Heart On Fire

Escrito por Aline Prado e Gabriela Gomes | Revisado por Natashia Kitamura

Tamanho da fonte: |


Capítulo 01

  Meu quarto estava realmente uma bagunça. Não achava mais nada e minha mãe insistia que nossas malas deveriam estar prontas ainda hoje o que eu realmente não entendo porque nosso vôo estava marcado para as 07h00minhr de amanhã, ou seja, eu teria tempo pela manhã para terminar de arrumar, mas olhando aquela bagunça acho que nem mais uma semana seria o suficiente para que eu arrumasse tudo aquilo.
  Mesmo assim continuei a abrir e fechar as portas do meu guarda-roupa selecionando as melhores peças para a viagem. Essa sem dúvida seria as minhas melhores férias. Não sou do tipo filhinha mimada que não gosta de sair de férias em família, ao contrário gosto muito. Mas se eu fosse filha única aí sim seria perfeito. Meu irmão Pedro de sete anos costuma ser insuportavelmente insuportável quando fazemos essas viagens. Meus pais sempre foram tranqüilos, me davam o devido espaço para que eu no meu direito de adolescente pudesse aproveitar à minha maneira. Mas o que mais me deixava ansiosa em relação à viagem era o fato de eu poder ficar totalmente longe de qualquer vestígio do meu ex-namorado. Eu havia terminado com Joe a mais ou menos um mês. Mas ele ainda me ligava e vinha na minha casa querendo voltar. Mas eu estava cansada de ter uma relação monótona e desgastante, eu queria mesmo era alguém que me fizesse sentir única e Joe nunca me fez sentir dessa forma. Acontece que o fato de o pai dele ser sócio do meu na empresa deles me obrigava a conviver usualmente com ele. Depois que terminamos houve dois eventos em que tive de cruzar com ele e depois aguentar pelo resto da noite suas conversas tristes de como ainda me amava, e como eu ainda de alguma forma sinto um carinho por ele não conseguia simplesmente ignorá-lo como faço com suas ligações diárias.
  Eu tinha acabado a parte das roupas e começando a pegar os sapatos quando minha mãe entrou no quarto dizendo:
  - Até seu irmão terminou de arrumar as malas e você não!
  - Isso porque você que arrumou a maior parte – disse eu rindo um pouco no final para que ela não pensasse que eu estava sendo grossa. A viagem seria amanhã e começar uma briga com a minha mãe teria conseqüências trágicas durante minhas férias...
  - Só me promete que vai terminar ainda hoje! Por favor?
  - Pela milésima vez, eu prometo mãe. Fica tranquila. – ela saiu do quarto não botando nem um pingo de confiança nas minhas palavras.
  Aos poucos consegui terminar tudo, e quando olhei no relógio já eram 23h35min. Como estava sem sono, decidi pegar meu notebook e dar mais uma olhada no site do Hotel Resort que iríamos ficar na Ilha de Vieques em Porto Rico, nordeste do Caribe. Um verdadeiro paraíso, já não via a hora de entrar naquele avião.
  Já dentro do avião peguei meu ipod pra não ter que escutar as chateações do meu irmão. Assim que o avião começou a levantar vôo senti aquele frio na barriga habitual e também uma sensação de alívio por finalmente minhas férias estarem iniciando. Decidi dar uma olhada no meu celular para ver se tinha algum sms das minhas amigas e pra variar tinha um sms do Joe. Ele dizia “Vou sentir sua falta. Eu te amo demais minha linda, beijo”. Odiava a forma como ele sempre me chamava de “minha”, ele realmente achava que eu ainda pertencia a ele... Decidi não me importar. Não queria que as minhas férias começassem com o pé esquerdo.
  Escutei música e li meu livro durante uma parte da viagem e depois adormeci. Acordei somente quando Rodrigo começou a me cutucar sem parar gritando:
  - Acorda! Acorda! Chegamos! Olha pela janela.
  Levantei a cabeça meio zonza, mas pude ver o mar. Límpido e azul. Com certeza uma das vistas mais lindas do planeta.
  Aterrissamos e aos poucos conseguimos sair do avião. Mamãe e Papai nos apressaram para que fossemos pegar nossa bagagem. Por sorte pegamos todas as nossas coisas rápido e nos encaminhamos para fora do aeroporto até o ponto de táxi para podermos chegar até o hotel. Meu pai usou o seu espanhol fluente para falar com o taxista em menos de 20 minutos chegamos ao hotel. Era lindo! Grande e luxuoso.
  Devia ser por volta das 13h00min da tarde. Fizemos o check in e fomos para o nosso quarto. Era grande e estava muito bem arrumado, dando a impressão de que quem ia se hospedar ali seria a rainha da Inglaterra. Pela sacada do nosso quarto podíamos ver ao horizonte o mar e logo abaixo víamos a piscina e outras dependências do hotel. Decidimos que não estávamos com vontade de almoçar ainda e minha mãe disse que queria ir um pouco até a piscina antes de começarmos a decidir o que fazer. Meu irmão disse que também ia, mas que antes queria ir até o playground. Meu pai tinha que responder uns e-mails da empresa então disse que desceria depois. Não tive escolha à não ser descer com minha mãe e meu irmão. Trocamos de roupa e pegamos uma bolsa com protetor solar, óculos escuros e outras coisas. Mamãe disse para que eu ficasse com o Rodrigo um pouco no parque já que não queria que ele ficasse sozinho e já que ela não estava a fim de ficar com ele lá mandou a filha e empregadinha dela fazer isso.
  Enquanto ele brincava me sentei em um dos bancos e fiquei observando em volta. Tinha poucas crianças brincando ali, logo ao lado tinha uma pequena quadra onde tinham alguns garotos um pouco mais velhos que Rodrigo jogando futebol. Bem mais para frente ficava a piscina e minha vontade de estar lá era imensa... Droga de irmão mais novo.
  Coloquei meu fone de ouvido e fiquei esperando. Enquanto tentava escolher uma música ouvi um grito:
  - Ei, garota! Cuidado com a bol...
  Já era tarde demais. Caí no chão com a pancada. A bola tinha acertado bem na minha cabeça. Fiquei tonta e não consegui enxergar nada, estava tudo preto. Eu só conseguia pensar: “Esse é bem o tipo de coisa que acontece comigo, levar uma bolada bem no meu primeiro dia da viagem dos sonhos”. Fiquei imóvel e então ouvi uma voz dizendo:
  - Ei, não se mexe. Vou te levar pra enfermaria ok? Vai ficar tudo bem. – A pessoa que falou comigo estava falando em inglês. Senti os braços dele passarem por entre minhas pernas e meu tronco e me levantar do chão. Ele encostou minha cabeça no seu peito nu e coloquei uma de minhas mãos em volta de seu pescoço, o abraçando. Ele estava molhado ou suado... Não conseguia distinguir. Provavelmente estava jogando bola, mas na verdade a voz dele era bem mais grossa para ser um garoto de 12 anos. Com certeza estava vindo da piscina então. Senti-o me colocando em cima de uma cama, foi quando minha visão começou a voltar. Ele estava de costas explicando para a enfermeira o que tinha acontecido. Ele não era alto nem baixo. Tinha a pele morena, sem muitos músculos, porém um corpo bonito e um cabelo legal. Comecei a sentir uma tontura de novo e fechei os olhos. De repente senti a mão dele tocando meu rosto. Abri os olhos e estava tudo um pouco embaçado, mas foi o suficiente pra ver o quanto ele era lindo! Comecei me sentir ainda mais idiota por ter conhecido alguém tão lindo em um episódio tão idiota como esse. O pior era que, alguma coisa me fazia pensar que já o tinha visto antes...
  - Vão cuidar de você agora ok? Melhoras nós vemos por aí. – dizendo isso ele saiu da sala.
  Fiquei pensando em milhares de motivos de porque eu encontraria alguém conhecido aqui, em Porto Rico. Mas se eu realmente o conhecesse ele também deveria me reconhecer... Aquilo tinha me deixado intrigada. Foi quando a enfermeira me disse:
  - Ser salva por Zayn Malik da One Direction, mas que sorte hein!

  Zayn POV's

  Mais um dia no paraíso. Minhas férias estavam sendo perfeitas, elas definitivamente vieram em boa hora. O por quê? Meus últimos dois anos têm sido perfeitos, mas com certeza cansativos, e tanto eu, como os meninos precisávamos de uma pausa. Nossa escolha não poderia ter sido melhor, Porto Rico.
  Me levantei da cama e fui até o banheiro, apesar de estar morrendo de vontade de fazer muito barulho para acordar o Liam que era meu companheiro de quarto, fui em silencio, escovei os dentes e voltei pro quarto pra colocar uma bermuda pra correr um pouco, peguei essa mania desde que cheguei aqui. Calcei o tênis e peguei o ipod e sai.
  O dia estava perfeito, um sorriso involuntário apareceu. Era tudo tão simples.
  Depois de correr por quase uma hora, caminhei pela calçada que passava pelas quadras, talvez o Liam já estivesse acordado e puxado o Harry para alguma atividade esportiva. Quando cheguei lá, nada deles. Dei meia volta e me dirigi de volta ao hotel. Enquanto eu estava voltando, talvez a garota mais bonita que eu tenha visto, ela estava sentada em um dos bancos perto do playground, ela estava com fone de ouvido. Esse foi o erro.
  Por que o que aconteceu em seguida foi engraçado e muito preocupante. Uns garotos que estavam jogando bola conseguiram acertar ela e derruba-la no chão. Eu corri pra ajudar, com certeza foi uma pancada feia, ela estava meio desacordada, peguei ela no colo e andei o mais rápido possível com ela nos meus braços pra enfermaria.
  - Ei vou te levar pra enfermaria. – Eu disse torcendo pra que ela me entenda.
  Ela passou os braços pelo meu pescoço e o toque da pele dela com a minha fez minha pele ficar arrepiado, de um jeito diferente. Ela devia estar com muita dor, já que fazia caretas bem engraçadas. Assim que entrei na enfermaria, vieram me ajudar, me indicaram uma sala com uma maca e por um momento eu hesitei em deixa-la ali.
  Tirei o cabelo dela do rosto e sussurrei:
  - Vão cuidar de você agora ok? Melhoras... Nós vemos por aí.
  Deixei-a com uma enfermeira e sai.
  Definitivamente eu esperava vê-la novamente.

Capítulo 02 - Entre boas e más notícias.

  Eu sentia meu corpo menos cansado, comecei a abrir os olhos, mas desisti e voltei a dormir.
  Mais um sonho, e de novo a mesma coisa: o sorriso dele era o que eu lembrava, a enfermeira falando que ele era Zayn Malik e depois ele dizendo que nos veríamos por aí. Abri os olhos novamente e dessa vez fui mais forte para mantê-los abertos e a claridade era bem pouca e o barulho da tv ligada ecoava na minha cabeça. Pedro e seus desenhos matinais... Falando nele, todo aquele episódio tinha sido culpa dele.
  Levantei-me lentamente e fui até o banheiro, tomei um banho antes de me olhar no espelho. Enrolei-me na toalha e fui até a pia onde estava minha necessiere, escovei os dentes e penteei o cabelo. Passei a mão no espelho para desembaçar. Ok. Até que eu não estava tão ruim, estava claro que eu dormi por muito tempo, mas uma maquiagem esconderia isso.
  Voltei ao quarto e coloquei minha mala em cima da cama, eu não tinha tido tempo de desfazê-la e depois de dormir por mais de 12 horas estava na hora de tirar tudo de dentro dela e começar a arrumar no guarda-roupa do quarto.
  Depois que terminei de arrumar tudo, escolhi uma roupa para poder descer com meus pais e Pedro para tomar café da manhã. Eu estava morta de fome, escolhemos uma mesa e depois fomos até o buffet pra pegar o que queríamos. Enquanto estávamos comendo, eu e Pedro ouvíamos a conversa de nossos pais:
  - Eu estava falando com Paul ontem... – Paul era o pai de Joe. Sócio do meu pai na empresa. Assim que ouvi o nome dele passei a prestar mais atenção na conversa.
  - Ele ligou para você? – Disse mamãe.
  - Sim, era pra falar que decidiu tirar férias também...
  - Jura? Mas e a empresa?
  - Bom, temos James que ainda pode tomar conta de tudo sozinho, as coisas estão calmas nesse mês em nossa empresa... – James era o terceiro sócio. Juntos, os três são donos de uma empresa que fabrica materiais de construção. É uma empresa renomada que começou, em comparação a outras, há pouco tempo no mercado, tem apenas 15 anos. Paul e James são os melhores amigos do meu pai desde que me entendo por gente e eles construíram junto esse patrimônio.
  - Espero que ele não fique muito atarefado... – Disse mamãe. – E o que Paul vai fazer nessas férias?
  - Agora que vem a boa notícia ... – Meu pai olhou para mim enquanto disse isso. – Eu dei a ideia de eles virem para cá. Porto Rico. Passar as férias conosco... Não seria divertido?
  Quase engasguei enquanto tomava meu suco.
  - O que? Passar as férias aqui? O Sr. e Sra. Cobb? Isso significa que...
  - Isso mesmo, - disse meu pai – Joe vem também. Isso não vai ser ótimo filha? – Meu pai não entendia o fato de que eu não queria mais nada com Joe. Na cabeça dele, nós éramos, somos e sempre seremos o casal perfeito. Foi o único namorado meu que até hoje meu pai apoiou completamente.
  - E o que ele disse? – Meu tom de voz era sombrio, como se eu estivesse em um filme de suspense.
  - Disse que seria uma ótima idéia... Ele vai falar com a esposa e depois me dará uma resposta.
  Meu pai só podia estar de brincadeira... Essas férias estavam indo por água abaixo. Primeiro conheço o garoto mais lindo do mundo pagando um mico terrível e depois recebo a notícia de que provavelmente meu amado ex viria passar as férias no mesmo lugar que eu. Provavelmente... Tá, tudo bem. Vamos ter calma. Vamos torcer para que a esposa do Sr. Cobb ache a idéia mais ridícula do mundo vir passar as férias aqui.
  - Não acredito... – Deixei escapar.
  - Ah! O que isso filha... Se anima! Talvez essa seja a chance de você e Joe se acertarem. Em um lugar diferente, clima diferente...
  - Pai, esquece! Entre mim e o Joe não existe mais nada a não ser distância que, aliás, graças a você vai diminuir devido a sua brilhante idéia de convidar ele e a família dele para passar as férias aqui.
  - Hum, Joe eu te amo... – Disse Pedro fazendo uma péssima imitação da minha voz.
  - Cala a boca, garoto! – Eu disse batendo na mesa.
  - Ei, ei! Chega... – Disse mamãe,
  - Dá licença, vou dar uma volta...
  - Cuidado hein? E não vai muito longe, daqui uma hora vamos a um vilarejo daqui de Porto Rico...
  - Fica tranquila, eu volto a tempo. – Disse à minha mãe enquanto saía pisando duro.
  Mas que raiva! Não acredito que meu pai fez isso. Ele queria mesmo estragar minhas férias, é isso? Se Joe viesse eu não teria paz. Ele simplesmente iria me perseguir onde quer que eu fosse... Enquanto eu estava em casa eu podia sair e evitá-lo, mas aqui em Porto Rico eu não tinha noção de para onde fugir, já que não conhecia nada aqui.
  Comecei a andar fora do hotel, e decidi dar um pulo até a praia só pra ver mais de perto. Peguei meus chinelos nas mãos para andar descalça pela areia um pouco. O mar era ainda mais bonito de perto, e andar enquanto as ondas quebravam em meus pés era uma sensação maravilhosa. Sentei um pouco na areia e fiquei observando em volta. A praia estava bem tranquila com pouquíssimas pessoas aproveitando o sol gostoso que fazia, tinha uma família tão bonita formada pelos pais e um casal de crianças pequenas, deviam ser gêmeos. Me desliguei um pouco do mundo enquanto observava tudo. Depois de mais ou menos meia hora, decidi voltar ao hotel. Entrei na recepção e fui indo a direção do elevador, vi que as portas iam começar a se fechar e gritei:
  - Segura a porta pra mim! – E corri para poder entrar. Vi uma mão masculina segurando e quando cheguei de frente à porta, eu o vi. Era ele. Zayn Malik. Dessa vez eu estava bem acordada e pude reparar bem nos detalhes e guardar uma imagem mais clara em minha cabeça. Ele estava de camisa dessa vez, era branca e com gola em “v”, ele usava também bermuda, um converse e boné. Estava também de óculos escuros, mas assim que me viu os tirou.
  - Sabia que iríamos nos encontrar de novo... – Disse ele sorrindo. Eu entrei no elevador já sentindo as bochechas quentes de vergonha. As portas se fecharam e ele apertou o andar dele, 16.
  - Er... – Comecei dizendo – obrigada.
  - Por segurar a porta? Não foi nada...
  - Não só por isso... Pela a ajuda também, é claro. Depois da bolada... – Ele sorriu e disse:
  - Não foi nada, era o mínimo que eu podia fazer depois de ter presenciado aquela cena.
  - Deve ter sido ridículo...
  - Foi engraçado, não posso negar. Mas assim que te vi fiquei preocupado, você já estava quase desacordada.
  Chegamos ao andar dele e as portas se abriram.
  - Meu andar – Ele começou a sair do elevador, mas então ele voltou – Deixa eu te acompanhar até o seu andar e depois eu volto... Onde fica seu quarto?
  - Andar 12. – ele apertou o botão e as portas se fecharam de novo – Mas então, só queria agradecer mesmo, foi muito legal da sua parte ter me levado até a enfermaria.
  - Foi um prazer, acredite. –Esorriu novamente e dessa vez eu retribui.
  - Zayn Malik, não é?
  - Me chama apenas de Zayn, por favor. Já é horrível ter que confirmar para as poucas pessoas que me reconhecem aqui que eu sou o Zayn Malik da One Direction.
  - Tudo bem, Zayn. Sou a .
  - Eu estava pensando, na verdade, pensei nisso agora mesmo – Ele deu uma risadinha e completou – Tem um lugar aqui perto onde o pessoal fala que é muito legal, é um barzinho que tem balada a partir das 22:00... Você gostaria de ir comigo?
  Nesse momento chegamos ao meu andar, ele segurou a porta e esticou o braço apontando para que eu saísse primeiro do elevador e ele saiu em seguida, estávamos no meio do corredor onde a porta da direita dava para o meu quarto e do Pedro, e a da esquerda para o quarto dos meus pais. Ele me olhou esperando uma resposta. Os olhos dele eram tão profundos e eu fiquei meio paralisada e sem palavras, não acredito que ele tinha me chamado para sair...
  - Tudo bem, eu quero ir. Hoje à noite?
  - Isso mesmo, posso vir te pegar aqui?
  - Na verdade posso te encontrar lá em baixo no saguão? – Não queria que meus pais já ficassem especulando sobre ele, era apenas uma saída. Talvez um encontro... De repente me deu um frio na barriga.
  - Sem problemas... Ás 21:00 tá bom pra você?
  - Está ótimo.
  - Ok, então... Até lá. – Ele apoiou uma das mãos na cintura e me deu um beijo no rosto. Sorriu e se afastou apertando o botão do elevador novamente. Esperei ele entrar e abri a porta do meu quarto.
  Minha mãe estava sentada em minha cama me esperando:
  - Ainda bem que voltou, pensei que iríamos perder o passeio até o vilarejo...
  - Já vou me arrumar – Percebi que fui um pouco seca com a minha mãe. Injustamente na verdade, porque ela não tinha culpa do episódio dos Cobb.
  - Filha, sei que você ficou brava com seu pai. Mas não vai adiantar...
  - Como assim? – Perguntei enquanto escolhia outra roupa no guarda-roupa.
  - Os Cobb decidiram vir para Porto Rico... E, aliás, numa hora dessas, eles já devem estar no avião.

