It will never change me and you
Escrito por Julia Kao | Revisado por Natashia Kitamura
Parte da Promoção de Natal 2014
As portas do armário estavam abertas e as gavetas, escancaradas. O quarto da garota estava uma zona, com roupas para todos os lados, sapatos fora das caixas e a maquiagem toda espalhada sobre a escrivaninha.
Já fazia quase uma hora que começara a “se arrumar” – embora esse não fosse o termo correto, já que ela não estava nem metade de estar pronta – para o encontro.
Ela nem acreditava. Finalmente teria um encontro com ele.
Há quanto tempo ela vinha sonhando por esse dia? Talvez desde o momento em que seus olhos se encontraram com os olhos dele, nos corredores do colégio. E quando ele abriu aquele sorriso perfeito…
Ai meu Deus, para de pensar nele! Você ainda tem que se vestir, sua lerda! Tá parecendo uma garotinha de 15 anos indo pro primeiro encontro!
Não que fosse muito diferente ter 20 anos, embora devesse. Ela sabia que já deveria não estar tão ansiosa assim – já se iludira muitas vezes antes –, mas não conseguia, continuava nervosa do mesmo jeito.
Além disso, ele foi a paixãozinha platônica dela do colegial. Era alguém importante. Ela até chegava a pensar que ele fora seu primeiro amor. Talvez ainda fosse.
Fazer o quê, se ele só a chamara para sair agora, depois de dois anos de formados? Ele disse que também gostava dela, no dia da formatura.
Olhou-se no espelho, em dúvida. Queria vestir algo vermelho – suas amigas viviam dizendo que ela ficava ótima nessa cor –, afinal era noite de Natal, e não havia cor melhor para esse dia.
E não havia noite melhor para um encontro.
Trocou de roupa mais umas duas vezes, até decidir-se pelo vestido vermelho. Colocou uma meia-calça cor de pele – para protege-la do frio –, passou a maquiagem – escolheu um batom também vermelho, que combinaria com sua roupa –, calçou uma bota – preferiu não arriscar num salto, afinal sabia que não possuía tanta habilidade em andar em sapatos de salto alto e não queria correr riscos de cair na frente dele – e pegou a bolsa e o casaco.
- Você vai sair vestida assim? – foi o comentário de sua mãe, assim que a viu.
A mulher não gostava daquele tipo de vestido, dizia que era muito escandaloso – por ser vermelho –, mas a garota não a ouviu, já que a mãe parecia ter uma aversão a qualquer roupa de cor mais berrante.
- Ele já chegou. – seu pai comentou, olhando pela janela. Sentiu o coração dar uma cambalhota dentro do peito.
Ai meu Deus.
- Cuide-se, hein? Pegou dinheiro? E a carteira? Está com os documentos? Não esqueça de ligar, hein?
- Sim, peguei tudo! – ela riu. Sua mãe, sempre sendo sua mãe.
- Ok, vá com cuidado, hein? – a mulher a abraçou.
- Se esse menino tentar alguma coisa com você, vou quebrar o braço dele! – o pai disse, mas sabia que era brincadeira. Seu pai não era capaz de nem matar uma mosca.
- Bem, estou indo! – beijou os pais no rosto, vestiu o casaco e saiu.
Não conseguiu ouvir a lamentação do pai sobre “como ela cresceu rápido” e da mãe de “como ela já não era mais aquela garotinha inocente”.
Quando o viu parado encostado no carro, achou que teria um ataque do coração, de tão rápido que ele começou a bater. também a viu, e o sorriso que ele abriu… Jesus!
Foi andando em direção a ele, com cuidado e passos firmes. “Não caia, não caia, não caia…”, pensava consigo mesma.
Será que me atrasei muito? Será que meu cabelo tá bom? Ai, droga, deveria ter pegado um vestido menos chamativo! Acho que exagerei na maquiagem... Ai, será que esse perfume tá muito forte?
Será que ele gosta de mim o tanto que gosto dele?
Eram algumas das dúvidas que rodavam na cabeça da garota.
- Oi! – ele disse rapidamente, após jogar a bituca do cigarro que fumava no chão e pisando-lhe encima para que apagasse. Deu-lhe um beijo no rosto, antes mesmo dela ter qualquer tempo de reagir.
- Oi… – ela sorriu nervosa para ele. – Não sabia que você fumava...
