Head in the Clouds

Escrito por Débora Queiroz | Revisado por Mariana

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  Aeroporto Internacional de Los Angeles, Los Angeles, 2 de janeiro de 2015, 2:43 PM (horário local [GMT – 8]).

  – Bem vinda a bordo, senhorita – estava digitando uma mensagem no whatsapp para minha mãe, avisando que tinha acabado de embarcar, quando escutei me recepcionarem. Levantei os olhos e dei de cara com aqueles maravilhosos olhos . Exatamente do mesmo tom que minha lente, coisa que eu inventei de usar pra começar o ano com um visual diferente. Um pouco mais claro, talvez. Empaquei, observando-o. Tinha uma barba, não tão grande, mas lhe dava um ar totalmente sexy.
  Uma palavra: G-O-S-T-O-S-O.
  – O-obrigada... – dei um sorriso de lado, e joguei meu cabelo. Minha madrinha atrás de mim me cutucou e me mandou seguir, a fila que eu formei já estava enorme e impaciente. Corri para colocar minha bagagem de mão no compartimento e sentei. Abri o grupo que eu e minhas amigas temos no whats, e digitei:

2:45 PM
2:45 PM
2:45 PM
2:45 PM
“AMORES ME AJUDEM” 2:45 PM
“ACABEI DE ENTRAR NO AVIÃO, PRESTES A SAIR” 2:45 PM
“PORRA” 2:45 PM
“ELE É UMA DELÍCIA” 2:46 PM
“O COMISSÁRIO É MUITO GOSTOSO FUCKING HOT AI MEU DEUS!” 2:46 PM
“DESABAFOS DE UMA ADOLESCENTE COM HORMÔNIOS EM EXPLOSÃO PEDINDO PRO COMISSÁRIO DE BORDO PROFANÁ-LA” 2:46 PM

  
  “MANDE UMA FOTO!” 2:50 PM
  “Hahahahaha, oh meu Deus eu adoro seus pensamentos!” 2:50 PM

“AMOR, ME DESCULPA MAS EU NÃO VOU FAZER ISSO” 2:50 PM
“PORQUE EM AGOSTO EU TENTEI FAZER ISSO COM OUTRO COMISSÁRIO” 2:50 PM
“E O FLASH ESTAVA LIGADO” 2:50 PM
“E TIPO AI MEU DEUS” 2:51 PM
“EM AGOSTO EU ESTIVE EM UM VOO COM OUTRO COMISSARIO GOSTOSO, MAS ESSE É MUITO MAIS GOSTOSO” 2:51 PM

  
  “HAHAHAHAHA OMG SÉRIO?” 2:51 PM

“HAHAHA SIM E EU NÃO POSSO ARRISCAR FOTOGRAFÁ-LO” 2:51 PM
“EU FIQUEI COM TANTA VERGONHA” 2:51 PM

  
  “COMO ELE É?!” 2:51 PM

“HE'S SO TALL HANDSOME AS HELL (ele é tão alto e bonito como o inferno) TAYLOR SWIFT AQUI VAMOS NÓS” 2:52 PM
“OLHOS , SORRISO ENCANTADOR” 2:52 PM
“ELE FALOU: OI BEM VINDA A BORDO, PRA MIM” 2:52 PM

  
  “Olhos ?!” 2:52 PM

“HEY I JUST MET YOU AND THIS IS CRAZY, BUT HERE'S MY NUMBER, SO CALL ME MAYBE! (oi eu acabei de te conhecer e isso é louco, mas aqui está meu numero, então me ligue talvez!)” 2:53 PM
“CARALHO EU ESTOU MUITO ANSIOSA” 2:53 PM
“MEU DEUS EU DIRIA QUE ELE É O CARA MAIS GOSTOSO QUE EU JÁ VI AO VIVO” 2:53 PM

  
  “Escreva seu número em um papel e entregue pra ele sem ninguém perceber!” 2:54 PM

  
  “, CALMA, MULHER” 2:54 PM
  “CARA SOSSEGA O CU, MANO” 2:54 PM
  “TU TÁ TODA HORA APAIXONADA” 2:54 PM
  “Isso é fogo!” 2:54 PM

