He Is Not Good Enough For You

Escrito por Mayh Angeli | Revisado por Pepper

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Música: Little Mix - Boy

  Com lágrimas nos olhos, ela caminhava pela chuva sem se importar com o frio, enquanto lembrava de todas as promessas que ele tinha feito. De todas as vezes que ele havia prometido não machucá-la.
  Mas ele tinha feito mais uma vez.
  Seu celular tocava insistentemente em seu bolso, mas ela sabia que não era ele. não era o cara que corria atrás, nunca foi. Quem ligava era , seu melhor amigo. Ela não atendia porque sabia o que ele ia dizer:
  "Esqueça ele. Você no fundo sabe que ele não é bom para você" Ela realmente sabia disso, ele estava certo, sempre estava, mas ela não queria ter que admitir para ele o quanto tinha sido fraca. Como todas as outras vezes. Como em todas as várias outras brigas do casal.

  - Me desculpe, ! - ele pediu mais uma vez. - Por favor, me perdoa!
  - Eu já mandei você sair da minha frente, . - Falou com a voz tremendo devido ao choro que segurava. - Tudo que ela queria era sair do apartamento dele o mais rápido possível e de preferência, não vê-lo nunca mais. Mas como sempre ele tornava as coisas mais difíceis para ela.
  - Eu não vou sair! , você sabe o quanto eu te amo...
  - CALA A BOCA! - Ela gritou limpando uma lágrima que escorreu. - Cala a boca.
  Ela colocou a mão na frente do rosto tentando impedir que mais lágrimas escapassem, mas o garoto se aproximou e segurando seus braços.
  - , desculpa! Você sabe que eu não te machucaria, eu...
  - Já mandei você calar a boca! - ela disse se afastando irritada. Estava cansada de ouvir isso, mas ele sempre a fazia chorar. Estava cansada de ter que ficar em casa enquanto ele se divertia com os amigos. Cansada de ter que fazer só o que ele queria, de ter que implorar para que ele tivesse tempo para ela. Cansada das milhares de amiguinhas com quem ele vivia de gracinhas e carícias, e principalmente, cansada de brigas cada vez que tentava se impor. Ela não aguentava mais essa mania que ele tinha de gritar com ela até fazê-la acreditar que estava errada. Porém, o pior de tudo era que depois ele falava a mesma coisa de sempre: "Você sabe que eu nunca quis te machucar", mesmo tendo machucado.
  - ... - Ele repetiu baixo agarrando a garota pela cintura. - Eu te amo, mas é você quem começa. Eu não queria falar essas coisas... - Falava baixo enquanto distribuía beijos que a arrepiavam. o empurrou. Não de novo. Ela não terminaria na cama dele mais uma vez.
  - Para de fazer isso! - Gritou ainda entre lágrimas. - A culpa não é minha, é sua, sua!
  - ... - Ela a puxou novamente para ele enquanto tentava acalmá-la.
  Ela negou com a cabeça.
  - Me solta, !
  Mas ele a puxou para seu colo distribuindo beijos por seu pescoço, que instantaneamente fizeram os soluços da garota se acalmarem. Ele sorriu sem que ela percebesse. Sabia que mais uma vez, ele tinha conseguido.

