Give Me Love Please

Capítulo 1 - Everything has changed

   Pov's
  Sexta-feira à noite, o dia que mais odeio, pois sei que daqui a pouco uma de minhas amigas vão me ligar convidando-me para ir a uma pub qualquer e então ouvi meu celular tocar.
  - Oi -disse quando atendi o celular.
  - E aí !! Vamos para o pub "The Salisbury"? (n/a Essa pub, existe mesmo!) Ouvi dizer que tem os veteranos da faculdade vão estar lá hoje! - Disse , por que essa obsessão por veteranos?
  - Não obrigada, no final das contas você vai ficar com um cara e eu voltarei para casa sozinha. - Falei sincera.
  - Você só volta sozinha porque quer e sabe disso. - Disse .
  - Eu sempre acabo me ferrando quando me envolvo com alguém, você sabe disso. Lembra-se do meu último namoro? O terminou comigo e eu até hoje não sei o motivo! - Disse um pouco exaltada só de lembrar.
  - Ah já vai começar com seu "discurso ninguém me ama"? - perguntou  debochando de mim.
  - Mas ninguém me amou de verdade mesmo! Enfim, eu não vou discutir isso com você. Aproveite a noite! - Desliguei rápido o celular antes que ela tentasse me convencer.

  Não é nada legal ver que todas as suas amigas ou tem namorado ou estão "curtindo" por aí enquanto eu estou de pijama com um pote de sorvete no sofá... Ah eu vou sair para beber um pouco! 
  Olhei pela janela e notei que estava frio, mas quando não está frio em Londres mesmo? Escolhi uma roupa quentinha e fui até um bar a duas quadras da minha casa.
  Chegando lá notei o quão depressivo é esse lugar, parece que só tem homens cansados do trabalho ou de suas esposas. Sentei-me na cadeira do balcão e pedi uma dose dupla de Jelly Shot. Perdi a conta de quantas vezes tinha pedido mais uma dose quando um rapaz sentou ao meu lado, notei que já fazia um tempo que ele me fitava, entretanto resolvi ignorar.
  - O que trás uma moça tão bonita a um bar como esse? - Me perguntou o rapaz e na mesma hora eu direcionei meu olhar a ele, aí caramba eu estou muito bêbada, estou vendo dois rapazes parados ao meu lado, uma tontura me atingiu e quando dei por mim tinha caído do banco.

   Pov's
  A moça caiu do banco de uma forma muito cômica a ajudei a levantar enquanto ria da cena.
  - A qual de vocês dois eu devo agradecer? - perguntou a moça um pouco aérea (Lê-se bêbada).
  - Não precisa agradecer só me dizer seu nome já estaria bom. - disse sorrindo.
  - Não é da sua conta o meu nome. - A moça disse rude.
  - Assim sendo me desculpe, então poderíamos conversar? – Perguntei, não que esteja interessado nela, mas ela parece tão perdida nesse lugar...
  - Você quer falar sobre o que?  Se você estiver dando em cima de mim pode desistir okay? - Disse a moça de forma rude novamente.
  - Faz um bom tempo que não converso com uma linda moça bêbada, só isso. - disse dando de ombros.
  - Eu não estou vendo nenhuma moça linda aqui, talvez uma bêbada porém linda não. - disse a moça e ela pareceu um pouco triste.
  - Pois eu vejo, meu nome é , você realmente não vai me dizer seu nome? - perguntei novamente.
  - . - ela disse e abaixou a cabeça.
  - Você está triste ? Ou você sempre fica assim quando bebe? - Perguntei curioso.
  - Um pouco dos dois. - disse ela depois de um riso fraco.
  - Por que você está triste? - Não sou o tipo de cara que sai por aí se intrometendo na vida dos outros, entretanto eu realmente queria ajudar .
  - Sempre terminam comigo, ninguém consegue me amar. - Disse chorando, fiquei surpreso com essas palavras.
  - Ei não chorei por isso. - Disse e coloquei minha mão esquerda sobre o ombro de e então ela me abraçou, fiquei surpreso, mas retribui o abraço.
  - Obrigada. - ouvi dizer bem baixo.
  - Imagina, você quer que eu te leve para casa? - perguntei, pois ela parecia que ia desmaiar de sono a qualquer momento.
  - Não precisa, minha casa é aqui perto. - disse ela enquanto cambaleava em direção a porta.
  - Eu não vou deixar você sair daqui assim, eu te acompanho. - disse indo em sua direção.
  - Tudo bem. - disse e depois nenhuma palavra foi dita.
  Andamos por mais de quarenta minutos.
  - Tem certeza que sua casa é por aqui? - perguntei para a garota bêbada que acabei de conhecer.
  - Acho que eu me perdi. - disse a garota e começou a rir escandalosamente alto.
  - Eu te levo para minha casa então. - Imaginei que ela fosse se opor mas permaneceu em silêncio.
  E a partir desse dia minha vida mudou.

