Keaton’s Body
Escrito por Maria Clara | Revisado por Laura Weiller
Capítulo 1 - Blinding lights and starry eyes…
Eu sempre surfei. Desde que eu era criança. Ou quase isso. Mas sei que a sensação boa que surfar me proporciona, está na minha vida desde bem cedo.
Surfar me dava forças. Era como se, estando na água, tudo a minha volta desaparecesse. Não importa o caos que estivesse do lado de fora, eu nunca iria escutar ou sentir nada estando em baixo d’água. É por isso que eu tenho uma tattoo escrito “Chaos” no antebraço.
Eram oito horas da manhã e eu carregava minha prancha em baixo do braço a caminho da praia. A areia quente queimava meus pés descalços, então eu corri pra dentro dá água. Eu olho para o mar e vejo uma onda meio grande, o que é comum aqui na Califórnia. Havia um surfista bem gato pegando aquela onda e eu não consegui parar de olhar. E na areia estavam dois outros garotos que gritavam e riam para ele. Provavelmente seus amigos.
Um deles parecia ser bem mais novo, 14 ou 15 anos. E ele era lindo de morrer. Tinha os olhos verdes e o cabelo bem loiro. Ele estava apenas de bermuda e boné. E em um ponto ele olhou para mim. Acho que foi de tanto eu encarar. Odeio quando isso acontece. Quando eu olho tanto para um menino e ele olha pra mim. Mas por um lado é até bom né? Ele me percebeu.
Constrangida, eu entro na água e começo a remar minha prancha. O garoto que estava surfando sobe para pegar ar e me vê. Ele passa a mão pelos cabelos loiros e exibe seus músculos do braço. Eu dou risada da cena.
Olho para a areia e vejo os dois garotos rindo. Eu ignoro a situação e vou mais para o fundo esperar uma onda. O garoto se aproxima.
- E aí? – ele diz rindo de um jeito sedutor.
- Tudo bem? – eu digo me sentando na prancha.
- Melhor agora...
Eu me seguro. Todas as minhas forças tentando me impedir de dar uma risada. Eu dou apenas um sorriso e me deito na prancha novamente. Remo e olho para a onda que vinha.
Pego a onda até um certo ponto, quando viro a prancha e olho pra trás. O garoto assanhadinho estava tossindo por causa do caldo que levou. Ele me vê olhando e para de tossir. Dessa vez não consigo controlar a risada. Um pensamento invade minha mente. Me aproximando dele eu me aproximo dos amigos gatos dele.
Eu remo até uma distância segura do garoto loiro e me sento.
- Qual é o seu nome?
- Drew, Chadwick. E qual é o seu nome linda? – ele diminui a distância entre nós.
- , prazer – eu apertei a mão dele.
Nós dois ficamos em silêncio por um segundo.
- Por que a gente não vai lá pra praia pra eu te apresentar pros meus amigos?
Chegamos ao ponto que eu queria. Nós dois saímos da água carregando nossas pranchas e as colocamos ao lado dos amigos deles. Os dois me olharam da cabeça aos pés.
- Gostei das mechas no seu cabelo – o mais velho disse, o mais novo só ficou calado, com um sorriso fofo nos lábios – Meu nome é Wesley.
- Prazer ! – eu aperto a mão dele e dou uma olha sugestiva para o mais novo.
Eu só esperava uma apresentação normal, mas o garoto se levantou e me deu um beijo de lado na bochecha.
- Meu nome é Keaton – ele disse e ficou todo corado.
Simplesmente. Incrivelmente. Fofo.
E gato.
Eu fiquei simplesmente boba de ante de tanta... Fofura! Como uma pessoa podia conseguir combinar tão bem fofura e beleza? Não sei, mas ele conseguiu.
A única coisa que eu sabia naquela hora era que a gente tinha ficado se encarando por tempo de mais. Olho para o lado e vejo Drew e Wesley com cara de abobados olhando para a nossa atração magnética de olhares.
Keaton ainda estava com mão na minha cintura, mas quando vê os dois amigos nos olhando, me solta. O lugar onde sua mão havia sido colocada formiga com a falta de seu toque.
Eu olho para o chão e arrumo meu cabelo, um instinto natural que eu tenho.
- Então... – Drew começa – A gente estava pensando em passar na lanchonete para comer alguma coisa. Por que você não vem com a gente?
Keaton fez um sim discreto com a cabeça que acho que só eu vi.
- Pode ser!
Capítulo 2 - Curious, what you’re gonna do?
Fomos andando da praia até a lanchonete. No caminho eles me contaram que tem uma banda chamada Emblem 3 e Wesley se ofereceu para carregar minha prancha.
Chegando na lanchonete, nós nos sentamos para esperar alguém nos atender. Eu, como sou uma pessoa muito discreta, me sentei ao lado de Keaton. Ele se encolheu e ficou meio corado. Fofo.
- Então, vocês cantam?
- Yep! – Drew responde.
- Por que vocês não cantam um pouquinho pra mim? Uma música de vocês.
- Ok. A gente pode cantar... Tequila Sunrise – Wesley diz.
- Turquoise pearls, seductive eyes – Drew começa.
- C'mon C'mon – Keaton continua
- Kiss my lips, pull me in like a riptide. Yeah – Drew termina baixinho.
Eu olho para Keaton, e ele está com um sorriso fofo nos lábios e olha para mim com aqueles olhos. Eu sorrio de volta. Mas então olho para frente e vejo que Drew está rindo.
- O que? – eu pergunto.
- Nada.
A garçonete chega e nós pedimos milk-shakes. O meu é de chocolate com baunilha, Keaton pede um de manga, Drew pede de blue berry e Wes pede de morango.
- Então vocês moram por aqui?
- Hum rum! – Keaton diz sem tirar a boca do milk-shake – A gente mora ali ó!
Ele aponta uma casa.
Uma casa que fica uma rua na frente da minha.
Hum.
- Nossa, eu morro na rua de trás.
- Huum – Drew diz – Parece que nós vamos poder ficar bem perto então!
Eu dou uma risada e me levanto da mesa. Hora da provocação.
Paro ao lado de Drew e passo os dedos de leve por entre os cabelos dele, enquanto ele olha pra mim, dando um leve puxão.
- Drew, eu não... – eu me aproximo do ouvido dele e sussurro – quero você – eu me endireito em um pulo – Mas podemos ser amigos certo?
Ele cruza os braços e olha para o lado.
- Droga! Ok.
Eu me volto para me sentar ao lado de Keaton. Ele olha para mim e sorri de um jeito meigo.
- Então, - eu digo ainda olhando pra ele – a gente podia trocar telefones pra podermos sair mais vezes.
- Ok – Keaton diz.
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Toc toc.
Eu escuto o barulho na minha janela. Eu me levanto da cama meio cambaleante e olho para a janela para ver os olhos verdes da minha crush. Sim, um ano se passou e eu ainda tenho uma queda por ele.
Um precipício.
Um buraco negro.
Um vortex infinito entre o espaço e o tempo.
É difícil pensar que em um ano conseguimos ter uma relação tão forte. Ele acabou derrubando todas as minhas paredes e agora temos um sentimento muito forte. Um sentimento que varia entre amor e amizade.
Mas a vida segue. Eu não sou uma menina que chega nos meninos e ele é muito tímido para chegar em mim. Então continuamos na amizade. Só trocamos um selinho em um ano! E ainda foi em um jogo de verdade ou consequência.
Mas meu amigo estava aqui, e era isso que importava.
Eu vou até a janela rindo e abro.
- O que foi feioso? – eu digo.
- Eu vim aqui te ver, mas a porta estava trancada.
- Então meu plano para afastar o Keaton funcionou?
- Não funcionou, por que eu estou aqui na sua janela pronto para pular.
Eu me afasto do parapeito e ele pula para dentro me dando um abraço. Assim como todas as vezes que ele tira as mãos de mim, a parte tocada formiga.
- Por que seu quarto tá tão escuro? – ele pergunta se sentando na minha cama bagunçada.
- Por que eu estava dormindo e aí chegou um cara aqui e começou a bater na minha janela!
Eu me deito na cama de novo e ele se deita ao meu lado.
Borboletas. É a única coisa que vem na minha cabeça.
