I’m Sorry My Love
Escrito por Adrielle | Revisado por Lelen
Abri os olhos e a forte luz do sol quase me cegou, fechei-os novamente e fui tentando abrir devagar. Quando consegui abrir os olhos e me acostumar com a luz solar, eu girei minha cabeça para todos os lados a fim de saber onde eu estava. E, bom, eu estava jogado no meio da minha sala de estar e rodeado de bagunça.
Levantei levemente minha cabeça e senti uma forte pontada. "Maldita ressaca." Pensei e revirei os olhos. Olhei para meu corpo e eu estava apenas de calça jeans, ótimo. Levantei-me e WOW, a bagunça estava pior do que eu pensava, - mesmo sem ter ninguém aqui. Roupas íntimas espalhadas para todos os lados, restos de comidas, bebidas, garrafas e copos também se encontravam no chão da minha sala.
Deixei a bagunça de lado e fui para meu quarto, assim que entrei me deparei com uma cama bagunçada, um sutiã no chão e a aliança que eu havia dado para minha namorada, . Tava na cara que eu tinha feito alguma merda; olhei para meu dedo anular da mão direita e não havia nenhuma aliança.
Joguei-me na cama e logo flashes da noite anterior começaram a rodar a minha cabeça.
Flashback- on.
Eu tinha acabado de despistar minha namorada e estava entrando em meu quarto junto com uma loura gostosa, dona de belos peitos grandes e um quadril que chegava a excitar. Entrei com a garota em meu quarto e logo a joguei na cama, ficando por cima dela. Tirei seu sutiã de rendas preto com rosa, e comecei a acariciar seus lindos mamilos. Quando eu ia os colocar na boca a porta se abriu, virei minha cabeça para xingar quem quer estivesse ali, mas a única coisa que fiz foi sair de cima da garota e arregalar os olhos.
- , eu posso explicar. – eu falei indo para cima dela, mas ela se afastou.
- Não tem nada para explicar, . – ela tinha lagrimas nos olhos, e eu me odiava por isso.
- Olha, eu... – sou um idiota e não sei dar valor pro que tenho. Pensei.
- De todas, você tinha que pegar logo a minha prima? – arregalei mais os olhos, se é que isso é possível. – E você ? Sua vadia, sempre querendo o que é meu, não? – riu sem humor, enquanto a loira a encarava estática. – Bom agora você conseguiu... É todinho seu.
- , você não sabe o que está falando. – a tal se levantou da cama e ia começar a ir à direção da prima.
- Primeiro: Eu sei o que eu estou falando. Segundo: Se chegar perto de mim vai ser pior. Terceiro: Não se desculpem, pensem nos filhos lindos, loiros e caras de pau que vocês vão ter. – ela sorriu cínica. – Não sei o que ainda estou fazendo aqui. – tirou a aliança do dedo e jogou em algum canto do quarto.
- . – eu falei quase inaudível.
- Eu te odeio , eu te odeio. – ela disse, agora chorando, e saiu do quarto.
Flashback- off.
Levantei-me da cama me odiado e fui na direção do banheiro, olhei meu reflexo e minha vontade era de me matar, mas a única coisa que fiz foi bater a cabeça com tudo no espelho e causar vários machucados em meu rosto e acabar com meu espelho.
Fechei as mãos em punho e sai de lá, não queria quebrar mais nada. Voltei para o quarto, me abaixei a onde estava à aliança e a peguei. Assim que peguei aquele pequeno anel, os flashes do dia que eu a pedi em namoro afetou minha mente.
Flashback- on.
Eu tinha acabado de sair das sessões de fotos que eu me encontrava e fui direto para melhor joalheria que exista, acho que, no mundo inteiro. Comprei uma linda aliança e fui até a escola de , chegando lá eu conversei com a diretora e ela me deixou entrar e disse que estava em intervalo, que no caso era no pátio.
Fui andando até o pátio, chegando lá os garotos me encaravam com duvida e as garotas suspiravam. Andei mais um pouco e logo achei rodeada de meninas e alguns meninos – sim, isso me irritou. – e estava de costas para mim.
