Just a Summer Love?

Lia | Revisada por Natashia Kitamura

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Prólogo

  Rihanna – Diamonds

  “So shine bright, tonight, you and I / We're beautiful like diamonds in the sky”

  O tempo pode não estar a favor, eles podem querer viver mais do que aquilo que são realmente capazes, podem querer sentir menos do que aquilo que sentiram mas por alguma razão o coração falou mais alto que tudo, até mesmo das coisas mais importantes eles esqueceram e… tudo isto porque se odiavam!

Tentativas falhadas

  One Direction – Up All Night

  “I wanna stay up all night / And find a girl and tell her she's the one”

  Harry POV

  - Vai lá! – Louis dizia pela terceira vez.
  - Que raios, porque é que querem tanto que eu vá lá? Vocês nunca me empurraram para estas coisas… - eu disse desconfiando.
  - Porque já é a terceira vez que a vemos e ela despacha todos os que tentam sequer beija-la – ele justificou-se rapidamente.
  - Já está na altura de tentares com alguém difícil.
  - Pode ser que a ti ela te dê bola.
  - Por que daria?
  - Pode ser que se encante com os teus lindos olhos. – Louis gay Tomlinson disse e todos rimos.
  Olhei de novo para o mulherão que dançava animadamente com um copo na mão atraindo a atenção de muitos e não era difícil saber o motivo. Alta, morena, sempre com um sorriso nos lábios, camisa branca e umas calças bem justas pretas, pode parecer uma roupa completamente banal mas talvez por ser diferente também chamasse a atenção de muitos que depois do primeiro olhar não desviavam mais o seu olhar do corpo dela.
  - Sou o teu escravo por uma semana se fores lá. – Louis disse mais na brincadeira que outra coisa mas eu ia levar muito a sério.
  Levantei-me num rompante ouvindo gargalhadas da mesa e talvez por sorte começou a tocar “Up All Night”, olhei para a mesa e eles riam feito hienas, olhei para a rapariga e ela estava a dançar toca feliz. Era a minha oportunidade!
  Aproximei-me dela por trás e passei a minha mão pelo braço dela fazendo-me notar. Olhou-me de relance, deu um sorriso matreiro e continuou a pular como se eu não estivesse ali.
  Algumas músicas passadas e um bendito choque deu-me a oportunidade de beija-la, era o agora ou nunca. O beijo foi rápido porque ela empurrou-me no mesmo instante e virou costas, puxei-a pelo braço de novo e ela pôs a mão dela no meu peito e mexeu os lábios dizendo “Nem tentes novamente” (Don’t try again) saindo da pista e indo em direção ao bar.
  Aposto que Louis se está a rir muito da minha cara neste momento, dirigi-me á mesa e todos olharam para mim com olhar de gozo.
  - Nem um piu – disse nervoso e todos se riram imenso, tive de rir junto com eles, era inevitável.
  Aquela garota deve pensar que é melhor que as outras, só pode! Quem é que ela pensa que é para rejeitar um beijo meu? Eu sou Harry Styles!
  - Parece que não me vais ter como escravo por uma semana, baby.
  Lancei um olhar mortífero para Louis e saí do local sem dizer nada a ninguém.
  Cheguei a casa e assim que abro a internet, a notícia mais vista é “Harry Styles rejeitado”. As notícias correm mesmo rápido!

  Louis POV
  Já tinha passado quase uma hora da tentativa frustrada de Harry e a rapariga já tinha sido abordada por um rapaz e parecia que se estava a divertir, estavam os dois no bar a beber e a rir de alguma coisa que ela tinha dito. Segundos depois ela olha para o relógio de pulso e despede-se do rapaz com um abraço, felizmente eu estava perto da saída e ela passa por aqui.
  - Posso falar contigo 2 minutos? – ela olha-me com cara de confusa.
  - Podes – ela diz incerta e eu riu-me de leve.
  - Por que é que não deste bola àquele rapaz que foi ter contigo aí há uma hora atrás?
  - O dos olhos verdes?
  - Sim.
  - Porque eu quero divertir-me, não ser usada e jogada fora! Fui! – nem deu tempo de eu dizer nada que ela já tinha ido.
  Será que ela tinha percebido que tinha sido uma aposta? Espero que não.
  Liam olhou-me interrogativo e fiz-lhe um sinal que lhe contaria depois.

  Noite seguinte…
  Ela estava lá de novo, e Harry já a tinha visto mas não tinha dito nem feito nada.
  Dirijo-me ao bar onde ela está e ouço a conversa.
  - Eu ofereço a bebida a esta linda mulher – cantada mais barata não há, riu-me sozinho.
  - Sério? – ela parece surpresa.
  - Sim, claro – ele diz piscando-lhe o olho.
  - Ok, obrigada – ela diz virando-se com o copo ao alto com um sorriso travesso no rosto, deixando o rapaz não muito contente com a atitude.
  Vou atrás dela e puxo-a pelo braço até á mesa onde estávamos.
  Assim que chegamos largo o braço dela e quando a olho ela está a rir-se descaradamente da cara do Harry. De repente acho que corre os olhos por todos nós e como nos reconhece arregala os olhos e fica surpresa.
  - Eu não os quero incomodar, vou embora.
  - Hey, fui eu que te chamei, não estás a incomodar.
  - Mas por quê?
  - Porque Harry ficou chateado ontem.
  - Epah desculpem mas vocês não são nada discretos, perceber que aquilo ontem foi só uma aposta foi muito óbvio!
  - Por isso é que me desses-te aquilo ontem?
  - Sim
  - O que é que ela te disse?
  - Não queria ser usada e jogada fora
  - O que achas que eu faria contigo ontem? – Harry aproximou-se bastante dela.
  - Tu beijavas-me e dizias “obrigado”, ias-te embora e tu e os teus amigos iam-se rir de mim – ela disse segura.
  - Dá-me uma chance – ele entrega-lhe o iPhone dele e eu sinceramente não acredito que ela lhe vá dar o número.
  Para minha surpresa ela escreve alguma coisa e entrega o iPhone a Harry que sorri vitorioso.
  - Até mais rapazes – ela diz dirigindo-se à porta.
  Harry olha para o celular e faz uma cara não muito feliz, atira-me o iPhone e corre para a saída.
  “Um nome: Rita”

  Rita POV
  A manhã estava quente e eu sentia realmente uma liberdade como nunca tinha sentido e isso era estranho mas ao mesmo tempo era ótimo, eu sempre quis isto e graças a Deus que os meus pais me deram esta viagem, estou a aproveitar ao máximo e quero continuar a faze-lo até ao fim dos meus dias aqui em Londres.
  - Olha quem é ela – olhei para a frente e vejo Harry Styles à minha frente.
  Percebam, eu sabia quem ele era, e eu achava-o bonito, muito bonito até mas saber que ele só foi ter comigo por causa duma aposta fazia-me revirar os olhos só de o ver.
  - Olá – disse o mais simpática possível.
  - Ontem eu ainda fui atrás de ti mas já não te consegui apanhar.
  - Foi? – disse risonha. Sério que Harry Styles foi tentar encontrar-me no meio daquela gente toda? Nunca na vida ele me acharia, mesmo se ele estivesse à 1 metro de mim.
  - Foi Rita!
  - Agora já sabes o meu nome, já é qualquer coisa…
  - Por que é que tu és assim?
  - Assim?
  - Misteriosa.
  - Sou livre, jovem e louca, estou sozinha em Londres… posso ser como quero, não achas? – ok talvez tenha sido um pouco rude.
  Ele suspirou e eu senti-me um pouco mal.
  - Vamos começar de novo? – ele estendeu-me a mão. – Olá, chamo-me Harry Styles, prazer.
  Olhei-o desconfiada… Será mesmo que ele acha que eu vou cair na dele. Nem em sonhos, coitado…
  Estendi-lhe a mão e quando ele foi apertar-ma retirei-a de súbito.
  - Achas mesmo que eu ia cair na tua? Dá licença – sai de lá num rompante deixando-o com cara de tacho a olhar para a própria mão estendida.

Tudo por causa dum celular

  Labrinth (feat. Emeli Sandé) - Beneath You're Beautiful
  “You tell all the boys no / Makes you feel good yeah”

  Harry POV
  É sério? Ela deixou-me sem reação, virei-me pra janela e ela já nem era vista.
  Por que é que ela me odeia tanto? Por quê? Foi só uma aposta sem sentido, não é razão para ela me odiar desta maneira, eu acho pelo menos.
  Fui até ao apartamento e estavam lá todos, contei o que aconteceu e eles só se riam da minha cara.
  - Esquece, ela não te quer! – Zayn disse provocando
  Como assim não quer? Ela tem de querer!

  Rita POV
  Faziam dois dias que eu tinha encontrado Harry no café e fazia dois dias que ele não saia da minha cabeça, sabe o peso na consciência? Pois… Eu acho que fui demasiado rude com ele, um: “deixa-me em paz” de alguma forma subtil seria suficiente para ele perceber a mensagem, mas agora já era não é?
  O meu telefone toca! “Mãe”
  - Olá mãe!
  - Olá filha, então, como vão as coisas?
  - Ótimas, já acabei o curso agora é férias a sério! – disse animada.
  - Ainda bem, vens em duas semanas certo?
  - Sim, não morram sem mim.
  - Olha lá, ela a achar-se muito importante!
  - Pois sou!
  - Ok és! – ele deu-se por vencida muito rápido, incrível!
  - Eu sabia, lá lá lá.
  - Vá, o teu irmão e o teu pai estão a mandar beijos.
  - Beijos para todos! Vocês superam a minha falta!
  - Beijos, oh convencida!
  As minhas conversas com a minha mãe são muito retardadas, eu sei.
  Segui caminho para a caixa e de repente dando-me um susto alguém me toca no pescoço.
  - Vejam só quem é ela – Oh não! Reviro os olhos mentalmente, mas tento ser simpática.
  - É, eu mesma – digo com um sorriso simpático e ponho as coisas no tapete rolante.
  - Não te esqueces de nada? – Harry pergunta e eu nem o olho.
  - Não, o que é que eu haveria de ter esquecido? – ah, esqueci-me de comprar um chocolate amargo para lhe dar, eles combinam na perfeição.
  - Disto – olho para ele e… o meu celular na mão dele.
  Que burra, eu tinha-o deixado em cima da prateleira quando fui pôr as embalagens de leite e água no carrinho depois da minha mãe me ligar.
  - Obrigada – tento alcançar o celular mas ele afasta-se.
  - Nem penses, só tens o teu celular com uma condição.
  - Qual?
  - Vais a minha casa hoje á noite ver um filme, aí eu dou-te o celular.
  - O QUÊ? – Eu grito e todos me olham, baixo a cabeça e ele ri-se de mim. Estúpido!
  Respiro fundo e concordo, não acredito que vou ter de ir á casa deste rapazinho que pensa que é gente! Isto foi chantagem! Eu poderia ter chamado a polícia e dizer que ele me tinha roubado o celular. Ele de certeza que não queria ser capa de revista por roubo. Agora já é tarde demais, faltam duas horas para a hora marcada e eu não sabia se me arranjava ou se ia com a pior roupa que eu encontra-se na mala.
  Decidi-me pela primeira opção, afinal a minha intenção era chegar, dar uma desculpa qualquer, conseguir o celular e ir-me encontrar com o Rob e a namorada a um bar.
  Estiquei os meus longos cabelos castanhos com nuances loiros, esticados chega-me quase às ancas. Maquilhagem leve, sapatos pretos brilhantes, calções justos pretos com aplicações douradas e um top de purpurinas douradas sem costas. Dito assim parece que eu estou bem à “puta”, mas a verdade é que eu estou só normalmente arranjada, nada demasiado á mostra o top até era bem composto, nem tinha decote, só as costas é que ficavam nuas, mas nada realmente demais.
  Quando vi até já estava atrasada, mas nem me preocupei, afinal ele é que me quer lá né? Então que aguente!
  - Boa noite Louis, o Harry? – Perguntei simpática assim que cheguei.
  - Ele está lá na sala, entra – ele abriu espaço para mim e eu fui entrando um pouco a medo.
  Só quero o meu celular e sair daqui bem rápido. Quando Louis me levou até á sala não era só Harry que lá estava, era ele, Liam, Zayn, Niall e Eleanor. Porque é que esta gente toda está aqui? Ele quer humilhar-me! Que estupor! Ele quer mostrar ao mundo que eu vim a casa dele, que ele me tem! Que faz o que quer comigo, mas estão todos TÃO enganados que até dói!
  - Boa noite a todos – digo envergonhada.
  - Olá – Eleanor levantou-se logo e deu-me um beijo na bochecha super fofo, já gostei dela.
  Ouço um assobio pervertido e percebo que ele veio do estupido do Harry, ignoro e cumprimento todos o mais simpática que consigo.
  - Dás dois beijinhos a todos menos a mim, é isso?
  - Ownn, ficas-te com ciúmes foi? Tadinho... – digo sarcástica e todos riem baixo.
  Eu bem que queria ser simpática com ele, e bem que eu tinha um peso na consciência depois de lhe ter falado mal no café, mas depois da ceninha dele no supermercado o peso na consciência foi-se á vidinha, tipo eu a querer ser amigável e ele a querer fazer joguinhos comigo, isso não é assim, simples!
  - Não, só acho bom tu tratares-me bem porque sou eu quem tem o teu celular.
  Ah, claro!
  - Não. – Respirei fundo. – Vamos simplificar, tu dás-me o celular e eu vou-me embora, boa?
  - Não, vamos ver um filme.
  - Não, eu tenho compromissos.
  - Um encontro?
  - Sim – mentira, mas ele não precisa saber.
  - Então é por isso que estas assim vestida?
  Ele quer provocar?
  - Assim como? – Faço-me de desentendida.
  - Toda arranjada, está “gata”.
  Segurei imenso o riso, eu quero rebolar no chão! Harry Styles a dar-me uma espécie de cantada é demais!
  - Achas-te que era para ti? Oh Harry, francamente! – Disse debuxante e ouvi risadas atrás de mim.
  Parecia que ele tinha engolido um limão amargo quando eu lhe disse isso mas eu continuei estática olhando para ele enquanto todos se riam.
  - Eu não te vou dar o celular.
  Plano B em ação!
  Cheguei bem perto dele e toquei-lhe no pescoço com a ponta dos dedos, senti ele arrepiar-se (1-0 para mim) – Não mesmo? – Sussurrei no ouvido dele – Não – ele disse fraco, o meu eu interior já rebolava – Tens a certeza? – Lambi o lóbulo da orelha dele e depois mordiquei-lhe a mesma – Beija-me e eu deixo-te em paz – WOW, foi mais rápido do que eu pensava. Quando dei por mim ele já tinha as mãos na minha cintura apertando forte e beijou-me.
  A minha vontade era de lhe dar um estalo e afastar-me, mas o meu celular era a minha vida, eu tinha tudo lá então continuei. Empurrei-nos contra a parede fazendo com que ele ficasse encurralado e dei-lhe um beijo digno de Hollywood, as minhas mãos foram para os seus cabelos aos caracóis, as nossas línguas enroscaram-se uma na outra umas 6 vezes num espaço de 10 segundos e eu afastei-me dele quando uma mãozinha apareceu do além e apertou a minha nádega.
  - Se eu não quisesse tanto o meu celular eu juro que fazia com que nunca mais tivesses filhos, mas como o quero, simplesmente dá-mo!
  Ele levou a mão ao bolso e tirou de lá um celular, peguei-o rapidamente e sai deixando todos espantados a olhar para mim. Carreguei inúmeras vezes no botão do elevador e quando ele finalmente apareceu, entrei encostando-me a parede fria do mesmo provocando um choque térmico, eu estava quente, mais do que quente, e ele é que me tinha deixado assim.
  Que beijo foi este? Deve ter sido o melhor beijo da minha vida, o mais envolvente, mais rápido, mais intenso, mais tudo! O único problema é: Eu odeio-o, mentira, eu tenho de odiá-lo!

Vizinhas ácidas

  T-Pain ft. Pitbull - Hey Baby (Drop It To The Floor)   “Because you make me wanna say hey hey hey / Don’t stop it - I want you tonight”

  Harry POV
  - Eishh tensão sexual no ar! – Louis brincou e eu só me virei para que a minha vergonha por estar “acesso” desaparecesse. Ela deixou-me assim com um beijo, um fucking beijo!
  Subi pro meu quarto o mais rápido que pude deixando todos lá em baixo a rirem-se de mim, é a minha “brilhante” ideia de o chamar para verem como eu e ela íamos ver um filme agarradinhos virou-se contra mim, não só porque não vimos filme nenhum como porque as coisas tinham sido demasiado intensas pro meu lado.

  Flashback on
  Ela chegou muito perto de mim e tocou-me no pescoço com a ponta dos dedos fazendo-me arrepiar até á espinha, senti a respiração dela no meu pescoço e engoli em seco. – Não mesmo? – Poderia ser com uma voz mais sexy? NÃO, impossível, que voz era aquela senhores? – Não – respondo falhando miseravelmente na minha tentativa de parecer seguro – Tens a certeza? – Ela lambe e morde a minha orelha e eu engulo em seco. DESISTO! – Beija-me e eu deixo-te em paz – digo rápido e lhe pego na cintura apertando-a com força, de seguida beijo-a.
  Por incrível que pareça ela retribuiu, não só retribuiu como nos arrastou até á parede prensando-me contra a mesma, reprimi a vontade de gemer – seria vergonhoso – as mãos dela foram para ao meu cabelo puxando-o com força deixando-me no meu inferno da excitação particular, pedi passagem com a língua ao mesmo tempo em que ela empurrou a dela contra a minha boca – ahhh o calor dela era divino -, as costas nuas dela eram a minha perdição naquele momento, fui descendo devagar e cheguei ao único centímetro de pano que havia nas costas dela antes dos calções provocantemente apertados. Desci e apertei de leve a nádega definita dela.
  Segundos depois, ela afastou-se. Merda!
  Flashback off

  Impressionante como uma miúda que apareceu na minha vida á menos de uma semana despertou mais sensações em mim – sendo que nós apenas nos beijamos – do que muitas das raparigas com quem eu já estivesse/dormi. Rolei na cama chateado! O meu objetivo era fazê-la minha, não era suposto sentir esta química quando estou com ela.

  Rita POV
  Durante todo o jantar com Rob e Andrea (a namorada dele), aquele beijo não saiu da minha cabeça, aquele joguinho dele não saia da minha cabeça, se ele pensa que eu sou mais uma que adora ter um famosinho estupido em cima dela está muito enganado, eu não o quero! Quando ele começou a “comer putas” eu já dava foras em alguns, então se ele pensa que eu não sei jogar o joguinho dele está muito enganado.

