Halloween Party
Escrito por Ray Dias | Revisado por Lelen
Nota da autora: Olá leitora ou leitor! Este aviso é para informar que: 1. A fanfic é interativa apenas para você, os demais personagens foram mantidos fixos para manter a fidedignidade com o universo apresentado. 2. As conjugações verbais do pronome “Tu”, não estão de acordo com a linguagem padrão, eu sei. Mas, este é um recurso da fala coloquial dos personagens, para dar mais veracidade à língua falada pelos cariocas. Achei importante esclarecer, pois outras vezes, já recebi mensagens sobre “ter conjugado errado os verbos referente aos pronomes”, mas, como sabemos, a Língua Portuguesa é viva, e quando se imprime coloquialidade às falas dos personagens, nos aproximamos da realidade. Enfim, concessões da literatura e da liberdade poética. Espero que adorem esta leitura e encontro vocês no fim da página, de preferência nos comentários. Os comentários nos motivam a continuar, e minimamente nos passam a ideia de valorização do nosso esforço, então, agradeço muito se puderem comentar. Beijinhos!
1.
No Brasil não tem Halloween, Samanta!
— Por que o Bruno inventou essa festa, pelo amor de deus? — perguntou Felipe, irritado com o rumo da conversa.
— Ué Felipe, porque é a casa dele e ele quer dar uma festa! — ironizou Samanta.
— E ele sempre falou que queria ter uma festa de Halloween. — complementou Victor, e Felipe distorceu a cara demonstrando o quanto desaprovava aquilo, então Victor riu e declarou: — Ah, pô, eu acho mó maneiro! Eu vou.
— Deixa ele Victor, o Felipe é chato! É o fiscal de festa!
Samanta zombou fazendo os outros amigos rirem e começarem uma conversa paralela sobre aquilo, finalizando com Victor repetindo, como sempre, as últimas palavras: "fiscal de festa". Após o eco de Victor, eles riram mais um pouco, inclusive Felipe, e Samanta então perguntou:
— Qual o problema, Felipe!? Fala, fiscal de festa!
— Gente, eu não posso falar nada! Tudo que eu abro a boca para contestar vocês começam a reclamar, também! Que se dane, eu só disse que acho ridículo, cafona! Halloween nem é da cultura Brasileira!
— Ué, mas aí, tem uma caralhada de festa aqui no Brasil que não é brasileira, aquela alemã lá da cerveja no sul… Como é o nome Marcel?
— Oktoberfest! Mas…
— É diferente Samanta! – Felipe interrompeu o que diria seu primo — Existe toda uma colônia alemã no Brasil! Essas festas culturais estrangeiras em sua maioria aqui no Brasil, tem a ver com as colônias imigrantes!
— Tá bom Felipe! Finge então que a gente tá numa colônia americana!
— Sou contra as fake news! — Ele disse sentando ao lado de Victor no sofá, e dando de ombros.
Samanta estava animada e começou a planejar com os outros amigos, sabendo que, mesmo desaprovando a ideia e evitando festas, Felipe se empolgaria e acabaria topando! Bruno chegaria logo e também daria um jeito de o convencer.
— Você vai né Marcel?
— Mas é lógico! E eu vou de Gasparzinho!
Os amigos riam confabulando sobre suas fantasias, enquanto Felipe ficava calado apenas escutando e mexendo no celular.
— Cara! O Bruno disse que vai de cabeça de moranga! — Samanta contou rindo e todo mundo riu também.
— Pô, pelo menos a fantasia dele é legal! — Felipe disse se envolvendo depois de todo o silêncio, com um sorriso no rosto, gostando da ideia do amigo.
— Tá vendo!? Vai ser legal Felipe! — Victor disse — Ah, cara, vamos!
— Ele não vai dizer que vai! Vai esperar todo mundo escolher as fantasias, e no último momento fazer todo mundo correr atrás de fantasia p’ro bonito! Ele é um canalha! — reclamou a Sam.
— Eu só vou se vocês se fantasiarem de coisas folclóricas! Já que é para ir fantasiado de superstições, que sejam brasileiras!
— Ah não, não! — Victor reclamou — Não é festa de folclore! Coisa sem graça, pô!
— O Felipe tá dizendo isso pra ele escolher a melhor fantasia!
Marcel afirmou e o primo riu encarando ele debochado, como alguém que é pego no pulo.
— Você já decidiu ir de Gasparzinho!
— E você, vai!? — Marcel insistiu, mas Samanta falou antes do Felipe abrir a boca:
— Eu vou de bruxa da Sonserina. Não quero nem saber! — se adiantou apontando pro Felipe, e ao vê-lo encarando-a de um jeito frustrado, ela disse: — Que foi canalha? Achou que eu não saberia que você ia meter um Harry Potter na sua fantasia!?
Felipe bufou e Samanta gargalhou. Ele não estava cogitando ir, mas se fosse, planejava algo no universo de seus livros favoritos. Porém, depois que Samanta falou que iria, já não tinha graça. Uma coisa é ter fantasia repetida numa festa, outra, é no grupo de amigos, e com certeza haveria outros grupos de amigos com fantasias combinadas de Harry Potter! Felipe havia decidido: não iria mesmo.
— Acho que eu vou fazer igual o Bruno e ir de cabeça de moranga !
— Ah não Victor! Seja autêntico! — Felipe reclamou — Por que você não vai de Zumbi? Ou Fred Krueger!? Antes um clássico repetido do que um original plagiado! Não vai combinar não, que coisa cafona!
— Tu vai de que!? — insistindo também, Victor perguntou.
— De fiscal da festa, pô! Já falei. — gargalhou Samanta arrancando um revirar de olhos de Felipe — Mentira! Ele não vai não!
