Feliz Natal

Escrito por Camila | Revisado por Mah

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  24 de dezembro, a data parecia ter gritado quando me sentei na mesa e vi o calendário pendurado na parede. Fiquei pensando na importância daquela data, logo me veio em mente casas decoradas com árvores de natal, os pisca-piscas decorando a frente das casas, a neve que caia em Londres como todo dia 24/25 de dezembro... É natal, mas pra mim é só mais uma data, meu pai morreu quando eu era criança, minha mãe viajou pra Austrália assim que completei 18 anos e bem, eram só eles que eu tinha!
  Ah sim, claro, eu tinha amigos, dois viajaram pra França em Lua de Mel, outra amiga minha iria passar a noite com a família e , meu melhor amigo "colorido", tinha me deixado há um ano meio quando resolveu ir trabalhar na Suíça... desde meus 15 anos eu passava natal com ele, mas assim como no último, eu teria que me conformar apenas com um telefonema.
  Ah, eu não disse, mas além de meu melhor amigo, eu ficava com às vezes, nunca tivemos um compromisso, era só diversão, mas me fazia falta.
  Então seria assim meu dia, televisão e besteiras que me faziam engordar.
  Fazia frio em Londres, vesti um sobretudo por cima da roupa que eu usava, peguei as chaves do carro que estavam em cima da mesa e saí pra comprar algo pra comer, já que era a primeira vez nos últimos dois meses que eu tinha tempo pra fazer compras pra minha casa.
  - Bom dia senhorita - Pierre, o porteiro do meu prédio, falou animado - indo fazer compras pra grande noite?
  - Bom dia - sorri - apenas compras do mês.
  - Boa sorte, o trânsito na cidade está um caos.
  E realmente estava, o som das buzinas em meu ouvido estavam me tirando a paciência. Um carro (com um casal dentro) parou ao meu lado, o som estava alto e eu não estava a fim de ouvir músicas, ainda mais a que começara a tocar "Next to you - Chris Brown e Justin Bieber". Relaxei meu corpo no banco e deitei a cabeça no volante, fechei os olhos e fiquei lembrando da vez que cantou aquela música pra mim.

  Flashback

  Estávamos juntos no carro quando começou a tocar aquela música no rádio, aumentou o volume, eu sabia que aquela era a música preferida dele. Ele parecia meio tenso quando parou o carro em frente ao meu apartamento, estava nervoso com algo.

  One day when the sky is falling
  (Um dia, quando o céu estiver desabando)
  I'll be standing right next to you
  (Eu vou estar ao seu lado)
  Right next to you
  (Ao seu lado)

  - Eu preciso te falar uma coisa - parou de cantarolar.
  - Diz , o que é tão importante pra interromper sua música preferida? - ri, mas ele não.

  Nothing will ever come between us,
  (Nada, nunca ficará entre nós)
  I'll be standing right next to you
  (Pois vou estar ao teu lado)
  Right next to you
  (Ao seu lado)

  - Eu recebi uma proposta de trabalho na Suíça e eu tô indo morar lá.
  - Morar? - gritei - , e eu? Você é meu melhor amigo, não quero ficar sem você aqui.
  - Eu prometo que eu volto, , mas eu não posso perder essa oportunidade.
  Sentia as lágrimas escorrendo a cada palavra que me dizia, meu melhor amigo estava indo morar longe de mim e eu não tinha coragem pra dizer à ele que essa história de ficar apenas por divertimento tinha transformado nossa amizade em algo muito mais forte.

  Oh na na
  (Oh naa na)
  Oh yeah
  (Oh yeah)
  Stand by my side
  (Fique ao meu lado)
  When the sky falls
  (Quando o céu desabar)
  I'll be there
  (Eu estarei lá)
  I'll be there
  (Eu estarei lá)

  - Eu prometo que eu volto, mas vamos ficar juntos essa noite, por favor - me abraçou forte, eu moraria naquele abraço pra sempre se eu pudesse.

  You've got that smile,
  (Você tem um sorriso)
  That only heaven can make.
  (Que apenas o céu pode fazer)
  I pray to god everyday,
  (Eu rezo a Deus todo o dia)
  To keep you forever
  (Para ficarmos juntos sempre)

   tocou levemente meu queixo, delicadamente passou uma mexa de meu cabelo pra trás da minha orelha e selou nossos lábios.

