Fantasia Fake3

Escrito por Cáàh | Revisada por Flavinha

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  - ... E quando o James lembrou que tinha ficado no ônibus oficial? - perguntou rindo. abriu a porta da casa rindo. passou e a mais velha fechou e trancou a porta.
  Havia três dias que a turnê acabara. Era segunda feira. E segunda feira era dia de ir para a Universidade, por mais que ainda estivessem sonhando com sexta-feira à noite, quando, depois de surtarem depois do show, Charlie e James levaram as garotas para casa.
  - Eles ainda estariam procurando a mala se não fosse o meu James. - bateu no peito estilo Tarzan.
  - Né, e eu achando que Gambá nem pensava. - rolou os olhos, ralhou alguma coisa. - Ainda bem que eles não ficaram procurando. - sorriu abobada e começaram a andar rumo a Universidade. - Você viu o tipo do Charlie? 'Eu não vou desistir disso, dudes. Nem você, e nem você e nem vocês.' - terminou apontando de si para , que sorria.
  - Confesso que foi legal isso. - sorriu. - Ele disse que vamos fazer isso juntos, espero que não seja mentira. - entortou a boca, olhando para baixo.
  - Para de deprê. - mandou, empinando o nariz. - Não era mentira, porque o meu Charlie não mente. - apertou o indicador contra o peito. riu.
  - Ok, ok. Entendi.
  - Agora. - começou a gargalhar. Incrível como já se passara três dias e as risadas continuavam do mesmo jeito, senão mais elevadas e escandalosas. - Engraçado mesmo foi o Matt enganando o James com a pimenta.
  As duas gargalharam. Algumas pessoas as escararam, mas nem ligaram.
  As duas, no dia após o show, colocaram o vídeo na internet. cortando tudo que a envolvesse.
  - Matt é malvado cara. Só porque o meu James é meio abobado. - encolheu os ombros fazendo rir mais.
  - Meio? Meio abobado é apelido ultra carinhoso para o James, . - rolou os olhos rindo. - Ele é mega otário isso sim. Ele topou nosso desafio, cara. A gente poderia falar tanto Brasília, quanto Acre, quanto Vancouver, quanto Egito, ele ia acreditar que qualquer um desses era a capital do Brasil.
   optou por rir, contrariar agora não daria resultado, a não serem xingamentos referentes ao James.
  Continuaram rindo, de todos os garotos, até chegarem ao portão da Universidade, quando agarrou o braço de .
  - Que foi besha? - perguntou fazendo rir. Tanto tempo que a mais velha não falava aquilo.
  - Você me fez perder os pensamentos. - reclamou parando de rir. sorriu irônica. mandou o dedo e entraram. Quando chegaram à escada que as separaria: estuda no terceiro andar, no primeiro, a mais nova se lembrou: - Você já se tocou que faltam uns vinte e oito dias para terminar o ano letivo?
  Não esperou resposta e foi para sua sala.

  Passaram o dia sem problemas, tirando que Ryan estava um chiclete e que não se livrava das perguntas sobre a turnê.
  - Eu vou bolar um questionário. - comentou quando saiam pelo portão. - E vou treinar as respostas na frente do espelho.
  - Eu vou te fazer companhia. - assentia veementemente. - Queria fazer os livros voarem na cara dessas vadias.
  - Nem me fala. - semicerrou os olhos quando passaram pelo grupinho de garotas do primeiro ano.
  - Vamos. Não quero ficar cega. - levou as mãos aos olhos, fingindo estar sofrendo. riu, quando criaria juízo mesmo? Nunca? Pegou pelo braço e foram para casa rindo. Era impossível não se lembrar da turnê quase todo o momento.

  - MAS PUTA QUE PARIU. - gritou histérica quando chegaram em casa.
  - QUE FOI? - gritou se assustando.
  - Você tem noção de quanto tempo não falamos com ninguém do Brasil? Nossas mães já devem ter criado. E não grita, credo. Quer me deixar surda? - abanou a cabeça desgostosa e entrou na casa, correndo para o telefone.
   ficou um tempo parada na porta. começa a gritar e depois fala que não quer gritos? Enfim, não tinha tempo para discutir agora. já estava gritando na sala.
  - Que foi agora? - perguntou chegando e jogando a bolsa no sofá. - É muito número. - comentou tonta, vendo discar loucamente.
  - Muita coisa me irrita. - confessou colocando o aparelho no ouvido.
  - Por isso você pegou o Charlie, certo? - perguntou sorrindo largamente.
   olhou a amiga desaparecer pela porta da cozinha com a testa franzida.
  - SON OF A BITCH. - Gritou quando entendeu o que a amiga queria dizer.
  - FICA UM MÊS SEM FALAR COM A GENTE E QUANDO LIGA JÁ VEM XINGANDO. SIFUDE. ? reconheceu que a voz não era de sua mãe, nem de seu pai, nem de nenhum familiar.
  - ? - Gritou não acreditando que falava com uma de suas melhores amigas.
  - EU MESMA. COMO LEMBRA MEU NOME AINDA? - Ficaram nessa putaria de gritar até começarem a falar coisas sérias.
  - E cadê minha mãe? Aí é a minha casa. - falou indignada.
  - Ah, cala a boca. - falou rindo. - Sua mãe está muito ocupada, falando com a minha.
  - Na minha casa?
  - Não mesmo. No aeroporto.
  - QUÊ? - chegou a pular. - ELA FICOU TÃO DESESPERADA ASSIM? ELA ?TÁ VINDO PRA CÁ? ELA ?TÁ VINDO ME BUSCAR? NÃO NÉ? COMO VOCÊ NÃO ME AVISA UMA COISA DESSAS, BITCH?
  - CALMA. NINGUÉM 'tá indo te buscar. Elas estão acertando a minha passagem.
  - QUÊ?
  - Isso mesmo, sua linda. Avisa a que eu vou morar com vocês.
  - NÃO ACREDITO!
  - Pois então trate de acreditar. E pare de gritar. Você é escandalosa demais. - riu. - Hoje é dia 3 de Julho. Lá pelo dia 5 de Agosto eu chego aí. Avisa a que eu vou morar com vocês. ? repetiu com medo de chegar na cidade e ser tocada para o Brasil. Como se fosse tocar uma de suas melhores amigas.
  - ISSO É SÉRIO MESMO? - gritou como se não ouvisse pedir para cessar os gritos.
  - SIM. É Sério. Pare de gritar agora. Vocês me dão abrigo aí?
  - PODE VIR, BITCH. - gritou e começou a pular igual um canguru. entrou na sala com um sanduíche em mãos e quando viu o estado de realmente se lembrou do filme do Jack o Canguru.
  - PARA DE GRITAR SUA BITCH. E CADÊ A BITCH DA ? EU QUERO FALAR COM ELA TAMBÉM.
  , quando ouviu que era no telefone, largou o sanduíche no sofá e correu tomar o telefone de , as duas já tinham falado (ou gritado, depende do ponto de vista) bastante.
   olhou discretamente para o sanduíche. Quando se deu conta o sanduíche já não existia.
  - SUA VACA, VOCÊ ACABOU COM A MINHA COMIDA. - berrou e estendeu o telefone. - Sua mamãe linda.
  - MAMÃE LINDA. - gritou pegando o telefone e passou uns bons vinte minutos com a mãe. Cinco minutos, pelo menos, sua mãe usou para recomendar: Não saia a noite, não saia com estranhos, se cuidem e cuidem da Bela, cuidem da , cuidem da e cuidem da .
  - ? - perguntou baixinho quando desligou o telefone, com dor no ouvido. Foi para a cozinha, quando a viu ficou assim, protegendo seu sanduíche. - Não quero essa porcaria. - empinou o nariz rindo. - Mas me diga, quantos anos a tem? Ela não é só um ano mais nova que eu? - Carla perguntava fazendo gestos. - Minha mãe deve achar que ela tem uns cinco anos né. Acho que vamos ter de ligar toda santa noite lá para o Brasil: 'Mãe, cuidamos da . Agora a 'tá dando papinha pra ela. Já vamos ir dar banho nela. Toda noite contamos uma historinha pra ela dormir. É a nossa filhinha' , tá louco, viu.
   riu e ficaram zoando , por mais que a mesma não estivesse ali, e ficaram ali pensando em vários apelidos dignos de bebês para a mais nova.

  Julho era o último mês de aulas. Os dias estavam corridos e agora e tinha que correr atrás, porque nesse mês que ficaram fora o conteúdo perdido era absurdo, e, para ajudar, agora só falavam com a pelo MSN quando tinham um tempo.
  O mês estava passando incrivelmente rápido, tinham que refazer as provas e trabalhos que foram passados em Junho e tinham que estudar para as provas finais, ou seja, o único tempo livre tinha que ser para estudar. E mesmo assim não conseguiram aprender todo o conteúdo do último mês.
  Porém, quando Julho chegou ao fim, trouxe junto o fim do ano letivo cheio de surpresas, as duas garotas se surpreenderam, e atiçaram fagulhas de raiva em seus colegas: Haviam passado com as maiores notas da Universidade. Não foram tão bem quanto deveriam ir nas provas, não conseguiram pegar o conteúdo naquelas poucas aulas e os colegas não se mostravam animados em ensinar, talvez ciúmes do motivo que afastou as duas por um mês.
  Não perceberam o olhar de raiva de seus colegas até irem para os armários pegar todos seus materiais. Agora, só no próximo ano letivo usariam os armários e seriam armários diferentes.
  Quando terminaram de colocar os livros nas mochilas descobriram um bilhete no fundo do armário.
  "Como é ser usada de vadia em uma turnê pelos famosinhos-Busted?"
  Encontraram-se na escada que as separavam no começo do dia e as juntavam na hora do almoço.
  Mal se viram ergueram os bilhetes - que eram idênticos -, só a letra mudava: a pessoa que mandou o bilhete para tinha uma letra inclinada, quem mandou para tinha uma letra firme e reta.
  Mas foi saírem pelo portão que se esqueceram dos bilhetes. Tinha, pelo menos, umas sete pessoas distribuindo panfletos. As garotas pegaram e se animaram.
  - DIA VINTE E CINCO. - berrou e esfregou o panfleto na cara da amiga. - FESTA.
  - EU SEI LER. - gritou e afastou o papel, mas ainda continuava em frente ao rosto da amiga. - Tira isso da minha cara.
  - Não está na sua cara, está na minha mão. - falou sorrindo sapeca.
  - Tire o que está na sua mão da minha cara. - falou entre dentes e começaram uma discussão que terminou nas duas se chamando de 'bitch' e se abraçando.
  - 'Tá vibrando, 'tá vibrando, 'tá vibrando. - anunciou erguendo os braços, depois começou a procurar o celular pelos bolsos da blusa e da calça.
  - Uhul, 'tá vibrando, 'tá vibrando. - repetiu o ato da amiga erguendo os braços e começou um tipo de rebolado, fazendo se afastar sorrateira, como quem não conhece e quer distancia de . - Bobona, quem era?
  - . - sorriu estendendo o celular.
  - 'Acho que vou chegar uns dois dias antes xx' - leu e devolveu o celular. - Você já se tocou que nossa casa 'tá uma zona?
  Correram para o lar-doce-lar e, enquanto jogava as bagunças todas no canto, ligou para o Brasil.
  - Vai chegar dia três. - confirmou quando desligou. Isso seria daqui quatro dias.

  Os quatro dias passaram rápidos. gritando pela casa inteira que tinha notas ótimas, (chegou a ligar para a família no Brasil só para falar todas suas notas. Tirou foto e mandou por e-mail também), digamos que a pequena Fernandes não é lá muito acostumada com notas máximas, mas poxa, vamos dar um desconto, quem se imagina passando com notas máximas em Londres? Hein, hein?
   também se exibiu bastante, mas isso foi no primeiro dia, agora estava mais calma, mas isso depende do ponto de vista: estava nervosa e não parava de apertar uma mão na outra. O que diabos estava acontecendo com os garotos? Bourne não entrava mais no MSN.
  - Você não espera que ele fique vinte e quatro horas no fake, né ? - perguntou no quarto dia de férias. Já tinha ligado, agora era só esperar o taxi chegar.
  - Sou uma burra também. - disse andando até a janela, procurando o taxi com os olhos. Nada ainda. - A gente devia ter trocado os e-mails.
  O taxi chegou pouco depois. Entraram. já devia estar pousando.
  - Você não tem o número do Matt? Manda uma mensagem. - deu de ombros.
  - Não vou mandar mensagem! - disse orgulhosa. - Se ele sentir saudades ele que mand- ELE LÊ PENSAMENTOS. - berrou jogando o celular no banco do carro.
  - QUER ME MATAR, FILHA? - O motorista perguntou e pediu desculpas enquanto gargalhava e pegava o celular.

~~~~~

  - ESSA-DROGA-NÃO-FUNCIONA. - James berrou dando ênfase em casa palavra.
  - Que foi dude? - Matt perguntou entrando no quarto do bicolor.
  - Essa droga. - James repetiu e deu um soco na cama.
  - A cama? - Matt perguntou confuso.
  - Não besta. Isso. - Apontou para a tela do computador. O bonequinho nada sexy do MSN rodava, rodava, rodava e rodava e não entrava.
  - Sua senha tá certa? - Charlie perguntou entrando no quarto. - O meu também não vai.
  - ALGUÉM HACKEOU NOSSOS MSN's? - Matt berrou assustado e correu para o próprio quarto atrás de seu notebook.
  - Acho que eu esqueci a senha. - James comentou encolhendo os ombros, não queria pensar que alguém estava usando seu MSN e conversando com a sua .
  - Cadê seu notebook? - Charlie perguntou sentando-se ao lado do amigo. - Vai que lá está salvo.
  - Eu o perdi, acho. - James encolheu ainda mais os ombros. - Não o acho desde... A turnê, eu acho.
  - O meu entrou. - Matt avisou entrando no quarto e se sentando entre os dois amigos, com o notebook no colo.
  - Vê se elas estão online. - James pediu e Matt não precisou perguntar de quem ele estava falando.
  - Nenhuma. - Charlie respondeu por Matt, sendo mais rápido e correndo a lista de contatos online.
  - Droga. - James xingou. - Faz tempo que a gente não fala com elas, hein.
  - Eu entrei esses dias. - Matt contou. - Não tinha nenhuma também, eu mandei mensagem off mesmo, mas não foi.
  - Droga. - Charlie repetiu o que James havia dito. - E você ainda tem o número delas?
  - Só da . - Matt disse olhando para Charlie como quem pede desculpas. Charlie o encarou.
  Estava achando que e Matt eram tão ligados e nem os números havia trocado? Isso sim era ser idiota.
  - Me deixa ver. - Bourne disse quase desesperado e pegou o celular que Matt mostrava. - Vou perguntar porque raios elas sumiram.
  - A gente não tem dado muitas chances de conversas também, James. - Matt comentou imparcial.
  - Nem elas, você entrou no MSN esses dias e nenhuma estava lá. - James respondeu fazendo bico e cruzando os braços. Uma cena que adoraria ter visto.
  - Mas elas não são desocupadas. - Charlie se meteu. - Assim como a gente não saiu do estúdio esse mês, elas tinham que recuperar tudo do mês que ficaram fora e tem provas e todas essas coisas de quando está acabando o ano.
  - Mas não está acabando o ano. - James olhou para Charlie e piscou os olhos, igual uma criança.
  - O ano letivo seu gambá idiota. - Charlie respondeu indignado.
  - Também não precisa xingar, meu amor. - James piscou tentando seduzir o maior que lhe mandou um belo dedo do meio.
  - Parem de putaria. Os dois. - Matt falou olhando de um para outro. - E agora: Só eu que estou sentindo muita falta da turnê?
  - Não só da turnê. - James sorriu de canto, involuntariamente, não queria que os amigos vissem aquele sorriso idiota em seu rosto. Não de novo.
  - Dá pra sentir saudades até do ônibus-crochê. - Charlie assentiu se deitando na cama.
  - Só enquanto não achamos o nosso ônibus. - Matt disse convencido. - Temos que dar um jeito de achar ele, falando nisso. GPS, polícia, falar com a Rainha, não sei, qualquer coisa.
  - Precisamos de ajuda. - James disse convicto e mandou a mensagem.