“Ah eu não tenho nada de escrever aqui :(” 2:54 PM
“SORRY NOT SORRY, MAS ELE É MUITO GOSTOSO PORRA” 2:55 PM
“COMO ASSSIM SOSSEGA O CU, ?
, ... EU TOU AQUI QUERENDO SER PROFANADA PELO COMISSÁRIO DELÍCIA E VOCÊ VEM ME FALANDO ISSO?” 2:55 PM
“QUEM É ESSE PERTO DO COMISSÁRIO DO VOO PRA SEATTLE” 2:55 PM
“HEY I JUST MET YOU AND THIS IS CRAZY, BUT HERE'S MY NUMBER, SO CALL ME MAYBE!” 2:55 PM

  
  “Dá o seu cellular pra ele!” 2:55 PM
  “Brincadeira!” 2:55 PM
  “Eu quero uma foto para ver o cara que minha amiga está gritando por ele :(” 2:56 PM
  “Mas... Não!”

“EU ATÉ DARIA MEU NUMERO SE EU TIVESSE ALGUM LUGAR PARA ESCREVÊ-LO” 2:56 PM

  
  “Pede o número dele!” 2:56 PM

“COMO, ? TIPO: OMG ME DÁ SEU NÚMERO” 2:57 PM

  
  “NÃO PERDE TEMPO E QUIETA!” 2:57 PM
  “QUE FOGO” 2:57 PM
  “, EU VOU TER QUE IR AI PRA TE EMPURRAR PARA VOCÊ IR FALAR COM ELE?” 2:59 PM
  “QUE FROXA” 2:59 PM

“ESPERA” 2:59 PM
“VOCÊ TÁ ME MANDANDO FICAR QUIETA E IR FALAR COM ELE?” 2:59 PM
“GENTE, JURO QUE NÃO ENTENDO” 2:59 PM
“Minha madrinha, do meu lado, deve estar rolando os olhos” 2:59 PM
“Eu tinha pedido pra ela ir no assento da janela, e eu no meio... Vai que senta algum gostoso do meu lado?” 2:59 PM
“MAS AI SENTOU UMA SENHORA” 3:00 PM
“PELO MENOS TEM O COMISSÁRIO” 3:00 PM
“QUERIDO, ME LEVE PARA A CABINE E ME FODE” 3:00 PM

  
  “Eu ainda quero a foto!” 3:01 PM
  “, desliga o flash do seu iPhone, sua lerda!” 3:01 PM
  “Vai atrás dele!” 3:01 PM

“MEU DEUS EU IA FICAR PAREENDO COM ESSAS MENINAS PIRANHAS QUE FICAM SE JOGANDO EM CIMA DOS HOMENS” 3:01 PM
“TA BOM, ! EU VOU TENTAR, JURO!” 3:01 PM
“MAS EU VOU CANTAR HEY I JUST MET YOU AND THIS IS CRAZY BUT HERE'S MY NUMBER SO CALL ME MAYBE” 3:02 PM

  
“Sim! Desse jeito!” 3:02 PM
  “Quantos anos você acha que ele tem?” 3:03 PM

“Eu diria entre 20 e 30 anos” 3:03 PM
“E se eu chegar e cantar meu número assim, ele não vai lembrar, huh” 3:03 PM

  
  “V A I A T R Á S D E L E!” 3:04 PM

“Vou tentar, prometo!” 3:04 PM

  – A partir deste momento, todos os aparelhos eletrônicos devem ser desligados ou colocados no modo avião – uma voz masculina anunciou.