  Dia seguinte…
  Vejo o carro dele parar em frente da casa da minha vizinha - como é que eu sei que é o carro dele? Porque eu ontem reparei que ele tem simplesmente o carro dos meus sonhos, só – e logo depois ele abriu a porta e eles beijaram-se com intensidade.
  Porque é que aquilo me magoou? Não era suposto, ele pode fazer o que quiser da vida dele que eu não tenho nada a ver com isso, absolutamente nada!
  Fechei a cortina com força e sai em direção ao Big Ben.
  E para mal dos meus pecados ele foi para lá também, sério, isto só podia ser perseguição, voltei para casa e o meu melhor amigo foi: Querido John e chorei rios como sempre.
  Sim, eu chorei, posso ser fria quando quero, mas tenho sentimentos.
  Só me apercebi que tinha dormido quando acordei com a campainha a tocar.
  Levantei e enquanto ia para a porta fiz um rabo de cavalo apertado. Olhei no olho e quem era, a minha vizinha claro.
  - Estavas a dormir? Ah desculpa, é que eu preciso de açúcar, podes dar-me num potinho?
  Nota: ela tinha a maior cara de sexo alguma vez vista na história!
  Sexo com Harry Styles, eu quase, quase, quase, tive tentada a perguntar se era bom mas deixei quieto e entreguei-lhe o açúcar.
  - Obrigada – ela disse e eu continuei calada, apenas assentido e ela finalmente virou costas.
  Olhei pela janela e vi-a entrar em casa, isto só podia ser perseguição sério.
  Já de noite decidi sair de casa, e quem é que saiu de casa também? ELE! Que ÓDIO!
  Primeiro ele olhou-me surpreso e depois decidiu mandar a boca mais estupida de sempre.
  - Obrigado pelo açúcar, deu-me imenso jeito.
  - Eu imagino, comer puta usada deve ser ácido, açúcar ajuda!
  Dito isto virei costas. Ou ia virar porque ele agarrou-me o braço.
  - Tu deves ter muito mau sexo.
  - Melhor que o teu de certeza.
  - Não tenha tanta certeza.
  - Mas eu tenho, docinho. – entrei no carro e vi pelo retrovisor que ele ficou lá parado a ver-me partir.
  Eu odeio, é algo inexplicável, não sei nem dizer o porquê, mas ele inerva-me profundamente.

  Harry POV
  A minha vontade de beijá-la foi grande demais mas eu consegui resistir, ela parecia que me odiava profundamente então para bem dos meus possíveis futuros filhos fiquei quieto e deixei-a ir vendo-a sair do estacionamento a grande velocidade.
  Jennifer era só um passatempo, já não tão divertido como costumava ser, e apesar do açúcar não ter servido para o que Rita pensa eu sabia que ela era digamos que… “rodada”. O bom é que nós não temos nada, encontramo-nos de vez em quando, algum procura o outro e esse outro está disponível, parece até tipo agenda, só dá quando dá e olhe lá! Não sei explicar melhor.
  O estranho da situação é que parece que todas as mulheres perderam o interesse, todas expecto Rita, ela é bonita, com curvas, olhos expressivos, cabelo sedoso, alta, magra, isto para além da sua determinação, ela dava-me luta, e eu gosto de mulheres que me dê luta, isso é um facto.
  Já tarde da minha noite encontrei-a novamente num bar com outra pessoa, notava-se perfeitamente que ela já não estava nos seus melhores sentidos, assim como eu. Será que ela fez isso para chamar a minha atenção? Se foi, conseguiu na perfeição. Ela rebolava ao ritmo da música e isso deixa-me louco, isso mesmo rebolava, ela não dançava, ela rebolava. Já disse que ela rebolava e que isso me deixa louco? Não? Mas é verdade.
  Aproximei-me dela e o cheiro perfumado de amêndoa dela tinha desaparecido, só havia cheiro de álcool nada mais, mas ainda assim irresistível demais para mim. Fiz-me notar e ela dançou olhando para mim, não aguentei e puxei-a para um beijo intenso, eu queria-a tanto, mas tanto, não por causa da aposta, nem porque “Eu sou Harry Styles” nada disso mesmo, eu queria-a porque ela me atraia como ninguém nunca me atraiu.
  Não sei se era por causa da bebida, mas ela beijou-me de volta sem nem espernear, fomos para um local mais escuro e as nossas mãos não paravam quietas, parecia que tinham vida própria, as minhas adentraram a sua camisola justa e as dela ora apertavam os meus músculos do braço ora iam para o meu pescoço arranhando a região. As coisas foram-se descontrolando e eu só aí pensei “nós estamos num local publico, publico!” então fugi com ela para fora do local e procurei o meu motorista atravessando com ela a multidão de fotógrafos á porta do sitio, isto ia render matéria para eles, ela tinha a boca borrada, o que significada que a minha também deveria estar, tanto eu como ela estávamos com sorrisos nos rostos e por ultimo, mas definitivamente não menos importante, eu estava a segurar-lhe a cintura.

Quando as coisas aquecem…

  Britney Spears (feat. Rihanna) - S&M
  ”Now the pain is my pleasure cause nothing could measure (Oh uh, oh oh uh)”

  Rita POV
  Acordei com o sol quente na minha cara – bastante incómodo, diga-se de passagem – e uma mão na minha cintura. Hã, pera, a mão… Ah não, esta mão é a mão do Harry. Não me vou armar em coitadinha dizendo que não me lembro de nada e que ele abusou de mim porque é mentira, apesar de estar com umas vodkas, malibus e não sei que mais em cima, eu fiz o que fiz porque quis, ele não me obrigou a nada e para grande mal dos meus pecados eu lembro-me de tudo.

  Falshback on
  Entramos no carro do motorista e ele deu partida sem nem perguntar nada. Harry agarrou-me na cintura e meio que se deitou em cima de mim no banco de trás do carro. O beijo dele era doce, terno, acariciei-lhe o rosto e ele beijou-me a palma da mão num dos gestos mais doces que eu tinha recebido na vida. Os nossos olhares encontraram-se e um sorriso morava na boca um do outro, então ele baixou-se devagar e beijou-me os olhos fazendo com que eu os fecha-se, depois me beijou as têmporas, as bochechas e foi descendo pela mandibula, até ao queixo, depois beijou-me o pescoço como se eu fosse um castelo de areia e um pequeno toque me destruísse. Arrepios avançavam pelo meu corpo e um calor começou a estar no meu coração, eu adorei cada beijo, cada gesto, cada toque, eu gostei? Não, eu não podia gostar!
  Bem na hora em que eu me levantei para o parar o carro também parou e nós saímos do carro apressadamente, eu ia-me vingar, ah se ia!

  Assim que eu abri a porta nem deu tempo de nada, ela prensou-me contra a porta com força fazendo-me sentir uma dor boa e começou a beijar-me de forma selvagem, de seguida mordeu-me o lábio com força e só por obra divina é que eu não comecei a sangrar, aquilo já chateava, peguei-lhe pelas coxas e subi para o quarto.

  Agora era ele a agir com raiva, tirou-me o top da maneira mais bruta que alguma vez vi/senti e desapertou-me a saia deixando-a cair no chão, assim que ele me viu de roupas íntimas parece que ele acordou dum transe e os seus olhos ganharam foco.

  Não sei o que me deu mas quando a vi assim, tão, tão…exposta, tão ela mesma para mim parece que eu me transformei, caramba, ela podia ser forte, destemida, atrevida, linda, e tudo mais mas ela é uma rapariga como qualquer outra, com os seus medos e quando a vi corar ainda me apercebi melhor disso, eu não deveria ter-lhe arrancado a roupa daquela maneira, com aquela violência, como Niall diz: as garotas são princesas, nós temos de tratá-las com o maior respeito. Sempre existem aquelas que não merecem grande respeito – mas isso não vem ao caso - mas ela merecia. Toquei-lhe no rosto com carinho e beijei-a delicadamente, ela suspirou feliz e eu dei um sorriso de canto sem descolar os meus lábios dos dela. Incrível como ela é doce, até os seus lábios têm gosto à amêndoa, será que ela sabe que é o meu sabor de gelado favorito e que eu amo amêndoa? Não, só pode ser coincidência. Ela então me tirou o blazer devagar e tocaram-me no abdómen, borboletas voavam no meu estomago só com um toque de ponta de dedos dela. A minha roupa foi lentamente e carinhosamente retirada e eu sentia-me um lixo por ter tirado a dela da maneira que tirei.

  Empurrei-o devagar para a cama e comecei a beijar delicadamente o seu corpo, fazendo festas no seu abdómen, apertando os seus músculos do braço, eu não podia negar que ele era um pedaço de mau caminho, para além das suas covinhas encantadoras ele tem um corpo de sonho para qualquer mulher. Sentia-o arrepiar e dar leves gemidos de vem em quando me incentivando a continuar a ser carinhosa com ele em vez de bruta.

  Eu estava a entrar em conflito dentro de mim, por um lado o meu corpo estava a amar cada toque delicado dela, eu não conseguia ignorar o formigueiro na barriga, os arrepios, os gemidos, tudo o que ela me fazia me dava prazer, mas não é aquele prazer carnal, é diferente, o meu coração estava acelerado e eu tinha a certeza que não era pelo meu esforço físico, os meus olhos brilhavam e na minha boca havia um sorriso apaixonado.
  Apaixonado? Não, não podia ser verdade! Eu não podia gostar dela, simples assim eu não podia!
  Rodei-nos e ela ficou por baixo.

  Em questão de segundos ele rodou-nos de novo, ficando ele por cima, parecia com raiva de alguma coisa, tirou-me o meu conjunto preto e tirou também a sua boxer branca num ápice, vi-o ir á gaveta e colocar o preservativo, segundos depois senti-o dentro de mim.
  A partir daí foi tudo tão carnal, tão intenso, tão… Eu nem sei descrever, não foi mau, muito pelo contrário mas eu estava a sentir falta do carinho dele, do brilho no olhar dele, do sorriso ingénuo, do afeto transmitido pelo toque.
  Eu estava perto

  Eu estava perto, sabia que não aguentaria muito mais.

  Aquela sensação de tubo em espiral na minha barriga, como um tornado chegou até ao último pelo na ponta do meu dedo mindinho do pé.

  Não aguentei mais.
  Nós gozamos juntos. Nós gozamos juntos!

  Poderia ser mais perfeito? Não.

  Flashback off
  Fugi para a casa de banho deixando-o lá e vesti-me rapidamente depois de lavar a cara e fazer um rabo de cavalo no cabelo. Eu estava a começar a sentir coisas que não deveria sentir, mas eu sabia que para ele eu fui só mais uma conquista então vou já acabar com tudo.
  - Isto foi um erro – eu disse assim que saí.
  Ele olhou-me estático por alguns segundos mas logo respondeu – Pois foi.
  - Vou embora.
  - Eu levo-te à porta.
  - Não.
  - Sim, tu não sabes o caminho.
  - Sei sim.
  - Não, não sabes.
  - Posso não saber, mas descubro sozinha.
  - Deixa de ser chata.
  - O quê? Eu vou sozinha!
  - Não.
  - Sim.
  - Não, anda! – ele agarra-me pelo braço e desce as escadas comigo apenas de boxers brancas.
  Vi Louis dar um sorriso e eu lancei-lhe um olhar “morre já” antes de sair sem nem dar tchau.
  Que ódio do Styles! Chata? Quem ele pensa que é para me chamar de chata? Mas quem? Aff! Que ódio!

Cair nem sempre é tão ruim

  Ed Sheeran – Kiss me
  “Kiss me like you wanna be loved / You wanna be loved, you wanna be loved”

  Harry POV
  Então era isso? Ela tinha achado tudo isto um erro? Erro? Doeu demais ouvir aquilo da boca dela, erro, erro…
  3 dias se passaram…
  Ligo, não ligo, ligo, não ligo?
  - Liga! – Louis assombração Tomlinson apareceu vindo do além me assustando.
  - Quê?
  - Dá para ver á distância que tu estás numa luta interna, não sabes se lhe ligas ou não.
  Como é que ele sabia, como? Ele lê mentes agora?
  - Liga-lhe, não tens nada a perder certo?
  - Mas…
  - Mas nada, estás há 3 dias feito cachorro abandonado, sem ação para nada, já nem sais connosco e todos sabemos que aquela miúda mexeu contigo.
  - Pois mexeu. – disse resignado.
  - Harry conquistador Styles ou Harry apaixonadinho Styles a falar?
  - Apaixonadinho – digo suspirando, é eu já tinha admitido para mim próprio que eu estava apaixonado. Nem era assim tão difícil, ela é aquilo que nenhuma antes foi, ela significa aquilo que nenhuma significou, ela não mexe simplesmente comigo, ela virou a minha vida de cabeça para baixo e melhor, no bom sentido.
  - Eu podia ficar aqui 300 horas a rir-me da tua cara mas eu acho fofo. Tanto ódio e afinal gostas dela…
  - Obrigada? – Rimo-nos do meu estranho agradecimento sem sentido e começo a escrever.

  “Hey, é o Harry, quero ver-te, podemos sair um pouco? Beijinhos (: “

  Rita POV
  Mensagem nova – Harry Styles
  Como assim Harry Styles? Como é que eu tinha o número dele? Ele quando ficou com o meu telemóvel deve ter adicionado o número, só pode.

  “Hey, é o Harry, quero ver-te, podemos sair um pouco? Beijinhos (: “

  O meu pequeno e até então regular coração começou a bater descompensadamente, pulou uma batida e depois acelerou duma forma assustadora, a minha mão tremia.
  A ideia de vê-lo novamente assusta-me, não que eu tenha medo propriamente dito dele, mas eu acho que vai ser muito estranho quando nos virmos. Tipo, como é que eu o vou cumprimentar? Como é que eu vou reagir? Nós dormimos juntos!

  “Oi pessoa-que-mete-o-proprio-numero-no-telemovel-das-outras-pessoas-sem-autorização. E sim, podemos sair”

  Enviar… Ah que burra! Eu não deveria ter dito que sim, se eu não quero vê-lo porque é que eu disse que sim? Clico em “cancelar”, mas é tarde demais.
  “Mensagem enviada”
  Levo as mãos ao rosto e sacudo a cabeça num “não”, como eu sou burra!

  “Daqui a 20 minutos no Campo de Golfe?”

  Campo de Golfe? Eu não sei jogar!

  “Ahh eu não sei jogar golfe, só avisando. Estarei junto ao bar à tua espera.”

  Não sei jogar mas sei que existe lá um bar, ignorante mas nem tanto ok?
  E agora? O que é que eu levo vestido? Calções de ganga, sabrinas pretas, t-shirt “ I love UK”, cabelo numa trança bem grande, bolsa vermelha e cá vou eu.
  Sorte a dele que nem sou muito indecisa na hora de escolher a roupa senão ele iria esperar horas por mim.
  Vi o telemóvel e não havia mais mensagem nenhuma, fiz uma careta triste e segui para o campo de golfe.
  Quando cheguei vi-o estacionar com o seu meu-super-hiper-mega-carro-de-sonho.
  Estava tão distraída que nem vi que um carro vinha da esquerda, as coisas aconteceram muito rápido, eu assustei-me, senti braços em volta de mim, o carro passou junto do meu pé, cai de rabo no chão fazendo-me sentir dor, alguém me puxa para trás, a roda de trás do carro passa já um pouco mais afastado do meu pé e o condutor para um pouco mais á frente. Vejo-o a desculpar-se e a perguntar se está tudo bem e quando eu respondo que sim ele afasta-se dizendo que está realmente com pressa.
  - Estás mesmo bem? – Harry, foi ele quem me puxou!
  - Estou – respondo olhando para trás encontrado o seu nariz, fazendo com que dessemos o chamado “beijinho á esquimó”. – Obrigada.
  - Não foi nada – ele disse sorrindo e ajuda-me a levantar.
  Os olhos dele hipnotizam-me, a minha visão dele mudou. Ele salvou-me a vida, eu podia estar muito bem toda ensanguentada esparramada no chão, mas ele salvou-me, ele arriscou a vida dele por mim, afinal ele pode realmente ser boa pessoa, pode até ser que ele se preocupe um pouco comigo.
  Cada um deu um passo na direção do outro, parecia que os nossos corpos estavam ligados e que chamavam um pelo outro, então ele abraçou-me forte quase desesperado. Quando nos soltamos pude ver o seu olhar com um brilho diferente, ele estava a lacrimejar!
  - Ei, ei! Eu estou bem, não precisas de te preocupar!
  - Eu não te posso perder Rita , não mesmo – ele disse e eu percebi que ele estava mesmo a falar a sério.
  Fiquei sem saber o que responder e então fomos para dentro do campo de golfe.

  Harry POV
  Nunca pensei que convidá-la para vir ao campo de golfe fosse tão boa ideia, convidei-a para vir aqui porque eu gosto do sítio e é reservado - nada de segundas intenções. Mas com este clima estranho depois do que eu lhe disse acho uma boa oportunidade para lhe ensinar a jogar golfe.
  Fomo-nos vestir e seguimos para o campo propriamente dito.
  Estar ali a abraçá-la pelas costas, a segurar no taco de golfe por cima das mãos dela era uma mistura de sentimentos, por um lado era bom, eu sentia-me próximo a ela, mas por outro…por outro, a minha vontade de beija-la só aumentava, não um daqueles beijos de “vou-te comer” mas sim um beijo de “estou completamente apaixonado por ti”, eu queria mostrar-lhe todos os meus sentimentos.
  Quando ela olhou para mim com aquele sorriso encantador eu senti que era aquela a minha oportunidade, largamos o taco e eu fui-me aproximando dela muito devagar dando a atender o que iria fazer, se ela não quisesse ela iria afastar-se sem problemas.

  Rita POV
  Ele ia-me beijar, eu sabia que iria. E eu não tinha forças para me afastar, a mão quente dele estava no meu pescoço dando-me uma sensação de carinho impressionante. Por muito que me custasse admitir eu gosto dele, toda aquela historia do odio foi porque simplesmente eu me senti atraída por ele desde o primeiro segundos quando ele veio ter comigo quando estava a soar Up All Night na discoteca. E eu nunca senti uma atração assim por ninguém, pior, isto não era só atração, eu gosto a sério dele, mais do que achava ser possível, mais do que deveria.
  Os lábios dele tocaram nos meus com uma delicadeza sobrenatural deixando-me com vontade de mais, então os nossos lábios encaixaram-se num beijo cheio de sentimentos, eu podia sentir que ele estava nervoso, inseguro, assim como eu. Mas eu amava isso, significava que ele gosta nem que seja um pouco de mim.

Eu… Eu também

  Blondie – Call Me
  ”Call me (call me) my love / You can call me any day or night”

  Harry POV
  Separamo-nos com um selinho demorado, a sabor a amêndoa dos lábios dela era algo de sensacional para mim, eu não poderia negar.
  - Eu… - comecei inseguro, mas ele pôs o dedo indicador dela sobre os meus lábios   Era um gesto tão simples e tão bonito/apaixonante ao mesmo tempo. Sorri   - Eu também – ela disse e rimos juntos. Era tão bom ser compreendido.
  Agarrei-a pela cintura e rodei-nos fazendo-a gargalhar. Ah, como a gargalhada dela é linda. Os pés dela estavam levantados do chão e eu estava a adorar a sensação de tê-la nos meus braços como pseudo- namorado, um “gosto de ti” não dito, um “eu também” com significado exclusivo para mim, quem ouvisse a nossa conversa não perceberia nada, mas eu entendi e ainda bem porque neste momento aquele “eu também” significava o mundo para mim.
  Pousei-a no chão e beijei-a com carinho, parecia até um beijo diferente e eu amava aquele beijo diferente.

