I will love you, baby

Escrito por Welene | Revisado por Natashia Kitamura

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  A noite estava nublada e chovia forte. As ruas estavam praticamente desertas a não ser por uma única pessoa que perambulava sem rumo. Não ligava para a chuva forte que caía, muito menos para o frio que estava sentindo. Nada poderia ser pior que a dor que ele estava sentindo. A dor de uma perda.
  Não. Ninguém havia morrido. Ele apenas perdera o amor da sua vida. Nada de mais, certo? 'Errado'. Perder alguém que ama, com quem compartilhou seus sentimentos, com que compartilhou os melhores momentos da vida podia ser considerado uma das piores coisa que já aconteu com ele. Nada poderia amenizar a dor que ele sentia. 'Nada'.
  Depois de muito caminhar, resolveu retornar à sua casa. Seus pés começavam a doer de tanto andar em círculos. Sem rumo.
  Sua vida havia perdido o rumo à partir do momento em que lhe deixou. Lembrava-se perfeitamente da carta que ela lhe deixara juntamente com uma foto.

  "Sei que você deve estar se perguntando o motivo de eu estar partindo. Não tem nada a ver com você. Eu só percebi que não sou a pessoa certa para você. Sei que algum dia você irá encontrar alguém que seja merecedora do seu amor. Mas esse alguém não sou eu. Não queria ter que fazer isso, mas é preciso. Você tem sua vida, seus amigos, sua banda...e eu sempre me sentia uma intrusa no meio disso tudo. Não queria atrapalhar você pois sei que tem suas responsabilidades. Não queria ser uma pedra no seu caminho. Por isso estou partindo. Mas quero que saiba que eu te amo e sempre te amei. Isso nunca vai mudar. Não importa a distância. Não importa se estamos juntos ou separados. Você não imagina o quão difícil foi tomar essa decisão, mas é melhor para mim. Melhor para você. Melhor para nós. Peço que não me procure. Isso só vai tornar as coisas ainda mais difíceis. Não se preocupe comigo, eu ficarei bem. Nós ficaremos bem. Siga sua vida, foque na sua carreira, realize seus sonhos mas nunca se esqueça de mim, assim como não me esquecerei de você. Estou deixando esta foto para que se lembre de mim. Foi a primeira foto que tiramos juntos, lembra? Você me disse que nunca iria me deixar e, olha só?! Sou eu que estou te deixando agora. Com o coração partido, é claro. Mas o que posso fazer se eu sinto que, estando com você, eu só irei atrapalhar? E eu não quero isso. Não quero atrapalhar sua vida, sua carreira. Principalmente agora. Agora que você se tornou, definitivamente, uma parte de mim. Perdoe-me por tudo o que fiz que não foi de seu agrado. Não era minha intenção. E, por favor, nunca se esqueça que eu te amo. Sempre.

   Xx"

  Cinco meses. Fazia cinco meses que ela havia partido. Cinco meses de solidão e sofrimento. não era mais o mesmo. Não brincava mais como fazia antes, não saía com seus amigos... Ele havia se tornado outra pessoa. O que o amor não é capaz de fazer? Com o amor, tudo fica mais colorido, mais radiante, mais vivo. E sem ele? Sem amor tudo fica escuro. Sem vida. E era assim que se sentia: Sem vida.
  A passos lentos, adentrou seu quarto deixando rastros de água por todo caminho. Caminhou até o banheiro e ligou o chuveiro. Nem vontade de tomar banho ele tinha. Ele não ligava em pegar um resfriado. Uma pneumonia, talvez? Não fazia diferença. Podia morrer ali e agora. Seria um favor que o destino lhe faria.
  Destino. Fora ele quem fez com que a vida de mudasse. Num dia ele era o cara mais feliz do mundo porque tinha ao seu lado. E no outro? Ele não tinha nada. Absolutamente nada. era tudo para ele e fora tirada de si com a mesma facilidade em que ela entrou em sua vida. Tudo por causa do maldito destino.
  Deixou que a água relaxasse seu corpo, não demorando mais do que vinte minutos debaixo d'água. Dirigiu-se para dentro de seu quarto e vestiu uma calça de moletom preta e uma camisa cinza. Retirou um maço de cigarros de dentro da gaveta da cômoda e direcionou-se para a janela de seu quarto.
  Observou o céu sem uma estrela sequer, completamente nublado. A lua, escondida por entre as nuvens. A chuva já havia diminuído. Retirou um cigarro de dentro do maço, acendeu e levou-o até os lábios dando uma tragada logo em seguida.
  Observou mais uma vez o céu e fez uma breve comparação consigo mesmo. Ele era como o céu nublado e era como as estrelas. Sem estrelas, o céu não tinha vida durante à noite, assim como sem .
  Depois de longos minutos apenas observando a chuva cair, caminhou até sua cama e se infiltrou no meio da colcha. Precisava dormir um pouco. Quem sabe as imagens de desviavam-se de sua mente? Mas... Quem ele estava querendo enganar? Era durante o sono que o sorriso angelical, os olhos e brilhantes, os cabelos de mais lhe assombravam. Não demorou mais que dez minutos para que caísse no sono.

