Let me save you, Diana
Escrito por Maria Luiza | Revisado por Bella
CAPÍTULO I – Noite no pub.
Havia mais de duas horas que Louis, sim, o integrante da famosa boyband, estava naquele Pub dançando com sua namorada, enquanto os outros integrantes namoravam algumas meninas e bebiam. O motivo de tudo era a comemoração de mais um prêmio conquistado.
– Amor, vou ao banheiro, depois vamos embora – o garoto disse para sua namorada indo em direção ao banheiro.
O banheiro por sua vez não era o mesmo naquela madrugada. Louis adentrou o banheiro e logo se olhou no espelho, ele passava água em seu rosto numa tentativa falha de eliminar o suor, parou com essa boba tentativa ao escutar gemidos vindo do box atrás dele. Louis ignorou pelo simples fato de saber o que era. Ele já estava em direção à porta, mas parou assim que ouviu mais um gemido, diferente agora, era um gemido de dor. O menino foi seguindo até o box e abriu a porta devagar. Deparou-se com a cena mais forte que já tinha visto. Era uma garota, com o vestido rasgado, ela sangrava e estava quase desmaiando, Louis imediatamente pegou seu celular e ligou para Harry, seu amigo:
– Alô? – Harry respondeu com a voz mais lenta do que o normal.
– Harry, sou eu! Vem aqui no banheiro! Vem com a Els também, é um pouco sério. – Harry nem respondeu, desligou o celular e já foi falar com a namorada de seu amigo.
– Els! O Louis, ele está no banheiro, pediu para a gente ir lá, ele me pareceu preocupado – a garota logo levantou do banco, pegou sua bolsa e seguiu para o banheiro masculino. Chegando lá, Harry e Eleanor se depararam com Louis sentado ao lado da garota que ele havia encontrado mais cedo. Ele tinha tirado ela do box e colocado ela deitada no chão do banheiro.
– O que aconteceu? – Eleanor se aproximou do namorado.
– Não sei – ele respondeu olhando para a garota no chão. – Eu a encontrei no box, nesse estado. - ele olhou para a namorada, que tinha uma cara de assustada.
– Tem uma bolsa aqui – Harry disse se aproximando e adentrando no box, pegou a tal bolsa e abriu.
– Ei, você não pode abrir a bolsa de uma mulher! – disse Eleanor. – Deixa que eu faço isso – ela se levantou e pegou a bolsa da mão dele. Vasculhou cada detalhe da bolsa até que achou a carteira da moça e olhou fazendo uma expressão desagradável.
– O que aconteceu, Els? – Louis perguntou à namorada, que o olhou.
– Ela se chama Diana – Harry e Louis se olharam, tiveram o mesmo pensamento, na música nova deles – E não era para ela estar aqui – continuou a namorada. – Quero dizer, ela tem 17 anos – ela falou olhando para o namorado.
– Ela foi arrastada até aqui – disse Harry.
– Ei ... Mas o que aconteceu aqui? – Eram Niall, Zayn e Liam, os outros integrantes da banda.
– Harry, o que você fez? – perguntou Niall zombando do amigo, que fez uma cara de deboche para ele.
– Encontrei ela assim, dentro de um dos boxs – Louis explicou a situação para os amigos.
– Vou levá-la para a minha casa – Harry disse pensativo encarando a garota no chão. Todos o olharam e ele sabia o porquê: ele nem conhecia a menina.
Liam e Harry se aproximaram para pegar a garota Diana no colo, eles se abaixaram:
– Vou ligar para Paul, se a imprensa vir a gente assim, vai ter muito conteúdo para muita matéria – Zayn disse pegando seu telefone.
Do lado de fora, Paul, o segurança, esperava os cinco garotos a qual estava responsável essa noite.
– Fala, Zayn! Vocês o quê? – Paul falava ao telefone: – Está bem! Vou dar um jeito - Paul desligou e seguiu até o carro. Pediu ao motorista para que estacionasse do lado de trás do pub. Ligou para Zayn e avisou que estava tudo certo.