  Rita POV
  Sério que eu e Harry estamos juntos? Parece inacreditável! É inacreditável! Mas é muito bom, tipo muito bom mesmo!
  Parece um sonho, foi tudo tão rápido e tão bom ao mesmo tempo. E eu que estava com medo de me encontrar com ele? Este foi o melhor encontro de sempre da minha vida!
  O sorriso que eu tinha no rosto não dava sinais de querer ir embora. Nunca estive tão feliz como hoje, nunca!
  - Estás feliz?
  - Ainda perguntas? Claro que estou! – Disse beijando-lhe os seus lábios doces.
  - Posso dizer uma coisa bem “brega”?
  - Esteja à vontade Sr. Styles – disse brincando, eu estava realmente feliz.
  - Os – beijo - teus – beijo - lábios – beijo - sabem – beijo - a amêndoa – beijo - e eu adoro – último beijo.
  - Agradece ao meu batom – disse depois de quase rebolar a rir com o que ele disse.
  - Vou comprar-te batom deste sabor pro resto da vida.
  RESTO DA VIDA? Ok, respira, foi só uma maneira de dizer, eu acho. Apesar de eu não me importar se fosse mesmo verdade, mas deixa quieto.
  - Força!

  Harry POV
  Depois da minha admissão bem “brega” nós regressamos para a entrada do campo de golfe e sentamos num banquinho meio escondido ao sol admirando um ao outro.
  Cada traço do seu rosto tinha uma pequena marca, algo que chamava á minha atenção, algo de diferente que não havia no rosto de todas as outras pessoas, o brilho nos seus olhos cor de café era único e tão hipnotizante, eu sentia como se conseguisse decifrar todos os seus sentimentos através daqueles olhos tão expressivos. A sua pele macia merecia ser tocada com delicadeza, com amor, com tudo aquilo que um homem perfeito – algo que eu estou longe de ser – poderia dar-lhe, eu vou tentar com todo o meu coração ser perfeito para ela. Não dizem que nós só somos perfeitos para a nossa alma gémea? Eu sinto que ela é perfeita para mim, não consigo explicar, ela é imperfeitamente perfeita aos meus olhos. Os segundos/minutos/horas passaram a voar, mas eu poderia com toda a certeza passar infinitos seculos vezes infinitos milénios a olhar para ela e nunca cansar.
  No fim do dia despedimo- nos e eu sentia que um pedacinho de mim tinha ido com ela.

  Rita POV
  Quem me conhecesse diria que não era eu hoje, que alguém se tinha possuído do meu corpo, porque eu não estava a agir como normalmente hajo. Sorte que em Londres quase ninguém me conhece.
  Não aguentei e antes de me deitar liguei-lhe.
  - Hey Harry.
  - Olá princesa.
  Princesa? Como assim princesa? Ownnn que fofo!
  - Quer dizer… Eu… Ahh.
  - Foi querido príncipe… Príncipe não, sweetcurly.
  - Gosto, gosto, e então por que é que me ligas-te, passou-se alguma coisa?
  O que é que eu ia dizer agora? Eu não tinha uma razão plausível de lhe ligar.
  - Não, eu… Queria falar contigo, só isso – respondi super envergonhada.
  - Ownn tão querida – ele disse fofo e eu corei.
  Ficamos numa conversa super banal, aquela conversa do: chá ou café, cinema ou teatro? Nós rimos tanto, mas tanto, e quando demos por nós já eram quase duas da manhã.
  - Precisamos desligar sweetcurly.
  - Pois precisamos, já está super tarde e amanhã tenho entrevistas.
  - Podia ter dito, eu não sabia.
  - Não sejas assim, se eu fiquei foi porque queria.
  - Tá, amanhã se perguntarem o porquê das tuas olheiras tu não respondes ouvis-te?
  - Ok, ok, eu digo que estive numa festa e não dormi, ok?
  - Acho bom, vá boa noite sweetcurly.
  - Boa noite princesa, beijo.
  - Beijo.
  5 segundos depois, ainda em linha.
  - Desliga.
  - Desliga você.
  - Não, desligas você porque amanhã você tem entrevista.
  - Mas… Desliga você. – quase podia ver o beicinho dele.
  - Não.
  - Sim.
  - Desliga princesa, é isso eu sou um cavalheiro, não vou desligar.
  Rolei os olhos mesmo sem ele ver.
  - Eu sou uma princesa que não sente a ervilha debaixo do colchão.
  - O quê?
  - Não conheces aquela história de uma verdadeira princesa é aquela que tendo uma ervilha em baixo de 21 colchões deita-se e não dorme porque sente a ervilha?
  - E tu não sentes a ervilha?
  - Não, logo eu não sou princesa, pelo menos não uma verdadeira.
  - É a minha, isso não te basta?
  Ownnn tem como ser mais fofo? Não né!
  - Claro que basta sweetcurly.
  - HARRY, CHEGA, DESLIGA ESSE TELEFONE JÁ!
  - Acho melhor desligares – eu disse rindo.
  - É também acho, beijo.
  - Beijo – e desliguei.

  Harry POV
  - HARRY, CHEGA, DESLIGA ESSE TELEFONE JÁ! – Liam de TPM!
  - Acho melhor desligares – ela disse com uma voz doce do outro lado da linha.
  - É também acho, beijo – eu disse olhando para a cara de stressado do Liam.
  - Beijo – ela disse e logo desligou.
  04:56:17 – quase 5 horas ao telefone com ela, passou a correr mesmo.
  - Obrigado – Liam disse super sarcástico e saiu. Eu sabia que ia ouvir pela manhã.   Mas eu realmente não me importava, hoje não.
  Manhã seguinte…
  - LEVANTA DESSA CAMA HARRY! – mesmo que eu não reconhecesse a voz dele, eu saberia que era Liam.
  - Estou indo... – disse indo pro duche mais rápido da história e descendo... Vai começar!
  - Harry, escuta. – eu não disse? – Eu sei que tu e a Rita se resolveram ontem e agora estão meio que juntos e isso é muito bom e tal, mas estares ás 2 da manhã ao telefone quando tens de estar em pé ás 7 não é bom, nada bom mesmo!
  - Liam, eu acho que ele já entendeu, nem que seja pelo sono que tem! – Louis bem tentou, mas não deu certo.
  - Entendeu nada… Além do mais, eu não concordo com esse namoro ou sei lá, vocês nem estão juntos e já foram a um local público ontem, nós temos de ter cuidado com a nossa imagem, e a tua de pegador está em alta, ela é só mais uma para ti e aposto que Simon também não vai gostar… - ele continuou mas eu já nem o ouvia.
  Tomei um suco com um sorriso estúpido na cara e ele continuou a falar, Niall já se ria, ele percebeu que a minha estratégia era ignorá-lo e continuar na minha.
  - Harry? Ouviste-me?
    - Sim, sim, claro, tudinho Liam! – disse rindo e todos (menos o Liam) me acompanharam.
  Saímos para a rádio e nada me incomodaria naquele dia. Mentira, assim que vi as fotografias sabia que havia problemas.

Apenas uma amiga

  Bruno Mars – Lazy Song
  “Today I don't fell like doing anything / I just wanna lay in my bed”

  Rita POV
  Eu quero tanto estar com ele, queria passar o dia todo com ele, mas é impossível, ainda mais com os seus horários, a minha sorte: eu estou livre, sem nada para fazer mesmo.
  O único senão disso é que estando livre penso mais nele.
  Mensagem nova: Harry Styles
  “Bom dia princesa, liga a TV daqui a 10 minutos, espera por problemas, mas eu vou tentar dar a volta, desculpa por qualquer coisinha :x”
  Por que é que eu acho que isto vai correr mal?
  “Bom dia sweetcurly, boa sorte para alguma coisa que eu não sei o que é (: Eu… Eu também.”
  Podia ser que ele se animasse com a minha estupidês final…
  “Eu… Eu também princesa.”
  Liguei a TV e logo chamaram os meninos. Álbum novo, turné, relação entre eles, namoros dos rapazes, falaram da Els, da Danielle, de Zayn e Pierre, de Niall não ter ninguém e por fim era Harry.
  - Ultimo, mas não o menos importante, saíram fotografias recentes suas com outra mulher, foram vistos a sair duma discoteca e de ontem num parque de estacionamento em clima bem intimo quer partilhar alguma coisa com todas as suas fãs?
  - É apenas uma amiga. – Outchh, esta doeu, eu sei que não é suposto ele dizer que nós estamos a pseudo-namorar, mas amiga... Amiga? Eu não beijo os meus amigos, não da maneira que eu o beijo.
  - Amiga? Colorida?
  - Não confirmo, nem desminto; já disse o que podia, na altura certa todos saberão, mas para já somos amigos e nada mais.
  - Quer dizer que podem ser mais que isso no futuro?
  - Não sei, talvez sim, talvez não.
  Ele só se estava a enterrar cada vez mais, cala-te Harry!
  - Podemos esperar por mais informações em breve?
  - Não sei, talvez sim, talvez não.
  Eu ria no sofá, mas a entrevistadora não disse nada e os rapazes só o olhavam em descrédito. Coitado, ainda vai haver chatice porque ele quis proteger aquilo que temos, que diga-se de passagem começou ontem e já era isto… Enfim.

  Harry POV
  Saímos do estúdio e todos diziam: foste demasiado vago. Queriam que eu dissesse o quê? Somos amigos coloridos? Mentira! Somos só amigos? Mentira! Somos namorados? Mentira! Somos o quê? Se eu não sei como é que eu respondo? Divagar é sempre uma boa opção pelo menos para mim, o único problema é: E se eu a magoei? E se eu divaguei demais para ela também?
  Assim que entrei na carrinha liguei-lhe:
  - Viste? – Demasiado direto? Talvez…
  - Vi, vi – não sei o que eu fiz, mas sabia que tinha feito asneira porque a voz dela estava diferente, meia triste.
  - Eu tentei não dizer nada de especial.
  - Eu notei, Sr. Divagar! Sim, não, talvez sim, talvez não, não sei. Adorei sweetcurly – ela riu e eu amei a risada dela.
  - Então está tudo bem?
  - Está – nota: ela é uma péssima mentirosa!
  - Sei, diga-me…
  - Nada de importante sweetcurly, vai trabalhar que eu vou para a praia. - ela não queria falar e eu não iria obrigar a falar por telefone.
  - Hm… Ok, depois nos falamos princesa, beijo.
  - Beijo – e desligamos.
  Impressionante como nós nem namorávamos e eu sentia que lhe devia explicações, era estranho, mas por um lado era bom, era bom ter alguém com quem partilhar a vida.
  O dia passou super corrido, eu tinha tido entrevistas o dia todo para divulgar o novo álbum e só chegamos a casa ás tantas, nestas alturas dormíamos todos na minha casa com o Louis mas eu tinha um assunto pendente.
  - Vou sair pessoal.
  - Sair? Como sair? Acabamos de chegar! – Zayn reclamou.
  - Vou me encontrar com a Rita, pessoal.
  - Tudo explicado.
  - Volta hoje?
  - Sim, até logo.

  Rita POV
  Acordei com um barulho irritantemente irritante mais parecia que estavam a martelar a minha cabeça, concluindo: A campainha e depois o telemóvel. Aff, primeiro a campainha!
  Fui ainda a bocejar para a porta e abri-a praticamente de olhos fechado.
  - Ownn estava dormindo? – Harry disse e eu abanei a cabeça num sim.
  O que é que ele estava fazendo aqui a esta horas? Olhei no relógio da sala e eram 00:03, fala sério, eu posso sair muito, mas também durmo muito.
  Fechei a porta e empurrei-o pro sofá.
  - Desculpa eu aparecer assim, mas queria falar contigo – ele diz sentando-se no sofá e eu me encosto no ombro dele.
  - Diz – eu respondo e ele puxa-me o tronco para as suas pernas, fazendo com que a minha cabeça ficasse apoiada nas coxas dele.
  2 segundos depois ele começa a fazer-me festas nos cabelos e na testa, como é que eu iria conseguir falar com ele sendo que eu estava morrendo de sono e nesta posição super confortável?
  - Você ficou estranha depois da entrevista… Disse alguma coisa que não devia?
  Eishh... Conversa semi-séria a esta hora Harry? Fiz um esforço por despertar e respondi…
  - Não, foi só estranho, foi isso.
  - Estranho?
  - Sim, tipo, tu estavas ali falando de mim, não falando, foi estranho… Mas podemos esquecer isto? Eu estou morta de sono Harry, desculpa.
  - Eu estou vendo que sim, vem… - ele diz e arrastou-me até ao quarto, comigo dizendo para onde é que ele deveria ir, se eu não tivesse tão ensonada até teria sido bem engraçado.
  Senti algo mole debaixo de mim e soube que tinha chegado à cama. Lábios finos contra a minha bochecha num carinho bom e eu dei a cara para um selinho. Foi só um pequeno toque de lábios carinhoso e depois senti a mão dele a fazer-me um carinho na testa.
  - Podes ficar…
  - Não posso princesa, amanhã falamos.
  Um aperto no peito tomou conta de mim e então peguei-lhe no rosto para lhe dar um beijo de verdade. Eu necessitava dele mais do que de qualquer coisa pessoa, era estranho, mas bom, muito bom mesmo. Eu me sentia querida por ele e isso me dá uma sensação boa no coração, calor humano é mesmo um espetáculo. O colchão afundou devido ao seu joelho e ele chegou mais perto, o seu polegar a dançar sobre a minha mandibula suavemente.
  - Assim eu fico – ele ameaçou e eu sorri, era isso que eu queria.
  Fiz uma carinha de cachorro abandonado e ele se levantou para se despedir, era estranho ele estar ali se despindo na minha frente quando nós já tínhamos dormido juntos, mas tanta coisa tinha mudado depois desse dia, nós já não nos “odiávamos”. Uma bendita boxer branca apareceu e eu sorri fraco, ele se enfiou debaixo dos cobertores comigo e virei para ficar de conchinha com ele, a mão carinhosa dele na minha barriga transmitia-me paz de espirito.

Capitulo 8 – Bilhete?

  Norah Jonas – Turn Me on
  ”I'm just sitting here waiting for you / To come home and turn me on”

  Harry POV
  Acordei com o meu telemóvel a tocar insistentemente. Atendi sem olhar pro visor.
  - A cama da Rita deve ser um espetáculo, mas temos entrevistas hoje, tens uma hora para estar em casa seu safado! – Louis engraçadinho Tomlinson disse rindo e eu ri, mas desliguei o celular na cara fingindo que estava chateado com ele.
  - Bom dia sweetcurly – olhos mais fofos que os dela ensonada são simplesmente inexistentes! Só dizendo!
  - Bom dia princesa – dou-lhe um beijinho no canto dos lábios e ela sorri – Tenho uma hora para estar em casa.
  - Quero dormir – ela disse fazendo o beicinho mais fofo alguma vez visto.
  - Dorme princesa, dorme – puxei-a para perto de mim fazendo com que ficássemos praticamente em conchinha e comecei a alisar os seus cabelos bem levinho.
  Eu gostava de fazer isto, é tão natural e ao mesmo tempo é um gesto tão carinhoso que às vezes nem nos damos conta disso. Os cabelos dela eram finos e longos, muito longos mesmo, mas eram tão bonitos que até dava gosto de ver. As bochechas dela estavam um pouco rosadas pelo sol fraco que passava pelas cortinas e toda a sua feição era serena, como é que ela conseguia ser tão bonita? Eu não sei, mas realmente ela era, e acho que a dormir ela ainda fica mais, parece que nada a poderia incomodar enquanto está no seu sono de beleza, no seu sono de princesa.
  Deixei-lhe um pequeno bilhete sobre a almofada e sai senão já sabia que estaria frito.

  Rita POV
  Acordei e Harry já não estava lá para me aquecer, não é que estivesse frio, mas calor humano é uma beleza, fiquei na preguiça até tarde e era quase 3 da tarde quando fui tomar banho e vestir uma roupa. Mal saí de casa e senti alguns flashes sobre mim. Como assim? Flashes? Isto é para o Harry, não para mim! Eu realmente devo viver num mundo muito deslocado porque eu apaixonei-me pelo Harry, aquele Harry irritante, que eu odiei e amei tudo ao mesmo tempo desde o primeiro segundo que o vi, não pelo Harry Styles da One Direction, o mulherengo, que faz não sei quantos concertos e tudo mais. Mas… eles são a mesma pessoa, é tão estranho, eles parecem-me tão diferentes um do outro. Os meus pensamentos realmente estavam longe porque eu quase, mas quando digo quase, é quase mesmo atropelei um fotógrafo e isso foi um susto para ele, mas para mim também. Do pouco que eu sabia o que tinha acontecido iria-se tornar num “Nova namorada de Harry Styles atropela um fotografo levando-o á morte” e consequentemente meio mundo iria-me odiar. Sarilhos, é só sarilhos!
  A tarde passou lenta, Harry não me disse nada, e apesar de Trisha e Erica me distraírem bastante eu queria que ele me tivesse dito alguma coisa durante o dia. Eu sei que é estupido, não tem nem dois dias que nós namoramos, mas eu sinto a falta dele, sinto a necessidade de estar perto dele.
  Tinha acabado de chegar a casa quando o meu telefone toca. Será ele? É ELE!
  - Oi... – oiço uma voz tristonha do outro lado da linha.
  - Oi, passou-se alguma coisa?
  - Isso pergunto eu.
  - Como assim?
  - Eu deixei um bilhete a pedir para me mandares uma mensagem assim que acordasses.
  - Deixou nada, eu não vi bilhete nenhum.
  - Deixei sim, em cima da tua mesinha de cabeceira.
  - Mentira, não tava lá nada.
  - Ora, mas eu não sei que deixei um bilhete? – ele começava a me irritar.
  - Pelo visto não.
  - Que raios, se não queria falar comigo pode dizer logo – que nervos!
  - Hã? Por que raios eu não quereria falar contigo?
  - Isso quem tem que responder é você!
  - Mas…
  - Não querias falar comigo por quê?
  - Mas que merda Harry! Eu não vi bilhete nenhum, por isso não mandei mensagem.
  - Eu deixei um bilhete.
  - Cansei, não vou discutir contigo sobre um suposto bilhete!
  Desliguei o telefone na cara dele! Corri ao quarto e só para confirmar, não estava lá porra de bilhete nenhum.
  Fui tomar um banho e ouvi o celular tocar, mas agora também não ia deixar o meu banho no meio só para ir atender o telefone. Mas o certo é que apressei o mesmo…
  Corri para o telefone e liguei de volta. “Ligando para… Sweetcurly @” e claro que ele não me atendeu por ser o ser mais casmurro do mundo.
  Mandei mensagem “Não atendi porque estava no banho, escusas de agir que nem criança porque eu não atendi a chamada, eu estava no BANHO.
  Nem 5 segundos e ele estava a ligar-me, incrível como ele tira conclusões precipitadas, rolei os olhos interiormente!
  - Oi?! – tive de rir né? Harry parecia que estava com medo da minha reação.
  - Oi.
  - Já encontrou o bilhete?
  - Outra vez? Não há bilhete nenhum… - ele suspirou cansado e eu segui-o.
  - Não vou insistir, queres vir cá a casa jantar, estão todos aqui.
  - Todos, como todos?
  - Todos, tipo todos, os rapazes da banda e as namoradas.
  Isto seria tããão estranho.
  - Hm... Não queres vir antes cá tu?
  - Queres-me só para ti, é?
  - Não é isso, é que é estranho.
  - Estranho?
  - Harry, sabe perfeitamente que eu só os vi duas vezes, uma na discoteca em que tratei todos um bocadinho mal, e outra quando fui ai a casa buscar o telemóvel em que fiz um show!
  - Eu gostei do show – safadoooooooo – e não vai ser estranho, eu já lhes contei que nós estamos juntos.
  UI, dessa não estava bem á espera, pensei que eu fosse meio que um segredo na vida dele.
  - Ok, eu vou – Yeahh – ele gritou do outro lado – Até já.
  Vesti uma t-shirt larga a dizer “TURN ME ON”, demasiado... Qual a palavra? Ousada? Mas… Nem era a minha intenção, e eu levaria a t-shirt tal e qual. Uns calções curtos, justos de ganga, uns botins pretos com espigões e um blusão de cabedal preto também com espigões nos ombros. Apetecia-me vestir-me mais á roqueira. Um colar com um bigode, cabelo apanhado ao alto e uma simples sombra com um simples gloss só para dar brilho e estava pronta. Enfiei o telemóvel e as chaves nos bolsos do casaco e o cartão de crédito do bolso dos calções. Nem 5 minutos e eu estava lá.

