Falling Together

Escrito por Júlia Cunha | Revisado por Any

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  Abandonada pelos pais, maltratada pelos parentes distantes que tomavam conta dela desde pequena e discriminada em sua escola de patricinhas, que era a mesma que a sua prima, por sinal também muito patricinha. Ela tinha apenas uma válvula de escape, o seu melhor e único amigo, . Um maconheiro da escola, que era mal visto por todo mundo. Aquele tipo de playboy revoltado com a vida. E eu não preciso dizer aonde isso a levou, não é?

  , dois anos mais velho, influenciou a pequena a entrar no mundo das drogas e ela pareceu gostar disso, mas agora não consegue parar, porque quando ela para, todos os seus problemas vem a tona e isso fazia mais mal do que tudo.

   P.O.V
  Mais uma manhã na casa desses inúteis dos meus tios, ou sei lá o que eles sejam. Mas o dia era hoje. Aquele dia que eu venho planejando há tantos anos com e estava fazendo contagem regressiva finalmente tinha chegado.
  - Garotinha imprestável! - o inútil dominante escancarou a porta do meu quarto gritando. - Eu achei que tinha dito para você parar de ouvir essas bandas de rock. Você devia estar ouvindo música que te acrescente coisa na vida, as músicas que tocam na igreja e as clássicas. Que merda é essa de McFly? Eles tocam música do inferno, não é? Combina com você, sua desregraçada.
  - Você não pode dizer o que eu devo ou não gostar. - fuzilei-o com os olhos e queria poder voar no pescoço dele, mas me controlei, por mais dificil que fosse.
  - Não me responda, ouviu? Você mora aqui de favor! Então não me venha com palhaçadas dizendo que eu não posso dizer o que você tem que fazer. Eu mando em você porque sou seu responsável, já que os seus pais te largaram. Nem eles te aguentaram. E olha que eram dois sacos de merda que viviam na vida sem regras, igualzinho a você.
  - Você não manda em mim, você quer mandar, mas eu nunca vou permitir que alguém como você me diga o que fazer. Acho que a questão dos merdas deve ser de família, porque você também é um.
  - Nunca mais ouse, sua delinquente! Vai arrumar meu quarto e fazer o ovos com bacon para mim e eu penso em te deixar sair de casa daqui a alguns meses.
  - Vai sonhando. - peguei minha mochila que já estava pronta desde o dia anterior, meu porta retrato com uma foto minha e de e saí da casa o mais rápido que pude, batendo a porta estrondosamente.
  - Você vai sofrer as consequências, sua marginalzinha! - foi a última coisa que eu ouvi sair daquele inferno.
  Segui meu caminho e peguei um ônibus para ir a casa do . Eu estava feliz como nunca me lembro ter ficado antes, mas afinal eu tinha um motivo, finalmente me livrei da Catherine, minha "prima" e dos pais dela, uma família de ratos nojentos.
  - . - gritei quando cheguei na frente da casa dele para avisar que eu tinha chegado, e entrei por que eu tinha uma cópia da chave da casa dele. - , você ta aí? - Encostei a porta cautelosamente e fui subindo as escadas devagar até chegar em seu quarto, e algo lá realmente me deixou em púnico e sem saber o que fazer, porque vi desmaiado no chão com uma cartela de comprimidos quase vazia na mão.
  E agora? Eu tenho que ligar para a emergência. E eu acho que os pais dele estão viajando, porque eles estão sempre viajando e não dão atenção direito ao . Nós tinhamos situações um pouco parecidas, por isso nós viviamos sempre juntos, fazendo companhia uma ao outro. Ele era meu mundo, e eu era o mundo dele. Imagine como é ver seu mundo caído no chão?
  - Alô, emergência? Eu preciso de uma ambulância rápida para a Thames Street, nº124. Tem um garoto desmaiado de overdose. - falei ofegante e querendo chorar, mas as lágrimas recusavam em escorrer por meu rosto.
  - Ok senhora, estamos providenciando o mais rápido possível.
  Em quinze minutos a unidade da ambulância chegou, e eles botaram em uma maca depois o botaram no carro e saíram com toda a velocidade. Eu fiz questão de estar junto, mas o estranho é que eu parecia não ter consciência do que estava acontecendo e não conseguia me situar no mundo real, pois a ficha simplesmente ainda não tinha caído. Eu só pensava na recuperação dele, porque ele sempre foi muito forte para essas coisas, e depois o momento em que a gente fosse fugir da cidade. Esse era nosso dia.
  - Senhorita, você sabe o que ele tomou? - um dos homens me perguntou calmamente tentando não transmitir nervosismo e eu só assimilei sua pergunta um pouco depois.
  - Eu... Eu só achei isso, na mão dele. - mostrei a cartela de comprimido que havia tirado de sua mão e o homem fez cara de espanto.
  - Aonde ele conseguiu esse tipo de medicamento? Ele já foi retirado do mercado do país por seus efeitos colaterais há muito tempo.
  - Eu não sei, doutor. Eu cheguei e o vi desmaiado no chão.
  - Eu não sei se ele vai resistir, mas faremos o nosso melhor.
  - Mas... - uma lágrima finalmente veio e enxarcou meu rosto como se fosse o oceano.
  A ideia de que ele pudesse morrer não podia ser nem um pouco válida. Se ele morrer, eu morro. Então, como um flash, as memórias começaram a voltar a minha mente e dilacerar meu coração.

