I am free 2
Escrito por Bianca Barbosa | Revisado porPepper
- Não!
- Sim!
-, se você fizer isso eu te mato garota. – sorrir do nervosismo de , que me seguia pelos corredores da faculdade.
- Olha que ironia, não tenho medo algum de você. – o olhar indignado de só me deixava ainda mais feliz, se ele soubesse que tentar me impedir é inútil. – Sei que você gosta da Hanna, o que eu não sei é por que tem tanto medo de falar com ela!
- Eu não gosto dela, quantas vezes vou te dizer isso.
- Seja mais convincente da próxima. – saí andando em direção a o refeitório ainda com em meu encalço. – Virou carrapato agora ?!
- Então tchau insuportável.
- Já vai tarde carrapato!
- O que você fez pro para ele sair com tanta raiva daqui?
- Nada ué! – nada que tenha tanta importância pra ele ficar com raiva, afinal se ele não gostasse da Hanna não iria fazer tanta questão assim.
- Eu te conheço .
- Eu também te conheço .
- Você não tem jeito mesmo! – sorrimos. e eu nos conhecemos desde criança, ela é minha melhor amiga, irmã, confidente, uma parte de mim. Quando meu pai faleceu seu apoio foi fundamental e ainda é. Por mais que tenha se passado dois anos desde o falecimento de papai, ainda sinto um vazio mas que é suprimido com o amor das pessoas ao meu redor. Desde o dia em que encontrei no cemitério nunca mais deixamos de nos falar ele se tornou meu segundo melhor amigo, um dos meus portos seguro.
- Você vai à festa do Josh amanha? – perguntei torcendo para que ela fosse, não queria ficar na festa sozinha sem poder falar mal das roupas das pessoas, rir do comportamento bêbado delas.
- Claro! perde uma festa jamais – festa pra gente era sagrada jamais faltávamos uma, mentira, quando as nossas mães implicava muito não tinha jeito tínhamos que ficar em casa. Mas ninguém precisa saber disso. – Vai chamar o ?
- Sem aquele paspalho a festa não seria a mesma coisa – como disse antes havia se tornado um amigo muito especial pra mim, sua presença era essencial nos momentos bons e nos ruins. – Também porque quero promover um encontro entre ele e a Hanna.
- por que você insisti tanto nisso?
- Porque eu sei que ele gosta dela e sei também que a timidez não o deixa se declarar, então vou dar uma ajudinha para o meu amigo. – era mais que óbvio os sentimentos de por Hanna, sempre quando eu estava conversando com ela nos intervalos das aulas sentia o mesmo olhando em nossa direção. Ele sempre negou. Mas enganar a mim, sua melhor amiga, é meio difícil.
- Se você insistir, quem sou eu pra tentar te parar.
- Almoça lá em casa?
- Boca livre, é pra já. – rimos. Era impossível não rir ao lado de o seu jeito despreocupado, suas atitudes engraçadas era tudo que eu precisava e tudo que eu jamais poderia ficar sem.
- Mãe cheguei! – gritei pra que me ouvisse, provavelmente estava na cozinha preparando o almoço. – Não está em casa, que estranho.
- Como sabe?
- Porque tem um bilhete gigante na geladeira. – esqueci-me de acrescentar mais uma coisa na descrição da minha amiga: lerda pra caralho. – Não se preocupe ele deixou comida pra gente. – sorri vendo minha amiga me mostra o dedo do meio. – Que coisa feia .
- Foda-se – sentamos-nos à mesa com nossas devidas refeições uma na frente da outra. – Amiga, cê acha que vai dar certo seu plano de juntar o com a Hanna?
- Por que não daria? – perguntei de boca cheio o que causou um ataque de riso em .
- Não acho que ele goste dela só isso – deu de ombros voltando a prestar atenção na sua comida.
- Por que diz isso?
- Nada! – estava mais do que na cara da minha amiga que ela sabia de algo e que por mais que eu insistisse não iria me dizer, então decidi deixar esse assunto de lado uma hora ou outra ela me contaria pelo menos era isso que eu esperava.
- Você vai ter que tirar essa ideia da cabeça dela. – a voz alterada do rapaz demonstrava todo o seu nervosismo.
