Fantasia Fake4

Escrito por Cáàh | Revisada por Flavinha

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  22-12

   estava tremendamente tranquila em casa, deitada no sofá e esticada como um lagarto... Mentira, ela estava tentando dormir para poder parar de pensar em comida, já que estava sozinha em casa e precisavade para ter um almoço, no mínimo, comestível. Estava deitada com os olhos fechados, pensando em Charlie e tentando dormir, o sorriso brincando nos lábios mostrava que não conseguiria dormir tão fácil e,mostrava também, a saudade que estava do garoto.
  Todo o seu sossego se foi quando o grito da chegou acompanhado da porta batendo com força naparede. Charlie sumiu da sua cabeça e a próxima coisa que sentiu foi o rosto contra o chão.
  - , SUA MENTIROSA. - gritava, o cabelo todo bagunçado, parecia que tinha saído de um furacão. entrou em casa e iria responder, mas a voz sumiu quando viu tentando se levantar, com um olhar mortal.
  - O QUE TÁ ACONTECENDO DEMONIADA? - Berrou, conseguindo, enfim, se colocar em pé. A voz de voltou no mesmo instante.
  - 'Demoniada'? Isso existe? - Perguntou perdida.
  - NÃO FOGE DO ASSUNTO NÃO, . - gritou, apontando o dedo para a amiga. - ISSO AÍ NÃO É DEMÔNIO NÃO, . É O PRÓPRIO LÚCIFER.
  - 'Tá. Ok. Tudo bem. - atropelou as palavras. - Mas o que foi que eu fiz?
  Para dar um efeito especial ou então porque simplesmente cansara de ficar parada na porta, enfim, entrou na casa e fechou a porta com força.
  - Já falei para ter respeito com as nossas coisas? - perguntou ofendida.
  - ACONTECEU. - gritou e se sentou no sofá com tanta força que fechou um olho, com dó da bunda da amiga. - Que essa coisa chamada mentiu para mim. Falou que a Universidade não tinha nada demais, que não tinha nada de outro mundo lá E É MENTIRA. Aquilo lá é o Inferno, é a Jaula do Lúcifer. - Podemos notar que depois do episódio do Bus-Ted, se viciara em Supernatural com a Simpson. - E EU VOU REPROVAR.
  Do nada começara a chorar copiosamente, as mãos cobrindo o rosto e o corpo se balançando com os soluços.
  - Oh Lord. - sussurrou, tentando não rir. olhou assustada, surpreendida com toda aquela cena.
  - , é sim apenas uma Universidade, não tem nada de inferno ou jaula ou sei lá mais o que você falou. E as aulas mal começaram.
  - Mal começaram? - parou de chorar, abaixou as mãos e ergueu os olhos para a mais velha. - Faz três meses e vinte e dois dias, o que diz que temos mais seis meses e nove dias, o que me diz que JÁ ESTOU REPROVADA. - voltara a chorar.
  - Dude. - chamou, sentando ao lado de e abraçando-a. - Hoje é dia vinte e dois de dezembro, o Natal está aí, vamos ter três semanas de descanso, não se preocupe agora, até porque tem muito tempo para o ano letivo acabar e você nem 'tá reprovada. Sua bobona.
  - NATAL. - berrou, como se tivesse escutado só essa parte. Ergueu-se do sofá com os olhos brilhando.
  - Bipolar. - resmungou.
  - Só fiquei feliz. - deu de ombros. - O que temos para comer, ? - Ainda sorrindo, a pequena se virou para a maior.
  - O que temos para comer, ? - perguntou, sorrindo para a mais velha. olhou as duas amigas, incrédula e, para não xingar as amigas, começou a digitar no celular com toda sua força.

   'Eu preciso de ajuda. Não aguento essas duas bitches.'

  Matt sentiu o celular vibrar e rezou mentalmente para que Fletch parasse logo com a falação e os liberasse.
  - Então ficamos assim. - Fletch falou por fim. - Dia vinte e quatro vocês se apresentam junto com a McFLY no centro. - Os garotos assentiam maquinalmente. - Tudo o que for arrecado irá para instituições. - Nova concordância. - E eu não quero vocês atrasados. - Nenhum dos três assentiu, só trocaram sorrisos entre si e entenderam que aquela frase encerrava a reunião.
  - LIVRES. - James não se conteve e gritou quando sentiu o vento batendo em seu rosto, assim que pisara na calçada. Charlie assentiu, fechando os olhos e sentindo o vento. James coçou a nuca e seguiu Matt que já se encaminhava para o estacionamento. - Alguém teve notícia delas?
  Logicamente ninguém precisava perguntar a quem James se referia.
  - Notícia quentinha. - Matt riu apontando o celular. - está se vendo louca com as duas.
  - Por quê? - Charlie perguntou, chegando despreocupado.
  - Não sei, só falou que não aguenta as bitches. - Matt teve que rir. era muito carinhosa.
  - Pergunta o que elas estão fazendo. Sei lá. - James mandou, dando de ombros.
  Matt pensou em algo melhor que o amigo.

   'Estão ocupadas? Podemos ir aí agora?'

  - ALGUÉM ME AJUDA COM O ALMOÇO. - berrou da cozinha, assustando e que estavam discutindo qualquer coisa na sala.
  - Por quê? Se vira aí, bitch. - mandou, ainda ofendida por ter sido enganada sobre a Universidade.
  - Ok, então a Busted que fique com fome. - apareceu na porta da sala, dando ombros.
  - QUÊÊÊ? - Berraram juntas, pulando do sofá. sorriu e voltou à cozinha, agora sendo seguida pelas amigas.

   ''Bora pra cá, ainda vão poder saborear a minha comida.'

  - Próxima parada. - Matt falou, entrando no carro depois dos amigos. - Casa das doidinhas.
  Sorrindo, Charlie ligou o carro e deu partida. James logo começou a cantar qualquer coisa, sorrindo abobado sem motivo algum. Matt se conformou em ir atrás, só pensando em .

  - CHEEEGAAMOS. - Matt, James e Charlie berraram juntos, tocando a campainha.
  - 'TÁ ABERTA. - As três gritaram da cozinha.
  - OOI. - Eles gritaram, chegando á cozinha.
  - MATT.
  - JAMES.
  - CHARLIE.
  Cada uma gritou para o seu respectivo garoto e saíram correndo até eles.
  Charlie automaticamente deu dois passos atrás ao ouvir os gritos, ficando perto do sofá, pulou em cima do baterista, derrubando-o no sofá. Charlie gostou, puxando-a para um beijo.
  James se assustou e deu um passo a frente. Sim, deu um passo a frente. Eu sei, eu sei, se você se assusta você vai para trás, mas o James é idiota, esqueceu? pulou no garoto agarrando-o como se não houvesse amanhã.
  Matt continuou onde estava, abriu os braços e ergueu no colo, beijando-a.
  Quando os casais se separaram, se entreolharam e, constrangidos, se afastaram. sentou na sua poltrona, deixando Charlie sozinho e deitado no sofá.
  Matt ficou plantado igual uma árvore na porta da cozinha e James ficou sorrindo igual um bobo da corte, olhando voltar às panelas.
  - Logo tudo vai ficar pronto. - avisou, mexendo alguma coisa.
  - Quer ajuda? - Matt perguntou se adiantando e pegando uma colher.
  - O Matt ficou para te ajudar no meu lugar. - gritou da sala, tentando se livrar do trabalho.
  - Nada disso, corre pra cá. - chamou, pegando copos.
   resmungou alguma coisa indecifrável e correu pra cozinha, pegando os pratos.
  Charlie, ficando sozinho na sala, foi fuçar nos DVDs e CDs que estavam na estante.
  James ajudou as duas garotas pegando talheres.
  - Que bonitinho, todos trabalhando. - aprovou, ao se virar e ver a mesa arrumada.
  - Todos, aham. - Matt resmungou, o poste, vulgo Charlie, mas também conhecido como Mula, não estava ali.
  Não foi preciso perguntar onde Charlie estava, logo era possível ouvir os acordes de 'I'm not okay' pela casa toda.
  - I NEVER... - Charlie entrou na cozinha cantando, animado.
  - REMEEEMBÁ. - Matt o acompanhou, pegando a vassoura e fingindo dançar. Nenhum deles sabia a letra inteira, então esperavam alguma frase, ou mesmo palavra, para cantarem com toda sua potência.
   ria da cena, seus amigos estavam arruinando uma de suas músicas favoritas, mas ela nem se quer pensou em mandá-los calar a boca e parar com a putaria. Muito pelo contrário, a garota correu para a lavanderia e pegou o rodo, trouxe junto outra vassoura e jogou para , que seguiu para a sala e começaram a berrar 'I AM NOOT OKAAAAY' no volume máximo, fingiam tocar guitarras e baixos.
  - LORD. - gritou assustada. A música silenciou, ficando bem baixinha. James sabia o que vinha depois disso.
  Pegou duas colheres gigantes que usava para mexer e fez de conta que estava tocando bateria.
  - FUUUCKING. I AM NOT OOKAAAY. - , cansada de olhar tudo horrorizada, acabou entrando na brincadeira. Para seu azar, bem quando a música acabou.
  - Ah, droga. - reclamou, ao ouvir mudar para 'Cancer'.
   voltou para a cozinha gargalhando. Esquecera-se de universidade, de estudos, de provas, de tudo. Só queria ficar com os amigos.
  - Quero mais. - pediu chorosa, seguindo , que ainda ria.
  - Eu também. - Matt imitou a amiga, devolvendo a vassoura para seu lugar.
  - Quando vir outra música animada a gente volta. - Charlie avisou, todos concordaram.
  - Mas agora, vamos comer. - chamou.
  - Olha, vocês comem, se ninguém morrer eu como. - pediu, pegando seu prato vermelho do armário e colocando um normal no lugar.
  - É assim tão arriscado? - Matt perguntou, assustado. assentiu piamente.

  - Que foda. - Charlie comentou, vendo o prato vermelho. piscou para o baterista que, sem querer, desviou o olhar sorrindo.
  - Eu fico assistindo junto com a . - falou e recebeu um pedala de . - Ouch, por que só bateu em mim? - Perguntou ofendida.
  - Porque a vadia da está longe. - resmungou, pegando um dos pratos. James tomou o cuidado de pegar o prato ao lado do que pegou.
  - Mentira, é porque eu sou foda e ela tem medo de mim. - tentou dar uma risada do mal. Matt riu, apagando qualquer vestígio de risada do mal vinda de . - Boiola. - resmungou, passando pelo baixista.
  - Eu?
  - Sim.
  - Por quê?
  - Porque você sabe dar risada do mal. - resmungou e, dando uma bundada em , começou a tirar sua comida.
  - Não era você que ia esperar? - James perguntou, confuso como sempre.
  - 'Tô com fome. - se defendeu, voltando ao seu lugar na ponta.
  - É que vaso ruim não quebra, James. - provocou e levou um tapa na coxa. - OUCH. Hoje vocês tão hein.
  Mais algumas frases sem nexo trocadas, todos se acomodaram.
  - ESQUECERAM O REFRI. - Matt gritou e piscou para , que, bufando, se levantou e pegou.
  - Depois que ficar gordo não reclama. - provocou, da outra ponta de mesa, de frente para .
  (n.a.: nem vou comentar que a é boa com previsões *olhar mortal*).
  O rádio continuava ligado. sorriu, antes que todos terminassem de comer tinha que começar a tocar alguma música decente, com esse pensamento a garota separou um pedaço digno de carne.
  Como se os céus quisessem atender ao pedido da garota, depois de 'Cancer' tocou 'The only hope for me is you', mas sabia que tinha música melhor, então, depois, começou 'Headfirst for halos', esperou alguns segundos, quando viu que começava a se animar, deu para perceber quando a garota começou a se balançar de um lado para o outro. pegou o pedaço de carne que tinha separado e tacou na direção de , que mantinha os olhos baixos, olhando seu prato de comida, acertando na testa da garota.
  - GRRRR. - Não se sabe se ficou com raiva ou tentou imitar um leão, o que importa é que ela se irritou e começou a xingar alguns palavrões, ao ver gargalhando, pegou um pedaço considerável de carne do prato de Matt (já que tinha comido todos os seus) que estava no seu lado esquerdo, e, sem pensar, fez o pedaço voar, indo de encontro à cara de . - TOMA BITCH.
  - Eu não queria falar isso, mas o momento pede. - James falou de um jeito fofo. - GUEEERRAA.
  Matt não pensou em mais nada ao ouvir o comando de James, fez seu refrigerante voar no rosto de Charlie, que estava na sua frente.
  - SEU MORCEGO MALDITO. - Charlie berrou e virou o prato na cabeça de Matt.
   arregalou os olhos, que povo doido, e, antes que alguém lhe acertasse alguma coisa, saiu correndo porta afora e mudou a música para 'the ghost of you'.
  A música era bem mais calma, e todos se acalmaram. ainda estava com raiva e por isso não ria. Charlie tinha a camisa vermelha toda manchada, mas mesmo assim gargalhava da cara de Matt que estava todo sujo de comida.
  James gargalhava, ninguém lhe acertara nada e estava horrível, a cara estava marrom, pois a carne tinha quase grudado no seu rosto, mas mesmo assim ela ria, a marca da carne ainda estava na testa de .
  - Aqui é todo mundo meio Lúcifer. - gritou, aparecendo na porta da cozinha e rindo.
  - Ah, , cala a boca. - pediu, ainda rindo.
  - Posso até calar, mas antes quero deixar uma coisa bem clara: eu não vou ajudar com essa bagunça. - Pegou Matt pela mão e puxou-o para o banheiro, no fim do corredor, para tentarem limpar o cabelo do rapaz.
  - Eu é que também não vou. - falou se levantando, vermelha. Não, ela não estava com raiva, mas tinha que se fingir ou a obrigaria a limpar.
  - Ei, eu não vou ficar limpando isso sozinha. - reclamou, indignada.
  - Não mesmo. - assentiu e apontou para James. - Você vai ajudar, seu Gambá. Está acostumado com sujeira. - não pode deixar de rir. - E além do mais, você que deu o grito de guerra e a que começou ME acertando. Então, se virem. Charlie, venha. - Deu as costas e saiu da cozinha. Charlie não pensou um segundo em contrariá-la.
  Quando Charlie entrou no quarto da garota, ria escandalosamente, sentada na cama.
  - A cara da . Toda. Marcada. - Falava pausadamente, ainda rindo.
  - E o James? Achei que ele ia cair da cadeira agora. - Charlie riu junto. - Só aquele bicha que não ficou sujo. Olha o que o Matt fez comigo. - Ele apontou para seu rosto, do topo da testa ainda tinha umas gotinhas de Coca.
  - Mas você deu o troco. - piscou. - E quanto ao James, a gente ainda se vinga. - deu de ombros, se levantando e se aproximando de Charlie.
  - Com certeza. - Charlie sorriu e puxou para perto de si, ao ver que ela estava andando muito devagar.
   nunca foi de dar o primeiro passo, sempre fora envergonhada com os garotos, mas com Charlie era diferente. Não demorou muito para passar a mão direita nas costas do rapaz, por baixo de sua camisa. Charlie não se importou e se afastou, há quem pense que para tomar ar, mas foi para tirar a camisa.
  - Está molhada mesmo. - Encolheu os ombros e puxou novamente, que sentiu os joelhos bambearem e, para manter-se em pé, envolveu o pescoço de Charlie com os braços, puxando-o com força para mais perto ainda.

  Matt não fez cu doce. Sem cerimônia pediu para que ligasse o chuveiro e meteu a cabeça em baixo.
  Começou a passar os dedos por entre os fios, depois a mão toda, fazendo a água espirrar em .
  - PÁRA, MATT. - A menor pediu rindo e desligou o chuveiro.
  Matt começou a tatear tudo ao seu redor, atrás de uma toalha.
  - ESSA É DA . - gritou, avisando quando Matt pegou alguma coisa felpuda.
  - Desculpa aí, me acha alguma então. - Matt pediu rindo.
  - Larga de ser boiola, fica com o cabelo molhado. - mandou rindo.
  - Quê? - Matt perguntou, erguendo a cabeça, que ainda estava abaixada embaixo do chuveiro, com um olhar mortal. - Como ousa falar essas coisas horrendas para o senhor Matt Willis, o rei dos reis? - Matt sacudiu a cabeça, espirrando mais água em , como faria um cachorro.
  - Pára. - pediu rindo. Matt sorriu de canto. Só agora percebera que não queria, de jeito nenhum, ser molhada.
  O baixista puxou pela cintura e beijou sua bochecha direita, depois a esquerda, depois o canto de sua boca. já estava vermelha, entreabriu os lábios, tentando falar alguma coisa, mas a voz falhara.
  Matt sorriu, piscando para a garota, depois, tateando, tentando ligar o chuveiro, chegou mais perto e selou os lábios em um selinho demorado, se separou quando conseguiu ligar o chuveiro em potência máxima e saiu do banheiro gargalhando, enquanto tentava se recuperar do jato de água gelada.

  - Ficamos com a zona toda. - comentou desgostosa, se recostando na cadeira.
  James olhou de lado para a garota, um sorriso brincando em seus lábios, os pensamentos em alguma coisa bem safadinha.
  - Bourne. - reprimiu indignada, ao perceber o olhar de James, não foi difícil descobrir o que ele pensava.
  James só se fez encolher os ombros.
  - Por onde começamos? - Perguntou depois de um tempo, pensando que quanto mais cedo começassem, mais cedo terminariam.
  - Vou começar limpando a minha cara que a fez o favor de sujar. - resmungou, se levantou e foi até a pia.
  James respirou fundo, não gostava de limpezas, então pegou os pratos e começou a levá-los para a pia.
  - Já cansei. - Reclamou choroso, encostando-se a pia. olhou o pano molhado que tinha em mãos e começou a sorrir, de um jeito muito sapeca. Que só James não reconheceu como perigo.
  - Não pode cansar, tem que trabalhar. - deixou o pano ali no canto, a arma preparada, e jogou a vassoura que Matt usara para James. - Agora, varra. - Falou no maior tom mandão que tinha. James, coitado, obedeceu.
   voltou aos pratos e a mesa. Quando já estava no quarto prato, olhou de lado e viu James se encostando à parede, cansado, já tinha varrido toda a cozinha, voltou seu olhar para os copos. James se aproximou sorrateiramente.
  - AI. - se assustou ao sentir as mãos na sua cintura. James sorrindo, apoiou o queixo no ombro esquerdo da garota.
  - Não terminou aí ainda? Sua lerdinha.
   tentou virar o rosto, olhando para ele de lado. Quem era o James para chamar alguém de lerdo? Quem quer que seja?
  - Olha quem fala né. - Resmungou, voltando seu olhar para a louça. Pegou a esponja e encheu-a de detergente.
  - Só uma pausazinha. - James pediu e aproveitou que os cabelos da garota estavam amarrados no alto, beijou-lhe a nuca. se encolheu arrepiada.
  - Eu tenho serviço, senhor Bourne.
  - Ah... - James gemeu e beijou atrás da orelha de . Parecia aquela cena de novela que a emprega está trabalhando e então chega o filho do dono da casa e fica tentando agarrá-la.
  - James Bourne, estou avisando. - ameaçou.
  - Você não pode fazer nada, só se render. - James riu, nunca conseguia falar nada bonito. Achou-se o máximo.
  - Veremos. - pegou o pano molhado de minutos antes e, como um ninja, se virou e tacou o pano na cara de James.

  No mesmo instante ouviram os gritos de .
  - Quê d-
  - Eles se acertam. - Bourne falou, passando as mãos nos olhos e puxando para um beijo calmo.
  Apesar da água que entrara em seus olhos, não se irritou. Só ficou com mais vontade de ter um tempo sozinho com .
   passou os braços pelo pescoço do Gambá e se rendeu ao beijo. Quando se separam, meio ofegantes, beijou a pinta do pescoço de James, sorrindo ao realizar, novamente, seu sonho. James sorriu e, colocando o dedo indicador no queixo de , fez com que a garota olhasse em seus olhos.
  O rapaz pensou por um momento em falar 'eu te amo', mas achou que poderia o achar precipitado.
  Nunca trocaram essa frase, porém James nunca se sentiu tão feliz, tão completo e com tanta certeza do que é amar.

  - Será que o Matt tentou matar a ? - perguntou preocupada, Charlie deu de ombros, empurrando a garota para trás, sem nem olhar. Então foi empurrada, sem querer, para a cama e Charlie caiu por cima. Nenhum dos dois realmente se importou e voltaram para o que tinham que fazer: se beijar.
   ocupava as mãos em bagunçar o cabeço de Charlie e Charlie em pressionar a garota cada vez com mais força, o que fazia puxar seus cabelos.
  Ouviram passos ao longe, se aproximando. arrancou as mãos do cabelo do baterista e o empurrou com força no peito. Charlie se levantou e tentou achatar os cabelos. tentava desesperadamente arrumar a camisa toda amassada, enquanto tentava se colocar de pé, deixando a roupa ainda mais amassada.
  Matt enfiou a cabeça pela porta.
  - Posso me escond.. Desculpa. - Pediu sem jeito, ao ver os cabelos de Charlie em pé, sem camisa e a blusa de quase ao avesso, mas o que entregou o casal foi seus rostos vermelhos e a distância que tentavam manter.
  - Ok? - perguntou abobada. Matt mordeu o lábio para tentar segurar a risada e saiu correndo novamente. Entenderam o motivo quando passou correndo e berrando coisas horríveis para o rapaz.
  - Hoje tem hein. - Charlie assobiou baixinho. riu e, nervosa, puxou assunto falando a primeira coisa que veio à cabeça.
  - Por que você chamou o Matt de morcego?