Keaton tem um cheiro muito bom. E nós dois juntos somos como borboletas. Quando estou sozinha, as borboletas estão longe, mas quando ele chega e invade o ambiente com o cheiro de água salgada elas vêm e ficam até ele ir embora de novo.
- Butterflies, butterflies, we were meant to fly. You and I, you and I colors in the sky – ele canta baixinho no meu ouvido.
Ele olha bem fundo nos meus olhos e eu me aninho a ele. Coloco minha cabeça em seu ombro largo e despido, e minhas mãos pousam sobre seu peito. Ele respira acelerado. É nesses momentos que eu sinto que ele também não quer ser apenas meu amigo.
We could rule the world someday, somehow. But we’ll never be as bright as we are now.
Ele abaixa a cabeça e olha para mim. Ele dá um beijo leve na minha testa.
Ele sabe que eu gosto quando ele canta só para mim ouvir e sabe que eu amo The Wanted. Ele faz isso de propósito.
- Every time you have to go, I don’t think you even know, it’s like a dagger in my heart… – ele faz de novo.
Mas dessa vez ele faz diferente. As mãos dele se desprendem do lado de seu corpo e passam sobre meu rosto.
- Every time you have to leave, can't believe it cuts so deep. It's like a dagger in my heart.
O rosto dele se aproxima do meu e eu sinto sua respiração e o cheiro de água salgada aumenta. As borboletas voltam, mas elas vão embora em um segundo. No segundo em que os lábios dele se encaixam nos meus.
O beijo leve e inacreditável. Como se tudo aquilo fosse apenas uma ilusão. Um beijo que tira todo o ar de seus pulmões numa dança lenta.
Nós afastamos para respirar e os dois estavam sorrindo. Sem falar nada, ele passou as mãos pelo meu cabelo e me beijou de novo. Dessa vez o beijo foi mais intenso. Como se nós dois quiséssemos tirar todos os atrasos. Todas as vezes que não nos beijamos nesse ano foram descontadas nesse beijo.
Posso sentir o sorriso de Keaton se formar enquanto ele se vira e fica em cima de mim. Colocando suas pernas ao meu lado. Ele sorri e começa a me dar selinhos.
Em um piscar de olhos a porta do meu quarto se abre.
- Eu sabia que vocês não eram só amigos!
Capítulo 3 - Turquoise pearls, seductive eyes...
- Eu sabia! Sabia que vocês tinham alguma coisa! – Drew disse e saiu correndo – WEEEEEEEEEEES!
Eu olho para Keaton com os olhos arregalados. Nos dois saímos correndo da cama e corremos pelo corredor da minha casa atrás de Drew.
- Ele não pode contar pro Wes. - Keaton diz, em meio a sua respiração ofegante – Não ainda!
Drew estava em ótima forma! Parece que anos de academia fazem muito bem. Mas Keaton e eu corremos por nossas vidas. Wes não podia saber que tínhamos nos beijado. Ele ia ficar enchendo o nosso saco pelo resto da vida. E nós nem estávamos namorando ainda!
Quando finalmente conseguimos alcançar Drew, Keaton pulou nas costas dele e os dois caíram na grama. Os dois respiravam muito rápido e Keaton não conseguiria segurar Drew por muito tempo. Então eu pulei junto e segurei Drew pelo quadril.
- Você não pode contar! – eu gritei.
- Vai ser a primeira coisa que eu vou fazer quando eu levantar e me largar de vocês pombinhos!
- Você não vai levantar tão cedo! – Keaton diz rindo. Agora ele tinha o controle completo sobre Drew, com uma chave de braço.
- Isso mesmo! Eu posso ficar aqui o dia todo! – eu disse, meus olhos desceram pelo abdômen definido de Drew. Ok eu gostava de Keaton, mas mesmo Drew sendo meu amigo, o tanquinho dele era o mais bonito dos três garotos. E eu dizia isso pra ele todo dia.
- A visão tá legal aí em baixo?
- Sempre!
Mas Drew sempre tinha um truque na manga. Ele começou a contrair o abdômen. De um lado e depois do outro. Como se estivesse dançando. Eu não aguentei e comecei a rir. Minha fraqueza. E ele só precisou de um segundo para se soltar de mim e derrubar Keaton.
- Em fim livre – Drew sai correndo para a praia.
Eu e Keaton nos encaramos novamente. O suor escorre pela testa dele.
- Pelo menos tentamos – ele se levanta e me ajuda a levantar.
Eu dou um selinho estalado nele. Ele me olha e morde o lábio.
- Sabia que você fica muito sexy quando você faz isso – eu aponto o dedo paro o rosto dele e dou umas voltinhas.
- Isso o que?
- Morder o lábio – eu falo e mordo o lábio também.
- Você também fica, dá vontade de…
Eu interrompo ele com outro selinho e seguro firme em sua mão.
- Você prefere ir ver o que o Drew fez ou prefere voltar pra casa?
- A gente podia terminar o que estávamos fazendo…
- Só se... Você chegar primeiro que eu! – eu digo e saio correndo na frente dele.
Eu saio correndo pela calçada cheia de areia da praia. Ele vem bem atrás de mim. Eu tento correr o mais rápido que consigo, mas ao contrário de Drew, eu prefiro um livro e um saco de Ruffles a uma academia!
Keaton me ultrapassa e ainda manda um beijo.
Quando em fim chego ao meu quarto estou andando! Ele está deitado na minha cama. Eu pulo a janela e paro para encará-lo.
- Me diz como o Drew entrou aqui se a porta estava trancada?
- Não estava.
- Mas você...
- Eu só queria entrar pelo seu quarto... – ele me olha com uma cara de safadinho – se é que você me entende.
- Hum...
- Ah vem cá!
Eu vou na direção dele e dessa vez eu fico por cima. Keaton passa as mãos pelo meu quadril. Começamos a nos beijar e ele começou a acariciar minhas costas. Eu sentia ele sorrindo quando parei de beijá-lo.
- Você sabia que eu sempre gostei de você? - eu disse – Desde daquele dia que a gente se viu na praia e que o Drew ficava me cantando.
- O meu foi quando a gente foi tomar milk-shake.
Eu ri e dei um selinho nele antes da gente voltar para os beijos de verdade. Mas estava bom demais para ser verdade. No meio da nossa seção de amassos a porta abre.
- Eu disse que eles estavam ficando! – Drew diz.
Eu dou um selinho em Keaton antes de me levantar e ir matar o Drew.
- Drew! – eu grito, fazendo o maior escândalo que eu consigo – Você tá pedindo pra morrer garoto!
Eu subo nas costas dele e começo a dar tapas. Mas o máximo que eu consigo é ficar com a mão vermelha.
Wesley pula na cama onde Keaton continua deitado.
- Meu Deus, Meu Deus, Meu Deus! – ele diz bem alto, pulando - Vocês estão ficando ou namorando?! Desde quando?!
Fangirl. Fanboy, na verdade.
- Desde hoje à tarde quando o DREW nos atrapalhou! E agora ele fez de novo!
Eu desço das costas de Drew e volto para a cama. Me deito ao lado de Keaton e ele passa o braço pela minha cintura. Eu olho dentro dos olhos verdes e depois para Wes. Ele está com uma cara de desconfiança.
- Onde está sua mãe mocinha? – ele pergunta.
- Ela tá trabalhando Wes! Por que vocês não vão embora hum?
Olho para Drew como se dissesse “Isso é tudo culpa sua!”. E acho que ele captou a mensagem, por que me olhou com uma cara de cachorro pidão e disse:
- Vamos deixar os dois Wes.
Wesley até tentou contestar, mas Drew iria acabar tirando ele dali a força, então achou melhor concordar em sair.
Quando os dois saíram eu olhei para Keaton e ele sorriu. Eu me deitei ao lado dele e ele me dava beijinhos na bochecha enquanto eu fazia carinho no cabelo cacheado dele.
Mas minha mãe chegou em casa. Eu contei para ela que eu e Keaton estávamos juntos agora e ela ficou bem feliz. Ela sempre gostou dele. Como não gostar?
- Apesar de gostar de você Keats, – ela chamava ele assim também - tá na hora de você ir não?
Keaton fez que sim com a cabeça e eu abracei seu braço, para levá-lo até a porta.
Do lado de fora, uma brisa suave soprava e fazia cócegas na pele.
- Eu estou muito feliz sabia?