  Harry POV
  - Então ela vem? – Els perguntou sentando-se junto de Louis.
  - Vem sim – disse sorridente.
  - Eu gostei dela no outro dia, é uma garota de atitude ela.
  - Oh se é – eu disse e aquelas mentes perversas começaram a trabalhar, e isto porque eu nem disse nada de especial.
  Subi as escadas e ajeitei pela última vez o cabelo, pus uns borrifos de perfume e ajeitei a minha t-shirt, eishh só aí é que me apercebi o que estava a fazer, e era realmente muito gay.
  Desci as escadas e segui para a cozinha, a coisa estava bastante engraçada.
  Pierre, Eleanor e Danielle estavam a tentar fazer um tal de soufflé de bacalhau e os rapazes estavam só a chatear a cabeça às moças.
  - Alguém tomou banho de perfume aqui – Louis disse tapando o nariz despertando gargalhadas de todos menos de mim que corei absurdamente.
  - Eu não conheço a garota, mas para tu estares assim, ui, deve te ter dado mesmo a volta á cabeça.
  Antes que eu respondesse a qualquer pergunta fui salvo pela campainha, só podia ser ela, pulei da cadeira e todos se riram, retribui com um gesto pouco educado e fui abrir a porta á minha princesa.

Capítulo 9 - Farinha

  Lee MacDougall – Falling in love for the last time
  ”And it all starts with a girl. / And shes breaking up my world”

  Harry POV
  - Boa noite – disse puxando-a para um beijo e no mesmo instante o meu - supostamente arranjado - cabelo ficou num confusão porque as mãos dela voaram para lá, mas eu realmente gosto mais dele com um toque dela, com nem que seja um pouquinho dela em mim.
  Ela empurrou-me devagar e eu estranhei.
  – As pessoas... – Own... Ela estava envergonhada, sem razão mas estava, e eu achei fofo. Por um lado claro, porque por outro isso fez com que o meu beijo fosse bem mais singelo do que o que eu queria.
  Assenti com a cabeça e fechei a porta atras dela, entrelacei as nossas mãos e puxei-a para a cozinha. Via-se mesmo que ela estava nervosa, a mãozinha dela estava fria e transpirada ao mesmo tempo, sorri internamente. Engraçado como todas as minhas ex que eu apresentei se sentiam as rainhas do mundo só porque eu estava com elas e agora, agora ela aparece e sente-se normal, como qualquer outra rapariga que fosse apresentada assim mais oficialmente como nova namorada aos amigos do namorado.
  - Para quem ainda não conhece… Esta é Rita – eu disse com um sorriso bobo e logo Els veio abraçá-la, uff, momento constrangedor não existiu, graças a Deus, não, graças á Els mesmo.
  - Olá, eu sou a Pierre – Eu sei – ela respondeu rindo e elas trocaram dois beijos.
  As apresentações foram bem rápidas já que basicamente todos se conheciam, não pessoalmente, mas conheciam.
  - És uma boa cozinheira? – Els perguntou.
  - Não é para me gabar, e já me gabando, mas sou sim – eu digo parvoeira, mas olhem que ela… “Não é para me gabar, e já me gabando” muito bom mesmo!
  - Ainda bem, porque nós três não conseguimos fazer isto.
  - E o que é isso? – ela olhou com cara estranha para a tigela com uma coisa amarela e branca dentro.
  - Soufflé de bacalhau – Pierre.
  - Eiaaa, coitadinho do bicho, posso? – ela pediu licença para mexer naquela coisa com a colher de pau e todas se afastaram.
  Só agora é que reparei que porque as outras estavam com farinha a minha princesa tinha ficado com o casaco praticamente branco, e olhem que ele era preto ainda há 2 minutos atrás.
  O jantar foi salvo pela minha nam… Pseudo-namorado melhor dizendo. Não tinha havido pedido, pelo menos não um oficial, no entanto nós considerávamos que estávamos juntos e isso para nós é o suficiente. Quem sabe assim não seria melhor? Conheci um casal que teve um pedido de namoro super elaborado, com anel de diamantes a mistura e tudo e que se separam 2 dias depois ou algo do género, ou seja, eles nem gostavam verdadeiramente um do outro, muito menos ela que lhe disse que afinal se tinha arrependido e que não gostava tanto assim do meu amigo, destrocou-lhe o coração mas pronto… Isto porque nós não temos nada, e bem… Já duramos á 2 dias e somos felizes, e claro que eu espero que duremos mais, muitos mais dias, meses, talvez anos, sonhar não custa.
  Uma nuvem de farinha atingiu-me a cara e eu “acordei” com o susto fazendo altas risadas eclodirem vindas de todos eles.
  - Vamos deixar o Harry de fora? – Niall meio que gritou e eu só tive tempo de me esconder atrás da Rita que levou com a farinha toda no corpo.
  - És um homem ou um rato Harry? Um rato sem dúvida! – Dito isto senti uma porção de farinha cair bem dentro da minha t-shirt fazendo-me dar um pulo e comecei numa guerra de farinha em que o objetivo era fazê-los engolir farinha até ficarem desidratados.

  Rita POV
  - As nossas figuras fazem-me lembrar quando eu polvilhava farinha num caracol branco e a única coisa que se via no meu chão branco eram os olhinhos levantados – eu disse e todos me olharam espantados e depois rolaram a rir.
  - Ah! Infância feliz pessoal! – disse rindo também.
  - Estou com fome – ouvi a voz de Nial na outra ponta da cozinha.
  - Estás sempre – Quando é que não estás? – Nós sabemos.
  Nem sei que é que disse o que, mas pelos vistos Niall é um comilão. Levantei-me e abanei o corpo para ver se a farinha se espalhava. Harry fez o mesmo e foi quando eu vi aqueles lindos cabelos encaracolados a mexerem-se daquele jeito que só ele sabe e que fica o cumulo do sexy, é lindo mesmo. É incrível como ele tem sempre um sorriso na cara, sempre, o que faz com que aquelas covinhas lindas apareçam com bastante frequência na sua cara fazendo-me derreter por inteiro. Ele reparou que eu o olhava e eu tentei desviar o olhar do dele, mas ele pegou-me pelo queixo e olhou-me com tanta intensidade que nem que eu fosse a mulher mais insensível do mundo conseguiria desviar o olhar do dele. Sorri olhando entre os seus lábios – tentadoramente perto – e os seus olhos – absurdamente brilhantes – ele parecendo a minha duvida beijou-me os olhos devagar e logo depois deu-me um selinho e continuou com um beijo singelo mais rom…
  - Ownnn, tão apaixonadinhos!
  - Agora sim, o outro beijo que eu vi, foi mais “vamo-nos comer” que outra coisa – as minhas bochechas esquentaram ao ouvir o que Els disse.
  Antes que eu dissesse alguma coisa Harry pegou-me na cintura com força fazendo com que os nossos corpos se chocassem e beijou-me, e muito ao contrário do que eu estava à espera – algo bem selvagem, como o “vamo-nos comer” – ele levou a mão direita para o meu pescoço fazendo um carinho bom e deu-me o beijo mais romântico que eu alguma vez recebi, e quando digo isto é mesmo verdade, foi tão singelo, tão calmo, tão… Simples, não teve língua, não teve “agarranço”, não teve nada de extra-fisico, mas mesmo assim eu pude sentir tanto, mas tanto neste beijo, parecia que ele me queria dizer que não importa o que os outros digam o importante é o que nós sentimos um pelo outro, que é isto, inexplicável, mas intenso. No final ele debruçou-se sobre mim assim como nos filmes de princesas e depois elevou-nos novamente com um sorriso nos lábios.
  - Apaixonado o bastante para ti? – Harry perguntou para Els e ela assentiu fofa. Levei as mãos á cara tentando esconder-me porque… Bem, estavam todos a olhar para mim, uns com cara de “tão fofo” e outros – os rapazes – com cara de “demasiado mel” o que me fez rir.
  Abri os dedos das mãos, olhando para eles novamente por ente os dedos e perguntei:
  - Vamos comer o soufflé?

Capítulo 10 - Tu tinhas razão

  Coldplay – The Scientist
  “You don't know how lovely you are / I had to find you, tell you I need you”

  Harry POV
  - Uma vez ele esteve com uma miúda e depois ele achou que não deveria ter-lhe dado o número porque ela se tinha apaixonado por ele, mas depois ela nunca mais lhe ligou e ele ficou todo espantado, foi dias a perguntar: “que estranho, ela não me liga?”
  - Ah! E outra vez ele dormiu com uma miuda e no dia seguinte foi-se embora sem lhe dizer nada, chegou e disse que não se lembrava nem do nome dela!
  Zayn e Louis levaram cotoveladas, mas eu é que estava completamente fodid*; olhei-a e não consegui decifrar o seu olhar, mas depois de eles se terem tocado que tinham falado demais e parado de rir foi ela que se desmanchou a rir para surpresa de todos.
  Entre risos e respirações ofegantes ela disse: Vocês homens têm a mania que são só vocês que usam e jogam fora, taditos – ela disse sarcasticamente a ultima parte.
  Ok, agora fui eu que não gostei, eu e os outros rapazes.
  - Como é que se diz? Para cada homem que foi idiota para uma mulher há uma mulher que vai fazer esse homem de idiota! – Els e Rita deram hi-five.
  - Tu fizes-te Harry de idiota – Pierre disse rindo e todos – menos eu – se riram   Ela começou a desfilar pela cozinha, balançar o cabelo e a jogá-lo para trás imitando uma daquelas barbies com mania que são alguém.
  - I’m the best, lá lá lá – ela disse rindo e o ambiente descontraiu de novo para todos.
  Infelizmente o jantar – apesar de ter passado rápido demais – foi cheio de vergonhas para mim, estão a ver aquelas jantares em que se apresentam as namoradas novas aos pais e estes ficam a mostrar as fotografias vergonhosas dos filhos em bebes e assim? Pois, estes meus amigos não tinham as fotografias, mas sabem daquelas coisas vergonhosas que eu faço/fiz e que nem os meus pais sabem porque realmente são um terror.

  Rita POV
  O jantar foi lindo, tipo brutal mesmo, Harry só faltou cavar buraco de tão envergonhado que estava, mas foi uma risada só saber todas as parvoíces que ele já tinha feito ou algumas que ainda continuava a fazer.
  - Queres dormir cá?
  - Não, eu vou embora com eles, deixa lá.
  - Mas eu queria que tu cá ficasses – ele pedinchou com um beicinho adorável e eu quase que não resisti – A Els fica cá – oh coitado, ele achava que isso era razão suficiente para eu ficar?
  - Não, até amanhã.
  - Mas… Tu estás muito bonita hoje – olhei-o do tipo “só me elogias para que eu durma contigo.” - Quer dizer… Tu estás MESMO bonita, não é só para dar graxa, mas se resultar – revirei os olhos para o meu namorado pedincha e balancei a cabeça num não. Beijei-o e comecei a despedir-me de todos.
  - Aparece mais vezes, se não for aqui, no outro.
  - No outro?
  - No apartamento do Zayn, Niall e Liam.
  - Ah sim! Ups! E obrigada, sério, vocês são cinco estrelas – disse dando um beijo em todas e um abraço nos rapazes.
  - Não tens de agradecer, oh menina que coloca farinha em caracóis – Louis tinha de fazer piada, né!
  - Ok, Boo Bear, ok – se é para fazer piada eu também a sei fazer, ele fez-se de escandalizado e eu apontei para a Els num mudo “foi ela que me disse, culpa-a a ela” e corri para a porta sendo seguida por Harry que me parou quando fui abrir a porta.
  - O meu beijo – ele disse antes de me dar um beijo de despedida e eu fui para casa com o sabor dele nos lábios, parece até nojento, mas eu nem lavei os dentes quando cheguei, parecia que isso iria apagar o facto dele me ter beijado duma maneira tão doce na despedida. Adormeci com um sorriso nos lábios.
Acordei com uma mensagem de alguém. MAS QUEM É O CAB*** QUE ME MANDA MENSAGEM DE MANHÃ, QUEM?
  Mensagem nova de “sweetcurly <3” Ah ok, se calhar exagerei, os meus lábios sorriram por conta própria.
  “Bom dia princesa, quando acordares diz alguma coisa @”
  “Bom dia sweetcurly :D ”
  “Acordei-te?”
  “Sim, mas já era hora”
  “Desculpa”
  “Só desculpo se disseres que sonhas-te comigo”
  “Não que me lembre, mas se eu mandasse nos meus sonhos com certeza que teria sonhado. Tu sonhas-te comigo?”
  “Não mas o que tu disseste foi muita foufura junta curly @”
  “I’m the best baby @”
  “Yes, you are baby @”
  “I know, but… mandei mensagem para perguntar se podia passar aí, estou livre hoje (:”
  “Claro que podes, mas vais encontrar uma Rita descabelada, suja, sem pequeno-almoço tomado, de pijama, quarto desarrumado… ainda queres vir? xP”
  “Claro, até já @”

  Simples assim? Ele vem? Mas... Eu estou nestas figuras tipo… Matinais, nada arranjada mesmo.
  Levantei num pulo da cama, mas escorreguei passado nem dois segundos sentindo uma dor forte no tornozelo.
  Olhei para baixo e para além das coisas normais vejo um papelinho branco escrito.
  “Quando acordares já devo estar a ser bombardeado com perguntas ou a cantar em rádios, espero que não morras de saudades sem mim, manda mensagem assim que acordares princesa, beijo-na-testa.”
  O bilhete do Harry fez-me cair, um bilhete que deu quase em discussão ontem. Olhei para ele e em pensamento disse: se não fosses tão fofo acho que te pegava fogo até não restar nada de ti! – Sim eu sou estupida todos os dias, fazer o quê?
  A dor no tornozelo não passava e quando arranjei coragem para me pôr de pé e tentar – só tentar mesmo – pousar o pé no chão, simplesmente não deu certo, doía demais. Outro entorse, sério, eu vivo fazendo entorses no tornozelo, até já enjoa.   A campainha toca e... JÁ! Como Harry chegou tão rápido! Vou aos pulinhos abrir – ridículo!
  Ele dá-me um selinho e eu mando-o entrar.
  - Por que é que estas a dar pulinhos e com o pé levantado?
  - Porque me apetece! – Respondo-lhe irónica – Porque torci o pé né!
  - O quê? Como? Quando? Por quê? Hã? Deixa-me ajudar-te? - Que escândalo senhores, ele levanta-me e pousa-me como se eu fosse um vidro muito quebrável no sofá da sala.
  - Calma, Harry – eu até já ria de tanta preocupação e depois de lhe contar tudo o que se passou – o que foi bem rápido até – ele olhou-me como se dissesse “eu disse.”
  - Eu disse… - semicerrei-lhe os olhos – que tinha deixado um bilhete.
  - Vai buscar-me um saco de ervilhas ao frigorífico – disse séria e ele foi em silêncio – E a propósito, o bilhete era muito fofo.
  - Eu disse lá lá lá.
  - Sim Sr Styles, TU tinhas razão.
  - Pois tinha – ele chegou dando-me o saco das ervilhas congeladas.
  Revirei os olhos e ele sentou-se e pôs os meus pés em cima do seu colo colocando o saco das ervilhas em cima do meu tornozelo lesionado.
  - Não queres mesmo ir ao hospital? – ele perguntava pela terceira vez.
  - Não.
  - Nós vamos ao hospital – ele disse pegando-me ao colo, eu nem pude protestar, e mesmo que pudesse eu sabia que ele estava decidido e que de nada valia.
  Quando chegamos ele mexeu lá os seus pauzinhos e eu fui logo atendida, o engraçado é que o médico a única coisa de diferente que fez foi enfiar-me uma ligadura á volta do tornozelo e o resto… Adivinhem? Gelo, tal e qual como eu estava a fazer, mas, o Sr. Styles tem de ter sempre razão não é? Enfim…
  Assim que chegamos ao carro olhei-o do tipo “eu disse” e ele entendeu a deixa.
  - Sim, Sra. Antunes, TU tinhas razão.
  - Acho bem – disse rindo.
  - E já a seguir notícias da nova namorada de Harry Styles, não perca – a locutora de rádio disse fazendo-nos prender a respiração.

Capítulo 11 – Ele está a desconfiar de mim?