  - JÁ FALEI HOJE QUE VOU TE MATAR? - berrou, entrando no seu quarto.
  - Nos últimos três minutos umas quinze vezes. - Matt falou despreocupado, deitado na cama da garota, molhando todo seu travesseiro.
   ficou parada na porta, olhando aquela cena. Matt era indiscutivelmente lindo. Mas isso não era tudo, ele era também o mais atentando e agora, pensando em tudo, não sentia nada 'demais' pelo garoto. Haviam ficado. Tudo bem, mas isso não significava que tinham que continuar ficando. sentia que tinha que dar um jeito de terminar aquilo antes mesmo que começasse. Sua intenção na cozinha mais cedo não fora agarrar Matt, mas o momento pedia, mas mesmo assim, vendo Matt agora, não sentia vontade de ficar com ele.
   se lembrou do casal na cozinha, reparara quando passara correndo, os dois fofinhos e pensando bem, falava de James o dia inteiro e queria sempre estar com o garoto. ficava zoando a amiga Bourne, mas sentia o mesmo por Charlie.
  Já não era assim.
  - Algum problema? - Matt perguntou, se levantando e olhando para preocupado. Se fosse ou ali, já teriam dado um jeito de arrancar a porta das dobradiças e tacar na cabeça do baixista. Que era realmente o que a imaginação fértil do garoto queria.
  - Não. Tudo bem tirando o banho que eu levei. - falou, semicerrando os olhos.
  - Vou sair pra você se trocar então. - Matt falou rindo e, quando passou por , roubou-lhe um selinho. fechou os olhos. Não por estar gostando, ela estava gostando, mas porque não podia acontecer mais.

   estava com os braços em volta da cintura de James, descansando a cabeça no ombro do rapaz, observando atentamente a pintinha e prestando atenção nos gritos de . Então, tudo ficou quieto.
  - Opa. - falou, ao perceber o quão silenciosa a casa estava.
  - Ou a o matou, ou agarrou. - James comentou bestamente, sorrindo de lado. levantou o rosto.
  - Se bem conheço minha amiga. Ela agarrou. - E não pensou duas vezes em fazer o mesmo que a amiga. Afinal, era James Bourne na sua cozinha.
  Depois de matarem a vontade de se comer beijar, voltou a lavar a louça e James começou a enxugar.
  - Como estão as coisas na universidade?
  - Bem. Só a que teve uns momentos dramáticos hoje. Falando que vai reprovar e blábláblá. - rolou os olhos, fazendo James rir. - E vocês?
  - Tudo ótimo. - James estava com os olhos brilhando. As bochechas começaram a esquentar.
  - O que aconteceu? - perguntou interessada, colocando o último prato enxaguado em cima dos três que James ainda não enxugara.
  James baixou os olhos para os pratos, começou a falar enxugando-os, sem olhar para a garota, os olhos brilhando cada vez mais e as bochechas esquentando. - James, estou começando a ficar preocupada.
  - Não precisa. - Ele a olhou de lado. - É uma boa ação. O Fletch decidiu esses dias e só hoje ele conseguiu confirmar tudo. Nem comentamos com vocês porque estávamos correndo esses dias e vocês com os estudos, não deu tempo.
  - O que é? - perguntou, cruzando os braços, esperando James, o lerdo, terminar de enxugar a louça. - Vamos tocar depois de amanhã. No centro. E tudo o que arrecadarmos vai ir para instituições de caridade. - James sorria abertamente agora. E percebeu que ele estava corado de satisfação. Alegre porque ajudaria alguém.
  - QUE LINDO. - berrou, tirou o pano e o último prato, já limpo, das mãos de James e colocou-os na pia. Então, vendo o garoto com as mãos livres, pulou no rapaz. - Lindo, lindo. - James encostou a testa na testa de e depois selou os lábios em um selinho demorado. - Parabéns.
  - Vamos tocar com a McFLY. - James falou rápido, querendo esclarecer tudo, riu. - Obrigado.
  - Você fica incrivelmente lindo vermelho. - piscou.
  - É, muitas falam isso. - James piscou e levou um tapa no braço.
  - NÃO BATA NO MEU GAROTO. - Matt gritou, chegando à cozinha na hora.
  - Bato em você também. - ameaçou, pegando o prato recém lavado. Matt riu, agora sim.
  - Pode vir. - Matt chamou, largou o prato na pia e pegou o pano molhado. James pegou outro pano e foram atrás do baixista até a sala, onde começaram um tipo de guerrinha.

  - Morcegão Willis. - comentou depois de um tempo, rindo alto. Charlie sorriu, o apelido combinava com Matt.
  - Também acha que combina? - o baterista perguntou sorrindo.
  - Ahan, combina muito. - assentiu veementemente se lembrando dos dentinhos de Matt e aquela risada sinistra.
  - Então. - Charlie chamou a atenção, ao ver pensando muito no assunto, mas não precisou falar mais nada, o clima fizera se esquecer de Matt.
  - TAPORRA. - A garota gritou, pulando da cama e correndo fechar a janela. Um vento extremamente gélido começara a bater. Charlie riu da cara de , ao mesmo tempo em que pensava que ia passar frio. - Quer uma blusa? - perguntou ao se tocar que Charlie ainda estava sem camisa, apontando para o armário, correu até lá e pegou um blusão para si.
  - Tem algo que me sirva aí? - Charlie perguntou, se aproximando.
  - Tem a blusa do meu irmão, que eu roubei antes de vir pra cá. - piscou, Charlie ergueu a sobrancelha esquerda. - Ah, qual é, eu adoro essa blusa.
  - Então vou roubá-la de você. - Charlie piscou e pegou a blusa azul escura.
  - Roube por pouco tempo. - ameaçou. - Eu gosto dela.
  - E gosta de mim. - Charlie comentou, enquanto vestia a camisa vermelha que estava seca agora. - Tem combinação melhor? - Piscou e começou a vestir a blusa do irmão de .
  - Quem disse que eu gosto de você? - Perguntou chocada.
  - Não gosta? - Charlie devolveu, já vestido.
  - Não. - empinou o nariz e então olhou com a maior cara de esnobe que podia fazer para Charlie. - Você é só uma brincadeirinha, Simpson.
  Charlie abriu a boca, indignado.
  - É brincadeira, ok? - perguntou, desmanchando aquela cara, não ia conseguir ficar naquela pose por muito mais tempo, então desatou a rir. - Mas a sua cara foi HI-LÁ-RI-A.
  - Ah, você me paga. - Charlie ameaçou e , percebendo o perigo, saiu correndo pra fora do quarto. Quando chegaram na sala, porém, esqueceram de qualquer coisa.
  - MÁ QUE PUTARIA. - berrou, vendo os três guerreando na sala.
  - Oi. - James acenou, Matt não pode perder a chance ao ver James distraído e tacou uma almofada na cabeça de James com tanta força que James caiu do sofá.
  - Viado. - berrou e tacou outra almofada em Matt com força exagerada, Matt porém é esperto e desviou, a almofada acertou a barriga de Charlie.
  - Ouch. - Foi só o que Charlie disse, curvando-se. desatou a rir, Matt estava rosado, bateu a mão na perna rindo.
  - COMPLÔ? É ISSO? AGORA A PORRA FICOU SÉRIA. - berrou e pulou para o campo de guerra, pegando a almofada que caíra perto de James começou a socá-la em . Charlie pegou a almofada que o acertara e tentava bater em Matt, que pegou outra almofada e agora os dois as faziam de espadas. chegou na sala naquele momento, passou despercebida por todos e deu play no rádio, My Chemical Romance ressoava pela casa novamente.
  Quando já estavam com os braços doloridos de tanto se baterem, e com a garganta doendo de tanto berrar cantar, se esparramam nos sofás. ao lado de James, que estava todo esticado e com as mãos em cima da barriga. Matt jogado no chão mesmo, com a mão direita repousando sobre a barriga e a esquerda atrás da cabeça, sentada no sofá ao lado de . estirada na sua poltrona e Charlie sentado no chão, a cabeça encostada nas pernas de , as mãos nos bolsos do blusão do cunhado.
  - Reparando agora. - James começou, o cortou.
  - Eu tô com frio. - Bateu os queixos e correu fechar a janela da sala.
  - Idem. - concordou. - Pega uma blusa pra mim .
  - Eu também quero. - James reclamou, se encolhendo à .
  - Não tenho nenhuma blusa que te sirva. - o abraçou, passando a mão no braço do Gambá, tentando aquecê-lo.
  - E essa blusa aí, Charlie? - Matt quis saber. Charlie apontou para .
  - É do meu irmão. - explicou ao ver a cara de Matt. Matt continuou encarando os dois, que por azar estavam bem na sua frente, com um sorrisinho safado no rosto.
  - Que cara é essa, Matt? - perguntou curiosa, olhando para os dois na poltrona de lado.
  - Nenhuma. - Charlie se apressou a responder por Matt.
  - Matt é bobão. - deu de ombros, Matt riu.
  - Vampiro, , vampiro. - Charlie maneou a cabeça, desgostoso. resmungou alguma coisa em concordância.
  - Me expliquem. - pediu, voltando com duas blusas.
  - Eu conto. - ergueu os braços animadamente e começou a falar que, como Matt vira o ônibus primeiro, em total escuridão, é porque ele tem algum tipo de parentesco com os vampiros, e a pele clara e os dentes ajudavam e também aquela risada. Então começou toda uma zoação com Willis, que só ria e mandava o dedo, dependendo da hora.
  - Também tenho uma coisa para contar. - falou e então contou do show dos garotos para e , que, para sorte de , ainda não sabiam.
  - QUE LEGAL. - gritou empolgada.
  - Posso ir ver o show? - perguntou, os olhinhos brilhando, pelo menos assim passaria a virada do Natal com os amigos.
  - Claro, se você pagar. - tacou uma almofada na direção de , desviou, óbvio, tinha treinado muito na turnê. - Bitch. - mandou língua.
  - Reparando agora. - James repetiu o que falara no começo da conversa.
  - Quê? - Os outros cinco perguntaram juntos, James se encolheu, para riso dos amigos.
  - Nada demais, só que, bom, não tem nada que diga que estamos perto do Natal na casa de vocês, né? As garotas se entreolharam, encolhendo os ombros.
  - Quê? - Agora foi a vez dos dois garotos.
  - Nada, é que não tivemos muito tempo para nada, com a universidade. - falou primeiro.
  - E, na verdade, não nos sentíamos animadas para compras de Natal. - comentou. assentiu, mas sabia que as amigas tinham lhe comprado presente, do mesmo jeito que já tinha comprado presente para as amigas. Afinal, cada dia da semana passada era uma delas dando desculpa para se atrasar depois da universidade, e sabia que as desculpas eram para esconder os presentes. Um tipo de surpresa que todas conheciam.
  - Por quê? - Matt perguntou meio assustado. 'Não animadas', era uma coisa que Matt não aceitava muito bem.
  - Não nevou ainda. - falou e cruzou os braços, triste. - Nós queremos neve, poxa.
  - Eu acho que vai nevar logo. - James comentou.
  - Verdade, olha o tempo. - Matt comentou e se arrepiou na mesma hora.
  - VAMOS COMPRAR. - gritou e todos a olharam. explicou despreocupada, dando de ombros - Ah, qual é, se vocês que moram aqui dizem que vai nevar, então temos que acreditar, e quando nevar eu quero estar em casa com tudo arrumadinho.
  - Onde podemos achar árvore e enfeites de Natal? - perguntou se animando.
  Matt se levantou do sofá em um pulo.
  - Eu vou às compras. - Ele já foi avisando. - Aqui por perto tem, é claro. Mas temos que passar em casa primeiro, eu tenho que pegar uma blusa.
  - E eu também. - James assentiu.
  - Cabe todo mundo no carro? - perguntou.
  - Eu fico. - já se prontificou. - E arrumo um lugar para colocar a árvore e essas coisas.
  - Tem certeza? - perguntou, encarando a amiga. Sabia que gostava de compras e, poxa, era Natal. E em Londres.
  - Sim. - sorriu, mas não olhou para a amiga. Se ela teimasse em ir não teria lugar para os seis. E não passara nenhum Natal em Londres.
  - Eu também fico. - Charlie avisou, dando de ombros. Havia sentido que queria ir, mas já que ela ia ficar, não ficaria sozinha.
   não falou nada, mas quando passou pelos dois para ir se arrumar, passou a mão carinhosamente no cabelo de .
  - Vamos usar o seu CD enquanto arrumamos a casa. - sorriu para , que assentiu e foi para o quarto, se arrumar.
  - Eu quero vocês dois conosco. - James comentou, olhando para os amigos.
  - Olha a bagunça que deixamos a casa. - Charlie falou e os amigos olharam ao redor. As almofadas estavam jogadas em todos os cantos, os tapetes estavam embolados e até alguns enfeites da estante tinham caído no chão e os sofás não estavam no mesmo lugar.
  - Podemos arrumar agora. - Matt deu de ombros.
  - Não, Matt! - não falou brava, mas Matt encolheu os ombros como se tivesse levado um tapa no braço. encolheu os próprios ombros, olhando para o baixista que não a olhou mais.
  - Vamos? - chegou saltitante.
  - Vamos. - falou chegando depois.
  - Vamos. - James assentiu e abriu a porta. Matt saiu sem falar nada.
  - Algum problema? - Ouviram perguntar e não obter resposta.
  - Nós já voltamos. - acenou para os amigos e fechou a porta.
  Charlie olhou para cima, procurando os olhos de , então sorriu.
  - Aguarde. Três, dois, u-
  - Charlie, cadê as chaves? - James perguntou quase desesperado e Simpson começou a rir, tirou as chaves do bolso da calça e jogou no Gambá, que, por incrível que pareça, pegou no ar.
  - Ou, James, parabéns. - comentou admirada com o feito do amigo. James mandou língua e saiu, fazendo os dois gargalharem na sala.
  - Então? - Charlie perguntou.
  - Vamos arrumar? - chamou, se espreguiçando.
  - Já? - Charlie perguntou choroso e se virou para a garota, ficando de joelhos.
  - Sim, se começarmos já, terminamos rápido. - sorriu e se aproximou do baterista, que passou a mão carinhosamente na bochecha esquerda dela.
  - Qualquer dia saímos pra fazer compras, ok? - Charlie perguntou, sentiu os olhos ficarem úmidos.
  - Ok. - Falou por fim e fechou os olhos, sentiu Charlie se aproximando e logo depois os lábios do maior nos seus.

  - Tudo bem aí, Matt? - James perguntou, olhando o amigo pelo retrovisor.
  - Tudo. - Matt deu de ombros e começou a observar a rua. Tinha bastante gente fazendo compras. Não havia ficado bravo com , sabia que ela só queria que as amigas aproveitassem e tinha que ter uma desculpa para ficar em casa, no caso, arrumar para ter onde enfiar as compras.
  Mas não teria graça ir fazer compras com os três que o acompanhavam no carro.
  Ok, James o faria rir muito porque James é bobão e todo mundo ri com o Gambá.
   também era uma boa companhia, mas quem garante que não ia ficar com olhos só para James? Iam entrar em uma loja e começar a programar o que comprariam para a casa deles quando cassassem.
  Já comentei como a imaginação de Matt é fértil, certo?
  E ? estava diferente. Nem olhava para ele. 'Ela... cansou de mim?' Matt pensou consigo, então balançou a cabeça, estava tendo pensamentos típicos do Bourne. Isso não fazia bem.
  Então, concluindo, as compras não seriam tão legais como pensou no início.
  Agora, se os outros dois que ficaram na casa fossem juntos, aí talvez fosse legal.
   gostava de fazer piadas e sacanear os outros, talvez com ela ali não ficasse só pensando em como seria sua casa quando casasse com James. Imaginação fértil, ativar.
  E Charlie, apesar de ser meio irritado, bom, era o Charlie, o cara que sempre o ajudava a estragar as brincadeiras do James e a sacanear o mesmo. Era como se fosse e . E era engraçado deixar Charlie irritado também, apesar de não ser uma visão muito boa, não deixa de ser engraçado.

  Decidido, eu preciso daqueles dois.

  - Uau. - O sussurro de o tirou de seus pensamentos. Matt se virou e então seguiu o olhar de .
  Haviam parado. Estavam na frente da casa.
  - Entrem, senhoritas. - James chamou, saindo do carro e indo para o outro lado abrir a porta de e ao mesmo momento.
  - Só não reparem na bagunça. - Matt encolheu os ombros e as duas riram.
  Assim que entrou na casa, deixou James com as duas na sala e correu escada a cima, se sentindo o Mário Bross quando teve que saltar por cima de uma tocha de roupas de James na escada e, já perto do quarto, por uma lancha, digo, pelos tênis de Charlie.
  Entrou no quarto, trocou a calça, tirou a camisa preta que usava, colocou uma camiseta cinza, a preta por cima e então pegou um blusão preto e vestiu. Estava pronto, foi até o lado da cama e pegou a chave do carro em cima da mesa de cabeceira.
  Assustou-se quando voltou para a sala.
  - Só vamos dar uma aparência de gente na sala, rapidinho. - falou e riu. A única parte intocada e arrumada era perto da porta da cozinha, onde estava o pequenino pinheiro dos garotos. Apesar de tudo, e de qualquer costume, todos em Londres arrumavam pinheiros no Natal.
  - Tudo bem. - Falou meio incerto. - Eu vou buscar o Char e a .
  - Como? - perguntou.
  - Não vou deixar eles fora disso. - Matt deu de ombros, balançando as chaves. - Eu já volto, me esperem aqui.
  E saiu da casa.

  - Começamos por onde? - Charlie perguntou, levantando-se e dando a mão para .
  - Aqui não é a sua casa, mocinho. - brincou. - Não tem muito o que fazer, só arrumar a bagunça de agorinha pouco.
  Assim, varreram a sala, arrumaram os tapetes, arrumaram os enfeites, as almofadas, colocaram o sofá no lugar. E então sorriram um para o outro.
  - Primeira parte, comprida.
  - Primeira? - Charlie perguntou confuso. - Tem quantas?
  - Só duas. - riu. - Vamos só abrir um espaço aqui pra colocar a árvore.
  Puxaram o sofá mais para o meio da sala, dando um espaço bom entre a estante, a parede e a porta.
  - Você acha que dá? - perguntou.
  Charlie encolheu os ombros.
  - Acho que sim.
  - Perfeito. - ergueu a mão e Charlie tocou, depois olhou para a janela.
  - Conheço esse barulho. - Avisou e se distanciou. - Conheço mesmo. - Começou a rir. - Matt não sabe mesmo viver sem nós. - Piscou e abriu a porta. - Já terminamos aqui, certo? Então, , vamos às compras.
   foi pulando até chegar no carro, deixando a tarefa de fechar e trancar a porta, por conta de Charlie.
  - MATT. - Berrou ao ouvir o barulho das portas sendo destravadas.
  - Sobe aí. - Matt berrou e entrou na porta de trás, atrás do baixista.
  - Me desculpa? - A garota pediu, olhando para baixo.
  - Por mim está tudo certo. - Matt falou e sorriu, Charlie chegou e saíram ao encontro dos outros três.

  - Vocês conhecem alguma loja de prestígio? - perguntou ao ouvir barulhos na escada.
  Não obteve resposta, então parou de arrumar o sofá e olhou para o topo da escada.
  James estava com uma blusa vermelha, calça jeans números maiores que ele, um tênis tão grande quanto. E, cobrindo os olhos, um baita óculos escuro.
   sorriu, James, sempre James.
   fingiu pegar uma câmera e fingiu tirar fotos de James, que se animou e começou a fazer poses.
  , decidida a deixar tudo mais real, pegou uma câmera de verdade. Aí sim James se animou e começou a fazer de tudo, biquinho, empinar a bunda, arrancar os óculos e piscar, imitar leão.
  Então, o melhor de tudo aconteceu, James desceu três degraus rápidos demais, possivelmente imitando um corredor gay, e não viu a tocha de roupa no chão. Então, tropeçou por culpa dos tênis enormes e desceu o resto da escada rolando.
  - OOOOUCH. - O guitarrista berrou com força. - QUE MAU.
   sentou no sofá, gargalhando. acompanhou a amiga na risada, mas se aproximou do pé da escada, tentando ajudar James a se levantar. Matt, Char e haviam observado tudo pela janela. Entraram na casa gargalhando.
  Começaram muito bem!
  - Ajuda aqui. - pediu ainda rindo. James mandou o dedo para todos ali e levantou sozinho.
  - Acho que vai ter de amputar. - o Gambá choramingou, sentando na escada. Riram ainda mais. - Me levem no hospital. - James ordenou pediu.
  - Vamos é comprar! - gritou animada, parando de rir e nem se importando mais com o garoto.
  - Vamos. - concordou e pegou James pelo braço, puxando-o.
  - Quem vai comigo? - Matt perguntou.
  - Nem respondo. - falou, balançando a cabeça.
  - E eu é que não vou com o James. - Charlie rolou os olhos. - Falando nisso, Bourne, cuide do meu carro!
  - Eu vou cuidar que ele cuide. - falou e foi no carro do casal gambá.
  - Tá tudo bem? - perguntou para Matt, quando entraram no carro. Matt encolheu os ombros. Charlie trocou um olhar com que se obrigou a encolher os ombros como o Vampiro.

