Holes In Your Jeans

Capítulo 1 - Conheçam a menina que tinha buracos em seu jeans.

  Era sempre assim, no final da tarde em uma cafeteria escondida da grande cidade, eu a esperava. Sem fãs malucas, sem paparazzis, e no momento eu estava sem filmagem alguma para fazer, o que me dava um grande espaço de tempo para pensar, refletir, respirar. Ter paz de espírito, e ter ela me meus braços.

You got holes in your jeans and few in your hear. You don’t know what it means to me, to watch you fall apart.  Cause your boken and bruised, but i can hold you close. I’ll take you in my arms tonight, just me and you.

  Ela chegou apressada, vestindo seus jeans furados - e de aparência bem antigos - que tinha grandes buracos, o que sempre me deixara intrigado de como ela tinha conseguido os mesmos. Da mesma maneira que chegou, sentou em minha frente me lançando um sorriso imenso e encantador, seus olhinhos castanhos brilhavam mesmo quando o resto do seu rosto denunciava que ela havia chorado. Havia chorado muito. E eu senti uma grande culpa ao vê-la assim. Uma pergunta quase pulava de minha boca, e eu deixei que a mesma saísse:
  – Você  está bem? - Eu perguntei, pegando em uma mão macia e branquinha. - Antes que você responda, eu sou um bom ator. Eu sei quando garotas andam chorando, então. Me diga o que aconteceu?
  – Eu vou ficar bem, eu apenas preciso de café, Logan. - Ela riu como se eu não tivesse perguntado nada de mais, e logo depois fez uma careta, levantando-se e dirigindo-se ao balcão, para obviamente, fazer o seu pedido.

Baby in a heart beat, I’ll take you with me. I just wanna get to know you, you’re throwing me off beat.  So i can’t breathe. I just wanna get to show you, If we’re falling apart.
I will fight for your heart. I can be your shield. I will fight on the field.

  Devo confessar para você, alguns pontos para que não fique perdido dentro de nossa história. Eu, Logan Lermann nunca havia aparecido com uma namorada em público, para as câmeras e paparazzis, eu sempre fora muito reservado. Até conhecer ela, . Esse era o nome dela, bochechas rosadas, cabelo castanho bem compridos, e seus jeans furados. Que, como eu já tinha comentado anteriormente, são os mesmo do dia em que eu a conheci. Que ela apareceu toda sorridente, pedindo uma foto e um autógrafo e um sorriso bobo apareceu em meus lábios, e eu não deveria ter olhado para os olhos dela, porque eu havia ficado hipnotizado. Apaixonado.

  Depois daquele dia, foi uma luta para conseguir vê-la de novo. Não pelo fato que, eu estava gravando “As Vantagens de ser invisível”, mas por ela estar em algum lugar, desse mundão que eu não sabia qual era, mas era impossível esquecer aqueles olhos. E no mesmo local que eu estava ali, esperando que ela voltasse com o café que havia pedido em mãos, eu a encontrei novamente (ela não estava com as calças furadas), mas tinha o mesmo brilho nos olhos. Olhos que me hipnotizavam.

Capítulo 2 – Confusão de paparazzis

Baby when our life gets colder. I’ll be your soldier. Na na na na na. I’ll be your soldier. Na na na na na. Just put your arms, you’ll be alright. Cause the world is like a battlefield, that i’ll be here to fight. I see the scars and your wounds, i’ll try to heal them to.

  Passamos uma hora em pleno silêncio, depois que ela voltou com o café puro em suas mãos. Não havia brilho nos seus olhos, havia um sorriso acanhado as vezes enquanto eu a fitava.
  Sabe, depois que nos encontramos três vezes no mesmo lugar, eu estava acostumado a ouvir as suas aventuras (sendo uma pessoa não famosa), estava acostumado com as suas risadas histéricas, e amava como ela ficava extremamente vermelha, depois que eu a beijava nos lábios, no banco mais reservado da cafeteria.

I’ll take you in my arms tonight, just me and you.

  Acho que era a hora de mostrar que eu estava sim, pensando nela, pensando em nós. E mesmo que eu tivesse uma vida bem diferente da dela, nada iria nos atrapalhar. Seria apenas o primeiro passo, para um novo começo. Vários planos pairavam e minha cabeça, e eu sorri automaticamente assim que terminamos o nosso café.

  - Por que sorri, Lermann? - Ela perguntou, enquanto levantava-se de sua cadeira.
  – Nada não, apenas estou pensando em algumas coisas muito boas. - Eu comentei, e ela sorriu enquanto andávamos em direção a porta. - Eu a levo para casa.

  Ela havia parado alguns passos atrás de mim, porque nunca saímos junto de um local, e pela sua cara, ela também não havia gostado do último comentário que eu havia feito. Sem pensar duas vezes, e ainda sorrindo eu fui em sua direção e peguei delicadamente a sua mão.