~~~~~

  - 'Por que vocês sumiram? Precisamos de ajuda.' - leu e parou de pedir desculpas e olhou para de um jeito que deixou a mais nova com medo. - Que foi? Posso responder? - Perguntou clicando na opção para responder, baixando os olhos e tentando não se lembrar da cara de 'eu vou matar' de .
  - NÃO. - berrou e levou as mãos ao ouvido. - Desculpa. - Pediu ao ouvir o resmungo do motorista (que foi? Achou mesmo que ela ia pedir desculpas para a amiga? ha há). - Esse bicha não mandou mensagem porque está com saudades ou porque quer falar com a gente. Ele mandou mensagem porque precisa de ajuda. - afinou a voz ao falar as ultimas palavras e se perguntou se aquilo é o que chamaria de 'tentativa de imitar Matt Willis - parte I'.
  - Vai ver é alguma coisa urgente, . - inclinou a cabeça olhando a amiga guardar o celular.
  - Não importa. Chegamos, mexa essa bunda gorda daí.
  - Bunda gorda é a da sua mãe. - respondeu braba e saiu correndo do taxi.
  - Essa égua me paga. - avisou para o motorista que tinha os olhos meio arregalados. Será que algum dia ele iria dirigir para pessoas normais? Estava difícil. - Tem como esperar, moço? Só vamos pegar uma amiga e já voltamos. - O taxista assentiu e, assim que saiu, ele acelerou e sumiu de vista. - FILHO DA PUTA, VOLTA AQUI. - gritou e procurou pela amiga.
   estava encostada na porta do aeroporto rindo igual a hiena idiota do Rei Leão.
  - Você viu isso? - perguntou indignada. - Ele nem esperou pelo dinheiro.
  - Eu vi. - confirmou ainda rindo e recebeu um tapa no braço. - Sua monstra. - mandou língua e puxou pelo braço. Depois de anos luz, enfim, entraram na porcaria do aeroporto. - Você acha que ele ia mesmo esperar a gente? Você estava igual uma puta gritando no carro, dude. Mas não esquenta. - já foi emendando para não levar outro tapa. - Quando eu pedi o taxi eles me deram o número do carro. Quando a gente chegar, a gente vê o número e armamos alguma para aquele viado.
  - Eles dão o número do taxi? - perguntou e confirmou, parando de andar e olhando para os lados a procura de . - O que quer dizer que é para a nossa segurança né? Por exemplo, a hora que o taxi chega a gente confirma para não acontecer nenhum mal e tal. - confirmou novamente. - Mas você não confirmou a placa. PODÍAMOS ESTAR MORTAS AGORA.
  - CALA A BOCA. - gritou. - Ninguém ia morrer, não. Mas eu marquei o número.
  - No que isso ajudaria? - perguntou irônica.
  - Presta atenção, . - disse balançando a amiga pelos ombros. - Que eu só vou falar uma vez, não vou repetir. Cala a boca e presta atenção.
  - Mas eu não disse nada.
  - Mas ia dizer. - falou tentando ser ameaçadora. - Eu marquei o número do taxi e deixei em cima da mesinha ao lado do sofá, ou seja, se a gente sumir, e quando alguém der pela nossa falta, vai até lá em casa e vê o número. A pessoa juntaria um mais um e ia saber que foi o taxista que sumiu com a gente. - terminou como se tivesse apresentando alguma peça de teatro. Inclinou-se e ficou esperando por aplausos, o máximo que conseguiu foram as risadas de . - Que foi?
  - Eu achando que um mais um era quatro. - se inclinou para frente rindo. O que fez pensar se aquilo era 'Tentativa de imitar Matt Willis - parte II'
  - JESUS. VOCÊ NÃO DISSE ISSO. - berrou chocada, olhando incrédula para a amiga. pareceu perceber o que tinha falado e ficou vermelha. Tentou voltar ao assunto do taxi.
  - E quem garante que a pessoa que sumiu com nós foi o taxista?
  - Sim. Lógico que ia parar um carro em frente da nossa casa e a gente ia entrar né? - deu um pedala em . - Não preciso de placa de carro nenhum para distinguir um taxi de um ônibus, por exemplo.
  - Já entendi. Já entendi. - ergueu as mãos.
  - Você trouxe alguma placa? - perguntou. - Como a vai nos achar no meio desse povo todo?
  - Não acredito que vamos perder a chance de zoar a . - comentou indignada consigo mesma.
  - Zoar a ? - perguntou sem entender.
  - É. Vem. - olhou para o telão onde marcava os pousos e decolagens. O voo do Brasil ainda não chagara.
  A mais velha saiu puxando e entraram numa loja de conveniência. perguntou se a moça não tinha algum tipo de papel e a atendente mostrou uma caixa de papelão pintada de branco que havia acabado de esvaziar.
   comprou uma caixinha de canetinhas. Saíram da loja e olharam para o telão. Três minutos. Entraram na loja de café e sentaram na primeira mesa.
  - Mãos à obra. - comemorou e rasgaram a caixa. Pegando uma das laterais começaram.
  No fim de três minutos tinham escrito em letra gigante. Way vinha embaixo do nome, de caneta vermelha. Em volta do nome desenhos de flores, borboletas e corações.
  , viciada que só ela, fez um desenho do James no canto.
  - Por que você desenhou um coelho? - perguntou apontado para o desenho de James.
  - NÃO É UM COELHO. - gritou magoada. - É o James. Vem, o voo chegou.
   pegou o papelão que não tinham usado e jogou no lixo, saiu atrás de dando risada.
  - Lógico. Porque a conhece o James e vai ficar super feliz em ver um desenho dele no lado coelho de ser.
   resolveu ignorar e ergueu a 'placa' o máximo que pode. tomou da mão da menor e ergueu, era mais alta, a vergonha de seria maior.
  E não deu outra. Quando viu aquela placa começou a rir. tem uma risada engraçada, eu já falei?
  Quando a viu rindo daquele jeito, começou a rir também. E pela primeira vez o povo londrino presenciou duas hienas saídas do filme do Rei Leão, no aeroporto.
  - ABAIXA ISSO. - já chegou gritando e tentando puxar a placa de .
  - Bitch. - sorriu e ergueu os braços. pulou em seu pescoço, a próxima a ser atacada foi . No final estavam em algum tipo novo de abraço em três.
  - Que saudades de você. - comentou quase arrancando o pescoço de .
  - Gostou? - perguntou pegando a placa da mão de e quase a esfregando no rosto de .
  - Amei. - pegou a placa e a abraçou. - Amei a parte de Way. - a pequena piscou e as amigas riram. Era de conhecimento geral o amor de por Gerard Way.
  - Entendemos. - piscou. Não que amasse Gerard, mas podia falar que ele é absurdamente lindo.
  - Pena que é casado. - comentou triste.
  - Pena nada, eu não quero você com aquela Rihanna macho. - falou veementemente. - Agora vamos. - Chamou pegando uma das malas.
  - RIHANNA MACHO. - gargalhou e pegou a placa de Bela e saiu andando para a saída do aeroporto. se viu obrigada a pegar a outra mala.
  - sua folgada. - reclamou, mas já estava longe.
  - Quero ver só quando ela e o Charlie ficarem firme, ele não vai a deixar ser folgada assim. - resmungou.
  - Charlie? - soltou a mala e encarou . - QUE CHARLIE? Conta tudo, bitch.
  - Ih, , longa história, longa história. - sorriu e de repente uma ideia surgiu em sua mente e se arrependeu por não ter respondido a mensagem de Matt. - Na verdade, talvez eu tenha um cara muito lindo e solteiro para te apresentar.
  - Um Gerard Solteiro Way? - perguntou sorrindo largamente e pegou sua mala.
  - Não, um cara mais bonito que Gerard.
  - Eu não confio no seu gosto. - resmungou.
  - O que disse? - semicerrou os olhos.
  - Vamos logo que eu já perdi a de vista. - respondeu rápido e saiu correndo. foi atrás tentando não deixar a amiga se perder.

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  - Sua namorada deve estar braba. - Matt comentou olhando para o visor do celular.
  - Ou vai ver ela não viu a mensagem. - Charlie deu de ombros indo para a cozinha. Matt desligou o notebook e foi para a cozinha também.
  - Ela não é minha namorada. - James ralhou e foi atrás dos amigos.
  - Mas bem que você queria que fosse. - Charlie riu pegando o bolo que tinha na geladeira há umas duas semanas.
  - E você não né? - James olhou para Charlie e ergueu uma sobrancelha.
  - O Char quer a para namorar? - Matt perguntou assustado. - E eu achando que você queria a .
  - É da que eu 'tô falando, Matt. - James explicou rindo. Depois parou de rir e ficou sério. - Isso foi estranho.
  - O que foi estranho? - Charlie perguntou tentando mudar de assunto.
  - Eu explicar alguma coisa. - James encolheu os ombros fazendo os amigos rirem. Não tinha jeito, James sempre acabava sendo zoado, nem que ele mesmo tivesse que fazer o serviço.
  - Isso é estranho mesmo. - Matt comentou. - QUE SUSTO PORRA. - Gritou quando sentiu o celular vibrando.
  - Como elas conseguem saber que são nosso assunto? - Charlie perguntou com certo medo na voz.
  - 'Só manda mensagem quando precisa né?' , James nunca achou uma garota tão bem humorada quando a . - Matt comentou fazendo os amigos rirem. - Tem mais: 'Nem é verdade. Eu entrei no MSN há algumas noites e tentei mandar mensagem para vocês. Não deu :X tudo nem aí?'

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  - Eu não acredito que estou aqui. - confessou quando saíram para a rua.
  - Nem eu. - pulou na amiga novamente.
  - Aqui é lindo. - disse olhando para os lados bobamente. - Já compraram um carro?
  , que estava na beirada da calçada, encolheu os ombros.
  - Nem carteira a gente tem. - respondeu.
  - MAS COMO VOCÊS ANDAM POR AQUI?
  - Com as pernas. - respondeu o obvio e se aproximou da maior só para meter-lhe um pedala. - ouch.
  - Temos que comprar um carro.
  - Você tem carteira? - perguntou se aproximando também.
  - Saiu faz dois meses. - sorriu de orelha a orelha.
  - Que lindo. - abraçou a pequena pelos ombros.
  - É, mas nem adianta você ficar sonhando com um carro. - já foi cortando o barato.
  - Por quê?
  - Porque, por enquanto. - esticou a mão e enfim um taxi parou. - Só temos dinheiro para o taxi.
  - O que me lembra de que ainda não pegamos dinheiro nenhum. - olhou para seria.
  - Verdade. Responde a mensagem do Matt logo. - disse jogando uma das malas dentro do carro e entrando. entrou e fez o que foi mandado.
  - Matt? Quem é Matt? E quem é Charlie? E dá para explicar hoje ainda? - exigiu indignada, entrando por último.
  - Explica o caminho aí. - fez gestos apontando para o motorista e obedeceu. - Explicamos quando chegarmos em casa.
  - 'Nem é verdade. Eu entrei no MSN há algumas noites e tentei mandar mensagem para vocês. Não deu :X tudo nem aí?'
  - Que lindo. - falou apertando as próprias bochechas.
  - Que lindo? - O motorista perguntou assustado.
  - NÃO. Desculpe, é na Shelter Street. - deu o endereço certo e o motorista acelerou.
  - Que nome irônico. - comentou rindo fazendo as outras rirem também.
  - OMG. OMG. OLHA ISSO. - estendeu o celular. - Eu falei que 'tava tudo bem sim e no que eles precisam de ajuda e a resposta está aí.
   'Não precisamos de ajuda. Acho que foi o jeito que o James tentou chamar sua atenção, foi ele que mandou a mensagem haha'
  - James Gambá Bourne querendo a atenção da , que lindo. - Agora mudou o alvo: apertou as bochechas de .
  - Eu imploro uma explicação. - disse erguendo a mão.

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  - Não era pra contar. - James disse assustado levando as mãos ao cabelo. Charlie riu da situação desesperada do amigo enquanto Matt ria. Aquela risada do mal.
  - Mas não é a verdade?
  - E por isso ela precisa saber? Vai achar que eu sou um desesperado. - James puxou uns fios fazendo uma cara de dor.
  - É essa a impressão que você 'tá passando, Jimmy. - Charlie comentou sério apontando para o amigo.
  - Respondeu, respondeu. - Matt disse cortando o que quer que James fosse falar. - 'Que lindo, James querendo minha atenção *-*. Quando a vossa excelência vai poder entrar de novo?'
  - Vossa Excelência, Matt tem mais crédito que você, James. - Charlie comentou rindo.
  - Acho que isso foi tão . - Matt comentou encolhendo os ombros. - Vamos entrar hoje? - Matt mal acabou de perguntar e o telefone da casa começou a tocar. Charlie, que estava mais perto da porta, foi para a sala e atendou, James assentiu e Matt respondeu a mensagem falando que entraria.

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  - Eles vão entrar hoje. - anunciou com os olhos brilhando. - Você vai conhecer o Matt e o Charlie, .
  - E o namorado da , o James. - alfinetou e antes que a xingasse desceu do carro e, já na calçada, se inclinou para dentro. - Vem Bela, vem conhecer seu refugio.
   pulou do carro e deixou as malas por conta de .
  - Eu sou tão explorada aqui. - desabafou com o taxista, que riu e saiu do carro para ajudar a garota com as malas.
  - Essa bitch não perde tempo, ein . - disse de boca aberta.
  - QUE LINDA. - gritou assustando . se jogando no taxista era linda? - Londres só a deixou mais bitch, tsc. Agora abra essa porta. - Então percebeu que linda era a casa.
  - A -bitch que 'tá com a chave. - encolheu os ombros. - Esqueci a minha no quarto.
  - E Londres te deixou mais perdida. - se pronunciou aproximando-se e exibindo a chave. - Sim , eu ouvi tudo. Vamos ver o que Londres vai fazer contigo.
  Enquanto o taxista ia embora, e se entreolharam com certo medo de Anne. Então a porta foi aberta e entraram na casa. respondia a mensagem enquanto começava um ataque de gritos, fazendo tapar os ouvidos.
  - Parou? Parou? - perguntou receiosa.
  - Vamos para o quarto. - chamou jogando o celular no sofá.
  - Ui delicia. - gritou, deu um tapa na bunda de e correu para o quarto.
   e ignoraram a amiga pervertida e subiram atrás.
  - Tem a cama e um mini guarda roupa, . - explicou quando chegaram à porta.
  - É lindo.
  - Você sabe falar outra coisa? - perguntou cansada. estava tão emocionada que não se deu ao trabalho de responder, no lugar disso, abraçou as amigas.
  - Eu amo vocês. Obrigada.
  - Sem rasgar seda, por favor. - pediu erguendo as mãos. Riram e foram buscar as malas. pegou o celular que recomeçara a tocar e as duas se encarregaram das malas. Arrumaram (ou simplesmente jogaram as malas na cama, dependendo do ponto de vista) e foram para a sala.

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  - Então? - James perguntou quando Charlie voltou.
  - Era o Fletch. Diz para as garotas que temos uma surpresa.
  - Que surpresa? - James perguntou assustado.
  - Uma surpresa vinda do Fletch? - Matt ergueu a sobrancelha direita.
  - Não, idiotas. Diz logo.

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  - Leia, leia. - jogou o celular em que a olhou estranho.
   'Charlie disse que tem uma surpresa pra vocês, há.'
  - O CHARLIE TEM UMA SURPRESA. - começou a se abanar para os risos eternos de .
  - Quando eu vou ganhar a minha explicação? - tentou uma ultima vez, foi ignorada.
  - Perguntou que surpresa? - perguntou ao ver digitar, digitar e devolver o celular.
  - Ahan, mas eles nem vão responder. - abanou a mão.
  - São uns cuzão. - falou quando a resposta chegou e era realmente negativa.
  - Quem é cuzão? Tem como responder minhas perguntas ingênuas? - tentou esganiçada.
  - , você sabe que a gente precisava de estágio para passar de ano? - perguntou olhando a mais nova se sentar ao lado de . estava na poltrona, como sempre.
  - Sei. - respondeu feliz.
  - Conseguimos emprego juntas. - disse piscando.
  - Que legal. - sorriu.
  - Legal foi onde, como e com quem conseguimos esse estágio. - sorriu de lado.
  - Conta. Conta. - pediu batendo palmas. teve um ataque de riso, se lembrando de seu cachorrinho que ficou no Brasil. respondeu.
  - Com a Busted, numa festa a fantasia que eles deram. - sorriu largamente. - Espera. - pediu e pegou o celular. Achou a pasta intitulada Busted-videos e deu play. - Essa é a Busted.
  - Com uma banda? - olhou de uma amiga para a outra.
  - Sempre gostamos dessa banda, acabamos os conhecendo pela internet. - encolheu os ombros. - Acredite se quiser amiga linda. Eles queriam conhecer a gente e deram uma festa, fizeram umas coisas lá e acabaram contratando a gente pra trabalhar com eles na turnê que fizeram pela Europa.
  - NÃO CREIO. - gritou, quase largando o celular no chão.
  - Creia. - sorriu largamente. - Esse. - Apontou para a tela do celular. - É o James e... bom, a gente ficou.
  - NÃO CREIO. - repetiu.
  - Esse é o Charlie. - falou lá da sua poltrona. Não precisa estar vendo o vídeo pra saber que o Charlie estava aparecendo. - E eu peguei ele de jeito.
  - NÃO CR-
  - Já sei que não crê. Para de falar isso agora. - pediu rindo. - Esse é o Matt, o solteiro que eu tenho pra te apresentar.
  O resto do dia passou calmo nas duas casas. Mentira. Na casa das garotas o assunto foi a turnê e as horas passaram recheadas de gritos. Isabela simplesmente não acreditava que as amigas saíram em turnê e com uma banda linda. E ainda tinham ficado com dois dos três rapazes.
  Na casa dos rapazes foi tudo normal. Gastaram as horas seguintes falando de bandas, guitarras, bateria, baixos, música, até chegarem no assunto particular: suas letras de músicas.
  - Eu tive várias ideias esses dias. - James confessou encolhendo os ombros.
  - Eu tive várias ideias para continuar o que já tinha começado. - Charlie passou a mão na cabeça frustrado.
  - Temos que pegar aquela mala. - Matt disse tentando inflar os amigos, e a si mesmo, de coragem.
  - Como? - Bourne e Simpson perguntaram juntos.
  - Vamos falar com elas, falar que é importante e essas coisas. - Matt deu de ombros e Charlie contou quanto tempo ainda faltava para entrarem no MSN. Não queria parecer um desesperado. James ficou brincando de pegar o polegar da mão direita com a mão esquerda. Vai entender...

   diz:
  MAAAAAAATT. GAAAAMBÁ. MUUUUULA. QUE SAUDADES.
  Matt W. diz:
  AAANNEE, saudades master.
  James e Charlie falaram que estão de mal KKKK
  A esquisita tá ai? Ooi esquesita.
   diz:
  Ela falou uma coisa nenhum pouco bonita, prefiro não passar o recado :X
  Nãão fiquem de mal, seus lindos <3, mas é que esses apelidos são ótimos.
  Matt W. diz:
  'Ótimo, porquê não é seu' - J&C.
  Tudo bem aí? vá lavar a boca com sabão --'
   diz:
  Ela mandou você enfiar esse sabão em um lugar que eu não vou falar KKKKKKKKK
  Adorei esse J&C, combinou muito *.*
  Tuudo bem e vocês? Agora, PARE de enrolar e diga: QUAL A SURPRESA?
  Matt W. diz:
  Demorou pra perguntar hein haha. ... Não tenho o que falar agora, sua mal educada.
  J&C ficou bom mesmo, podia ser G&M também, de Gambá e Mula, maaas se eu colocar isso apanho aqui. O que o James tem de bobão, o Charlie tem de cavalo ¬¬'
  O FLETCH LIGOU AQUI HOJE. A SURPRESA É ESSA er..
   diz:
  KKKKKKKKKKK Charlie. Temos que decidir se ele é mula ou cavalo Hm. Vamos deixar pra falar, o que você acha? (6
  E O QUE TEM DE MAIS QUE ELE LIGOU?
  Matt W. diz:
  KKKKK Ele ficou puto com isso, se é que quer saber.
  BURRA. O QUE ELE FALOU É A SURPRESA. É pra vocês passarem lá na gravadora amanhã que vocês vão receber \o/

  - VAMOS RECEBER. - berrou ao ler o que Matt escreveu.
  - VAMOS FICAR RICAS? - perguntou se empolgando.
  - Acho que não. - respondeu. Saíram tão animadas em turnê com a Busted que nem passou em suas lindas mentes quanto iriam receber. Nem sabia se iriam receber. - DINHEIRO.

   diz:
  AAAAH QUE LEGAL. A SURTOU AQUI.
  Matt W. diz:
  Ok, ok, vocês já sabem da surpresa do Charlie. Agora contem a surpresa de vocês.

