Just One-Night Stand

Escrito por Meeg Lima | Revisado por Natashia Kitamura

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  11 de Setembro de 2011, dia esse que marcou minha vida.
  Não, não há nada a ver com a comemoração de 10 anos dos atentados terroristas que ocorreram no mesmo dia nos EUA, de nada tem a ver com al-Qaeda sequestrando quatro aviões. Eu não era nenhuma maluca que admirava o feito e também não tinha nenhum amigo, familiar ou conhecido em um dos dois aviões que colidiram com as Torres Gêmeas, muito menos tinha alguém que eu conhecesse dentro do World Trade Center ou nos edifícios vizinhos. E também não fazia ideia – e ainda não faço – de quem trabalha no Pentágono. Logo, não tinha nenhuma ligação com os quatro aviões e os três edifícios atacados, também não era nenhuma louca por história americana.
  O evento que me marcou de nada tinha a ver com New York, ou Estados Unidos, no fundo tinha, mas... 11 de Setembro de 2011 me marcou, pois, foi nesse dia que Whats Make You Beatiful foi lançada.
  Desde então, os últimos quatro anos se resumiam em pesquisar notícias, votar em premiações, divulgar músicas novas em rádios de todo o mundo, assistir tantas vezes o mesmo vídeo apenas para que ele tenha um número considerável de views, entre outras coisas de uma fã – como sofrer com a confirmação de uma namorada nova e depois com o término do casal que passou a ser o seu mais novo queridinho, à leitura de milhares de fanfics apenas para se iludir.
  E por incrível que pareça, mesmo nos meus atuais 19 anos, eu era feliz assim: dedicando incontáveis horas em frente a uma tela de computador apenas para saber que no dia seguinte eles estariam felizes. Mas eu também tinha minhas recompensas, entre elas a amizade com outras fãs, os sorrisos deles, as fotos sem camisas e uma alegria estranha e sem motivos aparente. De uma maneira peculiar One Direction tinha me tornado uma pessoa melhor, mais alegre, responsável, dedicada e até mesmo estudiosa. Entre meus 16 e 17 anos tive uma melhora absurda em minhas notas, uma vez que só ganhava os CDS, DVD e outros suvenires se eu tivesse um bom boletim e se me esforçasse em todos os deveres domésticos que eram me dados, palavras da minha mãe; E isso durou até os dias de hoje, pois não trabalho e ainda sou basicamente sustentada pelos meus pais.
  Eu, , era apenas mais uma fã.
  Talvez meu diferencial fora sempre ter o pé no chão – em todos os momentos. Nunca me importei com os boatos de serem gays, por mim, que fossem, não era fã da opção sexual deles, mas sim da banda e deles como indivíduos; Nunca fui de julga-los por suas ações ou palavras, por quem a mídia diz que eles namoraram ou tiveram um caso de apenas uma noite. Também sabia que no fundo a chance de conhecê-los e viver uma fanfic eram nulas, mas isso nunca me impediu de sonhar e de ser fã, nem mesmo machucou meu sorriso ou autoestima.
  E mesmo sabendo que a chance de viver um contos de fadas moderno com o meu tão gostoso Liam Payne ou até o Louis – por quê não os dois juntos, hãn? – resolvi arriscar toda minha mesada e todo o dinheiro que juntei nos quatro anos em três diárias no Hotel Fasano somados ao ingresso do show no Parque dos Atletas.
  Where We Are Tour seria a realização de um sonho.
  Esperava ansiosamente que todo o dinheiro que estava investindo gerasse um bom resultado, ao menos uma foto com um deles, não queria voltar para casa sem um tostão no bolso e sem nenhuma #1DSelfie no celular – até porque se voltasse eu ouvira duas horas da minha mãe discursando seu "eu te disse" e da minha irmã mais velha falando que eu estava agindo como uma adolescente imbecil movida a hormônios.