“Amores, tenho que desligar agora” 3:04 PM
“ME DESEJEM SORTE” 3:05 PM

  
  “Okay! Bye bye, tenha um bom voo e BOA SORTE, VOCÊ PODE FAZER ISSO!” 3:05 PM

  
  “BOA SORTE!” 3:06 PM

  – Senhoras e senhores passageiros, sejam bem vindos a bordo da aeronave CR9, do voo de número 1726, com destino a Houston. Meu nome é , chefe de cabine deste voo. Nosso voo tem uma duração de aproximadamente três horas e seis minutos. Para a decolagem, pedimos que retornem o encosto da sua poltrona para a posição vertical, mantendo sua mesa fechada e travada. Assegure-se que o cinto de segurança esteja afivelado. Pedimos agora sua atenção para os procedimentos de segurança, mesmo que seja um passageiro frequente. Em caso de uma inesperada despressurização, máscaras de oxigênio para uso individual cairão automaticamente. Puxe uma das máscaras para liberar o fluxo, coloque-a sobre o nariz e a boca e puxe as tiras laterais para ajustá-las. Respire normalmente. Auxilie crianças ou pessoas com dificuldades após ter fixado a sua máscara. Luzes ao longo da cabine no teto e no piso indicarão o caminho para as saídas de emergência. Localize a mais próxima. Os cintos devem estar afivelados sempre que o sinal luminoso estiver aceso. Para afivelar seu sinto de segurança, una as pontas, puxe a lateral para ajustá-lo e para solta-lo levante a parte superior da fivela. Leiam o cartão com instruções de segurança que se encontra no bolsão da poltrona à sua frente. Em um pouso de emergência, adote uma das posições indicadas nesse cartão. Em caso de pouso na água, use o seu assento para flutuação. Obrigado por voar conosco e tenhamos todos uma boa viagem.
  Aquele texto enorme que eles já deviam saber de cor; porque até eu praticamente sabia.
  Então...
   .
  Bom saber...

  Avião, Sobrevoando algum lugar entre a Califórnia e o Texas, 2 de janeiro de 2015, 4:23 PM (GMT -8).

  Já estava totalmente cansada de escutar as mesmas musicas de sempre do meu celular e mais entediante ainda era ficar jogando Angry Birds e Temple Run. Minha bexiga já estava gritando para ir ao banheiro, mas eu não tinha percebido até agora que já tinham permitido desafivelar o cinto. Conferi ao lado minha madrinha para avisá-la, mas a mesma estava dormindo. Eu juro que queria ter essa facilidade de dormir.
  Levantei, e deixei meu celular bloqueado sob minha poltrona, que ficava exatamente no meio do avião. Logo, eu podia escolher ir aos banheiros da frente, ou nos do fundo.
  Mas, avistei aquele homem alto, e com cabelos escuros. Ah, e a barba...
  A barba, não uma qualquer...
Nesse momento, decidi meu caminho. Segui até o fundo da aeronave, não desviando meu olhar dele, que preparava o carrinho de lanche junto à uma aeromoça. Ao escutar meus passos se aproximando, ele desviou o olhar para mim, e rapidamente voltou sua concentração para a tarefa.
  Como um lapso, ele voltou o olhar em minha direção, observando minhas sapatilhas. Logo, senti seu olhar queimar em minhas pernas, moldadas pela legging preta que eu usava. Depois para o resto do meu tronco, e eu usava uma blusa colada, fina, de mangas compridas, junto com um cachecol, devido ao frio cruel que Houston preparava para nos oferecer, fora os casacos que eu deixei na bagagem de mão. Sorri interiormente, satisfeita com o efeito provocado, e quando cheguei ao banheiro, seus olhos se encontraram com os meus, e eu recebi um belo sorriso, que foi devolvido com o meu melhor olhar sedutor, o qual tentei deixar o mais explicito possível minhas intenções.
  Siga-me
  Me fode.
  Me fode gostoso.
  Me fode até o talo.

