Kiss Me

Escrito por Isa | Revisado por Mah

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Capítulo 1

  Ela tinha decidido quando acordara naquela manhã que não ia ficar nervosa e que não ia agir de forma diferente quando chegasse no apartamento de . Mas, ali e agora, parada em frente a porta dele, tudo tinha ido por água abaixo. Ela cogitava fazer duas coisas a seguir: a) sair correndo pela escada ou b) sumir. Mas como ela não era nenhum X-Men, a opção A era única viável. Ou ela ainda poderia agir como a adulta de 21 anos que era e tocar a campainha.
  Antes que ele abrisse a porta.
  E foi o que ele fez.
  - ? - ele assustou-se um pouco, franzindo as sobrancelhas e tentando entender como ela tinha aparecido ali.
  - ! - riu de nervoso - Que coincidência, adivinhou quando eu estava prestes a tocar a campainha! - adivinhou quando eu estava prestes a me jogar na escada e descer rolando os degraus lenta e dolorosamente, ela pensou.
  - Achei que você fosse chegar mais tarde... - ele comentou, abrindo a porta totalmente para que ela entrasse. parou de frente para ele, sorrindo amarelo e em dúvida se o abraçava, dava um beijo no rosto ou lhe apertava a mão. riu fraquinho, depositando um beijo no topo da sua cabeça e bagunçando seus cabelos, como se ela fosse uma criança de sete anos.
  - Vai em algum lugar? A gente tem uma viagem para fazer daqui a pouco. - ela anuncionou, indicando a sua mala no chão.
  - Só colocar o lixo na rua. Me espera aqui? - concordou com a cabeça e ficou olhando enquanto ele fechava a porta. relaxou os ombros, rolando os olhos e xingando-se de patética.
  Ela tirou a mochila das costas e a deixou em um canto junto com sua mala de viagem. Sentou-se no único sofá da sala de e cruzou as pernas, olhando ao redor. Ainda faltavam alguns móveis, mas ela sentia-se feliz por ele ter um apartamento para chamar de seu aos 21 anos. Ela gostava da amizade simples que eles tinham construído nesses quatro meses trabalhando juntos, ela como parte da equipe de produção da banda e ele como da mesma. Eram um bom time e agora ela sentia-se mal por talvez ter estragado de alguma forma aquilo que eles tinham.
   entrou silencioso no apartamento, e ele percebeu que não tinha reparado, principalmente porque ela estava de costas para a porta. Ele deu dois passos após fechar a porta com cuidado e parou no meio da ação, respirando fundo. Ele não sabia se tinha agido certo na noite passada, apesar de ter seguido o que seu coração mandava. Mas talvez esse seja exatamente o maior problema. O garoto agia completamente em função das suas emoções, enquanto pensava várias vezes antes de agir, sempre usando a razão. Ele balançou a cabeça e pigarreou para chamar a atenção da garota que havia se tornado sua melhor amiga nos últimos meses.
  - Eita, de onde você veio? - ela exclamou, olhando para trás e sorrindo ao ver o sorriso dele. Ela já tinha reparado que era uma ação involuntária e tinha desistido de tentar parar com isso. ficou em pé ao lado da garota sentada no sofá, mexendo nos cabelos. - Já é hora de ir? Os garotos vão encontrar a gente no aeroporto?
  - Não, ainda é cedo. Mas nós podemos ir... Se você quiser. - ele continuou parado ali, em uma batalha consigo mesmo tentando decidir se falava alguma coisa sobre ontem ou não. começou a sorrir desconfortavelmente e maneou a cabeça, saindo do lado dela e indo em direção ao seu quarto - Vou pegar minhas coisas, ok?
   o viu sair da sala e pegou a almofada mais próxima para cobrir o rosto. Ela queria gritar, mas mesmo com o objeto bloqueando o seu grito, ele ainda seria alto devido ao ambiente pequeno em que estavam. Contentou-se por apenas lamentar a confusão que tinha se metido, refazendo a cena mentalmente na sua cabeça para ver se encontrava a solução.

  Flashback
  - Eu vou ficar com esse vestido. - entregou a peça de roupa para a vendedora da loja, indo em direção ao caixa para pagar. Quando tirou sua carteira de dentro da bolsa, ela viu a vendedora com um sorriso no rosto, segurando uma sacola com o vestido em suas mãos.
  - Não precisa pagar. - a vendedora continuava sorrindo e a olhou confusa. - Seu namorado já pagou. - a mulher indicou para fora da loja com a cabeça, onde estava parado de costas, olhando a movimentação na rua.
  - Claro que pagou. - revirou os olhos, guardando a carteira na bolsa - E ele não é meu namorado. - ela não devia satisfações para a vendedora, mas por algum motivo ela precisava admitir aquilo em voz alta, talvez mais para ela mesma. Ela agradeceu a vendedora e saiu da loja, indo ao encontro do amigo. O abraçou pela cintura e ele virou instantaneamente para ficar de frente para ela, abraçando-a também. apoiou o queixo no tórax dele, sorrindo ao encontrar seu olhar. - Obrigada.
  - Presente de aniversário atrasado, quando eu não te conhecia. - riu, desfazendo-se do abraço. - Tô com fome.
  - Vamos jantar. - o dia já estava virando noite e algumas lojas da rua tinham começado a fechar. - Quero comer uma coisa bem gorda, tipo hambúrguer.
  - Burger King! - a deixou parada ali em frente a loja e saiu correndo pela calçada balançando os seus braços para o alto, indo em direção ao Burger King. maneou a cabeça, seguindo o caminho que ele havia feito, mas andando como um ser humano normal.