- Eu também.
Eu dou um beijo nele.
- Até amanhã então?
- Vou esperar cada minuto!
Eu ficava completamente feliz em saber que toda aquela fofura era minha agora. Só minha. Keaton’s Body tinha uma dona agora.
Capítulo 4 - Just one more night, one more night again…
No outro dia eu acordo com um feixe de luz, que passa furtivo pela minha cortina e cega meus olhos. Eu pego o lençol que me cobre e tampo o rosto. Mas de repente Keaton aparece na janela.
- Baaabe! – ele diz sorrindo.
- Ooooooi! – eu digo.
Eu me levanto e me arrasto até a janela. E é nessa hora que me lembro que estou apenas de camiseta e calcinha. Keaton sorri um sorriso maléfico. Eu apenas corro para de baixo das cobertas.
- E eu?
- Você fecha os olhos enquanto eu coloco um short.
Ele faz uma carinha triste e eu rio.
- Estou falando sério!
Ele se vira de costas e eu corro para o armário para pegar um short na gaveta de madeira. Eu olho de volta para a janela e Keaton continua de costas. Fofo.
Eu coloco o short o mais rápido possível e corro para a janela. Eu a abro e Keaton pula nos meus braços, me dando um abraço. Depois me beija segurando minha cintura.
- Sentiu minha falta? – eu pergunto no meio do beijo.
- Nope! Huh huh!
- Ah, então é assim? – eu digo subindo minhas mãos para o pescoço dele.
Ele morde o lábio daquele jeito que me deixa louca e ele sabe disso. Ele está fazendo de propósito. Mas nós estávamos sozinhos ali. Sem Drew, sem Wes, sem minha mãe para nos atrapalhar.
- É, é assim! – ele diz – Contando que da última vez que eu vim aqui fomos atrapalhados três vezes.
- Então, - eu digo chegando mais perto dele – acho que eu vou ter que dar um jeito de você sentir saudades de mim da próxima vez...
- Quem sabe? – ele diz.
Eu agarro a camisa dele e o jogo na cama. Ele deita a cabeça para trás no travesseiro e ri. Eu me deito em cima dele, com minhas pernas uma de cada lado de seu corpo. Ele segura minhas coxas e me puxa para mais perto.
- Sabia que você é muito linda?
- Sabia! – eu digo com uma cara esnobe e beijo ele – Sabia que você é muito fofo?
- Sabia – ele me dá um selinho.
- E você é tão sexy que as vezes me dá até medo...
- Então eu te dou medo? – ele me pergunta rido.
- Sim, pessoas sexys e fofas me dão tanto medo! – eu levanto e paro perto da cabeceira da cama.
Ele me olha com olhinhos de gatinhos da Wiskas. Meu Deus, como eu poderia resistira a tanta perfeição!
- Viu! Você faz essa coisa com os olhos!
- O que? – ele diz e faz a expressão ficar mais forte.
Eu começo a rir e saio correndo, só Deus sabe o que eu faria com aquele garoto se eu continuasse ali. Ele me tem nas mãos. Acho que se ele me dissesse para pular de um penhasco eu o faria.
- ! – ele grita rindo e saindo do quarto – Onde você vai?
- Para longe de você e dos seus olhinhos meigos!
Eu me escondo dentro de um armário de madeira, ainda rindo. Ele passa pelo corredor e eu vejo o sorriso no rosto dele. Ele passa os dedos pelo cabelo e olha em volta.
- Eu vou te achar baby! – ele grita – Eu sei seus pontos fracoooos!
Ele começa a tirar a camiseta e começa a cantar “Let Me Love You” do Ne-Yo. Ele sabe. Ele sempre sabe como me fazer fraca. Ele muda para Puppy Eyes – mode on e olha diretamente para o armário, onde eu não consigo controlar a risada. Eu mordo meu lábio com toda a força que tenho.
Em um pulo eu me levanto e abro a porta do armário. Eu corro de volta pelo corredor e Keaton corre atrás de mim. Ele me pega pela cintura e me gira no ar. Quando estou de frente para ele eu coloco as mãos em seu rosto.
- Eu te amo .
- Eu também te amo Keaton.
Ele esfrega o nariz no meu rosto, assim como uma gato faria com seu dono, e depois deixa um beijinho no meu pescoço.
Ele me olha nos olhos de novo e me beija de verdade. Aquele beijo que eu conheci um dia atrás e que eu nunca mais esqueceria. Meu Deus, como ele beijava bem!
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As semanas que se seguiram com Keaton foram perfeitas. Ele me amava e eu o amava mais do que tudo no mundo.
Até que veio o The X Factor.
Capítulo 5 - Cause I love you, to the moon and back...
Keaton’s POV
Ela me abraçava e as lágrimas dela molhavam minha camiseta. A cabeça dela estava encostada no meu peito enquanto eu passava a mão pelos cabelos pretos.
- Eu não quero ficar tanto tempo longe de você kitty! – ela começou a me chamar assim.
Ela sabe que eu adoro gatos. Ela sabe de tudo da minha vida. Eu odiava vê-la chorar daquele jeito. E por minha causa ainda por cima.
- Eu também pequena... – eu abraço ela com toda a minha força – Mas essa é a chance que eu e os garotos temos de poder mostrar a nossa música.
Eu abraço a cintura dela e me sento na poltrona azul, no canto do meu quarto. Ela passa os braços pelo meu pescoço e coloca a cabeça em meu peito. Possivelmente ela não quer que eu a veja chorar. Ela não gosta de chorar na frente de ninguém.
Droga.
Eu amo ela muito pra deixar ela desse jeito.
- Não chora assim! – eu beijo a bochecha dela.
- Me diz como não chorar! Me diz Keaton! – ela grita.
- Só fica calma.
Eu beijo a testa dela e ela soluça forte.
Eu passo alguns minutos assim com ela: abraçado e dando pequenos beijos pelo seu corpo. Até que enfim dou um beijo de verdade nela. Um beijo que fez meu peito queimar em contato com a pele dela. Ela sabia, assim como eu, o que aconteceria a seguir. Eu sentia o sorriso dela se formando entre o nosso beijo.
Finalmente ela estava sorrindo de novo.
Não consigo resistir ao impulso de morder meu lábio. Para tirar minha expressão, ela se aproxima e morde meu lábio inferior.
Eu tiro minha camiseta e jogo ela do outro lado do quarto. Ela cora e se levanta correndo para o banheiro, deixando uma risada no ar.
Ela fecha a porta no momento que eu ia entrar.
- Eu tenho vergonha.
- , para com isso vai? Volta pra cá.
- Mas e se você não gostar do meu corpo?
- Eu vou gostar! Eu te amo, não lembra?
Eu escuto os passos dela quando se afastando da porta e escuto o som da sua calça jeans caindo no chão.
Ela abre a porta e eu entro de uma vez, despreparado para ver a cena.
Ela tinha o corpo mais lindo de todos.
Não sei se é por que eu a amava muito para achá-la feia, mas naquela hora meu coração parou.
Eu abracei seu quadril e peguei-a pelas coxas. Ela me beija enquanto coloca as mãos na minha nuca, fazendo arrepios percorrerem meu corpo.
Nós dois caímos na cama e eu tiro a camiseta que estava me agoniava, pedindo para ser tirada. arqueia as costas e desabotoa o sutiã azul.
- Você é muito pequenininha, sabia?
- Eu acho que você tem um fetiche por garotas pequenas – ela diz citando A Culpa É Das Estrelas, o livro “preferido ever” dela.
- Eu tenho um fetiche por s.
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Tudo ocorreu de maneira muito simples e passiva, por que nós não estávamos apenas fazendo sexo, nós estávamos fazendo amor.
No final das contas, ela deita ao meu lado com um sorriso no rosto. Ela se abraça ao meu peito e coloca a cabeça no meu ombro. A respiração dela está forte, assim como a minha.
Eu me viro para ela e sorrio também.
Ela fica corada.
Fofa.
- Você quer fazer alguma coisa ou prefere descansar?
- A gente pode descansar agora e fazer alguma coisa depois.
- Pode ser.
Eu abraço a cintura dela e beijo sua testa. A tristeza volta no meu peito quando eu penso que em três dias eu não vou tê-la mais perto de mim. Não vou poder abraçar nem beijá-la. Então eu a abraço mais forte e seguro as lágrimas.