- Só fumo quando estou nervoso! – o coração dela deu mais uma flutuada. Ai meu Deus, ele também estava nervoso! – Er... Você está linda! – ela não sabia se foi um elogio sincero, mas acreditava que sim.
- Obrigada! Você também está… – o garoto vestia uma camisa branca simples por baixo do grosso casaco, um cachecol, calça social preta e botas. Ela segurou um suspiro.
Sentia os pais olhando-os da janela.
- Hm… Vamos? – perguntou, inclinando a cabeça em direção ao carro.
- Ah, queria falar com os seus pais… Trouxe um presente de Natal! Minha mãe mandou. – ela riu do comentário do garoto.
- Pode me entregar que depois dou a eles.
- Ok! – ele respondeu e abriu a porta do carona. – Senhorita. – fez reverência, fazendo-a rir novamente.
- Obrigada. – ela agradeceu, empinando o nariz e entrando no carro, como se fosse alguém muito importante.
Bem, para ele, ela era alguém muito importante.
Não conversaram muito, já que estavam bastante nervosos. De tempos em tempos, trocavam olhares tímidos e sorriam para o outro. Ele praticamente estrangulava o volante, as mãos suando.
Ela sempre o deixava nervoso. Mas era um nervoso bom.
Apesar de estar frio, ela abaixara a janela. Gostava de sentir o vento no cabelo. Ele se sentia hipnotizado pelo brilho da lua que reluzia nos cabelos da menina.
Ela perguntou para onde eles estavam indo.
- Segredo. – foi a resposta misteriosa do garoto. Ela deu umas bufadas.
- , pare de bancar o misterioso! – reclamou, fazendo-o rir.
- Bem, não vou te contar.
- Qual é!
- Relaxa, , você vai gostar. Confia em mim.
Ela tentou mais algumas vezes, mas nada. Bufou novamente, mas resolveu deixa-lo em paz.
Quando chegaram ao local, o garoto deu uma brecada tão violenta que eles foram jogados um pouco para a frente.
- Ops! Foi mal. – ele disse, mas ela nem o ouviu, já que ria.
Ele adorava a risada dela.
abriu a porta.
- Não, peraí! – o garoto saiu do carro de um salto, deu a volta no mesmo e abriu a porta do carona. – Senhorita. – fez a reverencia novamente.
- Nossa, como você está cavalheiro! – ela disse entre risadas, saindo do automóvel.
- Eu sempre sou cavalheiro. – ele respondeu, fazendo-a rolar os olhos.
A garota notou que estavam na entrada do Hyde Park. Ele estava todo decorado, suas árvores com luzinhas penduradas. Parecia que havia um evento acontecendo ali dentro.
Pendurou-se nos braços do garoto, surpreendendo-o.
- Sorria! – ela gritou e ele a obedeceu, mesmo não sabendo o porquê. Ela tirou uma selfie deles, juntos. – Ficou bom! – comentou, olhando o telefone. Ele olhou para ela com uma sobrancelha arqueada. – Não é todo dia que tenho um garoto bonito me acompanhando. Preciso aproveitar! – ela disse.
Ele jogou a cabeça para trás, rindo.
Foram andando calmamente, conversando e admirando o parque. Sempre de braços dados.
No centro do parque, fizeram uma espécie de parquet de diversões, com brinquedos radicais, barracas de jogos e, claro, guloseimas.
Compraram pipoca, refrigerante, cachorro-quente… Ela se lambuzou toda com o ketchup. Ele riu e limpou a sujeira em sua bochecha com o polegar. Ela morreu de vergonha, queria se esconder, mas ele gostava do jeito espontâneo dela.
- Ei, por que não vamos patinar um pouco? – ele propos. Ela aceitou de prontidão.
Ele fez os nós dos patins de patinação dela, enquanto ela sentia seus rostos ficarem quentes, só de sentir as mãos dele segurando sua perna delicadamente.
Ai meu Deus.
Patinaram um pouco, ele a ajudando – já que ela, confessando pouco depois, raramente patinava –, segurando em suas mãos.
- Mantenha as pernas separadas. – ele dizia, conduzindo-a.
- Mas assim, eu vou cair! – ela exclamava, olhando para os joelhos juntos.
- Relaxa, se você cair, eu te seguro! Vai, coragem!
Ela o olhou desconfiada, mas afastou as pernas da outra, empinando a bunda.
- Não precisa empinar a bunda! – ele ria.