  - Você precisa pegar sua mala lá em casa. - ela o lembrou assim que entraram no carro dele. Eles tinham acabado de comer mais do que se era considerado saudável - Você só tem aquela e eu não vou mais roubá-la de você porque agora tenho uma bem grande também.
  - Nossa, já tinha esquecido. Vou te deixar na sua casa agora e aí eu já pego. - ele deu partida no carro, ligando o rádio logo em seguida. Uma música do One Republic tocava na estação e olhou através da janela, deixando-se levar. Ela gostava quando os dois permitiam-se ficar em silêncio, sem a obrigação de ter de falar um com o outro o tempo todo. Eles respeitavam-se mais do que tudo, e agradecia por ter encontrado uma amizade tão pura quanto a que tinha construído com .
  O prédio que morava não era muito longe dali, então em menos de dez minutos já estava estacionando o seu carro na rua dela. Entraram no prédio, no elevador e no apartamento da garota ainda em silêncio, e começou a se incomodar com aquilo. Ele tinha esse probleminha de precisar de atenção.
  - Fala comigo, por favor. - ele pediu sussurrando assim que ela acendeu a luz da sala. A risada dela eclodiu no apartamento, e a acompanhou. Os dois riam de qualquer coisa, então ninguém se sentia estranho perto um do outro.
  - Ah, olha só o que eu comprei! - ela andou até a estante que tinha na sala e pegou o
box do Senhor dos Anéis que tinha chegado da Amazon naquela manhã.
  - Aí sim! Acho que a gente deveria começar uma maratona agora mesmo. - sugeriu e tirou o
box da mão dele.
  - Não! Você tem um show amanhã. - guardou o
box de volta - Se você não dormir direito vai ficar reclamando que tocou mal e depois eu vou ficar duas semanas ouvindo você falar sobre isso.
  - Calúnias! - ele deu risada, sentando-se no sofá.
  - Vou pegar sua mala. - saiu da sala e pegou o celular. Tinham três mensagens de .
  
"Onde você tá? Tá com a ?" respirou fundo, lembrando-se do porquê havia se oferecido para ir até a loja dos vestidos com ela. Ele odiava ficar parado em um mesmo local por muito tempo, mas ele precisava falar com ela sobre o que vinha sentindo, sobre o que tinha mudado em relação aos seus sentimentos perante a ela. "Falou com ela?"
  - Não, , não falei. - suspirou, afundando-se mais no sofá.
  
"Me conta, caralho."
  Clicou para responder a mensagem no momento em que voltou carregando sua mala de viagem. Digitou rapidamente, enviando que
"Ainda não, é foda", não tendo certeza se o corretor automático havia trocado a mensagem para "Ainda não, é foca."
  - Pronto, só falta colocar todas as suas roupas aqui dentro. - deixou a mala em um canto na sala e olhou sorrindo para o amigo sentado no sofá. levantou-se e andou até a garota, parando de frente para ela. ergueu seu olhar até que pudesse encontrar os olhos dele, sorrindo em partes por estar um pouco tímida e em partes porque estava nervosa, com medo do que ele com aquele semblante sério estava querendo.
  - ? Tá tudo bem? - perguntou, tentando não fazer muito contato visual, mas devido a proximidade que estavam, ela pareceria uma louca se olhasse para qualquer outro lugar. Ele, por sua vez, não disse nada. percebeu após responder a mensagem de que não conseguiria falar, então decidiu que iria
tentar. Ele deu mais um passo, aproximando-se um pouco mais dela. O garoto conseguia sentir seu coração bater forte, como vinha acontecendo frequentemente toda vez que chegava perto dela.
  Inconscientemente, umedeceu os lábios, começando a sentir sua respiração ficar mais acelerada. deu mais um passo, praticamente colando seu corpo no dela. conseguia sentir o calor do corpo dele e seu perfume, fazendo com que um friozinho na barriga começasse, e ela podia afirmar ali que era uma das melhores coisas de se sentir. Quando ele começou a se aproximar ainda mais, o cérebro dela começou a entrar em combustão. Não sabia se saía correndo, se gritava, se pulava no colo dele ou se dava um mortal carpado. Na dúvida, ela optou por aquilo que sabia fazer de melhor: estragar as coisas.
  - Acho que está na hora de
The Vampire Diaries! - ela sorriu amarelo, passando a mão pelos cabelos e saindo de perto dele, observando por sua visão periférica que havia fechado os olhos e suspirado, ainda parado no mesmo lugar. pegou o controle na mesa de centro e ligou a TV, mudando de canal sem ao menos saber direito o que estava fazendo. - Vamos assistir? - ela continuava com um sorriso horripilante no rosto e , como sempre, sorriu de volta, negando lentamente com a cabeça.
  - Eu vou pra casa, preciso arrumar a mala ainda. - ele pegou sua mala do chão e andou até a porta da sala, sabendo que vinha logo atrás.
  - Amanhã as nove na sua casa, certo? - ela confirmou o horário combinado mais cedo naquele dia, para que eles pudessem ir juntos até o aeroporto. A banda dele começaria a turnê da Europa pela França.
  - Certo. - beijou levemente a cabeça da menina, dando um último sorriso antes de fechar a porta atrás de si, entrando no elevador que já estava parado no andar. Quando as portas se fecharam, soltou um grunhido, querendo socar o elevador. Só não fez porque ficou com medo de que o mesmo pudesse cair. Pegou seu celular e digitou uma mensagem para .
"Pior ideia que tive na vida."
  End Of Flashback