  Entrei no banheiro, e encostei a porta, deixando-a destrancada. Aliviei minha bexiga o mais rápido possível, em seguida lavando minhas mãos. Me escorei na pia e comecei a rir da minha atual situação.
  Céus! Eu estava dando em cima de um comissário de bordo!
  Eu estava insinuando para um estranho que eu queria que ele me fodesse!
  Eu deixei a porta destrancada, um convite explícito para que ele se juntasse a mim, mas ele não veio.
  Decidi esperar mais uns cinco minutos, não queria deixar minha presença no banheiro ser em vão.
  E se ele for comprometido?
  Aqui estou eu, em um banheiro de avião querendo um homem que eu nem troquei sequer uma palavra com ele!
  Não reparei se ele possui aliança...
  Ou vai que ele esteja rindo da minha cara neste exato momento?
  Bufei com tal pensamento, e decidi voltar pro meu lugar. Com certeza seria o mais sensato a ser feito.
  Assim que abri a porta, esbarrei-me em alguma coisa, uma coisa com um uniforme muito bonito, pra ser mais exata.
  – Então... Onde a Senhorita... – ele disse, insinuando uma pergunta.
  – .
  – Então, Senhorita ... Onde pensa que vai? – ele disse, olhando em meus olhos, e caminhando pra frente, o que me fez recuar. Com isso, lá estava eu novamente, dentro de um minúsculo banheiro de avião, porém desta vez, com a companhia que eu queria. Ainda de costas para a porta, ele puxou-a, e virou somente para trancá-la.
  – Eu pretendia voltar para minha poltrona, Senhor... – eu perguntei, me fazendo de desentendida, pois a resposta, eu já sabia muito bem.
  – . Mas para você, .
  – Eu pretendia voltar para minha poltrona, , pois. se não me engano, vocês iam servir o lanche neste momento.
  – Você é uma ótima observadora, Srta. . Mas eles sabem servir o lanche sem mim, por pouco tempo – ele disse, se aproximando, e envolvendo minha cintura em suas mãos – Mas infelizmente, a Srta. vai ficar sem comer por agora.
  – Tudo bem, eu não estava com fome mesmo – lancei um sorriso provocando-o.
  – Ótimo, mas eu estou – de repente, senti seus lábios envolverem os meus, e suas mãos me puxarem para mais perto de si. Elas tomaram diferentes rumos, uma subia por minhas costas, enquanto a outra apertava minha bunda. Coloquei minhas mãos em sua nuca, e puxei seus fios de cabelo que estavam ali. Ele interrompeu o beijo, e me jogou contra a parede do banheiro, do lado contrario a pia, o que gerou um barulho. Eu temi que os outros comissários ou aeromoças, até mesmo os passageiros, percebessem o que estava ocorrendo ali.
  – E você tem fome do quê? – perguntei, maliciosa.
  – De você. Dessa sua bundinha empinada, e desses seus peitos cheios e arredondados. Bela escolha de roupas, . Mas acho que você fica melhor sem elas – ele então, começou a puxar meu cachecol pela ponta, e o jogou em um canto qualquer. Depois, foi a vez de minha blusa, e quando ela tomou o mesmo rumo do cachecol, foi a minha vez de tirar as roupas dele.
  Realmente, eu decidi que amo forte um uniforme de comissário.
  Mas assim como ele, prefiro o que tem embaixo desses panos.
  Comecei pelo cinto, desafivelando-o e jogando-o no chão, enquanto eu distribuía beijos e chupava a sua região do pescoço. Tirei sua gravata, e desabotoei sua blusa, e ele a deixou cair.
  Ele encostou-se a pia, e me puxou, virando-me de costas e me encostando entre suas pernas, o que me permitiu sentir aquele volume gostoso em minhas nádegas.
  Minhas costas estavam em contato com o seu peitoral, enquanto uma mão dele fazia pressão em minha cintura em direção ao seu pênis, a outra tirava o meu sutiã. Devido a ausência das alças, ele caiu no chão no momento em que foi desabotoado. A mão dele, agora livre, tomou um dos meus seios, e começou a massageá-lo. A que estava em minha cintura, invadiu minha calcinha, e então ele apertou meu clitóris, me fazendo contorcer em seu colo. Um gemido escapou de meus lábios, e minhas mãos que estavam livres, resolveram descer minha legging e a calcinha. Eu estava completamente nua nas mãos de , enquanto ele me masturbava.
  Comecei a rebolar, e a cada novo movimento meu, eu sentia que ele ficava cada vez mais duro. Fiquei ofegante, senti que estava quase lá. Ele percebeu e diminuiu os movimentos, até para-los por completo. Soltei um muxoxo, reclamando, mas ele nos desencostou da pia, e me colocou sentada sobre ela. Afastou minhas pernas, até que as mesmas ficaram completamente arreganhadas, livre para que ele introduzisse dois dedos em mim, enquanto esfregava meu clitóris com outro dedo. A legging escorregou por meus pés, e agora que estavam livres, coloquei minhas pernas ao redor de sua cintura, e o puxei mais pra perto, tomando seus lábios em um beijo insaciável. Ele aumentou o ritmo dos dedos, e então eu gritei. Havia chegado lá.
  – OH .
  – Isso mesmo, grita para o avião inteiro saber a capacidade do comissário que eles têm a bordo – ele falou, malicioso, com o ego nas alturas. Eu ri, e meu corpo estava mole, efeito do orgasmo que ele me proporcionou.
