I Will Be Here, Dreaming

Escrito por Lígia Barros | Revisado por Cáa Pardine

Tamanho da fonte: |


CAPÍTULO 1

  Cara, o Arizona era REALMENTE quente. Chandler estava parecendo o inferno! Ou talvez pior. E definitivamente dirigir tanto não ajudou para o meu humor ficar bom.
  Onde estava aquela bosta de hotel? 7373 West Detroit Street. Era um Hilton, ele não podia estar invisível! Oh sim, lá estava ele. Eu achei que nunca fosse chegar até ele, mas consegui. Wow, ele era ENORME! O que mais eu poderia esperar? Aquele era um Hilton! Entreguei as chaves do carro para o vallet que, logo depois, levou meu carro para o estacionamento. As malas estavam no carrinho do hotel que estava pronto para ser empurrado pelo funcionário e me acompanhar para dentro do saguão.
  O calor do Arizona estava me fazendo ter uma miragem? Eu parei no meio do caminho, em direção ao saguão do hotel e segurei o braço do funcionário que estava ao meu lado.
  - Tem alguém saindo do saguão? - Eu não olhei para o homem ao meu lado. Eu estava olhando o garoto que descia as escadas do saguão, de cabeça abaixada. Os óculos escuros poderiam me enganar, mas o casaco não. Se eu não estava tendo uma miragem, estava no Hilton.
  - Tem sim, senhora. - Eu soltei o braço do homem, sorrindo. Que merda, não ia levantar a cabeça nunca? Comecei a andar rápido quando vi que estava indo para a direção oposta de onde eu estava chegando. Ele não iria me ver.
  - ! - Olhei para trás, procurando o dono da voz que havia chamado pelo nome do garoto. . Ele tinha me visto. Olhei para frente, na direção de e o vi caminhando na minha direção com um lindo sorriso no rosto. , porque tão lindo?
  Eu indiquei com a cabeça para que o funcionário levasse as malas para o saguão. deu alguns passos largos já que eu continuava parada, em choque. Eu estava com a sensação de que ele nunca iria me alcançar. Eu levei um susto quando senti a mão dele pegando na minha e me puxando para um abraço forte e... quente? Oh sim. Porque raios estava de casado no calor que era Chandler?
  - ... - Eu estava com os braços em volta do pescoço de e ele tinha suas mão na minha cintura. Ele murmurou algo quando chamei seu nome. - Porque você está de casaco?
  - Estava frio lá dentro. - me soltou e tirou o casaco, rindo. - Aqui fora está um inferno. Você está com vergonha de mim, ?
  - É claro que não! - É claro que eu estava. Quando se aproximou, eu simplesmente não consegui mais olhá-lo. Meu sorriso tinha desaparecido e minhas bochechas estavam vermelhas. pareceu achar aquilo divertido - Eu tenho que fazer o check-in.
  Passei por e fui em direção à porta do hotel, que levava ao saguão. Eu podia escutar os passos de atrás de mim. Oh, céus, porque eu tinha aceitado o convite dele? Claro, era o pedido do . Eu nunca poderia recusar. Nunca mesmo. Recebi um beijo na bochecha, de surpresa, quando me apoiei no balcão da recepcionista do hotel. Virei o rosto e sorria para mim. Sorri envergonhada e abaixei a cabeça. Eu não conseguia olhar para ele! O que eu estava fazendo?
  - Você ESTÁ com vergonha de mim! ! Olha pra mim! - gargalhava e eu pude sentir minhas bochechas esquentarem rapidamente. Entreguei minha identidade para a recepcionista e virei meu corpo na direção de .
  - Eu só não esperava te ver hoje. Eu... não estava, hm...preparada. - fez uma careta fofa, como se quisesse me fazer relaxar. Não conseguiu. - Esse saguão é enorme, bem legal. Mal posso esperar para ver o quarto.
  - Nem eu. - Me arrepiei com o comentário que ele fez, ao pé do ouvido enquanto eu pegava a chave do quarto. Tudo bem, aquilo estava ficando estranho. Eu visitaria mais cedo ou mais tarde, isso nunca foi uma dúvida. Nós éramos tão amigos! Talvez até demais, porque um dia eu acabei falando coisas que talvez eu não devesse ter falado. Coisas do tipo “te pegaria fácil”. Óbvio que não ia deixar aquilo passar em branco. Não, de jeito nenhum.

