Found Guilty
Escrito por Mandi A. | Revisado por Lelen
Música: Case Closed, por Little Mix
deu um pulo na cama ao ouvir o som de batidas na porta. Ela esfregou seus olhos, enquanto olhava para o relógio na cabeceira ao lado de sua cama de casal, marcavam 3:45 da manhã. Um vento frio pareceu percorrer a área do quarto, e em um movimento automático, levou suas mãos aos seus braços nus, em uma tentativa de amenizar o frio estranho que sentia. Quem poderia estar na porta numa hora dessas? Assustada com as batidas que não cessavam e começavam a ficar cada vez mais fortes, ela se levantou rapidamente, correndo até a porta da entrada de seu apartamento.
- – ele exclamou ao entrar, e sem demoras, a surpreendeu com um beijo caloroso e calmo em seus lábios partidos, pelo frio de Londres – Eu senti tanto a sua falta, meu amor – ele sussurrou em seu ouvido, mordendo o lóbulo de sua orelha, enquanto pegava na sua coxa e levantava seu corpo gelado, conduzindo-a até a cama de casal do quarto que ela havia deixado há menos de cinco minutos atrás.
Hits when I'm asleep right through
(Batidas quando eu estou dormindo bem através)
I'm cold and I'm awake cause I won't feel you
(Eu com frio e acordada porque eu não sinto você)
When I can't breathe I know it's you
(Quando eu não posso respirar sei que é você)
Got a lump in my throat just thinking of you
(Tenho um nó na garganta só de pensar em você)
5 anos depois…
tentou se controlar para as lágrimas não caírem, ela sentia uma sensação estranha ao lembrar de vários momentos que passara com , e não conseguia acreditar que eles estavam ali, naquela maldita sala de tribunal, diante de um juíz e sentados ao lado de seus advogados. chegava a tremer de medo quando lembrava-se das partes obscuras de seu relacionamento com . Ela o amava, mas não entendia porque as coisas tomaram esse rumo. Havia dois policiais na porta do tribunal, preparados para agir caso saísse do controle. havia optado por uma separação pacífica, mas com os fichamentos no histórico de , de brigas passadas e de envolvimento com caras barras pesadas, e seus duvidosos antecedentes, fora solicitado uma audição perante juíz e com a escolta de de policiais – armados, em via das dúvidas.
Ela não se permitia a virar seu olhar para seu futuro ex-marido. Ela apenas permitia-se pensar em como havia sido burra o suficiente para casar com o cafajeste de , ela não conseguia evitar o enjoo que a preenchia só de lembrar que as pessoas costumavam-lhe chamar de senhora . E esse pensamento pareceu abrir mais uma vez a porta para os outros, tantos bons quanto ruins, e limpou rapidamente a lágrima que escapou.
Makes no difference you've been tried
(Não faz diferença se você tentou)
(Makes no difference you've been tried)
(Não faz diferença se você tentou)
Still sick inside, oh oh
(Ainda doente por dentro, oh oh)
It's meant to be over now
(Isso é para acabar agora)
But I think we're going down
(Mas eu acho que nós estamos caindo)
(we're going down)
(nós estamos caindo)
Garrafas vazias. Cigarros e cinzas por toda a parte. Uma camisinha jogada em cima do sofá. Diversos tipos – e tamanhos – de lingerie espalhadas pelo chão da sala. Foi desse jeito que foi recebida pelo marido, depois de três dias de viagem. Mas o pior de tudo fora chegar no quarto e se deparar com uma prostituta qualquer deitada nua sobre sua cama e ao lado de seu homem, que também estava nu.
Desgraçado.
Esse fora o primeiro pensamente de . Traída dentro da própria casa. Ela sentia náuseas e o planeta começou a rodar depressa demais, e parecia que sua cabeça não acompanhava essa repentina mudança de velocidade. Ela sempre havia sido tão boa para ele, ele aparentava amá-la com a mesma intensidade que ela o amava. Oh, e como ela amava.
queria matar aquela garota de programa, ela queria atirá-la pela janela do vigésimo primeiro andar do seu apartamento. Queria matar por traí-la, e queria jogá-lo pela janela logo depois que a prostituta fosse descartada.