  - Será que peço pra ligar a cam? - perguntou olhando para as amigas. que ainda se abanava (fingindo estar se abanando com notas de dólares), parou o ato de criança na hora.
  - QUÊ? NÃO MESMO. - tinha os olhos arregalados. - Bom, eu saio do quarto então. Não vou aparecer pra eles. O CHARLIE TÁ LÁ FILHA.
  - Oh Lorde. - bateu a mão na testa. sempre exagerada. - Só me deixa dar uma ajeitada no cabelo. Fala sério, eles são famosos. - Estalou os dedos como quem quer chamar a atenção e foi para o banheiro. quando seguiu os passos da amiga, agarrou pela gola da camisa e levou-a de arrasto.

   diz:
  Vou pedir a cam jájá. Só vou dar uma ajeitada no cabelo, estou horrível. Esperem.

  - COMO? - James gritou e correu para o banheiro. Charlie foi para o quarto e Matt só bagunçou o cabelo. Pra que se arrumar? Aquelas garotas nem ligavam para ele mesmo... James tropeçou no tapete do quarto quando voltou, chamando a atenção do baixista que teve que rir. James estava do mesmo jeito que antes, só um pouco vermelho porque correra para o banheiro, correra para o quarto e ainda tinha tropeçado.

   diz:
  PRONTO. Aceita aí.
  - Oi. - James e Matt falaram juntos quando as garotas apareceram.
  - OOI. - Responderam felizes. , rapidamente, entortou os lábios, tristemente. - Tudo bem?
  - Tudo. - Responderam. - Surpresa, surpresa. - Matt pediu e James bateu palmas.
  - Aqui está. - virou o notebook e apareceu. Foi questão de segundos para ficar escarlate.
  - Oh Lorde. Estou horrível. - A pequena tapou os olhos fazendo as amigas, e os garotos, rirem.
  - Horrível nada. - Matt falou abobado. Por que raios tinha bagunçado a porra do cabelo? - Conta tudo de você. Já percebi que é brasileira.
  - Chegou quando? - Foi a vez do James. virou o notebook e se juntou as duas amigas.
  - Cheguei hoje. Eu sou a , mas, se quiserem me chamem de . - sorriu fofamente.
  - Veio para estudar também? - Matt perguntou.
  - É a intenção. Mas ainda tenho que fazer entrevistas na Universidade. Espero que dê tudo certo. - cruzou os dedos.
  - Acho que esqueci a torta na porra do fogo. - gritou desesperada e saiu correndo.
  - Ela é uma péssima cozinheira. - disse e saiu logo em seguida.
  As duas pararam na porta e piscaram.
  - Eu as odeio. - confessou e os garotos riram. - Enfim, eu tinha em mente várias perguntas pra vocês. Mas elas sumiram. Não tem lógica eu perguntar seus nomes ou o que fazem. Elas já me contaram. Falando nisso, cadê o baterista?
  Matt e James se entreolharam. James levantou-se rapidamente, por mais que fosseo lerdo, tinha sacado porque e tinham fugido da conversa.
  - Ele saiu e sumiu. Vou procurar ele. - Piscou para e saiu do quarto. Matt ficou interrogando sobre tudo e a garota fazia a mesma coisa.

~~~~~

  - Que aconteceu com você? - James entrou no quarto do baterista preocupado. Charlie estava deitado.
  - Nada. Eu já ia voltar pra lá. - Charlie não se deu ao trabalho de olhar para o guitarrista.
  - Larga de ser mula e fala logo o que aconteceu. - James não pediu, mandou mesmo.
  - Estou horrível. - Charlie se sentou na cama e apontou para seu peito. - HORRÍVEL. - Repetiu exasperado. - E eu nem sabia que cara fazer quando elas aparecessem.
  James sabia muito bem que 'elas' significa '', mas não sabia que Charlie pensava tanto sobre aquilo. Já havia passado um mês. Bem certinho. E eles falavam delas, lógico, até porque não tinha como não falar, fora um mês juntos. Mas não entravam em assuntos mais particulares. E Charlie não era de se abrir com ninguém. James coçou a cabeça, confuso.
  - Não precisa falar nada. - Charlie riu, James não sabia disfarçar.
  - Não, dude, é que... Não sei cara, você não tinha que se preocupar com que cara fazer. Era só conversar, normal, como a gente fez a turnê toda.
  - Como vocês fizeram a turnê toda. - Charlie resmungou. - Não adianta James. Eu não sei ser simpático e não sei como reagir dependendo do momento. Agora cai fora daqui e vai falar com elas.
  James pegou uma das várias blusas de Charlie que estavam jogadas no chão e jogou na cara do mais alto.
  - Larga de ser mula. - Repetiu o xingamento de antes. - Eu não vou voltar lá porquê o Matt está conversando com a .
  - Que ?
  - A surpresa das garotas era mostrar uma amiga que chegou do Brasil hoje. - James explicou encolhendo os ombros. Charlie coçou a nuca, não tinha conhecido a garota junto com os dois amigos, agora que não ia conhecer.
  - Legal. - Deu de ombros, por fim.
  - Mula. - James estava ficando fissurado por esse apelido, incrível. - Vamos lá, pegue o teu notebook, vamos entrar no MSN e falar com elas.
  Novamente James não pediu, mandou mesmo, e, o mais incrível de tudo, Charlie obedeceu de boca fechada. James saiu do quarto assustado, indo buscar o celular de Matt para mandando uma mensagem para . E antes que perguntem: ele estava assustado não porque Charlie obedeceu, mas porque ele obedeceu de boca fechada. Literalmente. (Charlie. Boca fechada. Incrível. Entendeu? Parei.)

~~~~~

   parou de correr só quando chegou à sala e se jogou no sofá.
  - vai querer nos matar. - Disse esticando as pernas e colocando os pés na mesinha de centro.
  - Ou não. - piscou sapeca. - Você acha que ela vai ficar braba de conversar com o Matt Willis? Tem que ser muito boba.
  - . - reprimiu e riu. - Eu queria falar mais com o James. - Entortou a boca triste.
  - Você pelo menos o viu. - resmungou zangada.
  - Não fica assim, . Vai ver o Charlie passou mal e estava no banheiro. - deu de ombros, deixando pior. Antes que pudesse se desculpar, seu celular vibrou e o telefone da casa tocou.
  - Eu atendo. - falou para escapar daquela conversa e foi atender sua: - Mãe. - Então começou todo o interrogatório e teve que se controlar para não rir, se lembrando da conversa há um mês atrás com Anne.
   'Entra no seu MSN? xxJames.'
  - Eu vou subir. - falou só mexendo a boca para , que assentiu. - Quando puder sobe. - levou as mãos até a altura do peito e fingiu que digitava alguma coisa. entendeu que ia entrar no MSN e fez de tudo para enrolar a mãe o quanto pudesse. Não queria presenciar as ceninhas fofas do casal Gambá, digo, Bourne.
  Acabou que enrolou o quanto pode e quando desligou o telefone fugiu para o seu quarto e se enfiou na cama, para desapontamento de Charlie e mágoa de . ficou horas conversando com Matt e quando desligou o notebook estava com dor nas bochechas, nunca rira e sorrira tanto. estava do mesmo jeito.

  Enquanto isso, no lustre do Castelo. Ou apenas no outro dia.

  - ACORDA AE. - pulou em cima de , que puxou as cobertas para cima da cabeça e derrubou no chão, sem querer, lógico.
  - Sua maléfica. Não te acordo mais. - reclamou ameaçando enquanto se levantava e passava a mão na bunda. - E que chão mais duro também, 'tá louco.
  - Por que raios veio me acordar? - perguntou jogando as cobertas aos pés de . - Dormir estava otimamente ótimo.
  - Porque eu quero que você levante logo, para logo você ir pegar seu dinheiro, para logo ficarmos ricas. - explicou o óbvio estalando os dedos.
  - Não vamos ficar ricas. - ralhou levantando-se. - Pare de dar ouvidos à , você sabe que ela brisa com qualquer coisa.
  - Larga de ser chata e vai fazer logo alguma coisa comestível. - mandou saindo do quarto.
  - POR ISSO QUE VEIO ME ACORDAR. - gritou e ouviu a risada das duas companheiras de casa. - Vocês tem que aprender a fazer comida, sabe. - ralhou quando chegou à cozinha e encontrou as duas a olhando fofamente.
  - Outro dia a gente aprende, agora faz alguma coisa que sirva para enganar o meu estômago que eu quero ir pegar dinheiro. - mandou rindo.
  - Posso ir junto? - perguntou como quem não quer nada.
  - O Matt não vai 'tá na gravadora. - disse olhando para as unhas como quem não quer nada.
  - Eu nem estava pensando nele. - falou rápido, se entregando.
  - Não. Eu que estava. - piscou.
  - Caladas. - reclamou, ficando vermelha.
  - Não precisa ficar com vergonha. Falaram do que tanto? - perguntou e foi fazer o café da manha antes que as duas partissem para cima dela.
  Enquanto fazia a comida, e enquanto comiam. contou toda a conversa. Não houvera nada de mais, mas parecia, pelos seus olhos brilhantes, que tinham se pegado a noite toda.

~~~~~

  - Tiveram uma boa noite? - Matt perguntou todo sorrisos, chegando à cozinha.
  - Ótima. - James levou a xícara de café à boca, abriu um sorriso enorme e derrubou tudo na camisa.
  - Normal. - Charlie deu de ombros tomando seu café enquanto James xingava todos os nomes possíveis e ia para o quarto.
  - Normal boa ou normal ruim? - Matt perguntou depois que riu maleficamente de James. Charlie respondeu com um dar de ombros.
  - Por que não voltaram no quarto ontem? Ficaram falando com as garotas? - Matt tentou puxar assunto enquanto se sentava no lugar de James.
  - James ficou. - Charlie voltou a dar de ombros. - Vou arrumar umas coisas. - Avisou e foi para seu quarto.
  - Que bicho mordeu essa mula? - Matt perguntou assustado quando James voltou e sentou na cadeira que Charlie tinha deixado afastada.
  - A não apareceu pra conversar com a gente ontem. - James piscou.
  - Saquei. - Matt riu maleficamente. - Bem feito por ter saído do quarto e não ter voltado. - James assentiu e voltaram a comer.

~~~~~

  - , você vai junto então? - perguntou aparecendo no quarto da menor. - Se arruma que já vamos sair.
  - É a caminho da Universidade? - perguntou tirando os olhos da tela da TV.
  - É, por quê?
  - Tenho a primeira entrevista marcada para hoje. - falou de olhos arregalados.

  :xx:

  - A primeira entrevista hoje? - perguntou quando entravam no taxi. - Quantas você vai ter que fazer?
  - Não sei. Vou fazer essa e aí depende. Acho que se eu for bem, faço outra definitiva. Não sei. - confessou assustada.
  - Não precisa ficar assim. - abraçou-a pelos ombros. - Vai dar tudo certo.
  Quando chegaram à Universidade, pulou para fora, para deixar sair.
  - Oi. - Sorriu e acenou para o porteiro que retribuiu o cumprimento. - Boa sorte. - Abraçou e voltou para o taxi, avisando: - Voltamos para te buscar.

  - Então você é amiga das duas sortudas? - O porteiro fora encarregado de levar Caminho para a sala do diretor.
  - Sou. - sorriu, imaginou que a pergunta era porque as garotas acompanharam a Busted na turnê.
  - Meu sobrinho sempre quis sair em turnê. - Ele sorriu como um tio sorriria. - Será que elas ganharam bem ou só trabalharam para cumprir as regras da Universidade?
   fechou a cara. Isso lá era pergunta que se faça?
  - Não sei moço, mas elas foram receber agora, pergunta quando elas voltarem para me pegar. - Sorriu e entrou na sala que indicava a direção.
  O porteiro trincou o maxilar e voltou para o portão.

  - FLETCH. - e berraram entrando na sala do empresário. - Desculpa. - Pediram ao ver que Fletch não estava sozinho.
  - Podem entrar. - Fletch riu. O empresário estava decidido a não brigar mais com aqueles jovens doidos que a Inglaterra abrigava. Nem com elas, nem com seus garotos Busted e nem com ninguém. - Esses foram os seus chefes durante a turnê. - Fletch apontou para os dois homens que estavam na sala e então as garotas se lembraram deles. - Estávamos conversando umas coisas de ultima hora. - Ele estendeu dois envelopes, um escrito '' e o outro ''. - Decidi aumentar o que tínhamos combinado.
  - Tínhamos combinado alguma coisa? - perguntou confusa pegando o dinheiro. Muito dinheiro.
  - Quando vamos sair em turnê novamente? - perguntou olhando o conteúdo de seu envelope. Não sabia dizer quanto dinheiro tinha, mas sabia que ainda não estava rica. Porém, tinha mais do que imaginava.
  - É, Fletch. Qualquer coisa só chamar e nem precisa para ser turnê com a Busted, qualquer banda eu 'tô aceitando. - piscou.
  Depois das garotas encherem Fletch até o pobre homem não aguenta-las mais, saíram da gravadora e pegaram o primeiro taxi que apareceu. Seguiram com ele até a Universidade e não esperaram mais de cinco minutos até aparecer no portão. O porteiro deixou-a passar e acenou para as garotas no taxi, que responderam.
  - Sinceramente, vocês gostam dele? - perguntou afundando-se no espaço vago ao lado de . dava o endereço da casa ao motorista.
  - Por que não gostaríamos? - perguntou olhando a amiga de lado.
  - Ele é um amor. - fez um coração com as mãos e fingiu desmaiar apaixonadamente.
  - Idiota. - resmungou rindo.
  - Ele não parece pensar o mesmo de vocês. - deu de ombros. - Ele queria saber quanto vocês receberam como se achasse que trabalharam de graça para a tal Busted.
  - E o que tem se tivesse sido de graça? - perguntou, voltando ao seu normal (que cá entre nós, o 'normal' dela não é nada normal).
  - Parecia que ele achava que era um abuso infantil. - respondeu e começou a rir. Era difícil imaginar e trabalhando.
  - 'Tá rindo de que, bobona? - perguntou fingindo estar irritada, parecia saber o que a amiga pensava.
  - Nada, nada. - deu de ombros e não falou mais nada.

  - Que aconteceu ? - perguntou quando desceram do taxi e entraram na casa. sentou no sofá e abraçou a almofada mais próxima.
  - Não chore. - pediu, mas já era tarde.
  - Eu 't-tô com m-medo. - confessou e afundou o rosto na almofada. entortou o lábio, ainda bem que não havia pegado a almofada da sua poltrona.
  - De quê? - perguntou e fechou a cara para enquanto abraçava . Não era boa em confortar as pessoas e não parecia muito animada em ajudá-la.
  - Eu não vou ser chamada para a Universidade. - gritou esganiçada e chorou mais.
  - Oh Lorde! - exclamou como se aquilo fosse o fim do mundo. riu e emburrou.
  - Suas amigas da onça.
  - Nem somos. - apontou o dedo. - E por que chorar criatura? O diretor falou alguma coisa?
  - Não, ele disse que vai 'ver todos os pontos' e então conversamos. - encolheu os ombros.
  - Então engole esse choro, ele ainda vai pensar. - deu de ombros. enxugou os olhos. - E isso é bom, ele também falou isso para nós.
  - Falou?
  - Falou! - confirmou. - Mas não se desanime. Stengel onde se encontra aquele folheto que eles entregaram no último dia de aulas?
   esticou o braço o maximo que conseguia e pegou o folheto que estava na estante.
  - Aqui está. Caminho. - ajudou a amiga no som: começou a bater na mesinha de centro, imaginando que aquele estrondo se parecia com um tambor rufando. - Se você não passar para a Universidade...
  - Coisa que não vai acontecer. - piscou.
  - Pelo menos você irá até lá na FESTA. - berrou e esfregou o folheto na cara de .
  - Será na Universidade. E será a fantasia. - piscou para que devolveu a piscadela. Cada aluno podia chamar um convidado. A intenção era chamar James e Charlie, mas caso não desse certo para , chamariam a amiga e deixariam a Busted de lado.
  - Eu amo vocês. - puxou e se jogaram em .