CAPÍTULO 2

  Eu não sabia o que tinha acontecido com Trevor. E aquilo não me importava. Eu estava com medo do que poderia ter na cabeça. Isso sim importava. Um funcionário do hotel, que carregava minhas malas, se juntou a nós quando entramos no elevador. Kyle pareceu não gostar nada daquilo. Eu? Sorri, aliviada.
  Terceiro andar, quarto 303. Passei a chave eletrônica e ouvi um 'click' que indicava que a porta estava destrancada. O funcionário abriu a porta e esperou que eu e entrássemos no quarto para finalmente entrar e colocar as malas no meio da pequena 'sala'. Dei uma boa gorjeta a ele que logo se retirou com o carrinho de malas. Comecei a reparar no lugar que era extremamente aconchegante. Cores neutras contrastando com a madeira escura, ar-condicionado perfeito que chegava a deixar o ambiente frio. me encarava e eu estava começando a ficar desconfortável.
  - Você pode parar de me encarar? – Me virei para , que estava do outro lado da sala, sorrindo.
  - Não. Eu não posso acreditar que você está aqui. – Eu não pude evitar de sorrir abertamente enquanto aquele lindo garoto se aproximava de mim.
  - Nem eu. No melhor hotel, com a melhor segurança de Chandler. – revirou os olhos, chegando muito próximo de mim.
  - Você sabe que eu não estou falando do hotel, .
  - Eu sei. Eu só estava brincando. – Eu o olhei fixamente, pela primeira vez em todos aqueles minutos que estávamos juntos. De repente, em um ato impensado, eu o abracei forte. Simplesmente me joguei nos braços de , botando meus braços em volta do seu pescoço. – É tão bom finalmente te conhecer, .
  - Eu digo o mesmo. É incrível poder te conhecer, . – Ele beijou minha bochecha. tinha beijado minha bochecha. Isso não seria um problema se ele não fosse um dos meus melhores amigos e eu não tivesse uma queda enorme por ele. – Antes que você pergunte, esqueça os caras, eles não vão aparecer hoje. E eu estou de folga.
  - Como você sabia...?
  - Eu te conheço, por incrível que pareça. – Nós rimos baixinho e eu me afastei de . Antes que eu pudesse ficar longe o suficiente, ele pegou na minha mão e não deixou que nossos corpos se afastassem. – Você é linda.
  - Obrigada. Você também não é nada mal. – Eu estava ficando vermelha e nervosa. não brincava, ele falava sério. O garoto colocou uma mão em minha cintura e entrelaçou os dedos da outra nos meus cabelos. A mão que estava na minha cintura me puxava mais ainda contra o seu corpo. Ele começou a fazer cafuné em mim e eu simplesmente não consegui não fechar os olhos. Era tão bom! Eu sabia o que ele estava fazendo, mas esqueci completamente o meu estúpido pensamento que eu não poderia ter nada com ele. Oh não! realmente queria que eu perdesse o controle quando puxou de leve meu cabelo, fazendo minha cabeça pender para trás e começou a dar leves beijos no meu pescoço. Eu reprimi um gemido, mas minha mão foi direto à nuca de enquanto eu sentia seus beijos subindo pelo meu maxilar.
  - Porque você está fugindo de mim, ? – sussurrou no meu ouvido e aí sim. Eu gemi baixinho. Ele tinha mordido meu lóbulo da orelha – Você quer, não quer?
  De onde eu tirei coragem para puxar e o beijar? Eu não sei, eu só o fiz. Mas mal pude sentir a textura dos lábios de , porque ele logo se afastou, me deixando extremamente confusa. Ele sorria de um jeito que eu só tinha visto quando eu disse que ficaria com ele. Era um sorriso malicioso. queria algo mais. Eu retribui o sorriso, afinal eu queria aquilo e não tinha nada a perder. Minha amizade com nunca mudaria e disso eu tinha certeza. É claro que não estava nos meus planos fazer aquilo no primeiro dia, mas eu não tinha tempo a perder se eu realmente quisesse. Uma semana em Chandler era o que eu tinha antes de partir e continuar o meu roteiro pelos Estados Unidos.
  - O que você está esperando? – deu uma risada ao me ouvir e meu beijou com força. Oh sim. Finalmente. Finalmente eu pude sentir a textura dos lábios que, inconscientemente, eu queria tanto. Andei um pouco para trás, puxando pela camiseta até que ficássemos na frente do sofá. Empurrei sentado no sofá e passei uma perna de cada lado do corpo dele, me sentando em seu colo. As coisas iam esquentar. Com certeza.
   nunca ficaria em desvantagem e rapidamente colocou a mão dentro da minha blusa, apertando minha cintura. Ao mesmo tempo em que subia suas mãos por dentro da camiseta, seus beijos desciam pelo meu pescoço. Joguei minha cabeça para trás, dando mais liberdade para . Talvez eu tenha dado demais porque ele, rapidamente, tirou minha camiseta e a jogou longe em algum lugar do quarto. Entrelacei meus dedos no cabelo de e o puxei com força. Ele gemeu. Nós não conseguíamos nos desgrudar. Eu mal podia acreditar que estávamos realmente fazendo aquilo! Tirei a camiseta de , partindo o beijo e parei para olhá-lo. Ele era gato! Arranhei o peitoral e fui descendo até sua barriga. Cheguei no cós de sua calça de comecei a tirar o cinto que apertava a calça que vestia.
  - ... – estava imaginando demais então eu me afastei. abriu os olhos e me viu levantar, tentando tirar minha calça jeans de alguma maneira sexy. Não devia estar funcionando, porque ele riu.
  Ele terminou de abrir sua calça enquanto a minha deslizava pelas minhas pernas, indo até o chão. Sem a calça e ainda sentado no sofá, Kyle me chamou com o dedo. Sentei em seu colo, de frente para ele. Fechei os olhos quando forçou meu quadril contra o seu. O volume que pressionava minha intimidade era enorme. Alguém estava bastante animado. Em alguns segundos me vi deitada no sofá e minha lingerie jogada no chão. Obviamente que continuaria a me provocar. Ele nunca me deixaria sem ser totalmente torturada e sem que eu implorasse para que ele entrasse em mim de uma vez.
  - ...