Capítulo 2

  Assim que desembarcaram em Paris, toda a staff da banda seguiu para uma saída, enquanto os garotos foram em direção a outra, devido a quantidade de fãs que bloquearam a principal em uma tentativa de tirar uma foto de algum membro da 5 Seconds of Summer.
   entrou em uma das vans com parte equipe de produção, recostando-se no banco e ajeitando seus fones de ouvido em suas orelhas. Essa tinha sido a melhor solução que encontrou para evitar conversar com durante o voo, que por ironia do destino, tinha o seu acento reservado bem ao lado dela. A garota foi assistindo “Madagascar” e dava risada sem nem ao menos achar graça de muita coisa que tinha no filme. Ela até ficou em dúvida que algumas risadas eram do seu subconsciente rindo dela mesma.
  Encostou a cabeça no vidro e olhou pela janela, vendo sair do aeroporto logo atrás de . Ele estava de óculos de sol, com seus fones pendurados no pescoço. A camiseta rasgada colando no seu corpo devido ao vento e a mochila nas costas antes eram coisas normais, mas agora o transformavam em um tipo de Deus Grego perante aos olhos dela. Desde quando tinha ficado tão lindo desse jeito? Ela não sabia quando esse tipo de pergunta começou a aparecer nos seus pensamentos.
  - ? – tirou os fones de ouvido dela, fazendo com que ela se assustasse e batesse a cabeça no vidro.
  - Ai! – esfregou a região que havia batido, olhando para sentando-se ao seu lado no fundo da van. Ela olhou de relance e viu que os outros garotos já tinham entrado, inclusive , que estava no banco da frente junto com o produtor da banda e . estava no primeiro banco, acenando sorridente para ela, que fez o mesmo de volta inconsciente de seus atos, pois estava tentando escutar com quem estava falando no celular.
  - Cacete, ! Você tá em que mundo hoje? – estalou os dedos na frente do rosto dela. passou as mãos pelo rosto, concentrando-se no rosto de .
  - Desculpe, acordei um pouco distraída hoje. – ela sorriu e desfez as rugas entre as sobrancelhas.
  - O hotel que nós vamos ficar é longe daqui? – ele perguntou, checando suas mensagens no celular.
  - Acho que não. – pausou a música no seu iPod, pois sabia que quando começava a falar, ele só parava depois de um decreto. – Pelo que eu vi no site quando fiz a reserva, fica a quinze minutos do aeroporto. – assentiu - Por quê?
  - Preciso de um conselho. – sorriu. Além de staff, ela tinha se tornado uma espécie de conselheira e psicóloga deles. Era tão fácil dar conselhos para os outros, mas quando se tratava da sua própria vida, ela se transformava em uma adolescente em crise.
  - Conte-me o que está afligindo o seu pobre coração. – indicou o coração de os dedos, fazendo o menino rir. Ele começou a contar sobre uma garota que ele estava saindo, e acabou se distraindo no meio da história quando viu que ficava virando para trás discretamente o tempo todo, como se estivesse fazendo um esforço para escutar o que ela e estavam conversando. Ela não conseguiu evitar que um sorriso aparecesse em seu rosto por causa disso.