- Filho da puta! – ela gritara e os dois seres que lhe causavam repugnância abriram seus olhos, aterrorizados pelos gritos da mulher que agora seria tachada como louca – Seu miserável, inútil! – arregalou os olhos, levantando-se e quase caindo da cama. Sua expressão demonstrava medo e – talvez – um pouco de arrependimento. Mas não estava em um bom estado de espírito para aceitar qualquer que fosse as desculpas esfarrapadas do infeliz que um dia ela permitiu que lhe tocasse. E as náuseas haviam voltado.
Got your fingerprints as evidence all on my body
(Tenho suas impressões digitais como evidências em todo meu corpo)
Put your right hand on the book and you were found guilty
(Coloque sua mão direita no livro e você foi considerado culpado)
I can't wait forever but that's how it's gonna be
(Eu não posso esperar para sempre, mas isso é como vai ser)
For me they'll never be
(Para mim, eles nunca vão ser)
A maldita loira parecia estar na lua, como se as mulheres de seus clientes aparecessem frequentemente e atrapalhassem seu trabalho. Ela apenas se levantou, com um ar engraçado, e cobriu seus seios, fingindo surpresa.
- , o q-que v-você está fazendo a-aqui? – perguntara, gaguejando, passando as mãos no cabelo, aparentando nervosismo. Era o mínimo, pensou , tremendo de raiva. Se ela estivesse com um revólver nas mãos, ela não responderia por suas ações.
Os últimos minutos se resumiram na expulsão do filho da puta e de sua vadia do seu apartamento, a base de gritos, berros e sapatos voadores. Um salto agulha da Prada chegou a acertar as costas de de raspão, mas o cafajeste pareceu não ter sentido nada. E antes que pudesse bater a porta em sua cara, ele sussurrou “me desculpe”, e sua voz saiu em um tom muito parecido com um tom de que um bêbado usaria. E então, a porta se fechou com força.
Um final de semana com lágrimas desperdiçadas por quem não merece. Quarenta e oito horas de choros, de soluços e de nada além da escuridão em que a vida de se encontrava. Ela não merecia sofrer desse jeito por ele. era culpado. devia ser punido. devia morrer. Por que ele fizera isso com ela?
Case closed
(Caso encerrado)
No matter what the verdict say
(Não importa o que o veredicto disser)
Case closed
(Caso encerrado)
Too many questions in my head
(Muitas perguntas na minha cabeça)
Case closed
(Caso encerrado)
And I'm still waiting for a while
(Eu ainda estou esperando por um momento)
Why there can never be
(Porque nunca poderá ser)
Case closed
(Caso encerrado)
Uma semana depois, pediu para encontrá-la. Ele se vestia informalmente, mas sem deixar com que seu charme desparecesse usando uma calça jeans preta e uma camiseta azul escura xadrez. E nesse encontro, ele estava sóbrio. fez pose de durona e fria em todo o tempo que o encontro se prolongou, ela não abriu um sorriso sequer e não deixara com que abrisse a boca para pronunciar mais uma vez aquelas duas palavras que haviam a torturado tanto. Ela apenas o avisou sobre as consequências de suas ações, dizendo que já marcara uma reunião com seu advogado para tratar do divórcio do casal. não esperava que fosse agir daquela maneira, o homem que até dois segundos antes parecia tão civilizado começou a gritar com ela no meio do restaurante, lhe dizendo coisas terríveis e inaceitáveis, chegou a pensar que ele fosse agredí-la na frente de todas aquelas pessoas, não como se alguma vez houvesse encostado um dedo nela para fazer alguma coisa a mais do que apenas carícias. Ele sempre fora tão carinhoso com ela que se sentiu mal por ter pensado isso dele quando a deixara sozinha no restaurante, com todos os olhares curiosos e pasmos sobre ela e lágrimas que caiam impiedosamente pelo seu rosto, que se encontrava manchado pela maquiagem que aplicara mais cedo naquele dia. Mas ela conhecia seu passado e não seria uma surpresa caso tivesse agido daquela maneira.
- Faremos uma pausa de quinze minutos – a voz grossa e dura do juíz fez com que voltasse para o presente – Trarei os papéis para serem assinados pelos envolvidos no caso do divórcio.