  – Minha vez – tirei forças sabe-se lá de onde, e pulei para o chão. De uma só vez, levei a calça e a boxer dele em encontro ao chão, enquanto me ajoelhava. Seu pênis, totalmente ereto, duro e grosso, veio em encontro ao meu rosto na hora.
  Sim, ótima ideia!
  Ainda ajoelhada, o empurrei até encostar na parede, de uma forma mais suave do que quando ele fez comigo, o que não resultou em barulho algum. Eu estava realmente preocupada se as pessoas lá fora iriam perceber ou não.
  Tomei seu pau em uma das mãos, masturbando-o rápido, enquanto a outra massageava suas bolas, levemente. Um contraste que o fez contorcer, e soltar baixos gemidos.
  Aquele caralho extremamente duro e pulsante estava muito convidativo, eu tinha que provar daquilo. Peguei e o guiei até minha boca, e o chupava, a medida que o colocava mais e mais profundo, até onde eu suportei. Fiquei fazendo movimentos de vai e vem com a cabeça, enquanto chupava. Suas mãos alternavam entre puxar meu cabelo e guiar minha cabeça. Às vezes o colocava de lado para poder respirar, mas não parei com os movimentos em momento algum. Ele me tocou nos ombros e me puxou pra cima. Abaixou até sua calça, onde retirou um preservativo de dentro do bolso, e colocou-o rapidamente.
  Ele segurou em minha cintura, e eu me apoiei na pia, mas ele me fez virar de costas, e falou:
  – Empina essa bunda e abre bem essas pernas. Você vai ter que sair desse avião carregada, porque eu vou meter bem forte e fundo em você, vou rasgar esse seu cuzinho todo por completo.
  Obedeci, e procurei um local para me apoiar, de uma forma que eu ficasse ainda mais empinada. Sexo anal dentro do banheiro do avião, essa vai pra historia! E quem sou eu pra negar? Eu queria experimentar isso já faz algum tempo!
  Ele encaixou sua pélvis no meu traseiro e ficou esfregando seu caralho entre minhas nádegas, e ameaçava me penetrar, enquanto eu rebolava desesperadamente, implorando por aquilo. Não aguentando mais, comecei a esfregar meu clitóris com minha própria mão, o que o deixou bem incomodado.
  – Tire essa mão daí, eu é que vou fazer você gozar, ai de você meter essa sua mãozinha enxerida sua no meio! – E com essa raiva, começou a introduzir seu membro duro e grosso no meu ânus, e eu estava adorando aquilo.
  Senti um desconforto mínimo, por mais que eu quisesse me jogar pra trás e colocar aquele pênis inteiro em meu anus, eu sabia que não deveria fazer isso de uma vez, pois eu realmente tinha a intenção de não começar o ano já impossibilitada de andar devido a um desconforto anal.
  Mas foi maravilhoso.
  Com um pouco de dor no principio, ele começou com movimentos leves, mas que em um piscar de olhos se tornaram os do tipo mais bruto possível. Ele metia forte, fundo. E rápido. E eu mordia os lábios para não gritar de prazer, ou de dor, talvez.
  Ele me puxou de uma vez, retirando seu pau de dentro do meu anus, e me encostou na parede. Passei minhas pernas ao redor de sua cintura, e o puxei para mim, me penetrando de uma só vez, fundo.
  Fundo e gostoso.
  Joguei minha cabeça pra trás, enquanto ele chupava meu pescoço, e metia. Senti meu corpo estremecer, e minhas pernas praticamente caíram. Mas ele as segurou, enquanto meu gozo escorria pelo seu pau, coberto pela camisinha. Logo em seguida, senti que ele havia chegado lá.
  Comecei a rir, eu tinha acabado de fazer o sexo mais insano da minha vida! Ele riu comigo, e finalmente consegui me sustentar com minhas próprias pernas.
  Vestimos nossas roupas, e assim que ele terminou, sorriu pra mim e disse:
  – Posso saber seu nome, ?
  – .
  – Muito bem, . Espere um pouco para sair, não vá logo depois que eu for – sorriu, me dando as costas e me deixando sozinha ali.
  Assim que ele saiu, eu comecei a gargalhar, quão insana eu tinha agido?
  Olhei meu cabelo no espelho, e ele estava uma zona, pior que um ninho de passarinhos! Dei um nó qualquer no cabelo e ajeitei o cachecol melhor, de uma forma que escondesse a vermelhidão causada pelos chupões, que viriam a se tornar roxos.
  Voltei para meu lugar, e eles estavam prestes a servir o lanche em nossas poltronas. Fingi de égua, e olhei para minhas companhias. Minha madrinha ainda dormia, nem sentiu minha falta. Assim como a idosa ao meu outro lado. Peguei meu celular, e comecei uma nova rodada no Temple Run, quando escutei sua voz:
  – A senhorita aceita algo? – me perguntou, com a pose profissional que a situação exigia.
  Olhei para os lados, me certificando se elas realmente dormiam. Positivo.
  Olhei se a aeromoça, que servia o lanche com ele, estava prestando atenção. Negativo.
  Respirei fundo e falei:
  – Aceito.
  – E o que seria?
  – Você.
  Então ele fechou os olhos e deu um sorriso tímido. Trocamos olhares cúmplices e ele me entregou meu lanche de acordo com minha escolha. O lanche de verdade.

