Fly With Me

Escrito por Annelise Stengel | Revisado por Pepper

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Now the past is coming alive, and give it meaning and a reason to give all I can to believe once again

  Já era a terceira ou quarta semana que ele estava do lado de fora da janela, observando. Ele encontrara aquilo por acaso, e agora estava se tornando um hábito seguir a garota de cabelos escuros e compridos até o hospital. Ele andava meio deprimido, meio desorientado, completamente solitário, e parar para ouvir histórias acalmava-lhe um pouco. A primeira vez acontecera por acidente. Não ficara muito tempo. Mas bem quando estava prester a ir embora, ouviu a palavra "Doutor". Pensou que se tratava dos próprios médicos, afinal, aquilo era um hospital. Mas mesmo assim voltou na semana seguinte. Ele voltara na verdade no dia seguinte, e no depois, e no depois daqueles, mas percebeu que ela só devia vir de quintas-feiras. Ele não entendia por quê quintas-feiras. Mas mesmo assim ia lá, ouvir as histórias dela. Porque na segunda semana descobriu que as histórias dela eram sobre ele. De alguma forma, ela sabia dos feitos dele e contava para as crianças do hospital. Ele não tinha ideia de quem ela era, ou de como ela sabia de tudo aquilo. Também não entendia por quê ela contava aquele tipo de histórias para crianças com câncer, e não contos de fada como qualquer pessoa. Ele não sabia muito sobre algumas coisas da cultura humana, mas alguns contos de fada já havia ouvido falar. Era isso o que as pessoas contavam para crianças com câncer em hospitais, não era?
  De qualquer forma, ele estava lá novamente. Acocorara-se num canto da janela que imaginava não poder ser visto, abrira uma fresta da mesma como uma facilidade um pouco suspeita, e preparou-se para ouvir a voz suave da garota. Analisou-a novamente por um tempo, tentando recordar-se das feições dela, mas não conseguia. Realmente, teria que achar um jeito de descobrir como ela poderia saber tanto sobre ele sem nem ao menos tê-lo conhecido.
  Ela cumprimentou as crianças com um jeito doce e já se ajeitou no banco confortável. As crianças estavam um pouco elétricas naquele dia, animadas com a história que seria contada. Depois de várias risadas, comentários em voz alta e um pouco de bagunça, todas se ajeitaram e ficaram em silêncio, atentas à garota. Ele não estava diferente, ansioso para saber qual seria o feito dele que seria trazido à vida do passado para o ouvido daquelas crianças. A garota, sorrindo, puxou um livro de História da bolsa, e abriu numa parte que tinha um marcador verde. O livro era meio grande, e ela usou as duas mãos para virá-lo para que as crianças vissem o conteúdo.
  - Quem aqui sabe a história de Pompeia, na Itália? - a voz dela ecoou, um pouco abafada aos ouvidos dele. Algumas crianças se entreolharam, analisando o desenho do livro.
  Um vulcão, coberto de lava, brilhava bem no centro. Fotos menores e textos curtos estavam espalhados pela página, mas o vermelho e preto do vulcão era bastante destacado. Uma das crianças ousou levantar a mão e dizer, meio baixo, quase ininteligivelmente:
  - É a cidade que o vulcão matou todos de noite, não é?
  A garota sorriu.
  - É. O básico da história é esse. Mas, bem, nosso Doutor estava lá naquela noite.
  Vários murmúrios de excitação e animação percorreram as pequenas pessoas da sala, e ele, escondido do lado de fora da janela, não pôde deixar de sorrir por vê-las daquela forma à menção de sua pessoa. As crianças começaram a pressioná-la para que contasse logo a história, então ela se ajeitou na cadeira, guardou o livro e olhou para todos.
  - O Doutor chegou lá em Pompeia com sua companheira, Donna, antes do Vesúvio explodir. Estava tudo bem. Ou quase. - ela fez uma pausa de suspense, e conforme falava, as palavras tornavam-se imagens na memória dele, relembrando-o. - Na verdade, haviam alienígenas dentro do vulcão! - ela disse em um tom animado e várias crianças soltaram um "ooh" de surpresa. - Foi um dia difícil para o Doutor, porque ele teve que escolher entre salvar as pessoas da cidade, que são importantes como qualquer outra, ou o mundo, que poderia cair na mãos dos alienígenas.
  - Que escolha difícil! - uma garotinha comentou, abraçada no seu travesseiro. Ele admirava-se que as crianças ficassem tão atentas e interessadas numa história daquelas, mas provavelmente era devido ao jeito que a garota contava. Até ele sentia os pelos do braço se arrepiarem de emoção ouvindo as palavras dela.