- Eu não vou assinar porra nenhuma! – gritou e o coração de Charotte passou a bater rápido demais. O juíz o lançou um olhar repreendedor e com o olhar, indicou para que o advogado tirasse da sala da audição.
A sala não era daquelas grandes de tribunais como se viam em filmes, era uma sala média revestida com um assoalho de madeira – que rangia ao se andar – e paredes com a pintura em um creme suave, que dava um ar mais sofisticado no ambiente pesado. Havia duas mesas, uma ao lado da outra – cada mesa para cada um dos envolvidos –, e uma terceira mesa sobre uma elevação, onde ficava o juíz e seu assistente. Aquele pequeno caso não fora aberto para testemunhas, e havia pedido com calma para que a mãe a esperasse em casa e que se Deus quisesse, ela chegaria lá sem nada que pudesse a prender a .
A frase de havia a abalado e estava pensativa enquanto tomava um gole da água que seu advogado havia feito o favor de servir para ela. O tribunal estava vazio naquela fria manhã de sábado. E agora havia sido deixada sozinha pelo seu advogado na sala de espera, aguardando pacientemente que os quinze minutos passassem rapidamente. No seu relógio, marcava que haviam se passado apenas três minutos e meio. batia seus pés em um ritmo que só ela conhecia para ver se o tempo passava mais rápido. Quatro minutos. Ela não havia a hora de assinar aqueles malditos papéis. Quatro e meio. Por mais que essa fosse a sua maior vontade, ela sabia que aquele casamento arruinado era a única e última coisa que a ligava a , e por mais que o odiasse pelo que fizera, o seu lado obscuro insistia em amá-lo perdidamente e cegamente.
Behind these walls, so tall
(Atrás dessas paredes, tão altas)
I don't wanna climb, I'm afraid to fall
(Eu não quero escalar, eu estou com medo de cair)
So we both do time and never have closure cuz I still wanna hold ya
(Então nós dois daremos um tempo e nunca haverá um fim porque eu ainda quero te abraçar)
passou a encarar as paredes. E um um segundo e meio depois, alguém sentara ao seu lado. E suspirara profundamente. Reconhecendo o suspiro, virou sua cabeça bruscamente, dando de cara com , que sorria fraco em sua direção.
- – ele exclamou baixinho, perto demais dela – Eu senti tanto sua falta, meu amor.
apertou sua mão e engoliu seco. E antes que ela pudesse fazer algum protesto, os lábios de colaram nos seus. Não demorou muito para que aquela simples encostada de lábios se transformasse em um beijo selvagem, cheio de saudade. se levantara, separando-os. se levantou logo depois, envolvendo seu rosto com as mãos e a puxando para mais um beijo.
Isso não devia estar acontecendo, alertava o seu lado claro, o lado do “anjo”.
Aproveite enquanto pode, debochou seu lado escuro, o lado do “diabo”.
Aproveite, repetiu , deixando-se levar.
levou suas mãos a cintura da mulher colada ao seu corpo e apertou, fazendo com que a mesma soltasse um gemido abafado entre o beijo. riu, e eles acabaram encostando em uma porta, que se abriu e revelou um banheiro com azulejo branco e detalhes de flores rosas: banheiro feminino. O lugar não importa, pensou . Eu só quero estar com ele.
a preensou contra a pia e sem hesitar por segundo algum, levou suas mãos para os botões da camiseta cinza de e começou a desabotoá-la. Ele pegou a pela coxa, colocando-a sentada na pia gelada. se separou dela e foi até a porta, trancando-a e voltando rapidamente para ela, mas antes terminou de desabotoar sua camisa, livrando-se dela e finalmente beijando novamente. envolveu suas pernas ao redor do corpo de e deixou com que suas mãos passeassem pelo peito bem definido de . Oh, que saudade, pensava a garota, nas nuvens.
- Você quer fazer o favor de tirar essa blusa, meu amor? – ele pediu baixinho, mordendo seu queixo e acariciando a lateral de seu rosto. Ela assentiu, tirando primeiramente seu casaco e logo depois, levando as mãos até a barra da blusa fina que usava e tirando a rapidamente, ficando apenas de sutiã. a fitou, apertando sua cintura, como se nunca tivesse visto a daquela maneira, mas para acabar com o momento constrangedor – e outro detalhe: estava morrendo de frio – ela voltou a beijar o cafajeste do seu futuro ex-marido, para que o calor invadisse seu corpo.
