Les Promesses

Escrito por Anna Sanguinetti | Revisado por Larissa Martins

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  A porta bateu. Mais um dia ele havia chegado tarde em casa. Me levantei do sofá e fui de encontro com o Justin. Ele estendeu os braços e eu o abracei. Senti um relevo em seu braço e levantei a manga de sua blusa.
  - Outra tatuagem, Justin? Você disse que ia parar com esse vício. - meus olhos se encheram de lágrimas.
  - Amor, eu... - o interrompi.
  - Você me prometeu, Justin. Isso está passando dos limites.
Deixei que minhas lágrimas caíssem. Subi as escadas correndo. Bati a porta do quarto e me desandei a chorar. Justin batia na porta. Coloquei um travesseiro na minha cabeça. Eu não queria ouvir mais nada vindo da boca dele. Ele apenas prometia.
  Suas palavras eram vazias. Naquela noite eu não abriria a porta. Não importava o quanto ele batesse na porta ou o quanto ele gritava o meu nome. Parecia que minhas lágrimas não acabariam nunca. Devo ter passado no mínimo duas horas chorando. Depois de ensopar o lençol, entrei no banheiro.
  Liguei a água e entrei. As batidas na porta haviam parado. Pelo menos assim minha dor de cabeça passava. Saí do chuveiro e vesti um pijama de frio. Troquei os lençóis e me deitei. Minha barriga doía e minha visão estava embaçada. Me sentei novamente. Encostei minha cabeça na cabeceira da cama e fechei os olhos.
  Me levantei correndo e fui direto ao banheiro. Levantei a tampa do vaso e vomitei tudo que tinha comido. Senti uma pontada no estômago, o que me fez vomitar ainda mais. Dei descarga várias vezes. Ouvi passos apressados subindo a escada.
  - ? ? TÁ TUDO BEM COM VOCÊ?
  Ele batia na porta tão forte que a qualquer momento ela poderia se soltar das dobradiças. Minha visão foi ficando turva. Me sentei no chão e me escorei na parede. Fechei os olhos novamente. Me segurei na pia, mas não adiantou. Nada. Meu corpo ficou mole e acabei caindo no chão.
  Bati minha cabeça. O barulho deve ter sido um pouco alto, pois o Justin começou a bater ainda mais forte na porta e a gritar mais alto ainda. Se isso era possível. As dores que eu sentia acabaram me vencendo e eu apaguei.

  Justin P.O.V.

   não me respondia. Me lembrei que ela tinha uma reserva de cada chave de casa. Agora era me lembrar onde ela havia colocado. Ou melhor, escondido. Onde ela colocaria uma chave?
  Embaixo do tapete era óbvio demais. Livros? É claro, na biblioteca. A era apaixonada por livros. Quando compramos a casa ela fez questão que tivesse uma biblioteca e uma piscina. Corri até lá e fui onde ela mais ficava. No sofá perto da janela. Havia uma mesa no centro.
  Havia um monte de livros em cima da mesa. Percy Jackson e Harry Potter. Revirei os olhos. já havia lido cada um daqueles livros umas três vezes. Cheguei perto e folheei os livros. Achei as chaves no meio de um deles, chamado A Casa De Hades.
  Voltei ao quarto e abri a porta. As cobertas estavam quase todas no chão e a porta do banheiro estava entreaberta. Entrei e tomei um grande susto. estava caída perto da pia. Entrei em desespero. Peguei ela no colo e não precisa ser médico pra dizer que a pulsação dela estava ficando fraca.
  Fui até a garagem o mais rápido que pude. O que deve ter levado uns oito minutos. Coloquei ela no banco de trás e dirigi até o hospital. Já devia ter levado umas cinco multas, mas eu não me importava. O que importava agora era o bem-estar da minha pequena.
  Estacionei de qualquer jeito e entrei correndo. Nem precisei gritar igual um louco pra ser atendido. Eles viram a nos meus braços e logo trouxeram uma maca. Tentei ir junto com ela, mas disseram que eu não podia.
  Passei a mão pelos cabelos, como se isso fosse me acalmar. Liguei pra minha mãe e ela disse que logo chegaria. Liguei também pra , melhor amiga da . A garota faltou me deixar surdo. Gritou comigo dizendo que a culpa era minha. Que eu havia prometido pra parar com o vício das tatuagens. E que se ela ficasse doente ela me matava.
  A minha relação com a era um pouco complicada. Éramos meio-amigos. Ela quase sempre ficava do lado da . Mas isso já era de se esperar. Elas são amigas desde pequenas. Não que a tenha crescido muito desde então.
  - É bom você não ter causado isso, Bieber. Senão eu te mato da forma mais dolorosa possível. Ouviu bem?
  - Ouvi.
  - Então foi culpa sua, né? Você nunca concorda comigo.
  - Na verdade eu não sei. Brigamos. Na verdade ela brigou comigo.
  - Fez outra tatuagem, Justin? Você prometeu.
  - Eu sei. - ela se sentou ao meu lado.