- Eu sei! Mas você acha que eu consigo?! – disse, tentando ficar ereta.
Quando conseguiu, ele soltou suas mãos com cuidado e foi para trás, afastando-se dela.
- AI MEU DEUS, EU TO PATINANDO!! – ela exclamava, maravilhada. Ele riu de sua animação de menininha.
Ela se locomoveu alguns metros, até desequilibrar-se e ficar indo e voltando, como um pêndulo, não sabendo se caia pra frente ou para trás.
- ! – ele gritou, mas foi tarde demais. Ela caiu com a cara no gelo. Seu nariz começou a sangrar. Ele a ajudou a se levantar.
- Ai! – ela reclamou, sentindo o nariz dolorido e vendo o sangue escorrer por entre seus dedos. – Ai, vai pingar na minha roupa!
- Acho que você não precisa se preocupar com isso. – ele respondeu, rindo de leve. Seu vestido era tão vermelho... – Bem, acho que chega de patinação por hoje, né. – comentou, guiando-a para fora da pista. As pessoas olhavam, preocupadas e algumas crianças riam do tombo.
- AI! – ela reclamou quando ele pousou o gelo, enrolado em seu cachecol, delicadamente sobre seu nariz.
Ficaram parados por alguns minutos, até o sangue estancar.
- Acho que agora você quer ir embora, né... – ele disse, meio desanimado.
- Não! Vamos aproveitar! A noite é uma criança!
- Sério?
- Sim! – ela se levantou do banco num salto. – Quero aproveitar essa noite ao máximo, para nunca esquecê-la! Não quero me arrepender de não tê-la aproveitado o suficiente!
Ele sorriu e levantou-se também.
- Bem, o que faremos agora?
- Que tal irmos naquele brinquedo? – ela apontou. O brinquedo girava incrivelmente rápido, em círculos.
- Vamos!
De fato, o brinquedo girava rápido. Tão rápido que não aguentou e teve de pedir para descer e vomitar no lixo mais próximo que encontrou.
- Está melhor? – ela perguntou, alisando as costas do garoto.
- Acho que sim... – ele arfava. – Acho que o cachorro-quente não me fez bem... – ela riu. – Do que você tá rindo?
- Não estamos tendo muita sorte essa noite, né? Você vomitando e eu quase quebrando o nariz...
- ... Você quer ir embora...?
- Não! Quem disse que eu quero?! Por um acaso você quer?
- Não! Eu não quis dizer isso!
- Então para de falar que eu quero ir embora! Eu não quero!
- Me desculpe...
- Por que você tá pedindo desculpas?
- Porque te deixei brava...
- Deixa de besteira! Se você continuar com esse papo, aí sim vou ficar brava! Agora limpa esse rosto! – ela limpou a boca dele com um guardanapo e estendeu-lhe um chiclete. Ele olhou confuso a ela. – De menta, pra tirar esse hálito de fosso! Pode ficar com tudo, acho que você vai precisar!
Ele riu e aceitou o doce.
Resolveram afastar-se dali – já haviam passado por muitos perigos – e continuaram a andar pelo parque, pisando na grama verde.
Como ventava bastante – provavelmente começaria a nevar logo –, tirou o cachecol do pescoço e o enrolou no de . Ela sorriu agradecida a ele.
Conversaram sobre coisas simples, compartilharam gostos e sonhos. Suas mãos estavam entrelaçadas.
Após andarem mais um pouco, viram que algumas pessoas dançavam sobre a grama, ao som de músicas natalinas.
- Nunca pensei em dançar valsa ouvindo Jingle Bells. – ela riu.
- Eu também não! – ele a acompanhou. Assistiram por alguns minutos, em silêncio. – Noite de Natal é demais, não é?
- Sim! Amo o Natal. Minha data festiva favorita. Não gosto do Ano Novo... Tenho dificuldade com despedidas. – ele riu de leve.
- Ei... Quer dançar?
- Claro! – ela sorriu largamente.
Divertiram-se, riram – inventaram os passos mais inusitados – e dançaram até sentirem seus pés doerem. Ela sabia que deveria ter pego um sapato mais amaciado, sentia as bolhas se formando em seus pés.
Voltaram a andar pelo parque, até que não conseguissem mais ouvir a música e as risadas das pessoas.
Encontraram um lugar tranquilo, com quase ninguém por perto e deitaram-se sobre seus casacos.
