Jane Doe

Escrito por Anne R. | Revisado por Anne R.

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  Niall estava numa boate em Londres com todo o resto da One Direction, haviam chegado da turnê há pouco tempo, e resolveram comemorar o sucesso desta.
  - Niallzinho, vem dançar! - Zayn sentou do seu lado.
  - Zayn, você tá bêbado. Sai! - ele riu, empurrando o amigo.
  - Eu to bêbado, mas quem tá aí bebendo é você. - ele riu.
  - Deixa esse anti-social ai Zayn, vem comigo. - Liam chegou puxando o amigo.
  - Sai de mim! Eu curto mulher.
  - Curte a Perrie, isso sim.
  - E ela é uma mulher, imbecil.
  - E eu disse que não, anta? - Niall observava a "briga" dos dois e ria, mesmo sabendo que Liam estava sóbrio, uma vez que não podia beber.
  - Vai procurar a Danielle e me deixa com o meu amor. - Zayn disse, e jogou os braços pelo pescoço de Niall.
  - Isso porque você disse há menos de um minuto e meio que gostava de meninas.
  - E eu gosto! O Nialler é só meu passatempo, eu não pude resistir a essa beleza, e esse sotaque irlandês.
  - Oh, Deus. Eu fui trocado por uma perua maquiada! (N/A: deixando claro que eu não tenho nada contra a Perrie, é só uma brincadeira.)
  - Fiquem aí, que eu vou voltar pra minha namorada viu... - Liam saiu dando risada.
  - Desculpa Nialler, mas eu vou voltar pra pista, porque... Porque sim. - Zayn saiu, cambaleando.
  Niall estava sentado, porque a pista estava muito cheia e ele não suportava a ideia do calor.
  - Por favor, um Sex On The Beach. - uma menina e de olhos , pediu ao barman.
  Ele observou a menina por mais algum tempo, que vestia um vestido preto de paetê, e um salto alto preto.
  - Oi. - ele falou, sem saber o porquê de estar falando com uma estranha.
  - Oi. - ela respondeu animada.
  - Eu sou...
  - Eu sei quem você é, Niall Horan, sensação teen. - ele riu.
  O barman entregou a bebida da menina que se sentou.
  - Mas o que você tá fazendo aqui sentado?
  - Ah, é que eu e a banda viemos comemorar o sucesso da turnê, mas eu to bem cansado, e fora que tá um calor do cão lá no meio.
  - Tá mesmo, eu devo estar vermelha por causa do calor. - ela riu nasaladamente.
  - Tá meio corada só.
  - Ai que bom. Você é daqui? Desculpa a indelicadeza, mas, é que o seu sotaque é diferente.
  - Irlanda. - ele riu enquanto mexia no canudinho da bebida. - E você também não parece ser daqui...
  - Estados Unidos.
  - Que estado?
  - Oh, my gorgeus Arizona. - ela cantarolou a música da banda arizonense, The Maine.
  - Que cidade? A gente passou por lá, nessa última turnê.
  - Phoenix. Na verdade, nasci em Phoenix, mas moro em Nova York desde que me entendo por gente, o que já faz uns bons 18 anos.
  - E o que faz aqui em Londres?
  - Minha mãe precisou viajar a negócios, sabe... Ai ela teve que me trazer junto. Tipo uma mala.
  - Uma mala bonita. Muito bonita. - ele elogiou, e ela corou.
  - Obrigada. E você, não deveria visitar... Sei lá, seus pais?
  - Eles estão chegando amanhã, fica muito difícil voltar pra Irlanda sem saber quando eu vou ter que estar aqui pra algum compromisso.
  - Então você não deveria estar bebendo desse jeito.
  - Ah, eu sou forte pra bebida. E, você, sua mãe deve estar te esperando em algum lugar, então não deveria beber desse jeito também.
  - Ah... Minha mãe não liga muito, até porque, eu sou maior de idade e vacinada! - ela riu. - E, provavelmente, quando eu chegar em casa, ela já vai estar no décimo quinto sono, já que trabalhou o dia todo.
  - Você vai ficar aqui por muito tempo?
  - Não sei... Minha mãe pode chegar amanhã e falar "Vamos, a gente precisa pegar um avião e voltar agora pros Estados Unidos, o presidente precisa falar comigo!" - ela esganiçou a voz imitando a mãe, o que fez Niall rir até a barriga doer. - Não ri, eu tô falando sério!
  - Você é engraçada, gostei de você.
  - Quem sabe eu tenha gostado de você também. - ela disse de um jeito que fez Niall ter uma vontade incontrolável de beijá-la.
  - Quem sabe? - Niall chegou mais perto da menina, tão perto que seu nariz quase encostava no dela.
  - Quem sabe... Por que sabe, eu não costumo gostar de estranhos desse jeito.