  - Bonjour. aproximou-se do balcão de recepção para fazer o check-in de todos os membros da banda. sentou-se em uma das poltronas que tinha no hall de entrada, observando o jeito descontraído dela. tinha esse jeito de se dar bem com qualquer pessoa que conversava. E isso era uma das muitas coisas que achava lindo nela. Também tinha o fato de que ela o fazia rir o tempo todo e que era muito carinhosa com ele. E com todos os outros, pensou consigo mesmo. Naquele momento ele se sentia uma garotinha de treze anos apaixonada. Apaixonado. Ele assustou-se com o próprio pensamento, passando as mãos pelo cabelo, pensando que seria lega se pudesse tirar algumas coisas da cabeça com somente uma bagunçada no cabelo.
  - Se você ainda quer continuar com essa ideia de esconder o que sente pela , - sentou-se ao seu lado – você precisa começar a disfarçar melhor, .
  - Tá muito na cara? – perguntou, olhando para o amigo.
  - Se tá na cara? – deu risada – Você fica encarando ela o tempo todo, ! E quando qualquer um fala no nome dela, ou que fez alguma coisa com ela, tipo tomar um copo de água, você fica verde de ciúmes.
  - Eu não fico com ciúmes. – defendeu-se, sentando-se direito na poltrona. arqueou uma das sobrancelhas, revirando os olhos logo em seguida.
  - Você fala isso porque não está se vendo. Porque se visse, ia se achar um ridículo. – deu um soco na perna de , que se contorceu de dor. Sorriu satisfeito, levantando-se automaticamente quando viu se aproximando com as chaves do quarto. Ele viu que a staff já estava se dirigindo para os elevadores, só restou ela e os seus companheiros de banda ali.
  - Bom, vocês vão dividir quarto dessa vez. – ela anunciou e percebeu que não havia desviado o olhar dela desde quando ela tinha parado ali. Umedeceu os lábios, olhando para qualquer outro ponto daquele hotel. – vai ficar com , - ela entregou a chave para , sorrindo timidamente ao fazer isso. Ele nunca tinha a visto sorrir desse jeito para ele, e ele não sabia se isso era sinal de coisa boa ou ruim – e vai ficar com . – os dois se abraçaram, fingindo que estavam se beijando. entrou na brincadeira também, fingindo-se de mulher traída. olhou de relance para , que fez a mesma coisa no mesmo momento. Para evitar uma situação constrangedora, também entrou na brincadeira dos amigos, gritando para que ele era seu amor. Não que aquela cena fosse menos constrangedora, mas ele tinha de fazer alguma coisa.

  - Nosso quarto dessa vez tem vista para a rua! – Ivy anunciou assim que entrou no quarto que dividiria com ela. Ivy era a estilista da banda, tinha os cabelos bem pretos e longos. Era três anos mais velha que , mas ainda parecia ser uma adolescente.
  - Ai, ainda bem! – comemorou, largando sua mala em um canto do quarto – Não aguentava mais quartos com vista para outros quartos. – deu risada, jogando-se em sua cama.
  - Ainda mais quando as pessoas desse quarto resolviam transar com a janela aberta. – Ivy fez o mesmo que ela, esparramando-se pela cama. As duas deram risada e Ivy deitou-se de lado, olhando para a garota na outra cama – Por falar em transar... – a olhou imediatamente, já começando a ficar desconfortável. Ivy falava em sexo com uma naturalidade que não tinha nem dez por cento. – Você tá dando uns beijos no ?
  - O QUÊ? – gritou, sentando-se na cama imediatamente, sentindo seu coração disparar na hora. Ivy começou a rir e percebeu que reagiu um pouco exagerado demais.
  - Pela sua reação tá rolando alguma coisa, então. – Ivy disse, fazendo com que começasse a maior negação de todas. Nunca negou tanto uma coisa em sua vida como estava fazendo agora, com promessas em nome de seus pais e de todas as entidades santas que ela tinha conhecimento.
  - Por que você tá me perguntando isso? – questionou depois da onda da negação.
  - Porque tá a maior tensão sexual entre vocês dois. – Ivy deu de ombros, levantando-se da cama em seguida. Caminhou até a cama de e ficou a encarando – Se não tá rolando nada, acho que tá perto de rolar, hein? – dessa vez conseguiu controlar sua reação, apenas sentando-se na cama e mordendo uma de suas unhas. Ela fez uma careta, indicando o colchão para que Ivy se sentasse ao seu lado.
  - Na verdade... Quase rolou ontem. – ela fez outra careta quando Ivy começou a bater palmas comemorando.
  - E por que não rolou? O que aconteceu? – ela realmente queria saber e aparentemente havia se tornado a fã número um de um possível relacionamento entre os dois.
  - Porque eu posso ou não ter cortado o clima falando que estava passando The Vampire Diaries na TV.
  - Você é patética. – Ivy rolou os olhos e sorriu amarelo. – Mas você quer ficar com ele? – e então, com apenas uma pergunta, Ivy conseguiu transformar o clima tenso em um clima de festa de pijama de adolescentes de quinze anos.
  - Eu não sei o que eu quero, Ivy. – confessou pela primeira vez. – Nós somos bons amigos, mas tem quase um mês que eu venho reparando nele de outra forma. Como homem mesmo, sabe? – Ivy assentiu, pedindo para que ela continuasse – Eu até sonhei que nós dois estávamos em uma ilha paradisíaca tomando Martini e nos amando como se não houvesse amanhã. – elas riram. encarou suas próprias mãos – É difícil tomar essa decisão de ficar ou não com ele. Eu não quero estragar nada entre a gente.
  - Eu te entendo, . – Ivy segurou as mãos dela – Mas eu vou dar minha sincera opinião, ok? – concordou – Eu sempre achei que vocês dois formam um casal lindo. E eu já reparei em como é fofo com você. Então acho que você deveria dar uma chance.
   suspirou, assentindo e mordendo seu lábio inferior. Era tão fácil escutar aquilo e imaginar tudo dando certo, mas na prática as coisas sempre tomavam outro rumo.
  - ? Ivy? – elas escutaram a voz de do lado de fora. – Nós estamos indo almoçar, vocês vem?
  - Já estamos indo! – Ivy respondeu por elas, levantando-se da cama. – Eu vou descer, te espero no restaurante, ok? – concordou, esperando que a porta do quarto se fechasse para que pudesse deitar na cama em posição fetal e fazer um pouco de drama, porque depois dessa conversa, ela achava que merecia esse momento tão precioso na vida de garotas.