Capítulo 2 - You and Me

   Pov's
  Faz exatamente quatro meses que entrou na minha vida e já sei coisas importantes sobre ela, estuda artes plásticas na faculdade de Oxford, ama sorvete no frio, tem um sorriso incrivelmente cativante, mora sozinha em um pequeno loft, ama comédias românticas, morre de mo de filmes de terror, não gosta de baladas, odeia falar de seus antigos relacionamentos e a pior parte de tudo isso, eu estou perdidamente apaixonado por essa garota.
  Não somos namorados, e não somos só amigos, pois já perdi a conta de quantas vezes nos beijamos, amigos não se beijam né? Ela nunca demonstra sentir algo por mim e nem por nenhum outro cara, então qual o problema dela?

  - ! Você viu meu caderno de anotações? – gritou me tirando de meus devaneios, na noite passada ela dormiu aqui, mas só porque estava cansada demais para ir ao seu loft e já que a minha casa fica mais perto da faculdade dela...
  - Se você vier aqui e me der um beijo talvez eu responda sua pergunta! – gritei de volta brincando com ela, ouvi passos se aproximando e quando ela entrou no quarto começou a olhar atenta cada canto do cômodo procurando o caderno.
  - O caderno está aqui? – Me perguntou impaciente.
  - Depois que eu ganhar um beijo te conto. – disse com um sorriso vitorioso nos lábios enquanto caminhava em sua direção, tinha um sorriso desconfiado em seu rosto, o que a deixava mais linda ainda. Assim que me aproximei de ela selou nossos lábios, da mesma forma de sempre, ela nunca pede passagem para a língua, se eu não pedir ficamos nesse selinho "eterno", parece que ela está brincando comigo e isso só me deixa mais inseguro, quais os reais sentimentos dela por mim? Afastei nossos lábios e a abracei forte.
  - , está tudo bem? – Me perguntou afagando meu cabelo
  - Eu amo você . – Disse em baixo tom, e então se afastou de mim.
  - Depois eu passo aqui para pegar o meu caderno, estou atrasada. – E ela saiu correndo da minha casa, será que eu fiz algo errado?

   Pov's
  Sai da casa do em uma velocidade assustadoramente rápida! As últimas palavras que ele me disse ficam ecoando na minha mente, eu não posso perder o como perdi todos os meus outros namorados! Ele é especial demais para eu estragar tudo... E eu não quero me magoar novamente.
  Entrei na faculdade e logo avistei correndo em minha direção.
  - Onde você passou a noite hein? Passei no seu loft pela manhã e seu porteiro disse que você não dormiu lá... – disse com um sorriso malicioso nos lábios.
  - Eu estava na casa do . – Disse sem ânimo.
  - Nossa que cara é essa? A noite deve ter sido boa. – Disse fazendo um dos seus comentários pervertidos.
  - Ah, por favor, quantas vezes eu vou ter que dizer, somos só amigos! – Disse enquanto caminhávamos.
  - Amigos? Eu vejo como vocês se olham! Ele demonstra a cada segundo que sente algo por você! – Disse me olhando atentamente.
  - E se ele sentir algo por mim? Eu não sinto nada por ele! – Falei querendo por um fim nesse assunto.
  - Querida , as vezes você esquece que sou sua melhor amiga, entenda você nunca conseguira esconder nada de mim. – Disse depois de uma risada escandalosamente alta, resolvi ficar em silencio até chegarmos à porta da minha sala.
  - Até mais tarde ! – Disse entrando na sala e ela puxou meu braço.
  - , eu não sou boa em dar conselhos, mas não deixa o escapar, se até agora os seus relacionamentos não deram certo talvez seja porque você estava com a pessoa errada né? – disse com um sorriso sincero no rosto e pela segunda vez no dia ela me deixou sem palavras.