Ficaram olhando o céu coberto de nuvens, a lua iluminando suas peles. Iria chover a qualquer momento. Algo bem normal em Londres.
- Nem acredito que tô aqui com você. – ela disse, tentando encontrar uma estrela no céu.
- É mesmo? Por quê?
- Bem, porque demorou quatro anos para você me dizer que também gostava de mim. E mais dois pra me chamar pra sair. – ele riu.
- É... Desculpa.
- Por isso parece que tô sonhando! Na verdade... É um sonho se realizando.
Ele sorriu largamente.
- Sim. – ficaram em silêncio. Ele pôs a mão sobre a dela. Entrelaçaram os dedos.
- ...Você vai embora amanhã, né? – ela perguntou.
- Sim.
Ela sentiu um gosto amargo na boca.
- Entendo.
Ficaram em silêncio novamente.
Ele virou o rosto para ela. fez o mesmo.
Sem dizer nada, ele se aproximou e a beijou delicadamente e rapidamente. O corpo dela reagiu na hora, parecia que uma corrente elétrica ativou todas as suas terminações nervosas.
Aprofundaram o beijo.
- ...Hm, está melhor do que dois anos atrás... – ela murmurou, sentindo a boca formigando.
Ele riu alto.
- Bem, tive alguns anos para aperfeiçoar, né?
- É, acho que o treino foi bom. – riram e voltaram a se beijar.
- ...Você tem hora para voltar?
- Bem, preciso voltar antes das 7 da manhã... Antes que meus pais acordem. – ela respondeu.
- Hm... Sabe, estou hospedado num hotel aqui perto...
Novamente, o coração dela voltou a dar cambalhotas. Ai meu Deus.
- Hm...
- O que você acha...?
- Pode ser... – ela sentia o rosto pegando fogo.
Ele deu-lhe um último selinho e se pôs de pé. Estendeu-lhe a mão e a ajudou a se levantar.
Voltaram para onde ele estacionara o carro, abraçados, compartilhando o casaco dele.
O hotel ficava a 5 minutos do parque, de carro.
Quando chegaram, notou que já passava da meia noite. Como a noite passou tão rápido? Eles haviam se encontrado às 7!
- Boa noite! – cumprimentou o porteiro e os recepcionistas, que responderam polidamente.
A garota sentiu-se envergonhada. Ai meu Deus. Eles sabiam o que iria acontecer.
- Que vergonha! voltando com uma garota e indo para o quarto em que estava hospedado...
O que foi? – ele perguntou, notando o súbito silêncio da garota. Ela lhe contou suas aflições, fazendo-o rir. – Relaxa! Eles já devem estar acostumados com isso! – ela ficou roxa de vergonha e desejou que o chão do elevador cedesse e que ela fosse sugada. – Eles são bem discretos, aposto que não vão ficar comentando: “você viu que o hóspede do quarto 63 voltou com uma garota?”.
- Ai meu Deus! – ela cobriu o rosto com as mãos, sentindo-se quente.
Ele riu e a segurou pela cintura e depositou-lhe um beijo na testa.
- Não se preocupe. – a voz, o sorriso e o abraço do garoto eram tão reconfortantes que tudo o que conseguiu fazer foi jogar os braços ao redor de seu pescoço e beija-lo.
Quando o elevador parou no sexto andar, saíram meio cambaleantes e andaram até o final do corredor. Assim que ele destrancou a porta, voltaram a se agarrar, tamanha a paixão que sentiam, já não aguentando mais ficarem separados – e totalmente vestidos.
Ele a guiou até a cama macia, enquanto ela o ajudava a tirar o casaco. O vestido vermelho logo foi jogado ao chão, segundos depois.
Ficaram se beijando, deitados.
- Te enlouquece... – ele interrompeu o beijo, a voz rouca fazendo arrepia-la.
- Hã?
- Perceber como a noite muda rápido? – ele perguntou.
- Como assim?
- Quando nos encontramos, no início da noite, parecíamos ser aqueles adolescentes no início do colégio, com sorrisinhos e risinhos nervosos... E agora...
- ...Você tá tentando tirar o meu sutiã? – ela perguntou com a voz divertida. Ele jogou a cabeça para trás, rindo.
- Eu já tirei, garota! – riram novamente e aprofundaram o beijo.
Subitamente, ele saiu de cima dela e sentou-se na cama.
- O que foi isso? – ela perguntou, sentando-se também.