- Eu te amo sabia ?
- Eu também te amo.
Nós dois dormimos a tarde toda e quando chegou a noite nós nos arrumamos e fomos para a casa do Drew, queria passar um tempo com os meninos também antes de sairmos.
Tocamos a campainha, mas Drew não apareceu para abrir a porta. Então decidimos entrar.
Má idéia.
Drew estava deitado no sofá, seminu, com uma garota em seu colo.
- ? – pergunta.
Drew olha, abre a boca e arregala os olhos.
Capítulo 6 - Wake up, Wake up, Sleeping Beauty
- ? – pergunta com um sorriso no rosto.
No mesmo instante um sorriso se abre no meu rosto também.
se levanta do colo de Drew e corre para o meu lado. Ok, aconteceu uma coisa muito estranha depois. me abraçou e nós duas soltamos um gritinho como se estivéssemos no show do One Direction.
No meio dos nossos pulinhos e gritinhos, Drew pergunta:
- Espera aí... Vocês se conhecem?
- Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim! – nós duas falamos.
- Desde quando? – Keaton pergunta.
- Desde o 9º ano! - diz.
Drew e Keaton se olham com uma cara de “Cara, fudeu”.
Nesse momento a porta abre e Wesley entra na sala.
Eu e Drew trocamos um olhar e um sorriso se abre nos meus lábios.
A vingança é doce.
- Wesley eu quero te apresentar uma pessoa – eu aponto para , ainda abraçada comigo – Essa aqui é a e ela e o Drew estão ficando.
Ok, Wesley começou a fazer milhões de perguntas (“O QUE?”, “Por que você não me contou mesmo”?”, “Por que só eu não tenho namorada?”) e depois ele sai para andar de skate.
- Ah, então.... – eu dou uma olhadinha para Drew.
Ele me olha como se fosse me assassinar ali mesmo.
- Você é má.
- Eu sei.
Keaton me abraça pela cintura e me dá um selinho.
- Mas agora que vocês dois estão juntos, a gente podia sair pra fazer alguma coisa juntos né?
- Querem ir tomar um sorvete ou alguma coisa assim? – pergunta.
- Pode ser. - eu digo – A gente tem muita conversa para colocar em dia né?
Ela se solta de Drew e entrelaça o braço no meu, como fazíamos no 9º ano.
A ideia de ter minha melhor amiga de volta me alegrava muito. Quando eu sentir saudades de Keaton, ela estará lá, sentindo falta de Drew. Ela pode me colocar pra cima com uma simples piadinha sobre o meu cabelo quando eu acordo ou a minha barriga.
Nós saímos andando até uma sorveteria próxima, na qual a gente sempre ia. Resolvemos fazer coisas bem clichês de casal, por que a gente nunca fazia nada normal. Pedimos sorvetes iguais e colocamos confete de coração em cima.
continuava a mesma. E eu me sentia tão bem com isso! Eu estava completamente feliz por tê-la ali, de volta.
Conversamos, rimos, comemos e voltamos para casa. Eu não queria me separar de Keaton, então eu liguei para minha mãe e pedi para dormir na casa de Drew, onde ele também ia dormir. Ela deixou, afinal ela sabia que ele e os meninos sairiam em três dias e eu nunca tinha dormido com ele antes. Ela, pelo menos, não sabia que nós tínhamos “dormido” mais cedo.
Mas o importante foi que ela aprovou e eu dormiria com Keaton essa noite.
E nós dormimos, apenas isso. Sem nenhum amasso ou pegação.
Eu coloquei um short e uma camiseta do Keaton e me deitei, enquanto eu contemplava a cena, ele tirando a camiseta e a bermuda. Ele não gosta de pijama então iria dormir com certeza, de boxer mesmo.
Ele vira para trás e sorri quando me pega encarando a boxer preta que, pra falar a verdade, fica ótima nele. Então ele vem correndo e pula na cama ao meu lado, abraça minha cintura e me faz cosquinhas.
- PARA KEATON! – eu grito – PAROU!
Ele para e me deixa respirar. Então eu me viro pra olhar ele.
Passamos a noite toda conversando. Conversando sobre tudo. Sobre a minha amizade com , sobre como nós ficaríamos um sem o outro, sobre as músicas da banda e etc.
- Sabia que eu amei hoje? – eu digo – Aquilo que rolou mais cedo foi... Ah sei lá. Foi lindo sabe?
- Sei. Eu também achei muito bom.
Nós dois não conseguimos conter a risada. Nunca soubemos o jeito certo de falar sobre sexo.
Ele beija meu nariz e me puxa para mais perto dele.
- Eu vou sentir tanta falta de você. – ele diz – De tudo que você faz.
- O que, por exemplo?
- Sabia que eu amo quando você ri ou espirra? Soa tão fofo e eu quase tenho um ataque do coração.
Eu rio e bocejo. Eu precisava mesmo dormir, já eram quase três horas da manhã.
- Keaton, eu tô com sono.
- Eu também.
Eu me viro e ele abraça minha cintura.
Meu Deus, por que? Por que ele ia embora daqui a dois dias?
Eu queria aproveitar os minutos que eu ainda tinha com ele, então eu estava me mantendo acordada. E ele também, pois instantes depois ele canta no meu ouvido:
- This is our last night but it's late. And I'm trying not to sleep. Cause I know, when I wake. I will have to slip away…
Uma lágrima solitária desce pelo meu rosto quando ele faz isso, por que aquela música era nada mais nada menos do que a verdade.
Capítulo 7 - Our love keeps time to this sound...
- Meow, meow, meow, Prrrrrrrrrrrrrrrrrr. – eu ouço a voz de Keaton ronronando no meu ouvido e me cubro com a coberta.
- Não Keaton...
- Babe! Hoje é nosso último dia lembra? – ele diz e coloca a cabeça perto do meu pescoço e ronrona de novo.
É verdade. Nosso último dia. Eu tinha que passar cada minuto com ele, sem deixar ele ao menos respirar longe de mim.
Eu me deito de barriga para cima na cama e olho para ele.
- O que você quer fazer?
- Eu pensei que a gente podia pegar nossas pranchas e surfar.
- Eu ia adorar.
- Então levanta daí sua gorda! – ele passa o nariz na minha barriga e eu me contraio.
Eu me levanto num pulo e corro para me arrumar. Eu visto um short e uma regata, pegamos nossas pranchas e corremos para a praia.
Quando chegamos lá, eu senti aquela mesma sensação boa que eu sempre senti, só que dessa vez ela vinha com um pouco de borboletas. Eu olhava para aquele paraíso verde que eram os olhos de Keaton e as borboletas vinham todas na minha direção, circulando meus braços e descansando no meu estômago.
Eu seguro a mão dele e nós dois entramos na água, que pela manhã está clara como o céu.
Nós começamos a surfar e exibir nossas habilidades, sempre dando aquele olhar atrevido um para o outro, como se estivéssemos nos desafiando. Até o ponto em que nos batemos e caímos na água.
- KEATON STROMBERG! – eu digo olhando para o rosto dele enquanto ele ri.
- Você nem se machucou!
- Claro que me machuquei!
- Onde, me diz?
- Aqui ó! – eu aponto para o meu lábio rindo.
- Talvez se eu desse um beijinho ele ficaria curado.
Ele me beija e eu passo as mãos pelo seu pescoço fazendo carinho em seu cabelo e arranhando a sua nuca. Então ele me pega no colo e me carrega até a areia, onde nos sentamos em cima de uma toalha e eu coloco minhas pernas ao lado do tronco dele.
As borboletas que estavam no meu estômago começam a voar desesperadas e gritar “FOGO! FOGO! MEU DEUS!”. Ao mesmo tempo eu me sentia desamparada, como se eu precisasse muito daquilo e eu perderia em alguns minutos. Tipo uma pressa estranha de pegar Keaton pra mim e não deixar ele sair dos meus braços nunca mais.
Então a letra da música volta a perturbar meus pensamentos:
And when the daylight comes I'll have to go. But tonight I'm gonna hold you so close…
---
O “outro dia” chegou mais rápido do que eu queria e imaginava.
Eu me agarro ao braço de Keaton com toda a minha força como se aquilo fosse impedi-lo de entrar no avião. Nós nos sentamos em umas cadeiras para esperar o voo.