  /Flashback

  Sim, parecia tudo estava desabando, aquele trânsito infernal, a música, as lembranças, eu sozinha em plena noite de natal e não como dizia na música, ele não estava aqui... ouvi a buzina vinda do carro de trás e umas palavras feias. O carro com a música ainda seguia do meu lado, meu celular tocou, vasculhei minha bolsa por todo o canto possível, até que vi ele piscando no banco de trás... Era Rachel, uma amiga de trabalho.
  - Oi Rachel - tentei não demonstrar minha impaciência.
  - , vamos fazer uma festa aqui no escritório hoje, por que não vem? - disse empolgada.
  - Ah Rachel, vou ficar em casa mesmo.
  - Mas não tem ninguém pra ficar com você, por favor vai - minha amiga implorou.
  - Vou pensar, talvez eu apareça por lá.
  - Ok, vai começar às 23 horas.
  - Tá bom Rachel, beijos - desliguei o celular.
  O carro da música já não estava mais do meu lado e o trânsito se acalmou depois que eu mudei o caminho virando em outra rua.
  Comprei o suficiente pra me manter por pelo menos um mês, já que eu tinha tão pouco tempo pra ir ao supermercado.

  A frente do meu prédio estava toda decorada, pessoas passando por mim e desejando feliz natal e eu responderia "feliz só se for pra você", mas bem, minha mãe me deu educação, até os 18 anos né, depois ela viajou e nem ao menos me dá notícias.
  Me joguei no sofá com uma bacia de pipoca e um copo de coca-cola ao meu lado pra assistir uma maratona de "One Tree Hill", minha série preferida.
  Meu relógio marcava 23:30 horas, a festa no escritório devia estar começando.
  - Não custa nada dar uma passada lá né, - falei sozinha, indo pro meu quarto me arrumar.
  Coloquei um vestido preto e uma meia calça preta por baixo, porque a noite estava fria, eu só iria dar uma passada rápida, então não precisava me arrumar muito. O toque ensurdecedor do meu celular invadiu o quarto, na tela uma foto minha com Jane, minha melhor amiga, piscava.
  - Ainda são onze e quarenta, amiga - atendi rindo.
  - Eu te ligo e você reclama da hora, ? - fingiu estar brava - é porque daqui a pouco Andy e eu embarcaremos em um cruzeiro e lá não tem muito sinal de celular.
  - Eu estava brincando Jane, o que vale é a intenção - ri - como está a lua de mel?
  - Ótima, França é um lugar lindo amiga, você precisa ver.
  - Um dia - eu ri - aproveita bastante Jane, vocês merecem.
  - Obrigada, um dia vai ser você. Alias, tem ligado?
  - Não - tentei não parecer deprimida com isso - ele deve estar ocupado com trabalho, você sabe.
  - Para, tenho certeza que ele vai ligar! Amiga, só liguei pra te dar feliz natal, ok? Já está na hora de embarcar, Andy lhe mandou um beijo e disse que te ama.
  - Pra você também, diga que eu o amo e bom cruzeiro.
  - Obrigada, eu te amo - Jane desligou o celular.
  Assim que joguei o celular no sofá ele tocou de novo, dessa vez era Char, minha outra amiga. Me falou de como sua noite estava sendo ótima com sua família e seu namorado, me fazendo lembrar de como a minha estava sendo uma merda. Desejou feliz natal faltando cinco minutos pra meia noite e desligou o celular.
  Só faltava ele ligar, deu meia noite e ele não ligou, talvez estivesse com alguém e só me ligaria no dia seguinte. Era meia noite e dez, mas ainda dava tempo de eu ir a festa do escritório, entrei no elevador, dei de cara com meu vizinho que não se cansava de tentar me levar pra cama, alguns foras até chegar ao estacionamento e... legal, eu tinha esquecido a chave do carro em casa, me xinguei de todos os nomes possíveis e voltei pra pegá-la.
  Rachel me ligou enquanto eu estava no elevador subindo pra pegar minha chave, entrei em casa, joguei o celular em qualquer canto e fui procurar a chave que sempre que eu precisava desaparecia. Meu celular tocou de novo, sem ao menos ver eu atendi.
  - Rachel, eu disse que já estou indo, só estou procurando a chave do carro - disse irritada.
  - Sempre perdendo a chave do carro, - aquela não era a voz de Rachel, e sim de...
  - - gritei – desculpa, eu pensei que fosse a Rachel.
  - Como está a noite de natal?
  - Legal, estou dando uma festa em minha casa, cheio de homens lindos e - comecei a rir - tá péssima, e a sua?
  - Ah, a minha vai ficar boa daqui a pouco.
  - Por quê?
  - Vou encontrar alguém que eu amo muito - senti uma fisgada em meu coração, talvez fosse ciúmes.