  David Guetta feat. SIA – Titanium
  ”I'm bulletproof, nothing to lose / Fire away, fire away”

  Rita POV
  - Ah… Sou eu né?
  - O papa é que não é de certeza!
  Bati nele e logo me arrependi, porque com a força o carro desviou um pouco para a outra faixa, fiz cara de culpada e ele não disse nada.
  Safei-me de bronca lálálá.
  - Não fiques nervosa, eles não têm nada de mal contra ti.
  - É agora, parece que o mulherengo mais cobiçado das redondezas arranjou uma namorada bem atrevida, estes dois pombinhos têm sido vistos em alguns bares e a visitarem a casa um do outro com frequência, mas o que nós não sabíamos era que esta nova namorada assediou um paparazzi, sim, é isso mesmo, esta jovem enquanto estava a fazer o seu exercício pelas ruas de Londres, parou e fez movimentos obscenos em direção ao repórter, todos, inclusive ele mesmo ficaram chocados, mas este decidiu não apresentar queixa porque… Não sabemos, mas pelo que nos dizem, as vistas devem ter sido boas, hahaha!
  O QUÊ? MOVIMENTOS OBSCENOS EM DIREÇÃO AO REPORTER? MAS EU NÃO VI PORRA DE REPÓRTER NENHUM!
  - Isto é mentira Harry, eu juro-te que isto é mentira!
  - Vamos ver quando chegarmos a casa – respondeu sério.
  ELE ESTÁ A DESCONFIAR DE MIM? ARGHH!
  Fiquei calada o resto da viagem, o clima no carro era tenso e eu não sabia nem sequer tinha a intenção do descontrair, a culpa simplesmente não era minha, eu podia ver no rosto de Harry que ele queria confiar em mim, mas as duvidas na sua cabeça eram mais que muitas, ele estava nervoso, irrequieto, de vez em quando enrugava as sobrancelhas e foi neste climão que chegamos a casa.
  Abri a porta do carro e ele olhou-me feio.
  - Eu posso estar chateado, mas eu ainda me preocupo contigo – dito e feito. Pegou-me no colo e pousou-me no sofá sem o menor esforço.
  Assim que ele me largou meio que corri para o comando de TV.
  - Eu juro que quero acreditar em ti, mas eu tenho um pressentimento que isto não vai correr bem.
  - É pena – eu respondi-lhe seca.
  Talvez uns 10 minutos a ver anúncios e a passar canais depois, eu encontro um canal em que a noticia sou eu – isto é estranho “a noticia sou eu”, parece até irreal – e as imagens são de mim e da Erica a fazermos aquecimentos ou alongamentos, a ir com as mãos ao chão com as pernas esticadas, a rodarmos a anca, a chegarmos com a ponta dos dedos das mãos á ponta do ténis com as pernas esticadas, e outras em que estávamos a mexer os ombros, como se estivéssemos a abana-los numa dança, caramba aquilo não era nada demais, eu mostrava um pouco de decote e as pernas, mas caramba, eu fiz exatamente a mesma coisa a semana passada e não fui notícia!
  - Deste-me um susto, afinal não é nada demais.
  - Então e o teu pressentimento? – perguntei seca.
  Ele precisava de provas para acreditar em mim, é ridículo!
  - Eu…
  - Pois né, TU nada! – disse afastando-me o máximo que pude dele no sofá, apoiando-me no ombro do mesmo com a cara virada para o lado oposto do corpo chamativo dele.
  Como eu odiava gostar tanto dele nestes momentos, só me faz sofrer e nada mais que isso.
  Senti que o sofá estava a fundar perto de mim e não foi preciso ser-se um génio para saber que era ele.
  Uma mão quente procurou a minha cintura e eu deixei que ele me abraçasse pela mesma sem o olhar, era realmente bom sentir o corpo dele junto do meu, mas eu ainda estava magoada com ele, era assim tão complicado confiar em mim?
  Ele apoiou o seu queixo no meu ombro e nem foi preciso muita força para o meu rosto virar de encontro ao dele, ele estava com aqueles olhos “gato das botas” super fofo.
  - Desculpa, eu deveria confiar em ti de olhos fechados – continuei calada – desculpa mesmo, eu acho que desconfio demais das pessoas que entram na minha agora que eu sou famoso –, mas eu… - tentei falar, mas fui calada por ele –, mas… eu sei que tu não gostas do Harry famoso, que gostas de mim mesmo sem todo o dinheiro e fama, provavelmente gostarias mais de mim sem a parte da fama mesmo – ele terminou e ficou só a olhar-me com uma carinha triste que eu já não podia aguentar mais, passei os meus dedos pela sua cara e ele desviou para me dar um beijo na palma da mão super carinhoso mesmo.
  Aproximei-me um dei-lhe um beijinho nos lábios, bem de leve mesmo. Ele fez um biquinho pedindo por mais e eu ri-me levemente e aproximei-me novamente dele como se isso significasse que tudo estava bem novamente.
  - Eu vou confiar mais em ti, eu prometo – ele disse entrelaçando as nossas mãos dando vários beijos nos nós dos meus dedos.
  À tarde que poderia ser super divertida e num programa engraçado ou romântico passou-se com o meu pé estendido a ver filme de ação ou comédia porque nenhum dos dois queria ver romântico ou de terror.
  E agora vocês perguntam? E o dia seguinte? Basicamente o mesmo, só que desta vez Harry decidiu que um filme de terror era realmente bom.
  - Olhem só, a nossa aleijada de estimação chegou – Els gritou assim que me viu, ela era um amor de pessoa mesmo.
  Harry pousou-me no chão e abracei Els, de seguida Pierre e logo depois Danielle, gostava de todas elas, mas Els era Els.
  - Preparada para filme de terror? - Zayn perguntou com uma voz supostamente assustadora enquanto todos nós nos ajeitávamos nos sofás.

  Harry POV
  - Quando as meninas aí começaram a gritar como menininhas que são e eu e elas limparmos as vossas lágrimas a gente fala bad boy – ela falou toda decidida fazendo todos zoarem de Zayn
  - Esta foi para aprenderes a não te meteres com a minha miúda!
  - UUUUUUUUUI “a minha miúda”, ai ai “ a minha miúda” – eles diziam tentando imitar a minha voz, mas não deu muito certo e Rita riu-se imenso.
  Zayn e Rita ficaram um ao pé do outro no filme, comigo do outro lado de Rita e Pierre do outro lado de Zayn, mas parece que eles não queriam saber de mim e da Pierre e estavam mais interessados neles os dois.
  A única coisa que se ouvia para além do filme, e dos, mastigar de Niall eram os sussurros deles e eu já não estava a gostar nada da brincadeira.
  - Vocês poderiam fazer o favor de se calarem? – eu meio que sussurrei, mas com a voz séria.
  - Não – eles responderam juntos e eu fervi de raiva por eles se rirem todos cúmplices pela estupida coincidência.
  A ideia sobre ver filme de terror foi minha, e qual era a intenção? Rita agarrada a mim, nada mais que isso, parecia um plano bem simples, mas então Rita tinha de ser diferente de todas as outras raparigas e não se assustar com este tipo de filmes, não é que eu a esteja a culpar por isso, mas bem, Zayn é igual a ela e isso não é bom ainda para mais quando eles já tinham visto o filme e ficavam comentando o que iria acontecer a seguir e às vezes até diziam as falas senão antes, ao mesmo tempo que as personagens do filme. Para qualquer pessoa que não prestasse atenção eles nem incomodavam, mas para mim, e se calhar para a Pierre também, isto estava-se a tornar insuportável. A minha raiva começou a subir e nem dava para esconder, eu estava simplesmente a corroer de ciúmes.
  - CHEGA!

Capitulo 12 – Ciúmes é lindo, mas… calma lá

  Ne- Yo – Jealous
  “You got me jealous of everything / 'Cause nothing loves you like I do”

  Todos se assustaram e pude reparar que Niall, Els, Liam e Dani acordaram com o meu grito.
  - Oi?! – Louis olhou-me sem entender.
  - Vocês andam aí aos sussurros para quê?
  - Porque sim, já sabemos o filme de cor, sweetcurly – ela disse divertida.
  - Mas escusavam de ficar o filme inteiro aos sussurros, e a rirem-se e sei lá mais o quê!
  Zayn olhou para Pierre com uma cara confusa, mas depois acho que ele e os seus pequenos neurónios chegaram ao ponto.
  - Vocês estão com ciúmes? – Ele perguntou como se fosse algo impossível.
  - Eu… Eu ciúmes? Dela? Está louco? – Pierre mentia tão mal que até metia dó.
  Logo Zayn começou a rir descontroladamente repetindo a palavra “ciúmes” imensas vezes no intervalo das respirações e das gargalhadas altas que me inervavam cada vez mais.
  Rita ainda me olhava sem entender. E sabem aquela cara de enjoada que as pessoas fazem quando estão num misto de sem paciência com acharem algo estupidamente estupido para se preocuparam? Então, ela estava com essa cara.
  - Sério, Harry?
  - Sério!
  Nem 2 segundos depois ela juntou-se a Zayn e logo depois todos os que estavam acordados o suficiente deram umas risadinhas fracas bastante irritantes.
  Zayn recuperou-se do ataque de riso e Pierre matou-o só com o olhar, até tive pena dele, coitado.
  - Não ria dele, e nem pense que você é quem tem razão, porque não tem.
  - Não tenho?
  - Não.
  - Tenho sim!
  - Claro que não.
  - Claro que sim.
  - Isto é conversa de doidos.
  - Eu sou doido.
  - Mas eu não, isto é estúpido.
  - Sentir ciúmes não é estúpido.
  - Ah, então admite que tem ciúmes.
  - Admito.
  - E por quê?
  - Porque tu e Zayn, ah, vocês…
  - Pois nós nada, estávamos só falando como amigos que somos.
  - Arghhhhhhh – ela tinha razão, subi as escadas para o meu quarto e fechei a porta com força.
  - EU tenho razão! – ouvi-a dizer/gritar da sala antes mesmo de entrar.
  Sim, ela tinha razão, mas e então? Eu tenho ciúmes e não escolho ter ciúmes ou não, simplesmente tenho ou não.
  Ouvi batidas na porta e eu sabia que era ela ou Zayn, logo ouvi a voz dela e fui abrir sem olhá-la.
  Fui puxado pelo braço e ela agarrou-me no queixo com força impedindo-me de me mover ou desviar a cara.
  - Acha que tem razões para ter ciúmes?
  Suspirei resignado e abanei a cabeça num não.
  - Diz…
  - Não.
  - Certo, está tudo bem então.
  - Está – como não poderia estar, se eu tenho Rita nos meus braços, com as atenções para mim novamente? Eu sei que isto parece super egoísta, mas eu tinha descoberto recentemente que eu conseguia ser extremamente possessivo em relação a tudo o que a envolvia.
  - Me leva para casa? O clima de filme se foi. – ela disse dando-me uma tapinha no braço e soltando-me.
  - Por que é que não fica aqui hoje?
  - Eu tenho casa, lembra?
  - Mas eu já fiquei lá, fica aqui comigo esta noite, pleaseee.
  - Tudo bem eu fico, estou cansada mesmo.
  - De quê?
  - De não fazer nada.
  - Logo vi.
  - Me dá uma t-shirt para eu dormir?
  - Claro – fui em direção ao roupeiro e entreguei-lhe aquela t-shirt.
  Ela foi ao banheiro e trancou-se lá, o que me pôs a pensar que nós já estivemos juntos, já fizemos sexo, sei que foi em circunstâncias diferentes e tudo mais, mas nós já tínhamos tido esse tipo de intimidade um com o outro e ela agora ia se trocar no banheiro? Simplesmente não fazia sentido.
  Ela saiu quando eu estava me trocando e abraçou-me por trás quando eu já estava sem t-shirt, fazendo com que todo o meu corpo acendesse. Calma, nada vai acontecer, não agora.
  - Usei a tua escova de dentes. – ela disse a medo e eu ri.
  A voz dela parecia como quando uma criança faz uma asneira e tem de contar aos pais, mas tem medo do castigo, estava tão fofinha.
  - Não faz mal – dei-lhe um selinho e realmente os lábios dela estavam frescos e cheiravam a menta.
  Que mal é que isto teria? Afinal, quanta saliva nós trocamos diariamente? É que nem tem maneira de fugir à questão, e se nós o fazemos porque é que ela não poderia de usar a minha escova de dentes? Não há razões para que ela não o faça, simples assim.
  Fiz minha higiene a pensar que a escova já tinha estado na boca dela e quando voltei ao quarto ela já estava deitada na cama toda folgada.
  - Folgada, não?
  - Não, e pensando bem no caso, eu já dormi aqui…
  Era verdade, naquela noite ela dormiu aqui então ela tinha todo o direito de usar a cama como quisesse agora que era minha, mais minha do que antes.
  - Verdade, verdade – respondi com um sorriso malicioso e subi em cima dela ficando somente com os lençóis entre nós.
  Beijei-a com intensidade iniciando um beijo caloroso, cheio de energia, calor, salivas misturarem-se, mas um beijo em que eu estava a dar tudo de mim, não era um beijo de “come-me” como a Els disse. Eu gostava da Rita, por mais que estivesse com vontade de acontecer alguma coisa, ela ainda era a minha princesa e eu sei ser um cavalheiro quando quero, principalmente quando as pessoas merecem, e ela definitivamente merece.
  As minhas mãos desceram o lençol e subiram a camisola, a MINHA camisola que ELA usava, e se não fosse o momento eu poderia facilmente dizer que ficava muito melhor nela do que em mim, como estamos neste momento eu diria que ela ficava melhor no chão mesmo. As mãos dela apertavam os meus músculos do braço e subiam pela nuca – causando um alvoroço no meu corpo – em direção aos meus cabelos já bastante remexidos a esta altura.
  Devido à falta de ar procurei pelo vão do seu pescoço que tinha aquela mistura do perfume dela com o próprio cheiro dela causando uma mescla de cheiros completamente inebriante, o corpo dela chamava pelo meu, eu precisava dela naquele momento, não saberia como reagir se ela me dissesse para parar, juro por tudo que não saberia. Neste momento eu estava ofegante, com o corpo a chamar pelo dela, me sentindo extasiado pelo toque das mãos dela pelo meu corpo, pela pele macia dela em baixo de mim, e pelo toque perfeito dos lábios dela contra os meus. Os meus cabelos foram puxados levemente e eu gemi baixinho no seu ouvido fazendo- a rir levemente – safada. Voltei a beijá-la e subi ainda mais a sua cam…   A porta foi aberta num rompante
  - UPS – Zayn eu vou te matar lentamente e tortuosamente.

T- shirt do Harry

  One Direction – Little Things

  “I'm in love with you / And all these little things”

  Rita POV
  A vergonha tomava conta de mim.
  - Estou a interromper alguma cois...
  - Não, não estas a interromper nada porque não estava a acontecer nada – ok, um pouco demais, um “não” se calhar chegaria.
  Zayn sorriu de leve.
  - Então por que é que o Harry está naquela posição?
  Olhei para a cama e ele estava só coma bendita boxer branca e virado para o lado oposto da porta meio que a contorcer-se.
  Harry dirigiu-lhe um gesto obsceno e Zayn riu-se, acho que se fosse ele, também riria.
  - Eu só vim ver como estava tudo, porque vocês pareciam que tinham se matado aqui em cima.
  - Ah não, nós vamos dormir mesmo, tudo na paz, sem violência.
  - Ok, ok, até amanhã.
  - Até amanhã.
  - Até amanhã, Hazza.
  De novo o gesto obsceno, desta vez até eu ri e Zayn saiu.
  - Amuou? – perguntei sentando-me na cama e abraçando-o por trás.
  - Não – disse ele já praticamente em cima de mim.
  Sabem quando vocês estavam muito dispostos a algo e depois, porque são interrompidos, toda aquela disposição simplesmente desaparece? Foi isso que me aconteceu, mas pelos visto, a ele não.
  - Ahh, curly, o clima foi-se - eu disse fazendo uma careta e ele acenou com a cabeça.
  Sorte minha que tenho um pseudo-namorado bastante compreensivo.
  - Dormir?
  - Dormir – eu disse puxando- o para junto de mim, em poucos minutos estava a dormir calma.

  Harry POV
  Por muito que se diga e por muito que se calhar as minhas ações até demonstrem o contrário eu não dou assim tanta importância a relações sexuais, sim são ótimas, é tudo lindo e perfeito, mas se não for com a pessoa certa tudo não passa de um vazio quando se acorda ao lado de uma pessoa que não significa nada. Sim, assim que Zayn saiu do quarto eu “atirei-me” para cima dela, por assim dizer, mas não porque a queria obrigar a alguma coisa, isso nunca, mas nunca mesmo iria acontecer e sim porque eu gosto do toque dela, gosto de senti-la perto de mim, de sentir a pele dela contra a minha – sem qualquer malicia – de sentir as mãos dela a passearem pelos meus cabelos ou bochechas fazendo um carinho tão bom que faria inveja a qualquer outro que não o recebesse, ou seja, a todos, porque só eu a tenho só para mim.
  Precisava de lhe preparar uma surpresa, e até já sabia o que era, seria perfeito.

  Rita POV
  Por uma razão divina acordei primeiro que o meu sweetcurly, ajeitei-me no meio daquelas almofadas todas e fiz com que ele ficasse apoiado em mim. Estava tão fofo que eu não resisti e tirei uma foto, a boca ficou semi aberta uma autêntica gracinha de tão fofo que era.
  Levei a minha mão para os seus cabelos e comecei a fazer-lhe festinhas com o maior cuidado para não o acordar. O cabelo dele era tão fofo e macio dava vontade de ficar olhando e tocando o tempo todo, mas eu sempre achava que era muito “brega” fazer isso assim do nada, só porque me apetecia, do tipo estarmos sozinho – e ainda pior se estivermos com outras pessoas – e de repente eu começar a fazer-lhe festas e assim, iriamos parecer um daqueles casais super melosos que nunca se largam por nada deste mundo e que toda a gente só acha piada por breves instantes porque depois começa a enjoar de verdade. Eu estava seriamente dividida, por um lado eu não me queria apegar a ele demasiado, mas por outro lado, eu sabia que no fundo já estava mais ligada a ele que a qualquer outra pessoa, ainda que só o conheça há duas semanas, mas realmente isso interessa? Costuma-se dizer que não interessa quem chega primeiro, interessa quem fica… e eu tenho a certeza que Harry sempre irá ter um lugar especial no meu coração, aconteça o que acontecer.
  - É bom acordar assim – ele disse baixinho, mas mesmo assim assustou-me e nós – porque eu pulei – pulamos e ele ainda se riu mais de mim.
  - Não se ria de mim sweetcurly – eu disse fazendo beicinho e acho que ele achou fofo porque também fez uma cara muito fofa e deu-me um beijinho na testa.
  - Bom dia, minha princesa mais linda.
  - Quer dizer que tens outras princesas?
  - Tenho.
  Olhei-o tipo “estás a estragar o meu bom humor matinal”.
  - A minha mãe, a minha irmã, a minha…
  - Eu já percebi.
  - Ciuminho matinal é bom, né? – Fiquei calada enquanto ele se ria de mim, mas também ele diz aquilo está a espera que eu não fique no mínimo intrigada? Não, né!
  - São que horas? – Ele perguntou molengão.
  - Quase meio dia – disse olhando para a tela do meu telemóvel que agora tinha como plano de fundo a fotografia dele.
  Ele logo levantou e arrastou-me para fora da cama – para grande desprazer meu.
  - Hoje vou levar-te a um lugar, então vai tomar um banho, para nós irmos e já almoçarmos lá tudo bem?
  - E onde é?
  - SURPRESA! – ele disse/gritou e rodou-me todo bem disposto.
  Aquelas covinhas eram de tirar o fôlego a qualquer uma mesmo.