   tinha acabado de sair do seu quarto quando seu celular começou a tocar.
  - Mas você não consegue viver cinco minutos sem mim? – perguntou para assim que atendeu a ligação.
  - Vai se foder. deu risada, optando por descer pelas escadas, senão perderia o sinal no elevador – Só liguei pra te avisar que estamos no restaurante do primeiro andar.
  - Beleza, já tô descendo.
  - Vem logo senão vai ficar sem lugar, sem comida, sem proteínas e vai desmaiar no show. fez uma voz dramática e desligou, deixando confuso com o celular na orelha.
  Ele percebeu que o restaurante estava lotado logo quando se aproximou, pelo barulho de vozes que vinha de lá. Adentrou o local procurando pelos seus amigos, que lotavam uma mesa grande junto com a staff. Ele se aproximou e só então viu que não tinha mais lugar.
  - Não tem mais lugar? – perguntou mesmo já sabendo a resposta e com a esperança de que uma cadeira aparecesse escondida, aguardando por ele.
  - Eu disse que você ia ficar sem lugar. – disse contando vantagem.
  - Sua vadia. – o xingou, fazendo com que todos dessem risada na mesa e chamando a atenção do restante dos hóspedes.
  - A também demorou pra descer. – disse e o “Alerta se acendeu dentro de , que arrumou sua postura inconscientemente e ajeitou o cabelo ao mesmo tempo.
  - Ela tá naquela mesa ali. – apontou para uma mesa afastada no canto do restaurante. estava sentada de costas para onde ele estava, com seus cabelos presos em um rabo de cavalo no alto. assentiu e andou até a mesa, sentando-se de frente para ela, que assustou-se um pouco com a chegava repentina dele.
  - Nossa, sou tão feio assim para você se assustar? – ele brincou, pegando o cardápio em cima da mesa.
  - Não... – ela sorriu – Você sabe que eu me assusto fácil com as coisas.
  - Até demais. – ele não tirou os olhos do cardápio, com receio de encarar os dela e reativar o “Alerta , que o faria parecer um estúpido macho alfa. – O que você vai pedir?
  - Pensei em pedir esse prato aqui com essa massa e essa carne que eu não sei falar o nome. – ela apontou no cardápio dele. – Dá pra gente dividir.
  - Por mim pode ser! – chamou o garçom, que se aproximou rapidamente. Ele abriu a boca para falar, mas lembrou-se que estavam na França e ele não sabia nem falar boa noite em francês. Ele olhou desesperado para , que deu uma risada fraca, olhando para o garçom e tentou fazer o pedido no pouco de francês que ela sabia falar.
  O garçom se retirou com o pedido anotado e deixou o silêncio em seu lugar. não queria que aquele clima estranho entre ela e permanecesse, mas também não queria falar sobre a noite de ontem.
  - Nós vamos que horas para o local do show? – perguntou, quebrando o silêncio como se lesse os pensamentos dela. Mal sabia que ele tinha acabado de pensar na mesma coisa. e podiam não saber como lidar com seus sentimentos naquele momento, mas os dois sabiam muito bem como ser melhores amigos.
  - Lá pelas cinco nós saímos daqui. – assentiu – Dá tempo de você dormir, fica tranquilo. – eles deram risada.
  - Essa era a minha maior preocupação.
  - A minha também. – completou - Da última vez que nós fizemos uma viagem longa e você não dormiu, você ficou um porre!
  - Claro que não! – ele se defendeu.
  - Claro que sim, ! Você ficou muito estrelinha, me pediu até pra arrumar vinho pra colocar no camarim. Vinho, ! Vinho!
  - O que eu posso fazer se tenho meus momentos de sofisticado? – ele levantou uma taça vazia que estava na mesa, fingindo que bebia alguma coisa ali.
  - Aí é que está a questão. Não dá pra ser e sofisticado. – ela tirou a taça das mãos dele, com medo de que ele quebrasse por ser desastrado - Ou você é um ou é outro. – piscou para ele, e jogou o guardanapo em seu rosto. Em instantes os dois estavam em uma guerra de sachê de sal e açúcar, constatando ali de que eles conseguiriam fingir que as coisas estavam tudo bem por mais algum tempo.

