I Hate You Too

Escrito por Marie L. | Revisado por Babbi

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  Eu não sei como deixei isso acontecer. Não sei.

  Primeiro, nós estávamos discutindo sobre o que era mais importante em um colégio: um time de futebol americano ou um time de vôlei. A próxima coisa de que consigo me lembrar é de estar de quatro na cama dele, gemendo, suando e ouvindo-o me chamar dos nomes mais horríveis que já ouvi. Pensando bem agora, acho que não liguei porque eu estava fazendo jus aos nomes. E como estava. Ah, e com "ele" quero dizer .
  Sim, o imbecil, excêntrico e convencido, .
  Também não consigo me lembrar desde quando eu o odeio. Ou vice-versa. Mal posso ficar no mesmo lugar que ele por cinco minutos sem entrar em uma discussão. Ele, o quarterback do time de futebol americano do colégio. Desejado, popular e irresistível. Eu, a competitiva capitã do time vôlei, a garota que adora provocá-lo. É como dizem por aí, você bate na porta da morte até que o Diabo atende. No meu caso, eu provoquei além dos limites e é o meu Diabo.
  E agora, aqui estou eu, nua e ofegante, deitada ao lado dele. Mas essa não é a pior parte. A pior parte é que eu gostei. Mas é claro que eu não vou perder minha dignidade (ou o que restou dela), então coloco no rosto uma expressão de desdém.
  Ele vira o rosto em minha direção, mas seu habitual sorriso sarcástico não se esvai.
  - Pare de fingir que não gostou. - Diz ele. - Eu sei que você adorou.
  Eu solto uma risada alta.
  - Por favor, . Acho que minha expressão deixou bem clara a minha opinião a respeito do que acabou de acontecer.
  - Eu acho que seus gemidos deixaram mais.
  Xeque-mate. Porra, esse garoto sabe jogar.
  - Quer saber? Eu tenho que ir. - Eu digo, me levantando para começar a procurar pela minha roupa. Espero que ele não veja o quão vermelha eu acho que estou.
  Então começo a busca pelo cômodo. Todas as nossas peças de roupa voaram para cantos diferentes do quarto de , então é meio difícil fazer uma varredura com os olhos sem olhar para ele. Apoiando a cabeça com uma mão, sorrindo como se a cena o divertisse. Acho que diverte mesmo. Ele se levanta da cama e eu fico paralisada, esperando para assistir a seu próximo passo. Ele continua com o mesmo sorriso e se aproxima de mim. Estamos a centímetros um do outro e ele levanta o braço, leva a mão a minha bochecha e a acaricia. Eu acho (muito) estranho da parte dele. Quero dizer, nós acabamos de fazer sexo selvagem. Não é muito comum mostrar algum tipo de afeto depois disso.
  Mas, então, o que eu conheço entra em cena novamente. Do nada, sua mão direita vai para a parte de trás da minha cabeça, se emaranhando no meu cabelo. Ele me puxa para um beijo agressivo enquanto a outra mão aperta minha bunda com força. Eu solto vários gemidos durante o beijo, por causa da mão dele deixando marcas em meu corpo e, principalmente, porque eu adoro beijos agressivos. E ele sabe disso. Caralho, só uma transa e ele já tem um tipo de perfil sexual sobre mim montado na cabeça. Meus gemidos são interpretados como um sinal de que deve avançar, então ele me guia em direção a cama e me empurra sobre ela. Eu me apoio em meus cotovelos, sorrio e arqueio uma sobrancelha, desafiando-o. Se tem uma coisa que ele não gosta, é ser desafiado. O que é muito bom na minha situação, porque as coisas são sempre melhores depois de uma briga, certo? desfaz o sorriso e me olha de um jeito esquisito, como se estivesse decidindo se deveria me matar ou me torturar. Ele deve ter decidido por torturar, porque, assim que ele se deita em cima de mim, uma de suas mãos enormes prende meus pulsos contra o encosto da cama. Seu sorriso volta e ele abaixa a cabeça, começando a me dar chupões no pescoço. Eu gemo alto e tenho certeza de que os chupões vão virar aquelas marcas que praticamente gritam "EU FIZ SEXO SELVAGEM ONTEM À NOITE, GALERA". Ele desce a boca até meu colo, lambendo e chupando um de meus seios enquanto aperta o outro com a mão. Já começo a me contorcer de prazer na cama, mas sua mão sobre meus pulsos está tão firme que quase me machuca. Eu começo a gemer seu nome e ele me olha de um jeito triunfante, mas rapidamente volta à atenção para meus seios, beliscando o mamilo de um com o dente. Apenas forte o suficiente para me fazer gemer ainda mais alto. Graças a Deus os quartos da Fillmore Academy são a prova de som. Pelo menos, foi o que me disse. A mão que estava apertando meu seio esquerdo desce até meu clitóris e ele começa a fazer movimentos circulares. Eu quase entro em delírio, mas a voz dele em meu ouvido me traz de volta à realidade.