  - Ele, como sabemos hoje por causa desses livros de História e outros, acabou tendo que escolher salvar o mundo. Mas a Donna, a companheira dele, foi muito incrível, e conseguiu convencê-lo a salvar pelo menos algumas pessoas. Acho que no fim tudo deu certo, não é? - ela terminou, com um sorriso. Ele a imitou, porém seu sorriso era triste. Sentia falta de Donna. Sentia falta de tanta gente... Ele não conseguia ver como aquilo podia ser resumido em "tudo deu certo". Quantas vidas foram perdidas por causa dele, quantas vidas foram atrapalhadas...
  - Mas e todas as pessoas que morreram? - uma pergunta de uma das crianças tirou-o de seus pensamentos. Ele voltou a prestar atenção no que estava acontecendo. A mesma criança continuou: - Tenho certeza que não deu tudo certo pra elas...
  A contadora de histórias suspirou e alisou a roupa, parecendo um pouco triste. Mas depois sorriu, consoladora, e levantou-se, indo até a garota. Ele analisou todos os seus movimentos, esperando a resposta tão avidamente quanto os outros ouvintes.
  - Mas não é assim que é a vida? Às vezes temos escolhas muito difíceis para fazer, em que parece que não importa o que escolhermos, não vai ser uma boa escolha. Parece que vamos perder alguma coisa importante, não importa o que façamos... E isso é triste, e não parece que vai dar tudo certo. Eu acho que foi muito difícil pro Doutor escolher o que fazer. Mas acho que ele não devia se arrepender da escolha que fez em momento nenhum. - o homem do lado de fora da janela sentiu o peito apertar ouvindo o que ela dizia. - Ao meu ver, ele ainda é um herói, mesmo tendo deixado algumas pessoas importantes para trás. Não é como se ele pudesse ter controle de tudo. E aposto que, se pudesse, ele salvaria todos. Isso já é uma coisa boa sobre ele. Não é? - ela sorriu e as crianças concordaram. - Alguém aqui não acha o Doutor uma pessoa incrível?
  Ninguém se manifestou e ele, do lado de fora da janela, voltou a sorrir. A garota começou a organizar todos para dormirem, passando em suas camas e conversando um pouquinho, e ele apenas esperou. Decidiu que naquela noite falaria com ela. Precisava descobrir como ela sabia tanto dele e por que o achava tão incrível assim. Sentia necessidade de conversar com ela.
  Não esperou muito. Ela logo saiu do quarto, e ele saiu da janela, não se esquecendo de fechar a fresta da janela que abrira. Esperou no chão coberto de neve do lado de fora do hospital, observando as casas da rua todas iluminadas com luzinhas piscantes e enfeites coloridos. Era aquela época que a maioria dos humanos amavam, o Natal. Mal percebeu a garota saindo pela porta e seguindo pela rua iluminada na direção contrária à que ele esperava.
  Ela já estava um pouco distante quando ele começou a correr para acompanhá-la e falar com ela, mas, desastrado como sempre, acabou esbarrando numas latas de lixo quase congeladas na rua e derrubou-as, fazendo um barulhão. A garota assustou-se e virou-se para trás, olhando-o com olhos arregalados. Ele parou, derrapando um pouco, ao lado das latas, e olhou do chão para ela, várias vezes.
  - Desculpe. Eu preciso falar com você. Espere um pouco, por favor. - ele pediu, voltando-se para as latas e arrumando-as rapidamente.
  A garota o esperava, ele não sabia por quê, já que se fosse uma humana ele provavelmente correria de um maluco desastrado como ele. Terminou de arrumar e andou calmamente até ela, mas não parou muito próximo para não assustá-la ainda mais.
  - Desculpe o transtorno. - ele decidiu desculpar-se novamente. Ela estava agarrada à alça de sua bolsa, pronta para uma fuga rápida caso fosse necessário. - Eu gostaria de convidá-la para tomar um café.
  A garota piscou algumas vezes, confusa com o que ele dissera.
  - Desculpe, mas... quem é você? - ela franziu as sobrancelhas, hesitante. Ele surpreendeu-se que ela não sabia quem ele era. Mas talvez eles houvessem se encontrado quando estava com outra aparência, e ela então não saberia que ele era ele. Ainda estranhava que não pudesse se lembrar dela, mas não via outro jeito de ela saber quem ele era sem que houvessem se encontrado. Decidiu que o melhor a se fazer seria se apresentar e ver onde aquilo ia dar.
  - Eu escuto suas histórias do lado de fora da janela das crianças faz um mês mais ou menos. E as pessoas normalmente me conhecem por Doutor.