- Talvez nós estejamos indo rápido demais... – ele murmurou, não conseguindo olha-la. Encarava os próprios pés.
- Rápido demais? Estou esperando por isso há dois anos! Na verdade, mais do que isso!
- Eu sei, mas... Sei lá... Não quero te forçar a nada.
- Você não está me forçando! Estou fazendo porque quero! – ela afirmou, convicta.
Ele olhou para ela.
- Não quero que você se arrependa depois. – ela deu umas bufadas e cruzou os braços sobre os seios.
- Por que eu me arrependeria?
- Sei lá... – ele deu de ombros. – E se você não gostar? E se não for bom?
- Bem, se a gente não fizer, nunca vou saber!
- ...Você tem certeza? – a garota bufou novamente.
- Você que me chamou até aqui e agora tá andando pra trás?!
- Não tô desistindo! Só tô preocupado... Não quero que você se arrependa...
Ela sorriu e pôs os braços ao redor do pescoço dele.
- Você é um amor. – deu-lhe um selinho, o qual ele correspondeu. – Mas é mais inseguro que eu! – riu alto. – Não se preocupe. Se a gente não fizer, aí sim eu me arrependerei. Esqueceu que eu disse que não quero me esquecer dessa noite? Tudo o que eu quero é não me arrepender. – ele abriu a boca, mas ela o interrompeu: - Antes me arrepender de ter feito algo do que não ter feito. Mas, como eu já disse, não irei me arrepender. Eu prometo. – piscou.
sorriu, encantado. Como ele era apaixonado pela personalidade forte e decidida da garota.
- Nós estamos envelhecendo, e cada um tá trilhando a sua própria vida, seguindo seu caminho. Sabe se lá quando teremos essa oportunidade novamente? Quando nos reencontraremos? – ela continuou falando. – E ultimamente eu estive pensando que não temos tempo a perder, além de pensar em você, claro. – riu de leve. – ...Porque eu sei que tudo o que sempre sonhei vai desaparecer quando eu acordar amanhã e você ir embora. Eu estou caindo... Caindo por você. Não pedirei para você ficar, por mais que eu queira. E por isso, eu tenho de aproveitar cada segundo. Eu não quero me esquecer de hoje, e não irei.
Ele pegou o rosto dela delicadamente e depositou-lhe um beijo demorado.
- ...Mas não precisa ter medo. – ele disse. – Porque, mesmo quando eu partir... Mesmo quando a noite mudar... Ela jamais nos mudará. E jamais mudará o que sinto por você. Porque eu te amo, .
A garota abriu um sorriso tão radiante que chegou a pensar que ele seria capaz de iluminar Londres inteira.
- Eu também te amo, . – ela murmurou, e eles se beijaram novamente. - ...Feliz Natal. – ela disse em um sussurro.
Ele sorriu de volta a ela, e eles se esqueceram de todo o resto, perdendo em si mesmos.
Going out tonight, changes into something red
Her mother doesn’t like that kind of dress
Everything she never had, she’s showing off
Driving too fast, moon is breaking through her hair
She said it was something that she won’t forget
Having no regrets is all that she really wants
We’re only getting older, baby
And I’ve been thinking about you lately
Does it ever drive you crazy
Just how fast the night changes
Everything that you’ve ever dreamed of
Disappearing when you wake up
But there’s nothing to be afraid of
Even when the night changes
It will never change me and you
Chasing it tonight, doubts are running ‘round her head
He’s waiting, hides behind his cigarette
Heart is beating loud, she doesn’t want it to stop
Moving too fast, moon is lighting up her skin
She’s falling, doesn’t even know it yet
Having no regrets is all that she really wants
We’re only getting older, baby
And I’ve been thinking about you lately
Does it ever drive you crazy
Just how fast the night changes
Everything that you’ve ever dreamed of
Disappearing when you wake up
But there’s nothing to be afraid of
Even when the night changes
It will never change me and you
Ooh, ooh, ooh
Ooh, ooh, ooh
Going out tonight, changes into something red
Her mother doesn’t like that kind of dress
Reminds her of a missing piece of innocence she lost
We’re only getting older, baby
And I’ve been thinking about you lately
Does it ever drive you crazy
Just how fast the night changes
Everything that you’ve ever dreamed of
Disappearing when you wake up
But there’s nothing to be afraid of
Even when the night changes
It will never change me and you
It will never change, baby
We will never change, baby
It will never change me and you