  Harry POV
  - Ela estava com a t- shirt dele dos Ramones, isso é um avanço – ouvi Zayn.
  (n.a.: Para quem não sabe, a t-shirt dos Ramones de Harry é sagrada e ele/alguém disse que só deixaria usar ou daria a uma rapariga que fosse muito especial para ele)
  - Está brincando, né? – Liam.
  - Não, eu fui lá ao quarto ontem e ela estava com a t- shirt vestida – Zayn.
  - Mas já? – Louis.
  - Ah… Que mal é que tem eu vestir a t-shirt do Harry?
  - Ah… Nenhum, nós só – Niall.
  - Aquela t-shirt, ela… - Danielle.
  - Ela nada, eles têm neurónios a menos, nem ligue – cortei-os e como estava atrás dela, fiz sinal que lhes ia cortar os pescoços se eles dissessem alguma coisa.
  - Hum… - ela olhou-nos desconfiada, mas foi começar a despedir-se do pessoal.
  - Eu vou embora pessoal, por muito que não pareça, eu tenho casa.
  - Até parece, é sempre bem-vinda – Els.
  - A casa até é tua para oferecer, né? – Louis.
  - É – olhamos para Louis sem entender e logo ele percebeu que ninguém tinha percebido a sua boca/piada/palhaçada/indireta/sei lá o quê.
  - Estou brincando com a Els, podes vir sempre que quiser.
  - Obrigada – Ah assim está melhor, já me estava me assustando.
  Meia hora depois e muitas meias conversas pelo caminho ela conseguiu despedir-se de todos e foi embora.
  - Não lhe vão contar nada sobre a t-shirt, ouviram? – eu disse assim que fechei a porta.
  - Mas por quê?
  - Aliás, como é que ela não sabe o que aquela t-shirt significa?
  - Ela não é nossa fã, ela ouvia WMYB e sabia os nossos nomes, nada mais, e assim aquela t- shirt tem significado só para mim, eu sei o que ela significa, e isso basta.   (Enquanto isso do lado de fora)

  Rita POV
  Saí de casa deles com um sorriso no rosto, todos já me tratavam como se fosse da família, como se tivesse com eles desde sempre e isso era ótimo de sentir. Desci as escadas do prédio dele e assim que ponho um pé na rua sinto montanhas de flashes na cara, a cegarem-me completamente.
  Por quê? Por quê? Eu não sou um deles, porque é que eles se interessam tanto por mim? Eu não estou habituada a isto, não mesmo.

Não pode ser aquilo que eu estou a pensar

  Justin Bieber – She don’t like the lights

  “She don't like the flash, wanna keep us in the dark
  She don't like the fame, baby when we're miles apart”

  Rita POV
  Dei meia volta e voltei para o prédio, segurei a porta – que por sorte não se tinha fechado – e chamei o elevador diversas vezes, quando ele veio encostei-me na parede do mesmo e consegui respirar.
  Eu não deveria ter voltado, como eu sou burra! E agora o que eu vou dizer? “Olha estão no mínimo uns 50 fotógrafos e jornalistas á porta do teu prédio e como nós somos bem distraído nem demos conta, mas assim que eu os vi voltei para trás porque não os consigo enfrentar sozinha”. E então o que é que ele me vai dizer? “Eu pensei que tu sabias no que te estavas a meter quando começamos a sair” e eu vou ficar a olhar para ele com cara de estupida.
  O elevador chegou e eu saí. Porta ou elevador de novo? Por muito que fosse estupido eu ter voltado, eu realmente não me sentia com coragem de voltar e enfrentar todos os flashes com um sorriso no rosto.
  Toquei na campainha e pude ouvir a voz de Pierre
  - Vai lá Harry, deve ser a Rita que se esqueceu de alguma coisa.
  - Mexe esse rabo gordo – este foi Louis mesmo.
  Noutra situação eu teria até rido.
  Logo ele estava na porta e eu não sabia o que dizer.
  - Esqueces-te de alguma coisa? – ele perguntou dando espaço para eu entrar e fechando a porta.
  E agora? O que é que eu vou falar?
  - Ahh... não, eu...
  Ele olhou-me procurando por explicações.
  - Já olhas-te na janela hoje?
  - Que pergunta é essa? Não, não olhei.
  - Pois, é que a tua casa está cheia de jornalista á volta e… – ele logo deu um suspiro cansado e puxou-me de lado para a cozinha onde estavam os outros numa atitude compreensiva.
  Ele afinal não me iria mandar aos leões de novo, agradeci mentalmente.
  - Esqueceste-te de alguma coisa?
  - Ela não, nós é que nos esquecemos de ver que estão um monte de jornalista aqui na porta – eles ficaram com cara de preocupados e logo Liam foi à janela ver.
  - Eishhh vocês estão feitos, eles não vão sair dali tão cedo.
  - Obrigada Liam, isso foi realmente animador – eu disse fazendo piada.

  Harry POV
  Impressionante, ela poderia chegar e simplesmente dar-me um tabefe por achar que eu era o culpado dela não ter mais vida, mas ao contrário disso ela chegou e começou logo a fazer piada e a sorrir novamente, e olhem que o sorriso dela faz o meu dia valer a pena, acreditem.
  - Duas opções, ou ficam aqui ou vocês fazem a vossa vida com eles atrás.
  - Eu vou pela primeira - Eu vou pela segunda – dissemos quase ao mesmo tempo, ela um pouquinho mais rápido que eu.
  - Lamento, não tenho terceira para desempatar – Zayn continuou.
  - Não há primeira, eu disse-te que queria fazer-te uma surpresa hoje, e essa surpresa não é aqui de certeza – disse falando diretamente com ela.
  - Não, eu não vou sair á rua e passear contigo com a mesma roupa de ontem, está fora de questão, eu nem tomei banho, pelo amor de Deus!
  - Isso resolve-se tomas banho aqui, e eu empresto-te roupas – Els ofereceu e eu achei a ideia brilhante.
  - Não, não é preciso, nós saímos outro dia.
  - Não saímos nada, já está tudo combinado – pausa para pensar no que havia dito – e já disse demais então vai despachar-te – disse mandão e ela riu subindo as escadas com Els logo atrás super animada.
  - Eu vou lá também.
  - E eu.
  Dani e Pierre disseram indo atras delas.

  Rita POV
  Acabou que Pierre é que me emprestou um top, uma calça jeans e uma fita toda fofa para o cabelo – isto porque ela é do meu tamanho, Els é um pouco mais alta então nada dava certo, o que nos valeu boas risadas.
  Elas aproveitaram e também se arranjaram para saírem, disseram que estavam com inveja de mim e que também queriam sair com os boys delas.
  Descemos e íamos todos a sair quando reparei que Niall iria ficar sozinho.
  - Hey Niall, vais ficar sozinho?
  - Hum… na verdade não, eu tenho… compromissos – ele disse todo cheio de vergonha
  - Ui “compromissos”, eu tenho de sair, mas quando chegar, quero saber disso – Era fofo ver Niall assim, mas eu até tinha pena dele porque se bem conhecia o Harry ele iria enchê-lo de perguntas mal chegasse a casa.
  Metemo-nos nos elevadores e eu ainda não sabia se estava pronta para enfrentar os flashes de novo, apertei a mão de Harry com mais força e ele deu-me um beijo na testa, impressionante como eu fiquei mais calma com um simples beijo, efeito Harry Styles sobre mim, sem mais nada a dizer.
  Saímos os 8 do prédio e acho que isso ajudou aos flashes não irem todos sobre mim, eles pareciam que não sabiam o que fotografar o que foi meio que engraçado.
  Harry levou-me até á porta do passageiro do carro dele num gesto super fofo, mas que eu sabia que iria dar muito que falar e foi para o lado do motorista.
  - Já está, só olha em frente porque se tu te baixares e esconderes só vai ser pior – eu assenti e ele deu partida.
  Vimos os carros de Louis, Zayn e Liam irem em direções diferentes ao longo do caminho e nós continuamos para algum lugar que eu não sabia onde era, a curiosidade começou a tomar conta de mim.
  - Onde é que nós vamos?
  - Já estava a achar estranho não me perguntares nada – ele disse rindo –, mas eu não te vou dizer, só quando lá chegar-mos.
  - E ainda vai demorar?
  - Não, já estamos quase   Onde é que seria? Uma surpresa? Já estava tudo preparado? Tinha de ser hoje? Será… ah não, ele não me vai apresentar á família pois não? Ele é louco o suficiente para isso, mas… nós nem estamos verdadeiramente juntos, ele ia-me apresentar como a minha “eu… eu também”, como a minha “pseudo-namorada”, como a minha “amiga colorida”? Por favorzinho que não seja isso. Além do mais eu não estou preparada para os conhecer, conhecer o Sr e a Sra Styles não é bem a minha visão perfeita de como passar a tarde com ele depois do que aconteceu com todos os jornalistas á porta do prédio, tipo eu nem estava com roupas minhas, estava com as roupas da Pierre, não que fossem más, muito pelo contrário, mas não eram minhas, e para primeira impressão isso não era bom, iria dizer o que? “Ah estou com as roupas dela porque dormi com o seu filho e não tinha roupa no apartamento dele para vir para aqui”, isto seria horrível.
  - Chagamos – ele disse despertando-me dos meus pensamentos.
  - Oh não! – foi tudo o que consegui dizer.

Oceanário

  John Mayer – Daughters

  “Boys will be strong
  And boys soldier on
  But boys would be gone without warmth from
  A woman's good, good heart”

  - Gostas-te?
  - Se gostei? Adorei! Obrigada – disse abraçando-o de lado e enchendo-o de beijos no rosto, parecia até uma atitude infantil, mas foi super genuíno.
  Ele riu-se da minha atitude, mas eu nem liguei e quando dei por mim já ele me estava a abrir a porta e com os braços estendidos para eu o abraçar assim que saísse do carro. Não é aquela foufura enjoativa, é bom, é um fofo que diz “estou a cuidar da minha princesa” e eu adoro isso nele.
  - Vamos almoçar primeiro – eu não disse? Ele lembra de todos aqueles pequenos, mas importantes detalhes e uma pessoa não lhe consegue resistir, como é que eu não me apaixonaria por ele? Apaixonada eu? É, completamente apaixonada é o que eu estou agora.
  Fomos almoçar no McDonalds e mesmo quando íamos a sair uma criança aparece junto da mesa.
  - Podes-me dar um autógrafo? – ela pergunta pro Harry toda fofa.
  - Claro, qual é o teu nome?
  - Kimberly.
  - Um grande beijinho para a Kimberly, Harry Styles – ele disse enquanto escrevia no papel que a menina tinha trazido, que era uma foto dele super fofo a sorrir imenso com aquelas covinhas lindas.
  - Obrigada – ela disse toda emocionada e ele levantou-se e abraçou- a apertado, dando-lhe beijos no cabelo.
  Até me vieram as lágrimas aos olhos, imaginar Harry com uma criança assim, pequena, indefesa, em que ele chegava e a abraçava apertado prometendo que tudo ficaria bem e que ele seria o super herói dela, que a protegeria de todo o mal do mundo era a coisa mais fácil de imaginar. Kimberly tinha os cabelos encaracolados como Harry, então fazia com que tudo ficasse ainda mais fácil de imaginar. Enxuguei uma lágrima mesmo a tempo de cumprimentar a mãe que tinha acabado de chegar.
  - Desculpem, a minha filha simplesmente soltou-me e correu para aqui.
  - Não tem problema nenhum, sou Har…
  - É ele mãe, o Harry da banda One Direction, ele é lindo não é mãe? – ela perguntou super eufórica para a mãe.
  - Sim, filha, ele é – a senhora disse rindo.
  Harry tirou uma fotografia com a menina e ela depois do clique virou-se para ele e perguntou:
  - É a tua namorada? – referindo-se obviamente a mim.
  - Não, mas poderia ser não achas?
  - Eu queria-te só para mim, mas ela é muito fofa, eu posso dividir.
  - Podes é? – ele fingiu-se surpreso.
  - Posso – ele disse e veio até mim, levantei-me e baixei-me para lhe dar um abraço, ela era tão fofa, dava vontade de apertar e nunca mais soltar.
  - Temos de ir Kimberly.
  - Só mais uma foto? – ela perguntou e Harry assentiu – Podes ficar na foto também? – ela perguntou-me e eu fiquei surpresa, sério que ela queria que eu entrasse na foto?
  - Claro – aproximei-me dos dois e a mãe bateu a foto.
  - Obrigada e… Vocês ficam bem juntos, deviam namorar – pisquei e ela já estava a ir embora com a mãe.
  - Ela tem razão, nós deveríamos namorar – o meu coração parou por alguns segundos.
  - Então, e aonde nós vamos agora? – Quis desconversar o mais rápido possível e ele percebeu, mas não disse nada quanto ao assunto, apenas segurou a minha cintura e mostrou-me o caminho.
  Andamos pelo oceanário, isso mesmo, oceanário inteiro a ver cada tanque e tudo me parecia lindo, eu adorava o mar e tudo o que estava ligado a ele.
  Estávamos num dos últimos tanques – isto pelo que Harry me tinha dito – e várias meninas aparecem vindas do além para tirar foto, dar abraço, pedir autografo, tudo, e o pior é que ele ficou ali a atender ao pedido de cada uma, não que isso fosse realmente mau, eles deviam tudo ás fãs, mas isto não era suposto ser algo para nós os dois? Estarmos nós dois sozinhos, sem ninguém a interromper?
  Olhei triste para o amontoado de pessoas – lê-se Harry e 50 garotas em volta dele, e cada um mais bonita que a outra, todas certamente melhores que eu – e segui para o próximo tanque, tubarões… Davam medo como toas aquelas raparigas, mas ao mesmo tempo eram tão importantes para o equilíbrio dos oceanos, tal como elas eram importantes para os rapazes. Esperei quase uma hora naquela sala e eu ainda podia ouvir as gargalhadas vindas da sala anterior a esta, levantei-me para ir embora e senti alguém tapar-me a boca e segurar-me na cintura.
  Será que alguma daquelas loucas iria raptar-me?
  Tentei gritar, mas a mão na minha boca não deixou e quando olhei para o vidro vejo o reflexo e é ele. Paro de tentar resistir ao que quer que fosse que o suposto raptor quisesse fazer comigo e ele destapa-me a boca.
  - Eu sabia que irias gritar por isso tapei-te a boca – ele disse rindo e recebeu um murro de leve – não tão de leve assim – no ombro.
  - Au – ele disse, massajando o local em que eu lhe bati e foi a minha vez de rir   - Violenta.
  Harry POV   Eu queria recompensá-la, queria mesmo, ela ficou quase uma hora á minha espera, então ela merecia uma boa recompensa e eu já sabia perfeitamente qual seria. Desde que os seus olhos brilharam naquele momento eu sabia que mais tarde ou mais cedo a traria aqui de novo por outros motivos, mas parece que vai ser hoje mesmo, só tenho de arranjar maneira de ser quando eu quero e ser só connosco.
  Puxei-a pela cintura e os nossos corpos chocaram, dei-lhe um beijo na pontinha do nariz fazendo-a rir e comecei a arrastá-la para a receção. Assim que chegamos mandei-a ficar sentada, quieta, calada, sem ouvidos se possível, e o mais longe de mim que consegui para dar marcha ao meu plano.

  Rita POV
  Harry estava a tramar alguma coisa, eu só não sabia o que era.
  5 minutos depois de ele ir lá falar com a rececionista-demasiado-sorridente-pro-eu-gosto, fomos guiados para o recinto exterior e andamos por umas instalações que eu acho que nem eram permitidas para nós, mas Harry deve mesmo ter mexido os seus cordelinhos para nós estarmos aqui.
  - Sou Clint e estou aqui para vos ajudar a alimentar as grandes tartarugas verdes!

Claire

  Katy Perry – Firework

  “You just gotta / Ignite the light / And let it shine / Just own the night”

  Harry POV
  Ver o sorriso dela ontem quando a surpreendi no oceanário para dar de comer às tartarugas fez-me pensar o quão sortudo eu era por nós termos gostos tão parecidos, por nós pensarmos nas mesmas coisas, por sermos praticamente almas gémeas em relação a tantos assuntos, eu sou um sortudo!
  E isso me fez pensar que eu uma vez por mês costumo comprar comida e dedicar um dia da minha vida corrida aos sem abrigos, indo entregar-lhes uma refeição quente às suas “casas” – um papel de cartão no chão – que mesmo sendo verão em Londres esfria muito de noite e mesmo que não esfriasse, eu estou aqui no meu luxuoso apartamento e aquelas pessoas não têm nada, absolutamente nada, muitas vezes nem comida elas têm, por isso porque não ajudar um pouco os outros? Hoje eu iria levá-la comigo.
  - Vai sair? – Louis perguntou entrando no quarto.
  - Vou, você não?
  - Sim, mas aposto que não pro mesmo lugar que você.
  - Ah, eu vou para casa da Rita, realmente, não me parece que você vá comigo.
  - Eu logo vi, você se esqueceu! – ele disse divertido.
  Esqueci? Esqueci do quê? Nós não tínhamos entrevistas hoje, não tínhamos nada, eu estava de folga hoje, eu e todos os rapazes, do que eu me poderia ter esquecido?
  - Tarde de rapazes na casa deles?
  Ah isso!
  - Fica para outro dia, tudo bem? Hoje não vai dar mesmo.
  - Hoje e os outros dias que estiver com ela.
  - Não, hoje é diferente.
  - Por quê?
  - Depois conto, agora preciso ir, manda um abraço aos rapazes.
  - Pera, me dá uma carona.
  - Anda.
  Levei Louis até a casa dos outros e aproveitei para lhe contar o que eu iria fazer, ele me apoiou nisto, diz que faço muito bem porque nós temos demais e há pessoas que têm de menos, e eu concordo plenamente. Deixei-o lá e segui para casa da minha princesa.

