Hey Sister - The Pain Of Goodbye
Escrito por Gi Buscacio | Revisado por Luh
"You make me feel good, you make me feel safe, you make me feel like I could live another day"
- Laser Light, Jessie J.
Outono
Em algum lugar de Luton, na Inglaterra, duas garotinhas de dez anos acordavam animadas pois sabiam que iriam encontrar uma a outra. Provavelmente iriam andar de bicicleta até o parque que ficava no meio do caminho entre as duas casas e iriam tomar sorvete, como sempre. , a mais velha, compraria um sundae com calda de chocolate para e compraria uma casquinha mista para . E depois elas voltariam para o parque, juntariam as folhas amareladas que caiam das árvores em um grande monte e brincariam de ficar de se jogando em cima do mesmo, espalhando as folhas pelo chão novamente. Quando se cansassem, juntariam as folhas mais uma vez e deitariam em cima para simplesmente olharem o céu limpo e ensolarado enquanto conversam sobre suas vidas ou sobre o que comeram no café da manhã. Típica manhã de outono para e . As meninas tinham uma rotina para cada estação do ano e, provavelmente porque estavam dividindo o momento uma com a outra, não se cansavam de repeti-la todo ano.
Mas, mesmo que as garotas ainda não soubessem, essa estação sairia um pouco da rotina. E, infelizmente, iria afetar todas as outras, muito provavelmente extinguindo-as.
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acordou em seu quarto que tinha as paredes pintadas de lilás com prateleiras de madeira infestadas de bichinhos de pelúcia e fotos suas com , sua melhor amiga desde que se entende por gente. A garota foi tomar um banho e colocar a roupa que tinha separado com no dia anterior, as duas haviam resolvido combinar suas vestimentas para o dia. Ao descer, encontrou sua mãe preparando waffles, seu pai sentado à mesa lendo seu jornal e bebendo seu habitual café e sua irmã mais nova que tinha 9 meses, Amy, sentada na cadeirinha para bebês e batendo animadamente na mesinha da cadeira. Ao sentar-se na mesa, a garota pode avistar uma jarra que continha, muito provavelmente, mel para pôr nos waffles e sua caneca preenchida por chá. A garota percebeu que algo estava estranho. Sua mãe só fazia sua comida preferida quando tinha algo de ruim à contar e queria "adoçar" a filha. Talvez a mãe só estivesse querendo agradar a garota. Um pouco confusa, a pequena menina resolveu que a segunda opção era melhor e aproveitou a primeira refeição do dia.
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estava dormindo pesadamente no quarto que dividia com a irmã menor, Kath, que tinha 5 anos quando seu pai e sua mãe, com seu irmão Nick, de 9 meses, nos braços, irromperam pela porta gargalhando e gritando para as garotas acordarem. acordou com um pulo e, ao entender o que acontecia, sorriu vendo a família feliz. Já Kath, continuou dormindo, sem se importar com os intrusos no quarto que tinha as paredes mistas em rosa e azul, duas camas de solteiro em cada canto do quarto e fotos de e espalhadas pelo lado da irmã mais velha. A parte da família que já estava acordada se dirigiu à cozinha para comer o bolo de laranja com açúcar que a matriarca da família havia preparado na noite anterior e beber o café ou o chocolate quente que a mesma havia feito poucos minutos antes. Ao sentir o cheiro dos pães franceses com queijo que saíam do forno, Kath acordou e caminhou até a cozinha com sua cara de zumbi matinal; ela estava faminta. , ao ver a cena de toda a família de sangue se divertindo e comendo, sorriu. Só faltava uma coisa para a manhã estar perfeita: , que já era quase da família.
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Quando o relógio marcava 11 horas, saiu em disparada do quarto. Estava meia hora atrasada para encontrar com . Só a simples menção de quebrar a rotina, já estremecia, imagine efetivamente fazer isso.
- Aonde vai, ? - A mãe da garota, que brincava delicadamente com as mãozinhas de Amy, perguntou.
- Encontrar com a . Tchau, mamãe. Já estou atrasada. - A menina deu um aceno tímido para a mãe e bagunçou levemente o cabelo quase inexistente da irmã.
- Não esqueça de voltar para o lanche da tarde! - A mãe gritou enquanto a garota corria porta afora, fazendo-a voltar e responder:
- Talvez eu coma na .
- Só não se esqueça de comer.
- Sim, mamãe, vou comer. Prometo.
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já estava impaciente. Esperava que tivesse um ótimo motivo para deixa-la esperando por quarenta e cinco minutos no parque. Sua bunda já estava ficando quadrada! Avistou uma garota pedalando desesperadamente sua bicicleta e teve a certeza de que era a . Assustava-se com a falta de pontualidade da garota; nem parecia britânica!