Capítulo 03 - Only you.

  Saí meio desesperada atrás de alguma roupa legal para meu "encontro", eu podia chamar de encontro certo, com o Zayn. Tentei de todas as formas tirar da minha cabeça o fato de que meu ex estava vindo passar as férias aqui em Porto Rico também. Era um desastre, eu ia tentar de todas as maneiras fugir dele e de eventuais encontros, mas eu sabia que meus pais iam dar um jeito para que isso acontecesse.
  Escolhi um vestido azul e uma sapatilha. Arrumei o cabelo em um rabo de cavalo já que estava bem calor, mas qualquer coisa era só soltar ele. Passei só uma maquiagem leve e sai do meu quarto e fui até o dos meus pais. O Pedro já estava lá, e meu pai não, eba.
  - Mãe?
  - Oi querida. Só um instante.
  Olhei pro Pedro que estava vendo tv, a frustrada tentativa da minha mãe de tirar a tv dele, não estava funcionando muito. Cansei de ficar ouvindo aquela Tv e entrei no quarto na minha mãe.
  - Desculpa mãe, to entrando.
  - To tentando achar uma roupa. Seu pai vai surtar se chegar aqui e eu não estiver pronta. Você está linda .
  - Obrigada mãe. Eu te ajudo. – Peguei a mala dela e comecei a procurar alguma coisa legal pra ela, e ao mesmo tempo tentando achar as palavras certas “Ei mãe, vou num encontro com o Zayn Malik, não volto tarde ok!” Nada mal. Mas ela não ia gostar:
  - Mãe, queria te contar uma coisa. – Eu disse estendendo um vestido estampado pra ela que ainda estava com a etiqueta.
  - Ótima escolha. Pode falar.
  - Você sabe que um garoto me ajudou no dia que eu levei aquela bolada né?
  - Sei sim querida. Está bom? – Ela disse me mostrando com havia ficado com o vestido.
  - Linda mãe, então, ele me chamou para ir numa festa hoje com alguns amigos. Tudo bem?
  - Agora eu entendi o porquê de você usar esse vestido, você não é muito fã deles. – Ela riu e eu a acompanhei, pois era verdade.
  - Então posso ir?
  - Pode. Mas cuidado e não volte muito tarde. E eu te dou cobertura com o seu pai.
  - Obrigado mãe! – Fui até ela e dei um beijo nela e sai. Talvez o Zayn já estivesse me esperando.

  Assim que sai do elevador e caminhei em direção ao saguão. Ele estava lá, olhando em direção há onde eu muito idiota parei e fiquei encarando ele. Ele usava um jeans, tênis e uma camisa branca com alguns botões meio abertos. Eu não sentia minhas pernas, ele estava terrivelmente perfeito, de um jeito totalmente inexplicável. Quando voltei a mim mesma, caminhei em direção a ele. Quando eu parei em frente a ele abriu um sorriso para mim.
  - Oi. – Eu disse parecendo tão idiota.
  - Oi. Você está incrível.
  - Você também e obrigado pelo convite, me poupou de uma noite com a família. Na verdade é mais meu irmão mais novo.
  - Irmãos mais novos são uns chatinhos mesmo. Pronta pra ir?
  - Claro.
  Caminhamos até a portaria do hotel onde tinha um taxi, entramos nele e ele disse para onde iriamos.
  - Então, férias com a família?
  - Pois é. Todo ano a gente viaja juntos. E você?
  - Férias do trabalho. Finalmente! – Ele disse com um sorriso torto.
  - Mas seu trabalho é totalmente divertido, não é?
  - Claro que sim! Mas cansa sabe viajar o tempo todo, eu quase não vejo minha família e amigos. E cada dia em um lugar diferente e experimenta ter milhares de garotas gritando seu nome.
  - Não deve ser fácil mesmo. – Eu disse começando a rir. Talvez a vida de popstar não fosse tão fácil quanto eu pensava.
  - Mas às vezes algumas viagens me rendem boas memorias.
  - Posso apostar que sim. – Eu me senti meio desconfortável com isso. Eu não devia ser a primeira.
  - Então, de onde você é? – Acho que ele percebeu que o clima ficou pesado.
  - Brasil. Longe né?
  - Sério? Eu e os meninos queremos muito ir pra lá. Quem sabe a gente não se vê novamente por lá?
  - Ahh eu espero que sim. Minhas amigas são malucas por vocês e me arrastariam para o show.
  - Então você não é nossa fã?
  - Doente não! Eu gosto de vocês, mas de um jeito moderado?
  - Ahh entendi.
  O taxi parou no que parecia ser um restaurante, com bar e com um espaço para as pessoas dançar. Era totalmente diferente e exótico. Mas muito legal, com certeza era o point dos jovens por aqui.
  Assim que entramos, mais dois integrantes da One Direction vieram até nós. Niall e Harry.
  - Oi garota da bolada! – Disse Niall
.   - ôôô Niall! – Diz Harry dando um tapa no ombro dele. – Oi!
  - Desculpa. Mas é que bem, a maneira como vocês se conheceram foi um tanto quanto “engraçada”?
  - Tudo bem, eu não me importo, de fato eu sou a garota da bolada né Mas enfim, sou a . – Eu disse e todos riram.
  - Vou pegar algo pra a gente beber. Vocês querem meninos?
  - Não. Valeu Zaz – Diz Niall.
  - Eu quero. – Diz Harry.
  - Ok. Cadê o Liam e o Louis? – Zayn perguntou.
  - O Liam quis ficar lendo um livro e o Louis estava falando com a Eleanor pelo Skype. – Respondeu Harry.
  - Vão perder toda diversão. Já volto. Fica com eles por cinco minutos ok?!
  - Tá tudo bem.
  Assim que ele saiu eu fiquei tipo “certo, o que eu falo agora?”. Mas graças a Deus o Niall era ótimo em quebrar o gelo.
  - Não é a toa que o Zayn passou o dia falando de você. Com todo respeito, você é muito bonita.
  - Ai meus Deus! Obrigado. – Eu já sentia minhas bochechas ficando vermelhas.
  - Vai ficar por quanto tempo aqui? – Harry perguntou.
  - Um mês. Férias em família. – Eu respondi olhando pra onde algumas pessoas dançavam.
  - Acho que você está a fim de dançar. – Diz Niall.
  - Não! Sou péssima nisso. Mas bom, por diversão pode até ser.
  - Se você falar isso pro Zayn ele vai correndo.
  - Correndo pra onde? – Zayn perguntou estendendo um copo pro Harry com o que parecia ser cerveja e outro pra mim.
  - O que é? – Era algo vermelho com algumas pedras de gelo e aqueles guarda-chuvas muito fofos.
  - É um tipo de drink sem álcool com frutas vermelhas. Você vai gostar.
  Eu tomei um gole, e realmente era muito bom. O gosto de morango e melancia era os mais perceptíveis. Mas também tinha cereja, amora e eu acho que framboesa.
  - É perfeito. Tem nome? – Eu perguntei dando mais um gole.
  - Acho que não. Mas você poderia dar um.
  - Vou pensar em um e depois te falo. – Ultimo gole.
  - Zaz ela quer dançar. – Diz Niall.
  - Sério? Posso fazer um esforço e não parecer tão besta dançando, só por você.
  - Eu aceito. Niall acho que você devia convidar alguém e vir com a gente.
  - Concordo com ela Nialer. – diz Zayn. – Bom o Harry já deve ter arrumado alguém, por que ele sumiu né.
  - Tão tentando dar uma de cupidos? – Disse Niall olhando com uma cara de desconfiado.
  - Nunca meu querido Nialler. – Zayn disse puxando ele e apontando para um grupo de garotas. – Usa o seu charme irlandês e chama uma delas pra dançar.
  - Essa que está vindo Niall! – Eu disse. Ele esperou até ela chegar mais perto de onde estávamos. E parou na frente dela.
  - Oi. Quer dançar comigo? – Ela ficou totalmente vermelha e olhou pros lados pra ter certeza de que não era uma pegadinha.
  - Claro. – Ele estendeu a mão pra ela e ela parecia tão feliz que parecia até estar tremendo. Eles caminharam em direção à pista de dança.
  - Nossa vez. – Diz Zayn.
  Ele pegou segurou minha mão e fomos para lá também. Assim que chegamos eu quase surtei. Por que começou a tocar uma das minhas músicas preferidas. Fiz o melhor que pude para dançar e comecei a puxar o Zayn para me acompanhar.

She's dancing alone
I'm ready to go
But she's so
(Lost in stereo, lost in stereo)
She's out of control
So beautiful
(Lost in stereo, lost in stereo)
And I've been
Waiting for so long
But she'll never know
I'm losing hope
'Cause she's so
(Lost in stereo, lost in stereo)

  O Zayn fez o máximo que pode para dançar comigo. Eu estava distraída olhando para o lugar onde o DJ ficava quando eu senti as mãos dele envolvendo minha cintura. Eu virei e eu estava cara a cara com ele. Eu podia sentir o a respiração dele, o olhar dele não desviava do meu. O que vinha a seguir? O melhor beijo da minha vida.
  Sei lá quanto tempo se passou, mas, quando finalmente parti meu beijo com Zayn eu estava sem folego. Era cedo pra dizer que eu estava apaixonada. Mas com certeza eu poderia dizer que eu já estava viciada nele. Ele me abraçou e ficamos ali por um tempo, sem dizer nada.
  - Eu vou ao banheiro. Já volto. – Eu disse dando um selinho nele. Minha mente estava fervendo, o que tinha sido isso? O que estava acontecendo? Eu não conseguia tirar meu sorriso do rosto, até que eu o vi.
  Ai minha noite foi por água a baixo. Joe estava encostado no bar, ele olhava na minha direção, eu parei e fiquei encarando ele. Sério mesmo? Ele tinha que aparecer agora?
  Ele começou a vir na minha direção e eu recuperei os sentidos e continuei para onde eu estava indo. Não deu certo por que ele segurou no meu braço.
  - Fugindo de mim ? – Ele perguntou enquanto eu ainda estava de costas pra ele.
  - Não Joe. Apenas tentando ir ao banheiro. Posso?
  - Claro. – Ele me soltou e eu continuei.
  Graças a Deus o banheiro estava vazio. Eu queria gritar a palavra mais horrível eu existisse no mundo. Todo momento perfeito que eu estava tendo com o Zayn estava prestes a acabar caso o Joe encontrasse com ele.
  Voltei pra onde o Zayn estava com o Harry e o Niall. Eu me sentei em um dos sofás que estava ali e fiquei encarando a mesa vazia que estava na minha frente.
  - O que foi? – Zayn perguntou sentando do meu lado e pegando minha mão.
  - Nada. – Eu menti.
  - Certeza? – Ele sabia que tinha algo. O que eu dizer? A verdade seria mais apropriada? Dane-se.
  - Esbarrei no meu ex. – Eu disse. Ele não falou nada, eu olhei pra ele e ele me encarava. – E a gente não tem mais nada, e só que minhas férias foram arruinadas, os pais dele e os meus são muito amigos. Por isso ele está aqui.
  - Você tem a mim pra fazer com que elas sejam inesquecíveis.
  - Obrigado. Mas acho que por hoje deu, a gente pode voltar pro hotel?
  - Claro. Meninos a gente vai voltar para o hotel ok.
  Eles não deram muita atenção, principalmente o Niall que estava conversando com a garota que ele tinha dançado. Pegamos um taxi e fomos conversando o tempo todo.
  Chegamos ao elevador rindo. Até alto demais, mas era inevitável, o fato de que nos conhecemos por causa de uma bolada ia ser sempre motivo de risada. Assim que chegamos ao meu andar saímos do elevador tentando controlar o riso.
  - Shiu! Ou a gente acorda o andar inteiro. Mas você não vai querer conhecer meus pais assim.
  - Não! Definitivamente não! – Ele respondeu segurando na minha cintura.
  - Então vamos ficar quietos.
  - Ok. –Ele me encostou na parede e me beijou novamente. - Viu? Silencio.
  - Vamos tentar de novo. – Eu o puxei para mais um beijo. Como eu tinha dito. Viciada nele. – Eu acho melhor eu ir. Antes que minha mãe resolva ir ver se eu já voltei.
  - Nós vemos amanhã?
  - Claro.
  Ele me beijou mais uma vez. E apertou o botão do elevador. Eu fiquei ali, parada igual besta. Quando as portas se fecharam, eu voltei a si. E andei em direção ao meu quarto. Agora o desafio era achar as chaves.
  - Podemos conversar agora que seu novo namoradinho foi embora? – Eu me virei e o Joe estava atrás de mim.
  - Me perseguindo Joe? Ou é mais uma coincidência?
  - Coincidência é meu quarto ser no mesmo andar do dele.
  - O que? – Agora minha atenção era dele. Isso era ruim.
  - Relaxa. Eu não vou estragar seu romance de verão. No fim das contas, você sempre volta para mim.
  - Ai meu Deus! Seu ego está muito grande Joe. Aceita que dessa vez, não tem volta, serio.
  - Você sempre volta. Ou vai me dizer que está apaixonada por esse cara ai?
  - Isso não é da sua conta. E se eu estivesse, seria um problema meu. – eu estava cansada dele. – E seu estiver mesmo, pode apostar que ele seria um namorado melhor que você.
  - Duvido muito.
  - Boa noite Joe. – Entrei no quarto e fechei a porta. Sem ouvir resposta alguma.

Capítulo 04 - It's no surprise.

  Acordei e Pedro já não estava no quarto. Aproveitei para ligar a tv um pouco enquanto me arrumava para tomar café. Coloquei meu biquíni por debaixo do vestidinho de praia que eu estava usando, eu estava decidida que ia nadar um pouco hoje.
  Encontrei meus pais e Pedro sentados à mesa perto da janela, antes de me juntar a eles fui até o buffet de café da manhã e peguei algumas torradas, geléia, suco de laranja e um croissant de chocolate. Sentei-me ao lado de Pedro que assim que me viu disse:
  - Alguém chegou tarde ontem... – Idiota. Ele queria mesmo fazer meu pai brigar comigo.
  - Para de mentir Pedro, cheguei na hora que mamãe havia me pedido.
  - Pelo visto você já fez alguns amigos por aqui não é mesmo? – Perguntou meu pai me encarando duramente.
  - Alguns... – Eu disse num tom casual enquanto passava geléia na torrada.
  - Você deveria ter ficado conosco ontem à noite, encontramos Joe. Mas ele logo saiu para ir a um barzinho aqui perto... Ele iria ficar contente se tivesse você como companhia. – Meu Deus, definitivamente eu estava ferrada. Seria assim agora todos os dias até o final das férias: meu pai me empurrando para Joe.
  - Eu seria uma boa companhia pra ele, já ele para mim... É outra conversa né?!
  - Não fala assim filha!
  - O que você quer que eu diga pai? Porque eu já não sei mais o que eu falo pra você entender que eu não quero mais nada com o Joe!
  - Ei, abaixa esse tom mocinha! – Disse minha mãe.
  - Desculpa... – Eu disse ainda nervosa.
  - Bom, - Continuou meu pai. – Mais cedo ou mais tarde você vai ver o erro que cometeu.
  Nesse momento para minha infelicidade, Paul, a esposa e Joe entraram no restaurante do hotel. Eu olhei fixamente para ele, com raiva. Ele estava estragando absolutamente tudo... No momento em que meu pai viu que eu havia ficado estática, ele olhou para a mesma direção que eu e não pensou duas vezes antes de gritar:
  - Hey, Paul! Sente-se aqui conosco...
  Deixei escapar um “valeu mesmo, pai” mas ele não escutou.
  - Bom dia pessoal...
  - Bom dia! – Responderam minha mãe e Pedro. Eu fiquei calada, apenas tomando meu suco.
  - Que bom que vamos passar as férias juntos hein?! – Disse Paul enquanto puxava a cadeira para sua esposa. Joe se sentou de frente para mim, ao lado do meu pai e sorriu. Eu, apenas por educação, retribui o sorriso ironicamente.
  - Então Joe, - Disse meu pai colocando a mão em seu ombro – O que está achando de Porto Rico?
  - Uma maravilha, sem dúvidas. – Disse ele se virando para mim.
  - Tenho certeza que você gostaria de dar uma volta para conhecer melhor não é mesmo? Filha, por que você não vai andar com Joe por aí depois do café da manhã?
  - Essa realmente é uma ótima idéia... – Disse Joe.
  - Mas pai eu... – É claro que ele não ia me deixar falar nada então meu pai continuou:
  - Excelente! E Paul você gostaria de ir a praia conosco?
  - Adoraria.
  Quando todos terminaram de tomar café, nos levantamos e começamos a ir à direção da saída do hotel. Meus pais, Pedro e os pais de Joe alugaram um carro para irem a outra praia em Porto Rico que ficava a alguns quilômetros do nosso hotel. E eu, como papai havia me encarregado, fiquei com Joe. Andamos por todas as dependências do hotel primeiro e depois fomos à praia de frente ao hotel. Joe ficava o tempo todo puxando assunto e eu tentava ser o mais seca possível usando sempre as palavras “sim”, “não” e “talvez”. Até que ele é claro, se lembrou da noite passada e desatou a falar:
  - Então, e o seu namoradinho? Aquele idiota da boyband...
  - Ele não é idiota! Deixa ele em paz...
  - Nossa! Já ta assim é?! Defendendo o namoradinho... Sabe, tenho pena dele.
  - Pena? Como assim pena? – Olhei indignada enquanto quase gritava com ele.
  - Pena sim. Porque ele só vai ser mais uma tentativa sua de me esquecer...
  - Ah! Por favor, Joseph! Me poupe dessa sua imaginação fértil! – Comecei a andar mais rápido e deixá-lo para trás.
  - Imaginação é? – Disse ele correndo para me alcançar. Ele me puxou pelo pulso e me fez ficar cara a cara com ele – Qual é! Para de tentar fugir ou de negar... Você sabe que nós somos perfeitos juntos.
  - Joe, tenta entender de uma vez por todas: eu não quero mais saber de você! E me solta, você ta machucando meu braço... – Ele fez exatamente o contrário do que eu pedi, ele apertou ainda mais o meu pulso me puxando para mais perto dele, eu podia ser o hálito dele em minha bochecha, pois eu me negava a olhar nos olhos deles.
  - Ah é?! Me diz então de onde veio essa idéia brilhante de convidar a mim e a minha família para passar as férias aqui, em Porto Rico?
  - Espera aí! Não vai me dizer que você realmente acha que eu mesma decidi arruinar minhas férias fazendo esse convite né? Meu pai teve essa idéia ridícula... Ele ainda acha que nós devíamos voltar. Mas eu já disse, isso não vai acontecer!
  - Desculpa, mas eu discordo...
  Nesse momento ele soltou meus pulsos e me puxou pela cintura, colocou uma das mãos em minha nuca... Eu não podia deixar ele continuar com o resto da ação.
  - O que você acha que está fazendo? – Eu o empurrei com toda a minha força, assim que ele desgrudou de mim, comecei a correr pela praia o mais rápido que consegui e cheguei ao hotel. Andei rápido até o elevador tentando não chamar a atenção, e coloquei o número do meu andar. Assim que sai do elevador, dei de cara com Zayn batendo na porta do meu quarto. Inevitavelmente eu sorri, ele então se virou para mim.
  - Posso ajudar? – Eu disse ainda sorrindo.
  - Hum, talvez sim... Eu estou procurando uma certa garota que saiu comigo ontem e me deixou com um gostinho de quero mais. Ele é linda, simpática e dona do sorriso mais lindo que já vi. Será que você a viu por aí?
  - Deixa eu pensar... Ah, eu a vi sim. Mas, o que o rapaz deseja com ela?
  - Deseja saber se ela, assim como eu, gostaria de sair de novo hoje ou amanhã para conversar um pouco mais.
  - Bom, acho que ela adoraria. – Ele sorriu e chegou mais perto de mim. Afastou meu cabelo no rosto, pegou em meu queixo e me deu um selinho.
  - Então, hoje à noite?
  - Por mim tudo bem... Aonde vamos dessa vez?
  - Á alguns minutos daqui tem um restaurante que fica a beira da praia, acho que você vai gostar de lá...
  - Tudo bem, sua companhia é o mais importante – Eu corei depois de dizer isso. Eu nem havia cogitado em dizer algo assim, simplesmente saiu. Mas era o que eu sentia. Não me importava com o lugar, conhecer Zayn foi a melhor coisa que havia me acontecido nessa viagem até agora.
  - Realmente, a companhia é perfeita . – Ele me olhou bem nos olhos e notei uma coisa muito forte na sua expressão que ainda não havia notado. Ele tinha um olhar misterioso, totalmente enigmático que me fez delirar. Ele me tocou novamente, dessa vez sua mão se prendeu em meu pescoço e ele me puxou para mais um beijo.
  - Até lá então...
  - Até!
  Ele entrou no elevador e antes de apertar o botão ele disse:
  - Te encontro no saguão as 20:00h, ok?
  - Está ótimo. – Ele piscou para mim e as portas se fecharam.

