Happily Never After
Escrito por Bruna Villanueva | Revisado por Virgínia
Capítulo. 01
- Brad, para, por favor - eu implorei gargalhando, enquanto o mesmo me fazia cócegas.
- Então retire o que disse! - ele disse sorrindo, e ao mesmo tempo tentando ser ameaçador.
- Eu retiro o que eu disse, agora para, Bradley, por favor. - respondi ofegante.
- Diz que eu sou o melhor e que você me ama muito. - Brad me chantageou.
- Brad, você é o melhor... E... Eu te amo muito. - disse entre risos enquanto ele fazia um biquinho fofo. - seu bobo.
- Chata. - o garoto retrucou, agora olhando em volta.
As pessoas caminhavam calmamente e se divertiam, pois o clima estava agradavelmente quente. Ótimo dia para se passear no parque, e era o que estávamos fazendo. Bradley e eu somos melhores amigos desde sempre. Nossas mães são amigas desde a época do colegial por essa razão crescemos juntos. Uma coisa que ninguém sabe é que eu gosto do Brad, não como amigo. É algo mais forte, mais complexo. Mas infelizmente isso condiz apenas a mim, pois ele não sente o mesmo por mim e eu me contento sendo apenas sua amiga. É melhor que não tê-lo por perto.
- Quer sorvete? - perguntou-me Brad tirando-me de meus devaneios.
- Tudo bem, mas você paga. - E ao dizer isso apertei sua bochecha.
- Folgada. - ele resmungou, já de pé estendendo-me a mão para que eu fizesse o mesmo. E assim o fiz.
- Ninguém mandou oferecer - disse fingindo-me de ofendida. - agora arque com as consequências.
- , você não existe. - Brad sorriu de forma meiga para mim.
- Pare de fazer essa carinha, Simpson - dei risada, com a careta que ele fez logo em seguida.
Brad e eu caminhamos em silêncio até a barraquinha de sorvete que estava á uns vinte passos a frente de nós. O dia estava lindo, o céu bem azul, uma leve brisa fresca batia em meus cabelos e o sol aquecia minha pele, o dia, como eu já disse estava perfeito e a companhia só o fazia melhor.
- Me vê dois sorvetes, um de chocolate e outro de pistache - ele pediu por mim.
Por sermos amigos desde sempre um conhecia o outro como ninguém, todos os gostos, desgostos e etc. O senhor nos deu os sorvetes, e Brad lhe entregou o dinheiro logo em seguida continuamos o nosso caminho, mas dessa vez seguindo de volta para casa.
Caminhamos em silêncio.
- Então, já tem par para o baile? - Brad perguntou casualmente.
- Nop - disse desanimada, - mas recebi dois convites, um deles, aliás, fora de Connor. E você já convidou alguém?
- Não, mas também já recebi alguns convites. - Respondeu-me ele, sem animo algum assim como eu. – Connor te convidar para o baile foi a mais.
Ah mencionei que Brad tem uma banda? Ele e seus amigos; Connor, Tristan e James, são o The Vamps, eles já têm até um contrato com a Universal Records e iram abrir a turnê do McFLY, - meus orgulhos cof, cof - por esse motivo algumas das bitches do colégio caiam matando. Mas eram todos meus, por isso nunca deram bola pra nenhuma delas. Eu não deixo - só que não. - E se deram eu nunca cheguei, a saber.
O parque não era muito longe de casa, na verdade era só á um quarteirão e por isso chegamos sem demora.
- O que tem de errado em Connor me convidar para o baile? Prefiro ir com ele a ir com algum outro babaca do colégio. - respondi tranquilamente. Parada a frente da minha casa.
- É que... Bem... - Brad se atrapalhou com as palavras. - nada, te vejo amanhã na escola, . Tchau.
E com isso ele deu as costas, dirigindo-se a casa ao lado, a sua casa. Confusa e frustrada com a situação, entrei em casa. O Brad é estranho, e às vezes difícil de entender.