  Os dias passaram bem calmos, bom, para e pelo menos.
   só conseguia pensar na Universidade. O que falaria para a família caso tivesse que voltar para o Brasil em menos de um mês? Seria humilhante. Seria horrível. E nem falara com Matt mais, que droga.
   estava totalmente relaxa, já tinha falado que seu primeiro aniversário em Londres seria perfeito, afinal a festa era um dia antes do seu dia e isso era mais do que um presente.
   só torcia, silenciosamente, para que passasse pelo diretor. Assim seu convidado seria James Bourne, ou simplesmente Gambá.
  - Não vai querer nada de festinha? - perguntou para , enquanto a maior vinha do quarto para a cozinha. estava estirada no sofá assistindo qualquer coisa inútil que passava na TV.
  - Não. Ajuda-me aqui. - pediu apontando a porta da cozinha. foi.
  - O que vai fazer?
  - Um bolo. - sorriu mais do que a boca, se encolheu. era um desastre na cozinha.
  - , TELEFONE. - gritou da sala. era ninja, a destinatária nem ouvira o aparelho tocar, mas isso não interessava, estava sendo livre de como chef.
   resolveu sentar na cadeira mais próxima e esperar voltar, tinha que ter uma cobaia por perto. Quando desligou o telefone, começou a gritar.
  - ERA O DIRETOR. COMO VOCÊ NÃO ME AVISA. - Berrou para que encolheu os ombros.
  - Eu nem sabia.
  - Perdi minha cobaia. - entortou o lábio, triste.
  - Quê? - perguntou semicerrando os olhos.
  - Minha assistente. Perdi minha assistente. - assentiu e sorriu, indo se arrumar para ir à Universidade.

  - Queria falar com o James. - confessou quando saiu, assim que o taxi chegara.
  - Eu nem falei com o Charlie mais. - encolheu os ombros indo para a sala. Perder sua cobaia, digo, assistente, a fez desistir do bolo.
  - Porque não quis. - revidou e foi para a sala também, abanou a mão.
  - Acha que a vai entrar?
  - Lógico.
  - Então você vai chamar o James para a festa? - olhou fofamente para .
  - Como você sabe que eu pensei em chamá-lo? - A mais velha perguntou arregalando os olhos.
  - Pensei em chamar o Charlie, quando vi o panfleto, imaginei que você pensaria o mesmo. E você ficou muito feliz. Sabe eu não sou tão boba quanto pareço ser. - encolheu os ombros, ficando vermelha.
  - Sua boba. - riu abraçando a maior pelos ombros. - Acho que vou chamá-lo sim, vai chamar o Charlie?
  - Não. - deu de ombros, soltando-se. Ficaram em silêncio esperando voltar, e ela não demorou.
  Quando chegou, abriu a porta com a força de três milhões de búfalos irritados. Mentira, ela abriu a porta eufórica, só isso.
  - EU. - Ela apontou, exageradamente, para si mesma. - PASSEI. SOU FODA.
  As três começaram a pular, rodar e gritar.
  - Não acredito. - comentou sem saber o que falar, quando pararam com a putaria.
  - Não? - perguntou erguendo a sobrancelha. - Acabou de falar que ela ia passar.
  - Não estraga o momento, bobona. - mandou rindo. encolheu os ombros. - Como foi, ?
  - Perfeito demais. - sorriu. - Ele foi simpático, falou, falou e falou um pouco mais e disse que eu já sou aluna, que posso ir ao baile à fantasia e levar um convidado.
  - PERFEITO. - gritou batendo palma. - Você chama o Matt, eu chamo o Charlie e a chama o James. Perfeito.
  - Eu chamo o James? Por quê? Não era você que ia chamá-lo? - apontou para si, depois para , por fim, olhou para confusa.
  - Você disse que não ia chamá-lo. Coitado, também merece uma festa, então ele vai, será meu convidado, vai deixar o James sozinho em casa? Não seja malvada.
  - Eu odeio você, . - falou indignada, só se fez rir, sabia que teria seu Gambá na festa.
  Depois dessa conversa animada, , e faziam espera no MSN, mas nada da Busted aparecer. Matt mandou uma mensagem no dia dezenove, falando que não estava na cidade, mas que entrariam no MSN no dia seguinte. E cumpriram.

  Matt W. diz:
  Desculpem, desculpem, mas saímos da cidade tão rápido que nem deu pra avisar ninguém.
  - Aonde foram? - não estava animada para digitar, microfone era bem mais prático.
  - Oi, casa dos nossos pais.
   e se entreolharam, não olhou porque não queria rir.
  - E por que não deu para avisar? Ficamos preocupadas.
  - O mula 'tava um chato, nós não sabemos onde a nossa mala está, não temos nossas músicas, Fletch mandou a gente sair daqui e era o melhor lugar. Desculpem.
  - Tá tudo bem. - deu de ombros, como se Matt pudesse vê-la.
  - Oi, maluquinha.
  - Cada dia você vem com um apelido diferente, Matt cala a boca. - falou irritada, arrancando risadas.
  - Não é só o Simpson que anda irritado pelo jeito. - Matt alfinetou.
  - Está me chamando de chata? Porque você falou que ele estava chato, não irritado e...
  - CALA A BOCA. - e gritaram juntos, fazendo cruzar os braços, emburrada.
  - Oi, .
  - , Matt.
  - Oi, . - Matt deu de ombros, como se elas pudessem vê-lo.
  - Mas enfim. - chamou a atenção, ao ver que os dois não falariam mais nada. - Chama o resto da Busted aí. Temos um pedido.
  - Um não, três. - se intrometeu e cortou-a com um olhar fazendo mandar língua e rir.
  - FALA. - Puderam ouvir o grito uníssono de James e Charlie.
  - Oi para vocês também. - As três falaram juntas. continuou. - Primeiramente, eu passei para a Universidade.
  Gritaram e desejaram felicidades, como se Bela estivesse casando. Charlie só para acabar com o momento falou: Mas isso não é um pedido, é um comunicado, como te aceitaram?
  As garotas vaiaram e os meninos riram, ao perceber que não tinham levado aquilo por mal.
  - Seus idiotas, mas então, peça primeiro . - deu de ombros.
  - Vou avisar primeiro né. - rolou os olhos. - Como eu passei e vou estudar no próximo ano letivo, que já é mês que vem caso alguém não saiba, e vai ter uma festa cinco dias antes, a fantasia, e cada aluno pode chamar um convidado, eu vou chamar você, Matt. Vamos?
  Matt arregalou seus lindos olhos e olhou de James para Charlie, que começaram a rir por causa da cara do garoto.
  - Ele perdeu a fala, mas ele quer sim. - Charlie falou gargalhando. Simpson só ria quando era pra ferrar os outros. Mas ele não tinha esquecido que Matt o chamara de bunda de osso, uns meses atrás.
  - E você vai ser meu convidado, Simpson. - falou fazendo Charlie parar de rir.
  - Quê? - Charlie e James perguntaram juntos. Matt arregalou ainda mais os olhos. James estava vermelho.
  - James, você ainda vive? - perguntou insegura, segundos depois. - Não morra e não siga a luz antes de ir ao baile como meu convidado. Obrigada.
  - Ok? - James e Charlie responderam incertos, juntos.
  - Que fique bem claro que ir como convidado não tem absolutamente nada a ver com quem vocês vão conversar. - falou rapidamente, aquele silêncio a estava deixando ansiosa, não fora uma boa trocar seu convidado.
  - Nós vamos. - Matt respondeu por fim, seus olhos voltando ao normal.
  Depois dessa conversa, até o dia da festa, só conversaram algumas poucas horas, quando conseguiam se encontrar no MSN. A ultima conversa fora de Anne com Charlie, e o assunto fora o aniversário de , que já decidira que não ia fazer nem uma festinha.
  Os rapazes não sabiam que tipo de roupa alugar, e isso estava deixando-os preocupados, ainda mais por e terem contado que alguns colegas ficaram com raiva porque elas foram com ótimas notas por causa deles. não estava ligando tanto para a roupa, era só pegar alguma coisa que vem com mascara e pronto, os alunos que a conheçam no primeiro dia de aula. estava pensando se iria de princesa, mas parou de perguntar às amigas que roupa usar já que só ficava falando de fantasia de gambá.
  Porem, quando o dia da festa chegou, o desespero bateu naquelas seis pessoas.
   reclamava que não estava linda o bastante, estava com medo de causar uma péssima impressão e que a mandassem para o Brasil. reclamava que estava ficando uma idosa.
  James achava que não estava bom o suficiente para ver . Matt estava rindo de tudo, como sempre, e aprontando com os amigos. Piadinhas sobre Gambá também não faltava naquela casa... E nem sobre mula, o que deixou Charlie um pouquinho mais irritado que o normal (Já que ele não pode ficar muito mais irritado que o normal, porque, convenhamos, isso é impossível).
  - Ninguém vai gostar de mim. - sentou no sofá, não se importando em amassar sua fantasia de princesa, misturada com mulher gato, porque tinha umas coisas meio pretas. Apoiou os cotovelos na perna e cobriu o rosto com as mãos, choramingando.
  - Estou horrível, o James vai perguntar onde está a verdadeira . - resmungando passando pela frente de e dando a volta no sofá, andar em círculos estava machucando seu pé, mas quem mandara optar pela sandália?
  - Estou ficando VELHA. - gritou da janela, irritada. - As duas, calem a boca, sério. Se alguém aqui pode estar irritada, sou eu. VELHA. - Apertou o pulso direito com a mão esquerda, instantaneamente afrouxou o aperto. - Quem ia vir nos buscar? - Perguntou fazendo uma voz doce que ia contra seu gênio de segundos atrás.
  - Algum subordinado do Fletch. - deu de ombros parando em frente de , que estava de costas para .
  - Podemos considerar o James um subordinado do Fletch? - perguntou incerta e virou ninja, subiu no sofá e pulou-o, correndo para a janela e empurrando , que se desequilibrou e caiu no chão. se animou, rindo da amiga.
  - BITCH. - gritou do chão e tentou erguê-la, sem sucesso, a risada não permitia seu êxito. estava se descabelando na janela, o que fez James se aproximar rindo.
  - Sou o primeiro a conhecer a nova brasileira. - O Gambá sorriu, olhando . Matt estava fazendo piada de tudo em casa, Charlie estava irritado, não era uma boa dupla para se acompanhar.
  - Então você vai ser o primeiro a me odiar. - soltou a mão de , fazendo a garota cair de bunda no chão, novamente. se virou para James e então percebeu porque o chamava tanto de Gambá. O vídeo que ela tinha visto não era tão atual, então o guitarrista não estava com a franja preta. tapou a boca, tentando não rir.
  - Ela é meio abobada. - sorriu para o guitarrista, ao ver a cara de interrogação dele e constatar que iria gargalhar. - Levanta daí sua gorda.
  - CALUNIA. - gritou e, como ninja, se levantou rapidamente. James riu. Sua garota era, realmente, a mais esperta e menos louca. Ok, nem tanto, mas mesmo assim...
  - Vamos, vamos. - pediu, não aguentaria mais tempo com aquelas doidas. E queria ficar com seu James.
  - Desculpa, querida, mas o James é meu convidado. - sorriu e engatou seu braço no de James, que oferecia-o para , e saiu puxando o rapaz até o carro. abriu a boca, indignada. deixou a mais velha para trás, era melhor acompanhar uma risonha e um James perdido do que uma com raiva.
  - Bitch. - resmungou fechando e trancando a porta. - Péssima ideia, péssima ideia. - Resmungou com mais ódio do que já tivera na vida ao chegar perto do carro e ver que estava sentada no banco de carona.
  - Ainda bem que o Matt é meu convidado. - soltou quando sentou-se ao seu lado. James riu olhando a menor pelo retrovisor. , que se sentara atrás de , beliscou o braço da garota pelo vão do banco e a porta. Para descontar, Cah puxou conversa com James, e sempre cortava o que fosse falar.
  Quando chegaram à festa, passou por cima de e saiu pela porta atrás de James, engatando no braço do rapaz com uma cara, no mínimo, maníaca.
  - Amassou meu vestido. - gritou, descendo do carro. desceu por último, rindo da cara de .

  - Eles ainda não chegaram. - James avisou ao percorrer o estacionamento com os olhos.
  - Vamos esperar então? - perguntou e a resposta foi os três se virarem para o portão, onde um carro preto entrava.
  - Não muito. - James riu ao ver o carro que chegava atrás do preto. - Matt não confiou no Charlie para dirigir. - O Gambá riu, ao ver Matt sair do volante.
  - OI CRIATURAS DE DEUS. - O baixista gritou e arrancou de James (num estilo bem ninja, fazendo valer a pena a sua fantasia de Akatsuki), puxando e para um abraço.
  - Oi, Matt. - e responderam gritando e ficou com o olhar perdido. Perdido no sorriso de Matt.
  - Oi. - Falou com alguns segundos de atraso e Matt piscou, uma coisa normal que ele fazia, mas que deixou ainda mais perdida. Depois o rapaz se achou um idiota.
  - Não tenho nenhum cumprimento legal. - Charlie falou com as mãos no bolso da capa de vampiro que usava, a mesma daquela vez, tinha até o rasgo provocado por James na barra. sorriu, também estava com a mesma fantasia da outra vez.
  - Oi povo do Inferno, que tal? - James perguntou irônico e Charlie mandou o dedo. - Nem falem com ele, ele estava um demônio hoje.
  - Combina com a então. - fuzilou a amiga que encolheu os ombros.
  - Sem brigas. - Matt pediu.
  - Isso, vamos entrar? - convidou e ficou esperando as amigas irem à frente, nem sabia por onde se entrava. Os rapazes também esperaram, nunca tinham entrado em uma Universidade. ficou por último, reparando em tudo. Era linda. Matt a acompanhou.
  - Então conseguiu passar? - O baixista perguntou sorrindo.
  - Consegui. Nem acredito que vou estudar aqui, é linda. - sorriu abobada, enquanto apontava para tudo.
  - É mesmo. - Matt piscou e ficou vermelha, mais ou menos da cor da fantasia de .
  - Vou ao banheiro. - avisou assim que entraram no salão.
  - Vou junto. - falou só por falar, imaginando que também falaria e então poderiam falar dos rapazes. Ou, mais especificamente, de Matt.
  - Tudo é tão lindo. - não fez o que era esperado, seus olhos estavam vidrados na decoração do salão de festas.
  - Vamos. - falou e deixou James e Charlie em uma mesa qualquer (Charlie falando alguma coisa sobre bebida). Quando chegaram ao banheiro, não estava à vista.

  Assim que entrou no salão e seus pensamentos se voltaram para Matt, especificamente para a imaginação e criatividade do baixista. Afinal, mais de cinco rapazes estavam vestidos de ninjas.
  Isso fez com que não reconhece o baixista quando se virou, rapidamente, com um copo de alguma bebida vermelha nas mãos e derrubou no ninja.
  - Desculpa, desculpa, não foi por querer, já comecei péssima. Desculpa. - pediu desenfreadamente.
  - Eu sou o seu convidado. - Matt riu, e mexeu na mascara, deixando seus olhos à mostra, piscou. - E você não é uma boa pessoa para fazer convites. Até agora não me chamou para dançar. - Matt não esperou uma resposta e levou até onde os universitários (e seus convidados) dançavam animadamente.

  - Elas nem chegaram e já foram no banheiro. - James constatou o fato, irritado.
  - E a outra foi beber. - Charlie riu e procurou com os olhos. - E prometeu trazer um copo pra mim. Cadê ela?
  - Está se divertindo com o Matt. - falou assustando os rapazes, que não a viram. - Foi dançar. - Tentou se explicar pela amiga.
  - Vamos também. - James deveria estar com a fantasia de Ninja, mal tinha arrastado a cadeira para se sentar e James já estava arrastando-a para o meio da dança. ficou com o lugar da mais velha.
  - Então... - Os dois esquecidos no canto escuro (ou na mesa, no meio da festa, depende do ponto de vista) falaram juntos.
  - Pode falar. - Novamente, juntos.
  - Você primeiro. - Juntos novamente.
  - Primeiro as damas. - Charlie forçou o sorriso. (Eu ia colocar alguma coisa que envolvia 'juntos' e 'novamente', mas estou sem ideias).
  - Então pode falar. - piscou e Charlie semicerrou os olhos. - Brincadeira, mula, brincadeira. - falou tão normalmente que Charlie a olhou indignado. Em segundos se esqueceram de que estavam irritados um com o outro (por motivos desconhecidos à humanidade).
  - Eu não ia falar nada de mais, só queria puxar um assunto. - deu de ombros. - Pode falar.
  - A mesma coisa. - Charlie imitou-a. - Vamos pegar uma bebida? Sua amiga esqueceu-se do meu pedido.
  - Ela não é garçonete. - voltou a dar de ombros, levantando-se.
  - Falando nisso, o que ela vai fazer? - E começaram a conversar sobre os vários cursos que a Universidade oferecia.

  - Por que você não me convidou? - James perguntou quando começar a tocar Bruno Mars, e os casais entenderam como uma música para se dançar colado. James não demorou em pegar na cintura de e trazê-la para bem perto.
  - E-eu... - perdeu o 'fio da meada' quando olhou nos olhos de seu par. Os olhos de James eram lindos... Bom, só para a , a mãe de James e o próprio James.
  James, sinceramente, estava com medo da resposta. Mas essa não veio, não da forma que ele achou que viria: verbalmente. parou de tentar formular alguma frase e preferiu ocupar a boca colando-a nos lábios de James, que gostou e só largou a pequena para tomarem um folego.