  - ...- O garoto descia seus beijos até meus seios e suas mãos me provocavam, passando do joelho até a minha virilha. Nada de encostar em mim. Merda. - Pelo amor de Deus...
  E então ele parou de me torturar. Parou de me torturar e finalmente se encaixou em mim, lentamente. Eu gemi em alívio de senti-lo. Oh, Deus, como era bom!
   começou a se movimentar mais rápido e botava cada vez mais força em seus movimentos. Eu não sabia se puxava seus cabelos ou arranhava seus ombros e costas. me beijava e me torturava de vez em quando, diminuindo a velocidade de seus movimentos.
  Ele me fazia pedir. Pedir não, implorar. O que era extremamente dificil, já que eu estava praticamente explodindo de prazer e mal conseguia lembrar meu nome. Mas não demorou muito mais do que alguns pedidos para que chegássemos ao orgasmo juntos. Eu estava acabada. se ajeitou ao meu lado no sofá e me olhou. Eu fiquei vermelha e ele gargalhou.
  - Você realmente está com vergonha, depois de tudo isso que fizemos? - virou meu rosto para que eu o olhasse. De repente, me puxou e beijou meus lábios. Quando nos separamos eu ainda estava vermelha.
  - Você estava me encarando. É constrangedor. - Eu dei uma risada timida e encostei minha cabeça no peito de .
  - Sabe quando tempo eu esperei por isso? - Eu, que estava de olhos fechados e sorrindo, levantei a cabeça e olhei fixamente para . - Muito tempo.
  - Então vamos aproveitar essa semana. - Sorri maliciosa e entendeu o recado.
  Oh sim, nós íamos aproveitar MUITO bem aquela semana. E eu ficaria ali com ele. Sonhando.

FIM!



Comentários da autora