Capítulo 3 - No More Kisses

   Pov's
  No final da tarde recebi uma mensagem do .

"Achei seu caderno, ele estava debaixo da mesa, nem imagino como você perdeu ele assim! Hahahahahaha Passa aqui em casa acho que precisamos conversar... xxx"

  Minha mente nunca esteve tão confusa, que dia louco, diz que me ama, diz que eu devo dar um chance para ele e agora meu caderno de anotações está debaixo da mesa do ? As coisas já podem começar a fazer sentido?
  Não sei se vou para casa do , chegando lá o que vou dizer para ele? E se eu for para minha casa não vou conseguir dormir sabendo que ele está me esperando!

  Bom, independente de para onde eu for, tenho que sair da faculdade primeiro, quando cheguei no portão avistei o do outro lado da rua e meu coração bateu mais rápido. Ele acenou para mim e então caminhei até ele.
  - Oi, eu sei que falei para você ir para minha casa, porém estava muito ansioso e não sabia se você realmente ia. – Disse visivelmente tímido.
  - Nem eu sabia se ia. – disse dando um riso fraco.
  - Então, aqui o seu caderno. – disse me estendendo o caderno.
  - Ah obrigada e me desculpe por deixar minhas coisas jogadas pela sua casa desta forma.
  - Sem problemas... , você quer ir para algum lugar, um parque, uma sorveteria ou restaurante? – Me perguntou fitando os pés.
  - Isso seria um encontro? – Perguntei desconfiada
  - Não! Só dois amigos conversando! Mas se você quiser pode chamar de encontro. – Disse sorrindo
  - Então somos só dois amigos conversando. – Disse e vi ficar um pouco abatido.
  - Você quer ir para a onde? – Me perguntou .
  - Me surpreenda! – Disse sorrindo, dá ultima vez que falei isso ele me levou para o "London Eye" (Pegamos uma fila enorme no dia, mas valeu a pena).
  - Tudo bem! – Disse com um sorriso no rosto, algo me diz que ele já sabe exatamente onde me levar!
  Fomos no carro dele até um lugar que eu não conhecia, parecia ser um parque...
  - Onde estamos ? – Perguntei
  - No meu lugar favorito, a vista daqui é incrível. – disse enquanto se sentava em um tronco de árvore caído.
  - Realmente a vista daqui é linda. – Disse olhando atentamente a paisagem, Dava para ver perfeitamente o Big Ben e Tinha uma visão parcial do London Eye, sentei ao lado dele.
  - o que eu sou para você? – quebrou o silêncio com uma pergunta um tanto quanto estranha.
  - Um amigo. – Disse rápido
  - E você sai por ai beijando os seus amigos? – Me perguntou com um tanto de sarcasmo no seu tom de voz.
  - Não!... Quer dizer, só você. – Disse um tanto quanto confusa.
  - E o que isso significa? – Me perguntou , ele não cansa de fazer perguntas confusas?
  - Eu não sei! Aonde você quer chegar? – Disse exaltada.
  - Só quero entender o que existe entre nós, mas você só complica as coisas. – Disse suspirando.
  - Eu não quero estragar a nossa amizade, só isso. – Disse sincera.
  - É frustrante ouvir você dizendo que me vê como amigo quando você vive me beijando! – Disse .
  - Me desculpe então! Não te beijo mais! – disse me levantando.
  - Ei espere, só tenho mais uma pergunta! – Disse , me virei em sua direção.
  - Estou ouvindo. – Falei nervosa.
  - Por que você fugiu quando eu disse que te amava hoje pela manhã? – Me perguntou .
  - Porque todos que falaram isso para mim até hoje me abandonaram e eu não quero que você me abandone, por essa razão prefiro que continuemos sendo só amigos, ah não te beijo mais, prometo! – disse e comecei a andar pelo parque/floresta, não veio atrás de mim e por hora acho que é melhor assim.

Capítulo 4

   Pov's
   Uma semana depois...
  - Você fez o que?! – perguntou/gritou depois que contei a ela como tinha sido minha ultima conversa com .
  - Ei fala baixo! Eu só fui sincera com ele. – Disse dando de ombros.
  - Você estragou tudo! Hoje mesmo você vai a casa dele! – Disse agitada.
  - Não vou, nem sei o que dizer para ele agora. – Disse sincera.
  - Tudo bem, faz o que você achar certo, só não venha chorar no meu ombro depois! – Disse , ela parecia desapontada comigo e isso só me fez sentir pior.
  - Vou para casa, tenho que estudar. – Disse forçando um sorriso.