  [...]

  - Merda! - praguejou ao ouvir o barulho estridente de seu celular. Abriu os olhos e constatou que já havia amanhecido. Levantou-se da cama e foi à procura do aparelho que ainda tocava. O encontrou em cima da cômoda. Bufou ao notar que era só o despertador.
  Arrastou-se até o banheiro para fazer a higiene matinal. A vontade dele era ficar o dia todo debaixo das cobertas, mas ele tinha deveres a serem cumpridos.
  Depois de feita a higiene, direcionou-se para a cozinha a fim de tomar café da manhã. Não encontrando nada de seu agradado, optou por ir ao Starbucks que havia perto de seu loft.
  Foi até seu quarto e trocou de roupa, vestindo uma calça jeans de lavagem escura, uma camisa preta e calçou seu Allstar branco. Não se preocupou com seu cabelo, como costumava fazer, apenas passou um pente a fim de colocar os fios no lugar. Pegou sua carteira, chaves do carro e celular em cima do criado e dirigiu-se para a saída do loft. Seu celular tocou e ele atendeu sem nem ver quem era.
  - ? - ouviu uma voz rouca e preocupada do outro lado da linha - Graças a Deus, onde você se meteu? Liguei para o seu celular umas vinte vezes e você não atendeu. - Era .
  - Ei! Calma, . Eu estou bem - rolou os olhos. Não entendia o motivo da preocupação de seus amigos. Ele já não era mais uma criança. Podia cuidar-se sozinho.
  - Não foi o que eu fiquei sabendo. - disse do outro lado da linha, o repreendendo. arqueou uma sobrancelha, mesmo o amigo não podendo ver. - Saiu fotos sua perambulando na chuva ontem à noite. Como se fosse um mendigo. O que deu em você? - sua voz era autoritária.
  - Se me ligou para me passar sermões, perdeu seu tempo. - bufou do outro lado da linha. - Eu estou bem, ok? Só saí para dar uma volta e quando me dei conta já havia escurecido e começado a chover.
  - Agora explica isso para o . Ele está prestes a explodir.
  - Depois eu resolvo isso. - tentava prestar o máximo de atenção possível no trânsito que por milagre estava calmo.
  - Tá... Tá. Qualquer coisa me liga.
  - Cada dia mais gay - debochou ouvindo resmungar xingamentos - Não se preocupa.
  Encerrou a ligação guardando o celular no bolso. Logo ele já estava dentro da Starbucks com o seu pedido à sua frente. Menos de dez minutos depois ele já havia terminado de tomar seu café expresso e comer os cookies que havia pedido.
  Levantou-se deixando uma quantidade de dinheiro sobre a mesa. Do lado de fora da Starbucks, avistou um pequeno parque não muito longe. Aproveitando-se de que aquela região estava pouco movimentada, resolveu dirigir-se a ele.
  Sentou-se debaixo de uma árvore. Costumava sentar-se ali com de vez em quando. Observou as poucas pessoas que ali estavam. Uma senhora sentada em um dos bancos alimentandos os pombos, uma menina que brincava com sua boneca e um casal de jovens sentados na grama e se abraçando. Lembrou-se da última vez em que fora ali com , poucos dias antes de ela deixá-lo. (N/a: Quem quiser, coloque a música para tocar)
  "Os dois estavam debaixo daquela mesma árvore. estava encostada no tronco da árvore enquanto acariciava o cabelo de , que estava deitado em seu colo. Eles apenas observavam as poucas pessoas que caminhavam, brincavam e conversavam espalhadas no local enquanto curtiam a presença um do outro. sentia-se completo ao lado de . Não precisava de palavras para dizer-lhe o que ele sentia. Apenas um único olhar entre ambos era capaz de aflorar todo sentimento dentro deles.