  Flashback on.

  - Por que tá sozinha? - um menino perguntava para mim e eu se quer conhecia ele, mas provavelmente estaria me zoando. Não havia uma alma viva que não tirasse uma com a minha cara naquele colégio de idiotas.
  - Porque eu sou sozinha.
  - Ninguém é sozinho.
  - Exatamente. Eu sou ninguém.
  - A partir do momento que alguém fala contigo, você deixa de ser ninguém, o que eu duvido que algum dia você tenha sido.
  - Então passa mais uns dias nessa escola e você vai ver. Novato aqui, né?
  - Então será que tem espaço para mais um ninguém nessa escola? Sou novato sim, me chamo , prazer.
  - Só os mais losers conseguem esse cargo, e eu creio que você não queira. By the way, me chamo .
  - Eu sai da minha antiga escola por ser um loser. Mas no meu ponto de vista, eu estou longe de ser um perdedor, porque eu consigo continuar vivo. Posso até ter poucos amigos, não ter uma pessoa para olhar por mim e se preocupar comigo, não ter mulheres no meu pé e ser julgado como playboy revoltado, mas eu to vivo e isso é o que importa. A vida somos nós que fazemos, então ela pode dar voltas na hora que a gente quiser, desde que a gente não vire as costas.
  - Acho que é bem por ai mesmo. Eu concordo com você, .
  - Finalmente. - nós falamos em uníssono, e então olhamos um para a cara do outro esperando que alguém continuasse.
  - Encontrei... - comcei a falar, mas ele me cortou e disse o que eu ia dizer.
  -... Alguém que me entenda.

  Flashback off.

  Another Flashback on.
  - , volta aqui, seu chato.
  - Só se você me alcançar, mocinha.
  - Me devolve o maço!
  - Se você quer me proibir de tomar comprimidos, eu te proibo de fumar.
  - Ai, você é ridiculo. - ri e continuei correndo atrás dele naquele campo gramado e totalmente verde.
  - Olho por olho, dente por dente, dona .

  Flashback off.