Harry ainda pensava em um jeito de pegar a tal menina no colo, quando finalmente achou, se aproximou mais e a pegou com cuidado. Diana se encolheu com o toque e gemeu mais um pouco de dor. Ela não sabia quem era, pensava que iam sequestrar ela, não fez nada já que não tinha mais forças. Os meninos pegaram suas blusas e cobriram a menina. Harry saiu com a garota no colo e foram até a saída dos fundos, onde Paul disse que estaria, a colocou deitada no banco com sua cabeça em seu colo.
Diana tremia e se mexia no caminho, mantinha a expressão de medo em seu rosto, Harry a observava e por instinto talvez, fez uma leve carícia em seus cabelos negros, na tentativa de acalmar a menina. Chegando em sua casa, Harry seguiu para seu quarto e a colocou devagar na cama, a cobriu com seu cobertor branco, pois observou que a menina ainda tremia.
Voltou para a sala e todos estavam sentados no sofá e fitando o chão.
– Deveríamos levar ela ao médico – sugeriu Liam.
– Não mesmo! – relutou Paul – Isso vai ser péssimo para vocês. Ela fica aqui até melhorar. Quando a garota acordar, chame um médico de confiança, Harry. – ele concluiu e os cinco meninos assentiram, como se fossem filhos dele.
Depois de algumas horas, os amigos se despediram, deixando Harry sozinho com a menina Diana. Antes de se deitar, procurou algumas roupas velhas da irmã e pegou toalhas grandes e confortáveis, adentrou o quarto devagar e colocou tudo ao lado de sua cama; antes de sair, deu uma ultima olhada na menina, seu rosto estava com sangue, mas mesmo assim pode ver os traços de seu rosto, eram bonitos. Quando Harry saiu de seus pensamentos, passou em seu guarda roupa, pegou roupas confortáveis para se deitar, normalmente dormiria com sua boxer preta, mas, para não assustar a menina, colocou uma calca de moletom e sua camiseta preta velha; o mesmo deitou no sofá com sua roupa e se virou até ficar em uma posição confortável, quando finalmente achou essa posição, colocou suas mãos atrás da cabeça e fitou o teto de sua sala, mas então, um pensamento tomou conta dele, era Diana. O garoto achou que era por conta da bebida que havia tomado mais cedo, resolveu ignorar esse pensamento.
CAPÍTULO II – Conhecendo o lugar.
Diana foi abrindo os olhos devagar, virou a cabeça com cuidado por conta da dor e observou o quarto em que estava, pensou em gritar, mas sua garganta já não aguentava um grito sequer. Ela se lembrava da cena do banheiro. Ela gritava na esperança de alguém a escutar, enquanto seu ex-namorado a estuprava, sim, isso mesmo que você leu. Diana se lembrava da cena e se encolhia cada vez mais e chorava na cama que estava deitada, naquele quarto que mal conhecia. Ela olhou para o lado e viu roupas limpas e uma toalha, olhou mais à frente e viu um banheiro. Precisava de um banho. Levantou lutando com as dores do seu corpo, gemeu fraco com o resto de voz que sobrava, quando tentou andar, percebeu que seria mais difícil do que imaginava, sentiu dores horríveis na sua intimidade, e caiu de volta na cama. Mais uma vez tentou levantar, quando conseguiu, pegou a toalha e seguiu para o banheiro à sua frente.
Harry acordou com um barulho do chuveiro, certamente a menina Diana deveria estar tomando banho. Harry decidiu escrever um bilhete, caso a menina fosse até a cozinha ou algo parecido, para ela não se assustar.
"Oi, sou Harry Styles. Eu encontrei você no banheiro do pub! Não vou te fazer mal, por favor, não pense nisso. Leve o tempo que quiser aqui! O armário da cozinha está cheio, pode comer quando sentir vontade! Se você precisar de alguma coisa, fale.
Harry
Ps. Essas roupas são de minha irmã, desculpe por isso, não se preocupe com nada."
Ele deixou o bilhete em cima da cama e voltou para o sofá, agora se cobrindo por causa do frio. Diana se encarava no espelho depois do banho, “estou horrível”, pensou ela. Seus olhos estavam mais inchados e tinha marcas feias em seu corpo, balançou a cabeça na tentativa de sair de seus pensamentos e saiu do banheiro, já com a roupa que deixaram lá, sentiu um peso nos olhos, ainda estava cansada. A garota seguiu até a cama do desconhecido e, antes de se deitar, viu o papel que Harry havia deixado mais cedo. Ficou com certo receio de pegar o papel, mas o fez. Diana leu o bilhete e se permitiu sentir aliviada, a garota não sabia o porquê, mas por um momento se sentiu segura em saber onde estava. Voltou para cama e imediatamente pegou no sono.
