o certo a fazer. Como não podia deixá-lo, fez com que a morte os separassem. Em seu ultimo suspiro, com lágrimas no rosto a jovem apreciou o face daquele que seria seu homem se tudo naquela noite desse certo, se ela não tivesse se incomodado com os gritos dentro de um galpão velho e apenas ficasse no carro, eles pertenceriam um ao outro em uma cerimônia comum em Las Vegas e depois talvez fossem de fato para o Brasil, contando que um amasse o outro tudo ficaria bem como sempre fora. Ela virou para seu amado e sussurrou "Eu te amo".



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