  Rita POV
  A campainha toca e eu vou abrir esperando ser Will, mas encontro Harry.
  - Oi? – pergunto confusa.
  - Eu sei que não avisei, mas posso entrar?
  - Claro – eu digo sorrindo dando espaço para ele entrar e fechando a porta.
  - O meu beijo, já não mereço é? – Como o meu namorado é bobo! Aproximei-me devagar e quando estava mesmo perto mordi-lhe o lábio fazendo-o rir e só depois é que o beijei. – Assim está melhor, agora anda, preciso de ti hoje.
  - Precisa, mas eu hoje vou sair!
  - Pois você vai, comigo!
  - Não, eu combinei umas coisas com uns amigos, pode vir conosco.
  - Desmarca, please, please, please, é super importante, please – olhos gatos das botas são o meu fim.
  - Tudo bem.
  - Yeahhh – ele meio que gritou e fui arrastada para fora de casa num ápice.
  Depois de irmos buscar comida para um batalhão – sem exagero – e cobertores para outro tanto batalhão – sem exagero novamente – Harry disse que teríamos de fazer uns quilômetros. E neste momento, quilômetros esses passados eu percebi o porquê de toda esta agitação e de tanta coisa, onde eu estava com a cabeça pensando que tudo isto era para nós, que lerdeza!
  - Espero que tenha uma veia de solidária em você – nem sabe ele que eu já fiz voluntariado, mas tudo bem.
  Saí do carro e fui buscar um cobertor e uma sopa quente embalada no porta-malas já aberto.
  A tarde passou mais rápido do que o que eu esperava, conheci tantas pessoas maravilhosas, com tantas histórias de vida que me emocionaram; é impressionante como nós nos queixamos da vida, mas depois vemos estas pessoas com histórias de vida horríveis a viver na rua que não se queixam de nada e estão sempre com um sorriso na cara.
  Uma velhinha enrolada num pequeno cobertor velho chamou a minha atenção, já tinha anoitecido, quando olhei ao relógio eram quase 21 horas, então o frio começava a fazer-se sentir, e aquela pobre senhora estava só com aquele pequeno cobertor enrolado ao corpo. Peguei dois cobertores e duas sopas e fui em direção à senhora. Quando estava quase a chegar Harry me parou e eu o puxei para vir comigo.
  - Boa noite, senhora – dizemos eu e ele juntos e sorrimos.
  - Boa noite, meninos – a senhora vê-se que não é assim tão idosa como eu pensei, teria os seus 70, não mais que isso.
  - Trouxemos estes cobertores e estas sopas para você, espero que seja do seu agrado.
  - Claro que sim, muito obrigada mesmo – a senhora tinha um olhar encantado no rosto e não sei se por vergonha ou por outro qualquer motivo, mas não começou a comer e a cobrir-se como qualquer outro sem abrigo que eu vi hoje, e isso me tocou.
  - Harry, vai buscar mais um cobertor e duas sopas, por favor – disse-lhe e ele foi.
  - Hoje você terá mais duas pessoas para jantar com você, espero que não se importe.
  - Claro que não, mas eu suponho que você e o seu namorado tenham uma casa de vocês, de certeza bem mais confortável que o chão da rua.
  Salva pelo Harry, não tive de responder à pergunta feita pela senhora, sei que nem era a intenção dela meter-se na minha vida, mas eu não sabia o que responder.
  - Hoje jantaremos aqui – eu disse com o meu melhor sorriso e ele não precisou de muito tempo para perceber a minha intenção.
  Sentamo-nos no chão de frente para a senhora e pusemos o cobertor nas nossas pernas, abri as sopas e tirei as colheres dos invólucros e entreguei cada uma a cada pessoa, fazendo a senhora dar a primeira colherada e o meu coração ficar mais aliviado.
  Eu e Harry começamos a comer também.
  - Muito obrigada pelo que estão a fazer, significa muito para todos nós.
  - Não tem de agradecer minha senhora, nós fazemos com gosto.
  - Não me trate por senhora, meu nome é Claire, trate-me por Claire.
  - Claro, já agora eu sou Rita e ele é Harry.
  - É bonito ver um casal jovem dedicando seu tempo a pessoas como nós, ainda mais quando poderiam estar a aproveitar suas vidas, namorando, andando de mãos dadas como dois jovens apaixonados.
  E agora? Era estupido, mas eu ainda não sabia o que dizer quando as pessoas diziam que nós estávamos apaixonados ou que ficávamos bem juntos, nós não tínhamos nada e tínhamos tudo, exatamente ao mesmo tempo.

O sorriso é meu, mas o motivo és tu

  Justin Bieber – U smile

  “Cause whenever / You smile, I smile / Hey, hey, hey”

  Rita POV
  Desconversei.
  - Nós gostamos de fazer isso, Harry é que me puxou para fazer isto hoje, mas eu costumo fazer voluntariado.
  - Sério? – ele perguntou surpreso,
  - Hum, hum – eu até podia sentir orgulho a sair dos seus olhos, e eu gostei de ver, sentia-me tão bem em saber que ele se orgulhava de mim nem que fosse por uma coisinha tão pequena como esta de fazer voluntariado quando ele é que compra kilos e kilos de comida para dar aos sem abrigos, EU deveria estar orgulhosa dele, não ele de mim.
  Ele deu-me um beijo na bochecha super fofo e puxou-me para mais perto.
  - Diga lá se ele não é um amor, e eu aqui nem sabia disto… - ele disse dirigindo-se para a senhora que assentiu.
  - Nota-se a quilómetros que vocês gostam um do outro, pelo sorriso dela quando o menino saiu e quando voltou com a comida e as cobertas, pelo sorriso dela agora que você disse isso, é aquele sorriso genuíno que ninguém duvida se é verdadeiro, mas que quem não prestar atenção não saberá o motivo do sorriso. E acredite que o sorriso pode ser dela, mas o motivo, ah, o motivo é você menino. Mas também pelos seus olhos de apaixonado quando olha para esta menina, nota-se que ela… Você – ela disse dirigindo-se a mim – você faz o dia dele valer a pena, você faz com aqueles olhinhos ali brilhem numa noite escura só porque você está do seu lado, e uma coisa eu posso-lhe dizer, pode vir este mundo e o outro criar obstáculos na vossa vida, mas acredite, que nunca, mas nunca ele irá esquecê-la. Você é uma garota de sorte, assim como você – dirigindo-se ao Harry – também é um garoto de sorte por tê-la, assim como você, ela também nunca o irá esquecer, aconteça o que acontecer.
  Eu estava mais que emocionada com as palavras desta senhora tão sábia, o sorriso pode ser meu, mas o motivo é ele, e aconteça o que acontecer eu nunca o iria esquecer, nunca mesmo.
  Olhei para o meu tão querido sweetcurly e ele também ficou tocado, mas estava com um sorriso bonitinho no rosto, sorri mesmo sem me aperceber.
  - Obrigado pelas suas palavras Claire.
  - Não tem de agradecer, foi de coração.
  O meu telefone toca e é uma mensagem de Will a dizer que estão a chegar, estão a chegar? Oh não, eu tinha combinado que como não podia ir sair com eles de tarde, de noite eles passariam lá por casa depois de jantar para nós fazermos a nossa sessão pipoca.
  - Hm… eu realmente estou a adorar estar aqui, mas eu preciso ir – disse sem jeito.
  - Aconteceu alguma coisa?
  - Tenho de ir para casa, tenho pessoas à minha espera.
  - Tudo bem, eu levo-te.
  Peguei numa caneta e escrevi no cobertor que eu e Harry usamos: Obrigado pelas suas maravilhosas palavras Rita & Harry.
  - Eu prometo que um dia nós voltamos senhora Claire.
  - Estarei esperando.
  - Até um dia senhora Claire.
  Esta senhora realmente tocou-me, não nos conhecendo de lado nenhum parece que adivinhou aquilo que eu sentia por ele e ele por mim, parecia até irreal.
  Harry levou-me a casa e por muito que não estivesse com disposição para sessão pipoca com os meus amigos do curso eu iria fazer um esforço.
  - Espero que tenha gostado – ele disse parando o carro junto do meu prédio.
  - Adorei, foi ótimo conhecer todas aquelas pessoas e ajudá-las de alguma forma.
  - Principalmente aquela senhora, não é? – apenas assenti o apoiei a minha cabeça no seu ombro, ele acariciou-a com a mão e eu senti de novo aquela sensação de estar a ser protegida, de que estando com ele tudo estava bem.
  Dei-lhe um beijo calmo na bochecha e saí para o frio da rua.
  Hora de esquecer o quão tocante tudo isto foi e começar uma super sessão pipoca com quê? Pelo menos umas 10 pessoas! Assim que abri a porta do prédio o meu telefone toca e eu vejo essas ditas 10 pessoas, a maioria em casais á porta do meu apartamento a fazerem a maior barulheira e super animados, eu iria animar-me com eles.
  Acordei com o sol a bater-me no rosto, mas será que eu nunca aprendo? Fechar as cortinas nem é assim tão complicado! Levanto-me e fecho-as, mas o sono já desapareceu, claro, ainda tentei adormecer de novo, mas sem sucesso algum.   Saiu do quarto e deparo-me com Rob e Andrea deitados no meu sofá dormindo todos fofos, será que eu e Harry também parecemos assim, fofos, aos olhos das outras pessoas?
  Acordo-os com o máximo de jeitinho que consigo e depois de todos comermos eles vão embora.
  Começo a dar um jeito em todo o apartamento, pipoca no chão e almofadas espalhadas é o que não falta. Arrumei tudo, tomei um banho, vesti-me e fui ao computador ver as redes sociais.
  E claro que… Me arrependi profundamente.

  Harry POV
  O dia de ontem não podia ter sido mais perfeito, eu poderia tê-la levado ao Big Ben ou ao London Eye, sim eu podia, mas não era a mesma coisa, não teríamos vivido o que vivemos ao conhecermos aquelas pessoas, não teríamos conhecido a senhora Claire, e não teríamos ouvido aquelas palavras que conseguiriam fazer com que um sem coração se emocionasse, a única coisa que eu esperava era que tudo o que ela disse sobre Rita nunca me esquecer fosse verdade porque eu também nunca a iria esquecer, nunca. Parece precipitado dizer isto, mas sei lá, parece que a conheço há anos e não há semanas, tanta coisa já se passou desde aquele dia na discoteca que até parece mentira, a minha visão sobre as pessoas que se metem no meu caminho depois de eu me tornar famoso mudou. Elas podem ser apenas pessoas apaixonadas pela vida como Rita é e não apaixonadas pelo dinheiro, pelo meu dinheiro.

  Rita POV
  Estava perdida no meio de tanta fofoca quando o meu telefone toca.
  - Hello?
  - Hello? Olá, você quer dizer.
  - Ah sim, desculpa mãe, estou habituada a entender em inglês.
  - Mas tem que acostumar ao português novamente, afinal, você volta daqui a 2 dias para Portugal.
  Uma frase que fez o meu mundo parar “volta daqui a 2 dias para Portugal”.

E agora?

  P!nk – Try

  “But just because it burns doesn’t mean you’re gonna die
  You gotta get up and try, try, try”

  Rita POV
  - Filha, filha, está aí?
  - Estou mãe, eu estou, eu só… Me esqueci!
  - Esqueceu – ele deu risada – queria ficar aí para sempre?
  - Não era mal pensado, férias para sempre!
  - Era bom, mas impossível!
  - Quando é que é o meu voo?
  - Domingo às 10:45.
  - E hoje é?
  - Está bastante desorientada, hoje é sexta e são 13:44!
  OH NÃO! Isto é pior do que eu pensava.
  - Mãe, olha, eu preciso desligar, falamos quando eu chegar aí, tudo bem?
  - Sim, nós vamos te buscar ao aeroporto.
  - Ok, até domingo – disse apressada e desliguei.
  Como é que eu iria dizer isto ao Harry?
  SMS? Covardia demais! Aparecer lá em casa assim do nada? Muito direto! Ligava? Ahh não!
  Mandei uma mensagem de “preparação”.
  “Ola sweetcurly, tenho uma notícia para te dar, podes passar cá em casa?”
  Eu ainda não estava a acreditando? Como é que este mês passou tão rápido? Ou melhor, como é que estas duas semanas desde que o conheço passaram tão rápido? Porque as outras foram normalíssimas. Como é que eu me fui esquecer deste pequeno/gigante pormenor?
  “Boa ou má? Vou agora almoçar e depois passo aí pode ser?”
  “Para mim é má, para você ainda não sei. Claro, eu também vou almoçar agora”
  “Se para você é má para mim também é, está me deixando preocupado. Vou me arrumar, beijos.”
  “Não fique… Beijos @”

  Fui preparar o almoço para me distrair, mas nada realmente resultava, fazia tudo em modo automático, depressa demais para mim a campainha tocou e eu ainda não sabia como é que lhe daria a notícia.
  Lágrimas queriam descer pelo meu rosto assim que abri a porta, mas eu consegui me controlar e o abracei apertado, dando-lhe um beijo singelo nos lábios mandando-o entrar.
  - Quais são as novidades? – ele tinha de ir direto ao ponto? Tinha, só para me dificultar a vida, ele tinha.
  Fiquei calada por instantes tentando achar as palavras certas para lhe dizer o que se passava, mas quando me comecei a explicar sabia que ele não estava a perceber nada.
  - Para, respira, começa de novo… - ele disse pegando-me nos ombros.
  Fechei os olhos e disse-lhe tudo duma vez.
  - As minhas férias em Londres estão para acabar, volto para o meu país em 2 dias!   O silêncio instalou-se e ele me largou – tudo aquilo que eu não queria que acontecesse.
  - Como é que só me diz isso agora? Como?
  - Eu só soube há pouco.
  - Como só soube há pouco? Quando veio sabia quando tinha que ir!
  - Sim sabia, mas…
  - Mas nada! Você tinha que ter me dito.
  - Mas você sabia que eu não era daqui...
  - Mas não sabia que teria de ir embora assim do nada!
  - Não é do nada, é no fim das ferias de verão!
  - E eu adivinho quando é o fim das férias de verão para você?
  - É no fim de agosto como para toda a gente, tenho de me organizar para a faculdade como todo mundo!
  - Você vai voltar para se organizar? – ele perguntou incrédulo.
  - Sim, é a minha faculdade!
  - É sobre eu querer estar contigo!
  - É o meu sonho!   - Eu não quero saber do teu sonho! – ambos nos demos conta do que ele disse e eu paralisei – quer dizer, é claro que eu quero saber dos teus sonhos, só que…
  - Sai – eu disse seca e ele arregalou os olhos.
  - Não, você está entendendo errado, eu não quis dizer isso.
  - Por favor, Harry, só sai – disse abrindo a porta para ele sair, ficamos nos encarando por alguns instantes, mas ele teve a sensatez de sair sem que eu o mandasse mais uma vez e então consegui fechar a porta e correr para abraçar a minha almofada.
  Doeu tanto, ele jogou na minha cara que eu escondi dele a minha ida, escondi dele o facto de ter de ir embora no final do verão, ele disse que não queria saber dos meus sonhos, como é que ele pode?
  Chorei até adormecer, mas quando acordei decidi mandar-lhe uma mensagem.
  “Desculpa se não te disse nada antes, mas eu realmente não sabia. Não me lembrei, e não me lembrei sabe por quê? Porque você fez com que o meu mundo girasse nas últimas duas semanas e que eu perdesse até a noção do tempo. Não pense que não me dói saber que vou embora, porque estará sendo definitivamente mais complicado do que o que pensei que fosse. Se não nos virmos mais, fica sabendo que como a senhora Claire disse, nunca te esquecerei. Beijos”
  Poucos segundos depois a resposta chegou:
  “Desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, mil desculpas. Eu não deveria ter reagido daquela maneira. E não pense que não nos veremos mais, quero te ver de novo princesa, passo aí?”
  “Desculpas aceitas, não vale a pena vir aqui, vou começar a fazer as malas, acredito que isso não é algo que queira ver. Passo aí amanhã assim que me arrumar tudo bem?”
  “Sim, faz isso. Desculpa, mas eu não iria conseguir te ver fazendo as malas, iria custar demais. Beijo”
  E como eu o percebo, ele não consegue me ver fazer malas e eu ainda tenho de encontrar forças para ser eu a fazê-las.
  Para mal dos meus pecados, demorou mais do que eu realmente esperava, fiquei o resto da tarde de sexta e a manhã de sábado não só fazendo as malas, como também me certificando que o apartamento estava todo limpo e com tudo no lugar assim como quando eu entrei, o que demorou ainda bastante porque mudei algumas coisas.
  Tomei um banho e saí de casa mandando uma mensagem ao Harry dizendo que estava indo para lá.

  Harry POV
  Eu iria vê-la novamente, iria poder pedir-lhe desculpas depois de tudo aquilo que lhe disse ontem, mas mesmo assim o meu peito doía, doía por saber que podia ser a última vez que a veria, eu não sabia a que horas era o voo dela, mas mesmo assim doía demais, eu posso simplesmente nunca mais vê-la. Depois de muito pensar, a conclusão a que cheguei é que a amo, não interessa se vou abdicar dela pelo sonho dela, não me julguem, é o sonho dela e amar também é abdicar daqueles de quem mais amamos para eles serem felizes, mesmo que não seja conosco, nós só queremos que a pessoa que nós amamos seja feliz, da maneira que for, passando ou não por estarmos longe dessa pessoa, por fazermos parte ou não da vida dessa pessoa.
  A campainha tocou!

Eu te am...

  Christina Perri – Arms

  “You put your arms around me and I'm home”

  Rita POV
  A primeira reação que eu tive assim que ele me abriu a porta foi abraçá-lo o mais forte que consegui; neste momento, não importava se ele me tinha magoado ou não, só importava que ele estava ali me abraçando tão forte como eu o estava a abraçar a ele.
  Desabraçamo-nos e pude distinguir vozes na sala, ah não, Harry não tinha chamado toda a gente para se despedir, não é? Tinha.
  Conforme me aproximei da sala pude ver o rosto de todos e mais alguém desconhecido.
  - Ai de vocês que se comessem a despedir já, eu só me vou embora amanhã pessoal – disse tentando soar divertida.
  - Só você, criança. – Els disse sendo a primeira a dar-me um abraço.
  - Sou a maior eu sei – fiz-me de convencida.
  - Olhem lá ela se achando.
  - Calado Zayn, me deixa ser feliz – disse abraçando-o e depois todos os outros.
  - Esta é Kate, uma amiga – Nial apresentou a tal desconhecida e olhei-o como quem diz “amiga, chama-lhe amiga que eu chamo outra coisa”, mas fiquei calada.
  Tive o almoço mais estúpido da minha vida porque acho que Louis deve ter tomado um energético. O rapaz estava mais acelerado que o costume e ele já é bastante, então nem queiram imaginar, ficou assim durante boa parte da tarde e do jantar e só depois é que acalmou.
  - Perdeu a pilha, Tomlinson? – perguntei quando estávamos todos nos levantando a mesa – as meninas estavam, os rapazes estavam a ver-nos e a gozarem conosco por tudo e por nada.
  - Preciso de recarga, red bull talvez?
  - Nem sonhes Louis! Já vimos que tu ficas elétrico com esse líquido maligno!
  - Liquido maligno Els? – perguntei rindo.
  - Sim, ele está impossível Rita.
  - Coitado, ele precisa de libertar energia.
  - Coitada é de mim que o tenho de aturar – ela disse fazendo-se de coitadinha e eu saltei-lhe em cima a dar-lhe beijinhos e a dizer repetidas vezes “coitadinha da Els, tadinha dela, ownn Els, não fiques assim, tadinha de ti” e coisas chatas do género.
  - Ah mulher vai ter com o teu homem e deixa-me em paz.
  - Só por causa dessa eu vou e ficas aqui a lavar a loiça sozinha.
  - Obrigada pela parte que me toca – Kate, Pierre e Danielle disseram.
  - Estraga prazeres, podiam ter ficado caladas – disse dando língua e indo ter com o Harry puxando-o para o sofá da sala.
  Um ambiente tenso começou a surgir e eu não queria nada que isso acontecesse.
  - A que horas é o teu voo?
  - De manhã, às 10:45h.
  - Mas fica aqui hoje, né?
  - Se isso é um convite.
  - Claro que é.
  - Então eu fico e amanhã de manhã vou para lá cedo arrumar as últimas coisas e vou de táxi pro aeroporto.
  - Ok, depois eu e eles aparecemos lá para nos despedirmos, tudo bem?
  - Não é preciso, vai fazê-los acordar cedo só para se despedirem de mim?
  - Ele não vai nos fazer ir até lá, nós vamos porque queremos – Pierre.
  - Own, obrigada Pierre, e estão aqui as tuas roupas, obrigada – disse esticando-lhe o saco.
  - De nada, eu e Zayn vamos indo, até amanhã.
  - Até amanhã.
  Depois deles, Liam e Daniele, Niall e Kate também se foram dizendo que apareciam no outro dia lá em casa. Eu acho que isso ainda vai fazer com que tudo fique pior, com que custe mais a despedida, mas eu não podia simplesmente dizer “não vão porque eu não quero” não é? Afinal de contas eles eram uma parte importante da vida de Harry e faziam parte da minha também.
  Louis e Els subiram dando um tchau rápido e ficamos só eu e Harry no sofá da sala, ele puxou-me e ficamos deitados nos braços um do outro. É o que eu digo, este tipo de coisas só faz com que seja pior a despedida, nós estamos sempre juntos, foi tudo tão rápido, tão intenso, tão tudo junto, passamos do odio ao amor em questão de dias, e quando digo amor é amor mesmo. A nossa relação podia ser vista como o chamado amor de verão, as pessoas conhecem-se, apaixonam-se e no final do verão têm de se separar porque é mesmo assim, são apenas amores de verão, passageiros. Mas no nosso caso pareceu tudo ainda mais rápido, mais fugaz, e consequentemente mais intenso, foi tudo vivido ao segundo ao milésimo de segundo diria mesmo, vivemos, sentimos, fizemos mais coisas nestes dias que se calhar alguns casais vivem em semanas ou meses.
  - Vou sentir a tua falta – ele disse baixinho no meu ouvido.
  - E eu a tua, mais do que o que tu possas imaginar.
  Ele levantou a cabeça um pouco e olhou-me nos olhos.
  - Tu sabes que… - passou os dedos pela minha bochecha – que eu te am – calei-o o mais rápido que pude pondo a minha mão sobre a sua boca.
  Ele olhou-me sem entender e eu respondi á sua pergunta não feita.
  - Se o disseres amanha vai ser pior, vai custar mais, não o digas – disse já com a garganta apertada, as lágrimas ameaçavam sair a qualquer momento.
  Ele assentiu com a cabeça e pousou-a sobre o meu ombro novamente.
  Eu sabia o que ele iria dizer, também não sou burra, mas iria doer tanto, mas tanto amanhã, que eu prefiro que ele não o diga, não hoje, não agora, a horas de eu apanhar o meu avião de volta para Portugal, ditando o fim de tudo o que aconteceu aqui em Londres. Eu nunca mais o iria ver, mas também nunca o iria esquecer.
  Senti o meu ombro molhado e olhei para ele. COMO ASSIM ELE ESTAVA CHORANDO? Tentei me afastar, mas ele só me abraçou mais forte.
  - Harry… - chamei baixinho.
  - Shh… Só... Fica assim comigo… Por favor – ele disse com voz de choro que me cortou o coração em mil pedaços.

