If It Means a Lot To You

Escrito por Cáa Pardine | Revisado por Cáa

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Recomendo deixar A Day To Remember - If It Means A Lot To you no repeat até o final da fic.

  - Eu realmente preciso ir, . - falava carinhosamente com a namorada. Pega o queixo de sua amada, gira seu rosto um pouco e pressiona o lábio superior para dentro de sua boca. Quebram o beijo tocado por poucos segundos até fazer o mesmo com seus lábios. Morde o lábio inferior de e o sente sorrir.
  - Precisa ir mesmo? - A garota murmura triste.
  - Eu também sinto sua falta, mas eu tenho que ir. Os caras vão me matar se eu demorar.
  - Quantos dias foraí
  - O bastante para fazer você sentir minha falta.
  - Droga, ! - O namorado a vê emburrar em questão de segundos. Sabia que a garota era carente, gostava disso nela. até disso ele não conseguia viver sem.
  - Me faça ficar. - Ele diz provocante.
  - não vou cair nessa, sei que só fala isso pra ouvir sacanagem.
  - Da sua boca, tudo fica melhor, . - O garoto continua provocando, mas a menina estava decidida. não cederia daquela vez.
  - Eu sei que não vai voltar até o calar a boca. - Diz triste. não gostava de ficar longe do namorado. Precisava dele.
  - Se eu esperar o calar a boca, nunca volto pra casa. - Adam tenta fazer piada, mas vê que não estava para brincadeiras.

  - Espere eu chegar em casa, . - falava preocupado.
  - Eu não consegui, . - Ela diz chorosa.
  - Eu sei que se você me esperar, a gente pode resolver isso juntos. - Ele estava nervoso. Ora, - claro que estava! não poderia simplesmente se cortar. não de novo. Já tinham superado essa fase, não tinham?
  - Só... não dá. - Ela dizia depois de um longo suspiro. Encara o sangue saindo sem parar de sua perna e morde o lábio inferior com força. Aquilo tudo estava voltando, podia sentir.
  - Por favor. Por mim, . - passava a mão nos cabelos sem parar. não de novo. não de novo, droga! Ele não poderia deixar isso acontecer com sua garota. O psiquiatra falara que Borderline* nunca mais voltaria, não tinha falado?
  - Hey, cara. - diz ao seu lado. - Pode ir, a gente se vira aqui.
  - Sério? - não poderia deixar os companheiros na mão. Sabia que não. Mas era tão frágil...
  - Vai logo. - tenta sorrir. não era momento para sorrisos, todos sabiam.
  - ? - volta a sua ligação. - não se preocupe, logo estarei aí.
  - Jura, ? - Ele ouvia a voz embargada de sua namorada. Ela pega um rolo de papel e tenta estancar o sangue. Encara a l?mina que provocara o corte e se sente bem por ver tudo com sangue. Se repreende, mas sabe que aquela sensação de prazer não passaria até limpar todo o sangue.
  - Sei que amanhã tudo isso ser? passado, minha linda.
  - Eu preciso de você hoje, . - sussurra, como se algu?m a pudesse ouvir em casa. Estava sozinha. Como sempre estaria sem ao seu lado.
  - E eu já estou indo. - Ele tentava amenizar toda a situação, mas não deixava de pensar no tamanho do corte que ela fizera em si mesma. Jogava algumas roupas espalhadas pelo quarto na mala. Era o último dia de turnê, voltaria amanhã a noite, mas os planos sempre mudam.
  - Eu sei que você não queria vir, mas eu preciso da sua ajuda. - continuava sussurrando e só ficava mais preocupado. pega a lâmina com a mão trêmula e a joga na pia do banheiro. O sangue descendo pelo ralo junto com seu prazer. Um prazer momentâneo e doentio. Ela tinha ciência disso.
  - Só não faça mais nada até eu chegar em casa. - Ele implora pelo telefone e sai do quarto do hotel. Pegaria o primeiro avi?o que encontrasse. Duas horas de viagem e ele já estava pensando no tr?nsito que pegaria do aeroporto até sua casa. Sua e de .
  - Eu tenho explicações para essa vez. - Era sempre assim. sempre tinha uma explicaí?o quando se mutilava.
  - Ah é? - diz, tentando distrair sua namorada.
  - É. - Ela sussurrava. - Eu só me sinto completa quando estou ao seu lado. - Disse num tom de voz m?nimo e por mais tensa que a situação estava, fica feliz por ouvir isso.
  - Eu sempre estarei ao seu lado. - Ele murmura e depois ouve a garota sorrir fracamente.

