Friends

Escrito por Bruna Pottorff | Revisado por Ponci

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  Já passava da meia noite quando escutei alguém batendo na porta, um leve medo me percorreu no momento, mas eu estava curiosa. Levantei-me e me vesti com um roupão e desci até lá, ao passar pelo quarto da minha mãe vi que a porta estava fechada, será possível que ela não escutou? Os relâmpagos estavam cada vez mais fortes e a chuva também. Apressei meus passos e chegando a porta olhei através do olho mágico e pude ver Zayn completamente encharcado, abri a porta depressa o deixando entrar, estava curiosa para saber por que diabos ele estava na minha casa a essa hora. O encarei esperando que ele me dissesse algo mais foi em vão, deveria ter acontecido algo, Zayn é meu melhor amigo e não me esconderia nada.
  ― O que aconteceu? – o ajudei a tirar o moletom que agora estava todo encharcado.
  ― Eu estava a caminho de casa, só que um pouco longe, daí começou essa chuva terrível e os raios e a casa mais próxima era a sua. – o encarei e pensei aonde ele estaria a essa hora.
  ― Onde você estava? – sem querer disse o que pensei.
  ― Na casa da Jamela, né. – revirei os olhos ao escutar aquele nome.
  ― Porque não dormiu lá na casa da sua namoradinha? – falei ironicamente.
  ― Ah , você sabe muito bem como os pais dela são e, afinal, eu precisava te contar umas coisas. – arqueou uma das sobrancelhas.
  ― Tudo bem, me conte depois, porque agora você vai tomar um banho e tirar essas roupas molhadas, depois descemos para tomar um chocolate quente. – ordenei apontando para as escadas.