- Não dá, ela está com essa ideia fixa na cabeça. – a falta de compreensão do rapaz estava tirando toda e qualquer paciência que existia na menina. – Você sabe que quando isso acontece ela vai até o fim.
- Merda!
- Melhor é você conversar com ela, conta tudo.
- Não posso!
- Por que não?! Claro que pode, deixa de ser frouxo. – a menina já não aguentava mais as lamentações do garoto, se ele a queria porque não lutava para telar era tão mais fácil.
- Não é tão fácil quanto parece.
- Nunca vai saber se não tentar. NUNCA!
- Ela me considera apenas um amigo.
- Então mostre que é mais que isso, mostre a ela que a ama, só assim conseguirá tê-la.
havia ido embora há horas alegando ter que estudar para algumas provas que teria no dia seguinte, estranhei o modo apressado que ela saiu, não disse nada, afinal, não parecia ser nada em relação a mim. Deitei-me na minha cama cansada, o dia havia sido cheio não tão cheio como o de amanhã seria, disso eu tenho certeza.
- Filha? – ouvi a voz doce de mamãe me chamar, virei-me para olha-la melhor vendo um sorriso no seu rosto que há muito tempo não via, me senti feliz imediatamente ao constatar que mamãe estava começando a seguir em frente finalmente. Como dizem, "antes tarde do que nunca".
- Mamãe onde estava? – apesar de estar feliz por ela ainda estava curiosa e com certeza iria fazê-la me contar tudo que aconteceu para ela estar com aquele sorriso. – E por que esse sorriso?
- Esqueci que tenho uma filha curiosa. – ri a abraçando de lado, sentamos na minha cama uma de frente a outra e o sorriso bobo ainda estava lá. – Fui almoçar com um antigo amigo – o rosto de mamãe corou o que me fez rir de imediato. – Por que esta rindo?
- Nada ué! Ele é bonito, digo o seu “amigo”? – fiz aspas na ultima palavra a deixando ainda mais vermelha.
- Como disse antes, ele é apenas um amigo, senhorita e sim ele é bonito. – disse levantando e seguindo em direção à porta.
- Ei! Volta aqui me conta tudo. – chamei mas ela fechou a porta rindo, obrigada agora vou ficar com uma pulga atrás da orelha. – Mamãe isso é maldade.
Cheguei à faculdade atrasada como sempre, acho que todos já haviam se acostumado com os meus atrasos até os professores não se importavam mais. Entrei na sala e como de costume sentei-me ao lado de um garoto muito legal e que sempre fazíamos trabalhos juntos.
- Festa hoje?
- Com certeza, você vai?
- Não curto essas festas fúteis e sem conteúdo.
- Desculpa se não entendo essa sua filosofia. – olhei na direção do professor que explicava alguma coisa aos alunos da frente. – O propósito da vida é se divertir, o que será de você quando estiver mais velho? Que história você contará aos seus filhos? Que ficava em casa enquanto todos os seus amigos se divertiam?
- Que hora começa a festa chatice? – sorri vitoriosa. nunca se divertia, e só saía de casa para ir para faculdade, ter conseguido essa proeza é coisa para se comemorar.
- Esteja pronto às dez. – bateu continência que nem um soldado o que me fez rir um pouco alto, chamado atenção do professor que me repreendeu com o olhar, pedi desculpa e ele voltou a sua explicação que no momento não me interessava.
- Pronta?
- Sempre amiga. – saímos da minha casa juntas. nos esperava do lado de fora em frente a seu carro com os braços cruzados. – Oi bebezão!
- Nem . – disse com um tímido sorriso nos lábios. Beijou minha testa logo em seguida cumprimentando do mesmo jeito. – Já vi que vocês duas estão animadinhas demais para essa festa.
- E você deveria estar também.
- Eu estou .
- Percebo. – entramos no carro de , ele no banco do motorista eu no de corona e atrás.
- Temos que pegar o na casa dele. – disse animada. Vi de relance me olhar torto.
- Por que essa animação toda ?
- É , por que toda essa animação? – estranhei a pergunta dos dois, principalmente . sempre teve uma quedinha por e eu sabia disso por isso sempre insistia para ele ir a festas comigo, mas ele sempre recusava, o que fazia com que os dois só se encontrassem nos corredores da faculdade. Nessas raras ocasiões eles apenas trocavam sorrisos tímidos um pro outro, mas hoje eu tinha certeza que fariam mais que isso. estava de cupido hoje e ninguém escaparia das minhas flechas.