  - ? - chamou, virando-se para olhar a amiga.
  - Tá tudo bem? - James perguntou, olhando pelo espelho. assentiu. continuou a olhando, encolheu os ombros. dizia claramente pelo olhar que depois conversariam.

  - Olha, tá vibrando, tá vibrando. - gritou no banco de trás, dançando algum tipo de dança provisória.
  - É a . Diga bitch... Ela quer saber em que loja vamos.
  - Eles que estão na frente. - Charlie respondeu exasperado.
  - Vocês que estão guiando, bitch, nós que tínhamos que perguntar isso. - rolou os olhos. Matt riu do tipo dos amigos. - Vish, é verdade. Calma, vou falar aqui e já falo contigo. - E desligou.
  - Que foi? - Matt utilizou o melhor método de olhadela do século XXI: o retrovisor, há.
  - Quem está dirigindo lá é o James, vamos mesmo confiar na direção do Gambá?
  - Putz! - Charlie bateu a mão na testa e teve certeza que Matt só não fez o mesmo porque estava dirigindo.
  - É verdade, eu vou passar na frente e eles nos seguem. Charlie, alguma dica de loja?
  Charlie olhou para o motorista com uma cara digna de: 'não fode a minha dignidade'.
  - Ok, eu penso em uma loja. - Matt resmungou consigo mesmo e ultrapassou James.
   'Siga o mestre!' , mandou para e voltou a atenção para a briga dos dois amigos, tentando pensar em alguma loja digna de Natal.
  - Por que não vamos ao shopping? - perguntou insegura. Charlie se virou e Matt a encarou pelo espelho. - Desculpa, só que 'compras' me lembra shopping.
  - Shopping não é um bom lugar para fazer compras de Natal. - Matt respondeu simplesmente e decidiu não dar mais ideias.

  - Chegamos, pelo jeito. - James comentou ao ver o carro da frente parar.
  - Que rua mais... - não conseguia achar uma palavra.
  - Fofa? - perguntou sorridente.

  - EU QUERO MORAR AQUI. - berrou ao ver a rua que entravam. Charlie tapou os ouvidos, Matt fechou o olho direito, se arrependendo de ter buscado a garota.
  A rua estava toda enfeitada. As janelas estavam repletas de enfeites. As placas com os nomes tinham gorros de Papai Noel. E, uma ou outra casa, ao longo da rua tinha, no jardim, um boneco de neve. Não verdadeiro, pois era quase Natal e não havia nevado, mas ainda assim muito perfeito.
  E a rua, ah a rua, estava repleta de neve. Falsa, mas ainda assim, neve.
  - É isso que usaram nos filmes do Harry Potter. - comentou abobada assim que pulou do carro e pegou um punhado do negócio branco.
  Charlie e Matt se entreolharam, deram de ombros e desceram.
  - Acho essa rua o símbolo do Natal em Londres. Tem de tudo. - Matt falou quando as garotas chegaram perto.
  - Essa rua é mágica. - sorria de orelha a orelha. Os prédios aparentemente velhos demais, davam a impressão de estarem sempre no Natal. Desde que foram construídos.
  - Eu quero entrar. - choramingou e todos concordaram.
  Entraram na loja mais próxima. Ficaram estupefatos. Tinha todos os tipos de árvores ali. Tinha um pinheirinho igual ao da casa dos garotos. Tinha pinheiros maiores. Tinha árvores verdadeiras. Tinha de tudo!
  - Eu quero um pinheiro branco. - pediu, fazendo bico.
  - Ah, por quê? O verde é tradicional, . É lindo. - deu sua opinião.
  - Já olharam ali? - perguntou e apontou um canto da loja. Agora sim a putaria iria começar.
  - VERMELHO. - berrou, apontando.
  - LARANJA. - berrou tão, ou mais alto, que a amiga.
  - EU QUEEERO. - Berraram juntas e saíram correndo.
  - Doidas. - Matt falou, mas não se importou de ser doido também, e saiu correndo atrás. - Eu quero a azul. - Apontou idiotamente para a maior árvore que tinha ali.
  - Só se for para colocar no seu quarto. - Charlie opinou, James assentiu.
  - Idiotas.
  A dona da loja, uma mulher mediana e gordinha sorria vendo a alegria dos jovens.
  - Nada melhor do que o Natal para encher os corações dos jovens. - Comentou sonhadora e voltou aos seus afazeres.
  - Eu quero a vermelha. - repetiu.
  - E eu a laranja. - rebateu.
  - . - Gritaram juntas, se encolheu e arrependeu-se de ter mostrado aquele lugar às duas.
  - Não podemos levar as duas? - Perguntou por fim. e se entreolharam. Então assentiram.
  - Vamos pegar dois de tamanhos médios, pode ser? - perguntou e assentiu.
  Pronto, já tinham a árvore. Ou melhor, os pinheiros.
  Mas isso não os impediu de sair andando pela loja. Tinha vários tipos de árvores, ficaram encantadas ao verem os vários estilos.
  Perderam quase uma hora olhando tudo.
  - Onde levamos? - perguntou, quando saíram da loja.
  - Acho que cabe na parte de trás dos carros. - James deu de ombros.
  - Será? - perguntou receosa, não queria ir sendo espinhada.
  - Qualquer coisa vai quatro em um carro e só dois no outro. - deu de ombros e enfiaram as árvores no carro de Matt, o vermelho no porta-malas e a laranja no banco de trás.
  - NOOOA. - gritou ao ver o que tinha sido feito. - VOU TER QUE IR COM O JAMES? SENHOR ME PROTEJA.
  Rindo do desesperado de e da cara ofendida de James foram para outra loja.

  - ENFEITES. - gritou e entrou correndo.
  - Caramba. - Matt comentou assustado, e ele achando que só ficaria atrás de James.
  - VAMBORA . - berrou e, pegando pela mão, saiu correndo atrás da mais velha.
  - O jeito é entrar na dança. - James comentou e saiu correndo atrás.
  - Eu não vou correr. - Charlie avisou. Matt o encarou, então, pegando no pulso do maior, saiu quase o arrastando pela rua.
  - Me senti um lenhador. - Matt comentou, fingindo que não tinha fôlego, ao chegar perto dos amigos. olhou o Vampiro sem entender. - Sabe, arrastar um pinheiro e tal. - Matt balançou a cabeça de um lado para outro tentando fazer eles pegarem a piada.
   não demorou a começar a gargalhar, James a acompanhou, , lógico, não ficou atrás, Matt pulou para longe de Charlie, seu erro foi se esconder atrás de , que segurava uma almofada com o desenho do papai noel.
  - TOMA, SEU VAMPIRO MALVADO. - Gritou infantilmente e tacou a almofada na cara de Matt. Charlie começou a rir, pegou outra almofada e acertou as costas de Matt.
  - Dude, eu realmente não queria falar isso, porém, novamente, o momento pede: GUEEERRA!
   e não esperaram outra deixa e pegaram as munições. foi a que levou a pior, estava entre Matt e Charlie. Charlie queria acertar Matt e Matt queria acertar Charlie, e a única que apanhou foi . Já e James estavam batendo em .
  - MAS O QUE É ISSO NO MEU ESTABELECIMENTO. - Ouviram um grito. Matt pensou em gritar: PAPAI NOEL, mas achou que só pioraria a situação.
  O homem que os assaltara era baixo, gordo, barbudo e branquelo. Se não estivesse vestido com um tipo de pijama amarelo, seria realmente a cara e focinho do Papai Noel.
  - D-desculpe. - ainda tentou se redimir. Charlie tentava segurar a risada, mordendo o lábio, lógico que não teve sucesso. Ele não consegue respirar pelo nariz, estava mordendo a boca fechada, por dentro, então, no fim de poucos segundos, estava tossindo e rindo meio desesperado. Os amigos gargalharam do jeito de Charlie, não queriam ter o problema do amigo.
  - FORA DO MEU ESTABELECIMENTO, SEUS ARRUACEIROS! - O velho de pijama amarelo gritou, ficando vermelho de raiva. Os jovens não tardaram em obedecer, ainda que rindo.
  - Precisamos de outra loja para enfeites. - pediu, tentando mudar a direção das risadas. Coitado de Charlie.
  - Em frente. - Matt falou apontando, ainda rindo.
  - ENFEITES. - berrou, saiu correndo como um furacão novamente.
  - Dessa vez eu corro por vontade própria. - Charlie falou e levou James consigo.
  Matt, os pensamentos à mil, saiu correndo atrás.
  - Vamos? - chamou e ofereceu o braço, riu e pegou.
  - ...
  - Compras, , compras. - falou rindo e a amiga assentiu sorrindo.
  A loja que estavam agora era indiscutivelmente a maior loja da rua.
  Encontraram os amigos ao avistar a cabeça de Charlie, no final do quinto corredor. Parecia um mercado enorme.
  - Acho que está acontecendo algo ali no estilo da outra loja. - opinou.
  - Também acho. - falou, se entreolharam e saíram correndo.
  Estavam certas. Charlie segurava James forte pelos braços, Matt passava enfeites em James. O pequeno Gambá estava com aquelas 'cordinhas enfeitadas de papel que arrepia' de cor rosa em volta do pescoço. Repararam, quando Charlie o soltou, que as mãos no rapaz estavam amarradas com uma cordinha vermelha daquela.
  - Coitado. - repreendeu, mas não fez nada para soltar o rapaz.
  Charlie pediu que Matt o segurasse e assim o baixista o fez, James se debatendo violentamente.
  Charlie pegou a maior das cordinhas, uma roxa, e passou nas pernas do garoto, amarrando.
  - E pra ele não gritar. - gritou e estendeu outra cordinha, Charlie passou na cabeça de James, que agora nem gritar conseguia.
  Matt o soltou depois de toda essa tortura e gargalhou ao ver que James fez a coisa mais idiota: tentou se virar para brigar, o resultado foi o guitarrista esparramando no chão.
  Entre brigas, gritos e risadas, compraram todos os enfeites (inclusive as cordinhas que amarraram James, que segundo James, tinham um nome: maligna).
  - Casa? - Matt perguntou, quando conseguiu enfiar tudo no carro. Estavam cheios de sacolas. Enfeites de Natal são muito volumosos.
  Todos assentiram e Charlie foi o copiloto de Matt. James ficou com as três garotas.
  - Quer falar alguma coisa? - Charlie perguntou, depois de um tempo em silêncio. Matt encolheu os ombros.
  - Tipo o quê?
  - Tipo o que está acontecendo. - Charlie rolou os olhos. - A , sabe. - Tentou explicar o óbvio, ao ver que Matt não respondia.
  - Mas não tem o que falar. - Matt deu de ombros.
  - Como não? Vocês nem estão conversando. Isso não é normal, até porque você fala com todo mundo e fala até o que não precisa ser falado. - Charlie deu um soquinho no ombro de Matt nessa hora, que riu se lembrando do 'lenhador'.
  - Foi mal dude, mas eu não aguentei. - Charlie resmungou alguma coisa e Matt ficou feliz ao deduzir que não era um palavrão. - Mas então, eu não sei dude, mesmo. Estava tudo bem e então ela começou a ignorar, eu acho.
  - E isso não te preocupa? - Charlie perguntou, encarando a calma de Matt.
  - O que eu posso fazer? - Matt perguntou, olhando para Charlie, que não soube o que responder.

  - Uou, achei que a casa tinha ficado daquele jeito. - comentou, assim que a abriu.
  - Enquanto o Matt foi buscar o carro, você acha que ficamos fazendo o quê? - perguntou indignada. a olhou, os lábios se virando em um sorriso. - SUA IDIOTA. - Berrou ao perceber quais eram os pensamentos de .
  Charlie, com o rosto escondido atrás do pinheiro, pediu licença para entrar na casa, quando colocou o pinheiro vermelho onde tinha arrumado o lugar junto com a garota, perceberam que seu rosto estava meio rosado.
   riu mais ainda disso e mandou-lhe o dedo.
  Matt apareceu com o pinheiro laranja e colocou ao lado do vermelho.
  - Aqui mesmo?
  - Acho que sim. - deu de ombros e olhou para que fez o mesmo.
  - Estive pensando. - James anunciou ao entrar cheio das sacolas.
  - Você? - perguntou, vinha com o resto das sacolas.
  - James? Pensando? - Charlie perguntou, visivelmente preocupado.
  - Vai feder. - Matt avisou, fazendo os amigos rirem.
  - Parem de falar assim, o James pensa sim ! - repreendeu os amigos.
  - Que ele pensa a gente sabe, surpresa mesmo vai ser se ele pensou algo que presta. - abanou a mão como se já tivesse acostumada e sentou na sua tão amada poltrona. A sala explodiu novamente em riso, até e James riram.
  - Sua mula. - James falou por fim. Apelidos fofos era o que mais reinava naquela casa.
  - Não seja bobo, James. - repreendeu o amigo. - Ela é anta, esqueceu? O Charlie que é mula. - Novamente, risos.
  - Podíamos ter uns apelidos melhores né? - perguntou triste para Charlie que assentiu.
  - Eu estou de boa. Sou Vampiro. - Matt mostrou os dentes, tentando ser sensual. (e conseguindo na visão de algumas pessoas ali presentes)
  - Eu sou a Sherlock Holmes. - estufou o peito, feliz.
  - POSSO FALAR? - James berrou ao ver que iriam começar uma discussão, tentando achar apelido pior para Matt e .
  - Fala. - Responderam todos juntos e cada um se arrumou em um canto, menos James, que fechou a porta e continuou em pé.
  - Não sei como é no Brasil. - Dirigiu um olhar às garotas, que ergueram as sobrancelhas curiosas. - Mas as famílias costumam colocar no pé da árvore, na virada do dia 24, os presentes, nós não fazemos assim. - Deu de ombros.
  - Não mesmo, ano passado o bicha loca do Charlie jogou o embrulho na minha cara, quase quebrou meu nariz. - Matt, que estava sentado no braço do sofá se esticou e socou o ombro de Charlie, que estava novamente sentado e encostado nas pernas de . As garotas riram, imaginando a cena.
  - Na minha casa não era assim também. - falou, as duas concordaram. - A pessoa acorda, recebe, pronto, acabou.
  - Aqui todos fazem assim. - Charlie confirmou o que James falara.
  - Achei que poderíamos fazer isso esse ano, não sei, foi só uma ideia. Deixar o Natal de vocês o mais inglês possível. - James tentava se explicar, ficando sem jeito e meio rosado.
  - OWNT. - As garotas fizeram juntas e pulou no garoto. - Já falei o quão lindo você fica vermelhinho? - Perguntou e beijou o rapaz, segurando-o nas bochechas.
  - Ownt. - fez novamente. Apesar de zoar tanto o rapaz, e tirar muito com , eram um casal bonito.
  - Voltem para a vida. - pediu e eles se separaram rindo. - E eu amei a ideia, James.
  - Vai me pedir desculpas agora? - James sorriu vitorioso.
  - Eu não, uma ideia descente para milhões perdidas. Você precisa fazer mais para me convencer! - deu de ombros e Matt assobiou baixinho, depois riu.
  - TOMA. - Charlie provou, rindo também.
  - , não seja tão malvada comigo. - James pediu por fim, cabisbaixo.
  - Deesculpa James. - pediu rindo. - Te abraçaria agora, se a não cortasse meus braços fora.
  Todos riram ao ver avermelhar.
  - Cala a boca, vadia, vamos voltar à ideia.
  - Eu quero usar as duas árvores, alguma ideia? - pediu.
  - Como assim? - Pelo menos três perguntaram.
  - Assim, já que se coloca os presentes embaixo das árvores, vamos colocar embaixo das duas, certo?
  - Ah, saquei. - Matt se pronunciou. - Os presentes das garotas na árvore... Que árvore? - Perguntou olhando com receio para e . Nunca se sabe o que pode vir daquelas duas.
  - Da laranja. - foi mais rápida. olhou para amiga, sorriu fofamente.
  - Ok, da laranja. E os presentes dos garotos na vermelha. - Matt completou e todos concordaram.
  Por um momento, pensou em dar a ideia de amigo secreto, mas então se tocou que ganharia apenas um presente. Assim, tinha a chance de ganhar, pelo menos, três.
  - Vamos arrumar? - James pediu.
  - VAMOS. - Gritaram juntos e todos se levantaram.
  A putaria voltou a reinar na casa. James estava sofrendo novamente com os companheiros.
  - Me passa uma maldita aí. - pediu e todos riram. A garota bufou. - Vai, pode ser a que está segurando a cintura do James.
  Conforme iam arrumando, as garotas arrumando a árvore laranja, os garotos a vermelha, o tempo ia esfriando. Quando faltava só a estrela no topo, as garotas não aguentaram mais e correram para os quartos atrás de blusas. Os rapazes não. Estavam acostumados com aquele tempo.
  - Pensando bem. - começou, quando colocou a mão na maçaneta da porta do seu quarto.
  - Quê? - perguntou, parada a dois passos de seu quarto.
  - Diga! - pediu, quase dentro do quarto.
  - Está frio demais, eu sei, é inverno, está perto do Natal, mas mesmo assim. - Os olhos da maior começaram a se arregalar. - Será que... - Não completou e entrou correndo no quarto. - AAAH, QUE LINDO.
   e se entreolharam e então correram atrás de , encontraram-na pendurada na janela.
  - NEEEVE. - berrou e começou a pular.
  Nisso, os garotos já tinham colocado as estrelas nas duas árvores, Matt foi o primeiro a entrar no quarto.
  - Ficamos tanto tempo enfeitando e brincando que o tempo voou, já são oito horas e a neve mal começou a cair. Se arrumem, vamos lá fora.
  Fora a melhor coisa que Matt falara naquele dia. Os três correram para fora do quarto quando começou a surtar e a jogar os travesseiros em seus pés e, as garotas, foram se arrumar.
  Quando chegaram à sala os rapazes se assustaram com as roupas grossas que as meninas usavam, então se lembraram de que elas não eram acostumadas com aquela diferença de temperatura.
   nunca se sentira tão feliz e, embora e já tivessem visto neve, a sensação naquela hora foi muito diferente da do ano anterior. Talvez agora fosse porque tinham a Busted.
  - CRIADOR DO UNIVERSO, ME ACODE. - gritou desesperada ao sentir aquela coisa gelada no seu rosto. Fora que acertara uma bolinha no rosto da garota.
  - Dude, eu realmente não qu-
  - GUEEEEERRAAA. - Matt, Charlie, , e gritaram antes que ele (James) pudesse terminar a sua tão amada fala e, cada um, acertou-lhe uma bolinha na cara.
  - NAUFRÁGIO. - James berrou idiotamente, se sentindo em alto mar, os amigos riram.
  Perceberam que já era tarde quando as luzes dos postes na rua começaram a se acender. Pararam encostados na cerca, olhando a rua, os flocos de neve não cessavam em cair, olhando para o poste mais próximo, a neve caindo contra a luz tinha um efeito único.
  - Já falei que Londres é linda? - perguntou, apaixonada pela cidade e por aquela visão.
  - Muito linda. - Todos concordaram e voltaram para dentro da casa, com sorrisos imensos.
  - Vamos para casa? - James perguntou assim que a porta se fechou, estava molhado até a medula.
  - V-vamos. - Matt concordou, o queixo batendo.
  - Até amanhã? - Charlie perguntou olhando , que sorriu, também batendo os queixos.
  - Se eu estiver viva. - Encolheu os ombros e Charlie a envolveu em seus braços.
  - Não ouse brincar com isso. - Sussurrou no ouvido da menor, mas não impediu que os outros ouvissem.
  - Até amanhã. - James estendeu a mão e pegou. - Vou indo senão eu vou morrer.
   riu e recebeu um selinho. Matt e se entreolharam, a garota não dava sinais de ir se aproximar e Matt ficou sem saber o que fazer, o frio sumindo e o calor chegando ao seu rosto. Charlie, percebendo como as coisas estavam para o lado do Vampiro, beijou a testa de e se despediu das outras duas com um aceno de cabeça, e seguiu Matt para fora da casa.
  - Eu...? - Charlie não sabia que pergunta fazer, mas Matt entendeu.
  - Se você não liga de correr mais um risco em ir com o James. - O baixista tentou fazer piada, Charlie riu para não perder o amigo.
  - Faço esse sacrifício. - Charlie deu de ombros e Matt foi para seu carro, indo para a casa antes dos dois.
   ficou na janela até o carro de Charlie sumir. Então se virou para as amigas, estava pertinho do corredor, fugindo pé ante pé. estava parada, com uma cara sonhadora.
  - . - gritou, mas não foi rápida o bastante. voou para o banheiro e se trancou. olhava para com um olhar meio perdido, assustada com o grito que a despertou. logo percebeu que estava Bourne demais naquele momento.
  - Bom, amanhã conversamos com ela. - deu de ombros e saiu correndo. Quando percebeu que a garota correra para o outro banheiro, era tarde demais. já estava trancada. - SEJAM RAPIDAS. EU TÔ COM FRIO. - berrou com as amigas, embora estivesse mais longe, foi possível ouvir a risada maléfica da amiga. não ficou assim tão triste, se virou para as árvores e conectou as estrelas na tomada, e ficou as vendo mudar de cor, piscando, de um jeito divertido.
   saiu do banheiro quando ouviu uma porta batendo e depois o grito de alívio de , o que indicava que saíra do banheiro e entrara. Ou seja, corredor até o quarto liberado. Já que era para ser interrogada, que fosse só no outro dia.