  - Sorte a sua - disfarcei minha decepção - aproveita a noite.
  - Eu vou - ele riu - e você, tá sozinha?
  - Estou. - assim que eu disse isso, a campainha tocou, não estava esperando ninguém.
  - Acho que não, mas ouvi a campainha tocar - ele riu.
  - É, vou atender, mas não desliga o celular, por favor – disse, indo em direção à porta.
  Seja lá quem fosse, estava atrapalhando a ligação mais importante e esperada do meu dia, pensei em não atender, mas a pessoa parecia ter grudado o dedo na campainha, atendi indignada, mas logo fui surpreendida pelo "Feliz Natal" do garoto que estava parado em frente a minha porta.
   estava parado em frente a minha porta, vestindo uma camisa branca com uns botões abertos e uma calça preta um pouco caída, deixando sua boxer à mostra, me fitava com um olhar ansioso de quem esperava uma resposta e segurava um embrulho.
  - Feliz Natal - ele repetiu.
  - , o que você está fazendo aqui? - só isso que eu consegui dizer.
  - Estava passando aqui em frente e lembrei que você morava aqui - ele riu - Você acha que eu deixaria minha pequena passar o natal sozinha?
  - Mas você estava na Suíça e... como você chegou aqui tão rápido? Por que não me avisou que vinha?
  - Quantas perguntas, , nem vai me convidar pra entrar? - fez bico.
  - Entra - o puxei pra dentro - estou morrendo de saudade.
  - Você ia sair? – disse, me analisando de cima à baixo.
  - Ia - sorri sem graça -, mas não estava com vontade de ir e agora muito menos. Meu celular mais uma vez tocou, era Rachel de novo.
  - Não vai atender? - falou olhando pro meu celular.
  - Não é importante - sorri - me explica , o que te trás à Londres de novo?
  - A saudade da minha melhor amiga - ele sentou no sofá me puxando, fazendo eu cair do seu lado - eu sabia que ela passaria o natal sozinha porque, aliás, dois de nossos amigos estão em lua de mel, outra aproveitando com o namorado... mas que dó de você , jamais te deixaria sozinha - ele sorriu.
  - Você é um bom amigo - o abracei.
  - Sou bom em outras coisas também - sussurrou em meu ouvido e sorriu malicioso, fazendo-me dar uma gargalhada.
  - , você não muda - dei um soquinho em seu ombro - me conta, quando resolveu vir?
  - Quando liguei semana passada pra você e percebi que você estava chorando, ganhei umas férias do fim do ano e vim até você - me fitou - aliás, não precisa ficar chorando de saudades de mim, .
  - Convencido - pigarreei - eu não estava chorando e muito menos de saudades de você.
  - Sei - riu – ah, antes que eu esqueça, toma o seu presente - estendeu o embrulho que estava em sua mão desde que chegara.
  - Presentes, eu amo - ri pegando o embrulho. Dentro da caixa tinha um álbum de fotos, com fotos de nós dois desde a época do colegial, não só de nós, havia fotos nossas com Jane, Andy e Char.
  Somos amigos há muito tempo, a cada foto era um sorriso bobo que eu dava e no final um cartão escrito "Sinto tanto sua falta".
  - , isso é lindo - o abracei forte e ele retribuiu o abraço.
  - Sei que não é o melhor dos presentes, mas foi de coração.
  - Eu amei, de verdade - o fitei com olhar e logo ele sorriu bobo.
  Abaixei a cabeça quando fui tomada por uma imensa tristeza, eu realmente estava feliz por ele estar ali comigo, mas logo ele voltaria pra Suíça e eu não diria o quanto o amo, que o amo como homem e mulher e não aquele sentimento de amigo, mas eu tinha medo de estragar a nossa amizade de anos que sempre fora tão linda. E também ele já devia ter um outro alguém na Suíça! Não, pera, se ele tivesse alguém não estaria ali contigo em Londres plena noite de natal, .
  - O que foi? - acariciou meu rosto - não está feliz em me ver aqui?
  - Estou muito - sorri - é que eu não quero me acostumar em ter você de novo, porque logo você vai embora.
  - Entende uma coisa - ele chegou mais perto de mim - ainda que vá embora de novo, eu vou sempre voltar pra você de novo... To keep you forever - ele cantarolou o final da sua música preferida e riu.
  - Ainda ouve essa música, ? É um pouco antiga.
  - Ela me lembra você - ele sorriu ficando com as bochechas vermelhas - e hoje eu tô aqui, só estamos nós dois em noite de natal e.. - mordeu minha orelha, meu ponto fraco! Acertou em cheio, .
  - Feliz natal - ri, cedendo às suas provocações e inclinando o corpo pra trás, enquanto ele ficava meio que por cima de mim.