“- Você vai aprender que você é só minha – Diana o olhava assustada e gritava, mesmo sabendo que não adiantaria por causa do som alto da boate. – Você vai entender o quanto eu posso te satisfazer - ele empurrou a garota para dentro do box.
– Marcelo, não faça isso – ela gritou mais uma vez, Marcelo já estava irritado, então ele deu dois socos na cara da Diana, que não tentava mais lutar. com ele."
Harry levantou assustado com o grito vindo do seu quarto e correu até o mesmo. Diana, encolhida na cama, chorava, por susto, por dores e com medo. Harry abriu a porta devagar e a menina se encolheu mais. Harry adentrou no quarto e se deparou com a garota encolhida no canto da cama e olhando para ele, seu olhar era assustado.
– Você está bem? – Harry não ousou em se aproximar, Diana assentiu e se sentiu segura de o garoto chamado Harry estar lá. Harry tentava focar nos olhos dela, mas a garota sempre desviava o olhar – Quer que eu chame um médico? – O garoto perguntou e Diana negou com a cabeça, ela queria responder, mas sua garganta não aguentava mais, ardia e ela mal conseguia abrir a boca. - Você não consegue falar? – Harry perguntou, curioso. A distância entre os dois ainda era a mesma, Harry parado na porta e Diana encostada na cabeceira da cama, com seu corpo encolhido. A garota negou. – Olha, eu vou chamar um médico, tudo bem? Não se preocupe, ele cuida da banda, você pode confiar nele. – ele saiu da porta e seguiu até a sala para ligar para o doutor que depois de 20 minutos já estava no local.
Douglas, esse era o nome do doutor, um senhor simpático de 60 anos atravessou a porta do apartamento cumprimentando Harry, que apenas sorriu. Douglas adentrou o quarto do Harry e viu a menina dormindo, mas que acordou assim que sentiu o vento pela porta.
– Diana, sou o doutor Douglas, Harry disse que você não consegue falar – ela assentiu fraco. – Deixe-me ver sua garganta – ele se aproximou e Diana estremeceu. – Calma, menina, não irei te machucar – Douglas disse calmo e olhou para Harry. – O que aconteceu? – Harry olhou para Diana e depois voltou seu olhar para o doutor, explicando tudo o que aconteceu. – Ele usou algum tipo de proteção? – o Doutor perguntou e Diana negou. – Você toma algum remédio? – mais uma vez ela negou – Vou te passar os remédios certos, tenho até em minha bolsa, Harry, pegue ali por favor – ele apontou para a bolsa no canto no quarto, Harry pegou a bolsa e a entregou para o médio – Aqui. Estes são os que você tem que tomar para prevenir. Posso olhar sua garganta? – Diana assentiu e abriu a boca. O médico examinou tudo. – Você está com uma grave infecção, este antibiótico vai melhorar e você tem que entrar em repouso por uma semana e meia, ou seja, sem falar por esse tempo – Diana assentiu – E sugiro que procure a polícia para achar o autor de tudo isso – ele disse para Harry, que voltou seu olhar para a garota – Você consegue me descrever como ele era? – ele procurou uma folha e uma caneta e entregou para Diana, que escreveu:
“Foi meu ex-namorado, o nome dele é Marcelo Smith. Alto, moreno e olhos pretos”.
Entregou o papel para Harry que assentiu rápido.
Assim que o doutor Douglas medicou Diana para adormecer sem pesadelos, foi até a sala com Harry, onde o mesmo lhe serviu um café, enquanto tomava seu chá.
– A quantas noites não dorme, Harry? – o senhor perguntou quebrando o silêncio.
– Essa é a minha primeira da semana doutor, mas já está acabando comigo. Quero tanto ajudá-la – disse, por fim, suspirando.