Samanta não acreditava naquilo. Mas queria que o amigo achasse que ela acreditava. Então Bruno chegou e os outros insistiram, mas Felipe permaneceu firme em seu charminho de dizer que não iria. Quando o mesmo subiu para o seu quarto, ela contou o plano que tinha aos amigos que adoraram.
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A vingança de Ed
Os amigos falaram da festa o tempo todo! Bruno compartilhou todos os preparativos desde aquele dia que Samanta começou a falar no assunto, e tinham se passado duas semanas! A um dia de ocorrer a festa, por fim, como a amiga bem esperava, Felipe se deu por vencido. Primeiro o grupo de amigos fingiu não ligar para o fato de que ele não queria ir. Depois, às vésperas, voltaram a insistir e aquela era a deixa para Lipe aceitar saindo por cima como alguém que só estava atendendo aos pedidos.
Felipe comunicou em seus stories para seus fãs e seguidores, toda aquela saga, bem como, comentou nas lives que não iria à festa do Bruno. Foi a mesma coisa do Rock In Rio! Tanto disse que não iria, mas no fim, estava abrindo caixinha perguntando aos fãs ideias de fantasia. Mas as opções dos fãs, para ele não serviam, porque precisava de algo rápido e fácil, ou não gostava de nenhuma sugestão.
Contudo, Samanta já tinha preparado tudo! Ela havia montado a fantasia de Felipe há muito tempo, e escondido. Agora precisava da ajuda dos meninos para convencê-lo a não abrir os olhos enquanto o arrumavam.
— Que palhaçada! Aposto que vocês estão me sacaneando! Pô, Victor. Olha essa mão aí!
— Só tô ajudando a vestir sua calça, amigo! — os outros riam — Não vou me aproveitar de tu, se ainda fosse o Marcel…
Todos riam e Felipe permaneceu intrigado.
— Cara! Eu já estou me arrependendo por ter topado! Que merda é essa? Vocês não estão me vestindo de Bolsonaro não, né!?
— Claro que não, Felipe! Isso é baixaria demais! — Bruno gritou — Relaxa que foi a Sam que preparou tudo! Não confia nela?
— Samanta às vezes é canalha!
A amiga que entrava no quarto depois de Bruno abrir a porta, pois, Felipe já estava vestido, ouviu aquilo e protestou:
— Eu tô ouvindo isso, cachorro!
— Tá fazendo o que aqui, garota!? — Felipe reclamou.
Bruno interrompeu dizendo que precisava ir à frente. Havia se arrumado com os amigos na casa do Felipe, mas não iria com eles. Afinal, tinha recebido o telefonema de Moska e Marcelinha informando que as pessoas estavam chegando e a festa já havia começado. Assim como Bruno, todo mundo estava pronto, com exceção de Felipe que Samanta fez questão de deixar por último. Era estratégico para que o amigo não tivesse como fugir.
— Eu vou te maquiar, você não pode abrir os olhos!
— Comece com os braços, Sam! Aí ele pode continuar vendado!
— É, vendado… — repetiu Victor.
Seguiu o conselho de Marcel, e maquiou Felipe, se concentrando em ser rápida no rosto, e incomodar o mínimo possível já que Felipe tinha um “probleminha” de ansiedade e acabaria por abrir os olhos antes da hora. Mas, ao finalizar, os três começaram a rir e elogiaram o quanto ficou maneiro e parecido, endossando que Felipe ia amar. Posicionaram ele de frente ao espelho, e Felipe abriu os olhos, ansioso. O quarto estava penumbroso, poucas luzes mesmo ali, onde precisava ver-se no espelho.
Os amigos aguardavam a expectativa dele, em silêncio, segurando os risos, mas Lipe parecia não entender. Ficou olhando e tentando descobrir enquanto os amigos já riam baixinho. Viu as roupas comuns. O cabelo propositalmente meio bagunçado, arrepiado, e um pouco tonalizado em castanho avermelhado.
— Não entendeu!? Ah que isso Felipe! Tu adora esse cara! — Marcel zombou.
O primo o olhou pelo reflexo, ainda mais confuso, então Samanta pegou o celular, ligou a lanterna gargalhando e jogou sobre a pele dos braços de Felipe:
— E agora!? — Ela perguntou e todo mundo gargalhava quando Felipe começou a brilhar entre pó iluminador prateado e dourado, da maquiagem que Samanta havia comprado em quantidade para aquilo.
— SAMANTA!!! — gritou identificando o que haviam feito — Sua canalha! Eu sabia que vocês estavam me sacaneando!
— Ah qual é Felipe, ficou maneiro, pô! — Victor disse se aproximando do amigo e o olhando de perto. — Caraca Sam, a maquiagem ficou muito maneira!
— Ficou mesmo! — Felipe confessou.
— Ah! Sabia que tu ia gostar! Mas não acabei não. Você tem que colocar as lentes dele, e os dentes!
— Vai parar a internet quando ele postar essa versão 2.0 do Ed! — Marcel afirmou.
Samanta ajudou Felipe com as lentes e elogiou no fim:
— Pronto! Tá gato!
— Óbvio que sim! Eu sou muito mais bonito que o Edward.
— Então vamos logo, Felipe Cullen! O Gasparzinho já está derretendo debaixo daquele lençol!
— Caraca Marcel, pra que tu colocou isso agora cara!? — Victor falou e correu até o quarto de Sam para pegar seu chapéu.
Os amigos se puseram a ir para a festa zombando se encontrariam uma “Swan” para Felipe Cullen naquela festa, mas Felipe disse que dispensava qualquer Isabella Swan que aparecesse!