  Eu já estava pronta. Estava usando uma saia de cintura alta, uma blusinha de mangas curtas, um salto não muito alto e deixei o cabelo solto. Peguei minha bolsa e coloquei minha carteira e celular. Avise a minha mãe que sairia novamente, ela ia jantar com meu pai, Pedro e os pais de Joe em um restaurante perto do hotel. Ela não havia me falado onde Joe estaria no meio de tudo isso, mas decidi ignorar esse fato.
  Desci, e ele estava sentado no sofá em uma sala que se encontrava de frente a recepção. Niall estava com ele e os dois riam sem parar, de modo que quando cheguei fingi tossir para que eles notassem minha presença, assim que Zayn me olhou ele assumiu uma expressão de admiração e disse:
  - Ual! Você ta absolutamente...
  - Linda! – Disse Niall.
  - Eu podia completar a frase sozinho Niall, mas valeu...
  Zayn se levantou, pegou em minha mão, fez uma reverência enquanto sorria e beijou minha mão. Eu, inevitavelmente, ri.
  - Obrigada meninos – Eu disse, sem graça.
  - Então, vamos? - Perguntou Zayn.
  - Claro! Você vem Niall?
  - E atrapalhar a noite romântica de vocês? Não mesmo... O Zayn me daria um soco se eu o atrapalhasse. Além do mais, estou esperando a Julieta.
  - Huuuum, Julieta?
  - Sim, é a garota que conheci ontem. Eu realmente gostei muito dela, temos muito em comum, e ela é muito gata!
  - Ele não para de repetir isso desde ontem... – Disse Zayn.
  - Bom, vou querer saber de mais detalhes dessa história depois Niall.
  - Pode deixar, vou te contar tudo... Você que foi a cúpida não? Já que você que falou para eu chamá-la para dançar.
  - Exatamente, vou ser como sua melhor amiga, aquela que dá conselhos amorosos...
  - Conselhos amorosos? – Repetiu Zayn.
  - Parece que tem alguém com ciúmes aqui... – Disse Niall rindo.
  - Como você é bobo! – Eu disse para Zayn, também rindo.
  - Bom, vamos agora?
  - Vamos.
  Eu cumprimentei Niall com um beijo na bochecha e Zayn pegou em minha mão. Era uma sensação esquisita, porque ele agia como se fôssemos um casal já, e embora eu tivesse certeza de que nós dois ainda estávamos indo devagar com esse romance, nós estávamos curtindo.
  Zayn havia alugado um carro para ele assim como os outros garotos da banda para esse mês inteiro, para que sempre que eles quisessem sair não precisassem chamar um táxi. Demoramos por volta de 20 minutos para chegarmos até o tal restaurante, eu estava impressionada de como ele conhecia os melhores pontos da cidade e ele disse que havia pesquisado durantes semanas na Internet lugares para poder visitar, comer, dançar, e tudo mais porque ele estava esperando por essas férias há muito tempo. Era incrível como o assunto entre nós dois fluía de uma maneira tão natural, não havia nenhum momento constrangedor de silêncio, ao contrário, havia muitas risadas.
  Chegamos ao restaurante e ele abriu a porta para mim. Sentamos em uma das mesas de fora, apesar do vento a noite estava gostosa e um pouco quente. O que Zayn havia denominado como praia, não era exatamente isso. Parecia mais uma represa, pois a água estava bem calma, sem onda alguma.
  Comemos um prato típico de Porto Rico que havia agrado muito a nós dois, depois pedimos sorvete para a sobremesa. Zayn, definitivamente, estava com o propósito de me fazer rir a noite inteira. Não me conformava de como ele tinha um senso de humor único que me deixava ainda mais viciada nele.
  Zayn teve a idéia de pegarmos nossos sorvetes e irmos até o píer que tinha na represa de frente ao restaurante. Eu concordei, então ele pagou a conta e fomos. Ele quis ir até o final do píer e sentar. Ele pegou em minha mão para me ajudar a sentar e depois se sentou pertinho de mim e ficamos com os pés balançando, por sorte o píer era relativamente alto então ficamos com nossos pés balançando sem encostar na água.
  Terminamos nosso sorvete e ficamos ali conversando sobre as tatuagens dele, ele foi me contando o motivo de ter feito cada uma, ele tinha outras que estavam cobertas pela camisa e ele disse que me mostraria essas em outra oportunidade. Ficamos por muito tempo lá até o momento em que ele pegou em minha mão entrelaçando a dele na minha, eu encostei minha cabeça no ombro dele e ficamos ali apenas olhando a represa à noite e ouvindo alguns pássaros e o barulho do restaurante bem ao fundo. De repente levantei minha cabeça e olhei para ele, ele também se virou para mim e o nosso primeiro momento de silêncio na noite foi preenchido pelo toque dos nossos lábios, e o beijo ia se intensificando. Lentamente a mão dele passou por meus cabelos e chegou em minha nuca, eu deslizei minha mão pelo peito dele até chegar à cintura, e segurei em sua camisa. Foi no ápice do momento que meu celular tocou.
  - Não acredito... – Eu murmurei com os lábios ainda nos dele.
  - Pode atender – Disse ele se afastando delicadamente. Mesmo não querendo eu atendi.
  - Alô?
  - Pelo visto encontrou ele mais cedo hoje né?
  - Que? Quem é? Joe?
  - Porque você não dá um pé na bunda dele logo hein? Que cena mais ridícula, vocês dois nesse píer, fingindo uma coisa que você não sente...
  - O QUE? ONDE VOCÊ TÁ? VOCÊ TÁ AQUI? – Enquanto eu berrava ao telefone eu me levantei e comecei a olhar para todos os lados tentando encontrá-lo. Então eu o vi bem lá no fundo, perto do restaurante, ele de pé, me olhando e com o celular na mão. – POR QUE VOCÊ NÃO VAI CUIDAR DA SUA VIDA? – Talvez eu tenha ficado um pouco fora de controle, mas ele havia ido longe demais.
  - Fica tranquila, pode terminar sua noite. Amanhã vamos ter uma conversinha...
  - EU NÃO TENHO NADA PRA FALAR COM... – Ele já havia desligado. Eu pude ver ele acenando e dando as costas para ir embora. Ele estava completamente maluco, parecia o tipo de pessoa que segue a vítima e dá o bote quando ela menos espera.
  - O que foi isso? Tá tudo bem? Quem era aquele cara pra quem você tava olhando? – Perguntou Zayn todo preocupado.
  - O maior problema da minha vida...
  - O que? Continuo sem entender. Posso ajudar em alguma coisa?
  - Fica tranquilo, amanhã eu vou colocar um ponto final nessa história.

Capítulo 05 - Hysteria

  - Ai como você é chatinho Zayn! – eu disse rindo e pegando a toalha que estava na cadeira.
  - Por quê? – ele disse tirando os óculos de sol de uma forma totalmente sexy.
  - Por que enquanto todos estão aproveitando esse mar maravilhoso você fica ai. – eu me enrolei na toalha e me sentei ao lado dele.
  - Ahh. Eu não sou muito fã de mar e piscina. Acho que é pelo fato de que eu não sei nadar. – ele passou a mão pelo meu cabelo molhado e me deu um beijo longo.
  - Justificativa invalida. Não se precisa saber nadar para ir à praia. A maioria vem e fica pulando na água e pronto.
  - Quem sabe outro dia.
  - Ok senhor medo da água. – vesti meu vestido por cima do biquíni molhado mesmo e assim que peguei minha bolsa que vi meu celular lembrei-me dos meus pais. – Tenho que ir. Vou almoçar com meus pais.
  - Mas antes vamos até água, e saiba que eu só estou fazendo isso por você.
  - Jura?! Ok, vamos! – peguei na mão dele e o puxei.
  Ficamos muito tempo na água, acho que ele já tinha superado o medo dele. Ficamos abraçados por um tempo em parte em que a água batia em nossa cintura. Até então eu não tinha percebido as outras tatuagens dele.
  - Doí muito? – perguntei passando a mão em uma que ficava na clavícula.
  - Não muito. Por quê?
  - Sei lá. Tenho vontade de fazer uma, quem sabe.
  - Bom. Quando quiser me avisa que eu te indico um bom tatuador.
  - Ok. Meus pais! Eu tenho que ir almoçar com eles. – saí da agua e tirei o vestido e o torci e coloquei novamente. – Me lembra da próxima vez tirar o vestido ok.
  - Você é que estava toda animada.
  - É eu sei. Mais tarde a gente se vê ok. – dei um selinho nele e fui embora em direção ao hotel.
  Pra não deixar minha mãe mais brava, fui antes ao restaurante avisar que eu só ia tomar um banho e descia para comer com eles. Tinhas poucas pessoas lá, ainda bem por que eu estava toda molhada.
  Meus pais como sempre estavam sentados em uma mesa que ficava perto de uma janela que dava de frente para o mar. Mas como sempre estavam acompanhados do Sr. E Sr.ª Cobb e claro o Joe estava lá também.
  - Mãe. Pai desculpe-me meu atraso, vou só tomar um banho e já volto ok.
  - Tudo bem querida, mas vá logo.
  - As horas passam voando quando se está na praia né. – Joe disse se levantando e passando por mim.
  - Concordo. – eu disse tentando parecer o mais calma possível.
  - Já volto.
  Entrei no elevador e apertei o botão do meu andar. E assim que eu estava saindo dei de cara com o Zayn.
  - Não aguentei de saudade. – ele disse me puxando pela cintura e me fazendo voltar para o elevador. Começamos a nos beijar e ele apertou algum botão no elevador.
  - Eu não posso demorar. – eu disse em meio aos beijos dele.
  - Não posso garantir nada. – As portas do elevador se abriram e ele me puxou. Até então, nada mais importava até que...
  - Eu diria pra vocês irem para um quarto, mas não é uma frase que eu direi para vocês.
  - Sério Joe? Aqui também?
  - E quem seria você? – Zayn perguntou.
  - Sou Joe Cobb, o ex-namorado. E meu quarto fica nesse andar.
  - A maravilha! – eu bufei e me virei para o Zayn.
  - Eu vou ir tomar um banho e almoçar com meus pais. Nos vemos depois ok?
  - Tudo bem.
  - Antes eu posso falar com você? – Joe perguntou.
  - Pode falar. – eu respondi rispidamente.
  - A sós. E sobre nossos pais.
  - Você vai ficar bem?
  - Vou. Relaxa, ele não morde. Te vejo depois. – dei um beijo nele e me virei pro Joe.
  - Fala. - Ele ficou me encarando por um tempo, até o Zayn entrar no quarto dele.
  - O que você vê nesse cara? Sério, um cara de uma boyband?
  - Isso não é da sua conta Joe. Essa sua perseguição não cansa não? Por que pra mim já deu.
  - Eu não consigo te esquecer, essa é a verdade.
  - Jura Joe? Depois de tudo o que você me fez passar? Devia ter pensando nisso antes.
  - Pois é. Mas eu não imaginava que ia ser tão duro ficar sem você. Principalmente agora que você fica com esse cara ai.
  - Esse cara ai, tá provando ser melhor que você em muitos aspectos Joe.
  - Verdade? Por isso você estava indo pro quarto dele? Pra ver se ele era melhor que eu?
  - Isso não é da sua conta. E eu não duvido que ele seja melhor.
  - Certeza?
  Ele me puxou pra mais perto dele e começou a acariciar minhas costas e a beijar meu pescoço. Eu fiquei totalmente sem reação. A gente tinha terminado já fazia um tempo, e apesar dessa magoa, eu não podia negar que ele ainda causava arrepios em mim com cada toque.
  - Ele te deixa assim? Eu te conheço melhor que todo mundo.
  - Joe para! – Eu o afastei e fiquei encarando ele. Eu já tinha esquecido em como ele era bonito, em como aquela camiseta vermelha que nós tínhamos comprados juntos ficava bem. – Eu conheço o Zayn há pouco tempo, não posso falar que o amo, mas eu sinto algo por ele.
  - Então você realmente esqueceu a gente? De verdade? – ele perguntou pegando na minha mão.
  - Eu não esqueci Joe. Mas não dá mais.
  Ele chegou mais perto de mim e me abraçou. Fiquei sem saber o que fazer. Por não havia sentido em todas aquelas palavras, eu podia sentir que ele estava realmente magoado e que toda aquela hostilidade tinha acabado por um minuto. Juro que eu não pensei bem. Eu simplesmente o beijei. E aquele beijo foi diferente de todos que tivemos, eu sentia a urgência dele em me beijar, a saudade que ele sentia que ia se dissipando.
  - Não dá Joe. – me afastei dele e fui em direção ao elevador.
  - Eu vou te provar que eu posso ser melhor que ele.

It's bugging me
Grating me
And twisting me around

  Ele me agarrou novamente e começou a me beijar de novo, mais rude que o primeiro beijo e eu não conseguia afasta-lo apesar das tentativas frustradas. Ele foi me puxando até chegar à porta do quarto dele, ele tirou o cartão que abria a porta e pegou no colo quase como se eu fosse uma criança. Ele me levou até a cama e me deitou cuidadosamente, eu o fiquei encarando sem saber o que fazer ou dizer. Tudo tinha ido pelo ralo. Ele se deitou em cima de mim e voltou a me beijar.

Yeah I'm endlessly
Caving in
And turning inside out

  Ele tirou meu vestido e eu fiquei apenas de biquíni enquanto eu tirava a camisa dele e a jogava por algum lugar do quarto. Eu passei a mão pelos cabelos dele, os bagunçando do jeito que eu sempre fazia. Eu não sei quanto tempo se passou enquanto apenas nos beijávamos. Apenas sentindo a presença e o calor um do outro.


Cause I want it now
I want it now
Give me your heart and your soul
And I'm breaking out
I'm breaking out
Last chance to lose control

  Ele me puxou para mais perto dele (como se fosse possível). Cada toque dele pela minha pele libertava uma memória de tudo que já havíamos vivido juntos. Era insano o poder que ele tinha sobre mim.


Yeah It's holding me
Morphing me
And forcing me to strive
To be endlessly
Cool within
And dreaming I'm alive.
'Cause I want it now
I want it now
Give me your heart and your soul
And I'm breaking down
I'm breaking out
Last chance to lose control
And I want you now
I want you now
I feel my heart implode
And I'm breaking out
Escaping now
Feeling my faith erode

  Eu estava totalmente perdida. Agora todas minhas decisões tinha ido por ralo abaixo.
  Acordei com a luz o do sol entrando pela porta da varanda que estava meio aberta. Olhei para o criado mudo onde tinha um relógio que marcava quatro da tarde. Eu tinha dormido por pelo menos umas três horas. Eu estava enrolada nos lençóis e o Joe dormia ao meu lado. Me levantei com todo cuidado possível para não acordá-lo. Peguei meu biquíni que estava no chão e meu vestido e fui até o banheiro e me vesti. Quando voltei para o quarto Joe estava sentando na cama olhando para o celular.
  - Seu namoradinho ligou. – ele disse assim que me viu.
  - O QUE? E VOCÊ ATENDEU? – eu gritava com ele.
  - Relaxa. Ele ligou na hora em que estávamos meio ocupados. – ele disse estendendo o celular para mim. Eu peguei e na mesma hora liguei pro Zayn.
  - Alô.
  - Oi Zayn. Desculpa não ter atendido, mas eu peguei no sono.
  - Sem problemas.. Tudo certo com seu ex? – ele perguntou e eu olhei pro Joe na minha frente.
  - Tudo resolvido.
  - Que bom! Fiquei um pouco preocupado...
  - Não precisava, tá... Tudo bem.
  - Ok então. Nos vemos mais tarde?
  - Claro
  Desliguei o celular e olhei pro Joe.
  - Isso não aconteceu ok?! Não tem mais conserto para o que nós tínhamos Joe. Já era.
  - Claro. Corre pra ele. Será que ele vai gostar de saber que você pegou no sono na minha cama?
  - Você não contaria.
  - Não. Eu não preciso disso pra fazer você voltar pra mim.
  - Seu ego é grande demais Joe.
  - E você sempre acaba voltando pra mim. Essa é a verdade.
  Eu não me controlei. Dei um tapa na cara dele e saí do quarto. Agora que minha consciência voltava, a única coisa que eu pensava era em como ficaria as coisas com o Zayn. Eu não podia mentir. Mas e agora? Na certa estava tudo acabado o que nem começou.