Capítulo 3

  - Você tá estranha o dia todo, . - sentou-se ao lado da garota no sofá da balada que estavam. Ela tinha encontrado aquele canto mais afastado com alguns sofás e puffs. As outras pessoas que estavam ali, preocupavam-se em se agarrar umas com as outras. virou o último gole da sua cerveja, suspirando e encarando o amigo ao seu lado.
  - Foi mal. - ela fez careta e balançou a cabeça sorrindo, puxando-a para deitar em seu ombro. Logo após o show daquela noite, ela, Ivy e os meninos decidiram sair pelas ruas de Paris atrás de algum lugar legal e animado para que pudessem se divertir. A melhor coisa que acharam depois de andar por quinze minutos foi uma balada escondida nos fundos de um bistrô.
  - O que aconteceu? - por mais que ele estivesse tentando sussurrar, ele precisava praticamente gritar devido a música alta. percorreu o local com o olhar e, primeiramente, viu em um canto conversando com duas garotas. estava em outro, tentando falar no telefone e quase derrubando a garrafa de cerveja no chão. Por último, viu pedindo alguma bebida no bar. Ele estava de costas e passou as mãos pelo cabelo. Ela sabia que ele só fazia aquelo gesto quando estava nervoso. - Ok, já entendi. - olhou para , franzido as sobrancelhas - Você e ?
  - Ele comentou alguma coisa com você? - concordou e sentou-se melhor no sofá, encarando-o - O que ele disse?
  - Não, não, não me coloca nessa situação! - ele levantou as mãos em auto-defesa, começando a rir logo em seguida.
  - Por favor! Ele não vai saber o que você me disse! - ela se aproximou dele e fez careta.
  - Você tá fedendo a álcool. - rolou os olhos e cruzou os braços, esperando que ele contasse o que ela havia pedido. - Se você falar pro que eu te contei alguma coisa...
  - Eu não vou falar nada! Eu não vou falar nada! - a garota se alterou um pouco, rindo em seguida - Prometo.
  - Ok... - olhou para no bar e certificou-se de que ele continuava de costas - Ele comentou comigo que vocês dois quase se beijaram ontem na sua casa. E que hoje você estava agindo de forma diferente com ele, e que ele não sabia o que fazer em relação a isso. - na verdade, sabia de muitas outras coisas, como o fato de que estava se apaixonando por ela. Mas além de ser amigo de , ele era o melhor amigo de , e ele não queria estragar as coisas.
  - Eu não sei o que fazer, ... - ela confessou, suspirando e procurando com o olhar. Ele agora estava apoiado no bar, virado com o corpo para a pista de dança e olhando fixamente para onde ela e estavam sentados. desviou o olhar rapidamente e recebeu um tapa na cabeça de . - Ai, porra!
  - Cacete, ! - ele gritou - Você tem opinião pra tanta coisa, e pra isso - ele apontou para - você fica se fazendo de corpo mole.
  - Não é corpo mole! - ela gritou de volta.
  - É o que, então? - voltou a falar normalmente, porque um casal ao lado deles já estavam os olhando. abriu a boca algumas vezes para falar, mas nada disse. Para sua sorte, Ivy apareceu na frente dela, como em uma passe de mágicas, a puxando pelo braço.
  - Vem dançar comigo! - se deixou levar, olhando para trás e vendo mostrar o dedo do meio pra ela, rindo em seguida. A garota pegou a garrafa de cerveja da mão da amiga e virou o conteúdo todo de uma vez, começando a dançar End of Time, da Beyoncé, em uma versão remixada.
  Ela fechou os olhos e pendeu a cabeça um pouco para trás, sentindo-a pesar. Ivy segurou nas mãos dela e isso a fez abrir os olhos novamente, encontrando a amiga sorrindo e dançando na sua frente. As duas agora dançavam juntas, e começou a cantar em voz alta junto com Beyoncé.
  "Say you'll never let me go"
  Olhou em direção a , que estava encostado no bar a encarando o tempo todo. O garoto deixou a garrafa vazia em cima do balcão e passou a mão pelo cabelo, andando na direção delas. fechou os olhos, deixando que sua mente a levasse inconscientemente para há algumas horas atrás, no camarim do show.