  - E por que você não me chamou? - Charlie perguntou ao passarem perto de James e e ouvir a pergunta do Gambá.
  - Porque a te chamou. - deu de ombros e tentou voltar ao assunto dos cursos. Sem sucesso.
  - E por que você chamou o James então? - Charlie tentou uma abordagem diferente.
  - Porque ele é o meu amor. - ironizou, fazendo coração com as mãos.
  - Tem certeza? - Charlie apontou abertamente para o casal se comendo beijando.
  - Que rápida. - abriu a boca surpresa.
  - Nós que somos muito lerdos. - Charlie fungou e puxou a garota.
  - Charlie. - tentou protestar. Caiu em si e percebeu quem era Charlie. Logo seus pensamentos estavam concentrados em passar a virada pro seu aniversário beijando Charlie.
  Ryan observa tudo ali de perto. Os olhos semicerrados. Indo e vindo. De um casal para outro. A garota que chegara junto com e , estava chegando ali perto. Ryan dirigiu sua atenção para ela. E pouco depois já sabia o que fazer. Saiu rápida e silenciosamente da festa.

  - Olha isso. - apontou.
  - Que rápidos. - Matt falou. Rindo. Como sempre.
  - Não lerdos, Matt, não lerdos. - corrigiu. Matt abriu a boca. ficou vermelha e sorriu de lado. Matt não esperou outro sinal para beija-la.

  Passado algum tempo - e vários beijos e putaria. - os seis voltaram para a mesa.
   quem puxou assunto.
  - Elas sempre falam, falam e falam, mas nunca falaram nada a mais, digamos assim, da turnê. - comentou, olhando os três cantores. - Me contem alguma coisa legal agora.
  - Bom, o James estragou uma piada. - Charlie comentou, se lembrando do Bus-Ted.
  - A culpa não foi minha. - James falou. Pela primeira vez percebeu de primeira sobre oque falavam. Charlie chegou a olhá-lo admirado.
  - O que ele falou? - perguntou se interessando. Matt falou em poucas palavras. - Mas e o ônibus?
  - Sumiu. - James respondeu ficando triste. - Do nada. Sumiu. E uma mala nossa estava lá dentro.
  Ficaram supondo coisas inimagináveis, até...
  - Alguém tem horas? - Matt perguntou, passando a mão por trás de seus ombros.
  - Hora de ir embora. - falou meio triste. Ninguém tinha nada que desse para ver as horas, mas o povo se mandando era uma referência.
  - Vocês tem muita coisa para fazer amanhã? - perguntou. Uma ideia surgindo from hell. - Suponhamos que ainda não tenha passado da meia noite. - Encolheu os ombros e olhou para James. Para aqueles lindos olhos de James. Mas uma coisa chamou ainda mais sua atenção. O pescoço de James. Ou melhor, aquela pintinha no pescoço. Outra ideia, mas essa tinha que ser colocada em pratica em outro momento.
  - Nada. - Matt foi o primeiro a responder, os pensamentos voando e alcançando os de .
  - Então, bora lá em casa. - Abriu o maior sorriso que conseguia. - QUE AMANHÃ É O NIVER DA SIMP-
  - CALA A BOCA. - gritou arregalando os olhos. cobriu a boca, mas isso não evitou sua gargalhada. olhou de uma para a outra, tentando não rir.
  - Vamos. - James ergueu as mãos, não se tocando no que estava acontecendo em sua volta. Charlie olhou de para erguendo a sobrancelha esquerda.
  - Não gosto de comemorar aniversários. - sorriu, tentando fazer uma carinha fofa, para disfarçar o momento.
  - Nada disso. - Matt falou e se levantou. - Vamos sim, vamos rapazes. - E saiu, ainda rindo, mas querendo salvar a amiga. foi a ultima a se levantar, mas isso não fez com que fosse até o carro sozinha, afinal fazia questão de acompanhá-la. Foram até o carro resmungando e dando uma de ninja para fugir dos socos que tentava acertar.

  Matt arrastou para o carro preto. Charlie decidiu ir junto com James e deixar seu carro só para os dois.
  - , qual seu sobrenome mesmo? - James perguntou, olhando a garota pelo espelho.
  - . - respondeu fuzilando . - Mas deixa isso quieto, já chega que vocês querem comemorar o meu aniversário. Muito castigo por um só dia. - abanou a mão, fazendo rir, James riu também, talvez porque gostava de aniversários. Charlie ficou calado.

  - São uns coisados mesmo. - reclamou. - Nos abandonaram.
  - Tanto melhor. - Matt gargalhou, batendo a mão na própria perna, então ligou o carro. - Assim podemos falar o quão lerdo é o James e o quão puta a ficou.
  No caminho todo esbanjaram veneno, chegaram à casa uns bons minutos depois dos amigos, já que Matt dirigia devagar para não matar ninguém quando começava a ter um ataque de riso.
  - Até que enfim, hein. - James comentou, quando os dois entraram na casa.
  - Pararam para fazer o quê? Hein? - cutucou . Mas quem respondeu foi Matt.
  - Não gostamos de falar de coisas íntimas.
  - OMG. - gritou tapando a boca, arrancando risadas.
  - Não acredito que soltei meu carro para vocês. - Charlie negou com a cabeça, rindo.
  - Calem as bocas sujas. - mandou, e já emendou. - Não temos colchão extra.
  - Chão. Como eu o amo. - Charlie ironizou.
  - Tem que amar mesmo, porque é aí que você vai dormir. - riu. Charlie fechou a cara.
  - Malvada.
  - Eu deixo alguém dormir comigo. - ofereceu, na maior boa vontade. Assobios, troca de olhares e piadas foi o que não faltou. - Também não deixo mais.
  - Poxa. 'Tava doida pra dormir com você. - mandou beijo. respondeu o gesto, rindo.
  - E eu achando que também ia ganhar um lugar. - Matt comentou, piscando para .
  - Antes que vire putaria, eu vou dormir. Beijo pra quem fica e vai dormir no chão. - E assim, correu para seu quarto.
  - Viada. - O xingamento veio em uníssono.
  Pararam com a putaria e os garotos se ajeitaram nos sofás e poltrona.
  Não que estivesse desconfortável - mas estava desconfortável -, mas os rapazes não conseguiam dormir.
  - Alguém comprou alguma coisa pra ? - James perguntou não conseguindo segurar seus pensamentos.
  - Será que elas planejaram alguma coisa ou vão propor algum lugar pra sair? - Matt perguntou em seguida.
  - Comprei, acho que vamos sair. - Charlie respondeu as duas perguntas de uma só vez.
  - O que você comprou? - James e Matt perguntaram juntos.
  - Não interessa. Não compraram nada?
  - Comprei. - Matt respondeu e agradeceu por estar escuro, sabia que a cara de Charlie não era a melhor.
  - Comprei também. - James respondeu. O assunto morreu, e o sono chegou.

  - E o que temos preparado para hoje? - Matt perguntou, levantando-se e espreguiçando. Como se a casa fosse dele e aquele fosse um dia normal.
  - Temos o aniversário da . - James respondeu, fazia um tempo que estava acordado, mas preferiu não chamar os amigos.
  - E uma casa para deixar do jeito Busted. - Charlie riu, espreguiçando, e olhando ao redor.
  - Muito engano isso. - falou, aparecendo na porta da cozinha.
  - Quando você chegou aí? - James praticamente gritou, arregalando os olhos ao ver a garota.
  - Faz uns cinco minutos. - respondeu sem saber ao certo o que deveria responder.
  - E eu também. - ergueu os abraços, embora ninguém pudesse ver isso, já que tapava toda a visão da cozinha, e estava na mesa ao canto. - Que lindo vocês lembrando o meu aniversário. - Cah fez um barulho engraçado com a boca. James iria protestar falando que só ele falou do aniversário ali, mas estava ocupado demais, pensando quando que as duas chegaram ali. Ele estivera acordado.
  - Vão ficar sentados aí? - perguntou e chamou os rapazes com um gesto.
  - Quem fez? - Matt perguntou ao ver a mesa cheia.
  - Eu. - mentiu na maior naturalidade.
  - Se bem a conheço, é mentira. - falou, chegando do além.
  - AIJESUSDOAMÉMDOINFINITO. - James gritou tudo junto e misturado.
  - Amém. - Por incrível que pareça, não falou isso para brincar ou ser engraçada, mas porque havia entendido o que o Gambá falara. Bom, já que se amam, que se entendam...
  - Credo, povo louco. - abanou a mão.
  - Aonde vai? - Matt perguntou sem querer ser possessivo.
  - Ver o que tem para mim. - E assim a pequena saiu saltitante para fora da casa. esperava uma lista com o que tinha que ter no primeiro dia de aula. já falara que era uma Universidade e não outro mundo que ela tinha que ir preparada para a guerra, mas, é , e queria a confirmação.
  - Algo? - perguntou sorrindo largamente.
  - Para mim não. - jogou a caixa na mesa, onde Matt acabara de pegar o leite.
  - Por pouco, colega. - Matt piscou para o leite fazendo Charlie rir baixo, o único que ouvira.
  - Pra mim? - perguntou, admirada, pegando a caixa.
  - Não seja egoísta. - reclamou ao ver um grande 'C' na tampa da caixa. - Tem alguma coisa pra mim também.
  Assim que James, querendo acabar com a pequena briga que estava se formando e por ser curioso, puxou a caixa das mãos de e abriu a tampa, não queria mais nada.
  Pequenas aranhas começaram a sair para fora da caixa, grilinhos pulavam para acabar com a comida na mesa e formigas picavam os dedos de James sem dó.
  - AAAAAAAAAH!
  Foi o grito uníssono das quatro garotas. Digo: TRÊS garotas e do James.
  - QUE PUTARIA. - Matt gritou irritado, o que fez as garotas (e James) pararem de gritar. Matt irritado? - Quem foi o idiota que fez isso? MINHA COMIDA. - Ele berrou ao ver um grilo no seu café que parecia delicioso.
  - MATA, MATA. - apontava para a aranha.
  - NÃO, MATA ESSA. - puxou o braço de Charlie ao ver uma aranha perto de seu pé.
  - MATA ESSA AQUI. - gritou do outro lado, apontando para uma aranha e várias formigas.
  - ESTAMOS EM SEIS. TRABALHO EM EQUIPE. - James berrou mais alto que qualquer um. As garotas (e até os insetos) pararam e olharam admirados para James. Desde quando ele dava ideias boas? Ao ver que todos (até os insetos, que isso fique bem claro) o encaravam, James sorriu de lado (é, daquele jeito que a ama) e ficou rosado. - PODEM COMEÇAR. MATEM TUDO. - Ele berrou e saiu correndo da cozinha, jogando a caixa pelos ares. E foi nesse dia que o Inferno subiu à Terra e ficou instalado na Inglaterra> Londres > Casa da , da e da > localizada na Shelter Street. Fim.
  Mentira. Não é o fim. O fim com vários insetos voando, arrasando, atormentando e arrancando os dedos das garotas enquanto Matt mais gritava e ria mais do que ajudava e Charlie mais pisava forte (tentando matar as aranhas), mas errando-as consideravelmente? Não, não. Noway. Vamos fazer disso um exemplo do que NÃO deve ser um final... Voltando...
  - MATEI. - Charlie berrou por fim, pisando em UMA aranha.
  - Mas putaquetepariu. - falou rápido. - Pelo menos uma.
  - E você matou quantas?
  - Nenhuma, mas afugentei milhares com meus gritos. - deu de ombros, saindo da cozinha.
  - Nem tinha milhares aqui. - Charlie resmungou, indo atrás.
  - Espantei todas as que moravam na Europa. - respondeu da sala. - SAIA DAÍ, SEU GAMBÁ IMUNDO. ESSA POLTRONA ME PERTENCE.
  E assim tocou James de cima da poltrona, sentando onde o rapaz estivera de pé.
  - Acabou com todas?
  - Todas e mais algumas. - sorriu orgulhosa. - Sou um monstro com essas vadias.
  - Você não matou nenhuma. NENHUMA. - Charlie gritou, se sentando no braço da poltrona e fugindo do pandemônio que os três faziam na cozinha. Entre discussões e risadas (já que as brigas eram só para mantê-los ocupados e não ter que ajudar na putaria que ficou a cozinha), Carla, Charlie e James esperaram pacientemente alguém aparecer. vinha com a caixa em mãos, sem nenhum inseto, porém cheia.
  - O que tem aí? - James perguntou, com medo. bateu a mão na cara. Que covarde que ela fora achar bonito.
  - Monstros de papeis. - Matt respondeu.
  - Quase literalmente. - sorriu fraco e colocou a caixa na mesa de centro.

  James deve ser o homem (homem, ahan, sei, sei) mais medroso do mundo, pois pegou a caixa, leu um dos papeis e o devolveu à caixa, e o papel, à mesa, como se fosse uma doença que ele pudesse pegar. Pelo menos foi isso que pensou, que o Gambá era um covarde com medo de papel, até que a pegou um dos papeis e arregalou os olhos... Porém não devolveu, ou seja, tem mais coragem que o futuro marido James.
  - Que tem aí? - perguntou, mas não esperou a resposta e pegou um dos papeis, Charlie fez o mesmo, já que parecia ser o único que não lera nada.
  O papel da era curto: Bitch.
  O da dizia o mesmo, já o que Charlie pegara dizia: Gostaram da surpresa? Aposto que nem se assustaram já que vocês tem três hominhos na casa, vadias.
  E assim se seguia, cada papel com um xingamento diferentemente parecido. Só um bilhete era diferente, escrito em uma letra inclinada: Ainda não sentiram falta de nada?
  - QUEM OUSA FALAR ESSAS COISAS? - berrou indignada. tinha os olhos arregalados para o bilhete em suas mãos.
  - Blasfêmia. - ajudou a amiga. Matt, por incrível que pareça, não ria. Só encarava o bilhete que pegara, o único diferente, como se aquela pergunta não fosse apenas para as garotas.
  - Todos tem xingamentos? - Charlie perguntou, repulsivo.
  - Esse não. - Matt falou, entregando o bilhete. esticou o pescoço, pronta para xingar o que quer que estivesse escrito.
  - MÁQUEPUT- Espera. - pegou o papel das mãos de Charlie. - Conheço essa letra, já vi ela em algum lugar. - semicerrou os olhos e passou o bilhete para , que jogou o papel que tinha nas mãos na caixa.
  - JÁ VI TAMBÉM. - gritou e ergueu os olhos para , as duas semicerram os olhos, tentando passar os pensamentos de uma para a outra, tentando lembrar onde tinham visto. - JÁ SEI. - berrou por fim e saiu correndo.
  - Supermente, desativar. - falou, erguendo e abaixando o braço, como se sua 'supermente' já tivesse feito o serviço. Matt se entreolhou com James e seguraram a risada, onde tinham se enfiado mesmo?
  - Achei, achei. - voltou com a mochila que usava na Universidade na mão esquerda, um papel na mão direita.
  - Ah sim, recebi um também. - deu de ombros.
  - Igualzinho? - perguntou, olhando o papel de todos os ângulos possíveis.
  - Só mudava a letra. - respondeu fazendo careta. - Só a mensagem tosca que é igual.
  - E vocês não deram por falta de nada ainda? - James perguntou.
  - Ele fala! - exclamou perplexa, falaram tantas coisas e o Gambá ficara calado, uma coisa muito estranha.
  - Muito engraçadinha você. - James mandou língua. deu de ombros.
  - Voltando. - Charlie pediu.
  - Não, respondendo sua pergunta. - falou olhando para .
  - Pois eu sim. - falou tocando todos os bolsos da blusa e da calça que conseguia alcançar. - Não sei onde enfiei meu celular.
  - Cala a boca. - Matt xingou rindo e mandou língua. Matt deu de ombros. Charlie rolou os olhos.
  - Foco, povo. - o baterista pediu. , James e Matt mandaram língua. Charlie deu de ombros.
  - PAREM COM ESSA BESTEIRA. - gritou não aguentando mais aquele circulo vicioso de mostrar a língua e o outro dar de ombros. riu. - E eu acho que sei o que, seja lá quem mandou os bilhetes, está se referindo.
  - O quê? - Perguntaram juntos.
  - O ônibus oficial da turnê. - explicou o óbvio. - O bilhete pergunta se vocês não deram por falta de nada, ele sumiu. As pessoas que mandaram os bilhetes parecem bem irritadas, como se estivesse com ciúmes de vocês conhecerem e trabalharem com os rapazes. - apontou de e para os garotos. - Lógico que é sobre o ônibus, só pode ser sobre o ônibus.
  - GÊNIO. - Matt gritou e os outros concordaram.
  Só faltava uma coisa: como diabos saberiam como achar o ônibus se não tinham nenhuma pista?
  - Ok. - James chamou a atenção para si, Charlie logo roubou a atenção, já que James não sabia o que falar.
  - Sabemos que um filho da égua pegou nosso ônibus...
  - Sabemos também que ele nos odeia. - ergueu a mão, dando sua colaboração.
  - Por causa de vocês. - falou apontando para os três homens que estavam no recinto. (Três, homens, ahan...) - Logo sabemos que é um ciumento sem tamanho.
  - Mas de que adianta tudo isso se não sabemos quem é o filho da égua em questão? - Matt perguntou se desesperando, passando as mãos pelo cabelo e pescoço.
  - Temos que descobrir. - falou e respirou fundo fechando os olhos, como se quisesse organizar os pensamentos. - Temos que descobrir como descobrir isso, na verdade.
  James, o mais lerdo no ambiente, olhou para com uma cara confusa. Não teve tempo de perguntar nada porque o telefone começou a chamar desesperadamente.
  - Eu atendo. - falou depois de um tempo ao ver que ninguém o faria. - Alô? Diretor?... Tudo bem. Sim, agora mesmo. Obrigada. Tch- Mal educado.
   resmungou e bateu o fone no gancho.
  - Outch, mais cuidado com nossas coisas. - pediu com um olho fechado e uma expressão de dor.
  - Como quiser. - deu de ombros. - Temos que ir à Universidade, meus papeis saíram.
  - O diretor ligou te chamando para ir buscar uns papeizinhos? - perguntou estranhando.
  - Qual o problema? - perguntou e foi para o quarto, se arrumar.
  - O diretor não perderia tempo com isso. - falou, usando um tom baixo para que não ouvisse e desse aloka ali. - Ele nem deve estar na Universidade. Qual é, tivemos festa ontem e nem tem aula ainda.
  Os cinco se entreolharam, mas, ao ouvirem passos, começaram a comentar qualquer coisa.
   perguntou se mais alguém reparara no silêncio da rua. falara alguma coisa sobre o céu azul. Charlie comentou alguma coisa sobre 2U. Matt começou a rir e James não falou nada, já que era lerdo até para pensar em alguma frase. Qualquer que fosse a frase...
  - Posso dirigir? - nem percebera o embaraço dos amigos, estava com uma ideia em mente e estava feliz demais com ela.
  - Oi? - Matt perguntou parando de rir.
  - Eu sei dirigir, deixa eu dirigir, eu dirijo super bem. Deixa. Deixa. Deixa.
   olhou para os lados e viu uma chave ao lado da TV.
  - De quem é? Também não interessa. Vamos. - E assim a menor saiu de casa como se fosse a dona do Universo.
  - MEU CARRO. - James berrou, por fim e saiu correndo, foi seguido pelos quatro.
  - Ela sabe mesmo dirigir? - Charlie perguntou, encolheu os ombros.
  - Nunca tivemos a chance de ver. - respondeu e trancou a porta assim que Matt passou.
  - Ah, James, cala a boca, eu dirijo bem, como já falei, eu deixo você ser meu co-piloto. - James, que tentava desesperadamente pegar as chaves que segurava, tentando abrir o carro, parou suas tentativas, os olhos brilhando.
  - Co-piloto? - James imaginou carros de corrida varrendo as ruas de Londres com fogo e isso o animou. - Beleza, entra aí. - E correu para o lado do passageiro. se virou para os amigos, que estavam com a boca aberta.
  - Ele é burro assim sempre? - Perguntou sem fazer barulho, somente mexendo os lábios. Charlie e Matt assentiram desapontados. - Então que assim seja, quem vai atrás? - E se dividiram, e indo atrás, deixando Matt e Charlie sozinhos no carro do Charlie, alegando que não queriam morrer.
  - Eu dirijo melhor do que eles. - falou assim que ligou o automóvel e e trocaram um olhar, percebendo que não deviam ter ido com . - E vocês, quando vão tirar a carteira? Suas perdedoras...
  E assim a provocação começou. zoando as duas por não terem carteira. E não é que a pequena dirigia bem?
  - Eu dirigo melhor que você, . - gritou do seu lugar no banco de trás, indignada com a amiga.
  - E eu então? , pode ir parando de se achar. - Assim que falou isso, desceu a mão no ombro de James. - POR QUE VOCÊ DEU O CARRO NAS MÃOS DELA?
  - Mas eu não dei nada. - James se encolheu e tentou saber quantos gritos faltavam para que ele ficasse surdo.
  - Vocês não sabem dirigir nem a vida de vocês. - provocou mais, gargalhando psicoticamente.
  - ME DEIXA MOSTRAR ENTÃO. COMO EU SOU MELHOR. - Cah gritou indignada, puxando os cabelos de .
  - PAREM COM ISSO. - James gritou, tentando separar as amigas. gargalhava.
  - VAI LÁ, . MOSTRA PRA BAIXINHA QUEM MANDA. - parou o carro no encostamento. Gargalhando e tentando se livrar das mãos ágeis de .
  - DOIDA. ME SOLTA.
  - O QUE É ISSO? - Matt e Charlie chegaram desesperados, vendo as três rindo e James com o cabelo em pé, começaram a rir.
  - Essa chata que fica se achando só porque tem uma porcaria de uma carteira. - falou cruzando os braços.
  - É, ela não sabe que isso não quer dizer nada. Eu não tenho carteira, a não tem e dirigimos melhor do que ela. - deu um pedala na menor.
  - JÁ ENTENDI. - falou erguendo as mãos e se virou para as duas no banco de trás. - Então pula pra cá uma de vocês e dirige.
   e se entreolharam. James, Matt e Charlie cruzaram os braços e encararam as duas briguentas, erguendo uma sobrancelha. E aí? Essa era a cara deles.
  - Eu não vou porque não quero humilhar a . - deu de ombros.
  - Eu não vou porque agora já estamos no meio do caminho. - assentiu, confirmando o que falava.
  - MEDROSAS. - Matt gritou e voltou para o carro.
  - UM DIA nós duas vamos dirigir juntas. - gritou, colocando a cabeça para fora da janela, imitou-a.
  - AÍ VEREMOS QUEM É MEDROSA, SUAS FRANGAS.