  - Então, eu consigo fazer você gemer? - Ele sussurra em meu ouvido e seu sorriso vitorioso é quase mais alto que sua própria voz. Ele começa a colocar mais força na mão e eu fecho os olhos, gemendo. - Quer que eu te faça gritar, ? - Ele pergunta, provavelmente com a voz mais doce que consegue. Eu não respondo porque não quero perder meu tempo enquanto posso estar gemendo e aproveitando da mão dele. começa a diminuir a velocidade dos movimentos. Esse filho da puta me paga. - Você quer que eu te foda ou não, ? - Ele pergunta, mais impaciente.
  - Sim. - Minha voz é quase inaudível e eu o sinto penetrando dois dedos em mim sem aviso prévio.
  Minha boca continua a apenas gemer, mas tudo o que passa pela minha cabeça é , , . Seus dedos estão tão fortes e rápidos entrando e saindo de mim que chega a machucar um pouco. Mas é tão bom que eu não consigo fazer nada além de gritar. E de repente, ele para os movimentos de uma vez só. Hoje mesmo eu mato esse puto.
  - Então implore. - Ele sussurra novamente e morde o lóbulo da minha orelha. A voz dele é tão sexy que eu quase tenho um ataque cardíaco.
  - Por favor, . Por favor, por favor, por favooooor! - Foda-se a minha vida, eu não tenho um pingo de vergonha na cara.
  Ele solta uma risadinha filha da mãe, mas eu não tenho nem tempo de pensar em ficar com raiva. liberta meus pulsos e eles vão direto para o meio do cabelo dele, puxando-o com força enquanto sinto sua língua percorrendo tudo que está entre meus lábios de baixo. Eu grito de prazer e não consigo controlar minhas pernas. Só espero que elas não esmaguem a cabeça dele.
  - Afaste as pernas. - Ele ordena, enquanto recomeça com os movimentos circulares no meu clitóris. Eu aperto os lençóis da cama e continuo com os olhos fechados, mas não consigo afastar minhas pernas. - Eu disse para afastar as pernas! - Ele fala mais alto, impaciente. Mas eu simplesmente não consigo fazer com minhas pernas o obedeçam, ou a mim mesma. Ele suspira e usa as duas mãos para separá-las. Elas ficam tão afastadas que sinto uma pontada de dor, mas ela logo é substituída pelo imenso prazer que, aparentemente, só consegue me dar. Sua língua recomeça os movimentos do mesmo jeito de antes, só que com muito mais ferocidade. Minhas mãos voltam a agarrar fortemente os lençóis, meus olhos se fecham e, já que eu não consigo mexer minhas pernas, movimento meu quadril, querendo que faça tudo mais rápido, mais forte, mais fundo. Ele atende e está com dois dedos entrando e saindo de mim e chupando meu clitóris com força quando eu finalmente chego ao orgasmo.
  Minha visão fica turva por um momento e minha respiração entrecortada. Mas, mesmo assim, não me dá descanso. Já volta para cima e se posiciona entre minhas pernas. Assim que ele me penetra, minhas mãos vão direto para a bunda dele. Acho que devo deixar claro que tenho uma tara por bundas e a de não é, de maneira alguma, uma exceção. Ele solta mais uma de suas risadinhas infames, mas eu não ligo. Subo as mãos para suas costas e ele coloca as dele uma de cada lado da minha bunda. Continuo apertando-o, arranhando-o e gemendo seu nome.
  - Isso. Geme meu nome... - Ele geme de volta e aperta os dedos contra minhas nádegas.
