Hollywood Dream

Escrito por Áurea Almeida | Revisado por Natashia Kitamura

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Capítulo 1

  Londres, Inglaterra; 2013.

  Era difícil para mim, um adolescente muito atraente e cobiçado por metade das meninas da cidade de Londres, ficar me segurando por muito tempo. Sou skatista, uso calça largada que parece metade da minha boxer, blusa justa ao corpo e tênis próprio pra skatista. Tenho os cabelos arrebitados, como se acabasse de ter levado um choque. Mas deixo-o completamente bagunçado. Sabe como é, as mulheres adoram esse tipo de cabelo. Mesmo que a mulher pela qual eu quero não goste. Aliás, ela não gosta de absolutamente nada em mim. Mas isso não me impede de querê-la mais e mais pelo mesmo motivo. Quando temos que lutar por algo, é sempre melhor. Estava no meio de um torneio de skate. Coisa simples, meio que criada por mim e meus amigos, somente para nos divertir e treinarmos mesmo. Ouvi o som estridente de Alguma música do Blink182 e de cara sabia que era meu celular. Continuei manobrando o meu skate, coisa que faço com muita facilidade, só para constar. Estava quase acabando meu tempo, olhei para o relógio digital que ficava no meio da pracinha que continha a pista de skate e o mesmo marcava 06h30min P.M. isso queria dizer que só tinha mais cinco minutos para ir pra casa tomar um banho e relaxar. Manobrei meu skate para direita, com as pernas inclinadas, subi e fiz uma manobra arriscada, segurando com a mão direita na parte interna do skate e dando um giro de 360°. , meu amigo, gritou que o meu tempo havia acabado e eu desci, lentamente, a rampa. bateu um High-Five comigo e saiu balançando a cabeça para os lados, afinal, eu havia ganhado mais um torneio que foi criado por nada mais nada menos que... Eu. Ri baixinho e peguei meu skate colocando-o debaixo do braço direito. Entrei no meu querido Jeep Commander novinho em folha e liguei o motor do carro. Coloquei o skate no banco de trás e lembrei-me do toque de meu celular enquanto estava andando de skate. Tateei o bolso da frente da minha blusa da GAB azul e tirei de lá meu celular. Havia mil e uma ligações perdidas e uma mensagem. Pensei de cara que era minha mãe, mas quando abri a listinha de chamadas não atendidas só tinha lá o nome: , e mais . Balancei a cabeça negativamente. Aquela mulher me deixa louco um dia. Abri a mensagem e nela estava escrito: ”Venha para o meu apartamento! Preciso, urgentemente, falar com você, beijos. xxÁurea.” Sorri, eu e temos um caso muito longo. Quero dizer, não fico com ela á muito tempo. Eu e meus amigos morávamos numa cidade de interior. Mas, por conta do nosso sonho de se tornar um skatista profissional, decidimos mudar para Londres, já que numa cidade pequena isso não rola. Os pais de , meu melhor amigo, são ricos e, quando falamos que queríamos nos mudar para cá, eles ofereceram um apartamento luxuoso que fica no centro de Londres para morarmos. Aceitamos, claro. E, descobrimos, logo que chegamos, que erámos vizinhos de uma das maiores celebridades de Hollywood da atualidade. já fez filmes, seriados e agora trabalha numa novela, ao lado de grandes atores também. Ela é independente, mora sozinha e é quatro anos mais velha que eu. Mas isso não importa para mim, mas pra ela, infelizmente, sim. Desde que a vi pela primeira vez sinto que o meu destino sempre fora ficar ao lado dela. Mas ela insiste em dizer que não gosta de mim e que nosso “caso” era algo passageiro. Tanto é que já faz mais de seis meses que ficamos juntos, mas vai falar isso pra ela. Ouvi umas buzinas atrás de mim e me dei conta de que eu estava no meio da rua com o carro parado. Guardei o celular no bolso novamente e liguei o motor, indo para o apartamento de .