Capítulo 06 - O que deve ser esquecido.

  Havia se passado uma semana depois do ocorrido entre mim e Joe. Eu tentei ao máximo não encontrá-lo nesses dias, onde ele estava eu tratava de passar bem longe. Mas mesmo assim, uma vez ou outra eu acabei dando de cara com ele, e como eu já imagina sempre ele dava aquele sorriso torto, que infelizmente lhe caía muito bem, e fazia questão de lembrar do ocorrido e praticamente jogar na minha cara e me chantagear. Quanto ao Zayn, toda vez que ele me chamava para sair eu tentava disfarçar ao máximo, mas minha consciência estava muito pesada. Como eu deixei aquilo acontecer? Como que uma coisa já superada de repente me afetou daquela forma? Eu estava com muita raiva de mim mesma. E quando eu estava ao lado de Zayn isso ficava ainda mais sufocante dentro de mim, como por exemplo, ontem, Zayn e eu estávamos na piscina e enquanto ele conversava comigo eu só pensava em como contar pra ele o que eu tinha feito, pensando se assim eu me sentiria melhor. Mas será que ele me desculparia? Nós ainda não tínhamos nada sério, porém aquilo era um erro enorme... Que garota ele ia pensar que sou? Eu estraguei um começo do que poderia ser uma bela história. E no meio de meus pensamentos ele me trouxe de volta dizendo:
  - Ei, estou te chateando falando sem parar não é?
  - Hã? O que? Não! Não, imagina... Desculpa!
  - Você não prestou atenção em uma palavra do que eu disse.
  - Mil desculpas, sério mesmo.
  - Algum problema? – Essa era minha deixa. Conto ou não? Mas como o esperado, travei. E respondi:
  - Claro que não, nenhum. Só estou com fome. Que tal almoçarmos juntos?
  Aquilo estava me levando a loucura. Me sentia péssima mentindo para ele, ia contra mim. Nossa, se culpa matasse, eu definitivamente estaria morta. Eu me deitei em minha cama e fiquei trocando de canal na tv, tentando achar algo que eu gostasse, mas na realidade nem estava prestando atenção em nada. Pedro entrou no quarto então gritando:
  - Mamãe a papai mandaram avisar que nós vamos sair!
  - Ta, garoto. Não precisa gritar!
  - Vai vir com a gente ou não?
  - Não. Prefiro ficar.
  - Ótimo! – ele saiu e bateu a porta com toda força dele.
  - Idiota – murmurei.
  Deixei em um canal qualquer e assisti por um tempo até pegar no sono. No meu sonho, eu estava com Zayn e os garotos da banda, apenas conversando e rindo. De repente chega Joe, gritando comigo e dizendo que eu pertencia a ele, ele me puxava pelo braço e me levava para algum lugar e Zayn não fazia nada a respeito, eu olhava para trás e tudo o que eu via era a expressão magoada dele. Acordei então com ele me ligando, Zayn:
  - Alô?
  - Oi, linda. Tudo bem com você?
  - Tudo sim, e com você?
  - Tudo ótimo! Tenho um convite... Para variar. – ele riu.
  - Qual? – perguntei entusiasmada.
  - Vamos jantar com Niall e Julieta hoje? Os dois nos convidaram já que Niall quer apresentar ela a você.
  - Claro! Que idéia ótima... Que horas saímos?
  - Um pouco mais cedo hoje, ás 19:30 ok?
  - Ok, até lá.
  - Até, linda. – e desligou.
  Já eram 15:45 da tarde, decidi dormir um pouco mais antes de me arrumar para o jantar.

  •••

  Eu havia colocado um vestido tomara-que-caia e salto, era perfeito para um jantar a noite em uma cidade tropical. Liguei para Zayn e ele disse que já estava me esperando. Assim que eu saí do elevador, dei de cara com ele. Ele me deu um selinho e disse:
  - Você está linda! Como sempre é claro...
  - Obrigada. Você também está lindo! – E realmente estava. Ele usava jeans, uma camiseta do Boyce Avenue e tênis. Simples eu sei, mas ainda assim muito lindo e irresistível como sempre.
  - Obrigado – respondeu ele sorrindo – Niall e Julieta estão nos esperando na recepção, vamos lá.
  Enquanto andávamos até lá, ele fez uma coisa inesperada: entrelaçou a mão dele delicadamente na minha, e a apertou. Não com força, mas com firmeza. Como se dissesse “não vou soltar nunca mais”, e isso me fez olhar para ele e para melhorar ainda mais aquele instante ele sorriu e eu retribuí. Chegamos e Niall e Julieta estavam se beijando. Eu fiquei um pouco sem graça, mas é claro que Zayn quis atrapalhar:
  - COM LICENÇA! ESTAMOS EM PÚBLICO SABIAM?! – sim, ele gritou. E as pessoas em volta começaram a olhar. Julieta ficou vermelha de vergonha e Niall que já é bem branquinho também começou a ficar vermelho, mas não de vergonha ele tinha achado engraçado e começou a rir.
  - Precisava de tudo isso? - Zayn e Niall riam sem parar, então decidi eu mesma me apresentar.
  - Bom oi Julieta! Prazer, meu nome é .
  - Prazer... Mas, como já sabe meu nome?
  - Niall falou um pouquinho de você...
  - Aham, bem pouquinho! Quase nada! – disse Zayn, ironicamente.
  - Já chega vocês dois né?! – disse Niall – Podemos ir?
  Niall e Zayn pegaram seus respectivos carros, mas Julieta disse que era desnecessário irmos em dois carros então fomos apenas no de Niall, eu e Zayn fomos juntos no banco de trás. Era um encontro de casais e de repente a culpa voltou a me atormentar. Cenas passavam em minha cabeça quando Zayn me beijava... Joe, me levando para seu quarto, me beijando sem parar... Como eu queria que isso não tivesse acontecido.
  Chegamos ao barzinho, e dessa vez nada de praia. O bar ficava numa avenida movimentada de Porto Rico. Ficamos esperando na recepção por uma mesa, pois o lugar estava um pouco cheio, então tomamos alguns drinks e eu conversei bastante com Julieta. Ela também era brasileira e isso foi o que achei mais incrível! Ela viajava bastante, já havia passado por vários países e dessa vez estava aqui com um grupo de amigas que a acharam a garota mais sortuda de todas por estar saindo com Niall Horan. Entramos então em um papo de garotas enquanto Niall e Zayn conversavam e ela havia me dito que amava a One Direction e principalmente Niall, e que estar saindo com ele era como um sonho. Ela disse que ele é um garoto totalmente fofo, romântico e maravilhoso. Eu sentia como se ela já estivesse perdidamente apaixonada por ele, pois cada vez que ela pronunciava o nome dele seus olhos brilhavam.
  Nossa mesa finalmente ficou pronta e fomos até lá. Jantamos e depois pedimos a sobremesa, enquanto comíamos, Zayn teve que se retirar pra atender a uma ligação do Liam que demorou alguns minutos, enquanto isso Niall e Julieta ficaram conversando comigo:
  - Mas então, ... Você tem quantos anos? – perguntou Julieta.
  - 17, mas vou fazer 18... – Caramba! De repente me lembrei de um fato importante – amanhã! Nossa, havia me esquecido, meu aniversário é amanhã.
  - Como alguém esquece do próprio aniversário? – disse Niall rindo. Mas ele tinha razão, acho que devido a todos os últimos acontecimentos, eu nem havia me tocado de que amanhã faria 18 anos.
  - Então, tem que ter uma festa! – disse Julieta toda animada.
  - Que isso gente, imagina!
  Eles continuaram dizendo que devíamos fazer alguma coisa e eu acabei cedendo. Julieta se levantou para ir até ao banheiro e Zayn ainda não tinha voltado. Niall decidiu pagar a conta e depois irmos para fora encontrar Zayn para já irmos embora. Enquanto esperávamos a conta, decidi perguntar a Niall sobre Julieta:
  - Então, Niall... Julieta é bem bonita! E muito, muito, muito simpática.
  - Pois é, você escolheu certinho aquele dia a garota para eu chamar pra dançar... Ela é realmente tudo isso e muito mais. Diferente das garotas que já conheci, quando eu converso com ela parece que já nos conhecemos há séculos. Somos muito parecidos e ela me deixa caidinho. – ele riu pra disfarçar o fato de que estava sem graça e corando.
  - Bom, pode ser cedo, mas... Estou torcendo por vocês.
  - Valeu, . – Nesse momento Julieta voltou e Zayn também.
  - Vocês já pagaram a conta? – perguntou Zayn.
  - Claro você demorou um século no telefone.
  - É que Liam estava perguntando pra mim sobre Harry, ele disse que não o viu desde hoje cedo, e ficamos um pouco preocupados.
  - O que? Como assim?
  - É então, mas relaxa, enquanto eu e Liam ficávamos imaginando onde ele estaria, Louis chegou no quarto de Liam com ele, os dois passaram o dia na praia e agora vão a uma balada.
  - Balada? Eleanor não vai gostar muito disso... – disse Niall.
  - Pois é, mas Louis só vai acompanhar Harry, não vai fazer nada de errado.
  - Bom, vamos indo então? – disse Niall.
  Na volta, Zayn teve a idéia de guardarmos o carro e irmos caminhar um pouco pela praia em frente ao hotel. Como eu estava de salto, pensei em subir apenas pra trocar de sapato, mas Zayn disse que carregava eles para mim para eu poder andar descalça. Andamos bastante e conversamos, sem falar das risadas. Depois de uma meia hora, Niall e Julieta decidiram ir embora, pois iam acordar cedo amanhã pra fazer um passeio. Zayn perguntou se não havia nenhum problema de nós continuarmos ali mais um pouco e eu disse que não. A cena era bem romântica, nós dois de mãos dadas, os dois descalços, a água gelada das ondas que se quebravam bem aos nossos pés encostavam-se em nossa pele delicadamente. Mas tudo aquilo se desmanchava aos meus olhos quando eu me lembrava do que eu estava omitindo: minha noite com Joe. E decidi que não ia mais deixar aquilo assombrar meus encontros com Zayn, então decidi contar.
  - Zayn, eu preciso falar com você.
  - Finalmente. Desculpa, mas, há alguns dias sempre que estamos juntos ás vezes parece que tem algo te incomodando... Quer sentar um pouco pra conversamos?
  - Acho melhor. – nos sentamos na areia, um do lado do outro. A mão dele me envolveu pela cintura.
  - Pode falar - ele disse.
  - É um pouco complicado, eu não sei por onde começar...
  - Posso adivinhar? Tem a ver com o seu ex que está aqui não é?
  - Sim, - comecei a sentir minhas mãos suarem e um frio na barriga – é sobre ele.
  - O que ele te fez?
  - Na verdade, nós fizemos. Não vou mentir e dizer que não tenho culpa... Quero falar que se você não quiser mais sair comigo, se você não quiser mais olhar na minha cara eu vou entender. Acontece que eu preciso te falar, porque um cara legal como você não merece isso, e eu me sinto a pior pessoa do mundo escondendo isso de você. – os olhos dele estavam fixos em mim. Eu estava perdida. Como continuar? Decidi então falar de uma vez.
  – Há uma semana, encontramos o Joe quando saímos do elevador... Lembra? O quarto dele é no mesmo andar com o seu...
  - Como esquecer daquele cara ridículo e sem um pingo de noção?
  - Pois é, ele é mesmo tudo isso. E eu juro que não quero mais nada com ele. Acontece que eu vivi muita coisa com ele, ele sabe muito sobre mim, especialmente como me conquistar. – Parecia que ele já sabia o que estava por vir, porque neste momento a mão dele que me envolvia largou minha cintura – E naquele dia, depois que você entrou no seu quarto... Ele me beijou.
  - Ele te beijou - repetiu ele da forma mais seca possível.
  - Nós... Nós nos beijamos, como eu disse, eu também tenho culpa.
  - E não passou disso?
  - Sim... Passou. Nós dormimos juntos. – Eu não conseguia nem olhá-lo nos olhos a essa altura.
  Ele ficou sem reação. Desviou o olhar de mim e ficou olhando para o mar, sem dizer uma palavra. Ele estava com as pernas dobradas e os braços sobre os joelhos com a expressão séria. Eu estava com medo... Não queria perdê-lo. Como fui burra! Eu teria que me conformar de uma forma ou de outra. O que será que ele estaria pensando de mim agora? Foi então que ele quebrou o silêncio:
  - Olha... – disse ele se virando pra mim - Não vou mentir pra você. Não gostei nem um pouco do que eu acabei de ouvir. E odeio ainda mais aquele cara...
  - Eu sei, mas...
  - Deixa eu terminar, por favor. – disse ele me interrompendo – Eu não sei o que vocês tiveram juntos ou o que você sentia ou sente por ele. Mas eu sei que eu realmente estou curtindo muito te conhecer. Também, você é linda! Desde aquele dia que te peguei em meus braços e olhei bem pra você não esqueci sequer um traço do teu rosto... E, além disso, você é engraçada, meiga, sincera... Mesmo tendo demorado pra me contar isso. Acho que eu não tenho direito de te julgar porque até agora não estabelecemos o que realmente temos juntos... Mas gostaria então de te fazer esquecer ele. Quero exclusividade. – disse ele dando um meio sorriso – Quero que você seja minha, .
  - Eu também quero ser sua, Zayn.
  - Então, eu não quero mais saber desse cara te provocando. Promete pra mim uma coisa?
  - Qualquer coisa.
  - Para de agir como se fosse culpada, isso já passou. Mas fica comigo agora, por favor?
  - Está mais do que prometido. – e tomando a iniciativa, coloquei minha mão no pescoço dele e o puxei para mais perto o beijando sem culpa alguma e sem parada.

Capítulo 07 - I want you

  Zayn’s POV

  Assim que as portas do elevador se abriram, dei de cara com Niall.
  - Hey Zaz! Eu vim falar com o Liam e estava te esperando. – ele diz.
  - Me esperando pra quê?
  - Pra te contar que amanhã é aniversário da .
  - Sério? Ela não me disse nada.
  - Eu pensei que não mesmo, por isso vim avisar.
- Valeu Nialler.
  Ele entrou no elevador e eu fui para o meu quarto. É claro que eu não podia evitar o fato de que eu estava bravo por ela ter ficado com o ex, mas eu não tinha o direito de exigir nada. Porque não havíamos estabelecido algo sério. Mas aquela garota havia mexido comigo, e eu não iria ficar nem um pouco contente de que isso acontecesse novamente.
  - Oi Liam. – eu disse indo em direção a minha bolsa e pegando o maço de cigarros e indo para a varanda.
  - Tudo bem Zayn? Você parece estar bravo ou chateado.
  - É a , Liam. – eu respondi.
  Escorei-me do parapeito da varanda que ficava de frente pro mar e acendi o cigarro. Liam veio em seguida e se sentou em uma das cadeiras que tinha ali.
  - Ela dormiu com o ex.
  - Whoa! Isso é complicado.
  - Pois é, mas eu não quero ficar bravo nem nada do tipo. Ela mexeu demais comigo. Mas é um pouco inevitável.
  - Cara, eu acho que dever ser difícil pra você, mas se você tem um sentimento real por ela, fala pra ela a verdade, e que principalmente isso te deixou incomodado.
  - É aniversario dela amanhã. O que eu faço?
  - Primeiro passo, oficialize o que vocês são. Mas de um jeito certo, aproveita o fato de que amanhã é aniversário dela e faça uma surpresa que supere tudo o que o ex já fez.
  - Vou tentar pensar em algo até amanhã.
  - Se você quiser eu aluguei um iate para a gente passear amanhã. Mas pega emprestado se quiser.
  - Eu vou querer Liam. E muito obrigado.

•••

  POV

  Que eu era uma completa idiota era claro agora. Mas só de contar pra ele eu me sentia um pouco melhor, ou não. Mas um peso havia sido tirado, apesar de não termos nada estabelecido às coisas que ele me dizia e fazia para mim tinha um efeito que acabava comigo, eu precisava descobrir esse sentimento, antes que fosse tarde demais.
  Quando cheguei ao meu quarto, o Pedro estava vendo tv, passei direto e fui para o banheiro, eu precisava de um banho. A sensação da água quente me renovava, era tranquilizador saber que agora eu podia pensar em tudo, sozinha sem interrupções, cada músculo do meu corpo ia relaxando aos poucos, eu tinha que pôr em ordem o que estava se passando na minha cabeça, mas principalmente no meu coração. Podia existir um sentimento pelo Joe, como não, eu não podia negar que tivemos bons momentos, mas ele, nós, jogamos fora. Ai entra o Zayn, ele é mais fácil, mais natural, eu não preciso forçar nada, tudo acontece conforme tem que ser. Ok, dois fatos: eu sentia algo pelos dois. Clichê, já vi isso em algum filme: a garota que se divide entre dois caras. Mas eu não estou em um filme, Joe passado, Zayn presente e eu espero que futuro também.
  Saí do banho, me enrolei na toalha e fui em direção a pia, o espelho estava embaçado, passei a mão e vi meu reflexo, o brilho nos meus olhos causados pelo Zayn ainda estavam lá, mas se eu olhasse mais atentamente havia a dor do Joe. Por que eu ainda estou pensando nele? Jesus, ! Pare!
  Fui até me quarto e meu celular insistia em vibrar em cima da cabeceira, fui ver e tinha duas ligações perdidas do Zayn. Retornar?
  Dane-se!
  - Oi. – eu murmurei quando ele atendeu.
  - Feliz aniversário. – ele disse com uma voz baixa e um pouco rouca.
  - Zayn?
  - Sim, por que você não me disse?
  - Muitas coisas para serem ditas, essa era a mais insignificante. – eu respondi.
  - Insignificante? Nunca! Essa data merece uma comemoração! – ele respondeu, a animação na voz dele ia aparecendo.
  - Acho melhor não. Já basta você chamando atenção. – eu tentei ser engraçada e quebrar o gelo que havia se formado.
  - Não será uma comemoração publica. Será entre mim e você, um jantar.
  Oh! Meu coração palpitou.
  - Sendo assim, acho que posso aceitar Malik.
  - Amanhã às 18h no saguão. Não se atrase.
  - Até amanhã então.
  Eu desliguei e fiquei encarando meus pés. Eu iria comemorar meu aniversário de 18 anos com ele! Coloquei meu pijama e me arrastei para a cama, seria um dia longo.