  Ela deixou que o choro tomasse conta e parou de andar puxando os próprios cabelos. A garota sabia o quanto era ridículo causar dor em sí mesma por causa de um namorado idiota, mas não era por ele que ela fazia isso, era por ela, para ela. queria se punir por sempre se entregar a ele, mesmo estando magoada. Ela queria ser forte, acabar de vez com aquilo, mas não conseguia.
  O celular tocou mais uma vez e agora ela atendeu.
  - ... - falou perdida entre as lágrimas que caiam sem parar. O garoto ficou assustado, mas já imaginava o que tinha acontecido.
  - , o que aconteceu? O que ele fez dessa vez?
  - , a gente... Ele... - ela não conseguiu falar. - Ele...
  - , que barulho é esse? Onde você está? Na rua? Com essa chuva toda?
  - ...
  Ele a interrompeu:
  - Aquele filho da puta te deixou sozinha na rua? - praticamente gritou mesmo sabendo que no momento aquela não era a melhor reação. Irritado, ele pegou as chaves do carro e o primeiro casaco que viu, correndo para fora da casa. Seguiu em direção ao seu veículo - Onde você está? Eu estou saindo de casa.
  - Não foi ele, eu sai. - disse ela entre soluços - E não sei onde estou, , não sei...
  - Shiiiiu - jogou o casaco no banco de trás sabendo que ela precisaria dele e tentou acalmá-la, mesmo estando preocupado. - Escuta, olha em volta, procura o nome de uma rua. Eu estou indo agora te buscar.
  - Dover Street.
  - Beleza, eu sei onde é - mentiu jogando o nome no GPS. Sempre foi ruim com nomes de ruas. - Fica calma que eu já vou. - disse mais para si mesmo do que pra ela. A garota fungou tentando segurar o choro mais uma vez. - Tenta achar um lugar seguro da chuva. Chego logo.
  - O... obrigada.... - gaguejou ela.
   desligou o celular completamente irritado. Não existia ninguém que ele odiasse mais no mundo que o . Ele não merecia alguém como . odiava quando ele a fazia chorar e embora ela não soubesse, os dois já tinham brigado pelo menos umas três vezes.

  - O que você que aqui, hem? - falou logo após bufar, mas saiu da porta para que entrasse.
  - Escuta aqui seu filho da puta... - começou irritado, mas foi interrompido:
  - Escuta aqui você... - tentou dizer, mas em um segundo, já tinha o empurrado contra a parede.
  - Não me interrompe seu desgraçado! - gritou com ódio enquanto o apertava contra a parede. - Para de fazer isso com ela! Fica LONDE dela, está me ouvindo?
   riu.
  - Eu ficar longe dela? E ela quer ficar longe de mim?
  - Ela não vê o filho da puta que você é. Acredita nas merdas que você fala, mas eu não. Fica-Longe-Dela.
   o empurrou ainda rindo.
  - Acorda, cara. Sou eu quem ela quer e não você. - se surpreendeu em ouvir aquilo. - O que foi? Você é tão otário, que não consegue se quer disfarçar que gosta dela, mas aqui a novidade: Sou EU quem ela ama. É por isso que não importando o que eu faça, ela sempre volta pra mim.
   não aguentou. Sentiu tanta repulsa do que tinha ouvido, tanto nojo e tanta raiva por escutá-lo falando assim dela, que juntou toda sua força para acertar um murro na cara de . Ele não se importou se o cara era o dobro de seu tamanho, ou se poderia tomar uma surra dele. Tudo o que ele queria era deixar uma marca naquele filho da puta. Foi pensando nisso que o acertou mais uma vez, e outra depois dessa.
  - Eu não me importo se ela não gosta de mim! - gritou o acertando pela quarta vez. - Eu me importo com ela chorando cada vez que você faz merda! Me importo COM ELA, diferente com você!
   saiu da inércia e revidou. podia ter deixado marcas na face do garoto, mas com apenas um murro, o derrubou contra a mesa de vidro que tinha ali. O sangue começou a escorrer.
  - Se você tocar em mim mais uma vez eu te mato! Me ouviu? - gritou. - Você me quer longe dela? Isso NUNCA vai acontecer - falou com ódio. - E agora é pessoal.