  Flashback
  - Cadê o ? – entrou no camarim segurando a set list do show na mão.
  - Acho que foi pra lá. – apontou para a direita sem tirar os olhos do celular. caminhou para onde ele havia indicado, chamando pelo nome dele. As coisas durante o resto da tarde haviam caminhado bem, somente ficando um pouco estranhas quando eles mantinham contato visual por muito tempo. Mas nada que algum comentário inútil não resolvesse. Ela entrou no corredor que ficava os banheiros, conseguindo agora escutar o próprio pensamento, coisa que era impossível no camarim junto com aquele monte de gente falando ao mesmo tempo.
  - ? – chamou novamente quando bateu na porta do banheiro. – Tá aí? – ao invés de responder, abriu a porta, fechando a mesma atrás de si logo em seguida. Ele recostou-se ali, sorrindo para .
  - Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou e negou.
  - Só fiquei preocupada que não te encontrava. – deu de ombros, mexendo no papel em suas mãos.
  - Aonde eu poderia ter ido?
  - Sei lá... Você poderia estar com dor de barriga, - ela apontou para o banheiro, fazendo-o rir – ou você poderia estar se pegando no banheiro com alguma garota.
  - A garota que eu queria estar pegando no banheiro não quer me pegar. – ele respondeu ácido e assustou-se com as próprias palavras. Não sabia de onde essa coragem repentina tinha vindo, mas gostou dela.
  - Ela deve ser uma idiota. – havia entendido a indireta, e sabia que não tinha como fugir daquela conversa por toda a sua vida. Imaginou-se rapidamente com oitenta anos, escondida atrás de uma árvore em um parque porque o Sr. estava se aproximando com seus netinhos.
  - Não, ela é incrível. Eu só não sei o que está passando pela cabeça dela nesse momento. – colocou as mãos no bolso para que não percebesse que elas estavam suando.
  - Talvez nem ela saiba, . – ela admitiu, olhando para as músicas escritas no papel – Ou talvez ela também queira saber o que está passando por
sua cabeça.
  - Você acha que eu deveria tentar conversar com ela... – aproximou-se de , segurando seu queixo com sua mão. Ela fechou os olhos inconscientemente, inalando o perfume dele – Ou eu deveria tentar beijá-la novamente? – sabia que se continuasse de olhos fechados sem falar nada, a beijaria. E se abrisse os olhos, cortaria o clima mais uma vez. Em meio aos batimentos acelerados do seu coração, abriu os olhos, dando um passo para trás e fazendo com que a mão de saísse do seu rosto.
  - Eu vim trazer a set list pra você olhar, você foi o único que não leu ainda. – estendeu o papel, tentando não reparar no semblante frustrado que tinha naquele momento.
  - Muito gentil da sua parte. – ele arrancou o papel da mão dela, andando de volta para o camarim e deixando-a sozinha ali, amaldiçoando suas próprias encarnações por ter sido burra novamente.

  End of Flashback

   abriu os olhos quando sentiu duas mãos segurarem sua cintura por trás. Ela abaixou o olhar e viu as mãos que conhecia muito bem. A garota virou seu corpo de frente para o dele, encarando seus olhos pela primeira vez tão de perto depois do que aconteceu no backstage do show. Eles não tinham se falado desde então.
  Ela continuou dançando no ritmo da música e sabia que se esforçava para tentar acompanhá-la. sabia também que ele estava ali somente porque já tinha ingerido uma certa quantidade de cervejas, senão ele continuaria afastado dela, devido ao seu orgulho.
  “Come take my hand, I’ll never let you go” – ela sibilou junto com a música, ainda olhando para . Talvez as poucas palavras de surtiram efeito nela.
   a trouxe para mais perto, subindo uma de suas mãos para os cabelos dela e os tirando do seu ombro, deixando somente de um lado, revelando seu pescoço. Aquele era o ponto fraco de . Sempre que ela aparecia com o cabelo preso, ele precisava se controlar mais do que se controlara nesses últimos dias. fechou os olhos quando percebeu o que ele estava prestes a fazer, colocando suas mãos ao redor do pescoço dele. olhou uma última vez para com os olhos fechados, completamente envolta pela música e pelo momento, e aproximou sua boca do pescoço dela, beijando-o delicadamente.
  Quando passou as unhas por sua nuca, ele sentiu alguém o empurrando e separando os dois, em seguida abraçando-os de lado e pedindo em meio a gritos para que dançassem junto com ele. Ele olhou para o lado, ainda sem entender nada, encontrando um completamente bêbado dançando desengonçadamente a uma música da Icona Pop que tinha acabado de começar.
   o olhou dando risada, tentando acompanhar o ritmo de . sentiu-se um pouco mais aliviado ao ver que ela não tinha mais aquele olhar desesperador que ela adquiriu quando tentou beijá-la pela primeira vez em seu apartamento.
  - Mexe o esqueleto, ! – gritou na orelha dele e deu risada, pegando o celular do bolso para filmar rebolando até o chão.