•••

  Acordei tarde no dia seguinte, parecia que eu não dormia fazia anos! Troquei de roupa e fui para o café, meus pais não estavam lá, não estavam em lugar nenhum. Tomei meu café sem pressa. E resolvi voltar pro quarto e tentar achar algo pra fazer, eu me encontraria com o Zayn só às 18h. Assim que estou voltando pro quarto encontro a Sr. Cobb.
  - querida! Meus parabéns! Joe está atrás de você.
  - Obrigado Sr. Cobb. Eu falo com ele depois. – Ela me dá um abraço e sai.
  Ótimo! Subi para meu quarto e assim que abri a porta meus pais e o Pedro pularam na minha frente segurando balões dizendo “Feliz Cumpleaños”. Pedro veio até mim com um cupcake com uma vela pequena.
  - Parabéns, bobona! – Pedro disse me entregando o cupcake. Eu peguei e sorri pra ele, ele era um pestinha, mas eu o amava.
  - Querida! Feliz aniversário. – Mamãe me envolveu em um abraço de urso, quase impossível de se ser libertado. – Vamos ter um dia só de melhores hoje!
  - Obrigado mãe.
  - Parece que foi ontem que eu estava tentando de ensinar a andar de bicicleta. Agora, você já é adulta, 18 anos! Meus parabéns e muito juízo, por favor. – Meu pai me abraçou e apesar das tentativas dele me fazer ficar com o Joe, nós éramos muito amigos, talvez eu fosse mais dele do que da minha mãe.
  - Obrigado Pai.
  - Vamos?!
  - Pra onde? – Minha mãe parecia extremamente animada.
  - Ahh! Você sabe, manicure, cabelereiros e compras. Nada demais. Mais tarde faremos uma comemoração no jantar, por isso o cupcake.
- Hmm’ eu tinha planos para mais tarde. – eu disse ficando vermelha.
  - Planos? – papai pergunta.
  - Eu conheci um garoto e ele me chamou pra jantar.
  - Mas e o Joe? – Pai para de insistir nisso, eu pensei.
  - Não há mais “Joe” pai.
  - Entendo. Então ok, almoço juntos então?
  - Se a mamãe não me trancar num salão de beleza, sim. – fácil!
  Tive um dia extremante agradável! Sem dramas, ou qualquer outra coisa me preocupando, só uma coisa, que roupa eu iria usar mais tarde? Tentei vasculhar minha mala mentalmente e não consegui achar nada!
  - O que foi ? – minha mãe pergunta enquanto entramos no táxi para voltar para o hotel.
  - Não sei que roupa usar hoje à noite.
  - Isso não será um problema, eu comprei um vestido para você, mas não sei se você vai gostar.
  - Sério mãe?! Obrigado!
  Fomos em silêncio pelo resto do caminho, já eram 16:30h, meu coração acelerava cada vez que eu via seu sorriso em minha mente. O efeito que ele tinha sobre mim era inexplicável, eu sorri sozinha ao lembrar o nosso primeiro beijo. Chegamos ao hotel e assim que chegamos ao nosso andar minha mãe foi em direção ao meu quarto. Fiquei parada sem entender.
  - Vá até meu quarto e dentro da minha mala há um vestido meio alaranjado, é seu. Vou te ajudar a se vestir para seu encontro.
  Ela sorriu para mim e eu saí como uma criança feliz indo atrás de seus doces. Bati na porta já que eu não tinha a chave, papai abriu a porta surpreso por me ver.
  - Vim buscar um vestido, mamãe está no meu quarto.
  - Ahh sim!
  Fui até a mala e peguei o tal vestido, era lindo um laranja escuro que ficaria acima do joelho e que amarrava no pescoço. Coloquei de volta na sacola que estava e fui até a varanda onde meu pai estava. Ele estava sentando em uma das espreguiçadeiras com o ipod ligado. Eu me lembrava daquela música, sempre quis entender o significado, e assim que ouvi o refrão o sorriso dele veio a minha mente novamente.

  I've got you under my skin
  (Eu tenho você sob a minha pele)
  I've got you deep in the heart of me
  (Eu tenho você no fundo do meu coração)
  So deep in my heart that you're really a part of me
  (Tão fundo no meu coração que você é realmente uma parte de mim)

  - Sempre achei essa música linda. – eu digo me sentando ao lado do meu pai.
  - Você sempre a ouvia atentamente.
  - Eu gosto dele pai, essa música agora tem sentido.
  - Então sugiro que você vá em frente, não tenha medo.
  - Mas e no fim? Digo, vamos voltar para o Brasil e ele para Inglaterra, como ficará o meu coração?
  - Se vocês estão tão ligados e sabem qual é o sentimento existente, vocês darão um jeito.
  - Pai! Não ajudou muito!
  - Eu não posso dizer o que você terá que fazer, mas você saberá quando o momento chegar. Carpe Diem, !
  - Ok pai! Obrigado. – Dei um beijo nele e fui para meu quarto, meu coração agora estava a ponto de pular para fora.

•••

  Faltavam 20 minutos, eu estava em frente ao espelho do banheiro. O vestido tinha ficado perfeito, eu usava um sapato preto, e meu cabelo estava solto.
  Peguei minha mini bolsa, sim mini, apenas o celular, chaves da porta. Quando eu estava saindo Pedro pela primeira vez me elogiou.
  - Você está bonita.
  - Err... Obrigado.
Família! Apertei o botão do elevador e para minha surpresa quando as portas se abrem Joe está lá.
  - Uau! Pra ele?
  - Não é da sua conta. – eu respondi rispidamente. Entrei no elevador mantendo a distância dele.
  - Olha, eu nunca quis ser rude como você, mas eu não consigo te tirar da cabeça, você foi importante demais pra eu desistir tão fácil. Mas eu vou fazer.
  Olhei pra ele sem acreditar, sério? Ele me deixar em paz, nesse momento meu subconsciente suspira.
  - Fico aliviada, é melhor para nós dois. – chegamos ao térreo, ele sai atrás de mim.
  - Mas antes, eu quero que você fique com isso. – ele me entrega uma caixa preta de veludo. Eu pego e hesito antes de abrir, pra minha surpresa, um colar em forma de coração, daqueles que você abre e tem uma foto. E havia uma foto de nós dois.
  - Joe... Eu não acho que eu deva aceitar.
  - Por favor, significa muito pra mim, não precisa usar, mas guarda, como lembrança dos momentos felizes.
   Eu não devia aceitar! Meu subconsciente gritava não.
  - Eu aceito. Mas não veja esperança nisso. – guardei a caixinha dentro da bolsa.

  Assim que cheguei o saguão do hotel ele estava sentando em um dos sofás, era simplesmente a visão mais maravilhosa que alguém podia se ter. Eu poderia ficar aqui para sempre olhando para ele. Para sempre.
  - Espero que você não tenha horário para voltar – Ele diz interrompendo meus pensamentos e me dando um beijo rápido.
  - Depende. O que você pretende?
  - Hmm. Surpresa, mas será uma noite incrível. Prometo. Agora vem.
  Ele pegou na minha mão e me levou para o fora do hotel em direção à praia. Depois para o cais. O que esse garoto estava tramando? Eu o segui em silêncio, apenas olhava de vez em quando para ele e o sorriso que ele carregava fazia meu coração derreter e minhas pernas ficarem bambas. Como ele conseguia?
  Paramos depois de uns 10 minutos de caminhada. Ele ficou de frente para mim e eu via que ele se divertia.
  - Você está rindo de mim, Malik?
  - Nunca, minha . Por que eu iria fazer isso?
  - Bom, não é o que seus olhos dizem.
  - Na verdade, estou me perguntando por que em nenhum momento você me perguntou para onde estávamos indo.
  - Eu odeio surpresas, mas odeio que me contem na metade do caminho.
  - Ahh! Que bom. Porque chegamos. – Ele fica ao me lado e aponta para o barco a nossa frente, até então eu não tinha reparado que ele estava todo enfeitado com algumas luzes e velas espalhadas. Era lindo, certamente a melhor surpresa de aniversário que uma garota poderia ter.
  - É lindo Zayn. – Foi o que eu consegui dizer.
  - Que bom que gostou. E antes de entramos, eu quero estabilizar uma coisa.
  Ele fica na minha frente de novo, e aquele olhar hipnotizante me faz tremer.
  - Estabilizar? – confusa!
  - Ontem quando eu disse que queria exclusividade, eu quis dizer que quero que você seja minha namorada. Oficialmente.
  - Oi?
  - Então?
  - Então que eu tenho milhares de coisas para dizer, mas eu não consigo dizer nada neste momento.
  - Mas isso é um “sim”?
  - Eu não sei, Zayn. – eu disse em um sussurro. – Eu só fico insegura com relação à distância que separa a gente, quando as férias acabarem.
  - Nós vamos conseguir. ... – ele segura meu rosto com as duas mãos, minha respiração está fraca. – Eu realmente te amo, eu tive certeza disso ontem, quando você me contou que dormiu com seu ex, aquilo me deixou sem forças, em total desespero. Porque eu pensei que tinha te perdido, perdido a única que me fez sorrir com um simples “oi”.
  Eu fiquei encarando ele sem palavras. Eu amava também, de um jeito diferente, eu sentia uma extrema necessidade de estar com ele, nos braços dele. Aquilo me fazia me sentir segura. Era tudo simples e conciso. Eu o puxei para mais perto de mim, abraçando-o, as lágrimas fluíram teimosamente. Não havia motivo, quer dizer, havia, mas era um motivo de felicidade.
  - Ahh Zayn... Eu também te amo.
Ele me beijou de uma forma que eu nunca havia sido beijada antes, era como se cada parte do meu corpo reconhecesse que ele era o que faltava, ele era o que me completava.
  - Eu tenho um presente. – ele tirou uma caixinha do bolso e isso me fez lembrar do presente ridículo do Joe.
  - O que é?
- Abre – ele disse e sorriu. Eu peguei a caixa delicadamente e abri. Lá estavam dois anéis pratas com o símbolo do infinito gravado em cima.
  - Que lindo! Meu Deus, Zayn... É perfeito! É um anel de compromisso?
  - Não é bem de compromisso... Apenas simboliza algo mais oficial - ele mordeu o lábio inferior dele e deu um sorrisinho. Eu fiquei sem palavras, então o beijei.
  - Vem. – Ele disse partindo nosso beijo e me levando para o barco. Assim que entramos, ele me levou até uma sala, onde uma mesa havia sido arrumada para um jantar a dois. Um garçom estava em pé e assim que nos viu, puxou uma cadeira pra mim. Antes de sentar eu virei para o Zayn.
  - Eu não estou com fome agora, podemos jantar depois?
  - Certeza?
  - Certeza.
  - Não vamos comer agora, acho que você pode ir. A gente se vira. – Ele diz para o garçom, que se vira e vai embora, nos deixando sozinhos.
  Zayn foi até uma mesinha e colocou uma música para tocar.

  In my place, in my place
  Were lines that I couldn't change

  - Acho que essa música se encaixa neste momento. – Ele diz voltando para mim.

  I was lost, oh yeah
  I was lost, I was lost
  Crossed lines I shouldn't have crossed
  I was lost, oh yeah

  - Concordo com você.
  - Certeza que você não está com fome?
  - Zayn. A única coisa que eu quero agora é você.

  Yeah, how long must you wait for it?
  For it
  I was scared, I was scared
  Tired and underprepared

  Ele me puxou pela cintura e entrelaçou os dedos no me cabelo. E me beijou de forma urgente, como se tivesse tão pouco tempo.

  But I waited for it
  If you go, if you go
  Then Leave me down here on my own
  Then I'll wait for you, yeah

  Ele me levou até um quarto, e me levou até a cama. Era insano este momento, porque eu queria dizer tantas coisas, mas eu simplesmente não conseguia. Ele plantava beijos pelo meu pescoço, fazendo com que eu me arrepiasse com cada toque dos lábios dele contra a minha pele. Comecei a desabotoar a camisa dele revelando algumas de suas tatuagens. Meu Deus! Ele era a personificação do pecado!
  Assim que eu terminei com os botões, ele deslizou a camisa pelo braços e jogou em algum lugar do quarto. Ele lentamente passou a mão pela minha perna e eu fiquei estática. Eu me arrepiava com cada toque.
  - Você é linda. – ele diz voltando a me beijar.
  - E você me deixa sem saber o que falar.
  - Não precisa falar nada, agora.
  Ele começou a tirar meu vestido, lentamente. Senti minhas bochechas queimarem, tá, agora eu estava sem jeito.
  - Eu gosto de roxo. – Ele diz segurando um dos lacinhos que tinha pendurado na minha calcinha. Tapei meu rosto com as duas mãos sentindo meu rosto em chamas.
  - Eu. Te. Amo. Para de ser boba. – ele sussurra no meu ouvido.
  Eu voltei a beijá-lo. Mas decidida a não deixar que ele assuma todo o controle, comecei a beijá-lo no pescoço, chegando até a clavícula. Onde havia uma tatuagem.
  - Acho que eu quero fazer uma.
  - Podemos discutir isto depois? – ele fala em um sussurro. Outra música começou a tocar enquanto terminávamos de nos despir lentamente.

  You found your way under my skin
  And I'm tryin' not to love you
  But I hate the way I keep on givin
  Into you, like I always do
  No matter how I try
  Or maybe could it be
  That you're the part of me
  That's keeping me alive?

  How am I supposed to break this spell you got me under
  I'm so addicted to the pain
  Got your poison running through my veins

  The way you pull me in
  The way you chew me up
  The way you spit me out
  I keep coming back, I can't get enough
  I can't go without you

  I could fight you 'til the end
  But I will lose you if I win
  So I guess I'll just keep on givin'

  Into you, like I always do
  No matter how I try
  Or maybe could it be
  That you're the part of me
  That's keeping me alive?

  - Você é minha. – ele sussurrou quando chegamos ao ápice da nossa noite.

Capítulo 08

  (Zayn’s POV)

  Eu estava em Londres com ela. De mãos dadas, apenas caminhando em direção ao restaurante onde havíamos marcado de encontrar meus pais. Eu finalmente ia apresentá-la à eles. Eu sentia a mão dela gelada na minha:
  - Está tudo bem, amor?
  - Sim. Só estou um pouco... Ansiosa.
  - Fica tranquila, eles vão te amar... Mas não tanto quanto eu te amo, porque isso é impossível. – peguei-a pela cintura e a beijei. Nesse instante, acordei do sonho. Mas na verdade parecia um sonho dentro de outro, porque assim que abri os olhos lá estava eu abraçado com ela, apenas um lençol branco nos envolvia. Os raios de sol entravam pela janela acima da cama e batiam suavemente nas pernas descobertas dela. Eu apenas observava cada detalhe dela, como ela era perfeita e irresistível. Ela parecia tão delicada e vulnerável que minha vontade era de protegê-la para sempre. Nesse momento ela se virou de frente para mim e abriu os olhos:
  - Bom dia – ela sussurrou.
  - Bom dia... – eu inevitavelmente sorri como um idiota.
  - Tudo bem?
  - Se estou bem? Depois de uma noite dessas? Eu estou maravilhosamente bem. – vi as bochechas dela corarem e achei isso muito lindo. Pressionei o meu corpo ao dela e mordi seu lábio antes de beijá-la.
  - Você tem razão, a noite de ontem foi perfeita. – ela disse sorrindo.
  - Você tá com fome?
  - Na verdade, estou sim.
  - Vamos tomar café no hotel?
  - Que horas são?
  - 11:00 hrs, dormimos um pouquinho demais, mas acho que dá pra tomar café ainda.
  - Ótimo, assim não encontramos meus pais...
  - Você não quer que eles te vejam comigo?
  - Claro que não amor! Nada disso... É que não quero ficar dando explicações agora entendeu? – Eu podia entender, afinal de contas, nenhum pai ou mãe gostaria de ver a filha dizendo que dormiu com um cara que eles nem conhecem. Ok, fora de cogitação.
  - Ok, vamos então?
  - Vamos.
  Ela disse que queria tomar um banho antes e eu esperei. Ela havia deixado a porta apenas encostada do banheiro e eu fiquei sentado na cama apenas encarando a porta. Até que não resisti e fui até lá espiar pela fresta. Era uma das melhores visões que já tive sem dúvidas. Ela desligou o chuveiro e se virou para pegar a toalha e eu corri para sentar novamente na cama antes que ela me visse.
  Voltamos para o hotel conversando e de mãos dadas. Ela me fazia rir como ninguém e ela parecia radiante, assim como eu provavelmente devia estar parecendo também.
  - Ei, - eu disse – você é minha namorada agora.
  - Sim. Por que está dizendo isso? – ela perguntou sorrindo.
  - Porque é muito bom ouvir você confirmando.
  Chegamos ao restaurante e sentamos numa mesa. Tomamos café da manhã e só então percebi o quanto estava morrendo de fome. Terminamos de comer e a disse que precisava ir para o quarto dela e dar um “oi” para os pais dela pra ela dizer que estava tudo bem. Entramos no elevador e começamos a nos beijar quando o elevador chegou no andar dela ainda estávamos nos beijando, já havíamos perdido totalmente o fôlego e ríamos com isso. Paramos em frente da porta do quarto dela e ela pediu para que eu pegasse o cartão eletrônico para abrir a porta na bolsa dela que não sei como veio parar nas minhas mãos, quando abri a bolsa para pegar o cartão me deparei com uma caixinha preta de veludo e não era a que eu havia dado pra ela, pois a minha ela tinha deixado no hiate e ela já estava usando o anel que eu havia dado. Por impulso, peguei a caixa:
  - O que é isso? – ela hesitou e fez uma cara de assustada.
  - Nada de mais. – ela foi com a mão em direção a caixa para pegar de mim e eu desviei.
  - Já que não é nada de mais eu posso ver, certo?
  - Duvidando de mim, Malik?
  - Não... Apenas quero conferir. – ela suspirou e eu abri a caixa. Tinha um colar com um pingente em forma de coração.
  - Presente dos seus pais? – ela não me respondeu. Então eu percebi que o pingente se abria, tirei o colar de dentro da caixa e abri o coração. Parece que no fundo eu esperava. E a única coisa que eu conseguia pensar enquanto olhava a foto dos dois juntos era o fato de ela querer esconder de mim. Por que? Ela ainda sentia algo por ele? Eu juro que minha vontade era de explodir de ciúmes. Mas que droga! Que cara mais idiota, por que ele tinha que atrapalhar tudo? Puta merda! Minha segunda vontade era de achar esse babaca e socar ele até ele ficar irreconhecível. A era minha agora! Ele já tinha desperdiçado a chance dele com ela.
  - Ele te deu isso ontem?
  - Foi.
  - Por que você não contou pra mim?
  - Porque... Zayn, não significa nada pra mim!
  - Se não significa, por que você aceitou?
  - Zayn... – ela estava sem palavras, e isso me irritava profundamente.
  - Olha , eu entendo que vocês tiveram uma história e você insiste em dizer que superou. Mas pra mim não é isso que parece.
  - Zayn, você está sendo muito precipitado. Foi só um presente! Mais nada... Era meu aniversário, não tinha porque eu recusar uma coisa tão simples como essa.
  - Simples? – eu estava me segurando para não ficar alterado – Tem uma foto de vocês dois juntos aqui! Não acredito que você seja ingênua a ponto de não perceber que ele te deu isso com segundas intenções...
  - Espera aí! Segundas intenções da parte dele, não da minha. Zayn, confia em mim!
  - Confesso que ta ficando difícil de confiar em você... – eu podia ver os olhos dela se encherem de lágrimas, mas eu precisava dizer – Primeiro você dorme com ele e leva uma semana pra me contar, fui compreensivo porque ainda não tínhamos nada. Mas mesmo assim me incomodou demais. E agora isso... O que eu devo pensar?
  - Quer saber Zayn... Pensa o que quiser. Eu acabei de sair de um relacionamento por causa de coisas imbecis como essa. Não quero entrar em outro pra repetir o mesmo erro. Então depende de você. Eu vou estar repetindo o mesmo erro ou não?
  - Talvez EU esteja cometendo um erro. – agora eu havia feito ela chorar. Eu me sentia péssimo, mas a raiva tinha me consumido, eu ia me arrepender disso depois.
  - Melhor você ir embora. – ela disse secando a lágrima que corria pelo rosto dela. Ela pegou a bolsa e o colar das minhas mãos, abriu a porta para entrar e depois fechou na minha cara.

