It’s Just A Game

Escrita porLelen
Revisada por Mari Alves

Capítulo único

Tempo estimado de leitura: 8 minutos

Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor... Lembre-se. Se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor com ele você conquistará o mundo.Albert Einstein

  Sou mesmo uma tonta. Por que dentre tantos homens no mundo, eu tinha que me apaixonar justo pelo mais popular, mesquinho, fútil e babaca?
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  Tonta, tonta, tonta!
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  Mas é claro que eu não sabia disso, não fazia ideia de onde eu estava me metendo quando a história aconteceu...
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  Estava eu em mais um de meus devaneios com Edwin Babaca&Fútil Stone e dizendo para %Ana% — minha melhor amiga — o quanto eu o queria, quando %Matt% se intrometeu na conversa, como sempre.
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  — Do que vocês garotas estão falando? — perguntou se jogando numa das poltronas da nossa sala. — De garotos, aposto.
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  Como ele sabia? Fiquei encarando %Ana% que apenas deu um risinho sem graça. Ótimo, fomos entregues. Suspirei.
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  — Pelo jeito acertei... — %Matt% murmurou erguendo a sobrancelha. — Se precisarem de uma ajudinha, estou aqui. — Ele sorriu fazendo pose.
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  Claro %Gamble%, como se eu fosse pedir ajuda a você sobre o assunto... Ok, eu ia mesmo fazer isso.
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  — Tudo bem, como faço para chamar a atenção de um garoto? — perguntei, depois ficando vermelha.
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  — Ciúmes? — respondeu com uma pergunta. Grande ajuda!
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  — Uhum, tá. Mas onde eu vou achar um cara que apareça o suficiente para ser notado por outro que é mais metido do que patricinha de filme? — perguntei encarando %Matt% com a sobrancelha erguida.
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  — Isso já é problema seu... — Ele deu de ombros.
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  Grande amigo!
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  Certo, o que eu esperava falando de garotos metidos com um garoto popular não-metido? Ele só poderia me dar dicas de como...
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  — VOCÊ! — berrei fazendo-o pular de susto no sofá.
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  — Quê? — %Matt% perguntou confuso.
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  — Você é perfeito pra esse papel! É lindo, popular, tem uma banda e vai ser meu namorado! — exclamei com os olhos brilhando.
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  — Ah, eu...
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  — %Gamble%, eu te amo! Te amo, te amo! — falei sem prestar atenção no que ele tinha a me dizer.
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  — Mas...
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  — A partir de hoje nós estaremos oficialmente comprometidos na frente de todos! — concluí.
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  — Tá bem... Eu acho... — %Matt% percebeu que eu não o deixaria negar.
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  Fiz %Ana% prometer que não daria com a língua nos dentes e esquecer completamente que eu tivera aquela conversa com meu melhor e amado amigo, o que particularmente foi fácil para ela. %Ana% é completamente desligada.
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  Na semana seguinte a banda ainda sem nome de %Matt% teria um ensaio, e eu decidi que era a hora perfeita de começar o nosso ‘teatro’. A reunião seria na casa dos %Gamble% e %Matt% fez questão de me apresentar à mãe — que já me conhecia — como namorada.
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  Todos ficaram espantados com a notícia, exceto meu irmão %Carter%, que achou legal. Preciso admitir que meu irmão é estranho. Quer dizer, eu tava supostamente dando uns ‘pegas’ no melhor amigo dele e tudo o que ele diz é: Legal?
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  Claro que ele mal sabe que isso é só uma “brincadeirinha”.
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  Depois de ensaiarem um bom longo tempo, decidimos ir jantar em um restaurante legal da cidade.
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  Enquanto os garotos escolhiam o que iríamos comer, %Ana% e eu ficamos observando o lugar. Nossos olhares cruzaram com os de alguns rapazes e apesar dos pesares, eles eram realmente bonitos.
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  — Gatinhos — concluiu %Ana% rindo enquanto encarava um dos rapazes.
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  — É, pode ser... — murmurei pensativa.
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  — O que vocês estão olhando hein, garotas? — perguntou %Alex%, como se já não soubesse.
