Fucking In Love

Escrito por Viviane Santos | Revisado por Naty

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  Por ele

  - O plano de marketing será este, então? – George dizia abrindo dois botões de seu terno cinza escuro e apoiando, em seguida, suas mãos na longa mesa de nossa sala de reunião, encarando cada um de nós. Ouvi alguém dar uma nova sugestão, opondo-se ao atual plano de marketing para a empresa e percebi que o monólogo havia começado outra vez.
  Meus olhos se desviaram para a mulher sentada na cadeira a minha frente sem que eu pudesse impedir e me senti fraco por não conseguir parar de olhá-la por um instante sequer após aquela maldita reunião ter começado. Era a primeira vez que eu a via na empresa depois do que havia acontecido com nós dois e ela não poderia me deixar mais frustrado ao me evitar.
  Vi quando sua sobrancelha ergueu e quando sua boca extremamente vermelha devido ao batom, entre abriu. Quase cai para trás naquele instante. Como um ser poderia ser tão sexy sem ao menos perceber? E que tipo de criatura bizarra poderia deixá-la escapar por entre seus dedos como grãos de areia? Pois é, a criatura bizarra em questão sou eu.
   e eu éramos o que você poderia denominar como um casal de amigos coloridos até o dia em que a pedi em namoro em público. Estávamos em uma praça tomando sorvetes até que em um acesso de loucura – e coragem, devo confessar – fiz a tão esperada pergunta que tinha medo de fazer desde que pus os olhos naquela mulher. Depois deste dia, nos tornamos uma espécie de casal mais apaixonado que pudesse existir... Até eu fraquejar e ir para a cama com minha ex-secretária gostosa pra caralho. Eu já falei que sou um fraco?
  Tudo bem, não sou tão ruim assim, mas poxa, e eu vivíamos trabalhando, ambos executivos na empresa de George , pai de , e desde então não sobrava tempo para que pudéssemos ficar um pouco juntos. Digamos que uma simples complicação e falhas na comunicação resultaram em uma precipitação de minha parte. E vamos lá, a carne é fraca.
  Mas o grande xis da questão é muito simples e na verdade não é nem tão grande assim: eu a amo.
  E ela me odeia. Pelo menos por agora.
  E a grande merda é que agora eu não consigo ser forte o bastante para simplesmente ignorá-la como ela está fazendo comigo e parar de olhar para a boca dela que agora formava palavras e as dirigia a George. Não sei quanto tempo perdi olhado para , mas sei que foi tempo o suficiente para que ela percebesse e virasse seu olhar para mim. Ah, e que olhar dos diabos! Eu simplesmente amava o olhar de , o jeito como os olhos dela brilham ao olhar para mim, a intensa íris azul que me fazia perder a noção de tudo ao meu redor, o desejo que sempre habitava aquele olhar... Puta merda, aquilo era demais para mim. E o pior é que ela sabia disso! E a desgraçada fazia de propósito! O que ela queria, afinal? Que eu me jogasse da janela do vigésimo sexto andar por que estava morrendo de tensão sexual feito uma garotinha? Porque se a intenção era essa, ela estava quase conseguindo fazer com que eu me levantasse e seguisse o rumo da janela.
  Foi então que eu percebi que tinha um papel realmente importante em minha vida. Na verdade, eu já havia percebido isso há algum tempo, o difícil era assumir isso para mim mesmo. Engoli em seco quando ela semicerrou olhos para mim e quase tomei impulso para levantar e agarrá-la ali mesmo, mas, consegui ser firme pelo menos uma vez na minha droga de vida e forcei a minha bunda a ficar quieta naquela cadeira até o fim da reunião.
  Pena que eu não consegui fazer a mesma coisa com meus olhos, não deixá-los na cadeira, mas sim forçá-los a parar de encarar .
  E agora eu estava em uma sala lotada de executivos discutindo sobre a empresa que me preocupei durante muito tempo, com a presença de minha adorável ex-namorada e pra coroar tudo, não estamos nos falando. Olhar nos olhos de era como mergulhar em um oceano sem fim e não ter vontade alguma de sair de lá, porém, não falar com ela... Ah, isso era pior que a morte para mim.