•••

  - Zayn, eu sei que você não vai querer ouvir isso, mas foi uma idiotice! – disse Liam.
  - O que eu fiz?
  - Sim.
  Todos os garotos estavam no nosso quarto e estávamos apenas conversando sobre algumas coisas até que todos começaram a perguntar por que eu estava com cara de revoltado e eu tive que explicar a história toda.
  - Espera aí Liam, em parte o Zayn tem razão. Porque ela fica escondendo as coisas dele? – disse Harry.
  - Talvez ela só quer esquecer o Joe e ficar contando coisas pequenas como essa pro Zayn só ia acabar com o clima... Ainda mais o clima de ontem né?! – disse Louis.
  - Também acho... Olha Zayn, você talvez tenha feito uma besteira enorme. – disse Niall.
  - Eu sei, talvez... Mas eu ainda estou tão nervoso com isso e também não paro de pensar em como a fiz chorar. É tudo culpa daquele viado! Ele tinha que vir pra cá estragar as férias dela?
  - Ta, então você não acha que ela tenha culpa?
  - Não! Mas, eu quero que ela pare de ficar escondendo as coisas de mim.
  - Você podia ter dito isso sem ter estragado tudo né? – disse Louis.
  - O que eu faço agora?
  - Ela realmente é importante pra você? – perguntou Niall.
  - Sim, demais.
  - Vai falar com ela então! – disse Niall
  - Talvez não agora... Dá um tempo primeiro pra você se acalmar – disse Harry.
  - Ok, vocês tem razão. À noite eu faço isso.
  Passei a tarde toda no quarto, aproveitei pra entrar no meu twitter para dar um “oi” para as Directioners e comentar sobre as férias. Pelo que olhei na Internet ninguém sabia de nada sobre mim e , o que me deixou bastante aliviado, ia ser difícil ter que lidar com mais isso. Depois, decidi deitar um pouco, tirei a camisa, pois estava muito quente e deitei na cama, não consegui nem fechar os olhos de tanto que minha cabeça girava por todos aqueles pensamentos e dúvidas. Quando eu finalmente não conseguia mais ficar parado na cama, me levantei e decidi tomar um banho. Já eram 19:30 quando me arrumei para sair do quarto e ir atrás dela. Saí do quarto e as portas do elevador estavam se fechando:
  - Segura o elevador pra mim! – eu gritei e corri. Quando eu entrei pra minha infelicidade era o babaca que estava no elevador.
  - Inacreditável! – eu deixei escapar. As portas se fecharam.
  - Muito bom ver você também. – disse ele com um sorriso idiota no rosto. – Que cara estressada hein amigo?
  - Não me chama de amigo.
  - Nossa você realmente ta nervosinho hein cara? Deixa eu adivinhar... Você viu o presente perfeito que eu dei pra ela né?
  - Olha, você devia ficar na sua. – nesse minuto ele parou o elevador apertando um dos botões tão rápido que nem pude ver qual.
  - Você é mesmo muito idiota! Achou mesmo que ia conseguir ela assim tão fácil? O que existe entre mim e ela é muito mais forte...
  - Não existe mais nada entre vocês. Ela é minha namorada agora.
  - Não é o que eu fiquei sabendo... Vocês brigaram não foi?
  - Como você sabe?
  - Você acha mesmo que eu ia bolar todo o plano e não ir atrás dos resultados depois? Eu fui falar com ela. E ela estava chorando, foi bom consolar ela...
  - VOCÊ FICOU COM ELA?
  - Pergunta pra ela... Vai ser legal ver sua cara quando ela te contar. – eu apertei todos os botões do elevador e de repente o elevador continuou a descer. - Mas eu tenho que te agradecer cara... Foi bom ver você mesmo destruindo tudo o que nem começou direito entre vocês.
  O elevador chegou ao saguão e as portas se abriram eu estava fervendo de raiva e saí antes que fizesse uma besteira, mas ele gritou:
  - SE VOCÊ FOR ENCONTRAR ELA AGORA É MELHOR PARAR POR AÍ, VOCÊ JÁ PERDEU A !
  Eu simplesmente nem me lembro de como foi, fiz tudo muito rápido só lembro que antes de socá-lo eu disse:
  - EU AVISEI PRA VOCÊ FICAR NA SUA. – e bam! Acertei em cheio o olho dele, minha mão até latejava de tão forte que havia sido o soco. Quando ele caiu no chão, continuei indo pra cima, mas então senti várias mãos me segurando e me puxando pra trás, um dos seguranças estava levantando Joe.
  - ESSE CARA É UM MALUCO! – ele gritava.
  - SEU VIADINHO DE MERDA! FICA LONGE DE MIM E PRINCIPALMENTE DELA, SEU IMBECIL!
  -Ei, já chega rapazes! – disse o segurança que me segurava.
  - TIRA A MÃO DE MIM... Já ta tudo bem! – Os seguranças me soltaram e eu arrumei minha jaqueta. Sai de lá ainda morrendo de vontade de voltar e acabar com ele. Fui em direção à piscina e me sentei em um dos bancos. Coloquei a cabeça entre minhas mãos e tentei me acalmar. Ele estava mentindo! Com certeza... A não faria isso, ela não ia ficar com ele depois da noite que tivemos, mesmo com a nossa briga... De repente, começou a chover. Eu deslizei um pouco no banco e apoiei a minha cabeça no encosto. Sentia as gotas de chuva escorrerem pelo meu rosto e só isso fez minha cabeça finalmente esfriar, literalmente. Foi quando eu ouvi a voz dela:
  - A briga te deixou cansado, foi? – eu me levantei e abri os olhos. Ela estava de braços cruzados, estava usando um vestido branco que estava começando a ficar transparente por causa da chuva. Resumindo, ela estava linda, como sempre.
  - Poderia continuar batendo nele até amanhecer...
  - Eu sei que sim, eu sabia que você fazia o tipo “bad boy”. Posso sentar aqui com você? – eu fui pro lado e ela se sentou.
  - O que ele te falou pra você bater nele?
  - Muita coisa... Mas o que realmente me tirou do sério foi ele ter dito que ficou com você hoje.
  - Você sabe que isso não aconteceu.
  - Sim, eu sei. Eu confio em você.
  - Não foi o que você me disse hoje cedo.
  - Eu... Estava fora de mim. Olha , eu não quero que você esconda mais nada de mim ok? Não tem motivo pra isso. Prefiro mil vezes que você me conte a ter que descobrir desse jeito.
  - Mas olha só como você lida com as coisas... O Joe está com um olho roxo agora. Eu não queria isso, não queria te ver estressado com uma coisa que não vale a pena.
  - Eu sei. Olha, desculpa pelo o que te falei.
  - Desculpa não ter te contado.
  - Temos que parar de deixar esse... – me segurei pra não xingá-lo - esse cara, atrapalhar a gente.
  - Tudo o que mais quero é ficar em paz com você. – dizendo isso ela colocou a mão em meu pescoço e me beijou lentamente. Eu podia sentir as mãos dela tremerem de frio por causa da chuva.
  - Vamos pro meu quarto? A gente continua conversando lá.
  Nos levantamos e eu a abracei pela cintura enquanto subíamos.

Capítulo 09 - Stay For The Night.

  - Por que mesmo? – eu continuei rindo.
  - Oh , chega né! Você já riu demais da minha cara por hoje. – Zayn disse voltando a se sentar na cama.
  - Ok Malik! Mas se algum dia eu vir um show da 1D eu lembrarei de você me contando que caiu no backstage antes de subir no palco.
  - Estou rindo por dentro tá!
  - Vem cá bobão. – ele se deitou ao me lado, e eu o abracei e ele começou a beijar meu pescoço. – Malik, você não tem um botão de desligar?
  - Não. – ele começa a morder de leve minha orelha. – Quer que eu vá embora?
  - Não. – Ele me beija. – Fica.

•••

  Eu acordo com meu ou do Zayn, sei lá, mas algum celular tocando. Ele ainda está ao meu lado dormindo, dou um beijo na testa dele antes de me levantar e ir até a mesa onde meu celular estava. Era minha mãe.
  - Oi Mãe.
  - Oi filha, tudo bem?
  - Mãe, a gente se viu hoje de manhã. Por que a pergunta?
  - Porque eu sou sua mãe, oras!
  - Mãe...
  - Tá. Porque eu vi você entrando no elevador com aquele rapaz, e seu irmão disse que você não tinha ido pro quarto.
  - Ahh. – e esse momento fica embaraçoso.
  - Filha, você usou camisinha certo?! – MÃE, POR QUE TÃO DIRETA?!
  - Usei mãe. – Corro pra varanda antes que o Zayn acorde e escute essa conversa.
  - , eu e seu pai queremos conhecer ele. Hoje à noite, pode ser?
  - Hoje?
  - Sim . Você já está dormindo com ele, temos que conhecê-lo o mais rápido possível, e logo as férias acabam.
  - Vou falar com ele ok, mãe.
  - Me ligue depois, certo?
  - Eu ligo mãe. Tchau.
  - Tchau.

  Eu volto pro quarto e o Zayn já não está mais na cama. Eu olho pro relógio e são 16h51, o jantar começa a ser servido às 19h tenho um tempo com ele até lá. Sento na cama e espero ele sair do banheiro.
  - Quem era no telefone? – ele pergunta. Ele está só de toalha.
  - Minha mãe. – ele vai até a gaveta e pega uma cueca preta. Por que me distrair assim, Malik? – Ela e meu pai querem te conhecer hoje. – Ele se vira pra mim e deixa a toalha cair.
  - Jantar com seus pais? – ele olha pra mim com um certo desespero.
  - Se veste primeiro, ok! – eu deito na cama e começo a rir.
  - Nada engraçado, !
  - Anda logo Zaz!
  - Camisa azul?
  - Eu gosto. E minha mãe também, se isso ajuda.
  - Prefiro saber o que o seu pai gosta. – ele diz vestindo a camisa, eu vou até ele e o beijo.
  - Ele gosta que me façam feliz. – eu começo abotoar a camisa pra ele. – E você me faz feliz, Malik.
  - Prefiro você desabotoando ela.
  - Melhor não deixar meu pai saber disso.
  - Fica entre nós. – Ele me puxa pela cintura, segura meu queixo e me dá um selinho. – Eu te amo, e eu sempre vou te fazer feliz.
  - Fico feliz em saber isso. E eu também te amo. – ele me beija novamente, e são esses beijos que me dão mais certeza de que o que há entre nós é verdadeiro. – Minha vez de me arrumar, mas eu tenho que ir pro meu quarto e meu irmão está lá, te encontro depois, ok?!
  - Ok, vou ver onde os meninos estão. Eu te ligo.
  - Tá. E cuidado ok, o Joe tá por ai, e eu quero que essa noite seja perfeita não deixa ele estragar isso.
  - Pode deixar, confia em mim .
  - É nas provocações do Joe que eu não confio. Até daqui a pouco.

•••

  Subo pro meu quarto e como previsto o Pedro estava lá, fui direto pro banheiro. Tomo o banho mais demorado possível, talvez seja um dos poucos momentos em que eu possa ficar sozinha e tentar colocar tudo o que aconteceu nas ultimas duas semanas em ordem. Zayn, Joe, Mãe, Pai, Pedro, Porto Rico! Era muita coisa, mas tudo estava bem agora, eu e o Zayn estávamos bem e hoje seriamos um casal normal, ele ia conhecer meus pais.
  Escolho um shorts jeans e uma blusa azul marinho, acho que azul era a minha cor com o Zayn. Fiz uma trança no cabelo de deixei-a de lado e coloquei uma sapatilha. Quando começo a fazer minha maquiagem, minha mãe chega.
  - Oi querida.
  - Oi mãe, tô quase terminando.
  - Você está linda filha, pelo visto esse rapaz está te fazendo bem.
  - Mãe... – eu sento ao seu lado na cama. – Antes de qualquer coisa, eu quero que você e o papai saibam que ele é importante para mim. Então antes de falarem ou fazerem qualquer coisa, pensem nisso. E pro papai, tenta colocar na cabeça dele que não existe mais Joe e eu, ok?!
  - Ok filha, eu te entendo. Vou ir falar com seu pai. Te encontro lá em baixo.
  - Certo.
  Assim que desço encontro Zayn presenteando minha mãe com flores e apertando a mão do meu pai.
  - Bom, vejo que já se conheceram e nem precisaram de mim pra isso... – eu digo abraçando o Zayn.
  - Sim! Nós vimos o Zayn quando descemos e como você demorou pra descer decidimos falar logo com ele... E ele foi muito gentil me dando essas flores! – disse minha mãe.
  - Muito gentil mesmo – disse papai.
  Num clima muito amigável foi como ocorreu o jantar. Fomos a um restaurante que Zayn, é claro, disse que era muito bom. Ele fez meus pais rirem, e num passe de mágica todos estavam muito à vontade. Minha mãe o enchia de perguntas, mas ele sempre muito educado não se importava de responder. Realmente, tudo estava indo muito bem. Até a hora que descemos do carro na entrada do hotel na hora da volta, quando meu pai estragou tudo:
  - Olha! Não é o Joe ali? – vindo na nossa direção, lá estava o babaca! Parecia que ele tinha calculado exatamente a que horas iríamos chegar ali. – Olá Joe! Como você está? É ótimo encontrar você, rapaz! – meu pai realmente parecia radiante o fato de encontrar o Joe.
  - Estou muito bem, obrigado senhor. Como foi a noite de vocês? – disse Joe apertando a mão do meu pai e dando um beijo no rosto de minha mãe. Assim que ele fez isso, Zayn me puxou para o lado dele, pegando em minha mão.
  - Até agora foi realmente muito agradável. – disse minha mãe sorrindo para mim e Zayn. Graças a Deus minha mãe estava do meu lado.
  - Foram jantar em algum lugar aqui perto?
  - Sim, Zayn nos levou até um restaurante muito bom. – respondeu meu pai.
  - Aposto que não tão bom quanto aquele que levei vocês e a há mais ou menos uns 6 meses atrás quando ainda namorávamos, é claro... – nesse momento senti a mão do Zayn apertando a minha com mais força. As coisas iriam sair do controle.
  - Pai, vamos in... – eu comecei a dizer, mas ele me cortou.
  - Ah sim! Acho que me lembro... É verdade Joe, aquele restaurante foi maravilhoso. Lembro até que você escolheu meu vinho favorito sem nem saber qual era. Você sempre foi um cara de muito bom gosto. – disse meu pai cada vez mais entusiasmado.
  - Pois é! – disse Joe – mas temos que reconhecer o esforço do Zayn nessa noite de hoje para deixar uma boa impressão, não é mesmo?
  - Do que você está falando? – começou Zayn – você nem estava lá.
  - Mas imagino o quanto você realmente precisa deixar uma boa primeira impressão.
  - O que você quer dizer com isso? – eu perguntei, irritada. Acho que quem iria socá-lo dessa vez seria eu.
  - Ah, sabe! O Zayn é um cantor famoso que costuma sair com muitas garotas... Aposto que está tentando convencê-los de que com a ele quer algo mais sério.
  - Não estou entendendo essa sua postura, Joe... – disse meu pai, olhando para o Zayn e depois para ele.
  - Pois eu estou entendendo perfeitamente – eu larguei a mão de Zayn e me aproximei de Joe – por que você não fica fora da minha vida? Você não faz mais parte dela. Bota isso na sua cabeça. – eu sussurrei de forma bem ameaçadora.
  - Vamos, Zayn. – eu peguei novamente a mão dele e o puxei para dentro do hotel. Minha mãe também chamou meu pai e todos nós entramos. Enquanto estávamos no elevador meu pai disse:
  - Acho que o Joe realmente está perdendo a cabeça.
  - Finalmente! – eu murmurei. Até que enfim meu pai estava enxergando quem o Joe realmente era.
  - Mas Zayn, - ele continuou – aquilo que o Joe disse sobre você sair com muitas garotas...
  - Por favor, pai! Não vai me dizer que você ainda acredita no que o Joe diz?
  - Tá tudo bem, – disse Zayn – Senhor, eu posso jurar que aquilo que ele disse não é verdade. Eu realmente gosto da sua filha. Ela é muito especial pra mim, preciso que o senhor acredite nisso. – chegamos ao nosso andar e todos nós saímos do elevador.
  - Me desculpe, Zayn. Eu o achei um ótimo rapaz. Só quero que você faça minha filha feliz. Boa noite, até breve. – disse meu pai estendendo a mão para Zayn.
  - O senhor tem minha palavra de que irei fazer sua filha muito feliz. – os dois apertaram as mãos. Minha mãe se despediu de Zayn e disse para que eu fizesse Pedro desligar o videogame e dormir. Eles entraram no quarto deles e eu fiquei com Zayn em frente à porta do meu quarto.
  - De novo esse cara... – Zayn começou a dizer.
  - Shiu! – eu disse o calando com um beijo. – Esquece isso, ok? Meus pais te adoraram! Está tudo bem – eu o beijei de novo.
  - Você tem razão... Seus pais são incríveis – disse ele colocando suas mãos na minha cintura. – Por isso que a filha deles é tão perfeita – ele pegou em minha nuca e me deu um beijo de tirar o fôlego.
  - Te vejo amanhã, Malik?
  - Mas é claro! Que tal ficarmos na piscina um pouco pela manhã?
  - Você? Querendo nadar? O quê? Eu tô ouvindo bem?
  - Há-há. Engraçadinha... – disse ele me dando um selinho – então, topa?
  - Claro! Só que eu acho que vou ter que levar o Pedro com a gente... Meus pais vão fazer um passeio cedo amanhã e eles me pediram para eu cuidar dele.
  - Ah sim! Que irmã mais velha mais responsável... – disse ele, sendo muito irônico. Eu dei um tapa no braço dele – Tá certo, leva ele! Vou adorar conhecê-lo.
  - Tudo bem então. Até amanhã, meu amor.
  - Até... – disse ele me puxando para mais um beijo e não me soltando mais.