  Aeroporto Intercontinental George Bush, Houston, 2 de janeiro de 2015, 8:11 PM (GMT -6).

  – Senhoras e Senhores passageiros, sejam bem vindos a Houston. Horário local são 8:11 PM e uma temperatura de 4ºC, 39ºF. Agradecemos por voar conosco, tenhamos todos um bom dia – ele disse. Como sempre, a bagunça começou, com a disputa de pegar a bagagem de mão no compartimento e sair dali logo. A fila costumeira se formou no corredor, e devagar, todos saíram dali. Minha madrinha dormiu o voo praticamente todo, nem percebeu nada. Ela caminhava em minha frente, ansiosa pra chegarmos em casa logo, onde eu ia passar dez dias das minhas férias de inverno. Na saída, a equipe despedia e agradecia por termos escolhido essa companhia aérea.
  Ele não estava ali.
  Queria ao menos despedir, e dar um sorriso em forma de agradecimento da aventura mais louca da minha vida.
  Caminhando pelo túnel, em direção ao aeroporto, ele vinha na direção contrária. Esbarrou em mim, e segurou em meu braço.
  – Mil perdões, Senhorita... – e escorregou sua mão até a minha, e eu pude sentir algo áspero em contato com minha pele. Ele depositou um pedacinho de papel em minhas mãos, piscou e me deu as costas, voltando para o avião, com um sorriso no rosto.
  – ! Vem logo! – minha madrinha me gritou de lá da frente, impaciente. Rolei aos olhos e fui em sua direção, desdobrando o papel que ele tinha me entregado.
  “Hey I just met you, and this is crazy, but here's my number, so text me maybe?” Com seu número escrito em baixo.
  Incrédula, eu ri, e guardei o papel, em minha bolsa junto com o meu celular. Hoje eu teria muitas mensagens a serem enviadas.
  E o voo 1726 jamais foi um voo qualquer...

FIM



Comentários da autora


  Claro que eu tinha que transformar essa história em fanfic! Depois do voo que fiz, ver um comissário gostoso pra caramba, eu não pude conter meus pensamentos. E acabou que tais pensamentos viraram fanfic!
  Head in theClouds, é minha primeira fanfic restrita, primeira short, e a primeira que eu finalizo, hahaha. Então eu agradeceria de coração, se vocês pudessem comentar e me deixarem saber sobre o que acharam da fic!