  A parte um estava completa. Eles estavam num café lotado, onde arranjaram uma mesa por milagre, e ela não parecia mais ter tanto medo dele. Havia gente demais ali e o Doutor estava um pouco desconfortável, mas queria muito conversar com ela. Ele descobrira que ela se chamava , mas não conseguira muito mais informação além disso. O café que estavam era bastante próximo do hospital.
  - Então... - inclinou-se na cadeira para que pudessem conversar melhor, e ele fez o mesmo para ouví-la, deixando-a levemente corada. - Você fica do lado de fora da janela, no frio, só pra ouvir minhas histórias... que são sobre você? - ela parecia descrente. O Doutor coçou a nuca, um pouco constrangido.
  - Bom, a primeira vez foi meio que acidental. Depois que eu percebi que era sobre mim. Fiquei curioso para saber como você podia saber tantos feitos meus, porque eu realmente não me recordo de ter te conhecido.
  - Oh, é porque eu não tive o prazer. Até agora. - ela sorriu. O Doutor ficou ainda mais confuso com tudo aquilo, e ela misturou um pouco a bebida em seu copo. - Conheço Wilfred. Ele me contou muito sobre você, e me deixou fascinada. Me contou o que Donna contou para ele antes de perder a memória. - de repente tudo aquilo fez sentido para o Doutor, e ele não pôde deixar de sorrir lembrando-se de Wilfred. Seu coração apertou-se ao lembrar de Donna, mas continuou sem perceber. - Quando me voluntariei para contar as histórias no Hospital, a primeira que contei a eles foi Peter Pan. É uma das minhas favoritas. - ele se recordava da história de Peter Pan, e por um momento pensou que nas últimas semanas ele havia sido como o menino que nunca crescera, espreitando a janela de Wendy para ouvir as histórias sobre ele próprio. - Mas as crianças não pareceram gostar tanto. Quer dizer, elas gostaram, mas me disseram que queriam ouvir histórias que nunca tinham ouvido antes. Pensei então em contar-lhes as aventuras do Doutor e suas viagens pelo espaço e tempo. A reação foi tão boa que sempre visito Wilfred para me informar mais e mais sobre os seus feitos.
   terminou de falar e sorriu para ele. O Doutor analisava-a, interessado. Ela parecia tão simples e inteligente. E ainda contava histórias sobre ele. Mas então pensou em tudo que fez, e quantas vidas haviam sido perdidas, e baixou os olhos. Ela percebeu que havia algo de errado e perguntou o que havia.
  - Eu gostaria que você parasse de contar essas histórias às crianças. - ele falou, sem olhar nos olhos dela. Ela franziu as sobrancelhas.
  - Por quê?
  - Não são histórias bonitas ou tão heroicas como você faz parecer. E o jeito que você conta. Como se todas aquelas vidas perdidas ou bagunçadas por mim não fossem nada. Me incomoda. - foi um pouco rude, e ela apenas o encarou.
  - Não vou parar. - anunciou, e ele finalmente voltou seus olhos para ela. - Desculpe, Doutor, mas não vou parar de contar essas histórias. Eu as acho incríveis, assim como as crianças. São histórias que agora sei que são reais, e a realidade, a vida, não é como um conto de fadas, e é isso que elas precisam saber. Infelizmente, na vida não acontecem apenas as coisas que queremos. Achei que saberia disso. - disse, cruzando os braços e recostando-se na cadeira. O Doutor quase não pôde ouví-la, mas ouviu e sentiu o rosto esquentar.
  - Mas... - tentou argumentar, mas ela balançou a cabeça, sinalizando que não queria ouvir.
  - Não importa o que você diga, não vou parar de contar essas histórias para as crianças. - jogou uma nota na mesa e levantou-se, começando a sair do café. O Doutor apressou-se em pagar também o que bebera e saiu atrás dela, encontrando-a olhando para os lados na rua, como se procurasse um táxi. Ele sentiu algo gelado colar em seu rosto e assustou-se por um momento, depois percebendo que os flocos de neve caíam por toda a parte, cobrindo ainda mais as ruas e casas daquele branco suave.
  - É Natal, não é? - ele perguntou, em voz alta, e se virou para ele. Parecia chateada, e não disse nada. - É uma época bonita.
  - O Natal é só semana que vem. - ela respondeu, seca, e puxou o capuz para a cabeça para impedir que flocos brancos colassem em seu cabelo e a umedecessem. O Doutor se aproximou e parou do lado dela.
  - Por que está tão brava? - perguntou. - Eu deveria estar bravo, por você estar enganando aquelas crianças sobre a minha pessoa.
  - Sabe, acho que no fundo estou enganando-as mesmo. Sempre conto a elas que o Doutor é um cara fascinante e incrível, um herói, quando na verdade ele é um babaca! - disse, batendo com o dedo indicador no peito dele, causando uma pontada de dor.
  - Um babaca?! - ele se sentiu ofendido, encarando-a boquiaberto. - Eu não sou um babaca!
  - Sim, você é. Qualquer pessoa que faça feitos incríveis e depois fique se rebaixando por que uma ou outra coisinha não deu certo, e ainda por cima não reconheça que o que fez mudou a vida de diversas pessoas, é um babaca pra mim! Que saco, Doutor! Você nem sempre pode ter tudo que quer, sabia?! - ela explodiu, elevando um pouco a voz e chamando a atenção de algumas pessoas ao redor. Os dois ficaram em silêncio algum tempo, apenas se encarando, o ar condensado saindo de suas bocas e formando fumacinhas brancas à frente de seus rostos.
  - Vou te provar que não sou um babaca. - o Doutor disse, de repente, e ela o encarou.
  - É mesmo?
  - Sim. Semana que vem. Vou com você no hospital e vou interagir com as crianças. E aí você vai ver que está errada em me chamar de babaca! - apontou pra ela e então deu às costas, deixando-a para trás na neve, sem que pudesse respondê-lo.