* * *

  Cheguei ao prédio dela e subi o elevador com a ansiedade me corroendo. Não precisei pedir que a avisasse, já que ela tinha deixado meu nome na tabela de visitas do hotel. Esfreguei as mãos uma na outra, suando frio. O elevador abriu e eu fui correndo até a última porta. Bati duas vezes e esperei ela vir atender. Dois minutos, no máximo, e ela estava á minha frente. Toda linda, usando um vestidinho curto e solto da cor vermelha, os cabelos loiros num coque mal feito, deixando alguns fios caírem em seu rosto perfeito. Estava descalça, coisa rara de se ver. Ela era uns dez centímetros menores que eu. Puxei- a para um beijo, mas ela se esquivou e puxou-me para dentro de seu apartamento, fechando-o logo em seguida.
  - O que foi, sonho de Hollywood? – Disse com ironia, costumava chama-la por esse “apelido”.
  - Shh, fica quieto! Não quero que as pessoas pensem que estamos juntos! E é por isso que te chamei. – Disse ela trancando a porta e fechando as cortinas.
  - Não, você me chamou porque está com saudades de mim. – Irritar ela era meu hobby. Fui por de trás dela e a abracei pelas costas, beijando sua clavícula. Ela se arrepiou e se soltou de mim. Entrelacei os braços, intrigado.
  - Para, ! Você sabe que eu não gosto de você. E nem você de mim. O que eu quero te dizer é: não podemos mais nos ver. As pessoas estão achando que eu, uma atriz única e famosa, está namorando um skatista mais novo que eu. – Fiquei incrédulo com o que ela me disse e balancei a cabeça e joguei-me na cama. Ela deve ter percebido que me magoou com as palavras e veio engatinhando até ficar cara a cara comigo.
  - , você tem que ir logo. Não pode ser visto aqui! – Disse ela me enxotando de sua casa. Quando chegamos à porta, ela somente deu um tchau e a fechou, me deixando totalmente murcho de frente aquele corredor imenso.