Capítulo 1

  Niall tagarelava algo com um dos seguranças, e mesmo embora todos estivéssemos cansados, estranhamente Horan parecia mais triste que o normal. Não tivemos autorização para falar com as fãs no aeroporto e eu me sentia melhor com isso, não que não quisesse falar com elas, apenas estava cansado demais pra colocar um sorriso no rosto e ir cumprimenta-las e tirar fotos. Eu estava implorando pela minha cama diferente do irlandês. Niall reclamava de não ter parado para cumprimentar as fãs, de nem ao menos poder ter dado um adeus de longe.
  E como se um Gênio realizasse um desejo meu não demorou que a van chegasse logo ao hotel. E para completar minha felicidade, Niall havia cochilado nos cincos primeiros minuto após entrarmos no veículo e quando acordou não reclamou de ter entrado pelos fundos sem falar com as fãs acampadas na calçada do hotel. Após Paul e mais dois seguranças nos guiarem até os elevadores e nos designarem aos nossos quartos; não vi mais sinal dos meninos nem de nenhuma fã, mas sim de uma cama grande e confortável.
  Que Morpheus me desse sua benção, pois eu gostaria de dormir tranquilamente.
  Depois de acordar com bom humor – e muito barulho – visitei a sacada do hotel e cumprimentei as fãs, que foram à loucura – com muito mais barulho – quando tentei jogar meu boné para elas, mas infelizmente ele caiu na sacada de um dos apartamentos abaixo.
  – Isso é insano! – disse assim que fechei a porta da varanda.
  Louis que estava sentado na minha cama deu de ombros e continuou com sua atenção presa no meu computador.
  – Eleanor? – perguntei apenas para vê-lo assentir – Ok. Vou procurar o Harry.
  – Piscina.
  – Quê? – perguntei enquanto vestia uma camiseta recém-retirada da bagagem.
  – O Harry está na piscina com o Niall e o pessoal. – Louis desviou seu olhar para mim, assenti rapidamente e peguei meu celular, colocando-o para carregar.
  – Bom, eu vou pra piscina então. Fica a vontade e se o Zayn acordar mande o descer pra comer alguma coisa, ok?
  Louis murmurou alguma coisa que deu a entender que ele ouviu, dei de ombros e saí do quarto.

X

  Sentia que se levantasse para abrir a porta – que era esmurrada insistentemente por alguém da equipe – cairia no chão e ficaria ali para todo o sempre.
  – Tá na hora de acordar, Payne! – ouvi Mark, um dos seguranças, gritar e sair marchando pelo corredor, talvez estivesse atrás de mais uma pobre alma indefesa que tinha exagerado ontem. Que por Deus, não fosse o escandaloso do Louis.
  Ontem após as muitas horas desperdiçadas na piscina e das tantas outras indo até o bar, que não ficava muito longe, resolvemos fazer uma pequena comemoração apenas com a equipe. Fechamos um dos muitos bares do hotel e enchemos a cara como se não houvesse um show no dia seguinte. Lembro-me até de um dos seguranças carregando um Harry Styles semiacordado e um Niall trôpego e agitado.
  – Anda Zaz, acorda. – o balancei para que ele levantasse logo.
  Em respostas, ele apenas resmungou algo e cobriu a cabeça com o lençol.
  Malik havia dormido no meu quarto, pois após a pequena comemoração ser encerrada com Louis também sendo carregado à força para o quarto, tanto eu quanto Zayn ainda tínhamos energia, então resolvemos subir para fumar e conversar mais um pouco. Acabou que ele já estava tão alto que acabou apagando depois do segundo baseado. Como bom amigo que sou, o deixei dormir por aqui mesmo.
  Levantei e fui até o banheiro.
  Quando sai do banheiro, já de banho tomado, Zayn ainda dormia na mesma posição. Se existia algo que admirava em Zayn Malik – fora sua voz e seu talento inegável com artes – era o seu sono pesado.
  – Zayn, acorda logo porra. – o empurrei.
  Novamente ele resmungou algo, porém dessa vez ele abriu os olhos e me xingou.
  – Lava esse rosto e vamos descer, ‘to morrendo de fome. – finalizei.