  Ele riu, e a beijou. Um beijo calmo com gosto doce, graças ao Sex On The Beach, mas que com o tempo, foi ganhando intensidade, Niall a beijava, como se tivesse medo de que ela pudesse quebrar. Sem perceber Niall passou a mão pela coxa a menina, que parou o beijo.
  - Wow, wow, wow... Sinal vermelho mocinho. - ela riu.
  - Dois Sex On The Beach, por favor.
  - Não é me embebedando que você vai conseguir passar o sinal.
  - Eu não quero te embebedar. - ele riu. - Só gostei do gosto...
  - Sabe, você até que não beija mal. Pra um irlandês.
  - Como assim, "pra um irlandês"?
  - É que sabe... Os australianos tem o melhor beijo que eu já experimentei. - ela bebericou o Sex On The Beach.
  - Quer dizer que você já experimentou muitos beijos?
  - Nahhh. Meu ex-namorado era australiano.
  - E vocês terminaram...
  - Porque ele não sabia lidar com a distância. Eu morava nos Estados Unidos, e ele na Austrália, só que ele tinha vários ataques de ciúmes, eu não podia descer pra pegar o jornal que ele já dava a louca. Um dia ele ficou bravo, porque eu fui até a padaria sem avisar, pra não acordar ele, já que seriam 5 horas da manhã na Austrália, e ele ficou bravo. Ai a gente terminou.
  - Hmmm... Não gosto muito de gente ciumenta, acho que as pessoas tem que se adaptar as necessidades do outro.
  - Exatamente. Acho que agora gosto de você, garoto irlandês.
  E ele riu, e virou o drink. Olhou-a e ela sorriu. Ele sorriu de volta, e a beijou, Niall levou uma de suas mãos à cintura dela e a outra foi à nuca, enquanto ela deixou uma mão descansando no outro dele, e a outra acariciava sua nuca, só pararam de se beijar, quando os dois precisavam (bastante) de ar.
  Niall pediu duas cervejas para o barman.
  - Sabe... Eu nunca fui muito de gostar de cerveja, mas, depois que eu experimentei aquela Duff, dos Simpsons, eu comecei a gostar mais. E gosto de Stella também.
  - Stella é a melhor cerveja que já existiu, sério, de verdade.
  - Sim! Eu comecei a tomar, porque quando eu era um pouco mais nova, o All Time Low lançou uma música que se chamava Stella, e eu queria descobrir quem raios era Stella, quando eu descobri que Stella era algo, e era uma cerveja, quis experimentar. Aí eu viciei.
  - Toma sempre?
  - Na verdade, não. Normalmente tomo essas bebidas de menina mesmo. Tipo Sex On The Beach. Mas a minha preferida é Piña Collada. A melhor que eu já tomei, foi no Brasil, no ano novo passado.
  - Você já foi ao Brasil?
  - No ano novo passado. É bem louco, fui pra Paraty e Angra Dos Reis, que são dois lugares no Rio de Janeiro, tipo umas ilhas.
  - Sempre vejo tweets de fãs pedindo pra ir pra lá, mas nunca fomos.
  - Vão, sério. E quando forem, experimentem brigadeiro e guaraná. São as duas melhores coisas que eu já experimentei na vida.
  - Se é de comer, tô dentro.
  - Ouvi falar da sua fama. O loiro que come demais. - ela riu.
  - Conhece muito sobre a gente?
  - Na verdade, só por cima. Sei que você é come bastante e que tem uma queda pela Demi Lovato, sei que... - ela pensou - Harry tem uma queda pelas velhas, Liam é o Daddy Direction, Zayn é muçulmano e tem várias tatuagens, e que o Louis namora a El.
  - Você conhece Eleanor?
  - Sim! Ela é uma graça. Nos conhecemos há um tempo já, antes do Louis pedi-la em namoro.
  - Já foi em algum show nosso?
  - Não! Minha prima já quis me levar, mas eu não fui. E ela me mostrou três covers de vocês, que eu tenho que admitir, fiquei impressionada.
  - Quais? Sei que Torn é um.
  - Sim, Torn é um! Porque Torn é Torn, e a voz de vocês ficou legal. Os outros dois são, Stereo Hearts, que na verdade é só seu, - ela riu - eu fiquei um tempão tentando lembrar o nome da música, ai minha prima me mostrou o cover de vocês, e eu lembrei. E a outra é Use Somebody, Kings Of Leon é uma das minhas bandas preferidas, então, fiquei com vontade de escutar, e achei bom demais. E olha que eu sou bem exigente com covers das minhas bandas preferidas.
  - Eu adoro tocar Stereo Hearts. E Use Somebody é sempre Use Somebody.
  - Kings Of Leon, é sempre Kings Of Leon.
  - Sim. Sério, sempre quis ir a um show deles.
  - Eu já fui! Em dois. - ela riu.
  - Aonde?
  - Um nos Estados Unidos, e um aqui na Inglaterra.