Lágrimas começam a se formar nos meus olhos eu encosto a cabeça no ombro de Keaton.
- Keaton - eu digo baixinho – você promete que não vai gostar, flertar, beijar, ou qualquer coisa que seja, com outra menina?
Ele me olha com um sorriso e segura minhas bochechas entre as mãos.
- Claro que não pequena, você sabe que eu não ia fazer isso nunca na minha vida.
As lágrimas começam a querer escapar e Keaton percebe. Ele me abraça junto ao peito dele e isso realmente me faz chorar.
- Eu quero que você fique bem entendeu baixinha? – ele diz – Eu não vou fazer nada com ninguém enquanto eu não tiver você do meu lado de novo.
Eu olho para ele e sorrio.
Drew, e Wesley chegam caminhando devagar. Eu percebo que estava chorando também, apesar do fato de que ela e Drew estavam juntos há pouco tempo, ela sempre foi bem emotiva. Drew abraça ela pela cintura e beija o topo da cabeça dela.
Ele provavelmente vai tentar acalmá-la com as habilidades que ele tem com a fala e ela vai ficar melhor, mas se eu a conheço bem vai voltar a chorar mais tarde. Junto comigo, é claro.
Então uma moça com a voz engraçada fala que o voo deles está aberto para embarque. Meu coração começa a bater mais rápido e as minhas borboletas pegam fogo de novo, voando em todas as direções tentando sair do meu estômago em chamas. O que é ar mesmo? (traz a ruffles!).
- Pequena, olha... – Keaton diz e pega meu rosto nas mãos novamente – Eu quero que você fique bem ok? Vai passar bem rápido e quando você piscar já vai ter acabado, eu vou estar ao seu lado de novo e nós vamos fazer muitas coisas – ele dá um sorriso safadinho, que me anima o humor um pouco.
Ele me dá um último beijo que tira o resto de oxigênio do meu corpo. Um beijo bom que vai deixar saudades, com certeza. Ele me beija por alguns segundos e depois se afasta e beija minha bochecha.
- Eu te amo.
- Eu também te amo.
Ele se afasta e vai andando para a fila de passageiros que vão embarcar com eles. Eu dou um tchau rápido para Wes e Drew, que pareciam com vontade de chorar.
entrelaça seu braço no meu e coloca a cabeça no meu ombro.
Eu vejo Keaton se afastar e entregar o bilhete para a moça. Enquanto ela verifica os documentos ele me olha e faz um “Tá tudo ok, eu te amo” com a boca. E depois ele vai embora, deixando comigo apenas o cadáver queimado das minhas borboletas e algumas frases.
And when the daylight comes I'll have to go. But tonight I'm gonna hold you so close… This is my last glance. That will soon be memory...
Capítulo 8 - True Friends are few far between...
Author’s Note: Esse capítulo vai estar meio sem sentido, por que eu não sabia mesmo o que escrever, sei lá, acho que eu vou ter que fazer o Keaton aparecer de novo no próximo capítulo, por que eu acho que esse capítulo ficou bem entediante, sei lá, ficou meio sem feelings (acho que eu acabei com todos os meus no capítulo passado)... Sorry.
Amanda e eu saímos do aeroporto completamente destruídas. Eu podia sentir no ar que ela também estava vazia por dentro. Uma coisa que as melhores amigas sabem fazer é saber o que a outra está sentindo.
- Sabe do que a gente precisa? – eu digo.
- Sei.
Nós saímos correndo do aeroporto direto para um supermercado. Pegamos uma cestinha e enchemos de doces. Depois passamos na locadora e alugamos filmes da Disney.
Corremos para a sala e começamos a assistir os filmes. Nemo foi o primeiro, e a comer os doces desesperadamente enquanto conversávamos sobre todos os assuntos possíveis.
Conversamos até três horas da manhã quando o sono bateu com força e acabamos caindo. Dormimos ali, no sofá mesmo, as duas jogadas em posições desconfortáveis, como fazíamos antigamente.
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No outro dia, acordamos dez horas (milagre!) e checamos nossos celulares. O meu tinha duas mensagens de Keaton:
“Baaaaaaabe, acabamos de chegar...”
“Eu quero você aqui do meu lado :[“
Eu sorri automaticamente ao ler as mensagens. Meu Deus, eu quero ele de volta!
Eu respondo a mensagem dele o mais rápido que consigo:
“Baaaaaaabe, não fica triste, vai passar rápido! :]”
Eu tentando ser otimista, as é uma tragédia, mesmo quando a situação é ruim eu tento animar as pessoas, mas não funciona, por que a realidade acaba com a minha mentirinha.
Eu olho para e ela está sorrindo também.
- O que ele te mandou? – eu pergunto, pulando/andando/caindo para chegar perto dela e olhar no celular.
Eu aproximo o meu rosto da tela do celular e um sorriso aparece no meu rosto também.
“Acabamos de chegar. Só quero que saiba que eu te amo e que estou sentindo sua falta :x”
- Aww, nós temos os namorados mais lindos do mundo!
Eu mostro a ela minhas mensagens com Keaton e ela fica dando ataque de fangirl comigo. Mas mesmo com esse sentimento bom, ainda tem o vazio. Mesmo nós duas estando felizes por termos namorados lindos e tals, eles estavam longe de nós e ficariam mais um bom tempo assim.
Quando nós duas nos damos conta disso, o ataque fangirl cessa.
- Sabe o que a gente deveria fazer? – diz.
- Sei.
De novo.
Nós duas pegamos nossos notebooks e entramos em nossos respectivos tumblrs. Tumblr era uma paixão que a gente compartilhava antes de nós afastarmos. Ela se senta ao meu lado e começamos a reblogar.
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Fizemos de tudo aquela tarde para tentar tirar nossa atenção daquilo que doía no peito: assistimos mais filmes, comemos, entramos no tumblr, escutamos música...
Mas no final do dia, quando não havia nada mais que nos mantivesse distraídas, nós apenas nos sentamos e conversamos sobre o que estávamos sentindo. Momento girl’s talk. Mas no meio da conversa eu recebo uma ligação.
- Keaton! – eu digo com um suspiro.
- Oie! – Ele diz, do outro lado da linha – Tudo bem aí?
- Mais ou menos, sei lá, tá bom aqui com a , mas eu estou meio com saudades...
- Eu também...
- Mas me diz, como estão as coisas por aí?
Eu e Keaton continuamos conversando por um bom tempo. Ele estava no hotel com os meninos e eles estavam muito empolgados para a audição. A conversa acabou comigo sorrindo e um grande aperto no peito. Keaton estava bem e ansioso. Logo, logo eles iriam se apresentar e eu estava torcendo.
Quando acaba o dia, eu e vamos para meu quarto e nos arrumamos para dormir. Eu me deito da cama e abraço o cobertor. Você já percebeu que parece que as coisas sempre pioram a noite? Se você está com dor, parece que a noite dói mais.
- Boa noite !
- Boa noite .
apaga as luzes e eu me agarro ao meu cobertor com mais força, sentindo a falta dos toques dele, do cheiro dele, das mãos dele nas minhas. De tudo. Eu fecho os olhos e rezo para fazer pouco barulho quando eu estiver chorando.
Capítulo 9 - Call me up, I'm always around...
- Babe, eu quero que você vá até a sua janela agora... - Keaton diz no telefone.
- Estou indo.
Eu paro ao lado da janela que ele costumava pular para chegar ao meu quarto. O céu está completamente escuro, mas uma grande luz branca ilumina tudo como um farol.
- Você já tá na sua janela?
- Hm rum...
- Tá vendo a lua?
- Sim... - eu digo e como eu sinto que ele quer que eu pergunte, eu o faço - Por quê?
- É que quando nós dois estamos olhando para a mesma coisa parece que a gente tá mais perto, não parece?
As palavras ficam presas na minha garganta por alguns minutos, segurando o choro.
- O único problema é que só parece...
Keaton também se cala do outro lado da linha.
- Eu te amo muito para só "parecer que estamos perto", eu te quero aqui Keaton...
- Eu sei amor, mas você entende, não é, a nossa banda é muito importante para nós e...
- Sim, sim, eu sei, eu entendo Keaton, mas você faz falta, eu só quero que saiba disso ok?