Capítulo. 02
Meu celular tocava freneticamente em cima da mesinha ao lado de minha cama, e a claridade entrava em meu quarto, irritando meus olhos, impedindo-me de voltar a dormir. Estiquei o braço preguiçosamente e tateei a procura de meu celular. O encontrei com dificuldade após derrubar varias coisas que estavam em cima da mesinha. Então, atendi dando inicio á ligação.
- Alô? - perguntei sonolenta, nem ao menos olhei o visor para ver quem era.
- Er... oi, - respondeu uma voz conhecida do outro lado da linha - desculpe por te acordar.
- Tudo bem, Brad, - dei um leve sorriso mesmo sabendo que ele não poderia ver. A verdade é que ser acordada por ele não me deixa assim tão furiosa - aconteceu algo?
- Não, quer dizer sim, eu preciso falar com você - respondeu sem jeito - pode me encontrar daqui a meia hora, naquela pracinha no fim da rua?
- Tudo bem, Brad - confirmei mantendo a desconfiança - tem certeza de que está tudo bem?
- Está tudo ótimo, - Brad soltou uma risadinha nervosa - te vejo em meia hora, pequena.
Depois que Brad desligou eu dei um pulo da cama e corri para o banho, não demorei muito. Vesti a primeira roupa que vi, coloquei meu lacinho favorito no cabelo, deixando minha franja solta. E então, desci as escadas correndo sentindo meu estômago revirar de ansiedade. Isso não pode ser normal.
- Aonde vai, ? - minha mãe perguntou rapidamente.
- Encontrar o Brad na pracinha. - ao responder demonstrei mais animação do que realmente pretendia.
- Vão acabar juntos, escute o que eu te digo - mamãe esboçou um lindo sorriso.
- Mãe, não viaja - disse tentando disfarçar, mas um frio percorreu minha espinha ao assimilar suas palavras - Brad e eu somos como irmãos.
Mamãe fez várias de piadas constrangedoras e enfim me liberou para encontrar Brad, corri o máximo que pude, a pracinha era no fim da rua, mas conhecendo Bradley Willian Simpson como conheço, bom ele já deve estar lá esperando-me, todo fofo. Foi dito e feita, lá estava ele, todo lindo andando de um lado a outro impaciente.
- Hey, moço - chamei baixinho para que só ele pudesse ouvir.
- - o jeito com que ele sorriu pra mim, fez com que eu me sentisse única e estranhamente especial - pensei que não viria mais.
- Eu nem estou tão atrasada assim - sorri docemente - você me preocupou Brad, parecia tão aflito ao telefone.
- Desculpe, é que precisamos conversar. - ele parecia quase tão aflito quanto mais cedo - vem - disse me puxando pela mão.
Sentamo-nos em uns dos bancos de concreto que havia ali, e em momento algum ele soltou a minha mão. Meu coração batia aceleradamente, como se de repente suas palavras, seja lá o que elas significariam, pudessem me acalmar. Um recado pra quem acha que se apaixonar por seu melhor amigo é fofo: Você está errado, isso não é fofo, muito pelo contrario, é uma montanha russa cheia de altos e baixos e sem controle algum, você nunca sabe aonde esse sentimento vai te levar.
- Pode falar - respondi sorrindo nervosa.
- Promete que vai ouvir tudo o que eu tenho pra falar, sem me interromper? - Brad perguntou me olhando com aquela de cachorrinho na porta da churrascaria, é impossível dizer não a essa carinha.
- Eu prometo - disse inconsciente.
- Promete de mindinho? - Brad perguntou, permitindo-se sorrir dessa vez.
- Ai Simpson, isso foi tão gay - ri sem soltar sua mão -, mas sim eu prometo de mindinho.
Brad se virou para mim, ainda segurando em minha mão, olhando em meus olhos de maneira intensa.
- Eu não aguento mais guardar isso pra mim, eu tentei, fugir tentei me esconder, mas tentar não te amar... Bom, isso só me faz te amar ainda mais, sim eu te amo , não como amigo, eu te amo como mulher e mesmo que você não sinta isso, mesmo que para você eu seja apenas um amigo, isso é o que eu sinto - as palavras de Brad me pegaram de surpresa. - Por favor, diz alguma coisa, ...