Fui andando calmamente até ela e quando estava bem perto tampei seus olhos, a vi ficar confusa e suas amigas sorrirem. Pedi silêncio e assim elas fizeram, me abaixei um pouco para sussurrar em seu ouvido.
- Adivinha. – disse baixo e vi ela se arrepiar. Todos já estavam em nossa volta e eu já sorria igual idiota.
- Príncipe encantado? – ela perguntou sorrindo.
- Er, não. – sorri a encarando.
- Então é o sapo? – insistiu e todos riram.
- Também não.
- Gato de botas?
- Não.
- Já sei, é o meu amor? – ela perguntou sorrindo ainda mais.
- Achei que nunca fosse acertar. – falei tirando a mão de seus olhos e a puxando levemente para se levantar. Quando se levantou eu a agarrei pela cintura e lhe dei um beijinho na testa.
- Eu sei o quanto você odeia chamar a atenção e o quanto você é tímida. – falei vendo-a ficar vermelha. – Então, por favor, não me mate depois. – pedi fazendo drama e ela riu igual todas as meninas. – Hoje estou aqui para te fazer um pedido, e espero que a resposta seja a que eu planejei... – sorri me ajoelhando e abrindo a caixinha de veludo. Vi a surpresa em seus olhos, misturada com lagrimas. – , você aceita ser minha namorada? Minha só minha?
- Sim, sua só sua... – ela me abraçou pelo pescoço chorando. Levantei-me, a tirando do chão e a girei.
Coloquei a aliança em seu dedo e assim ela fez comigo. Selamos nossos lábios em um beijo apaixonado e intenso, quando nos separamos alguns garotos me fuzilavam e eu apenas sorri.
Depois tive de ir embora, afinal ela ainda tinha aulas.
Flashback- off.
Como eu fui idiota, trair a única garota que me amou pelo que eu era e não pelo que tinha na minha conta bancaria. Baguncei meus cabelos e senti uma coisa molhada escorrer pelo meu rosto e logo chegar a meu queixo, olha que ótimo, eu estava chorando.
Levantei-me da cama, voltei pro banheiro, tomei um banho rápido e logo sai. Coloquei uma camisa social branca, uma calça jeans larga e escura e coloquei um all star vermelho. Peguei minha carteira, as chaves do meu carro e sai porta a fora.
Só percebi para onde eu estava indo quando parei enfrente a casa onde morava com sua melhor amiga; desci do carro e fui andando lentamente até porta. Toquei a campainha e logo a melhor amiga de abriu a porta com os olhos inchados e vermelhos.
- A está? – perguntei gaguejando um pouco.
- Você devia está ocupado de mais comendo a prima dela para saber o que aconteceu com ela, não é? – a garota falou irritada e juro, essas palavras foram piores que um chute no meu amiguinho aqui debaixo.
- Eu não comi a prima dela. – falei irritado. – Fala , onde ela está?
- Não comeu mais ia. – deu de ombros. – Entre. – falou de má vontade e eu entrei
- Você pode parar de suspense? – pedi nervoso.
- Ok, eu vou falar. – ela respirou fundo e fungou. – A só foi à sua festa ontem porque ela descobriu que estava grávida de um filho teu, só que viu a cena mais linda do mundo. – disse irônica e eu deixei passar. – Ela saiu de lá louca, queria abortar a criança e achou uma mulher que faria isso para ela. Eu implorei que não o fizesse, mas seria um milagre se ela me escutasse. – deu de ombros. –Só que indo ao caminho da casa da tal mulher, ela sofreu um acidente. - agora chorava.
- Ela estava grávida de um filho... Meu? – perguntei incrédulo e a outra apenas assentiu. – Onde ela está? – silêncio. – EM? – gritei me levantando.
- Ela está morta, . – disse me colocando novamente sentado. Mas como assim, morta? – E mesmo que isso seja culpa sua, eu vou deixar você ficar aqui até se acalmar, não quero que amanhã quando estiver lendo um jornal tenha de ler que você está morto.
Eu não ouvia nada, tudo o que eu fazia era chorar igual uma criança que teve o doce roubado e me culpar eternamente por ser a causa da morte da única garota que me amou verdadeiramente. A única que eu amei, mas só percebi quando a perdi.
Fim.