Capítulo 10 - I'm Sorry

  - Acorda logo, Pedro! Mas que droga...
  - Mas ainda tá tão cedo... – resmungou ele enfiando a cara no travesseiro de novo.
  - Cedo?! Já são 9hrs! E eu marquei com o Zayn exatamente a essa hora... Ele já deve estar esperando!
  - Quer dizer que eu vou conhecer seu namoradinho? – disse ele se sentando na cama.
  - Sim! Seja bonzinho, ok?
  - Quem vê parece que eu sou um monstro... – ele se levantou e foi indo em direção ao banheiro, eu o puxei e dei um abraço nele.
  - Monstro não... Uma peste, talvez! – eu dei um beijo demorado na bochecha dele.
  - Tá, tá! Me larga menina chata... – disse ele, rindo.
  - Vai, se arruma logo!
  Eu coloquei meu biquíni e por cima coloquei um vestidinho desses de praia. Eu desci com Pedro e o Zayn já estava esperando dentro da piscina e os meninos da banda estavam junto com ele. Quando ele me viu, saiu correndo e veio me beijar todo molhado.
  - Bom dia! – sussurrou ele no meu ouvido enquanto me abraçava.
  - Bom dia, amor! – eu respondi. Atrás de mim Pedro fingiu pigarrear pra mostrar que ele estava ali e não queria presenciar aquela cena amorosa – Zayn, esse é o Pedro, meu irmão.
  - E aí, Pedro? Como você tá?
  - Tô bem, na verdade tô a fim de nadar um pouco...
  - Você sabe nadar?
  - Claro que sei!
  - Ele faz natação desde os dois anos de idade – eu disse.
  - Ta, fiquei com vergonha agora. – disse Zayn.
  - Você não sabe nadar? – perguntou Pedro.
  - Infelizmente, não... E sua irmã já me zoa bastante por causa disso.
  - Bom, ela nem pode te zoar porque ela também não sabe nadar direito... Agora eu posso! - Zayn riu e eu dei um tapinha na cabeça do Pedro.
  - Que tal você tentar me ensinar então?
  - Demorou... Quem são aqueles caras? – perguntou Pedro apontando para os meninos.
  - São meus amigos, e fazem parte da One Direction também. Quer conhecê-los? Eles vão gostar de você.
  - Claro!
  - E você vai entrar agora? – perguntou Zayn para mim.
  - Vou sim, só me dá dois minutos pra colocar minhas coisas ali em cima da espreguiçadeira.
  - Tá bom – ele me deu um selinho e entrou na piscina com Pedro.
  Tirei o vestido que eu usava por cima do biquíni e entrei na piscina. Cumprimentei os garotos e só então vi que Julieta estava com Niall. Pedro estava se divertindo bastante com os garotos, ele fazia piadas e os garotos riam dele. Ele podia ter apenas sete anos, mas às vezes agia de forma tão descolada que parecia ter dezoito. Além disso, ele estava tão exibido mostrando que sabia nadar que nem estava se importando comigo e Zayn aproveitando nosso tempo juntos, ou seja, não se importava com nossos beijos e nossas risadas.
  - , eu vou sair um pouco pra tomar sol e pegar alguma bebida ali no bar. Vem comigo? – Perguntou Julieta.
  - Claro, estou com vontade de beber alguma coisa também. Quer alguma coisa, amor? – perguntei para Zayn.
  - Não, eu tô legal. Pode ir lá.
  - Ok, fica de olho no Pedro pra mim, por favor?
  - Pode deixar, eu tomo conta dele.
  Saí da piscina e peguei uma toalha pra me secar e tive aquela sensação de quando alguém está olhando fixamente para você, te observando, sabe? Me virei e vi Zayn com os braços apoiados na borda da piscina me olhando, quando ele viu que eu o olhei ele sorriu.
  - O que foi? – eu perguntei, também sorrindo.
  - Você é muito gata, sabia?
  - Fica quieto, Malik...
  - É sério! E coloca logo sua roupa por cima, não quero nenhum babaca olhando pra você! – ele ficou sério quando disse isso, e eu não pude evitar a risada. Ele continuou sério então eu coloquei a roupa lentamente só para provocá-lo. Fui até a borda da piscina, me agachei e dei um selinho nele.
  - Você sabe que eu sou só sua.
  - Eu te amo – ele respondeu.
  - Vamos, ? – chamou Julieta.
  - Tô indo!
  Fomos até o bar que ficava a alguns metros da piscina e pedimos algumas bebidas. Enquanto esperávamos, Julieta perguntou:
  - Como estão as coisas com o Zayn?
  - Maravilhosas! Mais perfeito do que isso, impossível. – eu sorri – e você com o Niall?
  - Tudo perfeito também... Tive muita sorte de ter encontrado ele aqui.
  - Não sei se é sorte. Prefiro acreditar que esse era meu destino, sabe? Com o Zayn... Acho que tudo de certa forma estava planejado.
  - E seu ex? Te deixou em paz?
  - Aparentemente sim. Sei lá... Ele sempre acaba aparecendo. Mas o Zayn confia em mim agora e nós superamos isso. E ao contrário do Joe, o Zayn nunca faria nada pra me magoar.
  - Vocês estão muito apaixonados! Dá pra ver em cada detalhe...
  - Não tenho nem como negar...
  Nós continuamos conversando sobre outras coisas e nossas bebidas finalmente chegaram. Fomos voltando até onde estávamos e vimos uma pequena multidão se formando ao redor das espreguiçadeiras onde havíamos deixado nossas coisas. De longe vi alguém carregando uma criança no colo que aparentemente estava desmaiada. Então me dei conta:
  - Segura isso! – empurrei meu drink nas mãos da Julieta que quase deixou o copo cair no chão. Corri mais depressa que pude e abri caminho entre a multidão – Licença! LICENÇA! ME DEIXEM PASSAR!
  Quando vi, não pude acreditar. Simplesmente congelei:
  - PEDRO! O QUE FOI QUE ACONTECEU? FALA COMIGO, PEDRO! MEU DEUS! O QUE ACONTECEU, ZAYN? – eu gritava desesperadamente. Pedro estava desacordado e a cabeça dele começara a sangrar.
  - ALGUÉM CHAMA UMA AMBULÂNCIA! – gritou Harry. Um homem que estava do lado pegou seu celular e discou rapidamente um número.
  - O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE? – eu gritei para os meninos. Todos eles, Harry, Louis, Niall, Liam e principalmente Zayn, estavam tão atordoados quanto eu. Mas ainda não estavam gritando com ninguém. – EU PEDI PRA VOCÊ CUIDAR DELE POR CINCO MINUTOS! COMO VOCÊ NÃO FOI CAPAZ DE FAZER ISSO? MAS QUE DROGA! O QUE FOI QUE ACONTECEU? – agora eu gritava diretamente com Zayn e ele estava quase sem palavras.
  - , calma! – eu senti as mãos de alguém envolverem meus ombros enquanto falava essas palavras. Eu me virei violentamente para ver quem era, e pra minha surpresa me senti aliviada ao ver que era Joe. – Vamos levar o Pedro pra enfermaria enquanto esperamos a ambulância, não é melhor? Respira, se acalma! A gente precisa ajudar o Pedro agora... Se concentra nisso. – Eu parei por uns cinco segundos então disse:
  - Tá, também acho! Você tem razão... Me ajuda?
  - Claro! – respondeu Joe. Ele pegou Pedro no colo dele e começou a passar entre as pessoas, indo em direção a enfermaria.
  - , - chamou Zayn, pegando em meu braço – eu vou com você.
  - VOCÊ... – eu comecei gritando, então me controlei – você não vai a lugar algum. Eu precisei da sua ajuda apenas para olhá-lo por alguns minutos e olha só o que aconteceu! Fica aí. Depois a gente se fala. Eu tenho que falar com os meus pais... Quero só ver como vou contar isso pra eles! Obrigada de verdade, Zayn! – meu tom soou irônico e ameaçador. Ele estava mais do que constrangido. Não existia palavra pra definir a expressão dele, e eu estava furiosa! Se acontecesse algo grave com o meu irmão... Credo! Não conseguia nem pensar nisso! Apenas peguei minhas coisas e corri atrás de Joe, com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

Capítulo 11 - All The Bad Things

  Meus pensamentos voavam pra bem longe de onde eu realmente estava, era impossível raciocinar, ou tentar entender o que havia acontecido. E ainda havia a culpa que já começava a me consumir.
  Já havia se passado quase a tarde toda e nenhuma notícia concreta sobre o estado do Pedro, estávamos em uma sala de espera, apenas eu, minha mãe e meu pai. Eles não haviam dito nada sobre o que havia acontecido, mas eu sabia que assim que as coisas ficassem melhores, principalmente minha mãe me culparia. E eu não podia dizer que ela estava errada, a culpa maior era minha.
  Eles estavam naquele estado de que não viam o que acontecia ao seu redor, por isso não notaram a hora que eu saí e me dirigi ao café que ficava no andar superior. Eu precisava de um bom café para me acalmar, eu precisava também ficar longe deles e preparar uma boa desculpa, eu não podia simplesmente dizer ‘deixei meu irmão com meu namorado enquanto fui pegar bebidas’. Zayn... Ele havia me ligado 300 vezes e eu não tive coragem de atender ou responder nenhum dos seus sms, eu precisava de um tempo para saber o que dizer a ele também.
  Quando cheguei ao café vi o Joe sentando em uma das mesinhas, ele havia ficado a tarde toda comigo e me ajudou quando meus pais chegaram, eu podia odiá-lo por tentar estragar meu relacionamento com o Zayn, mas nesse momento era a única pessoa que eu podia desabafar. Peguei meu café e fui até onde ele estava.
  - Notícias?
  - Nada ainda. É torturante isso.
  - É mais torturante ainda você ficar se culpando, não foi sua culpa. Esses tipos acontecem porque têm que acontecer.
  - Foi minha culpa sim Joe, eu deixei ele sozinho.
  - Primeiro lugar, havia várias pessoas perto dele, segundo o Pedro é um dos melhores nadadores que eu conheço. Você sabe disso, .
  - Não importa, Joe. Meus pais vão me culpar por tudo, não importa o que eu diga.
  - Vamos lidar com eles depois, ok. Por que você não volta pro hotel, toma um banho e volta mais tarde?
  - Se eu voltar é certo que eu encontro o Zayn, e eu não quero lidar com ele agora.
  - Eu vou com você. – ele disse na maior inocência.
  - Pra criar mais confusão? Não, obrigada, Joe. – eu disse em meio a uma risada.
  - Me magoa saber que você acha que eu só crio confusão. Prometo me comportar.
  - Ok, só porque eu preciso muito.
  - Eu aviso seus pais, vai indo e chama um táxi. Encontro você em cinco minutos.

•••

  O hospital ficava um pouco longe do hotel, e durante todo o caminho ficamos em silêncio, e eu agradeci o Joe mentalmente por isso. Eu precisava mais do que nunca desses momentos. Mais uma mensagem do Zayn, essa foi a primeira que eu li:
  , por favor, me responde”. Estou preocupado, e me desculpa.
  Te amo,
  xx”.

  Digitei uma resposta:
  “Ainda precisamos conversar, o que aconteceu foi além do que eu posso lidar. Temos culpa conjunta nisso.
  Ainda te amo,
  xx.”

  “Ainda te amo”. Não que isso tenha acabado com meu amor por ele, mas ele estava bem abalado, e talvez com toda essa confusão nosso romance tenha vazado pra algum jornal, e como ele é famoso, minha vida seria um inferno duas vezes. Outra mensagem:
  “Onde você está?”
  O que eu faço com você, Zayn?
  “Chegando no hotel. Com o Joe.”
  Eu sabia que ele ia ficar bravo com isso, mas esse não era momento pra ele ter ataques de ciúmes, afinal, o Joe estava sendo um amigo, de verdade.
  “O que você tá fazendo com ele? , sai de perto desse cara”.
  Digitei uma resposta rápida, já havíamos chegado ao hotel.
   “Não é hora pra isso, por favor, ele conhece minha família e estava ajudando, não me peça pra ficar longe de ninguém”.
  Coloquei o celular na bolsa e desci do táxi, se houve uma resposta eu não iria ver agora. Fui direto pro meu quarto, tomei um banho extremamente demorado, e vesti uma calça jeans e uma camiseta, tudo que eu precisava era conforto. Fiquei um tempo na sacada até que alguém bateu na porta.
  - ? Abre, por favor.
  Era o Zayn. Eu abri a porta. Ele estava com cara de quem não havia dormido muito bem e o cheiro de cigarro era forte.
  - Você está bem? – eu pergunto.
  - Não. O que tá acontecendo? Como o Pedro está?
  - Quando eu saí do hospital não haviam dito nada ainda, vou saber quando voltar.
  - E você estava com o Joe?
  - Zayn, eu já pedi pra você parar com isso, olha como eu estou, a culpa disso é minha, eu não preciso de você tendo ataques de ciúmes. Não agora, ok?!
  - Eu sei que não, mas ele esta se aproveitando disso.
  - Você pode pensar o que quiser do Joe, mas quando o assunto é sério, ele sabe agir sério.
  - Eu vou com você pro hospital.
  - Não vai não. Meus pais te matariam, espera ver o que vão dizer sobre o Pedro, depois você aparece.
  - , eu sou seu namorado, eu tenho que ficar com você.
  - Talvez não, Zayn.
  - Talvez não o quê? Não sou mais seu namorado?
  - Zayn, para! Eu não posso ter essas conversas com você agora, pelo amor de Deus! Me dá um tempo!
  - Escuta o que ela diz. – Joe aparece na porta. Ótimo!
  - Joe, sem confusão.
  - Vim só te chamar, o táxi está esperando.
  - Você vai com ele pro hospital, mas não quer que eu vá?
  - Zayn, eu não vou falar mais sobre isso. A gente conversa depois. – Peguei minha bolsa e passei por ele. Na mesma hora ele agarrou meu braço.
  - , não faz isso, se você for não precisava voltar.
  - O quê?
  - Você ouviu.
  - É o meu irmão!
  - Mas você está indo com seu ex, como devo me sentir?
  - Você deveria entender, ser mais compreensivo.
  - Não estou num momento de compreensão.
  - Então faz o que você achar que deve fazer, Zayn. Só não esquece que meu coração aqui que tá sendo quebrado por alguém que prometeu não fazer.
  Ele soltou meu braço e eu fui embora, sem olhar pra trás.