X

  Zayn – que estava com a calça jeans de ontem e usava uma das minhas toucas – conversava com Niall e Harry próximo a piscina. Já eu, estava em um canto isolado do bar, ficar um tempo por ali conversando com Josh me parecia uma boa ideia.
  Josh me contava de uma das suas peripécias com sua namorada quando Daniel apareceu na área externa com uma morena ao seu lado. A garota, que com certeza era uma fã, pois teve um súbito congelamento quando Harry foi falar algo com Dan, se afastou e veio em direção ao bar. Em um entornar de copo ela virou completamente o conteúdo de uma caipirinha e, sem perceber que eu ou Josh estávamos a observando, ajeitou o biquíni e o cabelo, voltando para o lado de Richards.
  – Dá pra acreditar? – Josh me perguntou com um sorriso malicioso – Elas fazem de tudo por uma foto mesmo.
  – Não é só uma foto.
  – Por uma foda também, eu sei.
  Quando voltamos à atenção para a garota, ela retirava uma foto com Haz, mas o telefone não era dela, era do pequeno Styles. Os dois conversaram algo sobre o olhar atento de Daniel e logo Harry se despediu com um abraço – e dois beijos na bochecha por parte da morena – e então voltou para perto de Niall. Daniel não perdeu tempo e se aproximou mais ainda da menina, fazendo com que ela corasse.
  – Essa daí ele já conseguiu. – comentou Josh.
  – Acho que não. – digo quando ela parece esquivar das mãos de Dan na cintura dela, o rapaz se afasta e a puxa pela mão indo em direção a Zayn, que fumava com um dos produtores – Ele vai impressionar ela mais um pouco.
  – Nada mais impressionante que todos os membros do One Direction sem camisa, han?
  Reviro os olhos para a brincadeira estupida de Devine.
  Daniel carrega a menina para todos os cantos da piscina servindo de fotografo para ela, ao menos ela estava sendo sortuda e retirando fotos com todos os membros e funcionários importantes que podia. Da distância que estava quase podia ouvir o pensamento de Dan, “que isso valha uma boa foda”.

