Find Me In The Middle of The Night

Escrito por Bruna Prado | Revisado por Pepper

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Parte do Projeto Sorteio Surpresa - 1ª Temporada // Tema: Encontro à Meia-Noite

   POV's

  Ela era a garota dos sonhos, , a mulher que roubou meu coração, eu a amava tanto, mas era um amor perigoso, tipo Romeu e Julieta, nossas famílias se odiavam, porém eu e ela nos amávamos, eu morava na casa ao lado da dela, infelizmente nossos pais construíram um muro muito alto.
  Na divisão do muro, ficava uma arvore grande e forte, seus galhos mais fortes ficavam em linha reta, assim facilitando, para que nos encontrássemos a meia-noite.
  Sua mãe ), era uma ótima senhora e sempre me tratou muito bem, até me ajudava a encontrar a minha Julieta, quer dizer, , mas ela falou que se eu a machucasse poderia me considerar morto.
  De manhã, na segunda feira, fui pedir para que , o pai dela, me permitisse construir uma casa em cima da árvore, que se ele quisesse poderiam usar também, ele me olhou furiosamente como se fosse me matar, mas a sua mulher veio e convenceu o marido a me deixar construir a casa, falando que eu era um bom rapaz, e que fui muito educado em pedir a permissão dele, ele pensou, enquanto a boa mulher o abraçava por trás, ela me deu uma piscadinha, e abaixei a minha cabeça ficando levemente corado.
  - Meu amor, vamos, não seja malvado, esse menino é muito educado, deixe essa guerrinha com a família dele de lado, - ela disse, seduzindo o marido, com a sua voz leve, calma e sedutora, realmente se parecia com a mãe, desde da cor da pele, o sorriso e o jeito de leve de falar.
  - Está certo, eu deixo, mas, fique longe da minha filha, no dia que ela usar a casa, você não pode entrar, e no dia que você usar ela não pode entrar, certo?
  - Certo, combinado! Muito obrigado senhor, vou construir uma casa bela e resistente, sem nenhum risco, para a sua estimada filha – Falei, dando um aperto de mão, com um sorriso tão grande que poderiam ver até de costas, e voltei para casa.
  Peguei meu caderno e escrevi nele que o pai dela tinha deixado eu construir a casa, tentei jogar no quarto dela, mas a janela estava fechada.
  Eu queria enviar uma mensagem, mas não podia, já que meu pai pegou o meu celular.
   estava dormindo então, eu resolvi entrar no quarto dela, abri a janela do meu quarto e me segurei no galho da árvore, e fui me jogando para o quarto dela.
  A visão era tipo o paraíso, ela estava deitada com uma camisola leve, que deixava umas pequenas partes das suas roupas intimas a mostra, seus cabelos estavam soltos, ela estava deitada em forma de concha, abri a janela e entrei no quarto, quando eu ouço passos vindo e me escondo debaixo da cama dela.
  - Minha pequena, está dormindo igual a um anjo – O pai dela disse.
  - ! Vem cá – gritou, o velho se levantou da cama e quando eu ouvi o barulho da porta fechando, saí de onde eu estava e me sentei ao lado dela.
  - ?! O que você está fazendo aqui? - falou, ainda sonolenta.
  - Vim te ver, e falar que seu pai deixou eu fazer a casa – Sorri, enquanto passava meus dedos pelo rosto dela, que sorriu quando eu terminei a frase.
  - Sério? - ela sorriu, e isso me fez realmente feliz, sabe, o simples fato de poder tirar um sorriso da pessoa que você ama, faz tudo valer a pena.
  - Sim, meu amor, - eu a beijei, assim nos deitando em uma posição gostosa, e quente – Vou começar a fazê-la amanha, logo teremos um lugar só nosso. - voltei a beija-la, o beijo ficava cada vez mais intenso.
  Até ouvirmos a maçaneta do quarto quase se abrir e eu caí no chão, graças a Deus, era a mãe dela.
  - , saia rápido daqui, meu marido logo vai subir - não pensei duas vezes e dei um beijo na bochecha da minha sogra, e dei um selinho na minha amada e saí do quarto o mais rápido possível.
  Nessa correria toda eu acabei caindo de cara no chão, veio fechar a janela com as cortinas e assim eu pude subir para o meu quarto sem problema.
  Na manha seguinte comprei todo o material que precisava, e fui na casa dos vizinhos, mostrar que o material era de confiança, e comecei a medir tudo, como estava muito calor pensei em tirar a minha camisa, mas se eu fizesse o pai dela iria me matar, então fingi que não estava sentindo nada, e bebia o máximo que eu podia de água e de limonada que ela me trazia.
  - Muito bem rapaz, estou começando a te odiar menos – disse – Você está se mostrando um perfeito cavalheiro.
  - Muito obrigado! - respondi.
  - Por que não tirou a sua camisa, meu jovem? Está muito calor. - Ele disse.
  - Por respeito ao senhor, a sua casa e a sua família.
  - Muito bem - ele disse – vou pegar alguma bebida para você.
  - Um copo de água seria ótimo – eu disse sorrindo.