  - Frangas? - Charlie perguntou assim que chegaram à Universidade e se encontraram fora dos carros. encolheu os ombros, para o riso dos outros.
  - O que querem? - O porteiro perguntou olhando-os surpresos.
  - Uma fazenda. - falou fuzilando os amigos. - Aqui só tem galinha e égua que fica dando patada, sabe. - massageou a nuca, onde recebera inúmeros tapas de e .
   e protestaram, mas ninguém pode ouvir já que a risada dos outros era maior.
  - Você verá ainda, . - Ameaçaram por fim. continuou. - Queremos o diretor
.   - Diretor? Ele não está aqui. - O porteiro respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo.
  - NÃO? - Berraram juntos. Passar por todo aquele pandemônio para nada?
  - Ele tem de estar aí. - respondeu indignada. - Eu quero meus papeis e ele ligou me mandando vir buscar.
  - Ele? - O porteiro olhou para como se ela fosse louca. - Ele nem na cidade está, minha querida. Mas algumas supervisoras acabaram de sair. - Ele apontou um dos blocos.
  - De lá? Lá nem fica a sala do diretor. - falou pensativa.
  - Talvez porque o diretor não esteja aqui. - rolou os olhos, cansada. - Vamos entrar mesmo assim.
  - Podemos? - Matt perguntou, e a resposta foi um não. - Nem queria. - Assim, ele voltou para o carro junto com os companheiros.
  - Eu não consigo gostar desse porteiro. - comentou entre dentes, seguindo . olhou para trás e acenou para os meninos, que responderam.
  - Estou começando a não gostar dele também. - falou. - , o corredor dos armários. - falou se virando e erguendo os braços, como se todo o mundo esperasse por aquela 'apresentação'.
  - O que será que as supervisoras estavam fazendo aqui? - perguntou curiosa, entrando no corredor.
  - Quem sabe colando mensagens subliminares nos nossos armários. - piscou e riu, não levou aquilo como uma piada.
  - VAMOS AO MEU ARMÁRIO ENTÃO. QUE PLANETA SERÁ QUE ME VAI TELETRANSPORTAR? - gritou e saiu correndo, a procura do armário que usara naquele ano.
  - Oh Lord, era brincadeira. - cobriu o rosto com as mãos.
  - Eu sei. - riu. - Vamos logo, ela é rápida quando se anima.
  - Coitado do Charlie então. - não aguentou e soltou a piadinha, fazendo rir. - Ele já nem sabe respirar, imagina ter de aguentar isso aí? - apontou e começaram a rir ainda mais. O grito de fez as duas calarem a boca e arregalarem os olhos.
  - , COMO VOCÊ SABIA QUE ELAS TINHAM PLANOS OBSCUROS? - berrou apontando para uma porta aberta.
  - É O SEU? - berrou de volta e saiu correndo, sendo seguida por .
  - Ahan, ahan, nunca coloquei um... - abriu a porta do armário. - Mapa aqui dentro.
  - MAPA? - berrou e pegou o mapa. - Tem coisa escrita aqui.
  - Nome de ruas? - perguntou rindo.
  - Não, idiota. Vou ler: 'Se vocês forem espertas o bastante, vão achar isso bem rápido' , é a letra que estava no seu bilhete, ?
   quase enfiou o mapa no nariz de . A garota piscou os olhos, por causa da aproximação com o papel, e assentiu.
  - E não tem porcaria de diretor nenhum aqui. - praguejou.
  - Fomos atraídas até aqui? - perguntou perdida.
  - Tem alguém nos olhando? - perguntou, olhando para os lados como uma ninja.
  - O porteiro deve estar mancomunado com alguém. - opinou.
  - E eu achando que nem ele trabalharia hoje. - encolheu os ombros.
  - Isso é muito estranho. - assentiu.
  - Estranho demais. - confirmou. Continuaram falando frases soltas até que parou e as encarou.
  - Fiquem caladas. - Mandou e apoiou o mapa na porta do armário. - Olhem aqui. - Apontou para um ponto quase ao centro. - Está circulado e, eu acho, que o ônibus está lá.
  - O BANDIDO É DA ESCOLA. - berrou assustada.
  - Universidade. - corrigiu. - Qual o nome que tá circulado aí, ?
  - Waverley. - respondeu semicerrando os olhos, para ler as letras miúdas.
  - E onde diabos fica isso? No inferno? - perguntou irritada.
  - PRA QUE afinal nós temos a Busted aí fora? - perguntou estalando os dedos. - Vamos lá, garotas.
  - Ela se sentiu a líder de torcida agora. - sussurrou para quando viu que estava longe o suficiente. riu e assentiu.

  - Obrigada. - sorriu para o porteiro que abria o portão.
  - Acharam alguma coisa? - Ele perguntou, olhando de uma para a outra.
  - Nada. - respondeu cabisbaixa, o mapa escondido dentro de sua blusa.
  - Sinto muito. - O homem sorriu compadecido.
  - Não sinta. - falou, destrambelhada como sempre. - Não ainda. - Continuou, entre dentes, chegando perto do carro.
  - Abre isso aí. - mandou, batendo na janela do carro.
  - Pronto, pronto. - James falou, saindo do carro.
  - Que pelo soldadinho. - falou apertando as bochechas do bicolor, que a olhou sem entender. - É, você é o soldado e a é a capitã, ela manda, você faz. Incrível.
  - Cala a boca. - e James falaram juntos. mandou língua.
  - O que deu? - Matt perguntou, não para acabar com a alegria das três crianças, mas porque era curioso mesmo.
  - Vamos nos dividir, ir para a casa e então contamos tudo. - ordenou, e a diferença agora, era que os garotos foram juntos num carro, deixando o carro do James para as meninas.
  - Ainda acho tudo muito estranho e onde fica Waverley mesmo? - perguntou e começou uma discussão no carro, cada uma falava um distrito, tentando acertar onde ficava localizado Waverley.

  - Nem um por segundo vocês pensaram em Surey? - Charlie perguntou incrédulo, sentado na poltrona.
  - Olha, te deixei sentar na minha poltrona, olha lá como se dirige à minha inteligência. - gritou da cozinha, apareceu pouco depois com copos e uma garrafa de Coca-cola.
  - Surey é aqui perto. - James respondeu a resposta muda de .
  Haviam chegado à casa, contado tudo para o espanto supremo dos meninos. Agora Matt olhava o mapa, James pensava que não queria deixar seu carro nas mãos de , nem que fosse só até Surey, vai que as doidas da e da pegavam a amiga pelo cabelo novamente? Charlie apalpava e olhava a poltrona de todos os ângulos possíveis, enquanto sentado. Por que raios gostava tanto dela?

  Os seis só tornaram a falar quando terminaram a Coca-cola.
  - Então - quem chamou a atenção foi James, com uma cara confusa e um olhar perdido -, vamos para Surey?
  - Waverley, aí vamos nós. - Matt pulou do sofá erguendo as mãos. e imitaram. , talvez a pessoa mais preguiçosa do mundo, mas com certeza a mais preguiçosa do grupo, espreguiçou-se e fez a cara mais fofa que conseguia.
  - Agora? - Perguntou, com a voz mole.
  - Já estamos atrasados. - Charlie puxou-a pela mão e, sem se preocupar que os amigos estivessem ali perto, a beijou.
  - Uau. - James e Matt falaram juntos, se olhando admirados.
  - O que estamos esperando? - perguntou e James a puxou para fora da casa, beijando-a assim que pisaram no batente da porta.
   logo se separou dos beijos calorosos de James. Talvez não fosse o local certo para executar seu plano, mas estava com vontade. Então, logo beijava a pintinha que James possui no pescoço, fazendo o bicolor se arrepiar.
  - Ah... - Matt olhou para , fazendo uma pergunta muda. respondeu levando-o para a cozinha. Vinte minutos depois, Charlie dirigia o seu carro com no banco da carona, James seguia atrás com ao seu lado e o casalzinho Willis no banco de trás.
  - Acho tão sacanagem a ir sozinha com o Charlie. - opinou.
  - Eu até queria ir lá, mas a não deixou. - Matt encolheu os ombros.
  - Não achei uma boa ideia ir o caminho todo zoando o Charlie por ter agarrado a . - se defendeu.
  - Acho que você me salvou da morte. - Matt assentiu orgulhoso. James riu, virando à direita atrás do carro preto.
  - Foi a melhor coisa que ele fez na vida. - O Gambá encolheu os ombros, seguindo o carro para a esquerda agora. - Me deu ótimas ideias.
  - Então acho que precisamos do Charlie agora para te dar novas ótimas ideias. - Matt olhou para os lados, aterrorizado. - ONDE ESTAMOS, BOURNE?

  Enquanto isso no carro do Charlie.
   se virou no banco, olhando para trás e procurando o carro de James.
  - Senta aí, quer que eu receba multa? - Charlie perguntou entre dentes puxando e fazendo-a sentar-se como gente.
  - Só estou procurando o James. - se defendeu apontando para trás com a mão esquerda e erguendo o celular com a direita.
  - Procurando o James? Que é isso? - Char perguntou tentando ler o que estava escrito no visor, procurar o carro do amigo pelo espelho e dirigir sem matar ninguém.
  - Uma mensagem. A acha que estão perdidos.
  - Mas o James é uma anta mesmo. E depois você me chama de mula. - Charlie socou o volante irritado e parou o carro no encostamento. encolheu os ombros e ficou calada. - Onde eles estão?
   continuou calada. Charlie virou o rosto, uma expressão fechada. Que suavizou quando viu o jeito da companheira.
  - Desculpa? - Pediu, se aproximando e beijando a bochecha rosada da garota. - Não quis te assustar.
   preferiu não comentar que aquilo a lembrou muito a Fera de A Bela e a Fera.
  - Tudo bem, vou perguntar. - Charlie a impediu de fazer isso, beijando-a.

  No carro preto que o James-Gambá-Burro-Bourne insistiu em seguir.
  - Mas o que está acontecendo, han? - O homem que ocupava o banco do motorista aparentava trinta anos, tinha os cabelos pretos e os olhos cinza. Virou para a esquerda e o carro de trás o imitou.
  - Será que estamos sendo seguidos? - O companheiro perguntou, receoso. - Será que é aqueles bobões?
  - Não sei. - O motorista respondeu. - E que vontade é essa de ir para Surey do nada? Eu trabalho não sei se você sabe. E isso aqui não é um atalho. - Virou para a direita, o carro de trás imitou novamente.
  - Lógico que não é um atalho, mas eu queria saber se o carro nos está seguindo. Mamãe que pediu para nós virmos. E sim, eu sei que você trabalha, mas só um dia não vai fazer com que você seja mandado embora.
  - Espero mesmo. Vamos resolver isso. - O motorista falou por fim e saiu do carro. O carro de trás parou. O companheiro do motorista olhava tudo pelo espelho.

  Carro do James-Gambá-Burro-Bourne.
  - MANO, NÃO É O CHARLIE. - James, , e Matt gritaram.
  - Eu já sabia, por que eu gritei? - Matt resmungou consigo mesmo. mandou outra mensagem, agora era certeza, estavam perdidos. Antes tinha sido só um palpite do Matt.
  - Eu não vou descer. - James avisou, segurando firme no volante.
  - Ah, você vai sim. - falou e começou a empurrar James, sem sucesso. (Essa estória se passa no período que o James ainda não era anoréxico).
  - Covarde. - resmungou e desceu.

  - Essa enxerida. - O cara que ficou no carro acompanhando tudo pelo espelho resmungou.

  - O que vocês estão fazendo? - O motorista perguntou para , indignado. - Me seguindo? Não sou rico e não tenho nada de valor.
  - Não estávamos te seguindo. - riu embaraçada. - Meu amigo é um bobo e ele estava seguindo outro amigo nosso, e acabou confundindo os carros.
  Enquanto tentava se explicar, passava o celular para o baixista tentar explicar à Charlie onde estavam.
   não precisou ficar muito tempo sendo pressionada. Logo o carro de Charlie encostou ao lado do de James e tudo ficou esclarecido.
  - Quero ir com o Charlie. - e gritaram juntas.
  - Poxa, eu ia falar isso. - Matt fez bico. - James, saia daí que eu vou dirigir. - E assim seguiram viagem: Charlie, , e e no outro carro Matt dirigindo, para o bem da humanidade e James ao seu lado, com o bico maior que o rosto.

  - Você os conhece? - O cara de trinta anos perguntou, voltando para o carro, rindo da confusão.
  Qual seria a surpresa dos três casais se soubessem que o companheiro do motorista era o porteiro?

   estalou os lábios, no banco de trás. Charlie a olhou pelo retrovisor.
  - Já estamos chegando? - A garota perguntou, piscando fofamente.
  - Quase.
  - Já chegamos? - perguntou, sorrindo fofamente.
  - ...
  - Já estamos quase lá? - perguntou segurando a risada.
  - Se você perguntar novamente, vou te chamar de Burro. - Charlie ameaçou e cobriu a boca com a mão esquerda. - E sim, estamos quase lá, eu acho.
  - Eu acho? - perguntou. estava aérea a tudo o que acontecia, a cabeça encostada na janela e pensando como devia estar legal no carro do James.
  - É. Eu acho. Estamos quase em Waverley, falta só mais uns dez minutos, mas eu não sei exatamente aonde temos que ir, entendeu? - Charlie olhou a mais nova pelo espelho. Riu ao ver que ainda tapava a boca. assentiu, pensando se algum dia acharia o ônibus.
  - morreu? - perguntou, desviando os pensamentos do ônibus.
  - Não. - respondeu fazendo um positivo. - Tô cansada. Quero ir no carro do James. - Choramingou, mas o motorista não parou.