X

  O show havia sido incrível. 60 mil pessoas em nosso primeiro show no Brasil era fantástico. Um número considerável de fãs loucas e dedicadas – e muito barulhentas, em nenhum momento elas deixaram de cantar uma música ou de gritar que amavam-nos. Era maravilhoso e revigorante sair de um show assim. Eu tinha energia de sobra, diferente de Louis ou Zayn, que imploravam por descanso, umas camas confortáveis e doces.
  Embora dois quintos da banda estivem curtindo a onda terrível que vinha após a nossa Mary J misturada há uma hora e meia em pés animando uma multidão, haveria uma festa. Uma comemoração pelo nosso primeiro show no Brasil. Nossa tradição era comemorar, comemorar e comemorar. Só se vive uma vez cada situação, certo?
  Diferente de ontem a festa não seria em um bar, seria na área externa e não seria privada. Alguns artistas brasileiros apareceram, assim como algumas fãs mais sortudas, o que incluía a mais nova acompanhante de Daniel.
  Descobrimos que a garota estava hospedada em nosso hotel e que Dan havia a encontrado no elevador e ela pediu para retirar uma foto com ele. Richards ficou fascinado pelos seios dela e puxou assunto após a foto.
  Realmente a garota tinha seios bonitos. Não grandes, mas eram bonitos.
  Dan confidenciou-nos que convidou a menina para a festa que faríamos, e disse também que dali sairia direto para o quarto com ela. Apostamos que ele estava certo, exceto Lou que disse que ela não faria isso.
  Todos já estavam loucos para que a tal menina aparecesse e sumisse logo com Richards; Lou era quem tinha apostado mais alto e nós queríamos recolher todo o dinheiro e dividir logo. Demorou quase uma hora de comemoração e muita bebida para que a tal menina surgisse.
  Em seu vestidinho branco e preto rodado eu poderia muito bem dizer que era uma das irmãs de Zayn, mas o mesmo parecia não cogitar essa ideia já que faltava despir a menina com os olhos.
  Dan acenou para ela, que sorriu e veio em direção ao nosso grupo. Daniel levantou antes que ela chegasse, a cumprimentando com um abraço rápido e ela com dois beijos em suas bochechas – esse era um costume interessante e invasivo daqui.
  – Essa é a .
  Um a um fomos levantando e cumprimentando ela com um meio abraço, apertos de mãos e beijos nas bochechas. Antes que pudéssemos iniciar um dialogo, Richards arrastou a menina para o bar.
  Em meio a risos, bebidas e conversas jogadas fora não vimos quando Daniel sumiu, porém como Lou disse, deixou a garota, , para trás. Dan havia sumido com uma outra morena. E agora estava em nossa roda, entre Gemma e Lou. Parecia bastante desconfortável, vez ou outra a via dizer algo – sempre monossilábico – ou sempre que alguém pedia para tirar uma foto do grupo, ela se oferecia como fotografa.
  – Ei, Mark! – chamei pelo segurança – Tire uma foto nossa.
  – Não precisa – como nas outras vezes, ela repousou sua bebida na mesa e se adiantou vindo pegar meu telefone – eu tiro.
  – Não, eu faço questão que você saia em uma das nossas fotos.
  Ela se preparou para negar, mas virei-lhe as costas e entreguei o telefone para o grandão, que sorriu entendendo o que eu estava fazendo. Quando voltei minha atenção para ela, notei que tinha uma expressão descrente e até um pouco confusamente fofa. Sorri para ela e passei minha mão livre pela cintura dela, os outros se arrumaram a nossa volta e Mark bateu algumas fotos.
  Quando recuperei o telefone chequei as fotos e nas primeiras estava corada e sorria tímida, mas depois arriscou algumas caretas.
  – Essa ficou legal. – ela falou ao meu lado. Após quebrar o contato do abraço, não se afastou – o que já era um bom sinal.
  – Apenas porque você é bonita. – sorri para ela, notando que suas bochechas ganharam um tom mais vermelho – Que tal irmos ao bar pegar uma bebida?
  – Mas eu ainda... – levantei uma das sobrancelhas e ela olhou para os lados, percebendo que todos nos observavam e escutavam – Ok.
  Sobre o olhar atento de todos, passei novamente um braço pela sua cintura e a senti enrijecer, guiei-a até um lado mais escuro do bar e percebi que sua respiração ficou irregular.
  – Quantos anos você disse que tinha? – a questionei após pedir as bebidas para nós.
  – Mas eu não... – franziu as sobrancelhas, ri da confusão dela e ela pareceu entender – Ah. 19.
  Observei Harry e Niall se despedirem das pessoas e começarem a se retirar. Quando percebi que Tom e Lou também estavam indo embora, assim como outros membros da equipe, entendi que já era a hora de ir.
  – Bom , você é fã? – dei um gole na minha bebida assistindo ela assentir – E se hospedou aqui?
  – É. – confirmou envergonhada e a vi virar sua bebida em apenas um levantar de copo, assim como fizera mais cedo na piscina.
  – Eu não devia, mas... Saindo daqui, nós vamos todos pro quarto do Niall, para uma festa mais privada, entende?
  Ela assentiu.
  – Gostaria de continuar a conversar com você, mas tenho que ir agora, posso te esperar na festinha? – mas uma vez, ela apenas assentiu – O quarto é o 3206, se um dos seguranças te barrar é só dizer “oakie dokie”.

X

  Já fazia alguns minutos que estava sentado com Zayn, Louis e mais duas garotas que Mark havia conseguido. não havia dado sinal de que viria, então arrumei uma nova diversão. Tanto eu quanto, Zayn e Louis já estávamos chapados e falávamos muita merda.
  Ouvi o começo de Yeah 3x do Chris Brown e logo Louis começou a ficar alvoroçado, procurando algo em seus bolsos. Quando finalmente ele achou, Niall, que estava com Harry, Paul e Josh, passou por nós indo abrir a porta.
  – Eleanor. – Tomlinson disse antes de levantar e ir atender ao telefone no banheiro.
  – Cem libras que ele sai do banheiro direto pro quarto dele. – Zayn disse após passar o cigarro para uma das garotas.
  – Mais cinquenta que ele sai reclamando da Eleanor.
  E antes que pudéssemos ver quem levaria o dinheiro, Harry passou quase que correndo por nós, e quando vi para onde ele corria tive vontade de fazer o mesmo.
   estava parada perto a porta e nas pontas dos pés, cumprimentava Harry com os famosos dois beijinhos.
  Deixei os três no sofá e fui em direção à minha convidada.
  – ! – gritei em saudação a garota a minha frente. Antes que ela pudesse responder, envolvi a em um abraço e sibilei para que Styles saísse logo dali – Que bom que você veio.
  Ela tinha as bochechas coradas, tão vermelhas quanto o batom que resolvera usar.
  – Venha por aqui.
  Levei-a até onde eu e Zayn estávamos sentados, as garotas a olharam com desprezo o que já era esperado, contudo ela pareceu não notar. Puxei-a para que sentasse ao meu lado no estofado e ofereci minha bebida a ela, que aceitou e deu um gole tímido.
  Zayn passou o baseado para mim e dei uma tragada, oferecendo a ela – que recusou com um “não, muito obrigado” e então ela bebeu minha bebida em um gole gigantesco. Ri ao vê-la fazer uma careta discreta e me levantei para buscar uma cerveja pra ela, talvez não fosse bom começar com vodca. Quando voltei com duas long neck, o cigarro já havia acabado e parecia entediada com o seu copo vazio em mãos.
  – Tem mais, Payne? – Zayn indicou a carcaça que sobrara do cigarro.
  – Só no meu quarto. – servi a bebida a , que agradeceu, e me sentei.
  – Vai lá buscar.
  Olhei discretamente para a garota ao meu lado esperando que Zaz entendesse, mas ele apenas me encarou sério e pidão. Rapidamente pensei em algo: fugir da festa e ter mais privacidade.
  – Quer ir comigo? – me dirijo a , que assente e levanta, deixando sua garrafa na mesa.