– Olha, querido, eu te conheço bem, sei que fará a coisa certa. Bom, minha família me espera. Digo, minha esposa – ele riu fraco e malicioso, levando Harry consigo. Harry tinha uma admiração grande pelo doutor, pelo fato de ter uma família há mais de 40 anos e ainda não desistiu de sua mulher.
– Tenha uma boa noite, doutor Douglas – disse, fechando a porta e trancando a mesma.
Antes de se deitar, passou e certificou se que Diana estava bem. Por fim, voltou ao seu sono.
CAPÍTULO III - A Amizade
Os tempos se passam e Diana ainda morava com o Harry, eles se tornaram grandes amigos, não só de Harry, mas também dos outros meninos. Claro, a garota ainda não podia ser tocada e raramente falava. Harry e Diana se aproximaram de um jeito incrivelmente raro, estavam totalmente apaixonados, mas escondiam isso um do outro.
– Di, ligaram da delegacia - Louis falou e a garota arregalou os olhos e negou com a cabeça. Os meninos já sabiam o que aquilo significava, ela não queria ir, tinha medo de encontrar ele e denunciar.
– Ei, pequena – esse era o apelido carinhoso de Harry. – Vamos, vai ficar tudo bem, estamos aqui pra cuidar de você. – ele assentiu fraco.
Harry tinha um poder especial para convencer Diana, de algum jeito ela se sentia segura com suas palavras. Harry pensou em se aproximar, mas no mesmo instante ela se afastou.
– Tudo bem, semana que vem nós vamos lá, Eleanor irá com a gente novamente – Louis sorriu e Diana assentiu, ela nunca sorria, sempre com o olhar triste. – Acho que meu tempo já deu por aqui – pronunciou Louis. – Estou indo embora. Di, qualquer coisa peça para Paul me ligar ou até mesmo Harry – sorriu fraco sabendo que não receberia nada em troca. Diana assentiu:
– Até logo, Lou - falou fraco como sempre. Harry observava tudo da porta, sorriu ao ouvir a voz fraca da menina.
– Até mais, cara – cumprimentou Harry e saiu pela porta.
Harry tentava se aproximar da garota, e mostrar que não queria machuca lá, mas Diana era difícil. Chegava à noite, ela tinha medo de seus sonhos.
– Harry – ela sussurrou deitada já cama. O garoto levantou rapidamente de seu colchão que ficava no chão, a questão era que depois de um tempo, com tantos pesadelos, Harry decidiu que dormiria no chão perto dela.
– Oi, aconteceu alguma coisa? – ela negou com a cabeça. – Com medo de seus sonhos, de novo? - a garota não reagiu, mas Harry entendeu, pegou uma cadeira e sentou perto da cama e começou a cantar a música com seu nome, até a garota adormecer, pensou em beijar sua testa, mas só fez um carinho de leve em sua mão, se levantou e voltou para o seu colchão.
CAPÍTULO IV - Sonhos.
"Eu vou te achar, Diana, vou te fazer só pra mim, vou fazer amor com você, até não aguentar mais!! Vou te fazer só minha "
Diana soltou um grito e quando percebeu que Harry estava tentando acalma-la, se assustou mais e deu um soco em seu rosto. Harry se afastou entendendo que a garota precisava de espaço.
– Ai meu Deus, Harry, o que aconteceu lá dentro? – Gemma, que estava dormindo na casa do irmão, perguntou assim que viu o rosto do garoto. - Ela se assustou, acho melhor você ir conversar com ela, Gem, pra tentar acalmar as coisas.
- Di? - Gemma abriu a porta e viu a menina encolhida e chorando. - O que aconteceu? - ela se aproximou sentando na cama perto da menina. Diana confiava somente em uma pessoa, Gemma, somente nela, não sabia o porquê de tudo isso, ninguém sabia.
– Ele me ‘persegue', Gem, ele vai me achar de novo - ela disse em meio ao soluços.
– Não vai! Estamos aqui, Paul colocou seus amigos la fora, ele não vai te achar! - ela fez um leve carinho no cabelo de Diana. - Você fez um belo estrago no rosto do Harry! - Gemma riu fraco e Diana se afastou.
– Foi muito feio mesmo? - ela colocou a mão no rosto preocupada e Gemma negou com a cabeça.
– Como está seu coração em relação a ele? Ainda confuso? - Diana assentiu.