Baby in a heart beat. I’ll take you with me, I just wanna get to know you. You’re throwing me off beat. So, I can’t breathe. I just wanna get to show you, if we’re falling apart. I will fight for your heart. I can be your shield, I will fight on the field

  - O que você está fazendo, Lermann? - Ela sussurrou, um tanto braba enquanto caminhávamos os poucos passos em direção a porta da cafeteria.
  – Quero leva-la para casa. - Eu comentei, e continuei sorrindo assim que vi, que estávamos na calçada.
  – Eu estou com o meu carro, Lermann. - Ela continuou, braba.
  – Eu posso leva-la até o carro? - Eu perguntei, agora sério. Enquanto ainda estávamos na calçada, o comportamento dela não era o que eu esperava.
  Ela negou com a cabeça, e me empurrou (com nenhuma gentileza) assim que viu, que vários paparazzis vinham ao nosso encontro com suas grandes câmeras já disparadas e eu apenas sorri novamente, enquanto ela seguia para o seu carro. E logo, eu segui para o meu carro, enquanto rapidamente no mesmo, depois de dar um aceno de mão para os fotógrafos.

  - Pense, pense, pense. - Eu murmurava comigo mesmo, dentro do carro. Enquanto ela saia em alta velocidade com o seu, e eu fechava a janela do meu caro, e ouvia um dos paparazzis dizendo: “Qual é cara, acho que ela te deixou na mão.”

Baby when our life gets colder
I’ll be your soldier
Na na na na na
I’ll be your soldier
Na na na na na

  Eu daria um jeito de despistar os meus queridos paparazzis e iria atrás dela, a reação da mesma havia me deixado intrigado. Liguei meu carro, e segui o caminho como se eu fosse até a minha casa e/ou para algum outro lugar. Porém, os paparazzis continuam a me seguir. Seria ação inútil demais ir até a casa dele, com os mesmo no meu pé.

  No dia seguinte...
  Toquei a campainha da sala dela, duas vezes. Quando estava prestes a tocar a terceira vez, eis que ela abriu a porta rapidamente. E da mesma maneira que abriu, fechou, em minha cara. Mas, eu não ia me deixar abalar e dei um passo para a frente, abrindo a porta em minha frente.
  - , . A gente precisa conversar. – Eu simplesmente entrei na casa, gritando a plenos pulmões. A encontrei voltando da cozinha, com um sorvete de chocolate na mão.
  Ela não parecia preocupada. Ela não parecia brava.
  - Lermman, eu não dei nenhuma autorização a você, para entrar na minha casa. – O tom como ela havia falado, denunciava: É, ela estava brava. – A gente não tem nada para conversar.
  Eu me apoiei no sofá mais perto que eu havia encontrado, cruzei os meus braços e soltei um riso baixo.
  - Não? – Eu a olhava nos olhos. – , você ontem me deixou falando sozinho, no meio daqueles paparazzis e simplesmente saiu.
  - É Logan, para um bom ator, acho que você não entendeu nada. – Ela disse, encostando-se na mesa que ficava ali, logo a frente.
  E quem ficou confuso, naquele instante fui eu.

Capítulo 03 - Então eu vou prometer, que serei o seu soldado.

  - Não, eu não entendi. – Eu ergui as sobrancelhas. – Desde o começo do nosso relacionamento, mesmo ele sendo bem diferente dos demais. – Eu respirei fundo, e continuei: - Eu sempre achei que você quisesse que assumíssemos o nosso relacionamento para o mundo, para os outros. E quando eu tinha decidido fazer isso...
  - ... Eu simplesmente te deixei na mão, e segui para o meu próprio carro. – me interrompeu, continuando a minha frase. Ela respirou fundo e continuou: - Acho que não vamos brigar, vamos conversar como pessoas adultas. – Ela disse, calma.
  Eu apenas contornei o sofá marrom, enquanto ela sentava no mesmo e deixava o seu sorvete em algum lugar que eu não sabia qual era. Mas, isso não era o que importava agora.
  Assim que eu me sentei, ela continuou:
  - Você entendeu ao contrário, o que eu sinto. Acho que a culpa disso é minha. Eu simplesmente fico paranoica assim que eu vejo todas aquelas câmeras, todas as notas nos jornais, seus ensaios fotógrafos e inúmeras coisas que existem no seu mundo, e não existem no mesmo. – Ela não olhava para mim, e sim para as próprias mãos. – Logan Lermann, eu não quero ser uma pessoa famosa como você.
  - Então, porque ontem você estava com aquela cara?
  - Por que você não correu ontem para cá, e veio falar comigo? – Ela ficou braba. Era incrível o modo como ela mudava de humor, pelo menos. Naquele dia.
  Eu sorri involuntariamente, e vi que ela ficava vermelha.
  - Por que sorri, Lermann? – Ela cruzou os braços.
  - , garotos são lerdos, e você provavelmente já sabe disso. Eu não apareci na sua humilde residência ontem, porque os paparazzis estavam atrás de mim, e eu teria um bom tempo para pensar, se eu fiz alguma coisa errada. – Agora foi à vez dela, de sorrir. – Eu entendi ao contrário mesmo, . Pelo modo como estava a sua expressão ontem, há muito tempo eu estou pensando em revelar o nosso relacionamento para os outros.