Fogo. Era a palavra que definia o que os beijos de provocavam nela. Oh, Céus, ele a enlouquecia.
não poupou tempo e desabotoou a calça de , pegando a no colo e deslizando com dificuldade a calça da garota. Ao botá-la de novo no mármore gelado da pia, soltou um gemido quando sua pele quente entrou em contato com o gelo da pedra. Ela deixou com que a calça caisse no chão e colocou as pernas envolta de puxando-o mais para si.
Ela não conseguia acreditar no que estava acontecendo: ela estava prestes a fazer sexo no banheiro feminino do tribunal com , seu quase ex-marido.
Makes no difference you've been tried
(Não faz diferença se você tentou)
(Makes no difference you've been tried)
(Não faz diferença se você tentou)
Still sick inside, oh oh
(Ainda doente por dentro, oh oh)
It's meant to be over now
(Isso é para acabar agora)
But I think we're going down
(Mas eu acho que nós estamos caindo)
(we're going down)
(nós estamos caindo)
levou suas mãos até o seio de , que gemeu ao mero toque. começou a se divertir com eles, tirando seu sutiã um tempo depois e voltando para sua pequena brincadeira nos seios da garota. Ela arranhava com força suas costas, e uma vez ou outra ele mordia seu seio, e ela se controlava para não gritar de prazer. Ao parar com a brincadeira, pegou sua carteira no bolso de trás da calça e a apoiou na pia, desabotoou os seus jeans e os abaixou, ficando apenas de cueca boxer. não perdeu tempo e abriu a carteira de , tirando de lá o pacotinho de camisinha. Ele se preparou, enquanto tirava a última peça de roupa que sobrara em seu corpo. Em um movimento rápido, e segurou pela coxa e a preensou contra a parede, e gemeu mais uma vez ao suas costas colarem no azulejo congelante.
- Você está sempre preparado, não? – ela o provocou e ele sorriu maliciosamente.
- Eu te amo – ele sussurrou olhando no fundo dos seus olhos.
E então, entrou nela.
se segurou em seu pescoço, e acompanhou seus movimentos lentos, subindo e descendo. Após alguns segundos daquilo, aumentou a velocidade de suas investidas enquanto gemia seu nome em seu ouvido. Ela estava amando cada minuto daquilo. Quando chegou ao ápice, continuou com as investidas fortes, xingando quando finalmente chegou ao seu.
a colocou no chão cuidadosamente e depositou um rápido e molhado beijo nos seus lábios. tremia, mas dessa vez não era por medo ou raiva, era pelo simples fato de ter aqueles minutos no paraíso com seu infeliz preferido. Eles se vestiram sem demoras e quando estavam prontos, e agindo como se nada de pervertido tivesse acabado de acontecer ali, os dois se encararam friamente.
- Você vai assinar aqueles papéis? – ele perguntou, alterando um pouco a voz.
nunca se esqueceria do que sempre a dizia: ela era o seu ponto de paz. Ela sabia que, por mais que às vezes ele se exaltava, quando estava com ela, sua raiva e irritação se dissipavam rapidamente. Eles podiam ficar juntos, se ambos se esforçassem para tal.
- Nós vamos assinar aqueles papéis – ela o corrigiu, e sorriu cheia de segundas intenções. Ela sabia que entenderia o recado, e se não entendesse, bem, ela teria que fazê-lo entender depois.
- Espera – ele a puxou, antes que ela pudesse destrancar a porta.
Got your fingerprints as evidence all on my body
(Tenho suas impressões digitais como evidências em todo meu corpo)
Put your right hand on the book and you were found guilty
(Coloque sua mão direita no livro e você foi considerado culpado)
I can't wait forever but that's how it's gonna be
(Eu não posso esperar para sempre, mas isso é como vai ser)
For me they'll never be
(Para mim, eles nunca vão ser)
a beijou ternamente, como nunca fizera antes. Mesmo com todos os erros de , não tinha como deixar de amá-lo. Eles se pertenciam, mesmo que fosse fichado na polícia e gostasse de se meter em coisas erradas. Ela sabia como lidar com ele. E ele a amava com a mesma intensidade que ela o amava.