- Mil desculpas, ! O banho estava tão bom!
- Está bem, . Te perdoo. Mas essa será a última vez, hum? - As duas riram pois sabiam que não seria a última vez, afinal, sempre se atrasava e , por mais que falasse estar com raiva, nunca realmente ficava chateada com a melhor amiga e sempre a perdoava. Ou talvez, quem sabe, essa fosse a última vez.
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encarava curiosamente enquanto a garota dizia, detalhadamente, como a mãe a ensinara à cozinhar a lasanha divina que a avó era famosa por fazer.
- Mamãe nunca me ensinou nada do tipo. Às vezes me parece que ela não gosta de mim. Você mesma vê como ela trata Amy de maneira diferente.
- Claro, . Amy tem 9 meses! - gargalhou. - Isso é só ciúmes porque sua irmã ganha mais atenção do que você. Eu também fiquei assim com a Kath, mas logo passa.
- Tomara que você esteja certa, . Gostava da atenção que mamãe me dava. - A amiga mais nova fez um leve bico enquanto se afundava nas folhas.
- Já disse que você fica muito fofa com esse bico? - perguntou, fazendo desfazer o bico na hora.
- Você fala como se fosse mais velha. - falou, sentando.
- Eu sou mais velha! - falou, empurrando nas folhas e correndo pelo parque.
se levantou e correu atrás da amiga, iniciando uma brincadeira de pique-pega que só terminou quando foi empurrada no amontoado de folhas.
- Lembre que você só é três meses mais velha!
- Tudo bem, temos a mesma idade e não se fala mais nisso.
- , nós temos a mesma idade. - As duas riram.
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olhou para o céu e respirou fundo vendo que a amiga tirara um leve cochilo. Estranhou o fato de ele estar meio escuro. Talvez as garotas tivessem perdido a noção do tempo, isso era normal quando estavam juntas. Desviou seu olhar para o relógio de pulso e constatou que eram 15 para as 18. 15 para as 18?! Elas estavam atrasadas para o lanche! Nem se quisessem ia dar tempo de acordar , pegar as bicicletas e correr para casa. levantou, batendo as mãos no short para tirar as folhas grudadas e já sentindo o sermão que levaria da mãe. Acordar não foi tão difícil, mas a mais nova fez questão de errar a senha do cadeado da bicicleta, no mínimo, umas dez vezes. iria para a casa dela. Elas pegaram suas bicicletas e pedalaram mais rápido do que o normal para a casa de . Desviaram de pessoas, quase caíram e não sabiam como ainda estavam em cima da bicicleta. Elas estavam chegando na casa de , faltando somente atravessar uma rua e estariam sob o teto acolhedor muito conhecido pelas duas. , sem prestar atenção à rua, atravessou em cima da bicicleta. viu tudo pela borda da calçada, o que a fez se sentir uma inútil depois. Um carro vinha em alta velocidade e, sem ver a jovem ciclista, foi em direção ao sinal. Foi por um segundo, um mísero segundo. O carro bateu no início da roda dianteira da bicicleta, atropelando a garota que estava em cima da mesma. A cabeça de levou um encontrão com o vidro do carro e sua perna virou em um ângulo anormal. O grito de horror de misturado ao grito de dor de pode ser ouvido de longe, inclusive pelos pais da mais velha, que esperavam as duas chegarem. largou sua bicicleta e foi ao socorro da amiga com a cabeça ensanguentada. Mesmo que seu conhecimento de medicina se resumisse à alguns remédios, tentaria ajudar de todas as formas. estava atirada no chão e urrava de dor. O carro causador de tanta dor não podia mais ser avistado. Os vizinhos ligavam rapidamente para todos os números de socorro que conheciam. Um único sentimento rondava as duas garotas: o medo.
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se agarrou na amiga com toda a força de uma menina de 10 anos ao ouvir a sirene da ambulância se aproximar. Os paramédicos tiveram que colocar as duas garotas ensopadas de sangue juntas na maca. Todos conseguiam ver o pequeno corpo da garota mais nova se balançando enquanto ela chorava copiosamente. sabia que uma hora teria que se separar da amiga, mas simplesmente não conseguia. Era o seu exemplo de vida ali, deitado em uma maca sendo sedado! O que esperavam que a pequenina fizesse? O hospital acionou os responsáveis pelas duas, que chegaram em poucos minutos. Foi preciso o pai e mais dois enfermeiros para separar de sem machucar nenhuma das duas.
- Me solta! - gritava incansavelmente para o pai. - Quero ir com ela!
- Chega! - A mãe falou baixo e bravamente. - Fique quieta!
- Mas eu não quero ficar quieta, quero ficar com ! - A menina falou, batendo o pé no chão.