  Como dissera, o Doutor estava parado na frente do Hospital na quinta-feira seguinte, Véspera de Natal. o observou com desconfiança por um tempo, depois bufou e apenas seguiu em frente, entrando no hospital com ele atrás.
  O Doutor apenas a seguia em silêncio, e a viu entrar no quarto das crianças e ser recebida com abraços e dizeres animados. Ficou na porta, olhando a cena com um pequeno sorriso no rosto, até ser percebido e um silêncio se instalar.
  - , quem é ele? - uma das crianças inclinou a cabeça, aproximando-se de numa tentativa de sussurrar, falhando sutilmente. - Seu namorado?
   negou rapidamente com a cabeça, corando, e postou-se ao lado do Doutor, que ainda estava em silêncio, perto da porta.
  - Crianças, esse é um conhecido meu. Hoje ele vai passar um tempo conosco também. - explicou.
  - Ele sabe contar histórias do Doutor? - um garoto perguntou, desconfiado, analisando o homem de gravata borboleta. O Doutor sorriu, dando um passo a frente e finalmente se pronunciando.
  - Claro que sei. Eu sou o Doutor.

  Depois do seu grande anúncio, as crianças ficaram completamente elétricas. Perguntavam-lhe diversas coisas relacionadas às histórias que ouviam de , e ele dava cada vez mais detalhes, deixando-as completamente saciadas. Ele contou novas histórias também, além de fazer brincadeiras e interagir com elas quase como se fosse uma delas. apenas analisava tudo de longe com um sorriso de canto, tendo que admitir que havia se enganado e ele não era um babaca. Mas ele estava agindo como um, naquela noite.
  Por estar tão divertido e maravilhoso, acabou incrivelmente rápido, como todas as coisas assim. Logo as crianças tinham que ser botadas na cama para dormir, e elas se despediram tristemente do Doutor e de . Ele prometeu que, por ser Natal, deixaria um presente ótimo para elas. Aquilo as fez dormir com sorrisos no rosto, cada uma imaginando o que poderia ser.
   e o Doutor saíram lado a lado do quarto, e depois do hospital. Nevava novamente, e eles se apertaram nos casacos. Ele olhou, parecendo vitorioso para ela.
  - Então? Sou um babaca?
   fechou a cara, desviando os olhos.
  - Não. - confessou. - Mas você estava sendo, naquela noite. Eu juro que queria dar um soco na sua cara por dizer coisas tão deprimentes e tristes.
  - É, eu imagino. Desculpe. - ele ajeitou o casaco. - Obrigado, por sinal.
  Ela o olhou, confusa. Ele sorriu pra ela.
  - Pelo quê?
  - É Natal, e você me deu um ótimo presente. - o Doutor respirou fundo, olhando as ruas desertas cobertas pelo branco e iluminadas por diversas cores piscantes, atraindo a atenção do imaginário Papai Noel. Voltou a olhar para a garota ao seu lado, que ainda o encarava, um pouco confusa. - Eu estava perdido e um pouco deprimido. Pensando na vida. - deu ombros. - Mas aí eu ouvi você trazendo o passado de volta à vida, e isso me mostrou um significado e uma razão pra acreditar não só em tudo que aconteceu como em mim também. É o melhor presente que alguém poderia ter me dado nesse momento. - ele explicou, e viu as bochechas dela se avermelharem. - Obrigado. - repetiu.