- Por nada ué! – paramos em frente ao endereço que eu havia dado a , desci do carro e caminhei em direção a casa tocando a campainha. apareceu sorrindo e me cumprimentando com um beijo na bochecha. Fofo como sempre.
- Então pronto pra se divertir como nunca? – perguntei seguindo ele pelo jardim indo em direção ao carro.
- Sempre me divirto . – respondeu sorrindo. Chegamos ao carro onde e estranhamente estavam com caras de poucos amigos.
- Boa noite. – cumprimentou os dois que responderam secamente. Afinal, o que está acontecendo com aqueles dois?
Chegamos à casa de Josh que já estava com um som altíssimo e com vários carros na frente, nada fora do normal.
- É isso que você chama de diversão?
- Não eu chamo isso de começo da noite, ou se quiser começo da diversão. – pisquei para ele que sorriu. Entramos na casa lotada de pessoas, com bebidas, cigarros e muita pegação. Avistei Hanna de longe e puxei pela mão para que me acompanhasse, e se misturaram entre as pessoas o que me fez os perder de vista. – Hanna!
- , como vai?
- Bem e você? – como sempre Hanna havia sido gentil. Voltou seu olhar para que devolveu logo em seguida, ao que me parece não vou precisar me esforçar muito para esse dois ficarem juntos.
- Bem também, olá .
- Oi Hanna. – parece que vou ter que ensinar o meu amigo a ser mais galanteador porque pelo amor de deus a lerdeza dele ta demais.
- Vou pegar uma bebida vocês querem algo? – a minha intenção era mais do que claro deixar os dois a sós.
- Eu vou com você .
- Não precisa .
- Vou com você mesmo assim. – beleza, estava dificultando demais as coisas para a cupida aqui. Saímos em direção a uma mesa que estava cheia de bebidas das mais diversas, cores, gostos e teor alcoólico.
- Qual o seu problema ? – perguntei pegando uma garrafa de Heineken.
- Você é o meu maior problema . – respondeu se afastando e se misturando entre as pessoas, o perdi de vista logo em seguida. Aquilo ficou na minha cabeça, por que eu era o problema dele? O que eu fiz? Aquilo não ficaria assim ele teria que responder todas as minhas perguntas e seria agora. Saí por entre as pessoas procurando avistar o que não estava sendo uma tarefa muito fácil já que a festa estava lotada complicando ainda mais o meu trabalho. Avistei e em um canto mais afastado.
- Viram o ? – os dois negaram com acenos de cabeça, não esperei para que perguntassem por algo subi as escadas para o andar superior, já que no de baixo ele não estava, o corredor estava lotado de casais fazendo as mais diversas coisa que prefiro nem comentar. Segui até o fim do corredor que dava para uma varanda, e como eu esperava estava lá.
- Por que eu sou o seu problema? – perguntei sentindo uma angustia repentina, não sabia o que era aquilo mas sabia que era o causador. – O que eu fiz pra você?
- Virou minha amiga. – cheguei perto dele olhando em seus olhos, um ato que nunca doeu tanto quanto nesse momento.
- Achei que você gostasse da minha amizade! – Achei tanta coisa de mas o maior de todas achei que nunca me decepcionaria.
- Eu gosto.
- Então por que tudo isso?
- Você não percebe?
- Percebe o que?
- E-eu... Eu te amo – sentir minhas mãos suarem, minhas pernas bambearem e meu coração acelerar, um misto de sentimentos e uma onda de lembranças dos últimos dois anos surgiram na minha cabeça.
Flashback On
- Sorvete?
- De morango de preferência. – estávamos em uma sorveria perto da faculdade aproveitando o intervalo da aula.
- Folgada. – o sorriso encantador de me fez sorrir involuntariamente como sempre acontecia quando estávamos juntos.
- Me ama menos bebê.
- Impossível, se eu não te amasse a vida não teria a menor graça.
- Profundo, mas ainda quero meu sorvete. – sorrimos. se afastou para buscar nossos sovertes enquanto eu me distraía com um joguinho qualquer no meu celular.
- Você não me leva a serio mesmo né ?