- Não me importa. Só cale a boca. - A mãe disse e o pai, como sempre, manteve-se calado. A garota desabou no chão e a mãe de se aproximou.
- Venha, criança. - A amorosa mulher disse. - Vamos sentar. vai ficar bem.
- Eu queria tanto estar com ela! - A garota soluçou mais alto, mas logo o abafou, com medo de que a mãe escutasse.
- Eu sei querida, eu também. - A mulher falou, acariciando levemente a cabeça da desesperada garota e quando percebeu que ela prendia o chorou, falou: - Chora que faz bem, meu amor.
Kath, Nick e o pai de logo se juntaram as duas e eles se confortaram, cada um com sua grande parte de dor.
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acordou assustada. Lembrava-se de tudo, embora na hora do acontecimento sua mente tivesse dificuldade de processar alguma outra coisa do que a dor latejante em sua cabeça e em sua perna e as suas cordas vocais tivessem dificuldade de produzir algum som que não fossem gritos estridentes. Ela estava, com certeza, em um hospital. Lembrava-se claramente de agarrando-se à ela enquanto as duas eram postas em uma maca. Mas a partir do momento em que os paramédicos furaram-na com uma agulha e ela apagou, ela perdeu a noção do que acontecia ao seu redor. O quarto era branco, porém tinham alguns desenhos e com isso ela concluiu que estava em um dos quartos da ala infantil. Pela claridade que estava vindo da janela, já estava de manhã. Ela, com espanto, percebeu que seus pais não estavam no quarto, mas ela logo se acalmou ao ver a família entrar. Mas... não estava com eles. Aonde ela estava? Será que a mãe dela não tinha a deixado ir ver a amiga?
- Oi, querida. Está se sentindo melhor? - A mãe perguntou, sentando-se na cadeira que havia ao lado da maca em que a garota estava e Kath sentava-se na beirada da cama que estava encostada no canto do quarto.
- Sim, mamãe. Minha cabeça não dói tanto e minha perna só lateja um pouco.
- Isso é bom... Você dormiu por dois dias, sabia? - A mãe falou, com um sorriso doce.
- Tanto tempo assim? Uau! - A garota falou, realmente impressionada. Para ela parecia uma noite. - Mamãe, onde está ?
- ? Bom... Ela não pode vir hoje.
- E amanhã? Ela vem?
- Também não vai poder. - A mãe falou, abaixando o olhar, parecia triste. Com um aperto no coração e sabendo que estavam escondendo algo dela, viu seu pai e sua irmã com olhares tristes.
- Então quando ela vem? - falou, com medo de realmente saber a resposta. Resposta essa que a mãe não teve coragem de dar porque sabia o quanto a pequena ficaria triste. - Mamãe... Onde a está? Quando ela vem me ver? - Ela repetiu a pergunta.
- Ela não vai vir nunca, meu amor.
- Por quê? - A garota já sentia seus olhos ardendo e vazando toda a dor que seu pequeno coração sentia.
- Ela e a família se mudaram, filha. - A resposta veio do pai porque a essa altura a mãe, que considerava uma filha, também chorava.
- E qual é o problema? Eles podem vir de carro!
- Não filha, eles mudaram de estado. Foram para Birmingham, não podem simplesmente pegar o carro e vir para Luton. - A garota levou alguns instantes para entender que talvez nunca mais visse a melhor amiga de novo.
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- Como é que é?! - berrou com a mãe, que estava banco do carona ao lado do pai, que estava dirigindo.
- Abaixe esse tom, mocinha. Não estamos indo ver sua amiga. Falamos isso porque sabíamos que você não iria entrar no carro se soubesse que estamos nos mudando.
- Eu quero ver a ! - A garota gritou.
- Pare de gritar comigo! - A mãe gritou de volta.
- Eu. Quero. Ver. A. ! - A garota falou mais baixo e com mais raiva.
- Dê um jeito nisso, seu frouxo. - A mãe falou e o pai, como o bom cachorrinho que é, obedeceu.
- Meu amor, tente aceitar, sim? Talvez nas férias nós voltemos e você vai poder vê-la.
- Eu não quero ver ela nas férias. Eu quero vê-la agora. - A menina falou mais baixo, afinal, era o pai que estava falando com ela.
- Você não vai. Nós não vamos perder nosso voo por besteiras. - A mãe falou, curta e grossa.
- A não é besteira! - A garota falou e com raiva, chutou o banco da mãe, que estava na frente dela.
- Se você chutar meu banco mais uma vez, a marca da minha mão vai ficar na sua bunda por semanas de tão forte que vai ser o tapa. - A mãe disse, a encarando e a garota, com mais raiva ainda, chutou mais uma vez e mais forte. - Pare o carro. - A mãe falou, saindo do mesmo, puxando a filha mais velha e cumprindo com a sua palavra. Ela deixaria uma bela marca de mão na parte traseira da garota.