  - Sobre a festa de comemoração aos dez anos da ’s Enterprises, está tudo certo? – Questionou , um de meus melhores amigos e deu uma rápida olhada para mim, como se para checar que eu ainda estivesse em sã consciência.
  Sim, acompanhou meu drama amoroso até aqui. Ele era como um amigo gay para as adolescentes com seus problemas amorosos, sempre estava disposto a ouvir, fofocar e ajudar, é claro. A única diferença era que de gay, não tinha nada.
  Ele e já ficaram uma vez, pelo que eu sei, antes de se apaixonar intensamente pelo gostosão aqui. chegou até a comentar comigo uma vez que tinha uma pegada dos infernos, para a minha desgraça.
  Agora você vê, estou eu aqui, lamentando sobre minha vida e tensão sexual que estava falando até da pegada de meu melhor amigo. A situação era realmente grave.
  - Está tudo combinado para hoje à noite... – , outro de meus melhores amigos, respondeu e complementou com outra coisa que não me dei ao trabalho de tentar entender. e eram os únicos caras da empresa que eu realmente considerava como pessoas importantes para mim. era o mais centrado no trabalho, digamos que era o mais responsável de nós cinco, contando com e , nossos outros amigos.
  E como sempre existe uma forma de piorar a situação de um cara fodido, como eu, namorava, – estava quase noivo, na verdade – , a melhor amiga de . O que tornava meus encontros com mais frequentes quando estávamos juntos.
  É, eu sou um sortudo do caramba, para não dizer o contrário. era uma ótima pessoa, eu realmente gostava daquele ser humano, mas jamais queira ver aquela mulher com raiva. Pois é, eu vi. E lembrar daquele dia fatídico não é uma coisa que eu realmente queira fazer agora.
  - Talvez até consigamos fazer alguns negócios durante a festa. O que acha, ?
  Encarei novamente e desta vez pude perceber que ela evitou olhar-me de volta. Qual era o problema com aquela mulher? Não, espera. Será que o problema era eu? Eu sou tão fodido assim mesmo? É isso?
  - ?
  Mas se eu fosse, provavelmente ela não teria se apaixonado, estou certo? Ah, que se dane! Eu posso ser a desgraça em pessoa, mas ela gostava de mim. Eu sabia que aquela pequena criatura ainda era capaz de nutrir algum sentimento por mim. A questão é fazê-la assumir isso. Quero dizer, se tem uma coisa em que temos em comum é o orgulho. E ela o tinha em demasiado.
  - ? – Ouvi a voz elevada de George e quase dei um pulo de minha cadeira. Umedeci os lábios e engoli em seco, tentando miseravelmente lembrar da pergunta que me havia sido feita tempos atrás.
  Optei por dizer o clássico em momentos como este:
  - Sim, sim. Concordo plenamente.
  - Concorda? – ergueu uma sobrancelha, um sorriso sacana ameaçou surgir em sua maldita boca. – Concorda com o quê exatamente, ? – Filho da puta!, eu quis berrar na cara dele.
  - Com o que disseram agora por último, . Sobre... Hum... – Limpei a garganta e olhei ao redor da sala, em busca de alguma luz divina que pudesse me ajudar naquele momento.
  - Acho que a reunião encerra-se por aqui. – George me lançou um olhar enfezado e eu agradeci mentalmente por ele não se prolongar no assunto anterior.
  Levantei de minha cadeira finalmente, junto com os outros ali presentes e guardei todos os papeis de importância para mim em minha pasta. Senti um olhar sobre mim e levantei rapidamente a cabeça em direção à .
  Ela desviou o olhar rapidamente, mas fui rápido o bastante para conseguir vê-la morder o lábio inferior enquanto olhava para mim. Segurei um sorriso e balancei a cabeça negativamente. Precisava manter minha mente focada na festa da empresa esta noite, eu tinha certeza que com a minha maré de azar, este seria um novo capítulo fodido na minha vida fodida.

  Por ela

  - E como ele está?
  - Ele está... – Parei um pouco de procurar sapatos que combinassem com o vestido que eu usaria em duas horas e olhei para um ponto fixo no chão. – Louco de desejo, quase deprimido, não consegue se concentrar em nada. Não tirou os olhos de mim esta manhã. E o pior é que eu podia sentir a tensão sexual exalando dele, sabe?