- Por que eu levaria? – perguntei arqueando as sobrancelhas e me deliciando com o meu maravilhoso sorvete.
- Deixa pra lá.
Flashback off
Como havia sido burra, como não percebi isso antes, estava na cara que gostava de mim e eu o empurrando pra outra garota. Burra, burra mil vezes burra.
- D-desculpa – era estranho saber que gostava de mim, mais estranho ainda era que lá no fundo estava gostando disso. – E-eu... – não consegui terminar sentir meus lábios serem pressionados contra os lábios de e uma sensação nova, porém gostosa percorreu meu corpo.
- Desculpa. – fechou os olhos mas logo voltou a abrir. – Não resisti, não sabe o quanto esperei por isso. – corei imediatamente me sentindo boba, afinal ainda era meu amigo pateta que estava na minha frente. – Você fica linda assim, envergonhada. – ainda estávamos abraçados o que tornava a situação ainda mais constrangedora.
- Bobão. – sorrir. Sentir a respiração de mais próxima de mim olhei para cima encontrando seus olhos que tinha um brilho que os deixavam ainda mais lindos, nossos lábios se encontraram de novo mas agora com mais calma, carinho e arrisco a dizer com mais paixão sem o item surpresa o que tornava tudo ainda melhor. – Então o que fazemos agora?
- Por mim ficamos aqui dando vários beijinhos. – deu um beijo no meu nariz o que me fez encolher ainda mais em seus braços, quente e acolhedor.
- Estou falando sério .
- Também falo sério – beijou minha bochecha com carinho. – Que tal aproveitamos o momento huh?!
- Por que não?
- Onde estavam? – foi à primeira coisa que ouvimos quando descemos as escadas e encontramos e parados de braços cruzados nos olhando com certo ar de preocupação.
- Fazendo sexo selvagem, algum problema? – bati no braço de que riu me abraçando por trás.
- Isso que dizer que estão juntos?
- Sim! – o grito a histeria de nos fez rir e chamamos a atenção de algumas pessoas. – Menos , bem menos, por favor.
- Isso merece uma comemoração. – se pronunciou saindo logo em seguida nos deixando com cara de bobos, mas logo entendemos sua intenção, comemoração sem bebida não é a mesma coisa, acho que sabia disso melhor que ninguém apesar de não sair muito. – Um brinde ao mais novo casal.
- Sem chances – reclamei pela milésima vez.
- Deixa de ser chata amor.
- Só se você pagar um sorvete pra mim. – fiz manha parecendo uma criança, ouvindo a risada gostosa de em meu ouvindo, me arrepiando imediatamente. Maldito sabia dos meus pontos fracos como ninguém.
- Te pago quantos sorvetes você quiser se for comigo – queria que fossemos à praia, estava insistindo desde de cedo quanto chegou a minha casa.
- Tudo bem, vamos pateta – o olhar indignado de me fez rir.
- Retire o que disse – sorri mais ainda – Estou esperando, , você dizer que não sou pateta mas sim lindo e gostosão.
- Sente-se então porque em pé amor, você vai cansar. – falei vendo-o levantar as sobrancelhas e sorrir de canto, aquilo me dizia que iria aprontar. Ri e no instante seguinte saí correndo sendo acompanhada de , demos uma volta no sofá ainda naquela brincadeira e como o esperando ele correu mais rápido me alcançando, me abraçou por trás ainda rindo ofegante não muito diferente de mim.
- Retire o que disse. – sussurrou no meu ouvindo – Ou vai ter que pagar por isso, .
- Qual vai se o meu castigo?!
- Esse... – senti os lábios de contra os meus e o tão clichê, borboletas no estomago. Quando estava com era tudo tão bom, mágico, tão fora da realidade mas ao mesmo tempo tão real, quando estávamos juntos tudo valia a pena. Outra dimensão outro mundo, mundo este que não existia guerras, um mundo paralelo onde tudo que continha era paixão, desejo, confiança, carinho e amor. Éramos um só, um corpo, uma só alma, uma só pessoa, tudo um para o outro, um pelo outro. Éramos felizes acima de tudo. Completos e realizados.
"I do swear that I'll always be there
I'd give anything and everything and
I will always care
Through weakness and strength
Happiness and sorrow, for better, for worse
I will love you with every beat of my heart"