– E com medo - acrescentou. - mas me sinto segura quando ele está por perto. - Gemma sorriu, ela tinha um carinho grande por Diana, como se fosse sua irmã mais velha e sentia a responsabilidade de cuidar da garota.
– Dorme mais, meu anjo, estaremos lá na sala.
Na sala, Harry pensava sobre o que faria a respeito da garota, se conseguiria achar o responsável por tudo. Harry, com o gelo no lugar acertado, estava sério.
– Fala alguma coisa, Hazza! – Gemma protestou depois que voltou.
– Eu só quero acabar com isso e mostrar pra ela que comigo vai ser diferente. - ele disse fitando o chão/
– Vou para o quarto de hóspedes, tudo bem? Se precisar de mim, me chame. Boa noite. – ela deu um beijo na testa do irmão e seguiu para o quarto.
Harry não conseguia voltar a dormir, muito menos Diana, que se levantou da cama vestiu seu roupão por cima de seu pijama por conta do frio que fazia e seguiu até a sala, onde Harry estava deitado assistindo qualquer coisa na TV. Diana adentrou a sala e se assustou ao ver o estrago que tinha feito no rosto do amigo, que riu com sua expressão.
– Eu to bem, não se preocupa - Diana se aproximou um pouco e sentou na poltrona que ficava um pouco longe de Harry.
– Me desculpa - a garota sussurrou e Harry a olhou surpreso - eu levei um susto - ela completou.
- 'Tá tudo bem, Di, não sinto mais dor - Harry piscou e deu um sorriso. Diana abaixou a cabeça e colocou uma mexa de cabelo atrás da orelha, a menina havia corado e Harry tinha percebido isso e soltou um leve sorriso.
– Olha, se você quiser dormir aqui na sala, podemos assistir um filme pra você dormir mais calma - Diana assentiu se levantou e sentou no mesmo sofá que o garoto, mas ainda se mantinha longe.
O filme rolava e Diana estava quase dormindo, mas lutava contra seus olhos.
– Você quer um chá? - Harry perguntou e ela assentiu. Quando Harry voltou para sala, Diana estava deitada no sofá e quase dormindo. - Hey, pequena, seu chá - ela levantou olhando para o menino que estava na sua frente, pegou sua xícara e assentiu como agradecimento, Harry sorriu na esperança dela sorrir de volta, mas nada aconteceu.
De repente o silêncio tomou o lugar da sala, Harry às vezes olhava para Diana, que mantinha seus olhos fixos no filme, O Diário de Uma Paixão, um dos filmes favoritos tanto de Harry quanto de Diana, que já estava chorando por causa do filme.
– Você está mais calma? Consegue dormir? - Diana assentiu e Harry se levantou, seguindo para seu quarto. - Boa noite, pequena - Ela assentiu, Diana fez o mesmo, mas antes, colocou sua xícara na pia da cozinha, foi ao banheiro para fazer suas necessidades rápidas e seguiu para o quarto, onde Harry já havia deitado em seu colchão e estava dormindo. Ela parou e o observou por um momento, deu um leve sorriso mas logo se desfez, seguiu até a cama e se aconchegou.
– Boa noite, Hazza - ela disse fraco. Diana não viu, mas Harry sorriu ao ouvir a voz da menina.
Harry levantou com o cheiro de chá inalando em seu nariz, olhou através da cortina e viu que já era de manhã, era um lindo dia em Londres, se levantou, vestiu sua bermuda e seguiu até a cozinha, se deparou com Diana fazendo seu chá e preparando o do Harry também, a mesa estava com pães, torradas e panquecas.
- Bom dia. - ele disse se aproximando um pouco da garota, que corou quando viu que ele estava somente de shorts. Ela viu todas as suas tatuagens e seus músculos, teve vontade de tocar nele e abraça-lo. Diana somente assentiu. - Imagino que Paul foi até o mercado e comprou isso para você? - mais uma vez ela assentiu. Aproximou-se e entregou a xícara para Harry, ela sabia que ele preferia chá em vez de café na parte da manhã. - Obrigado. Você quer sair hoje? Nós vamos ir para o estúdio, quer ver meu trabalho? – Diana assentiu e voltou a se concentrar no que fazia na cozinha.