- Você também faz... Muita.
Nós ficamos conversando por mais alguns minutos. Mesmo eu estando muito orgulhosa deles por terem passado na primeira audição e estarem indo tão bem no programa, eu queria poder ter ele aqui.
Keaton desliga o telefone, mas eu continuo ali na minha janela, olhando a lua cheia que ilumina meu quarto, por que sei que ele está fazendo o mesmo.
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Amanda e eu enquanto estávamos passando por essa fase longe dos meninos, nos mantínhamos o máximo possível unidas, mas tinha dias que queríamos ficar sozinhas, precisávamos ficar sozinha.
Hoje era um desses dias.
Eu posso até não ter Keaton e aqui perto de mim, mas eu tenho um pacote grande de MeM's e um bom livro. Eu posso passar o dia inteiro assim, comendo e alimentando meus neurônios, mas dessa vez, eu cheguei a um ponto em que eu não aguentava mais.
Então eu simplesmente peguei meu carro e sai para dirigir um pouco e pensar em tudo que estava acontecendo. De janelas abertas para sentir o vento e o cheiro do mar da Califórnia.
Keaton já estava fora faz alguns meses, nós estávamos nos falando apenas por telefone, mensagem e ás vezes skype, mas não era suficiente. Eu precisava vê-lo pessoalmente. E foi nessa hora que eu caí na real. Eu ia vê-lo pessoalmente.
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Eu volto para casa e passo o resto da tarde comprando passagens para mim e , mesmo eu não tendo conversado com ela, mas eu tinha certeza que ela iria comigo.
Eu compro as passagens e pego o telefone em seguida.
- Amanda! - eu digo quando vejo que ela atendeu - Nós vamos viajar para ver os meninos amanhã ok? Nosso voo sai às dezesseis horas e...
- WOW WOW WOW, peraí, você simplesmente decidiu que nós iriamos viajar sem ao menos me avisar antes ou perguntar minha opinião?
- Isso mesmo.
- Ah... Consideração, pra que né? Mas fazer o que né, que horas sai o avião?
- Dezesseis, eu passo aí pra te pegar umas três e meia.
- Ok.
Eu desligo o telefone e corro para o meu quarto para arrumar minha bolsa. Passaríamos só um dia lá, eu não ia precisar de muita coisa. Meu coração batia na minha boca com o pensamento de ver Keaton de novo.
Quando eu termino tudo eu me deito na cama virada para a janela e olho para a lua que era a única fonte de luz no momento. E então um arrepio percorre meu corpo.
- Até amanhã babe... - eu sussurro para mim mesma antes de fechar os olhos.
Capítulo 10 - You're the one I want...
15:20 pm
Finalmente! Finalmente eu iria poder sair de casa. Eu só precisava buscar a e aí seguir rumo aos nossos namorados. O dia tinha passado como um ano e isso só me deixava mais ansiosa para vê-lo.
Eu dou pulinhos de alegria sacudindo minha bolsa até chegar no meu jipe verde. Cara, eu amava aquele carro. Eu coloco meus óculos e começo a dirigir rumo à casa da minha amiga.
O vento bate nos meus cabelos me dando a mesma sensação do dia anterior. Eu sorrio sentindo meu corpo completamente revigorado. O vento fica mais quente conforme eu vou me aproximando do centro da cidade, passando por uma avenida que daria na casa de .
Mas então eu sou obrigada a parar. Eu arregalo os olhos diante do que está na minha frente. Eu puxo o freio de mão e coloco a cabeça para fora do carro. Não era possível. Uma sensação de culpa bate, instantaneamente, no meu peito. Isso não podia estar acontecendo. Não agora.
Eu encaro com toda a força a gigantesca fila de carros que se estendia pela avenida a minha frente. O som das buzinas invade meus ouvidos e minha cabeça gira descontroladamente.
Eu me jogo no banco do carro com as duas mãos sobre a testa. O que eu faço? Talvez eu pegue as asinhas das borboletas no meu estômago e saia voando por cima do congestionamento. Logo, descarto a ideia, seria muito egoísta da minha parte deixar aqui.
O jeito então é esperar.
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Eu e corremos aflitas pelo saguão do aeroporto a procura de alguém que nos ajude. E aí eu vejo uma mulher de terninho. Ela tinha cara de aeromoça então caí dentro.
- Moça! MOÇA! - eu saí correndo atrás da mulher.
- Sim?
- Você pode me informar se o voo 394 já saiu? - eu pergunto com esperança de que um milagre ainda aconteça, minhas borboletas começam a criar vida quando...
- Sim, ali - ela aponta pela parede de vidro que dá visão ao lado externo, onde um avião branco dá voltas na pista.
Droga.
- Tem outro voo que saia hoje para o mesmo destino? - pergunta.
- Não, desculpa.
A mulher se afasta de nós batendo seu salto que faz um barulho irritante ecoar pelo ambiente. Ela sai levando consigo todo o meu espírito com ela. Então meu corpo vazio se encosta na parede de vidro. abraça meus ombros e começa a chorar.
E então eu sinto o celular vibrar no meu bolso.
“Espero que você esteja curtindo o voo =] Quero te ver logo!”
As lágrimas começam a escorrer pela minha bochecha. Eu realmente queria vê-lo, mas não ia acontecer.
Eu olho para o avião levantando voo. Em uma questão de segundos tudo muda.
O avião que estava subindo começa a descer, e descer, e descer até que a ponta da asa esquerda bate em uma casa. O avião perde o controle e cai, queimando uma boa parte do que está em volta.
O avião em que eu deveria estar caiu.
Minha boca se abre em espanto. Muitas pessoas que estavam por ali pararam ao meu lado para ver a tragédia também. Todas na mesma situação que eu: incrédulas.
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Eu e sentamos no sofá, completamente chocadas.
Era pra estarmos naquele avião. Nós teríamos morrido. Se eu não tivesse atrasado talvez não estivéssemos mais vivas.
Era como se o destino tivesse nos salvado.
Eu abraço a forte, sem ao menos saber como reagir. Não sei se eu choro por ter sido uma tragédia, não sei se fico com medo por eu quase ter morrido ou se fico feliz por estar viva. As imagens do avião caindo não saem da minha cabeça e meu estômago começa a embrulhar.
Então eu resolvo ligar a televisão e apenas relaxar. Ou tentar ao menos.
A TV faz realmente o contrário de me animar. A mulher do telejornal conta a notícia do avião que caiu e o grande número de mortos. Eu me sinto mal, queria que o meu destino tivesse acontecido com todos aqueles que estavam ali.
- Quer saber, - diz - vamos dormir um pouco.
Eu faço que sim com a cabeça e nós duas vamos para o quarto. Eu sinto meu corpo despencar na minha cama macia e pego no sono em poucos minutos, mas percebo que não dorme. Talvez ela esteja impressionada demais para dormir.
Meu sono dura pouco, duas horas no máximo. Alguém toca a campainha e me acorda. A pessoa continua curtindo seus últimos minutos de vida, que vai ser deliciosamente tirada por mim, enquanto eu arrasto meu corpo que nem um zumbi até a porta. A pessoa não para de tocar a droga da campainha.
Eu abro a porta e digo sem prestar atenção a quem eu estou falando.
- Que merda você quer aqui?
Então eu olho para cima e vejo aqueles tão familiares olhos verdes cobertos por cachinhos loiros. Ele arregala os olhos antes de me abraçar pela cintura e me tirar do chão. Eu solto um grito agudo e não consigo parar de sorrir.
- Baaaaaabeeee!
- Keatooooooooooon!
Ele me coloca no chão e me beija. Aquele beijo que eu sentia tanta falta. Eu coloco minhas mãos na nuca dele e o puxo para mais perto, se é que possível. Nada podia me tirar dali. Nada ia tirar ele de mim de novo. Eu o beijo com tudo que eu tenho, sentindo ele de novo. Seu calor, seu toque, sua pele. Todos os movimentos que ele faz mandam uma rede de calafrios pelo meu corpo.
Nós paramos de nos beijar e eu olho para ele sorrindo.
- Eu achei que você tinha morrido, tive que vir aqui pra ter certeza de que era mentira.
- Que bom que você veio.
Então aparece, junto com Drew. E eles tem exatamente a mesma reação que nós tivemos. Se abraçam e se beijam apaixonadamente. Tudo estava certo. Tudo estava no lugar que devia estar. Keaton estava do meu lado de novo.