  Meus gemidos se transformam em gritos conforme ele vai aumentando a velocidade e força das estocadas. Faço questão de arranhá-lo com mais força e ter certeza de que minhas unhas deixarão riscos vermelhos e notáveis. Ele começa a ficar sem fôlego e a gemer alto, o que me deixa sem graça. Patética, eu sou simplesmente patética. Movimento meu quadril a fim de que ele vá mais fundo e, quando dá certo, eu não faço nada além de gemer e gritar. Quando chego ao ápice, meus gritos viram múltiplos palavrões e o nome dele é repetido várias vezes. Ele chega alguns segundos depois, gemendo alto contra minha bochecha, sua respiração ofegando em meu ouvido. Então ele faz algo inesperado.
   me dá um beijo.
  Calmo e sem língua ou segundas intenções, quase apaixonado. Quase. Não faço muita coisa além de retribuir, mas quando ele se afasta, percebe minha expressão de confusão. Quando tenho certeza de que vai começar uma discussão que provavelmente levará a mais sexo, ele sorri para mim. Não da usual forma triunfante ou sarcástica, é mais como se ele estivesse... Me admirando.
  - Que que é? - Eu pergunto e desejo não ter soado tão barraqueira.
   ri de novo.
  - Nada, é que... - Ele começa a passar as mãos pela minha cintura e seu olhar parece devorar meu corpo. - Caralho, você é linda. - Ele completa, falando mais consigo mesmo do que comigo.
  Eu fico vermelha e arregalo os olhos, mas ele não parece se incomodar. Sai de cima de mim e se deita ao meu lado, puxando-me para um abraço. Será que ele ficou louco?
  A resposta vem em forma de um beijo no topo da minha cabeça.

  Eu ouço um despertador tocando. Abro os olhos, mas os fecho imediatamente por causa da forte luz do sol. Tento de novo e, lentamente, minha visão vai se ajustando a claridade. Esse não é o meu quarto... Merda! Então não foi tudo um sonho? Sinto braços fortes me cercando, confirmando que tudo é bem real. Viro a cabeça para cima, tão devagar quanto posso fazê-lo sem perder a paciência. Meu coração pula uma batida. Acima de mim, dormindo profundamente, está ninguém mais ninguém menos que . Ele até parece um anjo assim.
  "Porra, , se controla", diz uma voz na minha cabeça. "Você o odeia, lembra?" "Ok. Calma, respira", diz outra voz. "Não entre em pânico. Você dormiu com , tudo bem. Todo mundo comete erros".
  "Mas transar com o já vai muito além de ser apenas um erro", a primeira voz rebate.
  Ai meu Deus. Eu já estou ficando louca. "Tudo bem", eu penso comiga mesma. "É só levantar, ir embora e fingir que isso nunca aconteceu".
  Já começo a planejar minha fuga sorrateira quando uma coisa vem a minha mente. Todas as lembranças da noite de ontem são apenas flashes separados por momentos de pura escuridão, mas eu pelo menos preciso saber de uma coisa. Preciso saber o tamanho do , se é que me entende. Cara, eu pareço uma ninfomaníaca às vezes. Movimento o braço lentamente até o começo do lençol. Pego a bainha e puxo-a para cima, revelando o corpo nu de ao lado do meu. Ele tem um abdômen definido, pelo menos. E bota definido nisso. Abaixo o olhar mais um pouco e... Puta que pariu.
  - Tá curtindo a paisagem? - A voz (infelizmente) tão conhecida interrompe meus pensamentos e me assusta tanto que consigo dar um pulo deitada. Olho para cima com os olhos arregalados e tenho toda certeza do mundo de que nunca estive tão vermelha na vida. me encara com seu habitual sorriso irritante. - Bom dia, queridinha.
  Eu estou muito paralisada para falar alguma coisa.
  - O que aconteceu? O gato comeu sua língua, foi? - Ele se inclina para me beijar, mas eu me afasto e franzo o cenho. Ele me encara com a mesma expressão. - Parece que alguém aqui passou por uma lavagem cerebral, hein? - Então seu sorriso volta. - Ontem mesmo você tava me implorando pra te foder.
  Eu abro a boca, me preparando para uma discussão, quando me vejo sem respostas. Eu implorei mesmo pra ele me foder e agora nossa transa é só mais um argumento nas nossas discussões rotineiras. Muito legal isso.
  - Eu tenho que ir. - Me levanto, já procurando pelas minhas roupas.