  23/12

   acordou tarde na manhã seguinte. O sol iluminava fracamente o quarto, assim que se levantou, olhou pela janela, a pouca neve que caíra estava quase toda derretida. Pediu aos céus que mandassem mais neve, mas não ficou na janela esperando.
  Se arrumou e foi para a sala, onde encontrou enrolada em um cobertor assistindo algum filme de comédia romântica natalina. apareceu na porta da cozinha.
  - Oi , sua dorminhoca.
  - . - se arrumou no sofá assustada, riu, nem percebera que não a percebera.
  - Olá. - respondeu e foi se sentar ao lado de , que se desenrolou oferecendo uma ponta do cobertor. aceitou, na mesma hora a envolveu firmemente, segurando-a pelos ombros.
  - Agora você vai ter que conversar. - ameaçou, desligando a TV.
  - Droga. - resmungou, fechando a cara. - Desde quando a armadilha estava preparada?
  - Não estava. - deu de ombros.
  - Acontece que somos muito espertas. - falou alegremente.
  - São telepáticas. - falou, fingindo espanto.
  - NÃO MUDE DE ASSUNTO, SUA LÚCIFER. - tentou imitar o que lhe falara no dia anterior, mas só arrancou risadas.
  - Ok, vamos conversar, eu não vou fugir. , me solte.
  - Noway. - respondeu simplesmente. - Agora fala logo dessa mudança assustadora entre você e o Matt, ou eu nunca mais te solto. - apertou os ombros de para deixar sua atuação ainda melhor, mas ao ver que nem ria nem falava nada, se assustou. - ? É brincadeira, ok? Eu vou te soltar, mas queria respostas. - E soltou a amiga.
  - Caminho. - chamou e se sentou ao lado da dita cuja, abraçando-a de lado. continuou no seu lugar, olhando as amigas. era tão fofamente amiga algumas vezes e em outras tão assustadora, dando tapas e xingando. Tinha que rever isso aí.
  - Vocês 'tão bravas comigo? - perguntou antes de tudo, olhando de uma amiga para a outra, os olhinhos brilhando.
  - Não, né. - Responderam juntas, indignadas.
  - Menos mal. - riu baixinho. - Eu gosto do Matt, ok? Mas eu não acho que gosto dele do mesmo jeito que a gosta do James, por exemplo. - resmungou alguma coisa. - Gosta sim, você fala dele o dia todo, não é mesmo ?
  - Sim, totalmente verdade. 'James aqui', 'James ali', 'Gambazinho mais cheiroso do mundo', 'bicolor gatinho', 'James Bourne me com-'.
  - . - gritou indignada, mas mesmo assim riu.
  - Ah, é verdade. - deu de ombros.
  - Como se você n-...
  - O assunto aqui é a . - fuzilou com o olhar. - , sua linda, prossiga.
  - Então. - obedeceu ainda rindo das duas. - Eu gosto dele e a gente ficou naquela vez do Bus-Ted e tal, mas não é uma coisa que eu quero toda vez que o vejo, entendeu? E vocês não, sim, , você também. - bronqueou e não ousou discordar.
  - Mas , não é toda vez que vocês se vêem. - tentou achar uma solução.
  - É, só quando eles aparecem aqui. - deu de ombros e a encarou. - Ok, ok, voltem a discutir.
  - Quando você achar um cara 'para toda vez que o vejo', aí você larga o Matt. - Agora foi que encarou , indignada. - Ou não, não sei.
  - , que horror, isso não seria legal, ele ficaria muito puto com isso. - rolou os olhos. - E eu não quero fazer isso.
  - Por que não? - Agora foi quem se interessou.
  - Lá no Brasil eu fiquei com um cara, ok? Sempre a gente se via, mas ele só ficava por ficar e eu acabei gostando de ficar com ele e então ele achou uma garota -para toda a vez que a via? e a bobona aqui ficou de canto.
  Nessa hora, as duas abraçaram .
  - Eu não quero fazer isso com o Matt. Ele é legal demais para isso.
  - Entendemos. - assentiu. - Mas e assim, como fica?
  - Como fica o quê? - perguntou, olhando a mais velha.
  - Quando a gente sair. - encolheu os ombros.
  - O que que tem? - perguntou, também olhando para .
  - Digo, nós seis, não vai ficar meio... chato?
  - Qual é, . - abanou a mão, desdenhosa.
  - É, vocês saem com eles e eu fico em casa. - deu de ombros.
  - NÃO, BURRA. - gritou indignada com a ideia. - Você vai junto, eu não vou te deixar no canto, agora a com o Gambá eu já não sei. - falou a ultima parte baixinho, só para ouvir, mas não deu resultado, e percebeu isso ao levar um tapa nas costas. - SUA ÉGUA, VOLTA AQUI. - se levantou e pegou a almofada mais próxima. Enquanto não sentiram cheiro de comida queimando, não pararam de guerrear.

  - COMIDA. - James berrou saindo do quarto e se preparando para correr escada abaixo.
  - TEM QUE FAZER. - Charlie respondeu do sofá. Matt riu ao ver James parar de correr no meio da escada, a perna direita suspensa no ar, no mesmo lugar que caíra no dia anterior.
  - Vai, James, repete a dose. - Matt pediu rindo, Charlie o acompanhou. - Será que a gravou aquilo ontem?
  - Temos que pedir pra ela depois. - Charlie olhou para o amigo com um olhar de 'não me deixa esquecer', Matt devolveu com um olhar de 'E perder de tirar com o James? Nunca!'.
  - Bobões. - James resmungou, terminando de descer beeem devagar. - Mas então, já que falaram das meninas, e aí Matt, nada a declarar? - Matt mandou dedo.
  - Não, já que insistem. - Se obrigou a falar ao ver que os dois o encaravam. - Não tenho nada a declarar.
  - Assim, do nada? - James insistiu. Matt encarou o guitarrista, quem ficava insistindo e enchendo o saco ali sempre era ele. Tinha que rever isso, James.
  - Do nada. - Matt encolheu os ombros. - Estávamos numa boa, daí ela se afastou. - Encolheu ainda mais os ombros. - Talvez foi o banho gelado que eu a fiz tomar. - Matt riu nessa hora, lembrando-se da cena. - Coitadinha. Vou pedir desculpas depois.
  - Você fez a tomar banho gelado? - James perguntou interessado, a cara tarada se fazendo presente.
  - Uh, idiota, nada do que você está pensando. AGORA O CHARLIE. - Matt berrou e pulou para fora do sofá ao ver Charlie levantar a mão rumo seu pescoço.
  - O que tem o Charlie? - James perguntou, ainda mais interessado.
  - Tava sem camisa no quarto da , e ela 'tava com a camisa tooooda amassada e estavam MUITO próximos da cama dela. - Matt começou a rir ao ver James se virar para Charlie com aquele sorriso maroto que só o Gambá tinha, e, automaticamente, Charlie começou a ganhar uma cor rosada.

  - Agora, vamos fofocar um pouco. - pediu, ajudando a arrumar a mesa.
  - Sobre? - perguntou, interessada.
  - Bom, vamos deixar para depois do almoço que eu não quero outra guerra de comida. - pediu.
  - Hoje não tem perigo, a só se anima quando toca MCR pelo jeito. - deu de ombros e então encarou com uma expressão nada bonita, lembrando-se do dia anterior.
  - A música era empolgante. - encolheu os ombros e se sentou.
  - Você ouviu isso? - perguntou.
  - Toma a testa dela, e depois o pulso, tem alguma coisa errada aí. - recomendou.
  - Eu tô bem. - deu de ombros, mas enfiou a mão na testa da garota do mesmo jeito.
  - Temperatura normal, mestra. - falou para .
  - O pulso, por favor. - pediu e forçou a estender o braço, checou. - É, tudo ok por aqui também. Vai ver é o poder do vermelho. - deu de ombros, lembrando-se do cabelo escarlate de Gerard Way.
  - Af, não fode né, o que eu vou querer com aquela Rihanna macho? - perguntou, puxando o braço.
  Como sempre, riu.
  - Quem é você pra falar do Gee? , você namora a Cruella macho. - Se ria antes, agora ela gargalhava.
  - Cruella macho é o seu-
  - Meu o quê? - perguntou rindo, se preparando para correr, na sala ela sabia que apanharia de almofadas, na cozinha o negócio era de outro nível.
  - Seu conhecido. - acabou com a putaria. - Vamos comer que eu quero fofocar depois do almoço.

  - MAS ENTÃO. - Charlie gritou com os amigos. - Aquela comida rola?
  - Você falou que tinha que comprar. - James deu de ombros. - Mas então cara, o que vocês 'tav-
  - Vou ir comprar então. - Charlie se levantou, pegou as chaves e saiu, deixando os amigos rindo. Rindo até ouvirem o celular de James tocar.
  - FUCK. - James saiu correndo escada acima (tropeçando em todos os degraus). - ALÔ? Ah, desculpa. - James sussurrou e voltou para a sala falando baixinho. - Grosso. - Falou por fim, desligando.
  - Quem era? - Matt perguntou rindo.
  - O Harry. - Matt ergueu a sobrancelha. - Mandou eu não gritar com ele, daí eu falando baixo e ele me mandando falar alto. CARA NÃO SE DECIDE, VELHO. - Matt bateu a mão na testa, James, SEMPRE James.
  - E aí?
  - Vão vir comer aqui. - James deu de ombros.
  - Mas são uns vadios mesmo. - Matt rolou os olhos. - Assim o Fletcher faz o que tiver que fazer. - James assentiu.
  Mas não precisou Tom fazer nada, Charlie voltara com pizzas, quando Harry perguntou por que ele simplesmente não ligara pedindo a pizza, o baterista desconversou e mandou Harry comer de boca fechada.

  - Então, vamos fofocar. - pediu, os olhinhos brilhando, pulando no sofá e se enrolando no cobertor, que só agora, reparara ser da Turma da Mônica.
  - Ownt, que fofinha! - apertou a bochecha direita da garota.
  - ME SOLTA DEMÔNIA. - bateu na mão de . - Só por isso não vou dividir com você. - Mandou língua e então mudou seu comportamento. - O que você quer fofocar?
  - Da . - piscou.
  - QUE TEM EU? - berrou, chegando com seu cobertor. - Vem aqui que eu te abrigo, vadia.
  - Que tem é que vamos falar de você. - deu de ombros. - Mudei de ideia, eu divido com você, porque se você for lá, ela não te deixa falar. - E puxou pelo braço, obrigando-a a ficar sentado ao seu lado.
  - O que vocês vão falar de mim? - perguntou, perdida.
  - Fofocar, mas eu não sei o que ainda. - tentou explicar, complicando ainda mais a cabeça da amiga.
  - Qual o assunto, ?
  - PEGAÇÃO NA COZINHA. - gritou esganiçada, erguendo os braços e tentando fazer algum tipo de dança, sem chances, já que estava enrolada no cobertor.
  - AH, . - reclamou, ficando vermelha.
  - Pegação na cozinha? PE-GA-ÇÃO na cozinha? - olhava de uma para a outra. - VOCÊ FICOU DE PUTARIA COM O GAMBÁ NA COZINHA? EEECA CARA. - gritou, fazendo ânsia. - E EU COMI LÁ AGORINHA. .
  - Calma, , calma, foi pertinho da pia, você comeu na mesa. - tentou consertar.
  - Bah, agora já comi mesmo. - deu de ombros. - Mas então , pra conseguir alguma coisa ali você teve que agarrar a Cruella?
  - . - gritou novamente. - Eu não tive que agarrar ninguém, ele que me beijou. - fez a melhor cara de fuckyeah que poderia fazer.
  - Desculpa aí, fodona. - deu de ombros. ficou sorrindo, tentando desviar os olhos e esconder o sorriso.
  - QUE FOI, ? - Berraram juntas.
  - Eu, eu, eu.
  - Sim. Você. Você e o que mais? - perguntou, ainda com nojo. riu.
  - Beijei a pintinha do James, AAAAAH. - Todas ali sabiam a tara que sempre teve por aquela pinta estranha, no pescoço estranho, pertencente a um cara ainda mais estranho.
  - AAAAE, . - ergueu novamente os braços, tentando a dancinha.
  - SOME DAQUI DEMÔNIA. - gritou com e levantou-se, pegou o cobertor e foi para sua poltrona, deixando forever alone.
  - Viu você não quis vir comigo. - mandou língua e recebeu uma almofadada vinda de .
  - Toma, sua bitch tarada. - provocou e recebeu uma almofadada também. estava certeira.
   e se entreolharam, sorriram, piscaram. arregalou os olhos (AGORA A PORRA FICOU SÉRIA, gritou assustada), mas o seu erro foi ter ficado sentada do mesmo jeito. tacou-lhe uma almofada e correu com o cobertor, as duas tentavam sufocar o máximo possível sem matá-la.
  E a tarde passou nessa putaria, horas comentavam sobre o tempo, ainda queriam neve. Hora ligavam a TV e ficavam comentando sobre os apresentadores. Em algum momento ligou para a família. Depois voltavam a brigar. E, em todo o momento, faziam algum comentário sobre os garotos.

  Depois de comerem as várias pizzas que Charlie trouxera, os garotos se jogaram na sala de qualquer jeito, os copos que tomaram refrigerante fazendo pilhas na pia, mas isso não importava. Não enquanto não abaixasse abutres no telhado da casa.
  - Que vamos fazer? - Dougie perguntou, depois de um tempo olhando para os donos da casa.
  - Vamos assistir. - Tom deu a ideia.
  - O quê? - Harry perguntou.
  - Não quero assistir. - Charlie reclamou.
  - Então vamos jogar. - Danny deu de ombros.
  - Vamos. - Todos concordaram e James arrumou o aparelho. - Quem ousa jogar contra mim?
  - Vish, moleza. - Harry desdenhou e pegou o outro controle. Logo ele viu que não seria moleza ganhar de Bourne, afinal, James treinava todo o santo dia com Matt.
  - Perdedor. - James mandou língua para Harry e chamou o próximo. Harry emburrou e não quis jogar mais, Charlie falou que 'não estou afim de humilhar ninguém' e gastou o tempo conversando com Judd. Apesar de morarem na mesma cidade, irem à mesma gravadora e terem os mesmos amigos, fazia tempo que não se falavam.
  Matt, depois de perder, se emburrou e foi para o quarto, alegando que estava um pouco cansado. Charlie, Tom e Harry, ao ouvirem isso, se entreolharam aliviados, Matt não era uma boa companhia para as mentes bobas de Danny e Dougie, a dupla dinâmica já causava bastante confusão sozinhos. Quando tinham um líder a coisa piorava.
  Na sala a zona continuava.
  No quarto, Matt fechou as cortinas e deitou. Agora não estava mais pensando em pedir desculpas pelo banho gelado dado sem intenção (sem intenção, ahan) talvez fosse melhor deixar rolar e ver no que daria, sem forçar. Acabou dormindo a tarde toda.
  Na sala, apesar de gostarem de D&D estarem sem um comandante, Matt fazia falta.
  - Ele está bem? - Tom perguntou quando cansou de perder vergonhosamente para Dougie.
  - Matt? Sim. - Charlie deu de ombros.
  - Estou com fome. - Danny avisou, e todos o olharam sérios.
  - Daniel. - Dougie foi o único a se pronunciar e, pela cara do baixista, acharam que ele brigaria com Danny, por mais inédito que isso seria. O resultado foi outro, é lógico. - Como ousa falar que está com fome antes de mim? - James que estava com o controle da TV na mão, jogou em Dougie, Charlie estava com o celular, fez o aparelho tomar o mesmo rumo, Harry, Tom e Danny estavam sem nada, por isso pularam no menor. - EU SEMPRE LEVO A PIOR, POR QUE LORD?
  - Você não leva a pior mais que o James. - Charlie discordou.
  - Como assim? Ele está numa boa ali. - Dougie reclamou.
  - Dougie! - Charlie exclamou exasperado. - Ele é o James, quer pior que isso?
  A sala se encheu com as risadas, mas ainda deu para ouvir James resmungar:
  - Você anda muito com a , aquela maléfica.
  - ? - Harry perguntou e se virou para Charlie. - Quem é ? - e cutucou as costas de Charlie, que se esquivou irritado.
  - É uma bitch, com todo o respeito Charlie, que fica só me zoando. - James deu de ombros. Matt havia acordado e descia as escadas.
  - Todos te zoam, James, a não é exceção. - Mais risos. - é uma amiga nossa, e a futura namorada do Charlie. - Falou enquanto descia, rindo, as escadas.
  - O James também tem uma futura namorada. - Charlie deu de ombros. - A .
  - Quem é ? - Danny perguntou.
  - A futura namorada do James. - Dougie rolou os olhos. - Cadê elas?
  - Estão na casa delas. - James deu de ombros. - E parem com isso de futura namorada, amanhã possivelmente vocês as conhecerão, não quero que elas fiquem com vergonha ou sei lá o que.
  - e com vergonha? - Matt perguntou desdenhoso. James encolheu os ombros. Pelo que falavam, qualquer pessoa que fosse acusada de namorar com ele ficaria com vergonha.
  - Vamos conhecer as garotas? Onde? - Harry perguntou interessado.
  - No evento. - Charlie deu de ombros.
  - Eu ainda estou com fome. - Danny falou meio alheio a tudo aquilo. Pelo jeito as garotas já tinham seus caras, e sendo James e Charlie, era bom não provocar.
  - Vamos pegar nossos instrumentos na gravadora? - Tom pediu. - Eu queria ensaiar antes da apresentação, mas nossas coisas estão lá e amanhã vai ficar fechada.
  - Verdade. - Harry concordou.
  - Depois passamos em algum lugar´pra comer. - Charlie falou, vendo que D&D, a dupla dinâmica, iria reclamar.
  - Perfeito. - Falaram juntos e todos saíram da casa dos três rapazes.

  - Eu quero meu James. - confessou, quando se estirou ao sofá, cansada.
  - Depois que eu falo que você só fala dele, acha ruim. - ralhou. riu.
  - Mas eu só falei agora. - encolheu os ombros. deu de ombros. - , você não vai me ajudar?
  - Eu não. - riu mais.
  - Então vai lá e pega suco pra nós. - mandou e quem riu agora foi .
  - Como assim 'vai lá e pega suco pra nós'? - perguntou indignada, enfim parando de rir.
  - A briga tá boa aqui dude, não podemos parar de discutir, e como você não vai tomar partido, vai pegar o suco. - ajudou.
  - Vocês são duas vadias. - foi reclamando para a cozinha.
  - CALADA, O MATT TÁ LIGANDO. - berrou e pegou o celular. - Fala ae Willis.
  Voltemos aos garotos para uma explicação.

  - Qual a sala que ficaram nossos instrumentos? - Danny, o perdido, perguntou.
  - Na sala 4.
  - Na sala 7. - Charlie discordou de Harry.
  - Cada um em uma sala? - James perguntou perdido como Danny. - Vão para a quatro então, que vamos subir na sete.
  Tom assentiu e as bandas se separaram. James e Matt resolveram apostar quem chegaria antes então saíram correndo. Quando Charlie chegou lá em cima, James estava com as mãos no peito.
  - FOMOS ROUBADOS, OUTRA VEZ. - O Gambá gritou e Charlie franziu o cenho.
  - Nossos instrumentos não estão aqui. - Matt falou, dando um pedala em James.
  - Vai ver colocaram na sala quatro. - Charlie encolheu os ombros. - Vamos ver? - Chamou e saíram correndo novamente.
  - Nossos instrumentos estão aí/lá? - Matt e Tom perguntaram juntos, assim que se viram.
  Tom se virou para o resto da McFLY. Matt se virou para os companheiros.
  - Acho que temos que chamar certa ajuda. - Matt piscou e já foi pegando o celular e saindo da gravadora. Os outros foram atrás, Danny gritava que não acreditava que uma calamidade daquelas estava acontecendo com ele. Dougie andava em círculos, hora com as mãos na cintura tentando acalmar Danny, hora com as mãos bagunçando o cabelo.
  - Eu quero minhas baquetas. - Harry resmungou, massageando o punho direito, a cara fechada. Charlie puxou o baterista para um lado. - Que foi?
  - Já fomos roubados uma vez. - Charlie explicou. - Nosso ônibus, da turnê, foi roubado, achamos ele há uns meses, com a ajuda de três amigas. - Ah, e , eu já ouvi falar.
  - . - Charlie rolou os olhos. - Me deixa falar. Então, o Matt tá ligando para elas, mas não custa olharmos atentamente ao redor, vai que alguma coisa suspeita aparece.
  - Entendi. - Harry acenou e encostou-se na parede da gravadora, observando o movimento.
  - Não estou vendo nada suspeito. - Tom, que havia chegado ali silenciosamente, falou.
  - É, nem eu. - Harry concordou.
  - Avisa quando chegar. - Charlie ralhou. - Pra mim aquele cara parece suspeito. - Charlie falou, olhando para baixo.
  Harry e Tom abaixaram a cabeça, no outro lado da rua, um anãozinho os encarava, todo vestido de verde, os olhos brilhando de um jeito para Charlie, assustador.
  - Isso é implicância porque ele é baixinho. - Tom falou e riu. Harry deu um soquinho no braço de Charlie.
  - Olha a cara dele. - Charlie mandou. - É de deixar com os pés atrás.
  Harry e Tom encararam o pequenez, realmente...