  - Hum, isso é bom...
  - Você acha? – Olhei para , que cutucava as unhas como se fosse algo realmente interessante, e moldei a boca em um enorme bico. – Quer dizer, será que ele está arrependido ou algo parecido?
  - Você sabe que eu estou sinceramente odiando o agora, mas... Ah, , ele é um cara tão legal. Todo homem é um pé no saco pra esse negócio de mulher, talvez o erro dele não seja tão imperdoável assim. – direcionou seu olhar para mim. Desviei meus olhos para meus sapatos de saltos espalhados pelo chão e suspirei. Pensar em significava gastar mais neurônios que o normal, além de me trazer uma onda de sentimentos que eu não estava a fim de aturar hoje.
  - Me ajuda a escolher um, por favor? – Pedi encarecidamente para minha melhor amiga, que logo percebeu minha tentativa de mudar de assunto e assentiu fracamente.
  Mas a questão é que o assunto “ ” já estava instalado no ambiente, havia impregnando em minha mente e não saia do meu coração, ou seja, parar de pensar nele definitivamente não seria possível.
  Eu amava mais que tudo no mundo, mas sabe aquelas pessoas de gênios ruins que simplesmente odeiam traição e só faltam comer os rins do canalha que o faz? Prazer, eu.
  E havia me traído. Quando soube, pela própria ex-secretária do traste, houve uma sucessão de sentimentos até então não muito conhecidos por minha pessoa. Primeiramente eu não quis acreditar, afinal, quando se está em um relacionamento estável onde duas pessoas se amam e estão relativamente bem um com o outro quando que poderemos esperar uma traição? Pois bem, eu também não esperava.
  E então veio o choque. Acredito que meu rosto tenha ficado de branco papel sulfite a azul-marinho quando minha ficha finalmente resolveu cair e me dei conta do que aquele ser de outro mundo havia feito comigo.
  A crise de choro veio logo em seguida, juntamente com uma dorzinha chata no peito, daquelas que você só sente quando tem algo realmente te destruindo por dentro. E bem, a raiva foi a grande sucessora para coroar os meus dias de cão. Lembro que havia feito a promessa de cortar o que tinha entre as pernas e fazê-lo comer cru se ele aparecesse em minha frente. Mas ele não apareceu. Ele não me procurou nem para se desculpar por ter colocado malditos galhos na porra da minha cabeça. Aquele filho da puta.
  E hoje pela manhã, havia sido a primeira vez que pude compartilhar do mesmo oxigênio que o crápula. E tudo que eu pude fazer foi retribuir os olhares que ele me lançava. Sim, eu mereço palmas e até um Oscar, arrisco dizer, pelo papel de corna conformada que fiz mais cedo.
  Agora tudo o que passava pela minha cabeça é que eu seria obrigada a encará-lo naquela festa dos diabos de dez anos da ’s Enterprises todo lindo, com um terno preto, cabelo arrumado estilo “mulherzinha” como eu gostava de chamar pelo fato de ter uma obsessão ridícula com aquele cabelo, e bem, lançando olhares frustrantes em minha direção.
  E puta que o pariu, como minha noite seria longa e turbulenta.

  Parei o carro em frente ao local onde seria festa. Fechei os olhos, inspirei fundo e contei de um até dez mentalmente. Esse era o mantra que eu fazia quando estava nervosa do tipo querer dar o fora deste lugar o mais rápido possível. Mas eu não podia fazer isso. Era meu trabalho, afinal. E meu pai poderia chatear-se comigo por não comparecer em um dia tão importante como este para a empresa que ele dedicou sua vida.
  Com este pensamento em mente, dei uma última olhada no espelho retrovisor do carro para checar se estava tudo nos conformes e sai do automóvel rapidamente antes que desistisse da ideia e voltasse para o pote de sorvete de baunilha com chocolate que me esperava em casa.