  This Romeo is bleeding
  (Este Romeu está sangrando)
  But you can't see his blood
  (Mas você não pode ver seu sangue)
  It's nothing but some feelings
  (Não é nada além de sentimentos)
  That this old dog kicked up
  (Que este velho sujeito abandonou)

  Não sabia há quanto tempo estavam ali. Nada mais importava. Podia ouvir a respiração calma dela.
  - ? - a chamou. Ele apenas virou sou rosto para encará-la nos olhos. - Posso te perguntar uma coisa? - ela sorriu, ainda acariciando o cabelo do rapaz.
  - Pode falar - sorriu meigo.
  - O que acha sobre a idéia de ter um filho? - Perguntou relutante.

  It's been raining since you left me
  (Tem chovido desde que você me deixou)
  Now I'm drowning in the flood
  (Agora estou me afogando na enchente)
  You see I've always been a fighter
  (Sabe, sempre fui um lutador)
  But without you I give up
  (Mas sem você, eu desisto)

  - Por que está me perguntando isso? - sentou-se e franziu o cenho.
  - É que... A me contou ontem que está grávida e bom, eu sempre sonhei em construir uma família - sorriu. pôde notar certa insegurança na voz de .
  - Eu também sempre quis construir uma família. Ainda mais com você - sorriu largo - Mas não acho que agora seria um bom momento. A banda está crescendo, tem muito shows e entrevistas... - o sorriso de murchou e ela desviou seu olhar. - Mas ó... - segurou no queixo da garota fazendo-a olhar em seus olhos – Nós podemos pensar nisso mais para frente. Quem sabe depois que nos casarmos? - sorriu. respirou fundo e concordou com um aceno de cabeça.

  I can't sing a love song
  (Não consigo cantar uma música de amor)
  Like the way it's meant to be
  (Do jeito que ela deveria ser cantada)
  Well I guess I'm not that good anymore
  (Bem, acho que não sou mais tão bom)
  But, babe, that's just me
  (Mas, querida, sou apenas eu)

   sentiu-se meio desconfortável com aquela conversa. É claro que ele queria formar uma família com . Era um de seus maiores desejos. Ter um filho com ela. Talvez dois. Arrependeu-se de ter dito que não era o momento certo. Afinal, não existe momento certo para a felicidade, amor, carinho...
  Selou os lábios nos de por breves segundos. Aquela sensação de formigamento lhe atingiu. Por mais gay que isso soasse ele não tinha vergonha de dizer que sentia "borboletas no estômago" a cada toque que recebia de . Isso só provava o quanto ele a amava. Voltou a deitar-se no colo da garota sentindo seus dedos delicados lhe acariciarem o rosto. Fechou os olhos para desfrutar da sensação proporcionada por ela.

  And I will love you, baby
  (E eu vou te amar, querida)
  Always
  (Sempre)
  And I'll be there, forever and a day
  (E estarei lá por toda a eternidade)
  Always
  (Sempre)
  I'll be there till the stars don't shine
  (Estarei lá até as estrelas não brilharem mais)
  Till the heavens burst and the words don't rhyme
  (Até os céus explodirem e as palavras não rimarem)
  I know when I die, you'll be on my mind
  (Sei que quando eu morrer, você estará em minha mente)
  And I love you, always
  (E eu te amo, sempre)

  - Eu te amo - sussurrou próximo ao ouvido de . Este sorriu largamente. Era bom ouvir tais palavras de . Ele sentia-se o homem mais feliz do mundo.
  - Eu te amo - disse baixo, ainda com os olhos fechados – Sempre."
   respirou fundo e sentiu uma lágrima escorrer por sua face. Era sempre a mesma coisa: toda vez que se lembrava dela, ele chorava. Chorava como se fosse uma garotinha. Tratou de secar seu rosto rapidamente. Não seria nada legal se alguém o visse ali, chorando.