  - De nada, eu acho. - ela riu. Ele sorriu e colocou uma mão sobre a cabeça dela.
  - É a minha vez de te dar um presente. - o Doutor disse, e ela negou com a cabeça.
  - Hoje à noite já foi suficiente. Você divertiu muito as crianças e isso foi ótimo pra mim. De verdade. - sorriu. O Doutor tirou a mão da cabeça dela, e inclinou levemente a cabeça, ainda olhando-a.
  - Mas eu quero lhe dar um presente. E é o presente das crianças também. Pense nelas. - ele arqueou as sobrancelhas. mais uma vez ficou confusa.
  - O que você quer dizer com isso?
  - Voe comigo. Venha comigo em novas aventuras. Faça parte de novas histórias do Doutor. E então, quando já tiver reunido histórias suficientes para saciar aquelas crianças até que todas se curem, e as próximas, e outras também, eu lhe trago de volta, a essa noite, a esse horário. E então você terá o seu presente e o delas. - o Doutor disse, esticando a mão que antes estivera na cabeça dela para que segurasse e fosse com ele.
  Ela o encarava, sem saber como reagir. Ir viajar com o Doutor? Fazer parte das novas histórias que seriam criadas?
  Sorriu, hesitante, e decidiu-se. Esticou também a mão e apoiou-a na palma do Doutor, que sorriu largamente. A neve continuava a cair sobre eles e um coro cantando músicas natalinas foi ouvido ao longe.
  Era Natal, e em breve as crianças teriam o melhor presente que poderiam imaginar. E também.

If we chase the stars to lose our shadows, Peter and Fairy and Wendy turned out fine, so won't you fly with me?

Fim



Comentários da autora


  n/a: Apesar do título e dos trechos terem sido tirados da música dos Jonas Brothers, espero que tenha gostado da fanfic Lelen! Me desesperei quando tirei você porque eu não sabia patavinas de Doctor Who e patavinas de The Killer, você foi cruel dessa vez! Sei que o que você gosta é terror e aquelas coisas macabras porém o tema era Natal, e bem, sou eu escrevendo. HUE
  Eu não sei se consegui caracterizar exatamente o Eleven, pesquisei sobre ele na Wikipedia, pedi informações, dei uma olhada, tomara que tenha ficado um pouco parecido ^^'
  Espero que tenha gostado, mesmo mesmo, sei que você tem uma fanfic Doctor Who misturada com Peter Pan - eu li, e adorei por sinal - mas minha amiga já tinha sugerido essa ideia antes de eu lembrar de The Second Star To The Right, e eu não ia conseguir pensar em uma nova hehe.
  Amiga, por sinal, Rooxy ~ um agradecimento a você que me ajudou com basicamente tudo. E também à amiga da Tize, que tirou algumas dúvidas no desespero de arrumar o enredo. Salvaram FWM ♥
  E é isso ~ se alguém mais ler espero que goste ^^
  See ya   xx