  Passamos pelo corredor sem fazer nenhum barulho sequer, assim que entramos no quarto eu tranquei a porta para não correr riscos de ninguém abrir e escutar nossa conversa, não que ele nunca tenha dormido lá, mas é que sempre alguém nos interrompe e eu odiava isso. Sentei na ponta da cama mexendo em meu celular enquanto Zayn tomava seu banho, resolvi procurar algo para ele vestir, peguei uma calça moletom minha, como não tinha blusa iria ficar sem mesmo. Escutei ele me chamar e pensei que só podia ser brincadeira, ele estava tomando banho e não teria menor condição de entrar lá e ver aquela cena. Cheguei até a porta e perguntei o que ele queria, não obtive resposta, bati algumas vezes e nada, quando ia dando as costas escutei sua voz.
  ― Entra aqui rapidão. – ele parecia nervoso.
  ― Zayn não posso, você está pelado. – sussurrei para que ninguém ouvisse.
  ― Não estou, pode entrar. – confiei em suas palavras e abri a porta lentamente. – O que quer? – o olhei de cima abaixo e ele estava enrolado na toalha, ainda bem.
  ― Olha que estranho o que apareceu aqui em mim. – dei alguns passos até perto dele e não vi nada.
  ― Não vejo nada. – exclamei. – Onde está?
  ― Aqui. – ele abaixou um pouco a toalha e pude ver mais de perto sua tatuagem de coração. – Consegue ver?
  ― Zayn, a única coisa que vejo aqui é sua tatuagem. – rebati. – Não acredito que fui otária a ponto de cair nas suas palhaçadas de novo. – quando dei as costas para ele senti sua mão em meu braço me apertando.
  ― Você é tão tolinha a ponto de não perceber o que eu quis dizer. – sorriu agora me prensando da parede.
  ― Zayn não começa. – o encarei. – Você sabe o que eu penso sobre isso. – tentei me soltar mais foi em vão.
  ― Eu sei que você gosta , consigo sentir exatamente sua emoção quando me aproximo de você. – arfei automaticamente ao vê-lo se aproximando.
  ― Não, por favor, isso não é certo. Somos apenas amigos, meu bem. – virei o rosto.
  ― Você sabe o que quer, não vamos enrolar mais para isso acontecer. – com uma de suas mãos ele puxou meu queixo alinhando nossos rostos.
  Estava torcendo para ele desistir e não fazer aquilo, mas também estava torcendo pra ele me beijar com vontade e acabar com minha sanidade por pensar no que poderia vir depois dos beijos. Com seu dedão, ele contornou meu lábio inferior e logo deu uma mordida no próprio, minha respiração vacilou naquele momento, só assim percebi o quanto eu o queria. Me comprimi mais na parede e ele me apertou contra a mesma, meu pensamento agora era em sua toalha que estava a ponto de cair com ele roçando em minha cintura, mordi os lábios e logo vi um sorriso malicioso em sua face, ter um amigo como Zayn não era nada legal para quem queria manter sua sanidade, ele era um filho da mãe gostoso e deixava qualquer uma louca, aconteceu o mesmo com sua namoradinha. Voltei meus pensamentos para o que estava acontecendo e, sem aguentar mais essa agonia, avancei dando um beijo nele, senti sua mão que estava em minha cintura me apertar com mais força, arfei, sua língua enroscou na minha com saliência e deixou o beijo mais gostoso. Puta merda, não sabia que ele beijava tão bem assim, parei o beijo para retomar o ar e logo dei uma mordida em seu lábio, isso foi o suficiente para ele me apertar mais e morder meu pescoço dando uma chupada depois, suas mãos escorregaram pelos meus ombros fazendo a alça do meu baby-doll cair.
  Seu sorriso para mim foi o mais safado de todos, com suas duas mãos ele tirou minha blusa deixando meus seios totalmente a sua mercê, ele se aproximou de mim e me deu um selinho, logo desceu com a língua até chegar nos meus seios. Enquanto ele brincava com a língua em um dos seios, no outro ele apertava e brincava com as mãos, isso era muito bom, senti uns leves arrepios e um enorme tesão. Ele fez uma pausa e segurou em minha mão, me puxando de volta para o meu quarto, sem me jogar na cama ele se virou na minha frente, com a mão segurando todo meu cabelo em forma de rabo de cavalo ele me ajoelhou em sua frente, não, ele não queria que eu fizesse o que eu estava pensando.
  Me ajoelhei e ainda tomando coragem tirei sua toalha, quando vi seu membro eu pensei definitivamente em desistir, aquilo era enorme e não caberia na minha boca, engoli seco e olhei para ele que me olhava com desejo, ele realmente queria aquilo. Comprimi os lábios e levei minha mão lentamente até o membro dele, segurando-o com força, respirei fundo e me enchi de coragem levando minha boca até ele, nunca imaginei que estaria fazendo isso na minha vida, ainda mais com meu melhor amigo. Sua mão apertou mais meu cabelo e assim fazendo movimentos de vai e vem com minha cabeça, não sei ao certo descrever qual era a sensação de estar pagando um boquete, ao mesmo tempo que era bom era uma sensação estranha. A velocidade com que ele mexia minha cabeça ia aumentando de acordo com quando ele sentia minha língua em sua glande, pude escutar seus gemidos e ele realmente estava gostando daquilo. Ele parou com os movimentos e me levantou bruscamente me dando um beijo em seguida.
  ― Vou te fazer chegar a loucura, . – ele sussurrou no meu ouvido.
  ― Faz de mim o que quiser. – sussurrei de volta.
  Escutei seu riso nasal e senti um arrepio, ele me jogou na cama tirando minha parte de baixo da roupa, me deixando completamente nua em sua frente, ele subiu em cima de mim e me beijou novamente, com sua língua ele passeou pelo meu corpo até chegar no meu íntimo, não, não, ele não iria me provocar desse jeito. Senti seu dedo me acariciar e logo me adentrar, me contraí com o tesão que senti com aquilo no momento e logo fui relaxando de acordo com os movimentos, isso era muito bom, era uma sensação única. Senti sua língua me adentrar também, e junto com isso me veio uma explosão de prazeres, a minha vontade era de gritar o mais alto que eu conseguisse, agarrei seus cabelos com força com a intenção dele não parar com aquilo nunca mais. Senti espasmos por todo o meu corpo e não iria aguentar mais nada, nem mais um segundo, agarrei seus cabelos com mais força e senti minhas pernas bambearem, e um calor percorrer por todo meu corpo, comprimi meus lábios para não gemer tão alto a ponto de acordar meus pais e sem demora me desmanchei. Suas mãos seguraram minhas pernas, e seu sorriso logo se estendeu de orelha a orelha, isso era loucura.
  ― Zayn não podemos fazer isso, e se meus pais acordarem? – ainda estava arfando.
  ― Seu medo é esse? Vamos resolvê-lo. – senti medo de seu sorriso malicioso.
  Ele se levantou e pegou uma das minhas faixas e veio até mim, se posicionou atrás de mim passando a faixa pela minha boca a tapando, me impedindo de falar ou gritar, suspirei e o encarei com um pouco de receio, eu agora estava com medo do que acontecerá nesse quarto nos próximos minutos.
  Ele rodeou pela cama parando em minha frente ainda com um sorriso malicioso no rosto, senti meu coração acelerar ao vê-lo se aproximar mais de mim. Sem delicadeza ele me empurrou na cama e subiu em cima de mim, roçou sua barba em meu rosto me causando arrepios, esse homem é realmente um pedaço de mal caminho. Senti sua mão em meu íntimo, o massageando circularmente, isso estava ficando bom, sentir meu sexo reagir com sua lubrificação natural. Zayn afastou um pouco as minhas pernas se encaixando em meu meio, pude sentir seu membro avantajado roçando em meu íntimo, minha respiração vacilava e sem eu esperar senti ele me penetrando, não sei descrever como foi aquela sensação de dor e prazer ao mesmo tempo, aquilo era bom, muito bom, e eu poderia ficar ali por horas. Seus movimentos repentinos de vai e vem estavam aumentando a velocidade, cada vez que ficava mais rápido, ficava melhor, seu membro foi mais a fundo, me contraí, parecia que ele estava batendo em meu útero.
  Sua mão estava enroscada em meus cabelos os puxando com força, minhas unhas agora cravadas em suas costas estavam fazendo um estrago, a faixa em minha boca já não incomodava mais, o prazer que eu estava sentindo era enorme, ultrapassava qualquer limite de dor que existia no momento.
  Suas estocadas foram aumentando e logo pude sentir espasmos pelo meu corpo todo, não, não era a hora de gozar, eu ainda precisava sentir mais daquilo, ainda queria sentir mais o Zayn dentro de mim, queria ver o prazer que estava causando naquele deus grego, minhas pernas já estavam bambeando e não iria aguentar mais, os palavrões que Zayn sussurrava em meu ouvido me deixavam mais louca ainda, tentei segurar o máximo que pude. Senti mais raiva em suas estocadas, foi aí que pude sentir uma última e única mais forte e pude senti-lo se desmanchar em cima de mim e me vi me desmanchando novamente em cima dele.
  ― Você é incrível, . – disse retomando o ar.
  Ainda me recompondo, tirei a faixa da minha boca e pude respirar melhor, não acreditava no que acabara de acontecer, e o pior é que eu realmente havia gostado.
  ― Você é realmente louco. Jamela adoraria saber disso. – ironizei.
  ― Ela não vai. – ele selou nossos lábios.
  ― Vamos fingir que nada disso aconteceu, ok? – sorri me levantando e indo até o banheiro tomar um banho.
  ― Como quiser. – ele se levantou vindo atrás de mim.

Fim.



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