Eu não disse nada, não era necessário. Fiz melhor que isso, lhe mostrando o que as palavras não podiam expressar. Me aproximei e juntei nossos lábios em um selinho, que logo virou um beijo de verdade. Um beijo calmo repleto de sentimentos. Sentimentos quais estávamos prestes a descobrir.
Capítulo. 03
Era, finalmente, o dia do baile, eu estava animada, talvez como nunca estive antes. Pode ser o rumo que as coisas tenham tomado, e isso me deixava feliz, e assustada. Saber que, o que eu sinto por Brad é recíproco, é sem duvidas, a melhor coisa que existe no mundo e nada, nada mesmo pode ser comparado a essa sensação. Passei horas me arrumando, pode parecer até um pouco fútil, mas eu queria estar perfeita. Aliás, que garota não quer estar perfeita em seu baile de formatura? Eram 7h00min em ponto e eu já estava pronta meu coração batia totalmente acelerado, e eu estava quase roendo as unhas de ansiedade esperando Bradley chegar. Eu poderia ter um treco a qualquer momento, ansiedade é uma droga.
- , meu bem, você está linda – mamãe disse com sua voz melodiosa entrando em meu quarto com um grande sorriso – Brad já está lá em baixo a sua espera.
- Estou mesmo bem? – perguntei sentindo minhas mãos começarem a suar.
- Maravilhosa, minha filha. – mamãe sorriu ainda mais, com orgulho e então me abraçou – seu pai ficaria orgulhoso.
Antes que eu começasse a chorar e Brad, talvez achasse que eu desisti de ir ao baile com ele, respirei fundo e botei um sorriso no rosto. Sai dor quarto e caminhei pelo longo corredor até a escada a qual desci lenta e teatralmente – tipo filme, por que eu sempre sonhei em fazer isso, não sou normal, não liguem – e o encontrei lá em baixo, lindo como sempre. Vestia um tipo de smoking e seus vans prestos, seu olhar ganhou um brilho especial ao encontrar os meus. Uma coisa que eu aprendi é que na vida não há nada melhor do que amar e ser amada de volta.
Segurei a mão de Brad que estava esticada para mim e sorri, hoje nada nem poderia atrapalhar nossa felicidade.
- Você está linda, minha pequena – Brad sorriu fofo para mim e logo em seguida depositou um beijo em minha testa – pronta para irmos?
- Você também está incrível, meu amor – respondi no mesmo tom, com um sorriso doce – e eu estou pronta para ir á qualquer lugar aonde você vá.
Sorrimos um para o outro, então após mamãe tirar milhares de fotos, nós finalmente conseguimos sair de casa, rumo a escola.
{...}
Quando eu coloquei os pés na escola, não acreditei no que eu estava vendo, a decoração estava incrível, a escola tinha um ar tão calmo apesar da musica alta e de todos os adolescentes fazendo coisas estúpidas, como de costume. A decoração ao lado de fora está linda, pequenas rosas brancas enfeitavam a entrada do ginásio. Lá dentro, por sua vez, tudo estava iluminado por luzes de pisca-pisca, num tom meio que dourado, e havia um enorme tapete vermelho que ia da porta de entrada até o palco. As mesas estavam forradas com toalhas de cetim e renda meio amareladas e um grande arrancho de flores ao centro. Tudo estava perfeito. Brad segurava em minha cintura, enquanto caminhávamos para mesa onde estavam os meninos.
- Hey casal – disseram todos juntos uníssonos.
- Oi meninos – acenei feliz por vê-los.
Após cumprimentar os meninos e suas respectivas acompanhantes – Becky, Jean e Liz – me sentei e os meninos saíram, pois como despedida eles tocariam algumas musicas, então lá foram eles. Começaram com um cover de Just Give me a Reson, e depois One Way or Another. As meninas e eu trocávamos olhares de orgulho enquanto olhávamos nossos meninos. Conversávamos animadamente enquanto os meninos tocaram uma última musica.
