Killing You

Escrito por Vicks | Revisado por Mariana

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Prólogo

  Às vezes erramos e nos arrependemos, as vezes simplesmente seguimos em frente, mas jamais esquecemos aquilo que aconteceu, algumas pessoa preferem se prender ao passado e viver de memórias. Uma delas sou eu, ou pelo menos era.

Capítulo Único

  O barulho do despertador me fez cair da cama com o susto.
  - Merda! – Xinguei, me levantando junto com o cobertor, o que me fez cair de novo - Cacete!
  - ? - Escutei a voz de minha mãe atrás da porta - Minha filha, está tudo bem? Escutei um estrondo e...
  - Entra - Disse com a voz enrolada, eu devia estar um caco, ontem foi meu último dia de férias e eu e minhas amigas saímos escondido. Foi a primeira vez que eu saí depois de tudo. Há um ano eu tinha um namorado, o nome dele era Ryan, nós nos amávamos, um dia saímos pra uma festa de rua do outro lado da cidade, ele arranjou uma briga por causa de mim, que já estava tão bêbada que me enrosquei em um cara. Ele viu e foi pra cima do homem, os dois brigaram o cara puxou a arma e atirou nele. Nada aconteceu, porque a festa era ilegal, minha mãe não sabia que eu estava lá. Ryan vivia sozinho, os pais dele morreram em um acidente de carro quando ele tinha 12 anos, ele veio viver aqui com a avó, que faleceu há alguns anos. Meus pais me apoiaram em tudo, entrei em depressão. Mas pelo menos eu ainda tinha a bebida pra colocar a culpa. Aquela foi a pior noite da minha vida, hoje depois da escola eu vou para o shopping, em casa é um inferno, to que eu quero, eu não mereço. Ele morreu por minha culpa, e eu estou de jeito que estou por causa disso, então eu quero morrer pela minha culpa.
  Por mais que eu não quisesse ver a cara de cada ser daquele colégio, eu era obrigada, então tratei de me arrumar logo. Minha mãe ia me dar carona hoje e ficava de cinco em cinco minutos me apressando, odeio me arrumar com alguém me apressando.
  Me aprontei com aquele uniforme ridículo, as garotas geralmente subiam a saia que era pra ser quatro dedos acima do joelho, e acabava ficando uns oito. Peguei minha mochila e desci, roubando uma maçã da fruteira e indo em direção à porta com minha mãe atrás.
  O caminho até a escola foi tranquilo, eu não ouvia nada do que minha mãe falava por conta dos fones de ouvido. Paramos em frente à escola e eu desci tirando os fones pra falar com Zoe, minha melhor amiga.
  - Hey, darling, você parece um zumbi - Ela disse muito animada para 7h da manhã de uma segunda-feira.
  - Bom dia pra você também - disse mudando a música do iPod - Você também saiu ontem, como consegue ficar de bom humor indo dormir às 4h pra acordar às 6h30min? - perguntei tentando me lembrar de ontem, mas tudo o que vinha na minha mente eram flashs de luzes e uma garrafa de tequila. Fiz força pra me lembrar, mas tudo que consegui foi uma dor de cabeça. Maldita tequila!
  - Eu sou uma gênia e consigo ficar em dois lugares ao mesmo tempo! - olhei com cara de nada pra Zoe, meu mal humor não aceita ironias - Mentira, eu saí mais cedo da boate, esqueceu? Você e Kay são cachaceiras e ficaram lá.
  - Eu não consigo me lembrar de ontem, e provavelmente a Kay não vem hoje.
  Entramos no colégio e fui direto para meu armário, os nossos armários são um do lado do outro, e nós somos da mesma turma, então passamos o "dia" praticamente todo juntas.
  Segui pra aula e Zoe parou pra falar com alguém, ela é de vários projetos da escola, eu não sou dessas coisas, não faz meu estilo. A primeira aula do dia era de história, como não suporto história preferi ficar de cabeça baixa com os fones.
  Nada me incomodava, até alguém me cutucar. Levantei a cabeça e era Elle, uma menina estranha da turma dos nerds.
  - O que é? - perguntei e ela apontou em direção ao professor.
  - , está com sono? - o professor perguntou passando a mão na parte careca de sua cabeça.