X

  Zayn era esperto e me conhecia há quatro anos.
  E isso era um porre porque ele conhecia todos os meus passos e planos.
  Assim que fechei a porta do quarto e me pus a procurar o engradado com a erva, para que pudesse fumar na área externa do hotel, Zayn Malik bateu em minha porta e disse que não me deixaria escapar, pelo menos não tão fácil.
  – Então, né? – Zayn perguntou e esperou a menina confirmar para que pudesse continuar – Não fuma?
   negou e continuou girando a almofada em seu colo. Estávamos os três sentados em círculo no tapete da pequena sala que havia no quarto.
  – Sua cara de santa te entrega. – alfineta e puxa a fumaça.
  Ela o encara com um olhar de desafio, o que deixava ela mais sexy.
  – Você não precisa. – informei apenas para que ela me ignorasse e apertasse o baseado entre o polegar o indicador, encostando seus lábios vermelhos no papel torcido.
  A garota tossiu e passou para mim, Malik riu e também não aguentei, foi engraçado.
  Ficamos um tempo naquela, apenas fumando e rindo de alguns comentários idiotas de Zayn. Até que o mesmo começou a fazer anéis de fumaça e entreter a garota, que parecia uma criança assistindo ao seu desenho favorito.
  – Me ensina? – pediu com os olhos brilhando.
  Zayn passou alguns minutos ensinando-a, ela tinha sua atenção completamente voltada para o moreno. Não pude deixar de sentir um desconforto, ela deveria estar hipnotizada por mim, deveria ter seus olhos para mim e não para Zayn.
  – Olha. – disse e soprei a fumaça em sua direção, para logo puxa-la para dentro da minha boca de novo. ficou desconcertada, mas seus olhos brilhavam, mas não por deslumbre, era de excitação.
  Discretamente, Zayn se levantou e encenou uma despedida, mas saiu sem dizer nada.
  – Também tem outro truque.
  – Qual? – se a voz dela estava rouca por causa do cigarro ou pelo momento eu não sei, mas era ainda mais atraente do que o normal.
  Aproximei-me de segurando seu queixo com uma das minhas mãos e o cigarro na outra, desenhei seus lábios com a ponta dos dedos e traguei o baseado, quando soltei a fumaça, soprei para dentro de sua boca.
  Me atrevi a olhar em seus olhos e percebi que não era o único hipnotizado pelo movimento de seus lábios, também mantinha seus olhos presos em minha boca. Antes que o momento fosse quebrado, ousei selar nossos lábios e finalmente beijei-a.
  – E a fumaça desapareceu. – digo quando nos afastamos.
  – Sério? – ela pergunta quando abre os olhos.
  – É, mas não teve truque nenhum, eu só queria te beijar.
  Ela sorri e me da um selinho, se afastando e pegando o cigarro que eu tinha entre os meus dedos.
  – O que acha de sairmos daqui?
  – Pra onde, Payne?
  – Praia. – respondo como se fosse obvio e ela me olha confusa – Estamos no Rio de Janeiro, há praias lindas aqui.
  – Se você sair agora vão te devorar vivo. Já viu a quantidade de fãs que tem lá fora?
  – Então qualquer outra praia do mundo, pode escolher.
  – Louco.
  – Estou falando sério, eu te levo para qualquer lugar, em qualquer hora ou dia, é só você dizer que eu te levo da sua casa até as estrelas, até o topo.
   ri e deita no tapete, me deito ao lado dela.
  – É isso, já que não podemos ir à praia, vamos até o terraço. – digo e me levanto, puxando ela comigo.
  – E seus seguranças no corredor?
  – Gata, nós vamos fugir.
  – Como?