When you’re feeling low, i can take you higher.
When the world is cold, i’ll be your fire.
I’ll be there, when you need a shoulder
We can win this war,
I will be your soldier.

  - Não o faça, por favor! – Ela simplesmente suplicou, vindo em minha direção.
  E eu me assustei.
  - É essa a questão que eu não entendo, . Por quê? Eu levei muito tempo decidir se era o bom ou não, que eu mostrasse o quanto eu gosto de você , o quanto eu amo você.
  - Pensa um pouco, Logan. Junto com você, vem todo o resto. Acho que eu não estou preparada psicologicamente, fisicamente e o que mais vier...
  Ela estava certa, mas eu não ia desistir dela tão fácil. Automaticamente estendi a minha mãe, e logo vi que os olhinhos de estavam enchendo-se de água, e ela relutou bastante para pegar a minha mão. Sendo assim, eu a puxei para perto de mim. A colocando delicadamente em meu colo, enquanto eu me recostava no sofá da sala dela.
  Mas isso não impediu que minha pequena, continuasse a falar:
  - ... Eu gosto muito de você, eu amo muito você Logan. Só que eu não sei como eu me comportaria, eu não sei continuaria a mesma coisa, o mesmo sentimento. – Agora ela soluçava, e eu estava preocupado demais.
  Levantei levemente a sua cabeça (que a essa altura estava depositada em meu peito) e pude olhar os olhos castanhos lagrimosos dela. Sem pensar duas vezes, limpei todos os sinais de água ali, e quando vi, já estava acariciando o rosto da minha pequena.
  - , e se nós tentássemos? – Ela piscou os olhinhos, e eu continuei a falar: - Claro, ! Você não precisa aparecer para o mundo – eu rolei os olhos automaticamente – de uma hora para a outra. Tudo tem o seu tempo, e você sabe disso.
  - Se o nosso amor é tão grande assim, ele vai superar isso. Com certeza! – Ela respondeu, já contente, distribuindo milhões de beijos pelo meu rosto, enquanto eu ria.
  - Acho que você é bipolar, . – Eu tentei falar, em meio as risadas que ela começou soltar, e eu acompanhar.
  - E eu tenho certeza absoluta, que eu amo você, Logan Lermann. – Ela parou de rir, mas ainda sorria.
  - E eu serei o seu soldado. – Pude ver, que ela franziu o cenho. – Serei seu escudo, sempre a tomarei em meus braços quando alguma coisa der errada, e para te proteger. Dos paparazzis, as fãs malucas, das fofocas...
  - Logan! Logan! – Ela me chamou duas vezes. – Foco, foco. Aqui! Eu estou aqui! Essa é a hora, que você deve me beijar... É sim que está no script!
  Quando percebi, minha pequena maluca bipolar, se movimentava de um lado para o outro, tentando chamar a atenção.
  É, eu provavelmente havia voado demais dentro do meu mundo, e estava me preparando para acabar com a “nossa conversa de adultos” de um jeito diferente. A beijando.

Capítulo 4 – Esse é o final mesmo da nossa história?

  - Pela primeira vez, Logan Lermann é visto com uma garota! No dia de ontem (14/06), o ator que está atualmente divulgando seu novo filme: Percy Jackson e o Mar de Monstros, fora visto de mãos dadas com uma morena, que estava elegantemente vestida. Eles saiam da nova boate da cidade, chamada...
  - Minha pequena, o café chegou... – Eu a cortei, enquanto colocava a bandeja do café da manhã, na frente dela.
  - Você não escutou o que eu acabei de ler, Logan? – Ela não deu ouvidos ao que eu falei, e fez uma careta engraçada.
  - Sim, eu escutei. – Eu sentei ao lado dela, na cama enquanto ria. – Mas, o que isso vai mudar?
  - Bom, pelo menos ele falavam que eu estava elegantemente vestida. O que de fato, não é mentira. Eu era a única menina bem vestida naquela boa, por favor... – Ela tagarelava enquanto pegava um bolinho de chocolate, e rolava os olhos.
  Eu queria ficar o dia inteiro olhando para a minha garota bipolar. Mas, ao invés disso:
  - Cause baby in a heart beat, I’ll take you with me. I just wanna get to know you. You’re throwing me off beat. So, I can’t breathe… I just wanna get to show you, If we’re falling apart. – Eu tentei cantar, o melhor possível.
  - Eu conheço essa música! Não foi esta, que tocou enquanto dançamos no meio da pista, ontem? – Ela perguntou, agora tomando um gole do suco de laranja e depois olhou para mim.
  Eu continuei a cantar, mas dessa vez seu rosto estava colado no meu, minha boca estava rendo a sua orelha, o que a fez sentir um leve arrepio, que era visível na sua pele.
  - I Will fight for your heart. I can be your shield, I will fight on the field. Baby when our life gets colder. I’ll be your soldier, na na na na. – Ela sorriu.
  Eu sorri.
  E logo nossas ações tomaram outro rumo. Eu estava beijando carinhosamente, a minha garota bipolar, a minha garota que sempre usava os jeans cheios de buracos.

FIM