  Cruzei a entrada repleta de luzes no chão que iluminavam o caminho pelo qual os convidados deveriam seguir e parei na porta do salão, observando ao redor. Ainda dava tempo de fugir, dava sim. Mas então meu pé direito fez um movimento involuntário para frente, obrigando-me a entrar de vez no local e passar a agir feito à adulta de vinte e quatro anos que eu era.
  Avistei meu pai um pouco mais à frente conversando com dois sócios da ’s Enterprises e segui em sua direção, parando para pegar um copo de champanhe quando o garçom passou com a bandeja.
  - , como está maravilhosa! – Papai disse quando parei ao seu lado, sorrindo para ele e para os outros dois homens.
  - Obrigada, papai. O senhor também não está nada mal. – Pisquei para ele e pude ouvir sua risada e as dos senhores.
  - Sua filha é realmente uma menina de ouro, George. – Senhor Hawn, um dos sócios, disse ao meu pai.
  - Sei disso, Hawn. É a minha princesinha. – Sorri, sentindo-me um pouco constrangida e desviei meu olhar da conversa.
  Foi quando eu o vi. E puta merda, eu não havia errado ao dizer que ele estaria todo lindo esta noite.
  Um smoking preto e completamente liso vestia o corpo escultural de , seu cabelo estava menor, o ser havia cortado! Diferente da manhã de hoje, ele tinha um sorriso sacana em seus lábios tão convidativos para mim e agora estava falando com uma loira amarelo-berrante com um jeito de vadia fora do comum. Fechei a cara instantaneamente e fui invadida por uma vontade de agredir violentamente aquela cavala perto do ogro, vulgo .
  E pelo que parecia, ele percebia que estava sendo observando por minha burra pessoa, pois virou os olhos para mim no mesmo momento em que um xingamento escapou de meus lábios. Pude notar que seus olhos arregalaram um pouco e sua boca escancarou-se de modo que eu pensei ser possível entrar uns dez mosquitos. Seu olhar percorreu cada centímetro de meu corpo, até parar em meu rosto.
piscou algumas vezes como se para dissipar os pensamentos sujos que eu sabia que ele estava tendo naquele momento e fechou sua boca, voltando a sua posição inicial, com o mesmo sorriso nos lábios. Foi então que o cafajeste levantou um pouco seu copo com uísque, em forma de saudação, e piscou para mim. Filho do capeta! Quem ele pensa que é para deixar minhas pernas bambas daquele jeito? Como eu queria socar a cara linda daquele ordinário.
  Dei um longo gole em meu champanhe e acabei com o líquido em questão de segundos, não tirando os olhos de , que agora tinha um braço em volta da cintura da porca loira. Fuzilei-o com o olhar, concentrando toda a minha raiva naquele ato e virei bruscamente para dar de cara com meu pai ainda conversando entusiasmadamente como os sócios da empresa. Pedi licença educadamente para eles e me retirei dali, seguindo até um dos garçons e peguei duas taças de champanhe, esvaziando uma de uma vez e a colocando de volta na bandeja, recebendo um olhar assustado do garçom.
  Virei novamente e esbarrei em uma parede de músculos que exalava um perfume dos deuses, o meu perfume favorito. Sorri entediada e encarei os olhos penetrantes de agora de perto, tentando parecer o mais indiferente possível. Mas vamos lá, Deus e o mundo sabiam que eu era uma atriz de bosta, então digamos que minha tentativa foi tão vã e falha quanto tentar conseguir a paz mundial.
  - Cuidado, . – A voz do acéfalo saiu tão rouca que quase me fez ir de encontro ao piso moderno do salão. – Pode ser que nem sempre esbarre em um homem como eu.
  - Um homem ridiculamente tosco como você, ? – Perguntei com a raiva correndo em minhas veias. Como eu seria capaz de quebrar um braço dele naquele momento...
  - . – Sussurrou em meu ouvido, causando-me calafrios totalmente indesejados. – Eu sei que está com ciúmes. Foi praticamente possível vê-la entrando em combustão espontânea ao me ver com Jenn.
  - Pois veja se é possível ver minha cara de quem-se-importa agora, ! – Elevei meu tom de voz e bufei para ele. Rapidamente me arrependi de ter o feito, pois sabia que estaria me rebaixando ao nível crosta terrestre de .
   cruzou os braços, tomou uma distância de mais ou menos três passos, olhou-me de cima a baixo novamente e sorriu. O peste sorriu! Não é possível uma merda dessa.