  - Roubaram vocês? DE NOVO? - gritou com Matt.
  - QUÊ? - gritou também.
  - VIVA-VOZ. VIVA-VOZ. - voltou correndo para a sala e sem suco.
  - Cadê o suco? - perguntou, olhando para todos os cantos.
  - Calem a boca. - mandou.
  - É, não estão nas salas. - Matt resmungou. - Calem essas malditas bocas. - Ralhou com quem estava gritando por perto. - Precisamos de ajuda. Vocês tem certo dom com isso.
  - Onde vocês estão? - perguntou.
  - Na frente da gravadora. Quer dizer, eu estou aqui, o Danny está correndo para a sorveteira mais próxima e ficando bêbado com a cobertura. - Matt franziu o cenho, observando a cena de Danny correndo como um macaco e Dougie indo atrás.
  - Danny se embebedando com cobertura? MATT, PASSA O ENDEREÇO PRA ELAS QUE EU JÁ 'TÔ INDO ME ARRUMAR. - Sem mais nada a acrescentar, saiu correndo.
  - , pega o endereço. - mandou e saiu correndo pelo mesmo caminho que . - E , DEPOIS CHAMA O TAXI.
  - Me passa o endereço? - perguntou incerta, ficaria louca com aquelas duas.

  - Vamos? - James perguntou, chegando perto dos três rapazes.
  - Onde? - Tom perguntou, olhando para os lados a procura dos outros.
  - Pra sorveteria, o Danny e o Dougie já estão lá, se embebedando com coberturas, segundo o Matt. - James encolheu os ombros. - Vamos logo. - Pediu, visivelmente querendo ficar bêbado também.
  - Vamos. - Charlie concordou e seguiram Matt, que desligava o telefone e já se dirigia para a sorveteria, enquanto desligava o aparelho, sem perceber onde andava, quase caiu por cima do anão.
  - Desculpe. - Matt pediu, envergonhado.
  - Está tudo bem, meu jovem. - Quem respondeu não foi o anão, mas o Papai Noel.
  Bom... não exatamente o Papei Noel, se é que me entende, mas um velho barbudo, gorducho e baixinho, tipicamente Papai Noel.
  Matt encarou o velho, erguendo uma sobrancelha, os quatro rapazes se aproximaram.
  Charlie e Harry também encaravam os dois, Harry com a sobrancelha levantada.
  - Vamos, meu bom duende. - O velho chamou e se afastaram. O anão, na mente dos garotos, tinha um sorriso discretamente cínico.
  - Eu não gostei dele. - James falou por fim. Os outros assentiram e, balançando a cabeça, foram para a sorveteria. Não podiam ficar pensando no velho barrigudo e no seu amigo. Tinham que achar seus instrumentos.

  - Prontas? - perguntou, fora a ultima a ir se arrumar e a primeira a ficar pronta. já estava ao seu lado, sentada no sofá. era a ultima a aparecer.
  - Me empolguei. - avisou, sorrindo igual criança.
  - Vamos vai, antes que o homem vá embora. - chamou e saiu de casa, deixando que as duas cuidassem de fechar a casa.
  Quando chegaram na gravadora, já era noite, e não tinha nenhum conhecido lá.
  - A sorveteria. - apontou.
  - Vamos lá? - perguntou. deu de ombros e saiu na frente.
  Os garotos estavam fazendo uma zona lá dentro. Charlie tinha cobertura de uva por todo o rosto. James estava todo vermelho. Matt ria, estava armado com cobertura de chocolate, Danny e Dougie estavam todos lambuzados, culpa daquela arma.
  Tom ria, apontando para James. Harry tinha um sorriso zombeteiro, também estava armado, e olhava para um Charlie irritado.
  - Olha, isso foi tudo tão depressa que eu nem tive tempo de falar o que eu sempre falo. - Ouviram James comentar, visivelmente triste.
  - Nem por isso, eu falo o que o momento pede. - berrou, chegando correndo à mesa. - GUEEEEEERRA.
  A McFLY não sabia quem era aquela garota, mas ao verem outras duas chegarem, logo perceberam que eram as 'futuras namoradas'.
   tomou a arma de Matt e mirou em James.
   pegou a única cobertura sã que estava na mesa e mirou em Tom, que parecia ser o mais limpo do lugar.
   olhou triste ao ver que estava desarmada e não tinha armas na despensa (lê-se: mesa), então olhou para os lados e viu um resto de suco, deixado na mesa vizinha, pegou o copo e, dando impulso, virou-o para a esquerda, molhando de uma só vez todos que estavam sentados, e de pé, ali: James, , Danny e Dougie. O resto começou a rir, rir muito. Principalmente Matt que tinha a risada mais maléfica do grupo.
  Harry, que não fora atingido por nenhuma das três, gritou 'VITÓRIA NOSSA' e ergueu as mãos, Matt e Charlie tocaram. Quando Harry se virou para tocar com Tom, embora tom estivesse sujo de cobertura, obra de , não estava molhado com resto de suco, mas na hora do toque, um grito vindo das profundezas do inferno fez com que a mão de Judd congelasse no ar, Tom ficasse com cara de perdido. Dougie e Danny colocassem as mãos nas orelhas. fechar os olhos. Charlie se inclinar para trás, ficando mais próximo de , Matt se encolher e James olhar na direção do grito.
  Vamos rever alguns pontos básicos: se uma pessoa desconhecida grita com você, você não olha (se ela grita com os outros, tudo bem, é barraco alheio, não faz mal e não é pecado, pelo menos não ao meu ver), assim como quando uma pessoa berra e sai correndo na sua direção você foge, e não fica esperando, mas isso é o básico para uma pessoa normal. NÃO O JAMES BOURNE que se virou com tudo na direção do grito e falou:
  - Perdão senhora, podemos ajudar?
  Todos acabaram se virando na direção que James se virara. A senhora a quem James se referia era a gerente e dona da sorveteria. Era ela baixinha, gordinha e se tivesse barba e um p*u seria o Papai Noel lá de fora, depois de ter passado por muita raiva, seu rosto estava vermelho, os olhos saltados de raiva, os cabelos em pé.
  - Sim. Você pode ajudar. Você e seus amigos podem. SUMAM DAQUI SEUS DELINQUENTES. VÃO QUEBRAR E BAGUNÇAR A CASA DE VOCÊS.
  - Mas nós não quebr- - Danny tentou se justificar.
  - Cala a boca, Jones. - Tom mandou e se levantou. - Senhora, descu-
  - GUARDE AS SUAS DESCULPAS, E SUMA DAQUI. - A senhora berrou com toda a sua força.
  - Credo, o que tem de baixinha tem de irritada. - falou enojada, de cima dos seus 1,73. Charlie se levantou nessa hora e olhou para , que se encolheu ao ver o olhar em cima dos 1.92 do rapaz. apareceu para socorrer a amiga.
  - Eu não queria falar isso, mas o momento está pedind-
  - Guerra? - James se virou abobado para .
  - Não. Tá pedindo pra correr. VAMBORA NEGADA. - berrou e todos saíram correndo. Parecia que tinham aberto a porta da estrebaria e os cavalos estavam enfim livres. Ou então, que tinham aberto as portas do inferno e os demônios estavam liberados para farrear na terra. Ou coisa parecida, se é que existe coisa parecia com demônio sendo liberado.

  - Mas... Então... - tentou falar, ao parar duas quadras longe da sorveteria, ofegante.
  - O que aconteceu mesmo? - perguntou, colocando as mãos no joelho, tomando fôlego.
  - Roubo, é isso? - perguntou, do mesmo jeito que a amiga.
  - Sim. - Tom assentiu.
  - E por que nos chamaram? - perguntou indignada, se endireitando.
  - A polícia que resolve essas coisas. - apoiou.
  - Vocês me pareceram tão animadas. - Matt falou, encarando as garotas.
  - Animadas assim que ouvimos 'o Danny esta se embebedando com a cobertura' ou alguma coisa assim. - se defendeu, erguendo as mãos acima da cabeça.
  - Quer dizer que não vão ajudar? - Charlie encarou as duas garotas.
  - Claro que vamos. O que sumiu? Contem tudo. - abanou a mão e procurou algum lugar para sentar. Sentou no meio fio mesmo.
  - O Tom deu a ideia de virmos buscar nossos instrumentos, chegamos aqui, não tinha nada. Fim. - Harry contou em muitas poucas palavras.
  - Você é igual a . Não sabe contar, resume demais. - resmungou, se lembrando de como contou sobre o primeiro beijo com Charlie.
  - Mas não tem mais o que contar. - James deu de ombros e sentou-se ao lado de . - Nos roubaram e só.
  - Como sempre. Não temos pistas, nem sabemos o que fazer. - Matt resmungou desanimado.
  Charlie, o único que ainda tinha as mãos nos joelhos tentando se recuperar, ergueu os olhos e trocou um olhar com Harry.
  - Vocês viram alguma coisa? - interrogou, percebendo a troca de olhares.
  Todos se viraram para os dois. se levantou.
  - Onde vocês se encontravam uma hora atrás? - Perguntou, no maior estilo detetive.
  - Aquieta aí baixinha. - resmungou. - Eu peguei o caso.
  - Pegou nada. Eu sou a Sherlock aqui. - se virou para .
  - Eu percebi a troca de olhares, eu peguei o caso. - se virou para a menor.
  - Que tal a Sherlock e a dra. Watson? - Tom deu a ideia, tentando terminar com uma não existente futura briga.
  - Eu sou a Watson, AAAAH. - meteu as mãos no rosto, empolgada. - Sempre o adorei, ele é fodão. E é o mais alto, e é o que atira sempre. AA-
  - CALA A BOCA. - bronqueou, batendo no braço da garota. - Apaga esse fogo que temos um trabalho a fazer.
  - Vish, essa vai ser a inspetora Lestrange, ok ? - perguntou e , rindo junto com os outros, assentiu.
  - Voltando aqui. - pediu. - O que vocês viram?
  - Só suspeitamos de quem possa ter pego nossas coisas. - Harry falou.
  - Como? Quem? - O coro foi grande.
  - O anão. - Charlie falou e Harry logo tratou de corrigir.
  - Duende, dude.
  Charlie se virou para Harry, Harry ergueu as sobrancelhas, Charlie deu de ombros, voltando-se para as garotas.
  - Duende?
  - Do Papai Noel? - Danny perguntou, olhando animado para os amigos.
  - Não seja idiota Jo-
  - Sim, Danny, do Papai Noel. - Charlie concordou, acabando com o único momento que James iria se dar bem e ser visto como esperto.
  - Sim? - James se levantou assustado.
  - Papai Noel? - Dougie olhou para os dois amigões (altos, er...) espantado.
  - Não o Noel daquelas estórias bobas, é lógico. - Charlie resmungou.
  - O jeito que ele falou com o duende foi bem natalino. - Harry opinou, Charlie o encarou, Harry deu de ombros.
  - Ok, que seja. Tinha um duende e o bom velhinho. - retomou.
  - O que faz vocês pensarem que foi o duende? - perguntou.
  - A cara dele. O Tom também viu. Era maléfica. - Charlie respondeu, com raiva.
  - Vi mesmo, um sorriso nada simpático. - Tom falou lá do seu canto.
  - Simplesmente suspeito. - Harry assentiu, convencido que aquela ideia era a verdadeira.
  - Então, o anão. - tentou arrumar as ideias.
  - Duende. - Harry corrigiu, meio irritado. o encarou, Harry sorriu de lado, sorriu também, o Judd era bem mais bonito de perto. Charlie tossiu forçado, voltou o rosto sério para .
  - Companheira, duende me lembra muito o Natal, o Papai Noel estava por aí, temos, simplesmente, que achar o lugar mais natalino possível e procurar por lá. O que acha?
  - Para uma pessoa mundana que não liga para os pormenores, você foi ótima, cara Watson. - ergueu a mão, tocou. Alguns riram.
  - Um lugar natalino seria todo enfeitado? - Matt perguntou.
  - Acho que sim. - encolheu os ombros. Olhou para , enquanto pensava na rua que fizeram compras no dia anterior.
  - É, eu acho que sim também.
  - O anão parecia duende? - arriscou.
  - Era um duende! - Harry exclamou exasperado. - 'Tava todo de verde e tudo.
  As garotas se entreolharam, depois seguiram o olhar de Matt. No outro lado da rua, do outro lado da praça, na frente dos dez, estava o shopping. Enfeitado de um jeito que é só você olhar para imaginar as renas puxando o treno do Papai Noel. Até porque tinha uma estatua bem assim na praça, mas isso não vem ao caso.
  - No shopping? - Tom perguntou ao seguir o olhar do resto.
  - Deve ser, sempre tem Noel no shopping. - deu de ombros.
  - Vamos ver então. - James chamou, se levantando.
  - Não dá hoje dude. - Harry falou ao ouvir o relógio soar ao longe nove horas. - O shopping iria fechar às nove hoje, porque amanhã vai estar lotado de pessoas comprando os presentes atrasados, e visitando e tirando fotos dos enfeites e toda essa burrice de sempre.
  - Então só amanhã? - Tom perguntou, quase chorando.
  - Só. - respondeu, seus pensamentos longe dos instrumentos, olhou para e , as duas tinham uma expressão meio assustadas. Tiveram o dia todo completamente livre e nem sequer se lembraram dos presentes que tinham que comprar para pôr na árvore dos garotos.
  - Então, que horas amanhã? - Dougie perguntou.
  - Que horas que abre? - perguntou em cima.
  - Onze? - Dougie tentou se lembrar, piscando um olho. Mentira, no outro dia abrira às nove por causa da expectativa que tinha, mas como Dougie é vadio e queria dormir.
  - Estaremos aqui às onze então. - falou decidida.
  - Agora, quem me leva embora? - perguntou fofamente e se virou para Charlie, então se lembrou que não estavam a sós ali, digo Busted e elas. Para sua total surpresa, Charlie lhe estendeu o braço e avisou:
  - Temos de voltar para a gravadora.
  - Chaaaar. - e gritaram juntas e saíram atrás do casal, deixando puta e Charlie dividido entre rir, ao ver a cara de , e ficar chateado também.
  - Vamos também. - Tom chamou e todos foram para a gravadora, buscar os carros.

  - Poxa eu nem beijei o James hoje. - falou, se jogando no sofá assim que chegou em casa.
  - E eu não fiquei bêbada com cobertura. - reclamou cruzando os braços. - Anda, , reclama também.
  - Não tenho do que reclamar. - encolheu os ombros, se sentando entre as duas que a olharam interrogativas. - Eu gostei do loirinho, o tal Fletcher. - e trocaram olhares, tinham que mostrar McFLY para , eita menina que não conhece nada, não conhece Busted, não conhece McFLY, só conhece a versão máscula da Rihanna, tsc, tsc. Com esses pensamentos, e em McFLY, em Tom, foram dormir para madrugarem no outro dia.

  24/12

  - Dougie, tá na hora! - Harry socou a porta do quarto do amigo e seguiu para a cozinha. - Dae Tom. TOM. - Harry berrou ao ver o olhar distante de Tom.
  - Oi, desculpa, quê? - Tom perguntou mais perdido que James, mentira, ninguém é mais perdido que James.
  Bom, talvez o Jones. Não, o James é demais. Foda-se, o páreo é duro ali.
  - Nada não. - Harry riu do guitarrista. - Algo comestível aí?
  - Nada. - Tom mostrou o copo de suco que tinha pêgo, nada para comer.
  - Foda. - Harry resmungou. - Vamos acordar eles?
  - Eu já estou aqui. - Danny ergueu os braços, vitoriosamente. - Mas o Dougie tá dormindo igual uma libélula.
  - Libélula, Jones? - Harry perguntou meio assustado, mas preferiu deixar de lado e foram para o quarto do baixista. Tom seguiu com seu copo de suco.
  - No três? - Tom interrogou quando chegaram à porta.
  - Beleza. - Danny concordou e olhou para os lados, tentando achar alguma coisa para bater em Dougie, preferiu só usar a voz.
  - Esperem. - Harry pediu e saiu sorrateiramente, voltou pouco depois com uma toalha toda amassada e molhada. - Cabei de sair do banho. - Deu de ombros e ignorou a cara de nojo de Tom.
  - Um. - Danny começou e abriu a porta devagar. - Dois. - Entraram tão sorrateiramente quando Harry saíra. - TRÊÊÊÊS. - Harry enrolou a toalha de um jeito estranho e bateu na bunda de Dougie, Tom derramou o suco na cabeça do baixista e Danny foi com a voz mesmo. - ACORDA, SUA LIBÉÉÉÉÉ - nessa hora ele parecia um carneiro berrando. - ÉÉLULA.
  - PRÍNCIPE DAS TREVAS, EU SOU NOVO DEMAIS PRA MORRER. - Dougie gritou assustado e começou a se debater enquanto tentava se sentar. Acabou se enrolando tanto na coberta quanto na toalha de Judd. O suco escorrendo pela sua cara não ajudou muito. - CALA A BOCA JONES DO CAPETA. - Berrou com o guitarrista que realmente parou de gritar, mas começou a rir o que era estrondosamente pior.
  Quando o grande anão conseguiu se levantar, começou a enxotar todo mundo do quarto, gritando com aquela voz de garota de onze anos.
  - SAIAM DAQUI. AGORA. JÁ. PUTARIA EU SER OBRIGADO A ACORDAR, DESSE MODO, DE MADRUGA PRA IR ATRÁS DE UM ANÃOZINHO QUALQUER. - Bateu a porta na cara dos três, que riam. - AQUELE CHARLIE LÁ TAMBÉM, SÓ PORQUE TEM TRÊS METROS DE ALTURA ACHA QUE O CARA DE TRÊS CENTÍMETROS TEM CULPA. Me digam. - Abriu a porta, irritado. - Como que um anão ia conseguir roubar nossos instrumentos?
  - Você aguenta com um baixo, quer mais que isso? - Harry perguntou, erguendo a sobrancelha.
  - AAAARGH. - Dougie berrou e foi tomar um banho merecido, enquanto os amigos riam ainda mais, menos Tom.
  - Mas isso até tem lógica. - Enquanto falava, voltava para a cozinha. - Como um anãozinho ia pegar nossas coisas?
  - Fletcher, você anda muito com o Jones, só pode. - Harry rolou os olhos.
  - Ei, por que a culpa tem que ser minha? Outra vez? Esqueceu que ficamos o dia todo com o James ontem? - Pela primeira vez na vida, Jones conseguiu achar uma resposta na velocidade da luz. Harry fez uma cara de 'não tão ruim, Jonão' e Tom riu.
  - Idiotas, e não tem a ver com lerdeza ou burrice, Judd. - Rolou os olhos para o maior e pegou outro suco. - Mas é verdade, pensem bem.
  - Já pensei. - Harry imitou o amigo, rolando os olhos. - Vai saber em quantos eles eram? Os duendes eu digo. E tinha o Papai Noel...
  - Tão gordo que mal aguenta com as próprias pernas. - Tom resmungou.
  - Não importa. Eles tiveram tempo, roubaram e esconderam. Alguma brincadeira nojenta de duendes. - Harry deu de ombros.
  - Você não gosta de duendes? - Danny perguntou, encarando o amigo de boca aberta.
  - Nada contra. - Harry mentiu.
  - VOCÊ TEM MEDO DE DUENDES. - Danny berrou e voltou a rir.
  - Jones, o inferno te espera. - Começaram uma briguinha insignificante depois disso.

  - Quem busca a minha diva? - James perguntou, assim que viu Charlie e Matt aparecerem.
  - Sua Gambá Fêmea você quer dizer? - Matt perguntou rindo.
  - Buscar elas significa dois carros. - Charlie deu de ombros.
  - Ah, é. - James encolheu os ombros, esperando alguma piada idiota, Charlie estava ocupado demais coçando os olhos, ainda com sono e Matt deve ter ficado com dó, porque as piadas não vieram. - Será que eles já estão prontos? E elas? - James já foi perguntando, vai que mudavam de ideia, né? Tinha que mudar de assunto.
  - Eles se viram. - Charlie resmungou, abrindo a geladeira. - Mas não tem porcaria nenhuma nessa casa!
  - Vamos filar comida alheia? - Matt perguntou, lembrando-se da confusão que aprontaram no almoço das garotas.
  - Por mim. - James sorriu de lado.
  - Vamos. - Charlie assentiu e foi saindo de casa.
  - Quer que eu dirija? - James perguntou ao ver Charlie tropeçar no ar. Isso pareceu despertar o rapaz.
  Não, não tropeçar no próprio ar, mas ouvir James se oferecer para dirigir. Também, assim acorda qualquer um. Seria melhor a McFLY ter ameaçado o Dougie falando que James estava com o carro esperando o baixista. Com certeza o susto seria maior... Até para Dougie.
  Charlie negou, obviamente, e acabou indo sozinho no carro. James, 'só de raiva', foi com Matt.