   P.O.V.

  Lá pras três da manhã a Pattie chegou. Ficamos os três esperando notícias da . Tomara que ela esteja bem. Coloquei meus fones. Eu odiava hospitais como a odiava dentistas.
  Um médico se aproximou da gente. Nos levantamos.
  - Vocês estão com a Srta. ?
  - Sim. - respondi. - Como ela está?
  - Está bem. A pulsação voltou ao normal e ela está acordada. Está chamando por uma mulher chamada Pattie.
  - Sou eu. - ela deu um passo à frente.
  - Venha comigo.
  Os dois saíram e eu e o Justin nos sentamos de novo.

  Pattie P.O.V.

  Segui o médico por um corredor enorme. Paramos no quarto 198. Ele abriu a porta e me deixou sozinha com a . Ela estava um pouco pálida.
  - Oi, Pattie. - ela tentou sorrir, mas não deu muito certo.
  - Não se esforce, . - me sentei ao seu lado. - O que o médico disse? Ele não quis falar perto do Justin.
  - Ah sim. Fui eu quem pediu. Eu queria falar com você primeiro.
  - O que foi? - seus olhos se encheram de lágrimas e eu percebi que ela estava a ponto de chorar. - Não chora. Pode me contar qualquer coisa. - peguei em suas mãos.
  Estavam geladas e dava pra perceber que ela estava tremendo.
  - Eu... - ela respirou fundo e deixou que algumas lágrimas caíssem. - Eu estou grávida, Pattie.
  Ela me olhava esperando a minha reação. Os dois eram novos, mas eu estava feliz demais. Eles seriam ótimos pais e eu acreditava que a saberia lidar com as fãs do Jus.
  A puxei um pouco e a abracei. Foi aí que ela começou a chorar.
  - Não está brava?
  - Como poderia? Se vocês estão felizes eu também estou.
  Ela deu um pequeno sorriso. Era óbvio que ainda não havia contado pro Justin. Senão ele não estaria quase arrancando os cabelos lá fora. Me levantei e dei uma olhada no aparelho. Pelo menos a pressão dela estava normal.
  - De quantos meses?
  - Quatro.
  - E você não percebeu?
  - Não. O médico disse que eu provavelmente saberia no quinto mês. Foi a briga que tivemos ontem que me fez passar mal. Eu não posso me estressar.
  - Então, faz o ultrassom hoje. Quem sabe já dá pra ver o sexo do bebê.
  - Chame o médico então. - ela sorriu.

  Justin P.O.V.

  Minha mãe estava demorando muito. A havia saído há meia hora junto com o médico. Já eram sete da manhã e nada delas chegarem para me dar notícias da . Qual é. Ela é minha namorada. Eu mereço saber como ela está.
  As duas apareceram no corredor. secava algumas lágrimas. Aí sim que eu fiquei preocupado. Mas quando ela foi chegando perto, percebi que ela sorria.
  - Cadê a ?
  - No quarto. Vai lá. 198.
  Fui correndo até lá. Atropelei umas três enfermeiras no caminho. Assim que cheguei na porta, eu fiquei parado. Eu tinha que pedir desculpas a ela. Respirei bem fundo e abri a porta. estava olhando pra janela. Um sorriso meio nervoso estava em seus lábios.
  - Oi. - que coisa idiota pra se dizer, Justin.
  - Oi. - ela se virou.
  - Como está?
  - Estaria melhor se não estivesse com essa agulha no braço.
  - Olha, , me desculpa. Eu sei que estava errado, e eu te prometi que pararia. Mas dessa vez é de verdade. Pode confiar em mim. Eu te amo. - segurei sua mão e me sentei ao seu lado. Ela suspirou.
  - Eu também te amo, Justin.
  - Me perdoa?
  - Claro. E eu tenho uma coisa pra falar.
  - Pode falar.
  Ela suspirou e apontou para um quadro acesso. Me levantei e fui até lá. Não entendi muita coisa, mas dava pra ver que era um ultrassom. Era um bebê e parecia ser...
  - Você está grávida? - me virei de repente.
  Meu corpo inteiro formigava e eu senti um vento gelado em minha espinha. me olhava curiosa esperando o que eu faria.
  - Sim.
  Ela estava com uma expressão de confusa. Esperando minha reação. Fui pra perto dela e a abracei. Puxei seu rosto pra perto do meu e a beijei. Ela passava suas mãos em meus cabelos. Parti o beijo e colei minha testa na sua.
  - Qual o sexo?
  - É um menino. - ela sorriu.
  - Eu te amo.
  - Eu te amo.
  - Espera. - sentei direito.
  - Qual vai ser o nome dele?
  Ela riu.
  - Como se não soubesse a resposta.
  - .

FIM



Comentários da autora

Hey foxers. Bem mais uma fic. Espero que gostem. Duvidas, sugestões, pedidos, ameaças de morte, entrem em contato pelo meu e-mail.
Beijinhos xoxo Anna