  Apertando as mãos ao redor do volante para tentar afastar o ódio que sentia de , dirigiu o mais rápido que conseguia dirigir com toda aquela chuva, em direção a rua indicada por . Tudo o que ele queria era consolar a garota. Sabia quanto ela estava mau. Ela sempre ficava.
  Atento a qualquer movimento, o garoto a encontrou andando pela chuva, mesmo depois de ter dito para que ela não fizesse isso. Preocupado, ele ignorou o frio e a tempestade e saiu correndo do carro para encontrá-la, a segurando em um abraço firme. No mesmo momento começou a chorar descontroladamente.
  - Shiiiu, se acalma. Eu estou aqui. - falou torcendo para que isso fosse o bastasse. Ela concordou com a cabeça.
  - , eu...
  - Shiiiu, . Vem, vamos para o carro. Depois conversamos. Eu tenho uma blusa quente para você. - falou tentando transmitir calma.
  O garoto a guiou até o carro e após abrir a porta para que ela entrasse, deu a volta entrando no lado do motorista. Ele pegou a blusa e ajudou a garota a vestir.
  - Está tubo bem? - perguntou se sentindo idiota pela pergunta estúpida e óbvia. Ele passou a mão por seu rosto e ela negou com a cabeça tentando mais uma vez, segurar o choro. Foi inútil, ainda mais estando na presença de que sempre a confortava.
  - Não, . A gente terminou outra vez. - gaguejava. - Ele gritou comigo e eu queria sair dali, mas... Mas no final... - ela parou. Chorava tanto que as palavras já não saiam.
  - Depois você fala, . - ele a abraçou. Estava triste pela situação da amiga. Queria consolar ela de qualquer forma, mas não sabia como. Tudo o que vinha em sua mente era abraçá-la.
  - No final foi como sempre! Ele conseguiu o que queria. Eu sou tão burra! Tão estúpida e idiota! - Começou a aumentar a voz.
  - Vamos parar com isso! - chamou sua atenção um tanto quanto exaltado. Ele tinha raiva, mas era de por fazê-la pensar isso. - , para! É isso que ele quer, você não vê? Quando você vai enxergar que ele não sabe ser um homem de verdade?
  Ela chorou ainda mais pela maneira que o amigo tinha falado. Ela sabia que não era culpa dele. Ela sabia que no fundo ele estava certo e sabia também, que suas frescuras que tinham o deixado irritado. Mas era sempre a mesma coisa. Ela não conseguia evitar. Eles brigavam, ele tentava compensá-la e eles voltavam. Ela sabia que estava na hora de acordar. E ela estava bem acordada e ciente de tudo. não entendia o que acontecia quando ele chegava perto.
  - Desculpa! - continuou, falando com culpa. - Desculpa por ter falado assim com você, mas... , você é linda! - ele sorriu. - E maravilhosa! - Desculpa se eu fui severo demais...
  - Não. - Ela negou tentando se recompor. - Você está certo, . Sempre esteve. É que...
  - Chega. Não vamos falar mais nada, está bem? - sorriu mais uma vez. Fungando, a garota concordou. - Você vai para minha casa e enquanto você toma banho eu vou te fazer um chocolate quente com creme. Depois a gente vai se entupir de brigadeiro a noite inteira!
  Ela acabou rindo da animação do amigo. Ele ficou orgulhoso por isso e deu partida no carro.

