I Think I Wanna Marry You

Escrito por Letícia Furtado | Revisado por Lelen

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We're looking for something dumb to do

  A música invadindo nossos corpos, as mentes extasiadas por causa do álcool, os movimentos sensuais realizados por ambos, olhares furtivos para a pessoa da frente, eu posso querer algo mais?
   passou os braços ao redor de minha cintura puxando-me para mais perto de si. Roçou os lábios frios na pele quente de meu pescoço causando-me arrepios por toda a extensão de meu corpo. Sorri maliciosamente e puxei sua cabeça em minha direção. Nossos lábios se chocaram com certa força. Empurrei e coloquei a mão sobre a boca, rolou os olhos e puxou-me novamente colando mais uma vez seus lábios nos meus. Surpreendi-me ao sentir sua língua invadir minha boca sem algum aviso ou pedido. Minhas mãos rapidamente foram para sua nuca, o acariciando e puxando seu cabelo. Suas mãos desceram por minhas costas e demoraram um pouco sobre minha bunda. Eu liguei ou fiz algo para tirá-las? Não. Por que temos que respirar? Se não precisássemos fazer isso, e eu ainda estaríamos nos beijando!
  Olhei para e . Devemos estar do mesmo jeito! Cabelo bagunçado, bochechas coradas, lábios inchados e não, não é efeito do álcool. Ou talvez seja... Não sei, acho que sim. pegou a mão de e andou até mim.
  - Vamos sair daqui? – sua voz saiu meio embolada. deve ter mordido sua língua.
  - Mas vamos pra onde? – perguntei. Minha voz saiu do mesmo jeito. Franzi o cenho e olhei para .
  - Conheço uma capela no final da avenida. – deu de ombros. o olhou incrédulo.
  - O que vamos fazer em uma capela? – perguntei olhando para que deu de ombros.
  - Vamos nos casar. – sorriu largamente e pulou em seu colo. parece considerar a ideia maluca do amigo.
  - Ficaram loucos? Olha o jeito que estamos e... E não temos um anel nem um pedido de casamento. – olhou-me de forma estranha e desceu do colo de , vindo para meu lado e pegando minha mão.
  - Concordo com a . Queremos um pedido e um anel. – Os meninos se olharam.
  - Podemos comprar o anel depois. – falou se aproximando de mim.
  - Mas o casamento precisa ser agora. – fez o mesmo.
  - Por quê? – perguntou. Por que a voz dessa menina tá embolada?
  - Porque agora é madrugada e mesmo estando em Vegas, as pessoas geralmente casam de dia ou à noite. - respondeu à pergunta da baixinha ao meu lado. Sempre achei que ela fosse mais alta que eu!
  - Ok, vamos. – Soltei a mão de e peguei a de , começando a correr na direção da saída. Ouvi risadas atrás de mim. Parei de correr e olhei. Vi um caído no chão e uma rindo feito uma hiena ao seu lado.
  - Para de rir e ajuda seu homem a levantar! – falou estendendo a mão para ela.
  Vamos dizer que não deve ser nada agradável ver quatro adolescentes – sim, temos todos vinte e seis anos, mas somos muito jovens para sermos chamados de adultos – bêbados correndo pela calçada. Agora ver um deles parando para vomitar – – por não saber beber, um com a calça no joelho – – porque o cinto não faz seu trabalho, um parando as pessoas – – falando para elas acreditarem em Deus e uma cantando – eu – algo parecido com Sweet Child O’ Mine o mais alto possível, não deve ser nada agradável mesmo.
   não falou que a capela era tão longe assim! Paramos na porta e os meninos nos olharam.

