Just Say ”I do”

Escrito por Amanda Silva e Júlia Oliveria | Revisado por Júlia

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  Havia uma nova garota na cidade, sua voz soava como sinos da catedral, e ela tinha o mais maravilhoso, sorriso. Seu jeito encantador e delicado de ser a fazia a mais perfeita garota dos meus sonhos. Vivendo em um mundo só seu, sonhando com seu príncipe encantado e a chuva de arroz na saída da igreja. Ouvindo seu pop melódico e românticas trilhas dos filmes de Nicholas Sparks. Andando como o vento, em disparada ao seu quarto, que guarda todos seus segredos de princesa.
  Como não se apaixonar por seu olhar provocador e tão puro, quando te encara pedindo pra ficar?
  - Você sabe exatamente o que quer? – perguntei confiante.
  - Eu quero você . – aquele olhar me hipnotizava. – Quero você perto de mim – beijei seus lábios.
  - Mas você sabe que uma hora eu vou partir – olhei no fundo de seus olhos, agora um pouco tristes – e depois voltar e ter você nos meus braços outra vez – vi seu rosto se iluminar – porque não importa toda essa distancia, quando eu tenho você aqui. – coloquei sua mão do lado esquerdo do meu peito. A abracei forte.
  - Prometa que não vai se esquecer? – sussurrou.
  - Jamais – sussurrei enquanto beijava seu pescoço.
  Passei a noite em claro, observando suas curvas, sua calma e perfeição.
  Quem quer que ela seja, ela será o meu mundo, meu pequeno e maravilhoso mundo de gargalhadas gostosas e olhares brilhantes. Motivos tão simples para sobreviver no mundo real, onde sempre que acordou estou dizendo adeus a seus calorosos abraços.
  Acordei com uma leve brisa e o sol que entrava pela janela, e contemplando seu rosto, agora iluminado pelo amanhecer, a vi abrir delicadamente os olhos, encarando-me com um sorriso puro e gentil nos lábios.
  - Bom dia senhora – sussurrei, dando-lhe um beijo na testa.
  - Bom dia senhor – sorriu involuntariamente.
  - Vamos fazer um piquenique. – disse triunfante – Vou pegar a cesta – completou, pulando da cama e correndo em direção à sala.
  - Vou pegar o violão – afirmei, vendo-a sumir de meu campo de visão. Sorri maliciosamente enquanto procurava por seu celular, tinha grandes planos para aquela tarde: e isso incluía deixá-la um pouco isolada. Guardei seu telefone no bolso de minha calça enquanto me perguntava de tempos em tempos o que eu gostaria de comer.
  Depois de prontos, foi me arrastando até o carro, onde dirigi até Tempe Beach Park , seu lugar predileto para piqueniques. Escolheu a sombra de um carvalho gigantesco: onde estendeu a toalha xadrez com aquele sorriso terrivelmente encantador no rosto, espalhando as guloseimas e se sentando com as pernas cruzadas. Era perturbador o fato de me encontrar olhando uma garota fazendo todas aquelas coisas simples com um sorriso tão estúpido no rosto.
  - Espero só um minuto , vou buscar umas coisas no carro. – levantei-me, planejando colocar o plano em prática.
  - Mas não demore – pediu, docilmente, enquanto abria um pacote de jujubas, suas prediletas.
  Arranquei o celular do bolso assim que saí de sua vista. Não parecia, mas também era terrivelmente observadora. Nunca fui muito bom com o twitter, mas ele me pareceu uma boa ideia. Digitei, sentindo meus joelhos tremerem: Tempe Beach Park, precisando da ajuda de algumas fãs, alguém se habilita? Sem esperar qualquer resposta, pus o telefone no ouvido e me dispus a ligar para os caras.
   e apareceram poucos minutos depois, cumprimentei-a com um sorriso enquanto caminhava em direção a . A mesma coisa com e . surgiu logo atrás: cercados por um grupo de garotas que julguei serem fãs.
  Vi e conversarem com , que pareceu surpresa em vê-las. Minha garota nunca suspeitaria que aquilo era pra distraí-la.
  Cumprimentei as fãs enquanto as explicava o plano. apareceu com a van carregada dos balões que eu havia pedido e logo, e já puxavam para a parte do parque em que estávamos.
   me encarava confusa, enquanto eu sorria tanto que achava que minhas bochechas rasgariam. As fãs, então, uma a uma – contando que eram dezenas – estenderam a um buquê de rosas cor de chá, suas prediletas. Ela tentou pegar o primeiro, mas quando encontrou o segundo, arqueou as sobrancelhas. Encarou-me confusa.
  - Lembra de quando era a garota nova na cidade? – ri, enquanto ela corava, encontrando outro buquê. Ela sorriu, fazendo que sim com a cabeça. – Você tinha tudo decidido e o mais maravilhoso sorriso.
  - Mas, – ela sorriu, timidamente, enquanto agora, as fãs colocavam os buquês ao nosso lado, formando um corredor de flores. – essa é a letra de Into Your Arms...
  - Aposto que não esperava por essa. – sorri, enquanto me estendia o violão negro.
  Comecei a cantar a música, andando de costas para que eu pudesse olhar no fundo de seus olhos maravilhosos.