  - Eu quero dormir. - reclamou, abraçando o travesseiro com toda sua força.
  - . Vamos nos atrasar. - reclamou, tentando tirar a amiga da cama.
  - . SEU PRÍNCIPE, que não tem nada de príncipe, CHEGOU. - berrou da sala, ao ver o carro de Matt parar e ver quem era o copiloto do baixista. Então encostou outro carro. - E O MEU TAMBÉM. OE.
  - Fala pra ela não mentir. - resmungou, tentando voltar para seu sonho. - E não me chamar de .
  - Hm, não é mentira. - falou, constatando o fato pela janela.
  - Até você? - perguntou mal humorada e jogou o travesseiro na amiga, acertando-a na bunda.
  - Ei. DEPOIS DESSA EU VOU TAMBÉM. - só ouviu a porta batendo, mas não ligou, queria dormir.
  - , nem terremoto tira ela da cama. - reclamou, chegando na sala.
  - Terremoto eu não sei, mas o James. - abriu a porta, na hora que James quase encostava o punho.
  - BRUXA. - James berrou assustado, fazendo rir.
  - Se me chamar de bruxa outra vez, morre. Fique avisado. - fuzilou o rapaz. - Só por isso vai entrar por último também. - Matt empurrou o guitarrista e entrou na casa rindo.
  - Olá gatinhas.
  - O Matt sim. Sempre o primeiro a entrar aqui em casa. - mandou. - Espero que obedeçam a essa regra.
  - Sim senhora. - Charlie resmungou e entrou depois, puxando James consigo. piscou para , por trás de Charlie, fazendo a garota rir ainda mais.
  - Pra que tanto riso, ? - James perguntou, provavelmente achando que ele era, novamente, a piada.
  - Nada, nada. Só estou pensando se você vai conseguir acordar sua namorada. - deu de ombros.
  - Cadê ela? - James perguntou, procurando com os olhos, sem se tocar que fora falado 'namorada'.
  - No quarto. - novamente deu de ombros, Matt e Charlie se entreolharam, querendo rir.
  - Er... Eu já volto. - James avisou e saiu correndo.
  - Mas então, o que fizemos para merecer essa visita tão animada? - perguntou irônica.
  - Queremos comer. - Matt avisou rindo.
  - Não tem nada decente na nossa casa. - Charlie resmungou, mal humorado.
  - E quem te falou que tem algo descente aqui? - perguntou, Charlie se virou, piscou e foi pra cozinha. Charlie precisou de um empurro do baixista pra ir atrás da garota.
   riu do quase tombo que Charlie levou ao ser empurrado, mas parou rapidamente, ao ver que estava só com Matt ali.
  Matt a olhou rapidamente e tentou disfarçar, se virando para os DVD's perto da TV.
   suspirou, fora dormir pensando no loirinho, Tom, mas agora não se importava que existisse um Tom. Enquanto Matt estava de costas, ficou reparando no garoto, o cabelo dele não era assim tão estranho, o deixava com uma cara de sapeca, linda, na opinião de . E Matt era animado, era engraçado e sempre estava por perto. 'Para o que desse e viesse'.
  - Matt. - chamou depois de alguns segundos. Matt se virou e qual não foi a surpresa do garoto ao ver na sua frente, não precisou falar nada, nem se mover, pulou, abraçando-o apertado. Sorriu e fez carinho no cabelo da garota. - Me desculpa?
  - Pelo quê? - Matt perguntou, se separando e obrigando-a a olhá-lo nos olhos.
  - Por eu ser uma burra. - deu de ombros, sorrindo de lado. O sim de Matt veio acompanhado de um beijo calmo.

  Enquanto o casal Willis se acertava na sala, James Bourne estava sendo guerreiro no quarto.
  - ? - James chamou o mais baixo possível, abrindo uma frestinha da porta e olhando se o terreno era seguro. estava deitada, o rapaz só podia ver suas costas, então achou seguro.
  Adentrou o quarto pé ante pé. estava abraçando um pedaço da coberta, os olhos fechados, um sorriso no rosto. James achou que ela estava, provavelmente, sonhando com o Gambá mais lindo do mundo. Engano, como sempre, de James. estava ciente que Bourne estava ali, ouvira a conversa que tiveram na sala quando os rapazes chegaram.
   conhecia James o bastante para saber que ele não a acordaria gritando nem batendo com travesseiros. Estava certa, James contornou a cama, foi se aproximando, se aproximando. Provavelmente daria um beijinho na testa da garota e ficaria observando-a a dormir. Mas esta acostumada a dormir na mesma casa que e . Seus amigos são Matt e Charlie. Não poderia deixar aquela oportunidade passar. Então, quando James estava absurdamente perto, berrou com toda sua força e se sentou, as mãos esticadas, querendo assustar Bourne. Logicamente conseguiu, James se jogou no chão com o susto e caiu de bunda. Enquanto gargalhava, o rapaz colocava a mão sobre o peito, sentindo o coração pulsar descompassado.
  - , Jesus. - James não sabia ao certo quem chamava, fazendo rir ainda mais. - Pelas forças do cavalheiro das Trevas, você me paga . - Sem mais, James se levantou em um pulo (as pernas meio bambas ainda) e se jogou em cima da garota, fazendo cosquinhas em sua barriga e, parando vez em quando, para receber um beijo e um pedido para que parasse com aquilo. Não obedeceu, lógico. Aprendera muito com os senhores Willis e Simpson.

  Na cozinha, alheios a tudo e a todos.
  - Então Charlie. - perguntou, assim que o rapaz entrou na cozinha. - O que você sabe fazer?
  Charlie resmungou alguma coisa, olhando sem entender.
  - De comida, Mula, tem várias coisas aqui, mas eu não sei fazer nada. - deu de ombros. - Se quer algo decente, faça. Porque nossa cozinheira está dormindo.
  - Dormindo? - Charlie perguntou.
  - Provavelmente agarrando James agora. - encolheu os ombros. - Mas não importa.
  - E o que importa? - Charlie perguntou, fingindo não entender o que a garota falava.
  - Que ela esteja dormindo ou agarrando James, ela não vai vir fazer café. - tentou responder, perdendo o fio dos pensamentos ao ver Charlie se aproximar.
  - Bom, pra mim, o que importa é outra coisa. - Charlie colocou as mãos no bolso, despreocupado, se aproximando mais. Agora estava bem perto da garota.
  - É? O quê? - perguntou tensa. Charlie sorriu de lado, as mãos ainda no bolso. se perguntou se ele não as tiraria dali logo e a beijaria. Charlie continuou com o sorriso, então ergueu uma sobrancelha. mordeu os lábios, simplesmente não queria agarrar o rapaz, mas não aguentou muito mais e pulou em Charlie, que, enfim, tirou as mãos do bolso e segurou na sua cintura, girou e a prendeu firme contra a geladeira. tentou se soltar, a geladeira estava realmente fria, mas Charlie não deixou, procurando os olhos castanhos da garota. acabou perdendo as forças pra tentar sair dali ao olhar nos olhos de Charlie, que foi se aproximando e encostou as testas. fechou os olhos com aquele toque e ergueu a cabeça, tentando acabar com a distância que existia entre as bocas.
  - MÁ QUE PUTARIA É ESSA? - Matt e gritaram depois de contar até três, fazendo o casal pular de susto.
  - Filho da p- - Antes que Charlie pudesse terminar, Matt jogou nele um pano de prato.
  - Cala a boca e vamos fazer alguma coisa pra comer. - Matt mandou rindo e começou a abrir os armários.
  - Vou chamar a . - falou, vermelha da cor do esmalte em suas unhas. , rindo, seguiu a mais velha.
  Depois de matarem as saudades, e James desceram, ajudaram a terminar o café e tiveram a refeição mais calma em três dias.
  James e Charlie trocaram uma olhadela ao verem Matt o mais próximo possível de .
   e fizeram o mesmo ao ver toda amiguinha do baixista. Então os quatro perceberam que fizeram isso ao mesmo tempo e se entreolharam, sorriram satisfeitos e terminaram de comer calmamente. Não valia a pena começar uma brincadeira àquela hora da manha. Tinham que guardar as energias para o shopping.
  - Vamos então? - Charlie perguntou, quando todos estavam em pé.
  - Vamos lavar aqui. - pediu, sabendo que teria que fazer tudo sozinha depois.
  - Nossos instrumentos, . - Matt olhou a garota indignado. - Temos que recuperar, vamos tocar hoje ainda.
  - Se der tempo antes da apresentação, nós voltamos e ajudamos. - James garantiu.
  - E se não der? - perguntou semicerrando os olhos, provavelmente correria para o quarto alegando estar cansada e teria que limpar tudo com .
  - Voltamos depois da apresentação. - Charlie deu de ombros. - Agora vamos!

  - Cadê o povão? - Danny perguntou, descendo do carro.
  - Ali. - Harry respondeu, tirando a mão para fora e apontando para a entrada do estacionamento.
  - Levanta daí Juddão. - Dougie deu um pedala no rapaz e saiu do carro, resmungando, Harry saiu do carro. Tom saiu por último e trancou seu supermóvel.
  Matt, antes mesmo do carro parar, já estava abrindo a porta e saindo correndo.
  James saiu correndo depois, gritando e pulando até os McESTRANHOS.
  - Muito estranhos, muito estranhos. - constatou o fato assustada, olhando pela janela.
  - Vamos encarar as feras. - Charlie deu de ombros e destravou as portas.
  - Hm. - olhou para os lados, assim que ficou em pé. - Cadê minhas amigas?
  Charlie se inclinou levemente para a frente, colocou a mão direita sobre os olhos.
  - Não tem sol, Charlie. - comentou, ao ver que a mão ali era uma tentativa de proteger os olhos.
  - É só para dar charme. - Charlie deu de ombros e olhou para os lados.
   se afastou disfarçadamente, tinha que tirar Charlie de perto daqueles rapazes.
  - ... - O grito saiu abafado, arregalou os olhos e começou a procurar quem a chamara.
  Encontrou a fonte da voz: e . Presas no carro de James.
  - OHGOD, QUEM PRENDEU VOCÊS AÍ? - Se tinha que tirar Charlie de perto dos loucos, tinha que tirá-lo de perto de também, que começou a fazer o maior escândalo.
  - AQUELES CAPETINHAS. - gritou, batendo os punhos na janela.
  - Filhos do Lúcifer? - perguntou assustada. - Desculpa aí amigas, mas eu não vou atrás do capeta-mór.
  - LARGA DE SER IDIOTA. - berrou ao ver que se afastava. - E me tira daqui.
  - Nos tira daqui. - arrumou a frase.
  - 'Tá, e como eu faço isso? - perguntou cruzando os braços, de cara fechada.
  - Vai atrás do James e do Matt né, burra. - rolou os olhos.
  - Calma. - pediu, descruzando os braços e bagunçando os cabelos. - Quem prendeu vocês aí foi os filhinhos do Lúcifer e vocês acham que aqueles dois idiotas vão atrás deles? Eu duvido hein.
  - ELES QUE TRANCARAM O CARRO, SUA IDIOTA. - e berraram juntas, batendo ainda mais na janela do carro, mas agora não queriam apenas sair do carro, queriam sair e voar no pescoço da garota.
  - AAAH ENTENDI, ENTENDI. ERA SÓ EXPLICAR DIREITO, CAVALA. - gritou, aproveitando que as duas estavam bem longes de seu pescoço. - GAMBÁ, MORCEGÃO, VENHAM LIBERTAR MINHAS AMIGAS SE VOCÊS DÃO VALOR AOS SEUS FUTUROS FILHOTES.
  Enquanto os rapazes vinham cabisbaixos, e riam tanto que se esqueceram de bater em .
  - Agora, parou a putaria aí? - Charlie perguntou olhando para os cinco, que assentiram.
  - Então vamos. - Tom chamou.
  Harry ficou por último, não iria admitir que tinha medo de duendes, mas também não precisava ir na frente.
  Dougie ia à frente, com pose de machão, queria defender os outros de sua espécie. Digo, os anões. Porém, quando chegaram à frente do shopping, Dougie parou olhando assustado para as portas que se abriam, parecia que era um buraco negro.
  Tom e Danny, a Busted e as garotas pararam em fila, ao lado de Dougie, olhando para a porta.
  Harry olhou para os lados, tirou o óculos do bolso e colocou-os, sensualmente. Tom virou o pescoço, encarando o baterista, que, sorrindo amarelo, se apressou a participar da fila.
  - Er... - resmungou sem jeito, depois de cinco minutos, olhando para os outros.
  Matt e James se entreolharam.
  Charlie e Harry se olharam, fechando a cara e virando-se para a entrada.
  Dougie viu o jeito dos bateristas, sabia que estavam loucos para caçar seus irmãos bastardos.
  - AAAAAAAAAAAAAAAAAH YEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH. - Dougie gritou o mais forte possível e saiu correndo no maior estilo Tarzan de ser.
  - PEGUEM O DOUGIE. - Harry gritou, sabia que ele queria defender os caras do mal.
  - VAAAMOS. - Os oito gritaram juntos e saíram correndo, Harry, que dera o grito de largada, acabou ficando para trás.
  Não foi preciso correr muito, afinal, vamos relembrar quem é Dougie Poynter: um anão. Anão, logicamente, possui as pernas curtinhas, então, bastou três passadas de Simpson e o coitado do rapaz já estava imobilizado.
  - Isso Charlie, não deixa ele defender aquela especiezinha não. - Harry gritou lá de trás, todo fodão.
  - Que especiezinha? - perguntou, virando-se.
  - Aquela. - Charlie resmungou e virou-se para a frente, seguindo o olhar de Charlie viu o chão, depois percebeu o duende.
  - É esse? - perguntou perdida.
  - Não. - Tom respondeu, o de ontem não tinha essa cara.
  - Eles são todos iguais. - resmungou dando uma olhada em volta, os anõezinhos vestidos de verde tinham todos a mesma cara. - Não. Espera. Tem algo diferente. - ergueu as mãos para os outros pararem, uma coisa sem lógica já que ninguém estava se mexendo.
  - O quê? - Harry perguntou erguendo as sobrancelhas.
  - TREEEEEEEEEEEEENZINHO. - berrou apontando.
  Tinha dois duendes perto do grupo, estavam postados no portão, como seguranças, uma pequena (literalmente) ironia. O portão se abria e tinha um caminho, de pedras, que levava até uma casinha com varanda. Na varanda estava uma cadeira de madeira, o lugar do Papai Noel, vazia. Atrás da casinha, estava a maior árvore e também a mais larga, que qualquer um daqueles dez já tinha visto.
  O meio do caminho era cortado por trilhos de trem e, o dito cujo que apontou bobamente, passou por ali, com umas quinze crianças.
  - EU QUEEEEEEEEEEEEERO. - gritou novamente.
  - EU QUEEEEEEERO TAAAMBÉM. - imitou e entrou no coro.
  - Temos prioridades. - Matt falou entre dentes, olhando para os lados preocupado.
  - Eu quero mesmo assim. - resmungou, cruzou os braços e fez bico.
  James, Matt e Charlie logo concordaram que uma voltinha de trem não mataria ninguém.
  - Não podemos nos divertir, temos que procurar. - Tom reclamou.
  - Temos o dia inteiro para procurar. - rolou os olhos.
  - Cadê o PN? - Danny não perdeu tempo. Queria ir no trem e queria também achar seus instrumentos.
  - PN? - O duende que Danny se dirigia perguntou confuso, coçando sua pequena cabeça.
  - É, o Papai Noel. - Danny rolou os olhos.
  - Ainda não está pronto, senhor. - O outro duende respondeu.
  - Ele me chamou de senhor. - Danny se virou desengonçado para os amigos.
  - Senhores não passeiam de trenzinho. - deu de ombros, brochando o guitarrista.
  - MAS EU QUERO. - Danny gritou e os outros riram.
  - Ok, enquanto o velho não chega para começarmos nossas buscas. - Matt falou, virando o dono da situação. - Vamos ir passear de trenzinho. Onde entra? - Perguntou, ficando quase de joelhos para olhar para os duendes.
  - Passeio de trem? No outro portão. - O pequeno camarada apontou e lá se foram. Dougie ainda emburrado.
  - Vocês vão e nós tentamos descobrir alguma coisa, ok? - Harry falou, vendo outros dois duendes. Sem reclamar, as garotas passaram, Matt e James foram juntos. Charlie não estava muito seguro se deixariam um cara de dois metros passar.
  - WEEEEEEEEE. - Os cinco gritaram quando chegaram à árvore e perceberam que era aberta.
  - Por aqui moças. - O pequenino homem falou e elas entraram, se depararam com uma escada de dez degraus (lembre-se que eram degraus pequeninhos, afinal, quem passeava geralmente eram as crianças, só conseguiram entrar pela influencia dos músicos).
  A árvore era tão grande que, quando terminaram os dez degraus, se viram em uma plataforma, o trenzinho logo chegou, as crianças desembarcaram e as criançonas entraram. Tinha curvas, decidas, e, em alguns momentos, parecia que iam bater no chão, mas então, o chão abria e eles iam para uma parte isolada do estacionamento subterrâneo (informações segundo Matt Willis).
  Quando voltaram do subterrâneo e, lentamente, iam para a plataforma, arregalou os olhos.
  - , Sherlock, olhe. - olhou para onde a maior apontava, a fresta de luz sumiu quando um som mínimo de porta se fechando chegou em seus ouvidos.
  - Como foi? - Charlie perguntou sorrindo para .
  - Doido, muito doido. Temos uma coisa para contar. - Ela e puxaram todos os amigos para um canto afastado da árvore e dos porteiros-duendes.
  - Que aconteceu?
  - Viram o duende do mal?
  - Alguém me chamou?
  - Como é lá dentro?
  - Mataram o velho?
  - Foi muito doido?
  - Quero andar de trenzinho. - Danny resolveu falar na hora que todos os outros ficaram calados, olhou para os amigos e sorriu de lado, meio envergonhado. As garotas, logicamente, acharam muito fofo, os rapazes xingaram o guitarrista.
  - Enfim, , conte. - pediu.
  - POXA. - berrou. - QUE CONSIDERAÇÃO É ESSA, VADIA?
  Entre tapas (e beijos) , xingamentos e tapinhas bichescos, contou que tinha alguma 'passagem secreta' dentro da árvore. começou a confirmar a história toda enquanto os rapazes as chamavam de loucas.
  - Calma. - Charlie pediu e a discussão se encerrou, lentamente, o rapaz apontou para a frente e todos se viraram para árvore. - É o duende de ontem. - Informou para os que não o haviam visto.
  O duende estava saindo da árvore quando viu o grupo, um sorriso maligno surgiu em seus lábios e, calmamente, ele fez meia volta e voltou para a árvore.
  - Ele foi pra passagem secreta. - sussurrou esganiçada.
  - VAMOS ATRÁS. - Tom, Matt e gritaram juntos.
  - Não podemos simplesmente entrar os dez no trenzinho e pularmos no meio do caminho. Vai ser estranho, vão suspeitar. - rolou os olhos.
  - Então faz assim, vai você, , com mais dois, tem poucas crianças agora, nem vão perceber dois assentos vazios, então você volta e pega mais dois, então vai a com mais dois, volta e pega mais dois. Simples. - Harry falou e todos se viraram para o rapaz, que encolheu os ombros e já ia começar a se desculpar, pensando que fizera algo errado.
  - HARRY GÊNIO. - berrou e Danny abraçou o baterista orgulhoso.
  - Todo mundo tem seu dia de sorte. - Charlie rolou os olhos e se arrumaram.
   iria com Tom e Matt, depois pegaria Danny e Dougie, iria com e James, depois Charlie e Harry.
  - Muito doido isso, muito legal muito foda, muito, muito... - Quando chegou com a ultima viagem, Dougie ainda exaltava de alegria.
  - Sabemos, sabemos, agora, onde entra? - Harry perguntou, a ideia de estar dentro da árvore dos duendes não o alegrava muito.
  - Não sei hehe. - encolheu os ombros.
  - Alguém tem luz? - perguntou e Charlie lhe entregou o celular. sorriu idiotamente ao ver que a foto de bloqueio de tela era dela.
  Apertou freneticamente aquele botãozinho vermelho que desliga a chamada e iluminava, precariamente, a parede.
  - Aqui. - Harry, doido para sumir dali, apontou para a maçaneta redonda.
  - Sigam a mestre. - mandou, devolvendo o celular e abrindo a porta.
  Depois de mais doze degraus, chegaram a uma outra plataforma, só que mais larga que aquela que deixaram lá em cima.
  - Ho Ho Ho. - O bom velhinho fez, segurando a barriga com as mãos rechonchudas. - Descobriram o refúgio do Papai, ho ho ho. - Segurando a risada (depois do susto ter passado), desceram todos para a plataforma e sorriram para o velhinho, que estava sentado confortavelmente em uma cadeira idêntica aquela lá de fora.
  - Então... - Tom, Matt e falaram juntos, mas nenhum continuou. O velho se recostou na cadeira, juntou as pontas dos dedos e ficou, atentamente, observando-os.
  - Posso ajudar? - Perguntou erguendo as sobrancelhas. O duende apareceu e sentou-se no chão, ao lado do velho, dando um risinho de deboche.
  - Monstro. - resmungou, lembrando-se do Elfo Domestico da casa dos Black.
  - Pode. - Danny deu de ombros. - Pelo menos achamos que pode, mande esse seu ajudante anão nos falar onde ele enfiou nossos instrumentos.
  Enquanto Danny pediu, Harry tentava ficar o mais longe possível do duende, Charlie fazia careta para o pequenino, Dougie gritava, com voz afinada, que o coitado era inocente e James tentava colocar a mão no saco do velho, digo, no saco vermelho do velho, quero dizer, no saco de presentes do Papai Noel. O velho gritou pedindo silêncio, Harry parou como estátua, Charlie parou com as caretas, Dougie ficou com a boca aberta em um meio grito, James, lerdo como só ele, continuou levando a mão ao saco, não conseguiu chegar até lá porque o velho meteu-lhe a mão.
  - Olha o respeito com o saco de um velho homem, caro jovem.
  - Caro gambá, isso sim. - O duende resmungou, fixando o olhar no cabelo de James, que abriu a boca indignado. As garotas riram.
  - Onde estão as nossas coisas então? - Harry perguntou, sentando-se na escada, já estava cansado.
  - Não aqui. - O velho respondeu simplesmente, sorrindo paternalmente. - O que acham de fazerem agora o que se esqueceram de fazer ontem? Quando chegar a hora, e se vocês forem espertos, acharão o que procuram.
  - Espertos? - perguntou com receio, ao olhar para o lado e ver Danny e James brincando de pegar o dedão do outro.
  - Ho ho ho. - O velho riu ao ver a cena.
  - Mais algum enigma? - Tom perguntou bufando ao ver que não sairia mais nada dali, a não ser risadas.
  - Não, jovens. - O velho bateu na barriga, cansado de rir. - Oh, sim, ho ho, mais uma coisa: lembrem-se dos velhinhos e não se irritem com eles.
  Harry rolou os olhos e começou a subir as escadas, os outros o seguiram.
  - Só mais uma coisa. - pediu, ficando por último.
  - Vamos. - Matt chamou, ergueu a mão, pedindo tempo.
  - O que exatamente temos que fazer? - A garota perguntou confusa.
  - É aqui no shopping. - O velho respondeu simplesmente e, pegando no saco, se levantou.
  Matt balançou a cabeça e foram se encontrar com os amigos.
  - Falem o que quiser. - disse, pegando o celular e iluminando o lugar, na plataforma que pegava o trem tinha uma escada e era para lá que eles iam. - Mas eu achei esse lugar muito foda.
  Os outros se viram obrigados a concordar.
  - Eu quero ficar aqui. - Dougie emburrou quando saíram da árvore. - Eu quero, quero, quero.
  - Dougie. Temos que fazer seja lá o que for, senão não teremos nossos instrumentos. - Harry lembrou, dando um pedala no rapaz e correndo pra saída.
  - Isso aí. - Danny concordou e saiu correndo atrás de Judd.
  - MAS EU QUERO FICAR AQUI. - Dougie berrou feito criança.
  Tom já erguia a mão para meter um pedala no pequeno Poynter, quando Matt se intrometeu.
  - Não briga com o coitado, é que ele nunca esteve tão familiarizado com um lugar como aqui. - Apontou para os lados, onde só se via duendes cuidando do lugar e Dougie começou a xingar o baixista, que correu atrás dos amigos e assim todos acabaram correndo para fora do alcance dos duendes.