Amo-te

  Justin Timbarlake – Cry me a river

  “But you didn't know all the ways I loved you, no”

  Rita POV
  Ele estava chorando porque eu ia embora amanhã, nunca pensei que isto seria possível, e quando digo nunca, é mesmo nunca; é uma surpresa ver/senti-lo chorando, quanto mais por mim, por eu ir embora. É verdade que para mim também está me doendo bastante, sequer penso na possibilidade de ficar separada dele, mas sei lá, ele é homem, eu sei que é estupidez dizer isto e eu ainda estou a ser mais machista do que aqueles que dizem que “homens não choram” por ser eu, uma mulher a dizê-lo, mas… Caramba, é Harry Styles chorando por mim; por nós, daqui a menos de um dia, estarmos separados por 2 horas de avião. Dito assim nem parece muito, mas a realidade é que é imenso! Eu não sei como vou ser sem ele, nem como…
  - Harry nem parece o mesmo – Louis apareceu vindo do pó quase me matando de susto.
  Abri os olhos e vi que ele se tinha sentado com pernas de índio no tapete de frente para nós. Pelo canto do olho, vi que Harry tinha adormecido, mas mesmo assim continuei a passar a mão desde o seu cotovelo até à curva do seu pescoço.
  “Harry nem parece o mesmo”? Como assim? Isso é alguma indireta para mim? A dizer que eu o mudei? Isso é bom ou mau?
  - Sabe o que Harry me disse? – Louis perguntou e eu apenas balancei a cabeça num não. Depois de rir pelo nariz, ele começou: - Sabe, você pode não ter escolha, pode ter mesmo que voltar, isto para você são apenas férias de verão em Londres, nunca pensou em ficar aqui para estudar e eu entendo perfeitamente que você nem criou a hipótese de ficar aqui por mais tempo, mas… Harry está diferente, tão diferente, não pense que é para pior, porque não é. Você sabe a fama que ele tinha e ainda tem dentre as mulheres, mas eu realmente acredito que tudo isso é passado, graças a você; acho que aquela primeira patada que você deu nele foi como um despoletar de tudo. Ontem… Ontem ele foi ao meu quarto falar comigo depois de chegar da sua casa e desabafou sobre tudo, sabe? Todas aquelas pequenas coisas que aconteceram entre vocês e que o marcaram, me falou sobre o amor, e depois de muito falar, terminou dizendo que nunca amou nem vai amar ninguém como a ama. Então... Mesmo que toda a nossa história acabe num “foi apenas um amor de verão”, fica sabendo que ele mudou, cresceu, venceu coisas inimagináveis tudo porque te amou durante esse tal verão. Obrigado por ter feito o meu amigo a pessoa mais feliz do mundo durante este tempo. – Levantou-se, deu-me um beijo na testa e subiu as escadas.
  Então era isso mesmo? Ele me ama de verdade? Quer dizer… Ele há pouco queria me dizer isso e eu apenas não deixei, sabendo que só seria pior, mas eu, no fundo, tinha uma incerteza sobre aquilo, não tinha a certeza se era verdade ou não, ficava sempre aquela duvida, sempre… Mas agora, quer dizer, ele foi falar com o Louis, que é o seu melhor amigo, sobre mim, sobre nós, sobre o quanto me ama. E mais, Louis, acha que ele mudou por mim, porque me ama, e que ele lhe disse que nunca amou e nem amará ninguém como me ama. Isso é, no mínimo, tocante. Eu definitivamente tenho de deixar de impedir que ele me diga o que sente, eu deveria tê- lo deixado terminar o que ele queria dizer, e mais, eu deveria ter dito de volta: “Eu também te amo”, mas não, eu tinha de me achar esperta e impedi-lo de falar, não é? É! Mas e agora? Será que ele pensa que eu não o amo também? Será que ele acha que ele é apenas uma simples paixão, uma “curtição”, um pequeno amor de verão? Eu realmente não sei o que ele pensa, mas a verdade é que ele é muito mais que isso, é isso tudo junto a multiplicar pelo infinito ao quadrado!
  Não sei quanto tempo se passou, mas quando olhei para a TV marcavam 01:20, merda! Eu teria de levantar cedo amanhã para acabar de arrumar as coisas no meu apartamento!
  Me deu pena, mas tive de acordar Harry do seu sono de beleza, ele resmungou alguns coisas indecifráveis para qualquer humano com super audição, quanto mais para mim; subimos as escadas, tirei sua roupa: primeiro os tênis, depois a calça e por fim a camiseta, parecia que eu estava de novo cuidando do meu primo que tinha acabado de chegar bêbado em casa e não queria ser apanhado pelos pais, nem pelos meus, nem pelos dele. Cobri-o com o lençol e a colcha, despi-me, vesti o pijama e abracei-me a ele pela última noite da minha vida.
  - Te amo, princesa – eu ouvi e quando o olhei ele estava em pleno sono.
  Ele falou no sono, ele disse que me amava. É, eu agora tenho a certeza! Ele me ama!
  Acordei às 7:50 com o sol batendo na minha cara da forma mais incômoda de sempre. Por sorte ou azar, Harry não estava dormindo abraçado a mim, porque assim pude levantar-me sem problemas e ir embora, mas não sem antes deixar um bilhete e um presente.
  “Vemo-nos daqui a pouco na minha casa? Fui para lá para arrumar o resto das coisas. LY <3 da ainda tua princesa.”
  Eu não podia ficar me crucificando dentro daquela casa, simplesmente não podia. Dei um beijo na testa dele e saí com o maior cuidado do mundo.
  Assim que cheguei em minha casa comecei a tratar das coisas, tipo: banho, roupa, comer, entregar o carro alugado, voltar de táxi e começar a arrumar as últimas coisas.
  Ouço a campainha tocar e dou um pulo. Será que é ele? Definitivamente, é o mais provável, como é que eu vou olhar para ele sem chorar? Como? Como? Como? Eu simplesmente não sei!
  Fui em direção à porta e agarrei na maçaneta ganhando coragem para abrir. Respirei fundo e abri a porta.

Lágrimas

  One Direction – Summer Love

  “But we have to say goodbye”

  Rita POV
  Uma enxurrada de gente veio para cima de mim e nenhuma delas era ele. Todas as minhas amigas e amigos daqui vieram despedir-se de mim, a maioria eu tinha conhecido no curso ou nalgum bar do tipo “amigo do amigo do amigo do amigo do…”, mas eu amei!
  Ia chorando só com eles, mas tudo bem, não pensar em como seria se tivesse sido mesmo ele a entrar nesta porta.
  Em poucos segundos, depois de um moche á minha pessoa, e de verem que a casa estava arrumada começamos uma guerra de almofadas por vários minutos.
  - Willlllllllllll – gritei quando ele me acertou com uma almofada em que a pontinha bateu mesmo no meu olho
  - Estás bem? Desculpa, desculpa mesmo, oh meu deus, o que é que eu fui fazer? - A preocupação era tanta de eu não resisti e comecei a rir á gargalhada   Ele percebeu que eu tinha exagerado e fez cara de chateado enquanto todos nós riamos, Trisha só faltou rebolar no chão feito cadela de tanto que ria.
  Tim Tom – toque de campainha.
  Fui atender a porta ainda a gargalhar pela cara de amuado de Will e o meu mundo parou. Ele! Ele estava do outro lado da porta e os outros rapazes atras.
  Nem deu tempo dos mandar entrar, Harry já me tinha agarrado pela cintura num abraço de urso fazendo-me levantar do chão como se eu fosse uma autêntica pena. Senti-o a andar alguns passos e logo depois a parar e a pousar-me com cuidado no chão, olhando-me nos olhos.
  Ele debruçou-se sobre mim e beijou-me com carinho.
  - Tu sempre serás a minha princesa – ouch, senti uma almofada bem na minha cabeça
  ERICA! A mais sem noção do grupo bem na minha frente, eu a mato!
  - Corre, Erica! – disse e corri pela casa atras dela indo buscar uma almofada primeiro, quando a apanhei caímos redondas no chão e continuamos a nossa “briga” no chão mesmo.
  Cansamos e levantamos vendo todos eles em guerras de almofadas uns contra os outros. É eu ia mesmo ter saudades destes palhaços, apesar de um em especial. Olhei no relógio e eram 10:25, MERDA! O meu voo era ás 10:45 e eu nem tinha as coisas todas arrumadas ainda!
  Deixei todos na sala e fui ao quarto arrumar o resto das coisas, que nem eram assim tantas, eram só aquelas coisas que temos de usar ate á ultima, tipo desodorizante, carregador de telemóvel, pc e tal? Era só esse tipo de coisas.
  A porta fechou-se e eu pelo cheiro sabia que era ele. Sem dizer nada ele agarrou nas minhas mini colunas, coloco- as no chão junto da ficha, ligou-as e conectou-as ao iPod dele, o iPod que EU lhe dei, ele tinha uma foto nossa no oceanário como capa.
  Olhei-o nos olhos e a música começou:

  Can't believe you're packin your bags
  Tryin so hard not to cry
  Had the best time and now it's the worst time
  But we have to say goodbye

  Esta música encaixava-se tão bem neste momento, até assustava!

  Don't promise that you're gonna write

  Era a voz dele, eu poderia reconhecê-la em qualquer lugar, sempre! Espera… Esta é uma das músicas deles, do novo álbum! OMG

  Don't promise that you'll call
  Just promise that you won't forget we had it all
  Cause you were mine for the Summer
  Now we know its nearly over
  Feels like snow in September
  But I always will remember
  You were my Summer love
  You always will be my Summer love

  Os olhos dele tinham lágrimas retidas e os meus não estavam diferentes, parecia que cada palavra tinha sido escrita sobre nós.

  Wish that we could be alone now
  We could find some place to hide
  Make the last time just like the first time
  Push a button and rewind

  A nossa despedida seria muito pior com toda aquela gente lá em baixo a ver, do que seria agra, aqui, só nós dois neste quarto, isso era um facto. Obrigada por te teres lembrado de vir aqui, sério, Harry - agradeci mentalmente.   Eu queria poder gravar cada segundo que eu estive com ele para sempre na memória.

  Don't say the word that's on your lips
  Don't look at me that way
  Just promise you'll remember
  When the sky is grey

  Hoje seria a última vez que o veria, a última, não é tão estranho? Eu no fundo sei que nunca me vou esquecer dele, nunca mesmo. E muito menos das suas feições, dos seus olhos verdes, das suas covinhas perfeitas, das suas mãos grandes que me protegem ou… Protegiam.

  Cause you were mine for the Summer
  Now we know its nearly over
  Feels like snow in September
  But I always will remember
  You were my Summer love
  You always will be my Summer love

  Amor de verão! Amor de verão... É isso que nós somos, um amor de verão.

  please don't make this any harder
  We can't take this any further
  And I know there's nothin that I wanna change, change

  Tudo foi perfeito, da maneira que foi, da nossa maneira.

  Cause you were mine for the Summer
  Now we know its nearly over
  Feels like snow in September
  But I always will remember
  You were my Summer love
  You always will be my Summer love

  Eu também nunca me esqueceria dele, ele sempre seria o meu amor de verão, sempre.
  Ficamos uns minutos calados, apenas ouvindo a respiração um do outro com as testas coladas.
  - No fundo você sabe que eu te amo, certo? – ele perguntou, inseguro.
  - Sim e… eu também te amo Harry, muito – eu disse e ele puxou-me para um beijo.
  Uma lágrima escorreu pelo meu rosto e eu queria nunca sair daquele lugar, daquele segundo, daqueles braços, daqueles lábios, queria parar o tempo.
  - Não chores, não faças promessas, não tornes isto mais complicado – ele disse quase cantando fazendo-me lembrar da música.
  Assenti e acabei de arrumar tudo com a ajuda dele, era tão estranho vê-lo a arrumar as minhas coisas para eu ir embora depois de tudo. Descemos com as malas e todos estavam esparramados no sofá com ar de quem estava realmente cansado.
  Fiquei a olhar por uns segundos e depois disse: - Bem pessoal, é a minha hora   Depois disso um a um, todos me vieram abraçar, desejar boa sorte, dizer que me matavam se eu não aparecesse no skype, que iriam atras de mim com uma cobra cuspideira, entre outras coisas que variavam entre coisas fofas e ameaças de morte.
  Saímos todos da casa e estávamos todos no passeio á espera do senhorio, o ambiente era tenso. Quando ele chegou, o meu táxi também chegou e os rapazes aproveitaram para usarem os seus músculos lindinhos pondo as minhas malas na bagageira do táxi.
  Tudo pronto e arrumado para eu ir aquele momento constrangedor que ninguém sabe o que fazer acontece e eu sinto-me meia mal.
  - Aff, eu odeio despedidas pessoal, vou me enfiar no táxi e acabou – disse o mais descontraída que consegui dando uma risadinha no final.
  Dei mais um abraço rápido a todos e Harry ficou para o fim.
  - Abre isto quando estiver no avião, ok? – Eu assenti e guardei a caixa na minha mala.
  Agarrei-me a ele num abraço apertado e sussurrei:
  - Eu já não sou a tua princesa, nem tu és o meu sweetcurly, então… Por favor, segue em frente – estas foram provavelmente as palavras que eu disse que mais que custaram na vida, mas tiveram de ser ditas.
  - Vou tentar, mas eu sempre serei o teu sweetcurly – lágrimas e mais lágrimas corriam pelo meu rosto, dei-lhe um beijo na bochecha e corri para o táxi.
  - Aeroporto – disse assim que entrei já com os óculos postos.
  Olhei pela janela e dei um txau, eles ficariam para sempre no meu coração, principalmente ele!

  Já no avião…
  A caixa era dum tom roxo aveludada, com um laço preto em fita bem simples.   A primeira coisa que vejo é um bilhete.
  “You always be my princess, I always be your sweetcurly, I will love you forever. With love, Harry”
  Lágrimas, neste dia voces eram as minhas companheiras de viagem.
  Em baixo desse bilhete havia uma pequena corrente de ouro com o símbolo do infinito e as inscrições “My sweetcurly Harry Styles”.
  Em baixo uma foto com uma corrente muito parecida com a minha com as inscrições “My princess Rita Antunes” e era do pulso dele.
  Pus a corrente no pulso e prometi a mim mesma que não a tiraria.
  Lágrimas, lágrimas, lágrimas.

Epílogo - Reencontro

  Christina Perri – A thousand years

  “Darling don't be afraid I have loved you
  For a thousand years
  I'll love you for a thousand more”

  Rita POV
  Tinha de ser! Estou há três dias nesta cidade e já há alguém que decide bater na traseira do meu carro NOVO, ACABADO DE COMPRAR!
  Saiu do carro e bato a porta com força, demais até.
  - Por que é que você não andou? – o senhor começa
  - O quê? Sabe o que é uma passadeira? Dar passagem aos piões?
  - A senhora já tinha passado!
  - Não, não tinha!
  - Tinha sim!
  - Não tinha! Onde é que você comprou a sua carta de condução? No ebay, só pode!
  O senhor balançou a cabeça num “não” e fechou a mão num punho apertado batendo contra a sua outra mão.
  Oh não, era ele, aquela pulseira, igual á minha. Será?
  Olhei para ele de novo e parecia que ele também já me tinha reconhecido, ficamos nos encarando, como quem pergunta “Será mesmo ele/ela?”, mas a minha conclusão foi rápida, era ele.
  Aqueles olhos, aquelas covinhas, aquele cabelo, ele pode estar mais velho, com a barba maior, estilo de roupa um pouco mais adulto, mas continua ele, o mesmo Harry que eu conheci há cinco anos, quando estive de férias aqui em Londres.
  Tanta coisa mudou… Mudou o principal, eu tirei o meu curso e voltei porque consegui uma vaga aqui em Londres. Agora é para ficar, sem data de regresso. Eu iria construir a minha vida aqui e não iria querer voltar, não há nada que me prenda lá, por isso aceitei esta oportunidade assim que ela apareceu.
  Ele estendeu o pulso direito e nele eu consegui ver a inscrição que estava feita nela, aquele infinito… O mesmo infinito que estava no meu pulso, também direito, mas com uma inscrição diferente. Estendi também o meu braço para ele e ao fim de cinco anos abracei-o de novo.

FIM



Comentários da autora
Olá genteee :D Gostaria imenso de saber a vossa opinião à cerca da fic, se puderem deixem um comentário que eu ficarei agradecida. Kisses*