X

  – Essa vista é linda, parece um sonho. – parece encantada com o céu estrelado, o mar calmo e com a areia branca.
  – Sou o tipo de cara que faz da vida real um sonho.
  Ela revira os olhos e se senta no chão, me sento ao seu lado, passando um dos braços a sua volta.
  – Mas eu falei sério quando disse que ainda vamos à praia juntos. – falo e a vejo sorrir – Nós dois caminhando na praia sobre a luz do luar, a água gelada batendo em nossos pés. – puxei para meu colo, ela veio sem reclamar e ainda me deu um beijo rápido – Depois vamos deitar sobre um cobertor, observar as estrelas. – mais um beijo – Vamos ter champanhe.
  – E a praia vai estar deserta? – ela pergunta.
  – Vai.
  – Isso é bom. – ela me envolve em seus braços e me beija porem dessa vez mais intimo e lento. Por instinto coloco uma das minhas mãos em sua coxa, apertando, ela pareceu não se importar com isso.
  Depois de horas sentados e conversando sobre nós, e nossos planos para o futuro – e de amassos sem constrangimento algum – resolvemos que era melhor ir para o quarto dela.
  Durante todo o momento no elevador, tinha suas bochechas coradas e um sorriso malicioso brincando entre os lábios. E quando entramos no em seu quarto, ela fora rápida como um gato. se jogou encima de mim, colando nossos lábios em urgência, passando suas unhas pelas minhas costas, braços e barriga. Logo não demorou em retirar minha camisa.
  Interrompi sua urgência e rapidez, pois queria lento, queria aproveitar, dominar. Guiei até a cama e a sentei, comecei a despir por seu vestido e quando o retirei, a deitei, distribuindo beijos por suas coxas até os pés, onde tirei seus tênis.
  Vendo ela apenas de roupas intimas não pude deixar de dizer:
  – Você é linda.

X

  “I wanna wake up on the beach”
  O Sol entrava pelas frestas da cortina, parecia ser mais do que meio dia.
  “Wake up with you by my side”
  , que estava aconchegada no meu peito, pareceu despertar com o toque que vinha do seu aparelho telefônico. Ela resmungou algo e se levantou, procurando o aparelho pelo quarto.
  “We could spend the AM blankets tight”
  Ela atendeu e começou a falar em português com quer que fosse.
  Observando a menina ali, usando apenas suas peças intimas, percebi que aquela seria a ultima vez que a veria.
  E todas as promessas, todos os planos que havíamos feito acabara ali.
  O nosso dia tinha se encerrado e com ele toda a irmandade e cumplicidade que nós dois havíamos conquistados terminavam.
  Eu tinha uma namorada em Londres, e ela pelo visto havia uma prova na universidade na segunda.

We could be one love,
We could be one light,
Just for one day.



Comentários da autora


“Nunca me importei com os boatos de serem gays, por mim, que fossem, não era fã da opção sexual deles, mas sim da banda e deles como indivíduos; Nunca fui de julga-los por suas ações ou palavras, por quem a mídia diz que eles namoraram ou tiveram um caso de apenas uma noite. (...) isso nunca me impediu de sonhar e de ser fã, nem mesmo machucou meu sorriso ou autoestima.”
One-Night Stand significa sexo sem compromisso, relacionamento passageiro que geralmente dura apenas uma noite. E 24 horas são dadas como um dia.
E você teve um relacionamento de 24 horas com o Liam.
Just For One Day.
xMeegs

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