  - Estou vendo muito bem que se importa, . – Ele ergueu uma sobrancelha e balançou uma vez a cabeça. Bem, acho que fiquei molhada com esse simples ato.
  - Vá para o inferno.
  - Você virá comigo?
  Levei uma das mãos até a testa e fechei meus olhos, inspirei fundo, contei até dez e exalei. Relaxe, relaxe, não cometa homicídio em público, eu repetia mentalmente tentando manter a calma. Espere quando estiverem a sós.
  - , por obséquio, me deixe em paz! Faça esse favor para a humanidade. – Disse por fim, virando-me para sair daquele lugar novamente, foi quando me senti ser puxada para trás e os braços – ou seriam patas? – do cachorro me envolverem.
  - Precisamos conversar. – Ele disse de forma séria, desta vez.
  - Não tenho o que conversar com você. Me solta.
  - Mas eu tenho para falar. E não. – Prendeu-me ainda mais contra seu corpo e começou a nos mover em um ritmo agradável, foi então que notei a música lenta ao fundo. Estávamos dançando, droga!
  - Se não me soltar, eu vou dar um chute em você sabe onde. – Falei, tentando manter minha voz uniforme, firme. Mas com aquele panaca me segurando daquela forma, como se estivesse reivindicando o que era seu, era difícil tentar fazer algo que prestasse.
  - Qual é, ! – O indivíduo fixou seus olhos em mim e pude perceber que no fundo, lá fundão mesmo, ele estava sofrendo como eu. Eu passara dias pensando se aquela distância entre nós o estava matando da mesma forma que estava me matando, mas agora eu tinha certeza que a resposta seria afirmativa. – Me perdoa... – E foi ai que meu mundo caiu. O infeliz disse aquelas duas palavras de maneira tão sincera que eu achei que seria capaz de chorar ali mesmo, em seus braços.
  - Você me machucou, .
  - Eu sei. E eu mereço seu tratamento frio e seu desprezo, mas eu... Ah, ... – Ele parou para me observar e franziu o cenho, deixando sair uma quantidade considerável de ar. – Você é a mulher da minha vida, caralho. Desculpe se não sei fazer isto direito ou por não ser exatamente o cara que você sonhou, mas eu sinto que só posso ser feliz ao seu lado.
  - Puta que o pariu.
  - É, puta que o pariu mesmo. – Ele encostou sua testa na minha e beijou a ponta do meu nariz. – Eu amo você. Amo muito mesmo, de uma forma que não dá pra explicar.
  - Acho que vou desmaiar. – Falei, mais fazendo drama do que qualquer outra coisa. Eu queria sair pulando e gritando pra qualquer pessoa que tivesse ouvidos que essa coisa havia acabado de dizer que me ama. Me ama. Caralho.
  - Não vai, não. Não passei por isso aqui pra não ganhar um beijo arrebatador no final, .
  - Um beijo arrebatador? Você acha que merece, seu idiota?
  - Eu acho que eu deveria ganhar um desses hoje. – sorriu abertamente para mim e foi impossível de resistir. Colei nossas bocas bruscamente e dei o “beijo arrebatador” tão esperado por ele... E por mim, é claro.
  - Eu também te amo, seu bruto.
  - Pare de me xingar em toda frase. – A criatura soltou uma risada fraca antes de beijar meu pescoço fortemente, eu sabia que ficaria uma marca ali mais tarde. – Oh, como eu estava com saudades disso.
  - Eu sei que sim. Senti seu tesão bastante aflorado esta manhã.
  - Que tal darmos um jeito nisso agora? Meu carro não está muito longe. Poderíamos fazer nossa saída triunfal juntos. O que acha? – piscou para mim e eu prendi meu lábio inferior entre os dentes. – Eu te amo, . Pra caralho.



Comentários da autora


Awn, ficou curtinha, porém, gostei bastante do resultado e espero que tenha gostado também! Enfim, obrigada a quem leu até aqui e comentem o que acharam, tá legal? Kisses, kisses, kisses! <3