– Diana, está pronta? – Harry gritou e Diana se assustou um pouco, mas logo se acalmou. Harry iria gritar mais uma vez, mas parou assim que viu a garota descendo as escadas. – Está bem? Que cara é essa? – perguntou se aproximando dela, tocou lhe de leve a face, mas Diana logo se afastou.
– Promete que não vai deixar ninguém me ver? – ela perguntou fraco olhando para chão.
– Ei, estou te levando porque sei que é seguro, ninguém irá te ver, ok? Tem minha palavra – disse firmemente vendo a assenti a cabeça.
Quando chegaram ao estúdio, todos ficaram surpresos por ver Diana ali, já que a moça nunca saía para esses encontros.
– Diana! Querida, como está? – era uma das estilistas, que também sentia um carinho grande por ela.
Enquanto Diana estava distraída com algumas roupas que Caroline mostrava a ela, Harry a observava, sorrindo, nunca fora assim, de querer proteger alguém. No estúdio tudo ocorreu bem, Diana estava fechada por fora, mas por dentro se sentia protegida por ter os meninos ali do seu lado.
CAPÍTULO V - O autor de tudo isso.
A semana se passou e o dia mais temido por Diana chegou. Era hoje que ela tinha que reconhecer mais uns caras e ver se conseguiram encontrar Marcelo. Ela já não tinha mais esperança já que nunca o encontraram.
Eles chegaram à delegacia e foram até a sala onde era feito o reconhecimento.
– Você está pronta? – o delegado perguntou e a garota assentiu. Os homens entraram, Diana olhou cada um com cuidado e entrou em desespero, Marcelo não estava lá, sentiu um medo percorrer pelo seu sangue e sentiu vontade de chorar, Eleanor lhe ofereceu a mão e um abraço, mas, em vez disso, Diana preferiu pegar a mão de Harry que estava do seu lado, ela se virou e o abraçou.
– Harry – ela disse e desabou a chorar com sua cabeça encostada em seu peitoral. Harry abraçou Diana encostando seu queixo na cabeça da menina, olhou para Louis e a namorada, que sorriram com o ato da garota.
– Está tudo bem, pequena, nós vamos encontrar ele. Acalme-se. – ele sussurrava em seu ouvido e fazia um carinho em seus cabelos.
– Senhor, parece que encontramos mais um. – um policial disse, entrando na sala ofegante, o delegado assentiu e seguiu com o policia.l
– Diana, você pode se virar e ver? – Então Diana se virou para olhar e fazer o reconhecimento, ela deu um passo para trás trombando com o corpo de Harry, que a segurou pelos ombros fazendo um carinho.
Lá estava ele, Marcelo, o pesadelo de todas as noites de Diana. A garota assentiu dizendo que era ele e Louis teve que sair da sala, estava nervoso de ver o autor dos pesadelos de sua amiga em sua frente, separado apenas por um vidro. Harry ainda mantinha suas mãos no ombro da garota, que agora estava encolhida em seus braços.
– Ele não pode te fazer nada agora, não se preocupa, você está segura.
– Vamos me acompanhe – o delegado disse. Harry e Diana saíram; a menina não saía de perto do Harry, que sempre estava fazendo carinho nela, já que depois de tanto tempo sonhando com seu toque, ele o fez.
– Você está mais calmo? – Harry perguntou para o amigo, que assentiu.
– Droga! Alguém daqui deve ter falado que estávamos aqui – Louis falou olhando para o amigo se referindo aos repórteres que estavam do lado de fora da delegacia. Diana estava encolhida atrás de Harry. Os amigos se entreolharam assustados, porque até então ninguém sabia da menina Diana, já que nunca foram vistos juntos, ninguém sabia da existência de Diana.
– Podemos colocar vocês para saírem com segurança na parte de trás, o que acham? – o delegado perguntou e assentiram. Foram direcionados até o local em que sairiam e entraram no carro. Chegaram em casa com segurança e sem serem vistos.
CAPÍTULO VI – A entrevista.
– Vocês têm uma entrevista hoje! – disse Paul, impaciente pela teimosia de Harry. – Arrume-se já; Preston irá te buscar – Harry desligou o telefone e bufou. Odiava essas entrevistas repentinas porque sabia exatamente do que se tratava. Adentrou em seu quarto para ver como a menina Diana estava, ouviu o barulho de chuveiro e concluiu que ela estava tomando banho, achou melhor depois falar com ela.