* * *

  - ! Você é foda, cara. Você viu o que você fez com o moleque? Ele foi embora todo emburrado. – A gargalha de , e ecoaram em meu ouvido. Gargalhei junto com eles, era impossível não rir escutando a risada daqueles três viados. Havia acabado de vencer uma revanche e estava tudo a mil maravilhas, exceto pelo pensamento vago que continha em minha cabeça. Estava dois meses sem me encontrar e sem ter notícia de .
  - Ih, o tá todo assim esquisito porque tomou um pé na bunda daquela atriz que tá famosa agora... Qual é o nome dela mesmo? Ah, sim, lembrei! É . – tocou um High-Five com e ; e eu revirei os olhos. Odiava quando eles começavam com as gracinhas.
  - Parou, ok? Ela que quis desse jeito, então vai ser. Eu sei que ela gosta de mim e, quando perceber isso, vai vir correndo pra mim. – Disse convicto e, que me olhava enquanto dizia, caiu na gargalhada. e o acompanharam e eu levantei o pescoço, tentando enxergar dentro de um bar, uma televisão, que passava uma propaganda qualquer. Deixei as três gazelas rindo sem parar e fui em direção ao bar. Tropecei no pequeno ressalto do bar e quase cai, sem tirar os olhos da TV.
Algumas meninas olhavam para mim e, entre elas, soltavam risinhos e fuxicavam no ouvido uma das outras. Vi através da TV, o rosto lindo de . Na propaganda, ela usava um shorts jeans curto e colado ao corpo, tinha uma blusa tomara- que- caia azul marinha, cheia de detalhes nela; estava com um Allstar preto e, no cabelo, usava um lenço que vinha de cima até a parte inferior de sua cabeça, deixando o resto do cabelo , solto. Ela era linda, um sonho de Hollywood – realmente -, estava vidrado na TV, sentindo os olhos das garotas se escureceram e bufaram de raiva. Afinal, todos dali daquele bairro de Londres que me conhecia, sabia, exatamente, que eu era completamente apaixonado por ela. Senti alguém me cutucar e virei-me, me encarava com uma feição nervosa, arqueei as sobrancelhas perguntando-o o porquê de seu desespero, ele apontou para a rua e, como em câmara lenta, eu vi em sua Ferrari 458 Itália, sem teto solar, passando igual uma louca por todos os carros da rua. Seus cabelos haviam um toque que me assustou. Ela sempre dizia nunca deixar tocarem uma pitada de tinta sequer em seu cabelo e, vendo-a assim, teve a certeza de que ela estava com algo errado. Primeiro, ela não é de sair com a sua Ferrari vermelha de dia, outra, ela nunca pintaria seu cabelo desse jeito e, terceira, ela nunca iria sair "voando" pelas ruas, uma que ela não sabe dirigir muito bem e outra que ela nunca iria fazer isso para "queimar o seu filme" com a mídia.
  - Dude, faz alguma coisa. Eu acho que ela não está nada bem. - disse arrancando de meus braços o skate. Assenti com a cabeça e o entreguei meu capacete e peguei minha chave do carro e da casa, no bolso da frente da blusa da Hollister de meu amigo. Passei em disparada entre e que entenderam o meu desespero, montei encima do Jeep Commander preto, lindo e novo, e liguei o motor saindo em disparada atrás da Ferrari de . Ela acabou percebendo a minha perseguição e começou a correr mais rápido. Estava impossível alcançá-la, até porque seu carro era bem mais rápido que o meu, e ela rodou a cidade. Não estava entendendo-a, por que, exatamente, ela não ia direto para o nosso prédio? Ela curvou, de novo, uma rua e eu tive que entrar em sua frente. Pisei no acelerador e derrapei em sua frente, tirando qualquer possibilidade da mesma escapar de mim, ao menos que ela quisesse amassar seu lindo carrinho. Coisa que eu duvido muito que queira. Respirei fundo, e levantei do carro, tirando a chave do carro. Fechei a porta com tudo e fui em direção ao carro de . Abri a porta da Ferrari e ela estava sentada, emburrada e com as mãos entrelaçados logo abaixo do busto.
  - O que é que você tem na cabeça, ? Você tem noção do que fez? Você quase bateu nos postes da cidade e ainda poderia machucar pessoas que não tem nada a ver com o que você tem. - Exasperei. Ela somente levantou os olhos para mim, brilhando de lágrimas, e voltou sua atenção para frente. Como não tinha movimento naquela rua, resolvi deixar meu carro na onde eu estacionei e me sentei no carro de , perto dela. Peguei suas mãos delicadamente e entrelacei-as na minha. começou a chorar desesperadamente e seus olhos castanhos tão cheios de vida, pela primeira vez, eu os vi apagados. Ela estava apagada. Levei meus dedos até seus olhos e sequei suas lágrimas, ela fechou os olhos e abraçou- se no banco do carro. Arqueei as sobrancelhas tentando entender todo aquele drama. Sou homem e sei que já deixei várias meninas chorando por dias, mas nunca me importei, por isso, não sei o que fazer com nesse momento. Até por que eu não sei qual a razão disso tudo. nunca foi de fazer dramas desse tipo, por isso, nunca me importei em treinar esse meu lado de acalmar as mulheres para poder impressioná-la.
  - Eu não consigo mais viver sem você. - disse do nada. Até me assustei, por que ela sempre me desprezava e nunca me elogiava e essas coisas. Tirando na hora em que estamos... Deixe pra lá. Fiquei atônito, sem saber o que fazer. Já estava acostumado com ela me pondo pra baixo, dizendo que só estava comigo por estar e essas coisas que não fica sem dizer por um dia.
  - Nossa, pensei que eu nunca fosse ouvir isso de você. - Soltei uma risada abafada, revirou os olhos, mas acabou rindo também. Passou seus dedos pintados de um azul marinho entre seus cabelos e respirou fundo, estava prestes a perguntar o porquê de ter mudado a cor de seu cabelo, mas ela fora mais rápido.
  - Pintei meu cabelo de porque queria chamar sua atenção de novo. - fez uma pausa e riu de si mesmo. - Você já falou em uma das vezes em que ficamos juntos que preferiam as morenas. Eu me senti meio abalada porque sempre pensei que você fosse meu e que você deveria gostar só do jeito que eu sou. Por isso, fui lá e pintei meu cabelo. Também queria que você visse meu cabelo desse jeito e fosse atrás de mim ver como eu estava, acabada e sem perspectiva de vida alguma.
  Fiquei completamente enfurecido com tantas bobeiras que ela disse de uma só vez. Balancei a cabeça para os lados e comecei á falar:
  - Nossa e eu aqui pensando que você nunca prestara atenção em absolutamente nada que eu dizia enquanto eu estava com você. - Rimos, mas depois me concentrei no que iria dizer e fechei a cara. - E, , eu amo você do jeito que você é. Loira, chata, aquela garota que só sabe reclamar. Aquela garota que é o meu sonho de Hollywood. - Ela riu e eu também, lembrando de nossos devaneios - E não essa. Que pintou o cabelo de , que está quieta em seu canto, a garota que não tem consciência de nada por que sai voando com o carro pelas ruas. Essa garota não é a minha . E, sem querer me gabar, desde o começo eu já sabia que você seria minha. - me olhou incrédula e eu soltei uma gargalhada, fazendo com que minha cabeça pendesse para trás. acabou rindo também. Acessamos a risada e ficamos olhando um para o outro. Ela dividia o olhar entre meus olhos e minha boca. Passei minhas mãos em sua pele macia e rocei meus lábios nos dela. Ela sorriu e finalmente juntou nossos lábios. Pedi permissão para aprofundar o beijo ela logo deixou. Fui inclinando-me para trás enquanto ela se apoiava totalmente em mim, até que deitamos entre os bancos do carro. Sorri entre o beijo e passei minhas mãos em sua cintura, apertando-as. gemeu baixinho e levou suas mãos em meus cabelos, puxando-os. Dei- lhe um selinho e separamos nossas bocas. deitou em meu ombro e ficamos lá, por um tempo. Até que um carro parou atrás de nós e mandaram-nos ir para um motel. Rimos iguais retardados e colocou seus óculos escuro e me beijou delicadamente. Antes de sair do carro, perguntei-a pra onde iriamos e ela falaram para irmos para seu apartamento. Sorri malicioso e ela só balançou a cabeça. Fui até meu carro e liguei o motor, arrancando-me de lá o mais rápido possível. Durante o caminho, liguei para pra dizer que eu iria pra casa mais tarde. Ele fez algumas piadinhas idiotas e, por fim, desejou-me sorte. Ri da cara dele - mesmo não a vendo - e desliguei o celular.