  - Sim - respondi sem animação, se ele iria me botar pra fora de sala pra que fazer esses joguinhos?
  - Então vá dormir no gabinete da diretora, por favor - juntei minhas coisas e saí, aquele dia estava sendo péssimo e o corredor estava vazio. Ótimo dia pra fugir. Nem pensei duas vezes, saí da escola e caminhei um pouco, não queria ir pra casa e aquela hora nem o shopping estava aberto, resolvi caminhar sem rumo por um tempo. Depois eu arrumava um jeito de voltar pra casa.
  Caminhei até umas ruas que não conhecia e vi uma placa que indicava um lago a uns 200 metros. Eu caminhei tanto assim?
  Resolvi ir para lá, todo lago tem um parque em volta certo? Nada melhor que a brisa das árvores e sorvete.
   embaixo de uma árvore grande o suficiente para tampar o sol. Relaxei com os fones e nem senti a presença do homem que me agarrou com um pano no meu nariz. Meu corpo relaxou e eu estava desacordada.
  Acordei em uma cadeira, tentei me mexer, mas as cordas fortemente amarradas me impediram de fazer qualquer movimento que não fosse com a cabeça. Analisei o lugar onde estava. Um quarto, pequeno, sujo e com cheiro de mofo e cigarro. Olhei o chão e tinham pelo menos uns oito cigarros espalhados e cinzas em uma mesa de madeira.
  Um estrondo fez com que a porta despencasse.
  ’s POV
  É agora - pensei comigo, não sei o que me deu aquele dia, eu tinha planejado ir para outra cidade, mas aquela menina chamou minha atenção. Um brincadeirinha não faria diferença. Ela está amedrontada, o que me deixa mais excitado.
  A cara dela quando abri a porta me deixou louco. Ela logo começaria a gritar então resolvi agir sem rodeios.
  - O que você vai fazer comigo? - ela perguntou com a voz trêmula.
  - O que eu faço com todas - cheguei mais perto da cadeira onde ela estava e só afrouxei um pouco as cordas da barriga. Ela estava de saia e isso só me facilitava. Levantei um pouco da saia e ela já estava chorando.
  - Por favor, não faz isso - Ela tentava se debater, mas os braços estavam presos pra trás da cadeira, impedindo qualquer impulso que ela pretendia dar contra mim.
  - Me impeça - sorri de lado, era ótimo ver como todas tinham a mesma reação. Era ótimo ver o terror nos olhos delas.
  Aos poucos fui me satisfazendo com cada pedaço de pele que eu encontrava a cada rasgo que eu fazia em seu uniforme escolar. E deixando minha marca nos lugares que mais me interessavam. Sua saia mesmo que pra cima me incomodava, rasguei-a pelo meio e ela caiu em frangalhos no chão. Agora sim. Sua calcinha azul estava molhada, ela não estava mais reclamando. Estava gostando daquilo. Afastei um pouco para o lado e ela arqueou as costas. Torturei-a com meus dedos por algum tempo até ela olhar pra mim e dizer.
  - Acabe logo com isso - a voz dela saía arrastada.
  - Só se você me prometer que vai gritar - Desamarrei-a toda e a joguei na cama. Não havia mais nada a fazer. Penetrei-a com dois dedos e tirei. Tirei o cinto e ela ajudou a descer minhas calças. Não havia dúvidas de que ela estava gostando, a primeira que gosta.
  ...
  Caímos suados no colchão duro. Ela fechou os olhos e eu levantei da cama com cuidado, peguei o canivete que estava no pé da cama e voltei para o seu lado.
  ’s POV
  Mal sabia ele que eu estava acordada. Esperando o momento certo de agir.
  Ele voltou pra cama e eu sabia o que tinha em mãos. O canivete.
  ’s POV
  Me aproximei de seu pescoço e sua veia pulsava, era ali que eu ia enterrar minha arma. Como fiz com todas as outras. Aproximei a mão com o canivete e ela me surpreendeu tomando-o da minha mão e golpeando contra mim. Caí no chão e não deu tempo de ver mais nada. Com o tempo meu corpo foi ficando dormente e eu não sabia mais o que era vida.

"What's killing me, is that i'm killing you"

FIM



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