If we could only have this life for one more Day.
Escrito por Rafaela Madeira | Revisado por Beezus
Os dois estavam sem se falar a dias, ele ligava, ela não atendia. Ele ia à casa dela, ela não abria a porta. Ele mandava mensagens, e ela não respondia, como já era esperado.
Ela, , não conseguia esquecer, ou nem ao menos entender o que havia acontecido naquela noite. Agora, as imagens passavam como flashes em sua cabeça; ele tentando agarrá-la à força, a machucando. Ele realmente não era quem ela pensava, é claro que ele daria desculpas, mas aquilo havia sido imperdoável, até doentio, ela jamais esqueceria ou perdoaria.
Ele, , estava desesperado tentando achar uma maneira de se desculpar com , mas todas as tentativas foram nulas, ele tinha sido um idiota, ele mesmo sabia, um idiota, um completo idiota. Como ele havia conseguido, se permitido, fazer aquilo com ela? Seu único e verdadeiro amor. Ele tinha que conseguir fazer algo para ela o escutar, para se desculpar, e recuperar a confiança dela novamente, nem que para isso ele ameaçasse se matar. Para ele não fazia sentido viver sem ela, e se ela não o perdoasse, era isso que ele iria fazer mesmo. Resolveu pegar o telefone e ligar novamente pra ela, dessa vez, não foi diferente das outras, ela não atendeu, então, ele deixou um recado.
", hm, atende o telefone! Eu preciso falar com você, me perdoa, por favor, eu sei, eu sou um idiota, um cafajeste, o pior cara do mundo, mas, eu te amo. Eu não posso viver sem você. Se você não me perdoar, eu... - pausou - Eu nem sei o que eu vou fazer, eu morro, eu me mato. Por favor, me perdoa, eu te amo. ."
ouviu o recado e começou a chorar imediatamente, não sabia o que fazer, achava que se fosse atrás dele, estaria sendo fraca, e, também, que aquilo era só um truque pra ela falar com ele, não iria realmente se matar, pensava ela. Pena que ele realmente estava falando sério.
estava ficando louco, não estava aguentando mais aquela agonia, ele precisava dela, não teria como viver, ela não o queria mais, e a culpa era toda dele, totalmente dele, nada mais fazia sentido. Foi até o escritório de seu pai, abriu o cofre, e pegou a arma para emergências, caso houvesse algum ladrão na casa, logo depois, voltou para o seu quarto.
estava chorando muito, pensando em todos os momentos bons que ele e haviam passado juntos, as tardes que eles ficavam, simplesmente, sentados na grama, olhando pro céu e rindo de qualquer bobagem, os domingos frios e chuvosos, que eles passavam assistindo filmes e comendo pipoca embaixo das cobertas, mas ele havia estragado tudo, isso nunca mais iria acontecer. Pegou a arma, e seu último pensamento antes de apertar o gatilho em sua própria cabeça foi: , eu te amo.
continuava sem saber o que fazer, travava uma batalha interna sobre o que iria fazer. Não importa, eu amo o , eu vou atrás dele, decidiu enfim. Saiu correndo de casa, e foi em direção à casa de . Chegando lá, bateu na porta, uma, duas, três vezes, mas ninguém veio atender. Lembrou-se, então, que a porta dos fundos sempre estava destrancada, fez a volta pelo lado da casa, e entrou na mesma.
Começou a chamar , mas ele não respondia, estava começando a ficar com medo. Caminhou pela casa até chegar na porta do quarto dele, que estava fechada. Ele pode estar simplesmente, dormindo, pensava ela com uma falsa esperança. Tomou coragem e abriu a porta. gritou e começou a chorar desesperadamente, não podia ser verdade, aquele não era , o seu , não podia ser ele. Inerte no chão, havia , estava morto, era óbvio, mas ela não queria acreditar, simplesmente, não podia. Ela precisava dele, não poderia viver sem ele, ela o amava mais do que tudo. Beijou os lábios de com todo o amor que ela sentia por ele. “Eu te amo, , como eu nunca amei ninguém, e vou te amar pra sempre...” disse ela. Estava soluçando de tanto chorar, olhou para a mão de que continha a arma, abriu-a com todo cuidado, pegou a arma com uma mão, e, com a outra, segurou a mão de . “E para todo o sempre.” terminou a frase, e logo depois, puxou o gatilho em seu próprio coração.
FIM