  - Você vem muito pra cá?
  - Quase sempre. É minha segunda casa. Embora eu ame Nova York, é aqui em Londres que eu me sinto em casa. Gosto do frio. E sabem como dizem...
  - Home is where the heart is. - ele completou.
  - Oh Deus, você conhece McFly.
  - É claro né, eles nos ajudam.
  - Puts, esqueci! - ela riu, e ele a beijou.
  - Você é legal, Jane Doe. - ela riu.
  - Que horas são?
  - Quase cinco.
  - Tá, cinco e meia eu tenho que ir embora, sabe... O feitiço acaba. - eles riram. - Então, vamos beber!
  - Duvido que você consiga virar um shot de tequila.
  - Consigo virar dois.
  - John, - eles já chamavam o barman pelo nome - quatro shots de tequila, dois limões e sal.
  - Fraco. - ela riu, enquanto tirava os sapatos, botando no colo. - Meus pés estão me matando.
  - Aqui. - John colocou tudo na frente deles.
  - Arriba, abajo, al centro e... - os dois vivaram o primeiro shot, e fizeram careta. - Adentro.
  - Fez careta, mas me chamou de fraco quando pedi o sal e o limão!
  - Mas eu sou menina!
  - Tá, e isso tem a ver...
  - Babaca. - eles pegaram o próximo shot de tequila e viraram, ela bateu o copo na mesa e gritou: - EU GANHEI!
  - Mentira! Quem ganhou fui eu.
  - Eu.
  - Eu!
  - Então vamos mais uma vez. - ela praticamente ordenou. - John, mais um shot de tequila.
  John colocou na frente dos dois, dessa vez mais rápido, e falou:
  - Já.
  Ele bateu o copo na mesa enquanto ela terminava de virar.
  - Eu ganhei!
  - Eu tinha ganho a outra! - ela deu a língua, e ele deu um selinho nela.
  - Você tem que parar de me beijar do nada! - ela falou e os dois riram.
  - Ah. Acho que não.
  - Bom, tenho que ir.
  - Te levo até a porta, tenho que ir também. - os dois caminharam até a porta, e pagaram os vários shots de tequila, e os Sex On The Beaches.
  O sol já estava nascendo, mesmo às cinco e meia.
  - Quer que eu te leve em casa?
  - Nah, eu pego um taxi. - ela acenou pro primeiro táxi que passou na rua.
  - Tchau! - ele gritou, da porta da boate.
  - Tchau Niall. - ela entrou no táxi. - AH! - ela gritou, um pouco alta graças ao excesso de bedida e ele olhou. - Se você encontrar o McFly mais uma vez, diga ao que ele é a criatura mais gostosa que já habitou a Terra! - ele riu.
  - Pode deixar.
  Ela encostou a cabeça no vidro do táxi, e foi acordada pelo simpático taxista na porta do hotel.   Ele, quando chegou em casa, deitou na cama, e pensou na... Desconhecida. Porque raios, não havia perguntado o nome dela? Ele não iria descansar enquanto não descobrisse.
  Cansado demais para pensar muito, Niall dormiu, com a desconhecida na cabeça.

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  Na manhã seguinte, Niall acordou cedo, com dor de cabeça e foi até a cozinha atrás de uma aspirina e café, antes de pegar a aspirina, foi até a porta de casa, buscar o The Sun.
  Tomou uma aspirina, e encheu uma caneca de café, enquanto lia o jornal. Leu com atenção a parte política e econômica, ia passar direto a parte de fofocas, mas uma foto sua com a desconhecida chamou sua atenção.
  "Depois de muitas noites sem ser vista na noite Nova Iorquina ou mesmo na noite Londrina, Wintour (18), filha caçula da editora-chefe da Vogue Americana, Ana Wintour (62), foi flagrada saindo de uma boate no centro de Londres, às 5:30am acompanhada de, ninguém mais, ninguém menos que Niall Horan (18), nosso irlandês preferido e integrante da boyband One Direction, que voltou da turnê americana ontem. Será que teremos um novo casal? O quão fofo seria Wintour e Niall Horan? #TheSunApoia."

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   acordou com a cabeça explodindo, maldita foi a hora que inventou de tomar um milhão de Sex On The Beaches e cervejas.
  - Filha... - a mãe, que tinha idade para ser avó, de entrou no quarto.
  - Oi.
  - A gente volta pros Estados Unidos hoje, ok?
  - Aham. - riu, lembrando de quando falou a Niall que poderia ir embora a qualquer segundo.
  - A noite ontem foi boa né? - ela riu, embora sendo a megera sem coração na Vogue, Ana tratava a filha como se fosse uma avó.
  - Como você sabe?
  - Coluna de fofocas do The Sun. Você e Niall Horan saindo da boate.
   riu.
  - É, foi uma noite... No mínimo, interessante. - ela sorriu, lembrando da noite.