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  — Nada... — respondeu %Ana% com sua carinha inocente.
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  — Sei... — Ele riu revirando os olhos.
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  Logo depois de terminarmos de comer, resolvemos dar uma voltinha numa praça ali perto onde os rapazes eram bem conhecidos por causa da banda. Eu e %Ana% andamos alguns passos atrás dos garotos, não queríamos atrapalhar o “momento rock star” deles.
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  Conversamos por alguns minutos, até começarmos a dar risada feito malucas e os meninos lembrarem de nós.
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  — Hei meninas, venham aqui! — %Carter% gritou. Nós corremos para acompanhá-los.
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  No passeio, eu tentei milhares de vezes conversar com %Matt%, mas ele me ignorava, fingindo não me ouvir. Puxei meu irmão para mais perto de mim e o questionei.
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  — Maninho, o que o %Matt% tem?
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  — Tem certeza que não sabe?
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  — Tenho... — murmurei confusa.
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  — Pensa bem, no restaurante... Meninos... — %Carter% murmurou com uma voz insinuadora. %Carter% %Mitchell%, sou sua irmã e sou lerda.
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  Fiquei encarando meu irmão com cara de paisagem, ainda sem entender muito bem.
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  — Aff! — ele retrucou impaciente. — %Matt% ficou com ciúmes! — disse por fim.
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  — Ciúmes por quê?
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  — Porque você ficou olhando aqueles marmanjos no restaurante! — Meu irmão revirou os olhos.
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  — Sério? — %ALISSA% SUA LERDA!
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  — É claro! Ele é seu namorado!
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  A lerdeza que restava em minha mente se foi e eu finalmente lembrei: %Matt% estava sendo meu namorado e eu estava agindo como a babaca na frente de todos.
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  — Merda! — deixei escapar.
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  — Sacou, agora?
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  — É, saquei. Vou lá falar com ele! — exclamei correndo atrás de %Matt%.
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  Ele estava andando bem a frente do nosso grupinho e parecia um pouco emburrado.
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  — %Matt%! — chamei e ele me ignorou. — %Matt%, para com isso! — exclamei finalmente o alcançando.
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  Ele parou de andar, mas continuou sem olhar para mim. Mas o que raios estava acontecendo?!
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  — %Matt%, dá para parar de me ignorar, por favor?
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  Ele dá um suspiro.
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  — E aí, fiz bem o papel de namorado ciumento? — Sorriu fraco para mim.
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  — Ah, sabia que eu quase acreditei que você estava mesmo com ciúmes? — perguntei fazendo-o soltar um risinho sem graça.
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  — Curtiu o jantar? — Mudança drástica no assunto.
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  — É, foi bem divertido — falei sorrindo. — Ah, e só para deixar claro, eu não estava paquerando aqueles caras no restaurante. Só estava fazendo companhia para a %Ana%.
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  — Sei, sei... — Ele riu. — E então, vamos voltar para a turma? — perguntou estendendo a mão para mim. Eu a agarrei e fomos assim de volta ao nosso grupinho.
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  Quando chegamos, %Carter% ficou me zoando, dizendo o quanto eu era má em relação aos sentimentos de %Matt% e eu estava ficando bem sem graça com isso. Foi então que ele murmurou:
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  — Não sabe o quanto sua irmã é a pessoa mais maravilhosa desse mundo. — Sorriso e um beijo na testa.
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  Não sei bem o porquê, mas aquela frase ecoou em minha mente pelo resto da semana e naquele instante eu senti um friozinho na barriga, foi o melhor elogio que me fizeram, e talvez nem seja pelo que foi dito e sim por causa de quem disse e...
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  Ah meu Deus! Ah meu Deus! Ah meu DEUS!
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  Eu sou uma tonta boboca, fato.
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Fim

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