Eles já estavam esperando há um tempo a entrevista começar, enquanto Diana estava na sala, assistindo o programa pela televisão de sua casa, esperando também a entrevista começar.
– Finalmente, Harry! – disse Zoe, a entrevistadora. A entrevista já estava rolando a mais ou menos vinte minutos. – Vimos uma garota nova rondando com você por Londres, será uma nova namorada? – ela fez a pergunta e todos que faziam parte da One Direction, Lou, Karen, Paul, Zayn, Niall, Liam, Louis e Harry congelaram naquele momento. Sabiam muito bem de quem estavam falando, Diana, que nesse momento estava tremendo no sofá da sala, esperando pela resposta. Todos olharam para Harry em busca de alguma resposta. Harry apenas sorriu fraco.
– Ela é uma pessoa muito especial para mim. Na verdade, para todos da banda – ele disse por fim e olhou para os meninos, que assentiram.
Diana sorriu fraco, gostou do que o Harry falou, ela sabia muito bem que eles poderiam somente negar e falar que não era nada demais ou até mesmo complicar a história e piorar as coisas, só que não fez.
– Fico feliz por estarem se divertindo como amigo.s – Zoe concluiu, depois que todos a fuzilaram pela pergunta.
Harry só queria sair dali e ir de encontro à garota, ele percebeu que a queria mais como uma amiga, ele a queria como sua parceira, companheira, namorada. Assim que a mulher em sua frente fechou o programa, ele saltou de sua cadeira e foi direto para a saída, entrou no carro e seguiu para sua casa.
Diana preparava alguma coisa para comer, enquanto cantarolava qualquer música, estava mais feliz depois daquela entrevista. Ouviu a porta se abrir e se assustou um pouco, mas logo se acalmou assim que viu quem era: Harry. Ele se aproximou dela e sorriu Diana, por sua vez, abaixou a cabeça e corou com seus pensamentos: ele é tão lindo, tão cavalheiro, tão sincero, ela pensou, se aproximou também e buscou a mão de Harry. Diana se sentia tão confortável em tocar em sua mão, ela entrelaçou seus dedos e deu um leve sorriso.
Harry se surpreendeu com os dois atos da garota, primeiro com sua mão e segundo com seu sorriso, ele derreteu por completo assim que o viu, por mais que fosse um simples sorriso.
– Você deveria sorrir mais – Harry tomou coragem e disse. – Você tem um sorriso tão lindo – ele terminou e levou sua mão livre até o rosto dela, fez um leve carinho e colocou sua franja para trás da orelha, se aproximou para beija lá, Diana recuou com medo, mas Harry se aproximou de novo, dessa vez diminuindo cada vez mais o espaço. – Pequena, você não precisa ter medo, sou eu aqui, não pense em mais nada, sou eu agora, somente eu – Harry sussurrou e Diana levantou seu rosto cobrindo mais o espaço entre eles – Eu posso? – Harry perguntou e ela assentiu, e ele a beijou, cobrindo todo espaço entre eles, Diana já não sentia mais medo de ser tocada, pelo simples fato de saber que era Harry ali e não outra pessoa, eles se separaram pela falta de ar e Diana sorriu abertamente e feliz, pela primeira vez depois de tempos – Por Deus! Seu sorriso é incrível – Harry disse e Diana riu fraco. Harry selou a última vez seus lábios e depois depositou um beijo em sua testa.
– Obrigada – Diana disse olhando em seus olhos e Harry sorriu como resposta. – E eu também amo seu sorriso – ela disse corando e Harry riu fraco e selou seus lábios. Eles sabiam que ia ser difícil daqui pra frente, mas nada poderia atrapalhar o que eles estavam sentindo.
– Amiga especial, né? Vamos ver o que acontece com essa mais especial! Eu vou te encontrar, Diana, e fazer você me amar de novo – Marcelo disse sentado no refeitório da prisão, ele mantinha a voz misteriosa e sua expressão era séria. – Um dia, eu vou sair daqui e você vai sentir tudo de novo – foi a última coisa que ele disse antes de voltar para sua cela.