  Now your pictures that you left behind
  (Agora as fotos que você deixou para trás)
  Are just memories of a different life
  (São apenas lembranças de uma vida diferente)
  Some that made us laugh
  (Algumas que nos fizeram rir)
  Some that made us cry
  (Algumas que nos fizeram chorar)
  One that made you have to say good bye
  (Uma que fez você ter de dizer adeus)

  Viu aquele mesmo casal que estava sentado na grama já de pé e brincando, como se fossem duas crianças. O rapaz, que deveria ter no máximo 25 anos, corria atrás da garota, que aparentava ter 20 anos. Os dois pareciam felizes. Assim como e eram. Lembrou-se do dia em que pedira em namoro.
  "Os dois haviam marcado de se encontrarem no parque. Caminhar, tomar sorvete, jogar conversa fora. Coisa de jovens apaixonados.
   havia pedido para comprar uma garrafa d'água e ele hesitou em ir. Fazia tudo para ela e por ela. Quando estava voltando para se encontrar com , que havia ficado o esperando sentando em um dos vários bancos do parque e a avistou, teve certeza de que não poderia mais adiar aquilo. Tinha que pedi-la em namoro. Queria mostrar para todos os seus amigos que ela era dele. Aproximou-se lentamente de . Ela estava linda. Oh sim... Muito linda. Usava um vestido verde esmeralda de alcinhas, realçando seus lindos olhos , e usava uma sapatilha branca. Seu cabelo, que vivia sempre preso, estava solto, com ondas caindo por seus ombros.
  - Água para a Mademoiselle - lhe estendeu uma garrafinha d'água, fazendo uma reverência e arrancando uma gargalhada da garota.
  - Muito obrigada Monsieur - reverenciou. sentou-se ao lado de e entrelaçou seus dedos. Respirou fundo. Era agora ou nunca.

  What I'd give to run my fingers through your hair
  (O que eu não daria para passar meus dedos pelos seus cabelos)
  To touch your lips, to hold you near
  (Para tocar seus lábios, te abraçar)
  When you say your prayers, try to understand
  (Quando você disser suas preces, tente entender)
  I've made mistakes, I'm just a man
  (Cometi erros, sou apenas um homem)

  - ... Namora comigo? - perguntou rápido, com medo da resposta de . Ela arregalou os olhos. Tinha sido pega de surpresa. Respirou fundo, com a resposta na ponta da língua. Esperava por aquilo há tempos.
  - Se você me pedisse mil vezes... Mil vezes eu diria sim - sorriu largo antes de puxar para um beijo calmo.
  Para , aquele fora um dos melhores dias de sua vida. Apenas uma única palavra foi capaz de mudar tudo.
  Lembrou-se, também, do dia que ele e havia brigado feio. Tudo por causa de fofocas de revista. Uma revista havia divulgado uma foto de abraçado a uma garota, que não era , com a legenda " e seu novo romance". havia ficada furiosa. Levou um tempo até consegui convencê-la de que tudo não passava de mentira. Que aquela foto havia sido tirada antes mesmo de eles se conhecerem. Ele já havia cometido vários erros, mas não seria capaz de traí-la. Não mesmo. Lembrou também de, algumas semanas depois de ter partido, a viu. E ela não estava sozinha. Tinha um cara, que ele se negou a olhar, com ela. Talvez este tenha sido o motivo de ela tê-lo deixado. Teria ela se apaixonado por outro? Seu coração partiu-se em milhões de pedacinhos ao vê-la com ele. Eles pareciam felizes juntos. Perguntava-se se eles se amavam. Assim como e .

  When he holds you close
  (Quando ele abraça você)
  When he pulls you near
  (Quando ele te puxa para perto dele)
  When he says the words
  (Quando ele diz as palavras que)
  You've been needing to hear
  (Você estava precisando ouvir)
  I wish I was him, cause those words are mine
  (Queria ser ele, porque aquelas palavras são minhas)
  To say to you till the end of time and
  (Para dizer a você até o fim dos tempos e)

  Livrou-se de seus pensamentos ao sentir seu celular vibrando em seu bolso. Era uma mensagem. De .
  "Reunião às 13:00. Não se atrase. Xx"
  Guardou o celular no bolso e se levantou. Limpou a pouca grama que havia grudado em sua calça e enfiou as mãos no bolso, indo em direção de onde seu carro estava.

  I will love you, baby
  (Eu vou te amar, querida)
  Always
  (Sempre)
  And I'll be there, forever and a day
  (E estarei lá, por toda eternidade)
  Always
  (Sempre)
  If you told me to cry for you, I could
  (Se você me dissesse para chorar por você, eu poderia)
  If you told me to die for you, I would
  (Se você me dissesse para morrer por você, eu morreria)
  Take a look at my face
  (Olhe para o meu rosto)
  There's no price I won't pay
  (Não há preço que eu não pague)
  To say these words to you
  (Para dizer estas palavras a você)

  Deu três passos. Apenas três e jurou que estava ficando louco. Jurou ter visto que ele queria ver a meses. Caminhou em passos largos até a garota que andava tranquilamente pelo parque. Era ela. Não tinha sombra de dúvidas. Soube apenas pelo perfume floral que sentiu ao se aproximar. Seu coração estava acelerado, sua respiração descompassada. Segurou devagar no braço da garota e a puxou de leve, fazendo-a virar-se para si. Deparou-se com um par de olhos , sem o brilho de antes. Seu rosto, de início, estampava confusão logo mudando para surpresa. Era ela.