  Algumas delas estão no chão e eu praguejo por dentro toda vez que tenho que me inclinar para pegar. De costas para ele. Já com a minha camiseta e minha calça em mãos, acho minha calcinha em cima de um pequeno armário. Assim que estico a mão para pegá-la, sinto as de envolvendo minha cintura. Meu coração quase sai pela boca. Eu nem o ouvi se levantar. Ele começa a beijar meu pescoço, trilhando um caminho até minha orelha.
  - Você não vai à lugar nenhum. - Ele fala baixo, mas seu tom de voz é autoritário.
  Sua mão ágil já está em ação, me estimulando pelo clitóris. A outra aperta meu seio com força, em alguns momentos beliscando meu mamilo. Jogo minha cabeça contra o ombro de quando ele começa a repor minha coleção de chupões. Com uma mão, aperto com força a lateral de sua perna e com a livre procuro pela minha "paisagem" de alguns minutos atrás. Assim que acho, corro minha mão pela sua extensão e a fecho levemente em torno dele, começando os movimentos de vai-e-vem. começa a gemer contra o meu pescoço e sua respiração quente me causa arrepios por toda a espinha. Ele sobe a boca até meu ouvido e geme meu nome, me deixando quase louca. Combinando isso com os dedos dele no meu clitóris, o resultado é uma gemendo e rebolando loucamente enquanto bate punheta para um ofegante e enlouquecido. Lindo.
  Depois do que me parece uma eternidade, ele me empurra para uma escrivaninha encostada na parede e põe as minhas mãos em cima dela, me deixando de costas para ele. Se inclina sobre mim e beija meus ombros, subindo para o pescoço e, por fim, a orelha.
  - Deixa eu te foder só mais uma vez antes de você ir? - Ele me pergunta com a voz mais doce que eu já ouvi dele.
  - Vai ter que implorar. - Eu respondo com a voz mais sexy que eu já ouvi de mim mesma.
  - Por favor. - Ele deposita um beijo entre meus omoplatas. - Por favor. - Outro beijo. - Por favor. - Beijo - Por favor. - Beijo - Por favor. - Beijo - Por favor, .
  Ah, Deus, como é boa a vingança. Eu viro minha cabeça o suficiente para minha boca roçar na dele enquanto falo:
  - Então é melhor começar logo.
  Dito e feito. coloca as mãos sobre meus quadris e me penetra. Tudo. De. Uma. Vez. Eu grito seu nome e ele não parece se incomodar, já começa com movimentos que quase me fazem ter um surto. Eu gemo, grito, xingo-o de todos os nomes que me vêm à mente, rebolo, empino a bunda e tenho que confessar: é muito bom. aperta meus quadris de um jeito tão firme e delicado ao mesmo tempo. Então ele começa a me dar tapas na bunda e me chamar das piores coisas possíveis. Meu Deus, ele sabe como me enlouquecer. Como se isso já não fosse o suficiente para sexo selvagem, sobe uma das mãos por minhas costas e chega a minha cabeça. A mesma se enrosca entre meus cabelos e os puxa com força, me deixando em maior estado de delírio. Me inclino ainda mais sobre a mesa, quase me deitando, deixando-o livre para ir mais fundo. Chego ao ápice depois de algum tempo, gritando o nome dele tão alto que eu realmente espero que essas paredes sejam a prova de som. Ele chega depois de mim, enterrando seus dedos em minha pele com força. Mesmo que a diferença tenha sido de, no máximo, cinco segundos, me sinto uma perdedora por ter chegado antes.
  Ficamos parados na mesma posição por algum tempo, até que eu me viro e lhe dou um selinho. fica surpreso, mas retribui, exatamente como eu fiz antes.
  - Eu realmente tenho que ir. - Eu digo, ainda ofegante, e recomeço o processo de juntar minhas roupas e me vestir.
   murmura um "tudo bem, então" e por um segundo eu poderia jurar que ele me pareceu chateado. Tiro a ideia da cabeça enquanto coloco minha calça e termino de me arrumar. Ele veste as boxers de volta e se deita em sua cama, observando-me. Tento não fazer algo que denuncie que eu fico nervosa quando ele me olha desse jeito. Não é a primeira vez. Termino de amarrar os tênis e pego minha bolsa. Estou prestes a sair do quarto quando ouço-o me chamar.
  - Que é? - Eu atendo.
  Ele sorri.
  - Eu te odeio.
  Eu retribuo o sorriso.
  - Eu também te odeio.

FIM



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