  - CHEGAMOS. - Matt gritou pulando do carro, Charlie havia parado no encostamento, na entrada da cidade. Ao lado da placa de Boas-Vindas.
  - Até que enfim, né. - resmungou descendo do carro.
  - Eita, que mal humor. - James falou, descendo. - Eu que devia estar bem puto, tiraram o volante das minhas mãos.
  - Até que enfim, né. - imitou . - Onde já se viu, confundir os carros.
  - Eram parecidos, ok? - James tentou se defender e fez bico. não precisou de deixa maior para pular nos braços do Gambá.
  - É o amooo-oor. - cantou erguendo os braços. - Vamos lá, todo mundo comigo. É o amor, é o amoo-or é o aaamor, é a-
  - Você só sabe essa parte? - , que estava erguendo os braços para entrar no ritmo, abaixo-os desanimada.
  - Mas não é só essa parte que existe? - perguntou confusa, fazendo rir.
  - Bobonas. - se manifestou, parando de beijar James. - A música não é só isso, mas eu não vou cantar.
  - Porque não sabe. - riu, deu de ombros. Não sabia mesmo.
  - Tem como traduzir? - Matt perguntou perdido.
  - Aqui ninguém é o Google não, meu filho. - estalou os dedos, tentando ser poderosa.
  - Ok, ok, ok. Isso também não importa. Tem como pensarem no por quê de estarmos aqui? - Charlie pediu irritado.
  - Calma, docinho. - mandou beijo. - Sim, estamos aqui porque algum filho da égua deixou um mapa no meu armário.
  - E esse filho da égua, está com o nosso ônibus. - James apoioi, apertando uma mão na outra. - Vamos pegá-lo.
  - Como? - Matt segurou James pela gola da camisa, já que o Gambá estava fazendo menção de entrar na cidade.
  - Han... - James olhou para pedindo ajuda, encolheu os ombros.
  - Não sabemos como. - falou por fim, cabisbaixa.
  - Mas vamos descobrir. - prometeu, não gostava de ver suas amigas tristes.
  - Claro que vamos. Onde vocês deixariam um ônibus roubado? - perguntou olhando para os rapazes.
  - Num lixão. - Charlie respondeu, sem saber o que responder.
  - Num lugar abandonado. - Matt deu de ombros.
  - Num estacionamento. - Sabe aquelas tirinhas de meme's? Que o forever alone sorri porque o ursinho tá fazendo companhia para ele? Então, essa era a cara do James. Para ficar mais fácil de compreensão, clique aqui.
  - Em um estacionamento? - perguntou incrédula.
  - Lixão? - tentou descontar olhando indignada para Charlie.
  - Faz muito mais sentido do que um estacionamento. - Charlie se defendeu.
  - Lugar abandonado é o que há, Willis. - gritou e pulou no baixista, que a segurou firme e beijou.
  - Cof-cof. - James não tentou disfarçar. Ele fez 'cof-cof' mesmo.
  - Você teve seus momentos de Glória, rapaz. Deixe-os. - defendeu a amiga, batendo no braço do Gambá.
  - Boa, . - apoiou. - Tem que bater nesse lerdo aí mesmo. Estacionamento... - Ainda indignada, se voltou e entrou no carro de Charlie.
  - Onde você vai? - Charlie perguntou e entrou também.
  - Vamos atrás de um lugar abandonado. - comentou feliz, colocando o cinto. - Você acha que nesse lugar vai ter fantasmas também? - Os olhos da garota brilhavam. - Pega uma câmera, ou então, se não tiver uma, pega o celular da mesmo. Então você me filma acabando com os fantasmas e então mandamos o vídeo para a CW, lá eles vão ver como eu sou uma ótima pessoa, ótima atriz e sei matar coisas sobrenaturais, então, eles vão me chamar para participar do Supernatural. O que acha? - falou tudo extremamente rápido e olhou para Charlie procurando uma aprovação.
  - E você vem ficar indignada com o James? - Charlie perguntou no fim de dois minutos, de boca aberta e olhos arregalados. encolheu os ombros.
  - Não é uma boa ideia? - Olhou para as unhas. - Eu achei ótima. - Deu de ombros e tirou a cabeça para fora da janela. - Ô CAMBADA. VAMBORA.
  Os casais se separaram e as garotas voltaram para o carro.
  - Matt falou para guiarmos eles. - disse, colocando o cinto.
  - Onde vamos, afinal? - perguntou, arrumando o cabelo que James fizera questão de bagunçar. Não que ele reparasse onde sua mão estava, mas...
  - Procurar um lugar abandonado. - pulou o quanto o cinto permitia, toda animada.
  - E onde exatamente vamos procurar? - perguntou, olhando a amiga como se ela fosse de outro mundo.
  - Vamos perguntar, para ser sincero. - Charlie falou e ligou o carro. Não podia gostar de uma garota mais normal?
  Matt seguia o carro do amigo de perto e estranhou quando pararam na frente de uma loja de fantasias, quinze minutos depois.
  - O que eles querem? - James perguntou. - A festa foi ontem.
  - Eu não sei, mas não vou ir lá perguntar para acabar sobrando pra mim. - Matt se defendeu e encostou a cabeça na janela, observando os movimentos que os quatro doidos faziam no carro da frente.

  Carro Simpson.
  - Por que parou, Char? - perguntou, olhando as lojas.
  - Porque eu tive uma ideia. - Charlie sorriu e olhou para no banco de trás.
  - Que ideia? - A mais velha perguntou visivelmente assustada.
  - No meu ponto de vista temos que perguntar para alguém se tem algum lugar abandonado aqui em Waverley, chegar em alguma loja ou em alguém e simplesmente perguntar não vai resolver. Então, eu pensei comigo mesmo. - Charlie apontou para uma placa enorme há uns quinze metros de distância.
  - Que coisa mais... hippie. - comentou, inclinando a cabeça para os lados, tentando ver de todos os ângulos.
  - Se algum hippie chegasse ali e perguntasse algumas coisas, não levantaria suspeitas. Afinal, é hippie mesmo. - Charlie deu de ombros.
  - Então. - olhou da placa para a loja de fantasias e então para Charlie, que assentiu.
  - Já vou avisando que não vou me vestir de hippie. - falou erguendo as mãos.
  - Ah, você vai sim. - Charlie avisou, se virando para a garota. - Você ficou enchendo o saco a viagem toda e foi a primeira a falar que não vai se vestir. Então, sim, você vai. - Charlie realmente sabia ser assustador.
  - Não vou. - se encolheu. - Não vou, não vou.
  - Você sabe atuar tão bem amiga. - falou sorrindo. Ela que não queria trocar seus jeans por calças coloridas.
  - Você vai ficar do lado dele? Traíra. - gritou, apontando de para Charlie.
  - . Larga de cuzagem e vai lá. - falou, descendo do carro.
  - VOCÊ TAMBÉM? - gritou. - BITCH VOLTA AQUI.
  - Rapazes. - bateu na janela do lado do James. - Venham ajudar. Precisamos de reforços.
  - Que foi? - Matt perguntou, pulando do carro.
  - A , nós temos um plano e ela não quer cooperar.
  Charlie abriu a porta do lado da garota e Matt começou a puxá-la para fora. , rindo, começou a empurrar a amiga. Logo estava na calçada.
  - SEUS RUINS. - gritou por fim, fazendo rir igual uma hiena.
  - Ruins? - Matt perguntou e sua risada estranha se juntou com a de .
  - Bobões. - cruzou os braços.
  James não se juntou para tirar a garota do carro e nem ria. Não gostava que maltratassem sua garota. Não que alguém a tivesse maltratando, mas. Gambá, já viu né, no lugar de fazer algum coisa para ajudar sua garota, não, ele ficou olhando o movimento. E se escondeu atrás de ao ver um carro passar por eles.
  - Que foi? - perguntou, olhando para os lados tentando ver o que assustara o guitarrista.
  - Nada não. - James respondeu e acompanhou o carro sumir de vista. deu de ombros, não reconheceu o carro, afinal, nem tinha o visto muito.
  - Mãos a obra. - chamou, pulando do carro, correndo para e levando-a para dentro da loja.

  - Eu não vou sair assim na rua. - falou se olhando no espelho. - Não vou.
  - Ah, , qual é? - Matt falou, se aproximando da porta, onde estava com as duas garotas. - Nem deve ter ficado tão estr-
  Parou de falar na hora que abriu a porta.
   estava inconformada com aquilo. Suas amigas eram todas traíras e Charlie era um corno, veado, broxa e tudo o que não presta. Olhou-se no espelho. Piscou os olhos, fechou-os, olhou-se novamente.
  Tocou a calça amarela com linhas roxas para confirmar que realmente estava vestindo aquilo. A camiseta que vestia era marrom-terra-de-defunto. Tão larga que o James poderia entrar ali e ainda daria para fazer um filho.
   lhe alcançou um objeto preto e marrom que percebeu ser um óculos do tamanho do globo que o professor de geografia sempre mostrava. Vida é difícil, muito difícil.
  , pelo jeito, se ocupara com o cabelo da amiga, balançando-o para todos os lados e deixando-o bem volumoso, bem mesmo.
  - Está linda. - James sorriu, tentando encorajar a garota.
  - Ahan. - Charlie não conseguiu terminar a frase, porque começara a rir.
  - Seus amigos da onça. - trincou o maxilar e puxou a porta com força.
  - Vocês são muito ruins. - James falou, triste.
  - Ah, cala a boca. - Matt falou rindo e puxando os rapazes para fora da loja. - Ficou engraçado.
  Charlie só fez um positivo com os dedos, estava ocupado demais rindo.
  Esperaram encostados no carro, pouco depois apareceu, toda hippie.
  - Eu odeio vocês. Odeio.
  - Sabemos muito bem disso. - Matt piscou. - Vá para a loja agora.
  - So-sozinha? - perguntou, a voz falha, temendo pela amiga.
  - Quer ir junto? - Charlie perguntou rindo.
  - Vai lá, . Boa sorte. - bateu palmas, como se tivesse encorajando um cachorro e não . - Eu sei que você consegue garota.
  - Bitch. - resmungou e, erguendo a cabeça, seguiu para a loja. O nome da loja já dizia tudo, pensou quando chegou na frente e viu a placa em cima da porta, Hippies. - Eu realmente os odeio. - resmungou e entrou na loja.
  A atendente, e provavelmente a dona, sorriu ao ver alguma alma viva entrar no seu estabelecimento.
  Logo engatou uma conversa, falando do seu tempo, e como era ser hippie naquela época, que agora tudo estava perdido, que as roupas que ela usava com tanto orgulho agora eram ironicamente colocadas para locação em lojas de fantasias.
  - Como se fossemos bruxas. - A mulher baixinha e gorda quase chorou. engoliu em seco, sorrindo compadecida e tentando não falar que a mulher se parecia muito com a Sra. Weasley, mãe do Rony Weasley.
  Na primeira deixa perguntou se não tinha lugares abandonados na cidade.
  - Lugares que poderiam se esconder um ônibus que ninguém iria até lá para encontrá-lo, assim, eu vou saber se posso ir praticar meus exercícios para a Paz Interior. - inventou qualquer porcaria na hora, o que importava era colocar 'lugar' 'esconder' 'ônibus'.
  - Oh, sim, sim. - A mulher sorriu e fez um mapa na primeira folha branca que encontrou. - Aqui, aqui. Eu já fui muito lá querida. É ótimo e ninguém se importa com o que colocam lá.
  - Mas todo mundo da cidade conhece? - perguntou, pegando o mapa.
  - Ah sim, acho que todos, Waverley é pequena querida, todo mundo conhece, mas ninguém vai. Ninguém realmente se importa com o que acontece lá.
   assentiu, pegou um colar, pagou e saiu da loja.
  Viu os amigos e ergueu a folha, acenando-a vitoriosamente.
  - EU FALEI QUE ELA CONSEGUIA. - gritou e saiu correndo, pulando em cima de .
  - Sai daqui, você não é hippie. - riu, tentando se livrar de .
  - O que você conseguiu, ? - Matt perguntou interessado, pegando a folha.
  - Um mapa? - perguntou. - Novamente mapa?
  - Agora é uma coisa mais útil que aquele do armário. - Charlie observou, olhando o papel por cima do ombro do baixista. - Vamos até lá?
  - Agora? - James perguntou.
  - Eu tenho que devolver essa porcaria. - resmungou e foi para a loja de fantasias.
  - Não podemos ir agora. - protestou.
  - Por que não? - perguntou, erguendo os olhos do mapa.
  - Tenho que comprar algumas coisas. - deu de ombros.
  - Aqui? Agora? - Charlie olhou indignado de para as lojas ao lado.
  - E está de dia. - Matt falou, dobrando o mapa e guardando-o no bolso. - Vai perder toda a graça.
  - Mas isso não é realmente problema. - apareceu vestida com suas roupas. - Ela falou que todo mundo conhece o lugar, mas ninguém se dá ao trabalho de ir lá.
  Enquanto o grupo conversava e tentava resolver um horário, o porteiro observava tudo da porta da loja mais próxima, entrou na loja Hippies e confirmou o lugar abandonado com a dona do local, saiu de mansinho de perto do grupo ao ouvir: ok, vamos mais a noite.

  - Temos tempo. - O porteiro falou entrando no carro.
  - Para quê? - O motorista perguntou irritado.
  - Só dirija.
  - Você falou que a sua mãe nos queria aqui. - O motorista, irritado, ligou o carro.
  - E ela quer, só quero passar em um lugar antes. - Assim, seguiram para o lugar abandonado.

  - Então, nós saímos cedo, viajamos uma boa parte do dia e agora SÓ FALTA MEIA HORA PARA O MERCADINHO FECHAR. - gritou indignada, olhando o relógio no pulso de Charlie.
  - E daí? - perguntou, arrumando os cabelos e tentando deixa-los o mais humanamente possível, depois daquele furacão que fora.
  - E daí que eu preciso do mercadinho. Preciso. - Reforçou o que disse fazendo gestos espalhafatosos com as mãos.
  - Aonde tem um marcadinho aqui? - James perguntou olhando para os lados.
  - No caminho até o Lugar Perdido deve ter. - Matt deu de ombros.
  - Então vamos embarcar. - gritou e correu para o carro, dessa vez, o de James.
  - Eu vou aqui também. - falou, correndo atrás de . - Tenho que proteger meu cabelo. - Ela sussurrou fazendo os amigos rirem.
  - OMG. - e Charlie reclamaram juntos, se entreolharam e deram de ombros. saiu correndo e atacou Matt antes que ele entrasse no carro. - Me dá o mapa, nós vamos à frente.
  Com o papel em mãos, a garota voltou para o carro e seguiram viagem.
  - Mercadinho, mercadinho. - ia chamando, olhando para os lados.
  - Sinceridade agora. - Charlie pediu. - O que você quer no mercado?
  - Sal. - respondeu sem tirar os olhos da rua.
  - Sal? - Charlie perguntou assustado. - Pra quê?
  - Depois que um fantasma arrancar os seus olhos não reclame. - falou fuzilando o baterista com os olhos.
  - Você está se esquecendo de uma coisa. - Charlie forçou uma risada.
  - Estou? Do quê?
  - Fantasmas não existem. - Charlie socou o volante, irritado.
  - Só você que ainda não viu. - deu de ombros, ainda procurando o mercado.
  - E você já viu? - Charlie perguntou, um pouco assustado.
  - Já. - assentiu veementemente, preferiu não comentar que já vira, mas somente em filmes e séries.
  Como Charlie não perguntou mais nada e acelerou até o mercadinho da esquina, ficou feliz em deixar para compartilhar aquela informação mais tarde.
  - O que ela quer no mercado? - Matt perguntou, chegando perto de Charlie que estava encostado no carro.
  - Munição. - Charlie respondeu vagamente e Matt chegou a pensar no 'remedinho azul'.
   e seguiram para dentro do mercadinho. estava correndo para a parte de trás.
  - Achei. - Comemorou feliz, fazendo um tipo de dança.
  - Sal? - perguntou, pegando um pacote com certo nojo.
  - Pra quê? - perguntou rindo.
  - Fantasmas. - respondeu, os olhos brilhando.
  - Eles não existem. - e responderam juntas. negou com a cabeça, assobiando alguma música desconhecida e pegou mais dois pacotes. - Você já viu algum?
  - Já. E o Charlie sabe disso. - falou e seguiu para o caixa.
  - Ele também sabe que você viu em uma série de TV? - perguntou achando aquilo o fim do mundo. encolheu os ombros.
  - Tem coisas que não precisa contar há não ser que perguntem. - Assim, saíram do mercado.
  - Não pergunte. - falou ao ver Matt e James abrirem as bocas. - Vamos logo.
   entrou feliz no carro de Charlie.
  - Você tem uma câmera aí? - Perguntou, mostrando o sal.
  - Não. - Charlie respondeu ainda não acreditando naquilo.
   'Deixa seu celular preparado para filmar nossa super aventura.' recebeu a mensagem e o carro explodiu em risada. Carla não era normal.
  - Que super aventura? - James, que ria só para acompanhar nas risadas, perguntou.
  - Fantasmas. Nós vamos caça-los. - respondeu, ainda rindo. James arregalou os olhos. Estava perdido.