“Tinha uma garota nova na cidade
Ela tinha tudo decidido
Bom, eu vou dizer algo imprudente
Ela tinha o mais maravilhoso... sorriso

Aposto que você não esperava por isso
Ela me fez mudar o meu jeito
Com olhos como por do sol, baby
E pernas que andavam por dias

Estou me apaixonando
Mas estou caindo aos pedaços
Preciso achar meu caminho de volta ao começo

Quando nós estávamos apaixonados
As coisas eram melhores do que são
Me deixe ir de volta...
Pros seus braços”

  Quando cheguei ao refrão, estávamos em uma espécie de praça do parque: perto de uma fonte, onde os caras estavam tocando a música. Pararam de tocar quando as fãs soltaram os balões em formato de coração. estava com os olhos marejados.
  - Nossa vida e cheia de partidas e chegadas. – comecei, tinha ensaiado tantas vezes na frente da foto dela, não podia ser tão difícil. – mas, eu sempre, sempre, sempre – encarei-a, sorrindo – vou voltar para os seus braços. Onde as coisas são sempre melhores. – ela sorriu, não sei como eu estava tão calmo por fora. Por dentro eu explodia em milhões de confetes. – Mas eu preciso ter certeza de que todas as vezes que eu pisar em Tempe, você vai estar disposta a me abraçar.
  Ouvi tocando algo que fazia as coisas parecerem mais românticas no violão, quase ri, ao ver e ao lado dele, com os olhos marejados. , por sua vez: já tinha deixado algumas lágrimas teimosas passarem, enquanto sorria, um tanto sem graça.
  - Vou sempre encontrar o meu caminho de volta para o começo, onde você está. – sorri. – Porque é onde o meu coração esta, com você. – senti ele dar pequenas piruetas em meu peito – Sem você, não há eu. – suspirei, tomando sua mão direita e colocando uma das minhas mãos em meu bolso enquanto me ajoelhava. – Deixe-me voltar sempre para os seus braços.
  Mostrei-lhe a caixinha vermelha de veludo, ela não conteve um gemido surpreso.
  - , você quer se casar comigo? – perguntei.
  Ela largou minha mão para secar as lágrimas que temiam em escorregar por sua bochecha. Se ajoelhou em minha frente, ainda sorrindo feito uma boba enquanto acariciava minha bochecha com a mão, e suspirou pesadamente. Se eu não tivesse uma resposta logo, eu certamente explodiria de tanta emoção.
  - É tudo que eu sempre quis. – sorriu, selando nossos lábios delicadamente.