+++

  Quando chegaram, ligou o aquecedor e mandou para o banho. A garota insistiu para que ele fosse antes, afinal, também estava molhado e a casa era dele. não tinha obrigação de cuidar dela, mas não conseguiu convencê-lo disso.
  Enquanto tomava um banho quente, o garoto se secou e trocou de roupa, embora seus cabelos ainda deixassem que algumas gotas escorressem por sua testa.
  Com uma toalha pendurada no ombro, começou a trabalhar no que tinha prometido. Brigadeiro e chocolate quente, do jeito que ele sabia que gostava.
  - É a sua vez agora. - ela falou entrando na cozinha com roupas do garoto, uma camiseta branca e uma samba canção cinza escuro. a olhou sorrindo.
  - Só depois de terminar de fazer seu chocolate quente.
  - Deixa isso, ! Eu termino, vai lá. Sua cabeça está toda molhada. Não quero que fique doente. - falou o empurrando para sair dali e o garoto, acidentalmente, derrubou o creme sobre si próprio. Eles riram.
  - É por isso que você tem que ficar longe da cozinha! - falou. - Vou ter que fazer tudo de novo!
  - Deixa que eu faço! Vai para o banho. - Ela o empurrou mais uma vez e na tentativa de pará-la, a sujou com o creme.
  - ! - reclamou rindo.
  Para o garoto, seu sorriso valia mais que qualquer coisa. O sorriso dela era literalmente o sorriso dele. Era inevitável ficar sério quando ela estava sorrindo.
  Mas o mais importante era que ela estava sorrindo.
  Sem pensar em nada além de manter o sorriso em seu rosto, ele passou creme na ponta do nariz dela, que ficou vesga tentando olhar. Rindo, ela sujou o dedo de brigadeiro e melecou a bochecha do garoto que gargalhava.
  Eles começaram uma guerra.
   deixou uma marca de mão no cabelo recém lavado da garota que reclamou antes de jogar chocolate em pó no cabelo do amigo.
  Por alguns minutos, se esqueceu completamente de ou de tudo que tinha acontecido alguns minutos atrás, entretanto, seu celular começou a tocar.
  - Nãããão! - puxou seus braços para que ela não saísse dali. - Deixa para lá. Não atende! - ele sabia que depois da ameaça que tinha feito, existia grande possibilidade de ser no telefone, apenas para não dar o braço a torcer. Ele estava certo. Era , ela deixou isso estampado em sua face. - Aaah não, ! Você NÃO vai atender ele, ouviu?
  - E... Eu acho que vou atender sim... - Ela gaguejou e não conseguiu esconder toda a irritação que sentia:
  - Você lembra do que ele disse? - falou exaltado. - Eu lembro! Ele disse que nunca mais te machucaria, mas olha você aqui de novo. Chorando por ele mais uma vez. Você não cansa, ? - acabou gritando. - Quando você vai acordar?
  A campainha tocou e eles ignoraram.
  - Não fala assim comigo! - Ela choramingou. Mesmo que ele estivesse certo, ela odiava vê-lo irritado. - E... Eu só quero ouvir o que ele tem a dizer...
  - Mentira! ! Vai ser o mesmo de sempre. Não faz isso.
  - eu sei que você está ai! Manda ele abrir essa porta agora. - falou do lado de fora. Ela arregalou os olhos.
   serrou os punhos.
  - Vou fazer ele sair daqui agora. - murmurou nervoso.
  - Não! , não! Não briga com ele, deixa que eu...
  - QUE DROGA, ! - gritou, mas voltou a controlar a voz quando a garota se encolheu. - Eu só quero que você veja quantas vezes ele te deixou para baixo. Quero que você veja quem te ama de verdade, . Esqueça ele! Ele não é bom o bastante pra você. Nunca foi.
  - Mas... Mas ele veio atrás de mim...
  - E daí? - ele interrompeu. - Quantas vezes ele já fez isso? - nenhuma. Ela sabia disso.
  - abre essa porta agora! - falou do lado de fora e o garoto seguiu até lá.
  - Não! - Ela o puxou novamente. - Ele veio agora porque viu que dessa vez podia me perder! Se ele veio é por que me ama...
  - Aaah! Não repete isso, por favor! - debochou sem acreditar no que ouvia. - Ele te ama, ? Se ele te amasse faria tudo o que ele tem feito? - gritou mais uma vez.
  - Mas ele veio. - ela falou baixo e triste. - Foi a primeira vez que ele correu atrás, mas ele correu. Quem mais faz isso?