  - Eu quero saber o que temos que fazer. - James emburrou, sentando no chão, encostado em um pilar.
  - O velho disse que é aqui no shopping mesmo. - avisou. - Eu perguntei. - Arrumou a frase ao ver todos a olharem.
  - Aqui no shopping? O que a gente não fez? - falava consigo mesmo, tentando achar a resposta.
  - JÁÁ SEEEEI. - berrou e todos a olharam, a garota logo apontou para a ultima loja do largo corredor.
  - COOOOMPRAAAAS. - E saiu correndo.
  - OHGOD. - gritou frustrada.
  - VAMOS LÁÁÁ. - Danny concordou e saiu correndo também. Logo, a McFLY toda corria, Charlie corria atrás de , James se levantava com a ajuda de e Matt puxava para algum tipo de carrinho de sorvete, 'gordo' Harry gritara antes de sair correndo.
  - Vamos onde? Atrás dos dois doidos? - James perguntou, apontando para a ultima loja, onde se podia ver Charlie. - Ou atrás desses dois doidos? - Apontou para o casal Willis.
  - Vamos ser os dois doidos sozinhos, ok?- pediu, piscando fofamente e James a puxou para um beijo.

  Não preciso comentar que o shopping virou uma putaria, preciso? Preciso? Okay.

  - Compras, ? Compras? Sério? - Charlie resmungava incansavelmente atrás da garota.
  - Charlie. - se virou e colocou as mãos no braço do rapaz, sua intenção era colocar as mãos nos ombros do baterista, mas como ela não possui três metros de braço. - Charlie! Qual é?! Você já comprou os presentes para as árvores lá de casa? Bom, eu não. - Ela respondeu sem esperar respostas.
  - Tá, tudo bem. - Charlie deu de ombros, sorriu e voltou a olhar ao redor. - Mas sua intenção, agora, é comprar para colocar na árvore ou comprar para você?
  - De que importa? - se voltou indignada. - Sendo compras não importa pra quem seja, Char. Vem. - Agarrando a mão esquerda do rapaz, saiu arrastando-o pelo corredor.

  - Matt, seu porquinho. - resmungou ao ver o dedo de Matt, sujo de sorvete, vindo em sua direção, tentou se esquivar, mas acabou com a bochecha suja.
  - Porquinho? , não magoe meus sentimos. - Matt pediu fofa e ironicamente, lambendo a bochecha da garota.
  - MATT. - gritou indignada, o que não assustou Matt.

  - CACHECÓIS. - Danny berrou, pulando no cesto enorme cheio de cachecóis.
  - VAMOS ENFORCAR O DANNY. - Harry berrou e, colocando um cachecol no pescoço do guitarrista, puxou com força.
  - BOLINHO. - Dougie berrou e pulou em cima do guitarrista.
  - DE QUEIJO. - Tom berrou e pulou em cima dos dois. Harry, que continuava apertando o cachecol, parou com o ato.
  - De queijo? - Perguntou, achando que o amigo batera a cabeça.
  - É. - Tom rolou os olhos. - Bolinho de queijo. - Harry não esperou outra hora para meter-lhe a mão na cara e saiu da loja indignado.

   e James se separam quando encontraram e Charlie. agarrou a garota e Charlie se viu obrigado a puxar James.
  - Eu quero ficar com meu James. - resmungou.
  - E eu quero comprar alguma coisa pra eles, isso não pode ser com eles. - rolou os olhos.
  - Não quero fazer compras com você. - resmungou tristemente.
  - Vamos achar a . - pediu, fingindo-se de surda.
  Não demorou muito e encontraram a mais nova.
  Então correram para as lojas. acabou comprando um relógio para o baterista. comprou uma blusa que ela achou muito foda. comprou óculos, não vou descrever a cena da loja, o mico foi muito grande, principalmente os gritos do tipo: 'você tá parecendo uma mosca com saporra'.

  James e Charlie encontraram Matt sem grandes esforços, afinal o baixista também os procurava já que arrancaram sua .
  Vamos focar no que cada garoto dará para sua garota. ( Exemplo para as Bourne's lerdas > James=) (James=+ será ignorado)
  Charlie comprou duas pulseiras vermelhas para .
  James comprou um globinho. Um casal se abraçava e neve caia em cima deles, ao lado da garota, um boneco de neve parecia, com aquele sorrisão, feliz pelo casal. James foi até a vendedora gordinha de bochechas rosadas e perguntou se ela poderia escrever no globo, toda fofa, ela atendeu ao pedido e escreveu 'I'm gonna meet you there' (n.a: com a nota musical e tudo, Bourne fuckyeah)
  Matt preferiu comprar um colar simples, delicado e que tinha a cara de . A corrente era de prata e o pingente, do mesmo material, era uma nota musical. (Ele comprou, depois, sem ninguém ver, um morcego de pelúcia, o que frustrou , que achou que aquele era o 'mágico presente para a minha ')

  - Já acharam alguma coisa? - Tom perguntou quando encontraram os três rapazes.
  - Sim. - James respondeu idiotamente apontando para as sacolas.
  - Burro, tô falando dos nossos instrumentos.
  - Ah, não. - James entortou os lábios.
  - Tudo bem, Danny? - Charlie perguntou olhando o guitarrista que massageava o pescoço, com uma cara de sofrimento. Danny nem respondeu, só fez positivo e voltou a massagear.
  - OEEE. - berrou pulando em James.
  - Olá. - As outas duas falaram simplesmente.
  - Vocês vão conseguir procurar com essas sacolas todas? - Harry perguntou, erguendo uma sobrancelha.
   só sorriu, admirada com a beleza do baterista.
  - Vamos, e vamos agora. - Charlie respondeu por elas e puxou dali, com uma cara nada amigável.
  - Nós também. - deu de ombros e puxou Matt.
  - GAMBÁ. - berrou e arrastou James.
  - Sinto que fomos excluídos. - Dougie ergueu um dedo no ar e franziu o cenho. Danny assentiu tristemente.

  - O NEGÓCIO É O SEGUINTE. - berrou, parando James em um corredor. - Preciso de ajuda.
  - Com quê? - James perguntou assustado.
  - Presente pra e pra . - disse rapidamente. (Pensando no que comprara durante a semana passada e achando que não era bom o bastante. e pensavam a mesma coisa.)
  - Fodeu.

  Podemos dizer que essa também foi a resposta de Charlie e de Matt quando suas garotas contaram o que queriam.
  Os presentes não são importantes agora, pois já sabemos o que os rapazes darão para as garotas e vice e versa. Então, vamos nos concentrar no que aconteceu durante a compra dos casais.

  - Aqui, aqui, , tem a cara da . - Matt chamava exageradamente, foi e se deparou com uma loja de chocolate, Matt já estava lá dentro e abanava a mão esquerda, com a direita ele pegava algum bombom.
  - Seu gordo, devolve isso. - reclamou, Matt não ligou e pegou outro bombom.
  Acabaram comprando duas caixas de bombons, afinal, o bom velhinho dissera que era para pensar nos velhos, velhos gostam de chocolate, certo? Certo!
  Saíram da loja e começaram a andar sem rumo, apontando lojas, conversando, rindo, fazendo piada e não comprando nada que realmente importasse.

  - Eu já volto. - Charlie falou simplesmente e saiu da loja onde babava em ursinhos de pelúcia.
  Não demorou muito e a garota encontrou a melhor pelúcia que podia querer: um gambá.
  - Perfeito. Cadê o Charlie?
  Pagou pelo presente e saiu da loja, olhou para os lados, mafiosamente, e acabou concentrando seus olhos na loja da frente.
  - C-C-Charlie? - Gaguejou, ainda olhando a loja. Charlie estava lá dentro.
  A loja era de lingerie.
  - CHARLIE! - , como era de se esperar, entrou na loja berrando, Charlie, que segurava uma calcinha preta na mão, jogou-a longe.
  - Oi. - Sorriu sem jeito, olhando meio assustado a garota se aproximar como um búfalo.
  - Me diga que isso não era a sua tentativa de me ajudar a achar presente para elas, sua mula escrota. - pediu semicerrando os olhos. Charlie arregalou os seus. - DIGA!
  - Não era. Não era. - Charlie negou veementemente, assustado e andando para trás.
   o empurrou, sem pensar duas vezes, e o rapaz acabou entrando no meio dos vários cabines de conjuntos íntimos.
  - , não era. - Tentou novamente, mas estava rindo agora. A cara de desespero de Charlie era muito engraçada, o ambiente não ficava atrás. Charlie, por sua vez, semicerrou os olhos e puxou para mais perto meio irritado. Sua irritação parou quando seus lábios encontraram os da garota.
  Dois minutos e estavam sendo expulsos da loja.

  James não aguentava mais andar e andar e andar.
  - Gambá, se aquieta. - mandou, batendo em James com uma das várias sacolas.
  - Mas, mas, mas, mas... - James só sabia repetir isso. - Mas o quê? O que você quer? - perguntou, parando de andar.
  - SORVETE. - James berrou, apontando a maquina e saiu correndo.
  - Agora você não tem dor nas pernas, né. - resmungou, mas acabou seguindo o bicolor. Quando chegou perto do rapaz, James pediu alegremente ao homem: Todos os sabores. Todos os sabores.
   rolou os olhos e pediu seu chocolate calmamente.
  James Bourne + + sorvete. Alguém quer saber o resultado? Ok então. O resultado é James todo sujo de sorvete na cara toda. achou simplesmente que seria engraçado sujar o rapaz, sua intenção era apenas sujar um pouquinho a mega bochecha do Gambá, mas, quando James mordeu seu dedo, ficou com raiva e tacou o sorvete todo. James, no susto, derrubou o seu que caiu no chão e espirrou sorvete para todos os lados.
  - . - James reclamou, fazendo bico. riu e puxou o rapaz dali. - . - Agora James tinha preocupação na voz.
  - Eu te sujei, eu te limpo. - deu de ombros, entrando no banheiro masculino. - Calma, James, banheiro masculino no shopping é vazio.
  - É? - James perguntou incerto, mas ficou sem resposta. - ! - O rapaz exclamou assustado. o empurrara para a pia mais próxima e abrira a torneira, jogando água na cara do rapaz.
  - É que tá tudo sujo, tem que lavar bem. - riu maleficamente, enchendo a mão.
  - Lavar bem, lavar bem. - James resmungou e bateu na mão de , derrubando a água ainda na pia, se voltou indignada para o rapaz. Esqueceu-se de tudo e todos quando viu os olhos azuis do guitarrista a encarando. James sorriu de lado e foi se aproximando, no segundo seguinte está bem segura contra a pia, sendo agarrada por James. Não que ela não tenha gostado.
   brincava com os cabelos da nuca de James, James brincava com a barra da camisa da garota, passando a mão pela sua cintura de vez em quando, arrepiando .
  Pararam quando um cara bombado entrou no banheiro e ficou olhando para James com um olhar um tanto quanto tarado.

  - EU QUERO ESSA CAMISETA. - berrou, vendo a camiseta preta com detalhes brancos.
  - OhGod. - Matt gemeu, mas acabou seguindo a garota.
  - E ENTÃO? E ENTÃO? - perguntava infantilmente, abrindo a porta do vestiário e pulando igual um canguru.
  - Dougie? Quando você possuiu o corpo da ? - Matt perguntou irônico.
  - Muita convivência com você, Willis. - rolou os olhos, parando de pular.
  - Eu nem pulo. - Matt a olhou indignado.
  - CLARO QUE PULA. - gritou. - Me diz o que achou da camiseta, poxa.
  - Agora eu vou mostrar como que seu pula. - Matt falou exibido e pulou para dentro do provador. gritou assustada, depois começou a rir. Quer dizer, ela riu até que Matt a calou com um beijo.
  - Sabe. - Matt sorriu de lado, quando se separaram. - A camiseta nem é tão bonita, mas ficou linda em você. - E piscou, daquele jeito que só ele sabe piscar.
  - Oownt, Matt, seu lindo. - apertou as bochechas do rapaz, dando-lhe um selinho.
  - Mas eu prefiro sem nad-
  - MATT. - gritou e bateu no braço do baixista, que riu pervertido, e foi se aproximando lentamente, antes de beijar calmamente a garota e passar a mão na sua cintura, como quem diz que realmente a queria sem nada, beijou seu pescoço, só para vê-la arrepiar. Então...
  - ISSO É UM PROVADOR, NÃO UMA ZONA. - O gerente berrou lá de fora, batendo com força na porta.
  O casal não percebera que tinha câmera logo acima do espelho.

  Enquanto os casais se divertiam (e eram tocados dos seus refúgios), a McFLY fazia a festa.
  - OOOLHA ISSSOOO. - Danny, nada escandaloso e com uma voz bem fraca, berrou. Saiu correndo pelo corredor a procura dos companheiros de banda.
  - OOO QUEEÊ? - Dougie, que também não era escandaloso, saiu correndo ao encontro do baterista. Tom e Harry se entreolharam, deram de ombros e saíram atrás dos dois.
  - Fantasia de Papai Noel? Sério Jones? Sério? - Harry e Tom perguntavam inconformados.
  - EU ACHEI LEGAL. - Dougie gritou e pegou um dos casacos vermelhos. - Isso foi feito pra um gigante mano! - Exclamou indignado, o fim do casaco quase batia nos joelhos do baixista. - PUTARIA ISSO.
  Harry e Tom decidiram comprar a fantasia, só para se divertirem com a face do desespero (vulgo Dougie).
  - PRESENTES. - Danny gritava minutos depois na loja ao lado.
  Danny, a ver os amigos negarem veementemente, pois não queriam que Danny comprasse porcarias que nunca usaria, ficou irritado e quebrou um vaso no chão, para desespero dos amigos, pois teriam que pagar pelo estrago. Já que tudo estava perdido (com Daniel Jones por perto, o que não se perde?), decidiram fazer a festa e comprar tudo o que viam.

  O casal Bourne já estava a três corredores do banheiro e ainda ria. James fazia o Sinal da Cruz pela vigésima vez. parou de rir quando viu uma cabine fotográfica no fim do corredor.
  - EU QUEE- - Seu grito foi cortado, pois James já a puxava. - QUE LEGAL, QUE LEGAL, É MEU SONHO ISSO. CARA, DEMAIS. - berrava histérica. James sorriu e puxou a cortina, deixando entrar por primeiro.
  - Lembrei de uma coisa. - James falou no intervalo da segunda foto.
  - Hum? - falou distraída, fazendo alguma careta.
  - Nem nos beijamos ontem. - E a beijou calmamente, o que rendeu, na opinião de ambos, a melhor foto.

  - Olha o Charlie lá. - Danny apontou exageradamente, fazendo as sete sacolas que segurava no braço direito balançarem.
  - E quem não viu? - Dougie perguntou irônico. Não ver Charlie era uma coisa impossível, vamos concordar, e quando ele estava com uma vermelha fazendo gestos exagerados era ainda mais difícil.

  - Olha a lá. - apontou para a garota, no segundo andar, fazendo gestos assustadores.