- Me perdoe – ele sussurrou quando os dois se separaram. Ah, claro, as cicatrizes.
Desculpas. Perdões. Por mais que tentasse, nunca havia sido muito boa em desculpar as pessoas, e por um lado, não merecia suas desculpas. não havia o desculpado, o que acabara de acontecer era apenas a abertura dos portões onde ela encontraria o caminho para o perdão, que conquistaria dela. Se ele a amasse como diz, iria conquistar o mais rápido possível. admirava a persistência do seu garoto.
- Eu te amo, , meu amor – ele disse, e assentiu vagamente, destrancando, enfim, a porta do banheiro feminino.
Case closed
(Caso encerrado)
No matter what the verdict say
(Não importa o que o veredicto disser)
Case closed
(Caso encerrado)
Too many questions in my head
(Muitas perguntas na minha cabeça)
Case closed
(Caso encerrado)
And I'm still waiting for a while
(Eu ainda estou esperando por um momento)
Why there can never be
(Porque nunca poderá ser)
Case closed
(Caso encerrado)
- – disse o juíz, entregando-lhe a caneta pesada feita de ferro e talvez folhada com ouro em algumas partes específicas. Hesitando apenas por um segundos, por não estar acostumada com seu sobrenome de solteira, assinou os papéis de divórcios, dando um sorrisinho satisfatório no final do processo. Ela se colocou perto do seu advogado e esperou que se levantasse para assinar a sua parte.
Antes de chegar a mesa, parou, encarando-a. Os policiais que faziam a escolta, deram um passo a frente, como se esperassem que fosse atacá-la ou algo parecido. Mas sabia que se ele fosse atacá-la, não seria do modo ruim, mas muito pelo contrário.
- – disse indiferente o juíz e lhe entregou a mesma caneta que usara para assinar. Relutante, fitou o papel e hesitou também antes de finalmente assinar.
Caso encerrado, pensou , sentindo-se estranhamente aliviada.
Ela acabara de se separar do cafajeste com quem havia feito coisas pervertidas no banheiro feminino há menos de dez minutos atrás. Rebobinando a fita: só podia ter sério problemas mentais.
Após se despedir cordialmente do juíz e logo depois do seu advogado, ela se encontrou com , que esperava-a na porta principal da saída do tribunal. Havia uma gigante escadaria que se estendia na frente do prédio. botou seus óculos escuros – mesmo que não houvesse muito sol – e começou a descer a escadaria, sem dar bola para , que descia bem atrás dela.
- E agora? – ele perguntou, um pouco aterrorizado, como pode perceber.
Ela não sabia o que iria acontecer a partir de agora. Ela estava livre de e de todas as suas incomodações. Mas ela sabia que nunca estaria livre de verdade dele, pois os dois se amavam, por mais contraditório que o amor deles fosse. Ela teria que se arriscar e deixar com que o seu futuro fosse desenrrolando-se devagar, ao lado do de . E se caso a segunda chance deles não desse certo, eles teriam que resolver isso depois.
Antes de falar alguma coisa, pegou seu celular e fez um rápido telefonema. Enquanto esperava, ficava cada vez mais nervoso. Ele precisava sair daquele lugar para poder agarrar e beijar sua amada quantas vezes quisesse até a hora que quisesse. Ah, ele só queria que todo o mundo soubesse o quanto ele amava , que a partir de hoje não era mais a senhora .
- Vamos para casa – ela respondeu, sorrindo e ajeitou seus óculos se sol, desnecessários, mas que caiam-lhe muito bem – Eu tenho energias o suficiente para o segundo round, querido.
They can never, never be a
(Eles nunca poderão ser, nunca poderão ser)
Never be a
(Nunca serão um)
Never, never be a
(Nunca, nunca serão um)
Case closed
(Caso encerrado)
Ela terminou e foi até seu carro. a observou se afastar e sorriu involuntariamente: ele nunca magoaria de novo. Por mais clichê que fosse, pensou ele. Nós dois fomos feitos um para o outro.