  E foi nesse momento que ele a beijou.
   tinha perdido a conta de quantas vezes tinha imaginado aquilo. De quantas vezes tinha sonhado em ter os lábios na garota nos seus. Várias vezes ele tinha chegado perto de fazer isso. Ele sempre ansiou pelo momento que teria coragem de agarrar sua cintura e colar seus lábios em um beijo. O momento finalmente tinha chegado. A melhor parte era que correspondeu ao seu beijo. Ela estava confusa na realidade, mas para ele tudo o que importava era o fato de não ter sido empurrado para trás, ou xingado.
  - abre essa porta! Me desculpa. - continuava gritando, mas nenhum dos dois se importava, mesmo quando romperam o beijo.
  - Eu te amo. - sussurrou olhando em seus olhos. - Eu sempre te amei e sempre estive com você, mesmo sendo considerado apenas como seu amigo. Eu sempre te amei assim, só me faltava coragem para dizer.
  - eu...
  - Não precisa falar nada se não quiser. - ele falou se afastando. - Só não vai com ele, por favor. Mesmo que não seja eu, você merece alguém melhor.
   amava o amigo. Sempre amou, mas não sabia se o amava como ele queria. Saber como ele se sentia fez a garota se sentir culpada e ridícula por todas as vezes que chorou nos braços dele por causa de , um cara que não valia nada. O pior de tudo isso era que as constantes brigas e reconciliações a deixaram tão cega que ela nem ao menos conseguiu ver que a pessoa que a amava de verdade sempre esteve ali, ao lado dela.
  - ? - ela o chamou. - Eu não vou com ele. - abraçou o amigo. - A gente pode só ligar para o porteiro e pedir para tirarem ele daqui? Não quero mais vê-lo. Nunca mais. - ele concordou com a cabeça. queria beijar o amigo novamente, ficar com ele. Dar uma chance para ele, mas sabia que não era o momento. Ela estava deprimida e carente. Não queria confundir as coisas ou usar o amigo para esquecer o agora, ex namorado. - Eu prometo, . Eu vou esquecer ele. - falou com convicção e o garoto sorriu.
  - Isso é tudo o que eu quero. - respondeu triste e ela acariciou seu rosto.
  - Você é meu melhor amigo, eu não quero...
  - Estragar a amizade, eu sei. Eu também não. - disse. - Mas eu quero que você fique com alguém que te mereça...
  Ela selou seus lábios levemente nos dele, apenas para calá-lo.
  - Você já tem meu coração. Sempre teve, . Talvez não da maneira como você quer, mas tem. É injusto eu chorar pelo em seus braços e deixar você me ver assim, - ela riu sem humor. - Mas isso vai acabar, e você vai me ajudar com isso. - Ele sorriu satisfeito. Vê-la longe de já era ótimo. - Sobre nós, eu quero meu amigo comigo, o resto, nós decidimos depois.
  - Isso parece ótimo para mim. - concordou sorrindo. Ela fez o mesmo.
  - Então tá. - ela o soltou. - Você liga para o porteiro e eu dou um jeito na cozinha?
   estava sorrindo, mas sabia o quanto seria difícil manter a promessa. Ela queria se afastar de , de verdade, mas isso foi algo que ela sempre quis e até hoje tentava. Ela tinha esperanças que sabendo dos sentimentos de , e de quão injusta tinha sido por ter chorado por outro homem nos braços dele a ajudasse. Ela sabia que se tinha uma pessoa certa para ela, essa pessoa era , seu melhor amigo há quinze anos. estava decidida a tentar, mas para isso, precisava se livrar de antes.
  Era isso que ela faria.
  Alguns minutos depois da ligação de , uma gritaria se iniciou do lado de fora do apartamento. Estavam levando para fora. ficou deprimida por isso. Queria abrir a porta e impedi-los, mas se conteve. Decidiu que sempre que percebesse uma possível recaída, iria se concentrar em todo o mau que ele havia feito a ela.
  - Chocolate quente? - ofereceu uma xícara para ela que sorriu.
  - E meu brigadeiro, cadê? - perguntou.
  - Nos esperando na sala, esfomeada.
   pegou em seu braço e juntos, foram até a sala onde passaram a noite acordados rindo, e assistindo filmes de terror.