  O elevador parou no térreo e e entraram em silêncio. Os dois foram os primeiros a desistir da balada e aventuraram-se a voltar para o hotel sozinhos de madrugada. A maior aventura era tentar andar em linha reta, já que o álcool havia tirado um pouco do senso de direção deles.
  - O vestido que eu te dei ficou bonito em você. – comentou com a voz rouca depois de cantar alguma música da Katy Perry como uma menininha.
  - Obrigada de novo pelo presente de aniversário. – riu, encostando-se em uma das laterais do elevador, assim como ele. – Me manda o vídeo do dançando.
  - Com toda certeza. – sorriu – Vou assistir aquilo todas as vezes que me sentir triste. – o elevador apitou, parando no andar do quarto que iria passar a noite. parou na porta do elevador, bloqueando a passagem e impedindo que a porta se fechasse por causa do sensor. ficou parada de frente para ele, tentando-o o empurrar para o lado. Ela já não tinha força naturalmente, às quatro e meia da manhã ela não conseguiria mover nem ao menos um copo do lugar com facilidade.
  - Eu preciso sair, . – ele assentiu, olhando para o decote do vestido dela – Meus seios estão dizendo boa noite. – ele desviou o olhar imediatamente, envergonhado, com um sorriso de criança sapeca no rosto. – É sério, , me deixa sair.
  - Você precisa falar a senha. – ele sussurrou na orelha dela, fazendo-a se arrepiar.
  - A senha é “Boa noite, Ashtin ”. – tentou o empurrar mais uma vez, quase caindo. O garoto a segurou pela cintura para que ela não desequilibrasse do salto, fazendo com que seus corpos ficassem mais próximos novamente. Pela trilhonésima vez em dois dias. Ele percebeu que ela olhava para o lado, evitando manter contato visual. Sabia o que viria a seguir caso tentasse beijá-la novamente. Ele saiu da frente, voltando para dentro do elevador, vendo-a a sair.
  - Boa noite, , boa noite. – a porta do elevador fechou e a última visão que teve, foi do garoto encostado na lateral do elevador, com as mãos cobrindo o rosto.
  Conforma caminhava em direção ao quarto, sentiu uma pontada dentro do seu coração, que indicava que ela havia agido estupidamente durante esse tempo todo. Agora parada ali em frente a porta do quarto, ela sentia falta das mãos de ao redor da sua cintura, e queria que ele estivesse ali, a abraçando e conversando sobre qualquer coisa. A abraçando e mexendo em seus cabelos. A abraçando e a beijando.
   olhou para a escada atrás de si e não pensou uma segunda vez, porque senão ela poderia desistir. Subiu correndo o mais rápido que conseguiu, tentando não rolar escadaria abaixo como havia desejado anteriormente quando não sabia como lidar com a situação. Não que agora as coisas estivessem mais claras, mas ela sabia pelo menos o que queria.
  Quando chegou ao andar de cima, viu a porta do quarto de sendo fechada. Pensou em gritar, mas acordaria os outros hóspedes. Então ela andou até o quarto e bateu na porta, esperando que ele a abrisse.
  - O que foi? – parecia sem paciência, mas mesmo assim ele ainda estava dando atenção a ela.
  - Eu sei que fui uma idiota, . – disparou, fazendo com que arregalasse os olhos. Ele definitivamente não estava esperando por isso. – Eu percebi o que você sente por mim e... Eu também sinto por você. – ela admitiu. – Eu posso não saber lidar com tudo isso ainda, principalmente porque é muito forte, mas acho que você pode me ajudar com isso.
  - Você tá falando isso por que tá bêbada ou por que realmente sente tudo isso? – ele perguntou, abrindo um pouco mais a porta do quarto, dando um passo pra frente. fez o mesmo.
  - Porque eu realmente sinto e porque é o que eu mais quero que você faça.
  - O que você quer que eu faça? – ele perguntou mais baixo, sentindo seu coração acelerar imediatamente.
  - Me beija. – e antes que ela pudesse respirar novamente, a puxou pela cintura, colocando seus lábios finalmente. Ela já tinha desistido tantas vezes, que ele a segurava forte, com medo de que ela fugisse daquilo mais uma vez. se deixou ser carregada para dentro do quarto, sem se importar com os milhares de pensamentos racionais que sua consciência despejava nela naquele momento. Tudo o que ela queria agora era que seu coração gritasse o que estava dentro dele, e que nunca mais parasse de beijá-la. -
  Por que a gente demorou tanto tempo pra fazer isso? – ela parou o beijo para comentar, vendo a olhar indignado.
  - Sério mesmo que você tá me perguntando isso? – gargalhou, voltando a beijá-lo. Ela agora sabia que estava tudo bem, e que eles pertenciam um ao outro desde o dia que se conheceram.

FIM



Comentários da autora

  Espero que tenham gostado da história! Obrigada por lerem <3