  Well there ain't no luck in this loaded dice
  (Bom, não existe sorte nesses dados viciados)
  But babe if you give me just one more try
  (Mas querida, se você me der apenas mais uma chance)
  We can pack up our old dreams and our old lives
  (Nós podemos refazer nossos antigos sonhos e nossas antigas vidas)
  We'll find a place where the sun still shines and
  (Nós vamos encontrar um lugar onde o sol ainda brilha e)

  - ? - a garota esboçava surpresa e confusão.
  - ! - disse em tom baixo. Um sorriso discreto brincando no canto dos lábios.
  Era bom vê-la de novo. Ela estava ainda, mas bonita. Não mudara nada desde a última vez que a viu. A não ser por... Será possível? piscou os olhos várias vezes ao focá-los na saliência em seu ventre. Grávida. estava grávida. Lembrou-se da carta que ela havia deixado.
  "Nós ficaremos bem."
  "Agora que você se tornou, definitivamente, uma parte de mim."
  Logo após lembrou-se da expressão da garota quando disse que ter uma criança em suas vidas, no momento, não era o certo. Então era isso? Por isso ela o havia deixado?
  - Po-por que não me disse que...
  - Eu não queria te atrapalhar, . Você mesmo disse que um filho agora iria te atrapalhar - o interrompeu com lágrimas nos olhos, ja sabendo o que ele iria dizer.
  - Você não me atrapalha, . Nada que venha de você me atrapalha. - disse tentado conter a alegria que sentia dentro de si por finalmente poder vê-la de novo. E por ter tido uma ótima notícia.
  - Então... Por que você disse que... - não a deixou continuar, calando-a com o dedo indicador sobre seus lábios.
  - Se você soubesse o quanto me arrependi de ter dito aquilo. Foi tudo da boca para fora, . Eu sempre quis construir uma família com você. Eu só estava de cabeça quente no momento. - deixou que uma lágrima escapasse por seus olhos. a secou com o polegar e sorriu. Era hom ouvir aquilo dele. Podia ver em seus olhos que era verdade. - Me perdoa.

  I will love you, baby
  (Eu vou te amar, querida)
  Always
  (Sempre)
  And I'll be there, forever and a day
  (E estarei lá por toda eternidade)
  Always
  (Sempre)
  I'll be there till the stars don't shine
  (Estarei lá até as estrelas não brilharem mais)
  Till the heavens burst and the words don't rhyme
  (Até os céus explodirem e as palavras não rimarem)
  I know when I die, you'll be on my mind
  (Sei que quando eu morrer, você vai estar na minha mente)
  And I love you, always
  (E te amo, sempre)

   não respondeu. Apenas juntou seus lábios. Ela sentia falta dele. Sentia falta da sensação que sentia ao estar junto dele. E ele também. Sentia falta dela. Muita.
  Os dois se beijavam como se não houvesse o amanhã. Tentavam demonstrar a falta que sentiram um do outro. Paixão, amor, carinho, desejo, saudade. Vários sentimentos em um único beijo. Que não durou muito tempo, por falta de ar de ambos. acariciou o rosto de com a ponta dos dedos e ela fechou os olhos para apreciar a sensação.
  - Eu te amo . Muito. Me desculpa por ter te deixado, eu não queria.
  - Ei?! Está tudo bem. Foi bom termos nos afastado. Isso só contribuiu para eu perceber que é você mais ninguém que eu quero ao meu lado. - sorriu sincero e juntou seus lábios mais uma vez num selinho.
  - Eu te amo - sussurrou ao se afastar de e envolvê-lo num abraço. , por sua vez, apertou-a mais em seus braços. Como se temesse que ela fosse escapar e afagou seu cabelo. Sussurrando em seu ouvido palavras que, com toda certeza, ficaria para sempre. Palavras que transmitiam todo o sentimento da para com ele.
  - Eu te amo. - sorriu respirando o perfume floral que usava antes de continuar. – Sempre.

  Always
  (Sempre)

Fim