- Não acredito que você rejeitou o convite do Con para vir ao baile – Becky disse indignada.
- Foi por um bom motivo – Jean disse rindo.
- Se ela viesse com o Con quem viria com o Brad? - Liz questionou – a , vocês foram feitos um para o outro.
- Você e Tristan também ficam perfeitos juntos – respondi com um largo sorriso nos lábios.
Jean era namorada de Tristan, Liz a de James, e Becky e Connor estavam se conhecendo, era tão bom ver meus amigos felizes, assim como eu estou isso sem duvidas não tem preço. Os meninos voltaram e imediatamente uma musica que Brad sabia que eu gostava começou a tocar.
- Me concede essa dança bela senhorita? – ele perguntou, fazendo uma reverencia. Logo em seguida peguei a sua mão e então partimos para pista de dança.
Capítulo. 04
- Eu te amo. – disse docemente enquanto Brad segurava minha cintura de forma protetora. Fazendo com que eu sentisse cada pedacinho do paraíso.
I love to hear you say that you love me
With words so sweet
And I love the way with just one whisper
You tell me everything
Por mais que eu tentasse esconder, meu coração disparava toda vez em que Brad olhava no fundo dos meu olhos e dizia que me amava. Isso até mesmo quando éramos apenas amigos, todas as coisas que ele fazia ou dizia mexiam comigo de uma forma, que era impossível ser colocada em palavras. E eu adorava como ele dizia que me amava, aquelas palavras doce, eram tudo o que eu precisava, e ainda mais.
And when you say those words
It's the sweetest thing I've ever heard
But when your eyes say it (say it)
That's when I know that it's true,
I feel it (feel it)
I feel the love coming through,
I know it (know it)
I know that you truly care for me, 'cause it's there to see
Mas, na verdade, o que eu mais gostava era quando eu olhava nos olhos dele e aquelas três palavras se faziam presentes ali, por que quando os olhos dele me diziam aquilo, era quando eu sabia que era verdade, era quando eu sabia que ele sempre se importou comigo e sempre esteve ali por mim. Estando eu certa ou errada, Brad nunca me abandonou.
Nós nos movíamos no ritmo da música, sua mão apoiada em minha cintura fazia com que eu me sentisse estranhamente protegida como se nada pudesse me atingir com ele estando ali, tão próximo a mim, ele era tudo o que eu precisava, tudo o que eu queria, e como sempre seus olhos passavam-me tudo o que ele sentia e por esse motivo eu sabia que era recíproco. Pode parecer clichê, piegas ou sei lá, mas era o meu destino ser de Brad, eu sempre fui dele e ele meu. Ele era a minha alma gêmea, sem ele eu estaria incompleta e a vida não teria sentido algum.
(I love all the ways that you show me)
I love all the ways that you show me
You'll never leave
(Never leave)
And the way your kisses, they always convince me
Your feelings run so deep
(Ooh...)
Eu sei que estou certa quando eu digo isso, por que Brad me mostrava aquilo de todas as formas, e eu amava. Eu sei que isso que estávamos vivendo é para sempre, que ele nunca me deixaria, pois nós éramos uma unidade feita para resistir a qualquer coisa, pois um sentimento tão bonito quando o nosso nunca morreria. A forma com que cada beijo que ele me dava era capaz de me convencer a qualquer coisa. E os olhos dele sempre me diziam o quão especial era tudo isso que nós temos tudo isso que nós somos e quão ele quer que isso dê certo, os olhos dele me dizem isso o tempo todo e talvez esse seja o segredo de nossa relação. Pois nós nos entendemos apenas com um olhar. E por que as palavras sejam necessárias, nós ficamos bem sem elas.
- Eu também te amo minha pequena. – Brad disse e logo em seguida depositou um beijo demorado em meu pescoço.
Minha vida pode não ser nenhum conto de fadas, tudo posso ter problemas as vezes, mas eu sei que minha felicidade está ao lado de Bradley William Simpson, meu eterno melhor amigo e eu sei que é com ele, independente do que o futuro nós reseve é que está o meu final feliz.