  […]

  Passaram 4 meses construindo, finalmente eu havia terminado só falta comprar os móveis, que a mãe de , me acompanhou.
  Hoje era sábado dia que a mobília chegava e podia subir aqui comigo para podermos arrumar nosso cantinho.
  Depois de umas duas horas arrumando estávamos exaustos e deitamos na cama, abraçados.
  - Finalmente podemos nos encontrar direto meu amor – ela disse me dando um beijo e subindo em meu colo, coloquei minha mão na cintura dela.
  - É, agora temos esse lugar simples enquanto eu procuro uma casa para morarmos. - Ela ficou me encarando por muito tempo com um sorriso no rosto, nos olhos percorriam o corpo um do outro, até que nos beijamos, um beijo quente, tentava tirar a minha camisa, enquanto eu beijava o pescoço dela, que solta leves gemidos, estávamos quase sem roupas quando o pai dela entra na casa.
  - SEU DESGRAÇADO, EU VOU TE MATAR OUVIU? COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COM A MINHA FILHA? VOCÊ TRAIU A MINHA CONFIANÇA, VENHA AQUI AGORA! - não se levantou, ela me abraçou e sussurrou de modo que apenas eu escutasse:
  - Me encontre a meia-noite de amanha - ela me deu um beijo na bochecha e se foi com o pai dela.
  - E VOCÊ NUNCA MAIS CHEGUE PERTO DELA.
  Me sentei na cama e não importei de chorar, fiquei por meia hora nesse estado.
  Desci da arvore e fui para minha casa.

  Faltavam poucas horas para encontrar novamente, tomei um banho e troquei de roupa, já eram 23h55m, já fui para a casa na árvore, e ela já estava lá.
  - ! - falei indo abraça-la.
  - , me salve, eles tentam me dizer como sentir, esse amor é dificil, mas eu realmente te amo – ela disse ainda agarrada em mim.
  - Não tenha medo, nós fugiremos dessa confusão me dê um tempo para procurar um lugar para ficarmos, vamos nos encontrar no jardim, aqui em cima já não é mais seguro. - Disse segurando ela pela cintura, encostando nossos rostos para um beijo – Agora vá, não quero que se encrenque com o seu pai e não seja uma menina má. - ela gargalhou, me deu um beijo e saiu.

  […]

  Nos encontrávamos todos os dias atrás da casa dela, nos mesmo horário, ficamos uma semana assim, mas meu pai resolveu estragar tudo, ele fez nossas malas e nos mudamos sem deixar pistas, tentei falar com novamente, mas foi em vão, nos mudamos para um lugar bem longe, agora Deus sabe quando eu vou poder vê-la de novo.



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