- Três meses depois. -

  Esses foram os meses mais ansiosos da minha vida, das nossas vidas.
  Agora eu estava lá, no altar. Minhas mão suavam e meu coração parecia que iria sair pela boca, o momento mais feliz da minha vida esta prestes a acontecer, me casar com minha pequena sonhadora, minha salvadora. Em um TOC comecei a balançar-me nos calcanhares, desejava tanto vê-la.
  A música anunciava um novo começo, e como em seus sonhos entrou ao som de Love you ‘till the End, as portas da catedral se abriram e lá esta ela, usando o belíssimo vestido branco com detalhes rosa e dourado, assim como a delicadíssima coroa que segurava-lhe o cabelo e o véu. As rosas cor de chá – suas prediletas – estavam em suas mãos, laçadas com as do pai. Ela sorria, seu sorriso maravilhosamente terno, as bochechas estavam corados: todos da igreja davam toda a sua atenção à coisa mais bela que havia entrado em minha vida, .
  De repente meu mundo se limitava a apenas uma coisa: . Meu coração se enchia de luz, e tudo o que eu mais queria era fazê-la feliz, dizer apenas coisas que a tirariam sorrisos. E quando finalmente segurei sua mão, cantei junto a música: “I Love you ‘till the end”, minhas mãos tremeram. Ela era tudo que eu sempre pedi, e muito mais.
  O Padre lançava palavras sábias sobre o amor. Eu não conseguia prestar atenção, só queria dizer logo meus votos e ter para todo sempre.
  A hora dos votos havia chegado. Era o momento perfeito para disse o que sentia pela minha pequena. Ela sorriu pra mim, enquanto segurava suas duas mãos, frente a frente.
  - Você é a resposta para todas as minhas orações. – comecei, sentindo minhas bochechas corarem ao citar seu escritor favorito - Você é uma canção, um sonho, um murmúrio, e não sei como consegui viver sem você durante tanto tempo. Eu amo você, mais do que você é capaz de imaginar. Sempre te amei e sempre vou te amar. – sorri, vendo-a começar a chorar, sem tirar o sorriso meigo do rosto – Você é onde eu sempre – acentuei – quero estar. A melhor coisa que aconteceu comigo. E eu nunca, nunca – fechei os olhos, dando mais ênfase a frase – vou sair dos seus braços, porque: - suspirei – onde quer que eu vá, onde quer que vamos – corrigi – eles serão o paraíso. – coloquei a aliança em seu dedo, não contendo minhas próprias lágrimas.
  Ela sorriu, fez menção a me beijar, mas conteve-se. Precisava esperar e dizer seus votos.
  - Estou te dando todo meu amor. – pegou a aliança, sorrindo. – meu coração – sorriu, secando minha bochecha – meu tudo. – suspirou – porque é isso o que você é: meu amor, meu coração, meu tudo. – riu – sem você, não há eu – citou uma de minhas canções, fazendo a igreja toda não conter um suspiro – porque mesmo que as estrelas peguem pesado, eu sempre estarei com você, . Eu te amo como nunca amei ninguém, e sempre vou te amar. Não importa quantas vezes você tenha que partir, eu sempre deixarei você voltar para os meus braços.

   POV

  Lágrimas tomavam conta do meu rosto e entre soluços contei nossa história a minha pequena .
  - Mamãe – chamou-me sonolenta.
  - Sim, querida – acariciei seus cabelos castanhos com de mel.
  - Aconteceu a chuva de arroz dos seus sonhos? – abraçou seu ursinho.
  - A mais perfeita chuva de arroz que poderia imaginar – sorri – agora durma , já está tarde. – beijei sua testa – Bons sonhos.
  - Vou sonhar com o papai – seus olhinhos me encaravam tão docemente.
  - Amanhã ele vai estar de volta para seus braços, como nos sonhos – sorri.

  Aos pouquinhos fechou seus olhos calmamente, adormecendo em fim entre meus braços.
  - Bons sonhos, . – sussurrei olhando a lua que brilhava pela janela – Eu te amo.

   POV

  - Bons sonhos rainha. – sussurrei olhando a lua pela sacada do hotel – Mais do que tudo.



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