Just say yeah, yeah, yeah baby

  - Acho que não quero mais fazer isso. – olhou para ela.
  - Por que não? – a tristeza nítida em sua voz.
  - Não estou pronta, . Sou muito nova!
  - Para com isso, . Você ama esse homem e não consegue viver sem ele! – falei brava. Ela não pode simplesmente dizer “não”!
  - ... Por favor? – neguei.
  - Olhe para mim. – Ela o obedeceu. – Lembra-se de todas as noites que passamos juntos? De todas as vezes que desistimos de coisas por causa do outro? Eu amo você e quero passar o resto de meus dias ao seu lado...
  - Aceito casar-me com você. – o interrompeu. Os olhos verdes de brilharam. Pegou sua mão e correu com ela para dentro da capela, deixando-me sozinha com .
  - Então...
  - Casa comigo? – interrompi pareceu surpreso. O que foi? Não foi pra isso que viemos aqui?
  - Caso. – Encostou seus lábios nos meus e me levou para dentro da capela. Avistamos e sentados um pouco mais a frente e fomos até eles.
  - Vai demorar muito? – perguntei.
  - Somos os próximos. – deu de ombros.
  - Sabe quem vai casar a gente? – perguntou alegre.
  - Quem? – já falei que é curioso?
  - Elvis. – abriu a boca e começou a se abanar. Ótimo! Vou casar com um gay.
  - Podem vir. – Elvis saiu de uma sala e chamou e .

  
   segurou minha mão e me puxou na direção da sala. Não esperava que meu casamento fosse assim. De qualquer jeito, estou me casando com então está tudo bem. Olhei para ele e sorri.
  Não, eu não prestei atenção em nada do que o padre, ou Elvis no nosso caso, falou. Reparei , Elvis e outro homem me olhando.
  - O que foi? – perguntei confusa. Não gosto das pessoas me encarando.
  - Elvis perguntou se você aceita casar comigo. – Virei para e analisei seu rosto, seu corpo e balancei a cabeça decepcionada. O sorriso dele murchou e olhou para baixo.
  - E tem como dizer não? – sorri por causa da carinha de criança que acabou de ganhar um doce.
  - Tem. As pessoas geralmente usam a boca. – O homem desconhecido se intrometeu fazendo-me olhá-lo brava.
  - Eu não perguntei a você! – olhei para o Elvis. – Claro que eu aceito casar com ele.
  - Então vocês estão casados. Só assinem aqui. – Entregou uma caneta a , que assinou o papel e me deu a caneta. – Quero ver um beijo.
   me virou e encostou seus lábios nos meus. Minha língua entrou em sua boca com certa violência, deu uma risadinha e colou nossos corpos.
  - Eu disse beijo, não desentupidor de pia. Parem! – nos separamos rindo. – Se continuarem assim a moça vai ficar grávida esse mês.
  - Ok, Elvis, não exagere. Vamos? Acho que a quer se casar. – Peguei em sua mão e o puxei para fora da sala. No caminho passamos por vários casais esperando o Elvis, ou quem quer que fosse, os chamar.
  - Está vendo eles? – balancei a cabeça. – Onde foram parar? – uma porta foi aberta e eu pude ouvir a risada escandalosa da aumentando. Olhamos para trás a tempo de ver e saindo de outra sala.
  - O que aconteceu? – perguntei.
  - Casamos. – Falaram juntos e deram um selinho.
  - E por que essa louca está rindo desse jeito? – apontou para .
  - Freddie Mercury não queria deixar eu sair de lá. não gostou muito.
  - Claro que não! Você é MINHA mulher, não dele. – Cruzou os braços fazendo bico. virou o rosto do marido e depositou um beijo em seus lábios.
  - Meninas, sabe o que vem depois do casamento? – perguntou atraindo a atenção de todos.
  - O quê? – perguntei confusa.
  - A lua de mel. – e sorriram maliciosos. Olhei para com os olhos arregalados, ela apenas deu de ombros. me pegou no colo, como nos filmes, e saiu comigo. subiu nas costas de e nos seguiram.
  Acompanhei o sobe e desce de seu peito embaixo de mim. Sorri para e recebi seu sorriso junto com duas covinhas.
  - Eu amo você. – Sussurrou.
  - Eu amo muito mais. – Encostou seu nariz no meu e sorriu mais uma vez. – Vamos embora?
  - Sim. – Pouco tempo depois e eu saímos do quarto e andamos na direção do quarto da e do .
  Fui encostar o ouvido na porta quando ouvi um gemido vindo de dentro do quarto. Olhei para prendendo o riso e o vi com um sorrisinho sacana.
  - O que foi?
  - Acho que eles vão demorar. – Concordei.
  - E daí? – me confunde às vezes. Avançou em minha direção e grudou os lábios em meu pescoço, passando as mãos por baixo da minha blusa.
  - Podemos aproveitar essa demora.



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