  - Olha, olha. O Charlie e a . - James apontou para os dois. Charlie agora segurava os braços da garota, tentando fazer aqueles gestos escandalosos cessarem.
  - Eles estão no andar da COMIDA. - gritou e saiu correndo. James não pensou duas vezes e saiu desabalado. Logo passava a garota e chegava ao casal antes.
  O bicolor não calculou direito quando restava até chegar em Charlie (isso pra não chamar ele de burro mesmo) e acabou batendo no baterista com toda a força que tinha. Charlie, sem saber da onde vinha o golpe, caiu com tudo em cima de . Que estava com a boca escancarada, tentando gritar. Se ela conseguiu pronunciar uma palavra nunca saberemos. Pois Matt, , Danny e Dougie berravam ao mesmo tempo (Matt chegando de um lado, de outro e a dupla dinâmica de outro): BOOOOOLIIIIIINHO.
  E lá se foi a McFLY, o casal Willis e a gambá pular em cima dos três.
   se aproveitou da situação, quando enfim saíram de cima da coitada, e fez com que Charlie a levasse no colo até a mesa que almoçariam. (na verdade, só iam fazer um lanche, afinal, era quase seis horas da tarde, mas, como não tinham almoçado)
  - Folgada. - e sussurram ao mesmo tempo. piscou safada fazendo as duas rirem.
  - Vamos pedir? Vamos pedir? - Dougie e Danny pediam ao mesmo tempo, batendo as mãos na mesa, não demorou muito e estavam tocando We Will Rock You, batendo os punhos na mesa.
  - Pede pra mim. - pediu pra Charlie, mandando beijinho. - Estou ferida.
  Quando todos estavam acomodamos, com seus lindos lanches fartos, começaram a discutir o problema.
  - E nossos instrumentos? - Matt perguntou desanimando e empurrando o prato ainda intocado.
  - Sem comer você não vai correr atrás de baixo nenhum. - argumentou e o rapaz começou a comer.
  - Eu acho que temos que pegar aquele anão verde do cara-
  - Jones. - Tom bronqueou.
  - amba. - Jones deu de ombros. - E obrigar aquele filho da-
  - Jones. - Harry ralhou.
  - Anã, Harry, Anã. Achou que eu ia falar o quê? Filho da puta? - Jones fez com que todos, até mesmo Judd, rissem. - E Então obrigá-lo a contar onde ele escondeu nossas coisas. - Danny, enfim, terminou.
  - Ele não vai contar. - Charlie balançou a cabeça tristemente.
  - Se ele pegou alguma coisa. - Dougie logo tratou de defender sua família.
  - Dougie! - Todos falaram ao mesmo tempo, indignados, e o rapaz baixou a cabeça e, dando de ombros, voltou a atacar sua comida.
  - Eu acho que temos que fazer tipo uma caça ao tesouro. - James deu a ideia, e, pela primeira vez, não xingou o rapaz.
  - Pra não darmos muito na vista, temos que ter apelidos dignos dessa missão. - A garota falou se animando, empurrando o prato.
  - Tipo? - perguntou, também empurrando o prato.
  - Agora sim, Sherlock e Watson envolvidos em um trabalho. - James falou rindo.
  - Tipo: pro James não pode ser nem Gambá, nem Burro. - fechou a cara para James, que a olhou admirado. - Porque aí tudo vai ficar muito visível e vão saber que é do James que estamos falando, entendeu? - olhou para que gargalhava junto com os outros.
  - Entendi, entendi. - Harry se recuperou rápido. - Temos que chamar o Danny de esperto. Ninguém nunca vai saber.
  - O Charlie de anão. - Dougie deu a ideia e começou a gargalhar.
  - E você de Huck. - Charlie devolveu. - Nunca tentaram jogar fermento em você Dougie? Pra ver se pelo menos seu cérebro crescia?
  Todos riam muito com as ideias e trocas de xingamentos.
  Acabou que ficou como Sherlock.
   como Watson.
   como GF - De Gambá Fêmea.
  Charlie como Anão (para desgosto do rapaz).
  Dougie como Poste.
  Danny como Chapolin (as garotas explicaram a abertura: Mais rápido que uma tartaruga! Mais forte que um rato! Mais inteligente que um asno!)
  Harry como Tigrão (culpa do celular de , que começou a tocar funk quando sua prima ligou e o baterista se animou).
  Matt ficou Morcegão mesmo.
  James - o mais difícil de escolher - ficou atendendo pelo apelido de Mickey - culpa do boné de orelhas do Mickey que o bicolor viu na cabeça de um menino e endoidou falando que queria um igual.
  Tom ficou como Bigodinho - Danny contou alegremente de uma tentativa que Tom fizera meses atrás em tentar ter um bigode.
  Quando Danny terminou de deixar Tom com vergonha e se decidiram no apelido, Charlie chamou a atenção de todos com um 'pssiu' baixo.
  Todos seguiram o olhar do rapaz, o maldito duende verde que começara com toda aquela putaria, sorria perversamente olhando para a mesa deles, já estava na metade da escada rolante.
  - Alguém pagou? - perguntou, apontando para os pratos. Tom tirou algumas notas do bolso e colocou na mesa, falando: quando quiserem.
  Matt atendeu ao pedido e gritou: - À CAÇA COMPANHEIROS.
  E então todos saíram correndo para a escada rolante.
  O corredor que entraram estava apinhado de pessoas. Charlie, por fim, apontou para a escada rolante que levava ao quarto andar e todos saíram correndo, o duende já estava no final da escada.
  Quando conseguiram chegar ao quarto andar, viram um cercado enorme. Era uma pista de gelo.
  Algumas crianças brincavam com seus pais. O quarto andar estava bem vazio, o povo que já cansara de brincar com certeza estava indo embora, ou mesmo fazer um lanche, por isso tantas pessoas no terceiro andar.
  - ALI. - Dougie apontou para seu primo de espécie.
  O duende saía pela porta do outro lado do cercado e sorria para eles.
  Uma mulher toda de verde se virou para o grupo, sorrindo amigavelmente.
  - Ela está vestida de duende? - perguntou com nojo. Não gostara do sorriso, vai que ela estava sorrindo para seu Charlie.
  - É uma vadia. - deu de ombros, também não gostara.
  - Acho que eles têm alguma coisa. - opinou, fuzilando a mulher com os olhos.
  - Alguém vai ter que ir conferir. - Danny deu a ideia, sorrindo.
  - Você não, Chapolin. - Harry rolou os olhos. - Você é muito burro.
  - E você muito feio, vai assustá-la. - Dougie deu de ombros, queria ele ir até lá.
  - E se for você, ela vai ter confundir com o amiguinho duende. - Tom falou e riu.
  - Vai o Bigodinho. - , e falaram juntas, quando perceberam que as opções agora eram elas ou seus garotos.
  Charlie deu de ombros, estava indiferente àquilo (como está para a maioria das coisas) e abraçou por trás.
  Bourne e Willis seguiram o exemplo do baterista e pegaram suas garotas. Tom encolheu os ombros:
  - Eu não queria demonstrar minha habilidade com patins, mas já que insistem. - E entrou.
  - Aposto que ele vai cair cinco vezes. - Danny falou assim que o rapaz sumiu de vista, tirando uma nota do bolso.
  - Acho que quatro. - Dougie disse e fez o mesmo que o guitarrista.
  - Uma e a garota já vem ajudar. - Harry disse, tirando uma nota também. logo pegou o dinheiro, alegando que cuidaria melhor que os três juntos.
  Harry acabou se tornando o profeta. Tom, que não sabia bulhufas de patins - o que deixou as garotas abismadas 'como um inglês não sabe andar de patins?' 'aqui só tem neve, o Tom perde o tempo fazendo anjinhos no chão?' - acabou caindo de bunda no chão assim que pisou no gelo.
  Firmou as pernas e deslizou pouco mais de 70cm e ameaçou cair novamente, a Mulher de Verde, para a sorte do bochechudo, estava perto e segurou o rapaz pelo braço.
  Uma troca de sorrisos e a garota colocou a mão de Tom firme em sua cintura, então, sem ninguém ver como, os dois começaram a bailar por todo o território de gelo.
  - Uau. - Danny comentou assombrado.
  - É mesmo o Tom? - Harry perguntou, erguendo a sobrancelha.
  - É o poder da duende. - Dougie fez pouco caso, dando de ombros.
  - VAI LÁ, TOM. - Matt gritou, incentivando o amigo.
  Tom sorriu, ficando ainda mais rosado que já estava e, talvez numa coragem repentina, colocou as mãos na cintura da garota, pouco depois, começou um beijo e foi descendo a mão.
  Em segundos, um tapa no rosto do guitarrista, um tombo, e Tom era obrigado a sair da pista de gatinhas.
  - QUE FOI ISSO? - Danny berrou rindo.
  - VAI LÁ PRIMA. - Dougie gritou e vibrou.
  - Tem que ficar do lado do Bigodinho, Poynter. - brigou e Dougie mandou língua, na mesma hora levou um pedala de Charlie. - Bobão.
  - Sacanagem ficar defendendo ela. - Dougie se virou para Charlie, massageando a cabeça. - Te conheço há mais tempo.
  - Mas você não é a . Claro que o Mula não vai defender você. - Harry deu de ombros.
  - Toooma. - mandou língua. - Todos me defendem.
  - Sou melhor que ela, Chaz. - Dougie assegurou e pulou no baterista, começando uma briguinha que quem acabou apanhando, ninguém sabia ao certo como, foi James.
  - O QUE IMPORTA. - Tom berrou e a putaria acabou com todos se voltando para Tom com olhos arregalados.
  - O que importa é a marca no seu rosto. - Jones levou a mão direita até o rosto e fingiu uma cara de dor, para o riso dos amigos.
  - Idiota. - Tom resmungou, mas ninguém ouviu, o barulho das risadas morreu quando Tom tirou de dentro da blusa um papel. - Se querem saber, eu tinha tudo isso planejado, ok, tudo bem Harry - Tom acrescentou ao ver a sobrancelha do amigo levantar tanto que arriscava sumir embaixo dos cabelos pretos do baterista. - Eu não sou o melhor no patins, mas eu também não sou tão ruim. Eu vi, alguma coisa, quando o duende se afastava. A garota colocava alguma coisa no bolso de trás. Eu queria andar com ela, achando que ela é quem cuida disso aqui, eu cai e iria cair quantas vezes fosse possível até ela se aproximar. Quando deu chance, peguei isso. - Tom ergueu ainda mais o papel.
  - Vamos sair daqui. - Charlie chamou ao ver a mulher se aproximar e todos correram escada abaixo.

  - Se você planejou, acho que ele planejou ainda mais. - Harry comentou por fim, quando conseguiu pegar o papel das mãos do Bigodinho.
  - Que tem aí?
  - Quem planejou?
  - Quem planejou mais que eu? - Tom perguntou indignado.
  - Você planejou mesmo? - perguntou baixinho, fazendo , que estava próxima, rir.
  - Que tem aí? - Charlie repetiu a pergunta irritado.
  - 827C. - Harry respondeu.
  - 827C? - repetiu e olhou para Tom.
  - Número de casa? - perguntou se lembrando do endereço do Sherlock Holmes.
  - Imagino que sim. - Matt assentiu.
  - Tem como ir rápido aí, princesas? Estou cansado já. - Dougie resmungou, o rosto do rapaz não era visível, Todas as caixas e sacolas da McFLY e das garotas estavam divididas entre Poynter e Jones.
  - Deve ser na Peter X Street. - Tom falou depois que os amigos pararam de rir de Dougie. - Ou em alguma rua lá perto. Lá termina em C.
  - Vamos então? - James perguntou balançando a chave do carro.
  - NOOOA. - gritou e se agarrou ao braço de Charlie.
  - Vamos ter que nos dividir. - Harry deu a ideia. - Tem muita coisa aqui, por que compramos tantas coisas mesmo?
  E, Danny indo com Matt e Dougie com Charlie, seguiram o carro de Harry.
  - Onde fica isso? - perguntava a todo o momento, quando não era ela, era ou .
  Dougie estava deixando Charlie doido, pois quando não tinha que responder as perguntas de , tinha que aguentar o baixista imitando o Burro do Shrek.
  Danny decidiu improvisar um 'láláláLÁÁÁ' enquanto batia as mãos nas pernas.
  - CHEGAMOS. - Charlie berrou quando viu o carro de Harry estacionar e pulou pra fora.
  - Não se irrita Baixinho. - pediu fazendo biquinho.
  - Anão, . Anão. - bateu na cabeça da garota devagar.
  - Malz ae, Char. - pediu e foi até o carro de Harry. - Então, achamos o tesouro, Tigrão?
  Harry resolveu sair do carro de quatro, imitando um tigre. Ou tentando imitar um tigre, já que parecia que ele estava sofrendo alguma doença interna.
  - Mereço? Mereço? - Tom pergunta indignado, saindo do carro.
  - Que horas são? - James perguntou, olhando para o alto.
  - Já tá quase na hora de tocarmos? - Dougie perguntou idiotamente.
  - JÁ É MEIA NOITE, JÁ É MEIA NOITE. PERDEMOS TUDO, PERDEMOS. - Danny começou a gritar, agarrando com força os cabelos e puxando-os sem dó.
  - JONES. - , já irritada, meteu o braço no rapaz, que acabou se aquietando. - E que horas são?
  - Seis e cinquenta. - Harry respondeu.
  - E por que tão escuro? - Dougie perguntou assustado.
  - Dougie Poynter, eu que não sou inglesa sei que o tempo está assim porque vai nevar. - rolou os olhos.
  - NEEEEEEEEEEEEVE. - gritou e começou a pular em círculos.
  Harry se abraçou já pensando no frio que faria.
  Matt também, mas era de tristeza. Não queria ficar sem seus instrumentos.
  - Acho que é aqui. - Tom chamava os amigos do outro lado da rua, alheio a tudo que os amigos falavam.
   atravessou a rua aos pulos. já combinava com quando fariam bonecos de neve, e já se imaginavam fazendo guerrinha com os amigos. Matt chegou primeiro em Tom e espiou pela janela. Então trocaram um olhar rápido.
  - Que aconteceu? - Harry, o único que percebera, perguntou.
  Charlie parou de tentar fazer parar de pular ao ouvir o tom do baterista.
  Matt forçou um sorriso. Tom baixou a cabeça e disse com voz sufocada:
  - Acho que todo meu planejamento foi em vão. - E deu espaço para que Harry e Charlie se aproximassem e olhassem pela janela.
  , sem muita paciência, se aproximou e tocou Matt, pegando o lugar do baixista que era ótimo para ver o que acontecia dentro da sala.
  - O QUE TÁ ACONT-
  - Cala boca, Grandão. - se jogou em Dougie na velocidade da luz, tapando a boca do rapaz.
  - É Gigante, . - avisou, rolando os olhos.
  - Que tem lá? - perguntou curiosa.
  - A mulher do Noel. - falou decidida.
  Tom e Matt se entreolharam, em suas cabeças a casa era habitada por uma velha que não tinha nenhuma ligação com instrumentos musicais, agora a figura mudava de sentido. Era a mulher do Noel. Ela tinha muita ligação com os instrumentos.
  - Como entramos? - Charlie perguntou, se afastando da janela.
  - Tocamos a campainha? - James perguntou, olhando para Charlie e fazendo uma careta engraçada.
  - Isso vai tirar toda a graça da coisa, Bourne. - bateu de leve no braço do rapaz.
  - E não olha desse jeito pro Charlie. - mandou.
  - Que jeito? - James perguntou se fazendo de desentendido.
  - Fazendo essa cara aí, como se o Char fosse uma anta. - rolou os olhos.
  - É James, ele não é anta. - bateu de leve na cabeça do bicolor. - Ele é Mula, poxa. Tenha consideração.
  Enquanto Charlie xingava o casal Bourne e recebia todo o apoio de . Harry meteu o pé na porta e, com ajuda de Matt e Danny, colocaram a porta abaixo.
  Com o barulho, Charlie parou de engasgar James, parou de puxar os braços de Charlie e parou de puxar os cabelos de .
  Dougie, e Tom, que observavam a briga, viraram a cabeça lentamente para a porta e então arregalaram os olhos.
  A velha, que tinham visto arrumando um lençol sobre o sofá, gritou ao ouvir o barulho da porta e, quando viu os três parecendo monstros no batente da porta, desmaiou.
  - Eu sou um... Assassino. - Danny comentou assustado e ergueu as mãos na altura dos olhos. - Tem sangue em minhas mãos.
  - Danny, não tem sangue. - Harry explicou calmamente. - E você não usou as mãos, usou os pés.
  - Pode ser que não tenha sangue nas mãos do Danny, mas tem na cabeça dela. - Tom apontou calmamente para a mulher no chão. - Espera... VOCÊS MATARAM A COITADA.
  E os dez correram para a senhora, ao mesmo tempo em que outros quatro seres faziam a mesma coisa.
  - Quem são vocês? - Harry perguntou ao mesmo tempo que um dos velhinhos que acabara de chegar.
  - Nós que devemos perguntar! - opinou junto com a velha que se abaixara e tentava reanimar a amiga.
  - , eles que devem perguntar. Afinal, acabamos de arrombar sua casa. - Jones opinou, todo inocente.
  - MAS ELES SÃO MALÉFICOS, DANIEL. ELES ESTÃO COM NOSSAS COISAS. - Dougie gritou indignado, apontando para três velhos e as duas velhas no chão.
  - PEGA ELES. - Danny berrou, se revoltando, e pulou no velho que falara primeiro.
  - SOCORRO. - O velho gritou com a voz abafada, não aguentando com o peso de Danny.
  Enquanto todos berravam pela sala, a velha desmaiada acordou e limpou o pouco sangue que saia de sua cabeça, tranquilizando a amiga dizendo que estava tudo bem, puxou Dougie para um canto:
  - Desde quando você é a favor de brigarmos atrás dos instrumentos?
  - Desde quando vocês não acusam anões. - Dougie deu de ombros e voltou para a briga.
  , e resolveram que os amigos estavam perdendo a cabeça e, com imenso sacrifício, e com a ajuda das duas velhinhas, separaram os briguentos.
  - Minha tendinite estourou. - O velho que fora derrubado por Danny resmungava lá do chão.
  - Isso estoura? - perguntou preocupada, estendendo a mão e ajudando o velho a se colocar em pé.
  - Isso existe? - sussurrou para que encolheu os ombros.
  - Quem são vocês afinal? - A velha que desmaiara perguntou.
  - Busted, McFLY e umas doidas aí. - Dougie deu de ombros e levou três tapas.
  - E queremos nossos instrumentos. - Danny cruzou os braços.
  - Se a mãe natureza te menospreza, não tenho culpa. - O velho briguento disse, olhando para as partes baixas de Danny, que se assustou.
  - Nada disso. - Matt disse rindo. - Alguém nos roubou e, seguindo uma pista boba, paramos aqui. - Apontou para a rua, embora sua intenção fosse apontar para a porta.
  - Ah meu filho. - A segunda velha sorriu tristemente, abanando a cabeça.
  - Só assim pra alguém aparecer no Natal. - A velhinha que desmaiara balançou a cabeça, a voz chorosa.
  Harry e Tom se entreolharam. Então sorriram cúmplices. Segundos depois puxavam todos os amigos para fora da casa, deixando os velhinhos choramingarem entre si.
  - Só eu acho que isso tudo foi pensado? - perguntou, olhando para a casa tristemente.
  - O quê? - Danny perguntou perdido.
  - O Papai Noel do shopping falar para pensarmos nos velhos, ou algo assim, ele queria que acabássemos aqui, e eu nem tenho nada para eles. - começou a chorar e Matt a abraçou.
  - Mas nós temos, . - Tom disse e pegou a chave do carro, tirando o alarme. - Me ajudem.
  Enquanto pegavam as várias sacolas de presentes, começou a cair uma neve fininha.
  - QUE LINDO. - gritou, quando seu cabelo se encharcou.
  - Espera. - Dougie pediu, quando Harry e já se encaminhavam para a casa.
  - Diga, Grandão. - Tom pediu, pegando a ultima sacola.
  - Vocês me obrigaram a comprar isso. - E Dougie jogou uma das sacolas em Danny. - Agora alguém vai ter de usar.
  Era a sacola com a roupa vermelha de Papai Noel.
  - O CHARLIE USA. - berrou apontando exageradamente para o baterista. - Por ter quase me deixado sem o James.
  - Boooa, . - James ergueu a mão e tocou. Depois, revoltada por ter dado uma ótima ideia e ter somente recebido um toque de mão, beijou James rapidamente.
  - Alok. - falou por não ter mais o que falar. - Anda Charlie, vista.
  - Não vou vestir. - Charlie a olhou irritado. - Quem comprou que vista. E me defenda, não fique contra mim.
  - Ela não está contra você, é só que isso vai ser muito engraçado. - desgrudou de James e, incentivando os amigos, conseguiram fazer Charlie vestir a roupa.
  - Odeio vocês, odeio. - Charlie, enquanto se vestia, resmungava e, depois que se vestiu, resmungava também.
  - Ficou tão lindo. - juntou as mãos olhando fofamente para Charlie, que lhe mandou o dedo. - Idiota.
  - Tem que ser um PN mais legal, Chaz. - Danny mandou, e, sem Charlie esperar, foi empurrado pela McFLY para dentro da casa.
  Os velhinhos se viraram surpresos para o rapaz.
  As senhoras, que choravam por não ter ninguém, começaram a chorar ainda mais, só que de emoção.
  - Er... - Charlie olhou para os lados, as garotas gargalhavam lá atrás. - Ho Ho Ho.
  Lá fora era só riso. Charlie se virou irritado para os amigos, e, sem aviso prévio, foi agarrado por trás. Os velhinhos o abraçavam todos felizes.
  Os amigos lá fora pararam de rir. As garotas estavam com os olhos marejados, sem esperar, pegaram as caixas e entraram na casa.
  Nenhum deles esperava que aquilo acontecesse e, mesmo sabendo que passariam o resto da noite e o outro dia com os meninos, as garotas sentiram que aquele era o momento mais feliz do Natal.
  Que aquele era o melhor Natal que poderiam ter. Porque nada se compara a levar alegria para quem não tem mais esperança.
  Os velhinhos deram em troca dos presentes um jantar delicioso.
  Depois de comerem e cantarem algumas de suas músicas mais famosas, Tom se levantou e disse que tinham que ir, pelo menos, dar satisfação ao empresário das bandas.
  - É só falar do Coisa Ruim. - Matt comentou, tirando o celular do bolso e mostrando o nome do visor: 'Fletch'.
  - Eu atendo. - Tom pediu e pegou o celular, ninguém reclamou. Quando as bandas estavam juntas, sempre era Tom quem ficava de líder, embora todos opinassem. - Fletch, boa noite, olha desculpa por tud- - Tom foi cortado, embora a chamada não estivesse no Viva Voz todos puderam ouvir o berro de Fletch.
  - ACHO MUITO BOM IR PEDINDO DESCULPAS MESMO. E ESPERO QUE VOCÊS TENHAM UMA ÓTIMA DESCULPA PARA TUDO ISSO. ONDE VOCÊS ESTÃO? SABE QUE HORAS SÃO? DEZ HORAS, VOCÊS TEM DUAS HORAS PARA CHEGAREM AO CENTRO.
  - Mas Fletch, como vamos tocar sem instrumentos? E não gri-
  - EU GRITO, TALVEZ ASSIM VOCÊS ME ESCUDEM. SEM INSTRUMENTOS? COMO ASSIM SEM INSTRUMENTOS? ESSAS PORCARIAS ESTÃO AQUI. EU PEDI PRO RICHARD TRAZER ASSIM QUE ACABOU A REUNIÃO AQUELE DIA. CAAAAAADÊ VOOOCÊS? - Tom desligou o telefone na cara de Fletch e, lentamente, se virou para os amigos.
  Todos estavam com os olhos arregalados. As garotas, que não sentiam toda aquela pressão, começaram a gargalhar. se recuperou por primeiro:
  - Sou só eu que acho que o Richard não gosta de vocês? Primeiro foi a mala que ele levou para o Bus-Ted, agora, ele sumiu com os instrumentos. Qual será a próxima que ele vai aprontar?
  Ninguém sabia se Richard tinha alguma carta na manga, mas isso também pouco importava, afinal, os dez tiveram o melhor Natal que poderiam querer.

FIM



Comentários da autora

EEEEAAAÊ DEMONIADA o/ (achei esse cumprimento engraçado hehe).
Explicações básicas:
1- Houve alteração na hora de patinar no gelo, mas eu não queria que a Willis ficasse sem o seu macho por perto.
2- Quando eu escrevi a fanfic, o Gerard ainda estava com o cabelo vermelho.
3- Não é que eu queria colocar o Charlie irritado toda hora que a Simpson olha pra algum homem, mas é que o Charlie é irritado, e isso já ajuda. E também o James é lerdo demais pra perceber e o Matt animado demais pra ficar irritado. E eu amo o Charlie irritado <3 isso ajuda muito.

Agradecimentos:
Flaaavinha, sua linda, obrigado por ter me aturado quatro fanfics, você é demais *-*
Anne, culpa sua que existe Fantasia Fake, afinal, são todas para você. Você é a melhor Gambá Fêmea do Macho Alfa Bicolor Bourne do mundo <3 (eprovavelmenteaunica). Você é a melhor amiga e também a que mais me chama de cuzada (e também é a única nisso).
Eu te amo Gambázinha <3