   procurou minha boca com uma certa urgência, um beijo com fúria, um beijo digno de quem estava morrendo de saudade um do outro.
  - No sofá é um pouco desconfortável - ele falou entre os beijos, apenas ri.
  Fomos nos beijando às cegas até chegar em meu quarto, ele me deitou delicadamente em minha cama sem parar de me beijar... ali estava eu de novo, na cama com meu melhor amigo.
   tinha pressa, talvez pelo tempo que ficamos sem nos ver, mas eu não tinha... ele tirou a calça jogando em qualquer canto do quarto, enquanto eu tirava meu vestido pra facilitar as coisas e ele me olhou com o olhar mais pervertido do mundo, me fazendo dar gargalhadas. Rolei na cama, ficando por cima de e desabotoando os botões de sua camisa, beijando as partes que ficavam descobertas. Senti sua excitação bater em minha barriga e sorri pra ele, deslizei minhas unhas sem dó pela sua barriga, o ouvindo resmungar de dor, cheguei até sua boxer branca tirando-a devagar e tocando de leve seu membro, logo ele entrelaçou seus dedos em meu cabelo me mostrando o que queria. Levei minha boca até seu membro, tentava aumentar meus movimentos, mas eu queria torturá-lo. Comecei a sugá-lo enquanto ouvia o gemidos de invadirem o quarto... Agora ele rolou na cama, sentou por cima da minha barriga e arrancou meu sutiã, que assim como suas roupas, foi jogado pra um canto qualquer do quarto. Senti sua língua gelada em um dos meus seios enquanto suas mãos deslizavam pela minha perna tentando tirar minha meia-calça. Desceu seus beijos até chegar à barra da minha calcinha, que fora arrancada com seus dentes. percorreu o caminho anterior, parando em minha boca e me beijando desesperadamente.
  - - me fitou com os olhos, antes mesmo que perguntasse eu respondi.
  - Tá na mesinha do lado da cama - ele esticou um pouco suas mãos pra pegar a camisinha e logo a colocou e, antes mesmo que eu pensasse, me penetrou. Alternava em movimentos rápidos e devagar, me beijou com fúria, aumentando de vez os movimentos. Respirações falhas e gemidos de nós dois dominaram o quarto. Cheguei ao ápice sentindo uma onda de prazer dominar meu corpo, apertou forte minha cintura contra seu corpo, fazendo seu membro ir mais fundo e logo chegou ao seu ápice de prazer também. Logo jogou seu corpo em cima de mim, tentando recuperar a respiração. Ar ali era raro.
  - Você é ótimo - deitei minha cabeça em seu ombro, logo sendo puxada pela cintura, colando nossos corpos, e ele me deu um selinho demorado.
  - E eu estava com saudade disso - ele sorriu.
  - Só disso? - o fitei séria com um olhar reprovador.
  - Não - ele mudou sua expressão pra sério - eu senti realmente sua falta, não digo apenas do sexo, mas de você, dos seus conselhos, da sua voz, do seu cheiro e... -antes que ele terminasse, comecei a rir - do que tá rindo?
  - Ah, qual é , você deve ter tido tantas mulheres lá que sequer lembrou de mim.
  - Sim, eu tive algumas - dessa vez eu mudei minha expressão pra raiva - mas nenhuma delas era você, e por isso eu tô aqui em Londres hoje.
  - Eu te amo - abaixei a cabeça, ele me olhou por uns instantes e logo respondeu um "eu também, ".
  - Não , eu te amo como uma mulher ama um homem, e não como eu amo um amigo ou coisa assim. No começo era brincadeira, mas eu fui levando à sério e... - ele me interrompeu.
  - Eu te amo como um homem ama a SUA mulher - frisou bem na palavra sua e deu um beijo em minha testa.
  Fora assim o resto da noite, algumas carícias pra lá e palavras bonitas pra cá, mas logo pegamos no sono.