Eu olho pela janela de relance e penso por um segundo que vi a lua sorrir para mim.
Capítulo 11 - Cause I Love You, To The Moon and Back... Parte 2
Keaton estava de volta. De volta para os meus braços e mesmo sabendo que ele teria que voltar para gravar o programa no outro dia eu iria guardar o gosto dos lábios dele comigo e a certeza de que tudo aquilo estava quase acabando.
Keaton se deita do meu lado e abraça minha cintura enquanto deixa uma linha de beijos do meu pescoço até meus ombros.
- Você não imagina a saudade que eu estava sentindo... - ele sussurra contra a minha pele.
Arrepios percorrem meu corpo. Eu conseguia imaginar sim, a saudade que ele tinha sentido, por que eu senti o mesmo. Eu queria ele inteiro para mim, para sempre. Não queria que ele voltasse para o programa.
Eu viro o corpo para encará-lo. Ele sorria de um jeito que apenas ele conseguia, sorria com os lábios e com os olhos, e eu tinha sentido muita falta daquele sorriso. Ele estava transbordando fofura e eu realmente não estava conseguindo me controlar. Beijei todo o rosto dele mil vezes.
Eu passo minhas mãos por baixo de sua camiseta e sinto o corpo que ficou tão longe de mim por tanto tempo, o corpo nem bombado nem gordo. Aquele corpo que me pertencia e que tinha sido tirado de mim. Ele começa a beijar meu pescoço e eu sinto que ele está deixando algumas marcas.
- Keaton... - eu faço alguma coisa entre dizer e gemer, mas seja lá o que eu fiz, Keaton deu um sorriso safadinho.
É, pois é. Isso foi só o começo da noite.
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No final dela, eu e Keaton terminamos abraçados de conchinha. Ele fazia carinho na minha mão embaixo da dele e sua cabeça estava no meu ombro, respirando perto do meu pescoço me dando arrepios.
- Eu fiz uma coisa pra você... Huh... Enquanto eu estava fora... - Keaton diz se embolando com as palavras.
- O que você fez? - eu pergunto, me virando para ele.
Ele tem as bochechas coradas de vergonha.
- Uma música, - ele diz - eu não sei se você vai gostar, sei lá, não ficou boa o suficiente...
- Não, não, não, não, não, não.... Keaton, para, eu tenho certeza que ficou linda e eu quero ouvir ela agora mesmo.
Keaton se levanta da cama com a mão na nuca, daquele jeito que eu amo, mas que ele só faz quando está nervoso. Continua sendo fofo anyways.
Ele pega o violão e senta na cama ao meu lado, eu coloco a mão em seu ombro e ele começa a tocar. A voz dele começa a preencher o quarto com uma melodia simples e completamente perfeita.
- Girl, lay your weary head down, and I'll fight off the monsters, underneath your bed, ‘cause I love you to the moon and back…
Keaton continua a cantar olhando para mim, mesmo envergonhado e eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser o quão sortuda eu era por tê-lo. O quanto ele era perfeito e ficava mais perfeito a cada dia.
Ele usou toda aquela história da lua, dos meus medos, de todas as nossas conversas para fazer uma música só nossa e completamente perfeita. Não existiam palavras para expressar aquilo. Era como se aquela música preenchesse o vazio que eu sentia quando ele estava longe de mim.
Keaton para de tocar e me olha. Eu não consigo parar de sorrir, ele era perfeito para mim, eu queria falar alguma coisa, mas o impulso foi maior e eu acabei beijando ele.
Ficamos nos beijando por um tempo, até eu parar.
- Eu te amo, te amo, te amo, te amo... – eu digo sorrindo.
- Eu te amo pra sempre... – ele responde me dando um beijo na bochecha.
- Pra sempre?
- Pra sempre.
---
Keaton se foi na tarde do outro dia, por que, afinal ele ainda era um participante do The X Factor. Dessa vez não foi tão maçante, eu ainda sentia ele comigo. O programa estava nas últimas rodadas e eu tinha plena certeza que eles ganhariam e voltariam para casa logo.
- Você vai piscar e eu vou estar de volta... - Keaton diz me dando um selinho.
- Espero mesmo Mr. Stromberg... - eu agarro o colar que ele está usando e puxo ele para perto de mim dando mais um selinho.
Eu cruzo meus braços enquanto vejo ele se afastar. Minhas borboletas estão de volta a ativa, felizes e ansiosas pela volta dele. Elas voam leves no meu estômago que está na primavera.
E a minha única sensação é a de que aquela música não vai sair nunca mais da minha cabeça.
Make me yours, take me with you, girl lay your weary head down...
---
estava aqui em casa quando estávamos assistindo a semifinal do The X Factor. Nós cruzamos os braços e os dedos, até a nossa alma torcia para os meninos, e era assim todas as vezes, tinha dado certo todas as vezes.
Eu olhei para a janela e eu não conseguia ver a lua, que se escondia atrás de algumas nuvens escuras.
tremia e mordia o lábio enquanto eu comia muito.
A tensão estava me corroendo.
Simon se posiciona ao lado dos meninos enquanto aquela mulher fazia o suspense barato de sempre. Mas quando ela resolveu abrir a boca, fez a maior merda. Todos naquele programa fizeram merda ao tomar aquela decisão.
Os garotos tinham sido eliminados.
Capítulo 12 - Cause I Love You, To The Moon and Back… Final Part
Keaton voltou para casa no dia seguinte a eliminação. Dessa vez não teve pegação na porta de entrada da minha casa e nem o sexo “senti tanto sua falta”. Ele veio, eu o abracei forte e ele colocou a cabeça no meu ombro.
- Sinto muito – eu digo baixinho.
- Tá tudo bem - ele separa o abraço e beija minha bochecha – é só meio decepcionante, sabe? Eu ter ficado tanto tempo longe de você, ter dado o meu melhor no programa e tudo mais, ter sido em vão.
Eu dou um selinho rápido nele e o levo pra dentro da minha casa. Ele senta no sofá e eu me sento no colo dele. Ver ele daquele jeito me destrói por dentro, todo triste e deprimido. Eu sentia que eu precisava fazer algo pra mudar. E eu ia. No mesmo segundo, uma ideia brilhante passa como um flash pela minha mente. Uma surpresa. Eu precisava manter Keaton entretido até à noite.
- Huh babe, você quer tomar um banho? – e o entretenimento começa – Sabe pra lavar esse rosto e sei lá, fazer você se sentir melhor?
- Pode ser – ele ri.
Eu me levanto e ele me abraça pela cintura, andamos o caminho todo até o banheiro assim. Eu o ajudo a tirar as roupas e ele entra no chuveiro, eu tiro as minhas e vou atrás dele. Ele me abraça pela cintura de novo e a água quente cai sobre os nossos corpos. Keaton começa a beijar meu pescoço e eu tenho certeza que vai deixar algumas marcas.
- Cara, - ele diz contra o meu ombro – como eu senti a sua falta.
- Eu não vou deixar você ir embora nunca, NUNCA mais – eu digo me virando para ele.
Keaton pega meu rosto em suas mãos e me beija. Eu passo as mãos pelo seu abdômen levando-as direto ao seu pescoço. É, nós íamos, definitivamente, fazer o sexo “senti tanto a sua falta”.
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Depois do “banho”, eu e Keaton estávamos na cama, eu abraçada a seu peito. Dava pra ver o cansaço no rosto dele, o que era perfeito para eu começar a por o meu plano em prática. HEHE.
Eu me soltei de Keaton e ele me olhou.
- Dorme um pouco babe, eu vou fazer alguma coisa pra eu comer tá? – eu dou um selinho nele e ele faz que sim com a cabeça.
Eu me afasto e saio do quarto sem conseguir conter o sorriso que aparece no meu rosto. Eu pego meu celular e ligo para a dando pulinhos de animação.
- Oi? – diz do outro lado da linha.
- , o Drew tá aí perto de você?
- Sim, por quê?
- Sai de perto dele que eu preciso falar contigo!
Eu ouço o som dos passos de do outro lado da linha.
- Eu tive uma ideia para animar os garotos.
- Fala.
- Digamos que nós temos planos para hoje à noite...