+++

  - me solta! - ela gritou tentando fazer o amigo sair de cima dela. gargalhava.
  - Não, já falei que não. - respondeu segurando os braços dela com mais força, porém, ela se soltou e correu dele.
  Os dois estavam na praia. Aproveitaram as férias para viajar com os amigos para longe de casa, e o fato de estar longe de era um bônus incluso no pacote. Ninguém ouvia falar dele há dias e por incrível que parecesse, estava completamente bem.
   correu atrás da garota que fugia pela areia enquanto seus amigos assistiam rindo. Nenhum deles entendia como tinha conseguido perder tanto tempo com sendo tão óbvio o clima que existia entre ela e .
  O garoto a perseguia e não demorou muito para que ele a alcançasse. a derrubou novamente. A princípio os dois riram descontroladamente, mas a proximidade fez com que eles se lembrassem do beijo que tinham dado antes.
  Ele tentou beijá-la novamente.
  - , eu não sei... - falou ela embora não conseguisse tirar os olhos dos lábios do amigo. - Eu não quero beijar você e depois te magoar... - tentou dizer, mas foi interrompida:
  - Então não me magoa. - pediu.
  - Eu não quero, mas tenho medo. É fácil não pensar nele estando tão longe, mas e se depois eu tiver outra recaída? Não quero que você esteja no meio disso.
  - , você sabe que eu posso fazer você feliz, te dar tudo o que você sempre precisou e nunca encontrou nele. Eu prometo que não vou te dar tempo para pensar nele. - sorriu e ela não conseguiu evitar seu próprio sorriso.
  - Eu acredito em você, mas e se...
   não deixou que ela terminasse, a calando com um longo beijo. Seus amigos que assistiam tudo de longe, torcendo por eles, gritaram, mas os dois simplesmente esqueceram de tudo, se entregando completamente ao beijo.
  - Você pensou nele enquanto eu te beijava? - perguntou ele com humor.
  - Não! - riu. Era impossível pensar em qualquer outra coisa, mas mesmo que tivesse pensado em , com certeza não confessaria para o amigo.
  - Eu sei que não diria se tivesse, mas eu sei que não pensou porque eu sou irresistível. - ele disse a fazendo rir novamente.
  - E convencido. - falou o beijando novamente. - Mas quem sabe não está certo?
  - Eu estou. - afirmou com convicção. - Você não vai me magoar. Eu sei que não vai.
   olhou para os olhos do amigo. Ela não tinha certeza se ele estava certo ou não, ou se teria uma recaída quando visse novamente, mas a verdade era que não pensava nele desde que tinha descoberto os verdadeiros sentimentos do amigo.
  E se isso desse certo? Ela sentia que podia arriscar. Se não a fizesse feliz, nenhum outro homem conseguiria. Além disso, para que pensar em alguém como quando estava ao seu lado?
  - Tudo bem. - Ela concordou o fazendo arregalar os olhos.
  - Tudo bem?
  - Talvez isso dê certo. - ela explicou. - Mas você vai ter que me fazer a garota mais feliz de todos os tempos! - riu do próprio exagero.
  - Eu te amo. Vou fazer de tudo por você. - disse a beijando novamente.

FIM



Comentários da autora
Esse foi o fim MAIS TOSCO da história das fanfics! KKKK Me desculpem por isso. A culpa é das regras que exigem no máximo oito páginas do word (arrumei as margens várias vezes para caber). Enfim, espero que tenham gostado independente do final babaca, e como não tenho muito espaço, também não vou poder falar muita coisa aqui! KKKK (vida triste essa minha).
Enfim, se quiserem entrar em contato ou me xingar, aqui meu twitter e aqui meu tumblr, onde tem também minhas outras fanfics.
É isso, comentem para fazer da autora uma pessoa feliz! Aaaah! E pessoa linda e maravilhosa que enviou essa música, se apresente por favor. Quero saber quem foi! o/ Amei ela e amei escrever uma fic sobre ela (espero ter correspondido as expectativas! Haha).
Bom, agora sim é só. Obrigada.
Bjão.