   POV'S

   dormia feito um anjo quando eu acordei, levantei devagar pra não acordá-la, peguei minha boxer que estava jogada pelo chão e a vesti. Parei na beira da cama a admirando, incrível como tinha se tornado uma mulher linda e aquela era a mulher da minha vida, eu não seria capaz de deixá-la de novo.
  Fui até a cozinha preparar algo pra nós comermos assim que ela acordasse. Ouvi um barulho e levei um susto, era ela vestindo minha camisa e tinha tropeçado na cadeira, pra variar, sempre fora um pouco desatenta...
  - Bom dia - ela esfregou os olhos - o que está fazendo?
  - Bom dia, dorminhoca - dei um beijo em sua bochecha - estou fazendo algo pra comermos.
  - Você é um amor, - ela riu se sentando na mesa - sabe - ela me fitou séria - ainda não acredito que você está aqui.
  - Acredite, eu estou aqui na sua frente, lindo e sexy como sempre - falei sério.
  - Sem egocentrismos hoje, - ela riu - é, lindo e sexy - ela me analisou de cima a baixo - talvez esteja certo - riu.
  - Tenho uma coisa pra te falar - a olhei sério.
  - Diga, sou toda ouvidos.
  - Eu não vou voltar pra Suíça - estava certo da minha decisão!
  - Como assim, e seu trabalho? - falou preocupada.
  - Vou pedir transferência pra Londres de novo.
  - Você tá certo disso?
  - Só estou certo de uma coisa - ela me olhou com uma expressão interrogativa - eu amo minha melhor amiga de infância e não quero mais perdê-la. Um dia eu prometi que estaria ao lado dela e agora tô cumprindo a promessa - ela me olhava um pouco confusa - eu tô certo de que quero passar a minha vida toda ao lado dela.
  - , eu... - coloquei o dedo indicador em sua boca, pedindo pra esperar eu terminar.
  - Só que muito além de passar o resto da vida ao lado dela, eu quero passar o resto da vida sendo dela, ela sendo minha, e eu te amo - ela enfim sorriu, um sorriso angelical que me deixava mais apaixonado.
  - Eu também te amo, - ela me abraçou, bagunçando meu cabelo e me dando um selinho.
  - Quer namorar comigo, ?
  Ela ficou séria por uns instantes, mas logo sorriu, me beijou e talvez aquela fosse a resposta... parou o beijo e sussurrou um ‘sim’ em meu ouvido.
  Posso dizer que aquele fora de longe o melhor presente que eu ganhei de natal, o primeiro natal que viria ao lado da minha namorada, futura noiva, futura mulher e futura mãe dos meus cinco filhos hahaha, tô brincando, dois filhos tá bom!
  Passei o resto da tarde dentro de casa com , assistindo séries, comendo besteiras e nos divertindo... nada importava naquele momento, nem meu trabalho na Suíça, só ela.
  A mulher que eu amava, minha melhor amiga, minha namorada. E fora o melhor 25 de dezembro da minha vida.

Fim



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