  Quando cheguei em casa olhei meu celular na esperança de ter alguma mensagem do , mas é hora de encarar a verdade, ele já me esqueceu. Joguei-me no sofá e comecei a ler um livro indicado pelo meu professor.
  - Gostando do livro? – Perguntou uma voz familiar... Era o ! Direcionei meu olhar a ele e sim estava ali, sentado no braço do meu sofá com um sorriso sereno.
  - Como você entrou aqui? – Perguntei, pois o porteiro sempre me interfona antes de deixar alguém subir.
  - Eu escalei a parede e entrei pela janela. – Disse dando de ombros.
  - , eu moro no oitavo andar! Fala logo como você entrou! – Disse rindo.
  - Eu expliquei a situação para seu porteiro e ele me deixou subir. – Disse me fitando atentamente.
  - E qual é a situação? – perguntei me sentando e deixando espaço para ele se sentar ao meu lado.
  - Eu tenho uma surpresa para você, passei a semana inteira fazendo essa música então espero que você goste. – Só então notei que estava com um violão em mãos, e ele fez uma música para mim!
  E então ele começou a cantar

Give me love like her,
'Cause lately I've been waking up alone.
Paint spotted tear drops on my shirt,
Told you I'd let them go.

And I'll fight my corner,
Maybe tonight I'll call ya,
After my blood turns into alcohol,
No I just wanna hold ya,

Give a little time to me, we'll burn this out,
We'll play hide and seek, to turn this around,
All I want is the taste that your lips allow,

My my, my my oh give me love,
My my, my my oh give me love,
My my, my my give me love

  Eu achava que estava sofrendo com a ausência dele, mas depois de ouvir essas palavras, tenho certeza que ele estava muito pior que eu.

Give me love like never before,
'Cause lately I've been craving more
And it's been a while but I still feel the same,
Maybe I should let you go

  E tudo que ele queria era o mesmo que eu, amor…

Give a little time to me, we'll burn this out,
We'll play hide and seek, to turn this around,
All I want is the taste that your lips allow,

My my, my my, oh give me love
Give a little time to me, we'll burn this out
We'll play hide and seek, to turn this around
All I want is the taste that your lips allow

My my, my my, oh give me love
My my, my my oh give me love,
My my, my my oh give me love,

My my, my my, my my, oh give me love, love
My my, my my, my my, oh give me love, love
My my, my my, my my, oh give me love, love
My my, my my, my my, oh give me love, love...

My my, my my oh give me love,
My my, my my oh give me love,
My my, my my oh give me love,
My my, my my give me love

  Então colocou seu violão ao lado do sofá e sorriu para mim, e eu não sabia o que dizer, meu coração nunca tinha batido tão rápido antes, sem ao menos perceber já estava chorando.
  - Eu canto tão mal assim que te fiz chorar? – Perguntou brincando o que me fez rir.
  - A música é linda. – Foi só o que consegui dizer, como sou idiota! A música é perfeita eu deveria ter beijado ele assim que ele terminou de cantar!
  - Obrigado, quero que saiba que tudo que a música diz é verdadeiro. Não sei como foram seus ex-namorados, mas eu nunca vou fazer você sofrer ou ficar magoada, a única coisa que eu quero é que você me ame. – disse rápido e muito nervoso.

   Pov's
  Já cantei a música e já falei tudo que sentia e agora me olhava com os olhos semicerrados, como se desconfiasse das minhas palavras.
  - Eu te amo , só demorei um pouco para perceber isso, mas e se acabar como todos os outros eu vou perder nossa amizade. – Disse , até quando ela vai ficar me comparando aos seus ex-namorados?
  - , eu não sou como "os outros", o que sinto por você é o sentimento mais verdadeiro, só não vai dar certo se você não quiser. – E então selou nossos lábios, minhas mãos correram para sua cintura e pediu passagem para a língua o que me fez sorrir em meio ao beijo, essa foi a primeira vez que ela fez isso, esse beijo tinha um gosto diferente... Gosto de amor.

Fim