* * *

  Prensei contra a parede do apartamento da mesma e fechei a porta com o pé. Cambaleei, com os olhos ainda fechados e com a boca grudada na da menina, até sua cama king- size que eu tanto amo. Beijei- a até ficar sem fôlego. Fui descendo meus beijos molhados até sua clavícula e, aos poucos, fui retirando suas roupas. fez o mesmo comigo e, aquela noite, foi uma das melhores que eu já tive com ela.

* * *

  Acordei com a claridade em meu rosto e logo que abri os olhos, o fechei. Ouvi um berro vir da sala, e levantei-me já esperando um chilique de , mas, ao me lembrar de ontem, era quase impossível ela começar a me xingar, certo? Errado. Quando se trata de , tudo é possível. Despreguicei e fui andando igual zumbi até a sala. Encontrei sentada no sofá, com uma camisola branca de rendinha e por cima dele um casaquinho fino, igualmente branco. Ela tinha em suas mãos, uma revista e uma caneca de café na outra.
  - O que foi dessa vez, ? - Perguntei, esperando que ela começasse a reclamar.
  - Olhe isso, ! " , uma das atrizes mais famosas de Hollywood, supostamente estaria namorando um skatista do interior? Isso mesmo, ontem eles foram vistos ao amasso dentro do carro da atriz. Ela, sempre que perguntada sobre seu 'romance' com o mesmo, negava. Será essa mudança de cabelo e atitude, uma alerta sobre o novo romance dela? Pelo que tudo indica (...)" Eles não tem direito de fazerem isso, ! Eles estão expondo a minha vida amorosa, e eu não quero isso! - andava de um lado para o outro e jogou a revista em meu colo. Respirei fundo e respondi:
  - , no instante em que você decidiu ser atriz você já devia ter em mente que, cada passo que você der, você seria abordada. Agora resta saber: Você tem vergonha de estar apaixonada por um moleque do interior, mais novo e skatista? - Eu disse, a raiva consumindo-me. sabia como me tirar do sério. Ela espantou-se com a pergunta e veio em minha direção.
  - Não, não ! Eu não tenho vergonha de ser apaixonada por você, ouviu? Eu te amo tanto. E eu fui uma louca de ter demorado tanto a me entregar a você. - Seus olhos estavam marejados e eu só consegui sorrir e aninhá-la em meus braços. Ter o meu sonho de Hollywood junto a mim era tudo o que eu mais queria.

Capítulo 2

  Paris, França; 24 de dezembro de 2016.

   corria para um lado e para o outro tentando conter , nosso filho. Eu só continha a risada por vê-la tão desesperada tentando pegá-lo de algum jeito. Á três anos atrás, se me perguntassem o que eu imaginaria estar fazendo nesse exato momento, com certeza não seria estar noivo de e com filho de um ano que a mesma havia me dado. A minha vida não poderia estar melhor. Estávamos em véspera de natal, e estava arrumando os últimos detalhes de nossa casa de praia em Paris, para podermos receber nossos convidados amanhã. fazia de tudo para desarrumar as coisas que sua mãe arrumava, e isso deixava incrivelmente nervosa. Deixei minha garrafa da Heineken na mesinha de centro da sala e fui em direção a . me agradeceu com os olhos e foi terminar de arrumar as coisas que faltavam.
  - É, seu bebezinho levado, você está deixando a sua mãe irritada, sabia? - Eu dizia, melosamente, para meu filho e o mesmo ria. E, consequentemente, fazia-me rir também. - Eu também gosto de deixá-la nervosa. Ela fica tão bonitinha.