  - Chegamos. - Charlie sorriu para e estacionou o carro perto do muro. colocou o dedo sobre os lábios.
  - Não fale alto, não queremos atenção indesejada.
  - Cara, você tem que conhecer o Tom. - Charlie negou, descendo do carro.
  - Quem é Tom? - perguntou, descendo também.
  - Um cara tão louco quanto você. Talvez. - Charlie inclinou a cabeça para um lado e piscou o olho esquerdo, observando atentamente. - Menos louco que você.
  - Eu não sou louca. - reclamou, fazendo bico. Ia cruzar os braços, mas as mãos estavam ocupadas com o sal.
  - Não, claro que não. - Charlie piscou, irônico. mandou língua e se aproximaram dos amigos.
  - É só entrar? - perguntou, absorta no portão que cortava o muro.
  - Acho que sim. Nem tem cadeado. - Matt deu de ombros, se aproximando e empurrando o portão enferrujado, que fez um barulho que fez com que Charlie agradecesse por estar armada.
  - Munição? - James perguntou, se aproximando. assentiu e estendeu um pacote de sal que James não excitou em aceitar.
  - Nem é tão feio assim o lugar. Parem de ser medrosos. - reclamou e seguiu . Matt já estava lá dentro.
  - Não errei tão feio ao falar em lixão. - Charlie comentou, no fim da fila. O lugar realmente parecia um lixão.
  Tinha sacolas, pacotes e caixas espalhadas em todos os lugares. Sacos que exalavam um mal cheiro tenebroso que fez com que a curiosidade de saber o que tinha lá dentro sumisse. Buracos no chão com montes de terra ao lado era o que não faltava. Tijolos e telhas quebradas inundavam o lugar.
  - Realmente não errou. - falou desanimada. Aquilo ali não parecia nada com a cena mal assombrada que imaginara.
  - Vai precisar? - perguntou, erguendo o celular no ar.
  - Bitch. - resmungou, realmente triste. Charlie abraçou-a pelos ombros.
  - Você viu fantasma aonde? - O baterista perguntou. Só agora se lembrara que queria filmar aquilo para mandar à CW. - Na serie Sup-
  - É. - deu de ombros. - Usa o celular para iluminar o caminho, alguém vai cair nesse lixo.
   assentiu ao ver James se segurar em seus ombros para evitar uma queda.
  - Bom, enquanto procuramos vamos conversar. - deu a ideia. - Me falem mais do porteiro.
  - Do porteiro? - Matt perguntou erguendo a sobrancelha esquerda.
  - É. Eu não gostei dele, estava lembrando agora ao ver tanto lixo. - deu de ombros.
  - Não tem realmente o que falar. Ele é o porteiro e só isso. - falou, tentando se lembrar de alguma coisa relevante.
  Reviraram o lugar e não viram nada que se parecesse com um ônibus.
  - Droga. - Matt reclamou.
  - Tudo isso para nada? - perguntou triste.
  - Não, não. Tem alguma coisa ali. - James apontou, para o muro, perto do portão.
  - Vamos ver. Celular? - pediu estendendo a mão. Anne entregou-lhe seu filho inanimado. - 'Quanto tempo perdido para nada, han? Foi bom brincar com vocês.'
  - Espera. O quê? - Matt gritou não acreditando no que ouvia.
  - Eu não conheço essa letra. - se fez presente.
  - Nem eu. - assentiu.
  - Lembrei-me de uma coisa. - falou, não ligando para os gritos da banda. - O porteiro me falou que o sobrinho dele queria muito ter ido à turnê. - Os rapazes pararam de gritar palavrões e se viraram para a mais nova.
  - Nossa turnê? - James perguntou. assentiu.
  - Pura inveja. - falou. - Tem internet no celular, ?
  - Tem. - falou e pegou o celular da mão da amiga. - Que site?
  - O da Universidade. - falou seguindo os pensamentos de . - Funcionários.
  - Pronto. - falou, esticando o celular para que todos pudessem ver.
  - Acha o porteiro aí. - obedeceu. - Conhecem o sobrenome?
  - RYAN. - berrou, tapando a boca e soltando o pacote de sal, que rasgou. - Droga. - Xingou o pacote e chutou-o para o lado. - Que seja, é o sobrenome do Ryan. Aquele bicha louca, eu não acredito. NÃO ACREDITO. - tinha lágrimas de raiva nos olhos.
  - Ela o odeia. - resmungou para e foi tocando os amigos daquele lugar. - Vamos voltar, vai. - abraçou belos ombros. - Nós vamos pegar esse vadio. - Prometeu. assentiu e meia hora depois estava dormindo no banco de trás do carro de Charlie, que ia dirigindo com raiva. Tinha que acertar as contas com o tal Ryan. Ele e a Busted toda. Pelo ônibus, pela Busted, pelas garotas, por aquele dia perdido.
  - Oh, droga. - Charlie olhou para trás no sinaleiro. - Seu dia, . Perdemos o seu dia.

  - HOLYSHIT. - Matt gritou.
  - Que foi? - perguntou, abraçando o rapaz pelos ombros.
  - Hoje é o aniversario da , perdemos todo o dia.
  - Verdade. - James estava com raiva agora.
  - Achar o ônibus seria o melhor presente que ela ganharia. - comentou, triste.
  - Então não vamos desistir. - falou, com energia renovada.
  - Vamos fazer o que, Sherlock? - Matt perguntou, olhando pelo espelho.
  - Sherlock?
  - É, você achou o lugar, você deu ordens, você descobriu quem tem a ver com isso. Você é nosso Sherlock.
  - Nada mal. - falou orgulhosa. - Enfim, voltando ao mundo, vamos à Universidade.
  - Quê? Pra quê? - James perguntou, se virando e recebendo um selinho de .
  - Se o porteiro está ligado, o sobrinho dele também, está com inveja e estuda lá. - sorriu, dando de ombros displicente. - Só pressentimento. Manda uma mensagem avisando o Charlie.
   e se entreolhavam o caminho todo, já era quase meia noite quando chegaram à Universidade. Como queriam que aquele tivesse sido um dia normal, uma festa de aniversário normal, só os seis. Os casais juntos, sem brigas, sem insetos, sem discussões, sem viagem para nada.
  - Chegamos. . - Charlie cutucou na costela.
  - OU. - gritou, se sentando. - Doeu.
  - Desculpa. - Char riu. - Chegamos.
  - Onde? - perguntou, piscando e forçando a vista. - Na Universidade? Quê?
  - achou importante. - Char ergueu as mãos, se defendendo. - Vamos ver por que ela achou isso.
  Assim, saíram do carro e foram para perto do grupo.
  - Que se passa? - perguntou, bocejando.
  - Dorminhoca. - acusou. encolheu os ombros.
  - Que se passa? - Charlie repetiu a pergunta.
  - Temos fortes pressentimentos que o ônibus está aí. - falou apontando para o muro.
  - Fortes pressentimentos? - perguntou para confirmar.
  - . - Matt respondeu encolhendo os ombros.
  - Que te faz pensar isso? - Charlie perguntou curioso.
  - Só acho. Como entramos? - perguntou, olhando para e , que encolheram os ombros.
  - Pulando, eu acho. - James deu a ideia, que parecia idiota, mas era o único
jeito.   - Acho que só assim mesmo. - falou, olhando bem o muro.
  - Mas onde exatamente nós vamos entrar? - Matt perguntou, já se afastando do carro.
  - EI, EI, EI. - Charlie gritou, erguendo as mãos. - Aonde fica o estacionamento da Univ-
  - Isso, vamos procurar no estacionamento. - sorriu.
  - OU. - O baterista gritou revoltado. - Eu quero deixar meu carro lá. Não vou deixar ele aqui fora enquanto invadimos a Universidade.
  - Ninguém vai invadir nada. - falou, mas gostou da ideia.
  - E o estacionamento fica ali, naquele portão. - falou e apontou. Foram todos para lá, até Charlie, já que o portão ficava perto.
  - Está trancado. - Matt falou, tocando o cadeado.
  - Mas não tem alarme. - sorriu, ao ver que nada soara.
  - Vejamos. - James falou e testou, chutando o muro. - AI CARALHO.
  Exceto , todos gargalharam.
  - Meu bobinho. - foi falando, antes que zoassem o garoto. - Machucou, bebê? - Perguntou, beijando a bochecha de James.
  - Nojo. - Charlie confessou. Matt assentiu.
  - Tem como focar aqui? - perguntou.
  - Não tenho como pular. - James falou. - Eu fico cuidando dos carros. - Assim, o Gambá se afastou e se apoiou no carro de Charlie, resvalou e quase acertou o espelho.
  - E-eu vou ficar também. - Charlie gaguejou ao quase ver seu espelho quebrado. - Não confio nesse Gambá.
  - Eu vou junto. - Matt falou. - Quem vai primeiro?
  - Eu vou. - gritou, e meteu as mãos no portão, se segurando e escalando. - UHUL, CHEGUEI.
  - Grite, menos, você não vai ser uma boa caçadora assim. - Charlie recomendou, lá de baixo. mandou o dedo, fazendo os amigos rirem.
  - Vem. - chamou e estendeu a mão, pegou e quase derrubou . - Se ajude né, não consigo te puxar três metros para cima.
  - Se me chamar de gorda, está morta. - avisou, apontando o dedo. riu.
  - Prefiro que você me ajude. - pediu e Matt fez pezinho.
  Logo, os quatro estavam do outro lado.
  - Que puta estacionamento. - Matt comentou admirado.
  - Vamos rodar rápido, eu tenho medo que chegue alguém. - pediu e saíram olhando para os lados.
  - OMG. SUA BRUXA. - Matt berrou de repente, cortando o ar, apontou para a frente. - Como você sabia que ele estaria aqui?
  - OH LORD. - gritou. e ainda forçavam a vista, tentando enxergar o que Matt apontava. A luz do estacionamento batia na cara e não ajudava muito. Mas logo viram o ônibus. Ou o que parecia ser um ônibus.
  - QUE EMOÇÃO. EU VOU CONTAR. - gritou e saiu correndo para o portão, berrando por Charlie e James.
  - O que fizeram com você, seu lindo? - Matt perguntou, chegando perto e vendo o estado do ônibus. A lataria estava toda manchada, rabiscada, destruída. - E como você está por dentro? - Emocionado, Matt procurou nos bolsos e tirou um molho de chaves.
  - QUÊ? - gritou, olhando ele abrir o ônibus.
  - Andamos com cópias das chaves desde... desde aquele dia. - Matt falou emocionado.
  - Como se esperassem encontrar o ônibus estacionado na esquina da sua casa? - perguntou achando aquilo ridículo. Matt mandou o dedo.
   riria, mas uma ideia surgiu em sua mente e tudo o mais ficou esquecido.
  - . - chamou, um sorriso diabólico no rosto. - Estou tendo uma ótima ideia.
  - Quê? - perguntou.
  - Lembra que a falou que não sabemos dirigir? Vamos mostrar que sabemos? - sorriu, quase tão diabólica quanto a amiga.
  - Vamos. - Falou e , como um ninja, tomou as chaves da mão de Matt.
  - OU. - Matt gritou, indignado.
  - Como liga? - perguntou, tomou as chaves e enfiou uma no painel.
  - Assim, eu acho. - girou a chave e o motor funcionou. foi emburrada para o banco e agarrou o volante, os olhos arregalados.
  - JESUS, ME SALVA. - berrou e pisou no pedal mais próximo do seu pé esquerdo. - VAMOS MORRER.
  - SENHOR, SOCORRO. - Matt gritou, levando as mãos à cabeça. Desesperado.
  - NÃO BATE NO MURO. O PORTÃO TÁ ALI, TÁ ALI. - , que estava em cima do muro, gritou, apontando para o portão. - ALI, ALI. ME ERRA. ME ERRA. SOCORRO.
  - Conheço esse barulho. - James comentou, erguendo a mão direita, pedindo silêncio.
  - Eu também. - Charlie falou, arregalando os olhos. - É o barulho da MORTE. CORRE. - Ao ver o portão ser arrancado do seu lugar por um ônibus todo destruído, Charlie puxou James para o mais próximo do muro possível.
  O ônibus parou na esquina, James se apoiou no muro levando as mãos ao peito.
  - O que estão esperando? - Matt perguntou, aparecendo onde o portão estava há poucos segundos. - Liguem para o Fletch.
  Charlie não pensou duas vezes em obedecer.
  - Fletch, precisamos que você, abra o portão do estacionamento da gravadora. AGORA. - E desligou o celular.
  - MENINAS. - gritou e pulou do muro, correndo para o ônibus, a porta estava aberta, estava agarrada no cano, os olhos arregalados.
   estava com as duas mãos no volante, os dedos brancos, a cara mais ainda.
  - Eu não fiz isso. - A maior falou, assustada consigo mesma.
  - Fez. - falou sorrindo. - Você dirige pior do que eu pensava.
  - Nós. - falou. - Eu ajudei a fazer essa merda.
  - Vou levar o ônibus para a gravadora. - Charlie chegou avisando.
  - V-vou no carro. - falou, assustada com a cara do baterista.
  - E eu v-vou junto. - saiu de olhos arregalados.
  - Não vai de carro? - Charlie perguntou, ainda tinha os olhos arregalados. Os carros passaram por eles e continuava lá.
  - Estou com medo. - falou por fim e levantou se jogando nos braços de Charlie, que não pode brigar com a garota. Em vez disso, abraçou-a e beijou o topo de sua cabeça.
  - Tá tudo bem agora.
  - E o portão?
  - Ninguém viu que foi vocês. - Charlie piscou e se inclinou, procurando os lábios da menor. Quando se separaram, Charlie se sentou, fechando a porta e ligou o motor. - Quer ter umas aulas qualquer dia? - Piscou, dando a ré.
   riu e arregalou os olhos ao ver a mala no terceiro banco, correu para lá e abriu-a. Era uma sorte que o notebook do James ainda tivesse bateria.
   não conseguiu deixar a curiosidade de lado e entrou no Hotmail do bicolor. Foi nos e-mails enviados. Achou um destinado à . De meses atrás. Assinado por Fletch.
  Conforme ia lendo, ia sentindo um aperto no coração. Por fim olhou para Charlie, no banco do motorista e se perdeu em pensamentos. Há meses atrás Fletch contara, por e-mail, que Matt estava todo animado, como sempre, James estava achando que elas saíram da festa porque ele fizera algo errado e Charlie estava irritado.
  Não era bem certo o porquê, talvez porque acabara de levar chifres de Gabriella e agora estava se sentindo estranho ao lado de Carla.
   releu o e-mail, por isso Charlie fora tão distante na turnê toda?
  - Algum problema? - Charlie perguntou, rindo, olhando a garota pelo espelho.
  - Nada não. - sorriu. - Só estou vendo se você vai ser um bom professor.
  Charlie assentiu, piscando. sentiu o coração acelerar. Devia mesmo se deixar levar por Charlie? Será que ele não estava apenas tentando esquecer a tal Gabriella? Respirou fundo, fechando o notebook, pegou o celular e mandou uma mensagem rápida para : 'Te falei que o meu Charlie não mente (:'.

  - ELAS FORAM FODAS. - Matt berrou. - Quase morri, é verdade. Mas mesmo assim...
  - Eu quase morri também, achei que iam me acertar. - riu e, no sinaleiro, se inclinou e beijou a bochecha de Matt. - Nunca mais solte uma chave na mão delas.
  - Nunca. - Matt garantiu, pelo seu próprio bem.

  - Foda, . Foda. - James só sabia falar. já estava mais leve, e até riu quando leu a mensagem. Realmente tinham achado e pegado, literalmente, o Bus-Ted juntas. De um jeito que não esperavam, isso é verdade, mas não importa...

  - VOCÊS O QUÊ? - Fletch berrou, não acreditando no que ouvia.
  - Foca comigo, Fletch. - pediu, já tinham contado tudo. - Podia ser pior, eles podiam ter guardado os carros lá enquanto procurávamos o ônibus. Imagina o estrago.
  - Já está boa para arranjar desculpas, né, senhorita? - Fletch fuzilou com os olhos, que se encolheu.
  - Nasci boa. - resmungou, fazendo os amigos rirem.
  - Vamos cuidar do ônibus, agora sumam da minha frente.
  Obedeceram antes que Fletch mudasse de ideia e os mandasse para a delegacia.
  - Foi muito bom. - Charlie falou por fim, quando parou na frente da casa das garotas.
  - Foi o melhor aniversário que eu já tive. - comentou e pulou em , chamando os outros para o abraço. - Obrigada.
  - Nem entreguei meu presente. - James falou cabisbaixo.
  - Nem por isso. Vamos nos encontrar amanhã para comemorar como pessoas civilizadas. - deu a ideia.
  - Onde? - James perguntou.
  - Lá em casa. - Charlie deu a ideia. - Assim vocês nos ajudam com aquela bagunça.
  - Safado. - riu, batendo no braço do baterista.
  - Mas é verdade.
  - Eu vou. - sorriu para Matt.
  - Vamos então.
  Os seis se divertiram no dia seguinte imaginando cenas e modos para acabar com Ryan e pensando qual seria a próxima aventura.

FIM!



Comentários da autora

Não adianta, não adianta, não adianta. Se eu escrevo FF meus pensamentos estão em YdBRCharlie/Gerard e, logologo, Danny. Não consegui evitar e antes de escrever a n.a. fui reler as duas fanfics e quero MUITO YdBRDanny, sério.
Meu casamento foi tão perfeito *-* ainda agradeço todos os dias pela Anne não ter me feito ir para a festa na Kombi azul Hm*
Anne sua gambá fêmea, eu te amo <3 e espero que tenha gostado de FF3 *-* - desculpa que nem teve pegação, mas eu foquei no resgate *--*
BEEEEEEEEEELA, por mais que você tenha começado a me chamar de vadia e falar que eu tô sem moral, eu te amo também <3 E agora você está em Fantasia Fake, pegando o Matt ~inveja~
Não sei que dia a fic vai entrar, mas de qualquer jeito: PARABÉNS. Eu não sei escrever textinhos lindos e essas coisas, se contente com a fic. Até porque você está muito fodona nela, desvendando mistérios e tudo ?Q Sua Sherlock Holmes.