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andava desanimadamente pelo parque em que sempre se encontrava com . Ela tinha saído do hospital faziam dois dias. Ainda tinha dificuldades em mexer a perna que estava engessado, mas estava se virando. Assim que saiu do hospital e voltou para casa, a garota foi conferir a casa de . Talvez seus pais tivessem desistido de se mudar. Mas seus olhos vazaram, novamente, a dor que seu coração sentiu ao ver a casa amarela da amiga apagada e sem a mesa e as cadeiras brancas que normalmente ficavam no jardim. Ao olhar a casa, a realidade pareceu atingir , que caiu em cima da grama bem cuidada da recém abandonada casa. Ali a garota deitou e chorou. E ali a garota ficou e chorou. Porque a amiga havia ido? Ela poderia ficar! Poderiam morar juntas! Mas a casa vazia provava que a amiga não pensava assim. Porque sua única e melhor amiga a havia deixado? Ela simplesmente não conseguiu entender. Limpou suas lágrimas e caminhou em direção ao parque. Passou pelo banco em que a amiga a deixava esperando quando se atrasava e seguiu para a sorveteria. Encarou a atendente que sempre a atendia e pediu a casquinha mista que a amiga sempre comprava pra ela e com uma tímida lágrima, pagou. seguiu, sozinha, para o parque e quando acabou seu sorvete, caçou folhas amareladas no chão, as juntou em um amontoado de folhas e se jogou em cima. A pequenina não teve forças o suficiente para se levantar, então ficou ali, chorando e se abraçando. Quem passasse por ali veria uma garotinha chorando e tentado, inutilmente, se proteger de algo invisível. O que a pessoa não saberia era que a garota não tentava se proteger de algo invisível, ela tentava se proteger da dor dilacerante que vinha de dentro. De dentro do seu coração.
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encarava os pingos de chuva que escorriam pela janela de sua nova casa, em Birmingham.
- Se eu estivesse em Luton, não estaria chovendo. - A garota murmurava constantemente.
Por mais que a menina estivesse em Birmingham, sua cabeça estava e sempre estaria em Luton. " já sabe que eu me mudei?" "Ela já saiu do hospital?" "Ela se importou comigo?" "Será que ela está tão triste como eu?" "Será que o cachorro da Dona Elizabeth ainda está doente?" Eram as perguntas mais frequentes na cabeça da pequena. Ela não entendia o porque de não a deixarem lá. Não conseguia entender. Sempre fora uma boa filha, boa neta, boa aluna, boa amiga, boa irmã... Boa tudo, exatamente como a mãe queria. E mesmo assim, lhe tiraram sua vida inteira. Luton e seus habitantes eram tudo para a menina. Como ela conseguiria ir à escola sabendo que quando chegasse lá não encontraria ? Que na volta da escola não comeria uma das iguarias cheias de açúcar da mãe da amiga? Que não haveria mais a doce e velha dona Elizabeth para lhe pedir ajuda para cuidar do impecável jardim? Como ela poderia viver em Birmingham sabendo que nada seria como em Luton? Era tanta maldade que a menina não sabia como definir! Com muitas lágrimas para chorar, subiu para o seu novo quarto que já estava arrumado e era uma cópia mal-feita de seu antigo quarto em Luton, pegou seu grande diário e escreveu, com uma caligrafia tremida, as coisas que mais a importunavam.
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Talvez, quem sabe, as meninas se reencontrassem. Provável? Não. Impossível? Também não. Quem poderia garantir? Elas sofreriam com a separação, mas com o tempo a ferida iria cicatrizar, elas não ficariam tão dependentes uma da outra. Elas iriam se esquecer.
Nota da autora: E aí, pessoas? Como vai a vida? Bem, essa é uma fiction baseada em fatos reais e blá bá blá. Na realidade, isso aconteceu entre o Acre e o Rio de Janeiro (Quem aí é acreano? Minha irmã também é, mas eu sou carioca o/). Eu tentei pegar um estado bem pequeno da Inglaterra e, pesquisando, escolhi Luton que tinha 240.000 habitantes em 2009, segundo o Google. Tinham outras com 83.000 e até 29.000, mas os nomes eram muito longos ou muito “complexos”. Eu queria estados distantes, mas se a pesquisa estiver correta, entre Birmingham e Luton tem 101.03 quilômetros ou 75.20 milhas de distância. Não era o que eu queria, mas é suficiente. Bom, essa fanfic tem outra parte, mas como eu não sei se essa aqui vai agradar ou não, eu peço que vocês comentem se querem que eu poste a outra ou se ela é uma droga, é melhor que tire.
Obrigada por lerem!
Beijos, Gi! <3
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