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Keaton dormiu quase a tarde toda. Acho que isso acontece toda vez que a gente chora, dorme horas e horas seguidas (não que seja necessário chorar pra isso acontecer). Enquanto isso eu terminava meu plano.
Eu já tinha terminado de colocar tudo em ordem quando ele acordou. Ele colocou as mãos atrás da cabeça e tentou arrumar o cabelo bagunçado por mim horas atrás, eu achava o cabelo dele muito sexy bagunçado.
Eu tinha colocado um short roxo de cintura alta com uma camiseta branca, na qual estava estampada “I like cats”, que ele me deu algum tempo atrás e um par de chinelos, tudo isso por cima de um biquíni branco. Ele me encara de cima a baixo.
- Pra que tudo isso? – ele pergunta com um sorriso.
- Vai se arrumar Keats, nós estamos saindo.
- Posso saber para aonde estamos indo?
- Pra praia.
Ele sorri e se levanta num pulo. Ele coloca um blusão e shorts.
- Vamos? – ele pergunta.
- Ainda não... – eu digo me aproximando dele para colocar-lhe uma venda.
- What the... , pra que isso? Eu quero veeer! – ele diz mexendo os braços.
- Você vai ver quando chegarmos à praia agora vamos, senão vamos chegar atrasados.
Eu saio de mão dadas com ele conduzindo-o pelas ruas de Huntingtom até a praia. Ele tropeça algumas vezes, mas chega à praia sã e salvo, pronto para ver minha surpresa. A música alta pode ser ouvida de longe e a maioria delas é dos meninos, a final, a festa era para eles.
está me esperando lá, segurando a mão de Drew e com a mão sobre o ombro de Wesley, os dois vendados. Eu sorrio para ela e me aproximo posicionando Keaton ao lado dos meninos.
Nós acenamos para as pessoas ali na praia, as quais eram amigos e familiares que chamamos e todos olham para nós. Subimos em dois bancos de madeira que levamos mais cedo para que todos possam nos ver e pedimos que os meninos tirem as vendas.
- Bem vindos de volta boys! – diz.
- Nós, e acho que todos que estão aqui – eu digo olhando para eles – estamos muito orgulhosos de tudo que vocês fizeram nos meses passados. E mesmo que vocês tenham ficado em quarto lugar, a gente sabe que tudo valeu a pena.
- Mas é bom ter vocês de volta! A gente ama vocês e tudo isso que a gente planejou é por causa de vocês, então enjoy!
As pessoas batem palmas e nós descemos dos banquinhos nos abraçando para depois abraçar nossos respectivos namorados (Coitado do Wes :x ). Eles olham em volta pra verem direito o luau que nós fizemos. Haviam tochas espalhadas pela areia, música alta, amigos e bebidas. Além de uma lua cheia linda que pintava as ondas de branco.
Keaton me pega pela cintura e me levanta no ar, girando algumas vezes. Quando ele me coloca no chão eu lhe dou um beijo rápido e passo as mãos pelos seus cabelos.
- Tá vendo aquelas duas pranchas ali? – eu aponto para a areia, perto da água.
- São as nossas? – ele pergunta.
- Ummhum – eu digo balançando a cabeça.
Nós dois saímos correndo em direção as pranchas tirando as roupas no meio do caminho, eu ficando apenas de biquíni e ele apenas de short. Pegamos nossas pranchas e caímos na água com um profundo mergulho.
O mar estava bem calmo e não pegamos nenhuma onda, apenas nos deitamos na prancha um ao lado do outro nos encarando. Eu sento na minha prancha voltando meu olhar para a lua, a nossa lua, e depois novamente para ele. Ele sorri um sorriso bobo e eu desço da minha prancha, sem dar a mínima sobre onde ela vai parar e vou até a dele me apoiando ao lado de seu corpo.
- Eu adorei o luau que você preparou babe – ele diz beijando a minha testa.
- Que bom... É bom ter vocês de volta.
Keaton olha para a lua e depois para mim, do mesmo jeito que eu fiz antes. Depois ele coloca a mão na testa e começa a rir.
- Cara - ele diz ainda com a mão no rosto – eu te amo demais. Você me faz mais feliz a cada dia e eu acho que eu não conseguiria ficar nem mais um dia sem você. Tudo que você faz, tudo que você é faz eu te querer a cada segundo da minha vida. Você entende o quanto você é importante pra mim?
Eu faço que sim com a cabeça.
- Eu também te amo, - eu digo pegando o rosto dele nas minhas mãos – mais do que tudo. E eu não vou deixar você ficar mais um dia longe de mim. Nope.
Keaton beija meu nariz e depois a minha boca. O beijo mais doce até agora. Eu vejo os anos se passarem dentro do beijo. E aquela sensação. A sensação de que eu podia fazer tudo naquele momento. Podia ir para a França e tirar uma foto de um beijo em frente à torre Eiffel, podia ter mil filhos com aquele homem que estava me beijando agora, podia ficar velhinha e olhar a lua de mãos dadas com ele.
A sensação de que aquele amor não acabaria nunca, nem com a morte.
Eu descobri que era com ele que eu queria passar o resto da minha vida.
Nós olhamos novamente depois do beijo. Aqueles olhos verdes refletindo o brilho prateado da lua me olhando.
- Eu te amo – ele diz sorrindo calmamente.
- To the moon and back? – eu pergunto.
- To the moon and back – ele sussurra no meu ouvido.
Fim.
Final alternativo.
- Cara, - ele diz ainda com a mão no rosto – eu te amo demais. Você me faz mais feliz a cada dia e eu acho que eu não conseguiria ficar nem mais um dia sem você. Tudo que você faz, tudo que você é faz eu te querer a cada segundo da minha vida. Você entende o quanto você é importante pra mim?
Eu faço que sim com a cabeça.
- Eu também te amo, - eu digo pegando o rosto dele nas minhas mãos – mais do que tudo. E eu não vou deixar você ficar mais um dia longe de mim. Nope.
Keaton se senta e olha para mim, depois pega meu rosto em suas mãos e me beija.
Realmente, aquele era para ser o beijo perfeito. Era.
No meio do beijo eu sinto uma dor aguda no meu pé, uma dor que vai subindo e parece consumir toda a minha perna. E de repente a dor para. Eu separo o beijo e olho para baixo para ver que não havia mais uma perna, apenas um borrão vermelho que se espalha por toda a água.
O pânico invade o meu corpo e eu não consigo me mexer, fico completamente paralisada olhando para Keaton que coloca uma expressão preocupada no rosto.
- O que aconteceu babe? – ele pergunta olhando para baixo.
- K-Keaton eu...
Eu sinto a dor de novo só que desta vez o tubarão que havia arrancado a minha outra perna me puxa. Eu solto um grito agudo e seguro a mão de Keaton. A água em torno de nós já estava completamente vermelha quando o tubarão morde a panturrilha dele.
- Keaton, não! – eu tento me agarrar em alguma coisa, mas o tubarão me puxa com força para debaixo d’água.
Keaton desce da prancha e começa a mergulhar na minha direção me esticando a mão, mesmo eu não tendo nenhuma força para segurá-la. O tubarão se aproxima dele de forma rápida, assim como aconteceu comigo e o ataca.
Eu olho para ele por meio da água vermelha, seu corpo já quase não existia e todos os seus membros desfigurados.
Ele começa a fechar os olhos juntos com os meus, a última coisa que eu vejo é seu corpo tomando o brilho prateado da lua que está acima de nós.
Depois tudo escurece.
Oiê pessoas!
Acho que isso tá mais para um adeus né?
Esse foi o último capítulo da fic. Obrigado a todos que acompanharam, gostaram e comentaram-na. Muito obrigado mesmo! Continuem deixando a opinião de vocês aí nos comentários, eu vou adorar lê-las!
Obs1.: Talvez eu faça uma continuação, sobre o romance do Drew e da garota dele. Hmmm. Posto o link nos comentários qualquer coisa.
Obs2.: Para quem não sabe, a fanfic tem esse nome estranho por causa dessa entrevista aqui >http://www.youtube.com/watch?v=Witj3y9b0s0 2”50’< que eu achei muito cômico/fofo quando o Wes fala “Keaton’s Body” e o Drew concorda, só deixando claro kkkk’
Thanks Guys!
Maria Clara Lôbo