Capítulo 12 - Things happen

  O silêncio no carro era absoluto. Eu não estava com vontade de falar nada. E Joe havia percebido isso, mas ele era teimoso então decidiu quebrar o silêncio:
  - Não precisei fazer mais nenhum esforço pra te deixar contra ele, hein? Ele é mesmo um otário...
  - Cala a boca, Joe, por favor... Você tá sendo um ótimo amigo, então não estraga isso, ok? – ele imediatamente ficou quieto. Mas tinha algo que eu queria muito perguntar a ele. - Joe, posso fazer uma pergunta?
  - Claro. Pode falar...
  - Mas preciso que você seja honesto comigo, ok? Você me deve isso, honestidade.
  - Tudo bem. Prometo que vou ser honesto.
  - Ok, - respirei fundo – você viu quando o acidente aconteceu? Quero dizer... Você viu quando o Pedro se machucou? – Ele hesitou. Mas então respondeu:
  - Sim, eu vi, .
  - E o Zayn... O Zayn teve culpa?
  - Odeio admitir, odeio de verdade... Mas você me pediu para ser honesto. Não, . Ele não teve culpa de nada. Foi um acidente. Poderia ter acontecido com qualquer um.
  - Jura? – não pude evitar o alívio que percorreu minha expressão naquele momento.
  - Juro. É claro que... Bom, ele devia ter sido mais atencioso, ter impedido o Pedro de ficar dando seus saltos para entrar na piscina. Teria evitado o escorregão que ele tomou e teria evitado todo esse problema, mas... Quem sou eu para julgar, né?
  Mas que raiva! Era isso que eu temia... E o Joe estava se aproveitando da situação mais uma vez. De certa forma ele estava colocando a culpa no Zayn, sim. Mas foi um acidente... Claro que foi! Poderia ter sido evitado, isso também é verdade. Ah meu Deus! Como eu queria que nada disso tivesse acontecido.
  O táxi parou em frente da porta do hospital, Joe abriu a porta para mim e fomos diretamente para a sala de espera. Assim que minha mãe me viu, ela me deu as costas como quem diz “não tô a fim de ver sua cara”, confesso que estava sendo muito difícil suportar aquilo.
  - Oi, pai... – meu pai estava tomando café e estava com uma cara de cansaço que dava pra perceber a quilômetros de distância.
  - Oi, filha. – Por mais que meu pai não escondesse que estava decepcionado comigo, não fazia questão de me ignorar.
  - Alguma notícia?
  - Nenhuma... Ainda, nada. Senta aí, senta você também, Joe.
  - Vou falar com a mamãe... – fui até a janela onde minha mãe fingia estar observando a rua lá fora com um copo de café na mão. Parecia mais uma estátua do que a minha mãe. Sua aparência era de cansaço também, mas na verdade mostrava mais preocupação. Ela também estava muito pálida.
  - Mãe? Tudo bem com você? – me arrependi de ter feito a pergunta. Ela se virou para mim com uma cara horrível e sua voz soou irônica.
  - Se eu estou bem? Me diz você, ! Eu tenho um filho numa UTI de um país que nem é o nosso. A culpa de ele estar aqui é da minha filha mais velha irresponsável e do seu namoradinho. E pra piorar a situação, não recebo sequer UMA notícia sobre o estado dele desde que ele entrou nessa droga de hospital! Agora me diz como eu posso estar bem, garota? Me diz!
  - Mãe, eu... – minha voz embargou. Minhas mãos estavam geladas e minhas pernas tremiam. Minha mãe ficaria louca se algo grave acontecesse com o Pedro, eu tinha certeza disso. E tenho certeza que eu carregaria essa culpa pelo resto da minha vida. – eu sei que você precisa culpar alguém... E não me importa que seja eu. Mas quando tudo isso passar, eu espero que você veja as coisas como elas realmente aconteceram.
  - E se não passar, hein? Eu estou vendo as coisas como realmente aconteceram, garota! E a verdade é que tudo pode ficar pior do que já está...
  - Se você prefere acreditar nisso, eu não posso fazer nada. – Saí de perto dela e me sentei ao lado de meu pai antes que as coisas saíssem do controle.
  - Eu vou ver se consigo alguma notícia do Pedro. – disse Joe, se levantando.
  - Boa sorte com isso. – disse meu pai. O clima estava realmente muito pesado.
  Ficamos na sala de espera, minha mãe, meu pai e eu. Todos sentados de braços cruzados, sem ninguém olhar ou trocar uma palavra com ninguém. Depois de uns vinte minutos, Joe voltou para a sala de espera com um dos médicos.
  - Graças a Deus! – disse minha mãe e todos nós nos levantamos num pulo. – Por favor, Doutor, me fala como meu filho está! Eu te imploro!
  - Eu preciso que vocês se acalmem... Vamos nos sentar, por favor? – o tom de voz do médico já me assustava, e a cara dele não ajudava em nada também.
  - O que foi, Dr.? Por favor, sem rodeios! – disse meu pai.
  - Bom, quando o Pedro chegou aqui ele já estava completamente inconsciente. Conseguimos fazer o ferimento parar de sangrar e conseguimos evitar uma hemorragia cerebral. Fizemos alguns procedimentos e tudo que estava em nosso alcance. Mas não pudemos evitar...
  - Meu filho, tá... morto? – meu pai fez a pergunta que com certeza estava passando na cabeça de todos.
  - Não, ele não faleceu. Mas ele infelizmente entrou em coma.
  Eu quase desmaiei. Senti todo o sangue dentro do meu corpo se congelar. A sensação era tão ruim que mal consigo explicar. Meu irmão, meu Pedro. Eu amava aquele garoto mais do que eu posso explicar e agora ele estava em coma, e não havia nada que eu pudesse fazer por ele. E o pior de tudo era que parte disso era culpa minha. Minha mãe desabou a chorar e meu pai tremia, não sei se de raiva ou desespero. Joe permaneceu quieto e pasmo, mas deu pra perceber que até mesmo ele estava muito triste com a situação.
  - Eu vou deixar vocês um pouco a sós e mais tarde eu trago mais notícias.
  - NÃO, ESPERA! – gritou minha mãe – EU QUERO VER MEU FILHO!
  - Tudo bem, me dêem cinco minutos e eu já venho chamá-los para vocês poderem vê-lo.
  Minha mãe concordou e o médico saiu da sala de espera.
  - Eu não acredito... – meu pai repetia, sem parar, a mesma frase. O mundo realmente havia desmoronado em cima de nossa família.
  Eu decidi sair um pouco da sala de espera porque ficar ali era torturante. Assim que saí no corredor eu vi Zayn entrando no hospital e vindo na minha direção. Eu estava chorando e soluçava demais, mas assim que o vi eu disse:
  - O que você veio fazer aqui?
  - Aqui é o lugar onde eu preciso estar. Meu lugar é do seu lado, . E você precisa de mim agora... Você sabe que o que aconteceu foi um...
  - Acidente? – eu disse, completando a frase – Um acidente que poderia ter sido evitado.
  - ! Pelo amor de Deus! Quem imaginaria que poderia acontecer uma coisa dessas? Ele estava brincando! E nós estávamos nos dando super bem! Ele escorregou na beira da piscina enquanto dava um de seus pulos... Poderia estar qualquer um em meu lugar, qualquer pessoa! Tenho certeza que seja quem fosse, o Pedro estaria na mesma situação agora. A culpa não foi de ninguém. Nem sua, nem minha, nem do Pedro.
  - Não tô a fim de discutir isso agora, ok?
  - Claro! Porque você prefere acreditar nesse imbecil que está com você do que em mim...
  - O Joe não falou absolutamente NADA contra você!
  - Aham, sei! Imagino...
  - Me deixa em paz! – eu dei as costas pra ele, porque eu não tava com cabeça para aquela discussão idiota.
  - Hey, ! Espera... – ele me puxou pelo braço – Me desculpa. Eu disse que vim ficar do seu lado. E é isso que eu vou fazer, me perdoa. – Eu não respondi nada e o abracei. Eu precisava tanto daquele abraço. Precisava do amor da minha vida pra me consolar. Por mais que a dor fosse incessante e desesperadora, estar nos braços dele amenizava tudo aquilo. Então inevitavelmente, comecei a chorar ainda mais.
  - Agora, me diz... Como ele está? Alguma notícia?
  - Sim... Mas é a pior notícia que a gente podia receber – os olhos dele se arregalaram para mim – Calma, ele não morreu. Mas está em coma. E isso não é nada reconfortante.
  - Em coma? – ele repetiu.
  - Isso mesmo. – assentiu uma voz atrás de mim – Em coma.
  Quando me virei, vi meu pai. Os olhos vermelhos de tanto chorar, a expressão cansada e os punhos cerrados.
  - Pai...
  - Por que ele está aqui? – ele perguntou sem hesitar.
  - Ele veio pra...
  - Poder ver o resultado do que ele fez? – meu pai não ia me escutar tão cedo.
  - Zayn, é melhor você sair daqui – eu sussurrei para ele.
- Não! Ele tem que ficar. Quero que ele entre com a gente naquela sala pra ele poder ver o que ELE FEZ COM O MEU FILHO!
  - Pai, por favor... – eu corri e segurei em seus ombros – o Zayn não teve culpa de nada...
  - CONHECER ESSE GAROTO FOI A PIOR COISA QUE VOCÊ PODERIA TER FEITO AQUI, ! Não me interessa se vocês tiveram culpa ou não! Eu quero que ele saia daqui e que você nunca mais o veja...
  - Pai! O que é isso? Calma, por favor...
  - EU JÁ FALEI! – minha mãe apareceu atrás do meu pai de braços cruzados e não disse nada. Por mais que ela gostasse do Zayn, estava claro que ela estava do lado do meu pai.
  - Você sabe onde é a saída, não é mesmo? – disse Joe, que estava parado ali também.
  - CALA A BOCA, JOE! – eu gritei. Não era momento para aquela palhaçada dele. Eu olhei para Zayn e ele estava totalmente assustado com tudo aquilo. Ele se virou e começou a ir em direção à porta.
  - Com licença, - disse o médico – vocês já podem entrar para ver o Pedro.
  Meu pai e minha mãe seguiram o médico de imediato e Joe ficou me esperando. Porém eu não consegui mexer minhas pernas. Eu não podia deixar Zayn ir embora daquele jeito... Então eu saí do hospital e corri atrás deles:
  - ZAYN! ESPERA! – ele já estava dentro do carro quando gritei. Eu me aproximei da janela e ele abaixou o vidro.
  - Você não ouviu o que seu pai disse? – eu podia jurar que os olhos dele estavam cheios de lágrimas.
  - Eu ouvi. Só não vou obedecer. Eu não posso ficar sem você, Zayn. – eu me curvei e o beijei. – Tudo isso vai passar, confia em mim. É que agora as coisas estão muito difíceis. Mas eu juro que vamos consertar tudo isso. Eu te amo.
  - Eu te amo – ele respondeu de volta, pegando em minha nuca e me beijando novamente. Eu me afastei do carro e deixei ele sair, então corri para dentro do hospital novamente para poder ver meu irmão.

Capítulo 13

  (obs: A música se chama Break In – Halestorm. Bjs.)

  A melhor notícia foi que Pedro havia tido alta, mas precisava fazer uma série de exames, e eles só poderiam ser feitos no Brasil. Ou seja, já estávamos a caminho de São Paulo novamente, desde o incidente eu me sentia extremamente culpada e não era à toa.
  Outra coisa que ocupava minha mente fora a culpa, era o Zayn. Eu mal pude me despedir como queria, mas conseguimos conversar.

• • •

  - , olha pra mim...
  Eu estava às lagrimas enquanto tentava explicar que eu iria voltar para o Brasil na manhã seguinte. Do momento que o Zayn entrou no quarto eu não conseguia.

  Put your lighter in the air and lead me back home
  When it's all said and done and follows where the air goes
  I hear you night after night calling out my name

  - Zayn isso tudo está acabado errado.
  - Mas não tem que acabar.  Vamos fazer o seguinte, volta para o Brasil. Ajuda seu irmão e resolve suas coisas com a sua família e depois disso você volta a pensar em nós.
  - Mas Zayn, eu vou estar do outro lado do mundo.

  And I'm finding myself running to meet you
  I didn't want to escape
  From the bricks that I laid down

  - eu realmente te amo. E você é única para mim, mas antes de pensarmos em nós temos que cuidar de quem está a nossa volta, ok?!
  - Tudo bem. Mas e depois? Vamos conversar por Skype, telefone e se ver uma vez ao ano? Zayn eu não quero isso. – Eu não queria, mas parecia que ou era isso ou terminar de vez, e talvez eu não estivesse pronta para a segunda opção.
  - Eu não sei. – Ele sussurrou. 

  You are the only one
  The only one to tease me
  Trusts me and believes me
  You are the only one
  The only one that knows me
  And in the dark you show me
  Yeah, it's perfectly reckless
  Damn you leave me defenseless
  So break in
  Break in

  - Eu não posso ir embora com essa dúvida na cabeça, como eu vou conseguir pensar no Pedro sem ao menos saber que quando ele melhorar tudo entre nós estará certo?
  - eu realmente não sei!! Não há como saber, eu também tenho minhas dúvidas, daqui eu vou trabalhar e preciso estar 100% para isso. Mas você estará comigo inteiramente.
  – Tudo bem Zayn, eu não quero discutir nem nada como você, quero as melhores memórias comigo. Apenas isso.
  - Eu também quero isso ok.

  (…) And take everything I have
  'Till there is nothing left
  'Till it's just your voice in my head
  And when the lights come on
  You see me as I am
  You're still inside me.

• • •

  Na manhã seguinte Zayn me ajudou a terminar de arrumar as malas e tomou café comigo no quarto, não tocamos mais em qualquer assunto relacionado à depois que eu for embora. Ele me deu uma foto minha e dele e ele pegou uma das terríveis fotos 3x4 que tinha na minha carteira e colocou na dele.
  - Zayn não deixa ninguém ver isso!!
  - Eu devia postar no twitter, por exemplo... Quem sabe…
  - Você não é nem louco!
  - Não duvide!
  Em poucos momentos e eu já estava novamente sem minhas roupas e nos braços dele. Eu iria sentir falta disso, mas eu não podia deixar transparecer muito, já que estávamos andando sobre um teto de vidro com relação a esse assunto.

Capítulo 14

  1 ano depois...

  Zayn's POV
  Naquela noite eu havia cantado "Summer Love", e mais do que nunca me lembrei dela, a letra da música parecia descrever a nossa história. Na verdade, não houve um dia em que eu não pensei nela desde que nos separamos em Porto Rico. A One Direction naquela noite estava fazendo um show no Chile e daqui a duas semanas estaríamos no Brasil com a nossa turnê pela América Latina, e a vontade que eu sentia dentro de mim era encontrá-la a qualquer custo. Mas eu não tinha mais contato com ela, eu mandava mensagens, ligava e ela não me respondia. Há exatamente um ano atrás quando nos despedimos no aeroporto ela havia me dito que não conseguiria manter uma relação à distância porque seria doloroso demais, mas eu simplesmente não conseguia aceitar. Ela tinha razão, era difícil. Mas se eu pudesse pelo menos ouvir a voz dela, isso amenizaria tudo. Tudo o que me lembrava ela eu tinha guardado, e nossas lembranças continuaram vivas dentro de mim para que eu pudesse relembrar sempre. Ela era uma parte de mim, eu havia amado a como nunca amei ninguém. Ele despertava coisas em mim que ninguém nunca havia despertado, eu me sentia completo com ela. E uma sensação assim não se apaga da noite pro dia. Eu prometi a mim mesmo naquela noite enquanto tentava pregar os olhos na cama do hotel, que tentaria achá-la. Não ia desistir assim tão fácil.

  's POV
  Faltavam duas semanas. Apenas duas semanas para o show da One Direction no Brasil. Meus pensamentos estavam a mil, lembrando dele, do sorriso, do toque dos lábios dele, dos olhos deles nos meus dizendo que me amava. Como eu queria vê-lo, abraçá-lo e tê-lo de novo só pra mim. Aquele verão em Porto Rico havia sido o melhor da minha vida, nada se comparava aquilo. Depois de todos os problemas que tivemos há um ano atrás, nos separamos e voltei para o Brasil, as coisas se ajeitaram. Meu irmão se curou e meus pais haviam tirado a culpa das minhas costas e do Zayn. O único problema que perdurou por mais um tempo havia sido o Joe. Ele continuou insistindo durante muito tempo, até que o pai dele o mandou estudar na França e ele finalmente me deixou em paz. A última notícia que tive dele foi de que ele estava namorando com uma francesinha e isso me deixou muito mais do que aliviada. Tudo havia se ajeitado, menos o meu coração. Eu sentia um vazio todas as noites que me deitava e lembrava dele, e agora sabendo que ele estaria no meu país em breve me bateu um arrependimento terrível de ter pedido a ele pra não manter contato comigo. Eu já não recebia mais as suas ligações e não tinha coragem de ligar agora depois de tudo, mas eu havia feito a escolha certa quando comprei o ingresso para o show da 1D há alguns meses atrás. Eu o encontraria, custe o que custasse, eu iria ficar frente a frente com ele mais uma vez e dizer a ele que meu lugar é ao lado dele.

•••

  Duas semanas depois...
  - Filha, você tem certeza que quer fazer isso?
  - Tenho, mãe – eu respondi com firmeza – dessa vez nada vai conseguir atrapalhar.
  - Boa sorte então, filha. – ela me deu um beijo na testa e eu saí.

  Entrei no carro e dirigi o mais rápido possível para o local do show. Chegando lá, já havia uma fila gigantesca para a pista. Enfrentei algumas horas na fila, com muitas meninas tentando puxar assunto comigo, mas eu simplesmente sorria e trocava algumas frases soltas, porque não conseguia prestar atenção em nada do que elas falavam. Finalmente os portões se abriram e mais uma eternidade se passou até ter o show de abertura e finalmente eles entrarem no palco. Houve uma contagem regressiva de 1 minuto com um clipe deles no telão e quando eles finalmente apareceram, eu consegui vê-lo. Tão diferente da forma como eu o conhecia. Ele havia sido meu na versão "Zain" e não na versão "Zayn Malik, da One Direction". Eu sabia exatamente o que existia por trás de toda aquela produção, os sonhos dele, os gostos e o jeito como ele gostava de tocar e beijar uma garota e principalmente a forma que ele amava. Toda gritaria e choro das fãs pareciam não me afetar. Os meus olhos estavam fixos nele, até que na segunda música eu comecei a abrir espaço por entre a multidão pra conseguir chegar perto do palco, ele tinha que me ver, colocar os olhos em mim e saber que eu estava ali por ele. Muitas pessoas me empurravam, mas a maioria nem percebia que eu passava devido à anestesia de estar assistindo a One Direction pela primeira vez no Brasil. Consegui chegar até a primeira fila, na verdade não estava muito longe dali, mas agora eu sabia que ele poderia me ver. Então fiz o que praticamente todas as garotas da primeira fila estavam fazendo. Gritei:

  - ZAYN! ZAYN! OLHA AQUI! – não precisou mais do que isso, ele começou a procurar a mim, ele havia ouvido a minha voz e no mesmo instante reconhecido. Até que ele me achou. Ele parecia ter esquecido que o microfone estava em sua mão e que ele tinha que cantar para milhares de pessoas que estavam o assistindo. Então eu sorri. E ele retribuiu o sorriso. Vi os olhos dele brilharem e sua feição mudar completamente. Ele parecia tão feliz quanto eu. Meu coração disparava numa batida frenética. De repente ele voltou a cantar e ao final da música, ele se agachou na beira do palco e sussurrou algo no ouvido de um dos seguranças que estavam ali e apontou discretamente para a direção onde eu estava. Voltou para o palco e cantou mais três músicas, até que houve um intervalo e o segurança com o qual ele havia falado veio até mim e disse:

  - A senhorita pode me acompanhar? – Imediatamente uma menina que estava do meu lado disse:
  - Pra onde você vai levá-la?
  - Foi o Zayn que chamou ela não foi? Aquela hora que ele falou com você dali do palco... – disse outra menina.
  - Você por acaso conhece o Zayn, garota?

  Eu subi na grade que separava os fãs do palco e o segurança me ajudou a descer pelo outro lado, no mesmo instante vários outros seguranças chegaram para impedir qualquer uma que tentasse fazer o mesmo. Então antes de acompanhar o segurança eu respondi a pergunta da menina:

  - Conheço sim, ele é meu namorado.

  Ouvi alguns xingamentos, mas eu sabia que teria de aguentar isso se decidisse ficar com o Zayn, mas essa decisão já estava mais que tomada. O segurança me guiou pelo backstage, era um caminho escuro por de trás do palco, até que chegamos ao corredor dos camarins. Foi meio constrangedor quando o segurança abriu a porta sem nem ao menos bater, porque os garotos estavam terminando de trocar de roupa, eu esperei um pouco e entrei no camarim.

  - Nossa! Então é verdade! É você ! – disse o Niall vindo me abraçar.
  - Oi, Niall! Que saudades... Oi meninos! – eu disse para Liam, Louis e Harry, todos me abraçaram também. - O Zayn! Cadê ele? – eu perguntei desesperada.
  - Aqui – disse ele saindo de trás de uma das araras cheias de roupas dos garotos, a camisa que ele estava vestindo ainda estava desabotoada, o que me fez lembrar de quando nos conhecemos e ele me salvou da bolada na cabeça, eu sentia a pele dele enquanto ele me carregava nos braços, quente e macia. Eu queria poder agarrá-lo ali mesmo. – Meninos, já que vocês estão prontos vocês podem me dar licença?
  - Você tem dois minutos para subir no palco hein bonitão?! – disse Liam – Não atrasa, é sério!
  - Ta bom Liam, eles entenderam, você está gastando os dois minutos dele com essa sua bronca... – disse Harry enquanto empurrava os meninos para fora e fechava a porta. Eu fiquei sem reação, então suspirei e disse:
  - Como é bom te ver de novo! – e o beijei. O gosto dos lábios dele ainda era igualzinho ao que eu tinha guardado na memória, ele deslizava a mão pelo meu cabelo e me segurou pela cintura.
  - Não acredito que você ta aqui! – ele disse – Eu senti tanto a sua falta, mas tanto... – disse ele me beijando de novo – Quando eu te vi no meio da multidão, eu quase disparei na sua direção, como é bom te sentir de novo, te beijar de novo... – e ele me beijou mais uma vez.
  - Desculpa! Desculpa ter sumido... Você não sabe a falta que fez pra mim também...
  - Shiu! – disse ele colocando o dedo nos meus lábios – depois a gente fala nisso. Eu tenho que voltar pro palco. Quer assistir do backstage?
  - Claro. Eu não vou mais tirar os olhos de você, Zayn Malik. Não quero te deixar nunca mais. – ele sorriu e me abraçou.

•••

  Depois do show fomos para o hotel em que ele estava hospedado. Inevitavelmente assim que entramos no quarto, ele me levou para tomar um banho junto com ele. Lá pelas 3:00 da madrugada, estávamos apenas deitados sem nossas roupas há um bom tempo, e começamos a falar sobre tudo, até que chegamos na questão sobre o que iríamos fazer agora, e ele disse:

  - Sem planejamento. Quero você agora e vou continuar com você sem querer saber qual vai ser o próximo obstáculo amanhã ou depois...
  - Eu também não quero plano nenhum, só quero você.
  - Depois que a turnê acabar, nós podíamos viajar... Ter outro verão, mas dessa vez só nosso, juntos.
  - Qualquer coisa, qualquer lugar... Desde que eu esteja com você, Malik.
  - Desde que eu esteja com você, . Porque, sinceramente? Eu estou profundamente, loucamente e perdidamente apaixonado por você. – eu sorri, e o beijei. Entre um beijo e outro sussurrei:
  - Eu te amo.

•••

"Porque eu poderia vasculhar o mundo, ver tudo e todos e nunca ficar satisfeito, se eu não pudesse ter você".

Fim!



Comentários da autora