  She's a hollywood dream, Straight from an a list movie scene
  Living the camera life, Oh she is the queen of Rodeo drive
  I am a midwest boy, Straight from a small town with a voice
  Screaming I want her with me, She could be the hills to my Beverly

   olhou-me de soslaio que quase fez-me ter medo. soltou uma gargalhada com o meu espanto e começou a rir também, acompanhando-o. Balancei a cabeça e disse:
  - Então é assim né? Vocês vão ficar tudo contra mim, beleza. - Fingi ficar magoado e levantei-me deixando com , já que a mesma já havia acabado de arrumar as coisas.

  What do I gotta do to be her everything? What do I gotta do to make her notice me?
  Everybody knows her name, But I wanna be worth more than fame
  I'm staring out, into a crowd, but I'm without, the one thing that I need right now
  So come be my good feeling, Cele- ele- ebrity, come and be with me (im singing)
  Cele- ele- ebrity, come and be with me, 'Cuz I'm thinking maybe there's a chance you'd like my style, I think I'm what you haven't seen in quite a while.
  Don't really know you, but I know you drive me wild Just take a chance now…

  Fiquei observando brincar com , na escada que ligava a sala e a cozinha, aos dormitórios e banheiros da casa. Sorri com a cena. Nunca imaginei a mesma cuidando de um filho, ainda mais com um filho meu. Lembrei-me do dia em que se declaramos um para o outro. E, por mais que eu tenha falado que o meu sonho sempre fora ser skatista, com o passar dos meses descobri que a minha vocação mesmo era ser cantor. Hoje, continua sendo atriz, mas está de licença, para cuidar de até que o mesmo faça dois anos. E eu, já lancei o meu primeiro álbum e estou terminando o segundo. Mas não deixo de andar de Skate com , e também. E, falando neles, eles conheceram uma empresa que contratavam skatistas e estão lá, se apresentando, profissionalmente, diariamente.

  She's a hollywood dream, Straight from an a list movie scene
  Living the camera life, Oh she is the queen of Rodeo drive
  I am a midwest boy, Straight from a small town with a voice
  Screaming I want her with me, She could be the hills to my Beverly

  Desci as escadas novamente e peguei a minha garrafa da Heineken e me sentei no sofá, junto a e . Ela lançou-me um olhar matador e pronunciou:
  - Um mês sem por em prática, por esse seu charminho. - Arregalei os olhos e gargalhou, balançando seus cabelos novamente loiros para os lados.
  - Você está brincando, né? - Perguntei, na esperança de que ela não fosse tão má assim.
  - Estou bobinho. Não sou tão chata assim. - Ela piscou os olhos e me deu um selinho.

  I've got designer dreams, She's got designer shades
  Can’t look away from her magnetic gaze, Killing me slowly when
  Her lips are t-t-talking, When I untie my tongue I swear I'll say
  Pretty girl, pretty girl, Would you trade LA to come into my world?
  Couldn't ask, for nothing more, City girl, tell me could you fall in love with a?

   adormeceu no colo da mãe e eu fui levá-lo até seu berço, para que pudesse ir beber água. Quando desci as escadas novamente, vi apoiada na bancada da cozinha, com um copo de Água na mão. Fui até ela e envolvi sua cintura com meus braços, beijando o topo de sua cabeça.
  - Estava pensando, a nossa "história" de vida até que pode se tornar uma ótima música não é mesmo? - Disse, rindo abafado pela minha ideia repentina. virou-se para me encarar e falou, maravilhada:
  - Mas é claro que dá ! E como seria o nome dessa música? - disse, entrelaçando meu pescoço com seus braços finos.
  - Hollywood Dream. - Nós dois demos risadas e, encarando aquela noite tão linda, fiquei pensando na vida. Ela, realmente, era o meu sonho. Tudo o que eu sempre quis.

  I am a midwest boy, Straight from a small town with a voice
  Screaming I want her with me, She could be the hills to my Beverly.



Comentários da autora


Ufa, quase que passou o tanto de páginas! Tive que fazer um esforcinho aí pra caber tudo. UHEUHE. Enfim, eu, particularmente, amei escrever essa fanfic por ser escrita pelo ponto de vista do principal. É realmente muito bom escrever assim, haha. Bom, deixe- me ir logo! Espero que gostem e, por favor, a autora que mandou essa música para o especial, se estiver lendo ela (jura?), quero que comente falando o que achou. Eu realmente quero saber a sua opinião. =) Bom, beijos. Au revoir! :*.