  - você sabe que não pode me dar tudo o que preciso. - fala chorosa e aponta para a cabeça.
  - Deixe de besteira, .
  - Mas é verdade. - Ela continua, ignorando o olhar de censura vindo do namorado. - O psiquiatra falou que nada disso voltaria e agora... - Ela crava seu olhar em sua perna. segue o olhar de e vê o corte praticamente cicatrizado.
  - A última vez foi há duas semanas, . Tudo isso passou. E eu sei que é melhor deixarmos esse episódio passar. - Ele pega as mãos da namorada e as beija carinhosamente.
  - Mesmo... - deixa de ouvir a voz de .
  - Fale logo, .
  - Mesmo você significando tudo para mim, eu não posso deixar de ligar para isso. - sabia que toda aquela sensação voltaria. Aquela necessidade de se cortar, aquele prazer por ver seu sangue, tudo quando saísse em turnê mais uma vez. não aguentava mais ser assim.
  - não acho que esteja firme em sua decisóo. - Ele dizia pacientemente.
  - É preciso recomeçar o tratamento.
  - Você sabe que fica mal humorada com tudo isso. - Estava preocupado. sempre ficava mal humorada com os rem?dios receitados pelo psiquiatra. Sabia que precisava aceitar a decisóo de sua garota, mas sempre se lembrava daqueles dias em que ela estava no meio do tratamento.
  - Podemos passar por tudo, .
  - Eu sei que sim. - Ele a puxa suavemente para encostar os lábios na boca macia de .
  - Obrigada por me apoiar. - murmura mesmo com os lábios grudados nos de . Como amava o beijo dele, a atenção, a compreensóo... Tudo. Gostaria de proporcionar tudo isso de volta, sabia que tinha que se livrar dessa doença. Queria ser normal. Normal para seu .
  - Sempre estarei te apoiando. - Diz gentil e afaga os cabelos macios dela.
  - Às vezes penso que tudo isso é faz de conta. - Ela fala depois de um tempo em silêncio, apenas aproveitando as carícias. - Isso está realmente acontecendo? - sorri docemente para a namorada antes de deitá-la na cama e a beijar com mais desejo.

  - EU JURO QUE NUNCA MAIS SEREI FELIZ DE NOVO! - explode com seus amigos. estava em tratamento e a briga que tiveram, superaram todas. A menina tinha expulsado o namorado de casa.
  - O que ela disse, dude? - tenta fazer o amigo falar. Quem sabe desabafando, ele não se sentiria mais calmo?
  - Ela me chutou. - Fala baixo, dessa vez. - Disse que eu não a merecia porque tinha problemas demais.
  - Mas você sabe de todos os problemas da . - diz, cauteloso.
  - É, eu sei. - diz mais para si mesmo do que para os amigos. De fato ele sabia. era uma pessoa com problemas, como todas as outras bilháes de pessoas vivendo.
  - Então? - tenta dar continuidade a conversa.
  - Ela... - A voz de some por alguns segundos. Estava chorando. Qual diferença? Não se importava com mais nada. não poderia ter feito isso com ele. Passariam por todos os problemas, não era o que ele tinha dito a ela in?meras vezesó
  - Acho melhor você descansar um pouco. - desconversa e olha rapidamente para ele. Precisava falar, falar tudo.
  - Ela disse para sermos só amigos. - acha sua voz para dizer. Era duro relembrar a cena, mas precisava fazer. Seus amigos tinham o direito de saber a raz?o de ter chego a casa em que , e dividiam em plena madrugada. - Nem se atreva a dizer que podemos ser amigos, foi o que eu disse.
  - Caramba, . - fala, realmente preocupado. sempre fora compreensivo com .
  - Mas os remédios não a afetam? você já tinha dito isso para nós. - o lembra e quase consegue ficar animado. Quase. Se tinha algo que conseguia fazer, era manter sua posição por tempo indeterminado.
  - Acho que ela procura seu bem. - fala.
  - Meu bem?
  - É, dude. Lembra quando você nos contou que ela andava diferente com você? Que se achava louca, e não achava certo você querer uma louca! - lembra do que não gosta de lembrar. Ele estava certo. Era o que o c?rebro de maquinava sem parar. Sabia que estava, mas era tudo para ele.
  - Eu... não sei o que pensar. - dizia enquanto passava compulsivamente as mãos nos olhos, tentando secar todas as lágrimas.
  - Qual foi o desfecho da briga, enfim? - prefere encerrar de vez o assunto. Sabia que o amigo precisaria de um descanso.
  - Nós sabemos que isso acontece eventualmente. - diz e se levanta, indo até o quarto de háspedes da casa de seus amigos.

  *Borderline: Uma sóndrome. Sintomas normais sóo medo de abandono, instabilidade de humor, tentativas de suicídio...

FIM



Comentários da autora

  n/C (a.k.a. nota da Cáa): WE! Um drama, finalmente. LOL
  Preciso deixar claro que o Borderline é a doença da fic, a fic meio que surgiu por essa doença. Se vocês perceberem, a personagem principal tem todos os sintomas. Só uma curiosidade, mesmo! (:
  Escrevo mais comédia e tal, drama foi meio difícil pra mim, mas essa música é tão linda que não consegui não escrever uma fic com ela. Minha música preferida, btw.
  Espero que gostem e comentem!
  ~ @xCah (: xx