  As lágrimas já escorriam como algo incontrolável em meu rosto e era quase impossível ver ele deitado naquela cama, descacordado e sem um sorriso no rosto. Os sorrisos dele nutriam os meus.
  Cheguei no hospital e sentei em uma das cadeiras que tinham na sala de espera. A dor no meu coração era lacinante e o meu nervoso estava bem aparente. Eu não conseguia ficar parada e estava praticamente roendo todas as minhas unhas, só faltavam as do pé.
  - Quer um copo d'água? - o menino gentil ao meu lado perguntou.
  - Não, obrigada. Estou bem me alimentando de unha. - o cara soltou uma risada, mas eu continuei estática.
  - Fica calma, seja quem for que você esteja esperando, vai melhorar.
  - Calma não funciona comigo.
  - Tem que ter alguma coisa que te deixe mais calma quando você ta nervosa. Às vezes tem e você não sabe.
  - Mas a coisa que me deixa mais calma, está dentro de um hospital e eu nem sei se eu vou vê-la de novo. Ou talvez você esteja falando da maconha, também é uma opção.
  - Seu namorado? - ele fez cara de quem me entendia.
  - Não. A outra metade de mim, o meu melhor amigo.
  - O que aconteceu com ele?
  - Overdose. E com a sua namorada?
  - Nossa, que barra. Como você sabe que foi minha namorada?
  - Pelo modo como você perguntou se tinha sido o meu namorado.
  - Com a ela a culpa foi toda minha, eu tava dirigindo bêbado, acabei batendo, mas não tive nenhuma lesão muito sória. Já ela... - as lágrimas de culpa começaram a escorrer pelo rosto do garoto e fiquei sem saber o que fazer. Eu odeio ver os outros chorando, mas eu não posso nem dizer algo reconfortante porque eu não o conheço.
  Na verdade, eu nem ao menos sei o seu nome. O silêncio ficou entre nós por que eu não podia dizer para ele não se culpar, afinal ele tinha mesmo feito uma coisa errada e ferrou com a vida de alguém. Dizem que às vezes a gente tem que mentir para deixar o outro melhor, mas eu não conseguia ser adepta dessa filosofia.
  - Acontece. - fiquei mais um pequeno período de tempo sem falar e então me pronunciei novamente. - Você ainda não me disse o seu nome.
  - , prazer.
  - Só .
  - Tenho que ir agora, vou tentar vê-la por que já está perto do horário de visitas. Depois a gente se esbarra. E boa sorte.
  - Vai lá. Obrigada, para você também.
  Sentei-me sozinha novamente no banco e lá fiquei até de noite, enquanto estava em observação. O nervosismo não tinha dado uma trégua e eu não havia tido nem sequer uma notícia dele, até que o médico me disse que eu poderia vê-lo novamente, mas ele não estava acordado ainda.
  - Meu querido. - disse baixo ao entrar e vê-lo com seus cabelos castanhos no travesseiro e cheio de tubos conectados a ele. - Você não me ouve, mas eu sinto necessidade de simplesmente falar olhando para você. Promete que não vai partir? Você me jurou que ia viver para sempre ou enquanto eu estivesse viva. - afastei seu cabelo da testa e depositei um beijo ali, como ele sempre fazia comigo em sinal de carinho. Peguei sua mão e fiquei segurando-a até perceber que alguém me olhava pela pequena janelinha de vidro que havia. Era o menino de mais cedo, , com o rosto vermelho de tanto chorar.
  - Ele vai bem?
  - Não sei de nada. Estou mais perdida que cego em tiroteio, e com medo do que pode acontecer. Eu nunca temi tanto o futuro, e olha que já tive bons motivos. E a sua namorada?
  - Vai melhorar, mas nunca mais quer me ver.
  - Ah, me desculpe.
  - Não tem problema. Agora eu vou sair para você ficar mais a vontade. Até mais.
  - Até. - acenei para ele, que agora já estava fechando a porta de saída e indo em direção de algum lugar.
  Deitei-me no sofá do seu quarto e lá fiquei até pegar no sono, o que foi bem dificil, ainda mais contando com o fato de que acordou a noite. A melhor noticia que havia me ocorrido.
  - Pequeno, você está acordado?
  - Ju, você aqui?
  - Sempre.
  - Vem para perto de mim. - ele falou baixinho e eu prontamente levantei-me e fui para o seu lado, segurando a sua mão.
  - Sua mão ta fria.
  - E a sua quente. Ju, eu to querendo te falar uma coisa há um tempo, só que eu não consigo, mas agora que eu não sei o que vai ser de mim, digo, não sei se vou viver para sempre como eu te disse...
  - Cala a boca, . Para de falar essas coisas e me diz o que você quer realmente dizer.
  - Eu te amo, . E caso aconteça alguma coisa comigo eu quero que você não faça nada que eu não gostaria, por favor.
  - Sh. Não estraga. Diz isso novamente no pé do meu ouvido? Acho que agora você já perdeu o medo, né.
  - Com certeza. Eu te amo. - ele sussurrou no meu ouvido e me fez arrepiar. - Eu te amo. - ele disse novamente dando um espaço de tempo, então passei a mão pelo rosto dele e senti aquela pele perfeita na ponta dos meus dedos.
  Ele era todo perfeito, e mais perfeito ainda quando estava dizendo que me amava no meu ouvido. A verdade sempre esteve ali na minha cara, mas eu sempre fui cega demais para ver, e nem ao menos percebi que eu também sempre fui apaixonada por aquela pessoa que estava na minha frente agora quase implorando para chegar mais perto de mim.
  - Será que... - eu comecei a falar e ele me interrompeu levantando o seu dedo e pondo-o sobre minha boca, de modo a tentar me impedir de falar.

  Ponha essa música para tocar.

  - Não termine a frase, não questione, não tenha medo, apenas viva o agora. - tentou me puxar para mais perto, mas eu acabei fazendo isso por mim mesma e me curvei um pouco para ficar a altura da cama e poder tocar seus lábios com os meus.
  A sensação mais mágica da minha vida, e a experiência mais excitante. Finalmente, o meu primeiro beijo, com o meu primeiro amigo de verdade, e o meu primeiro amor.
   tentava entranhar suas mãos nos meus cabelos, mas confesso que os fios atrapalhavam um pouco, e eu mexia na sua nuca e costas, do jeito que eu conseguia naquela posição terrível.
  - Fica comigo por essa noite?
  - Pode ter certeza que não vou a lugar algum.
  - De todas as besteiras que eu já fiz, sabe a única que eu me arrependo?
  - Qual? De ter fumado no banheiro da escola e quase ter sido pego?
  - De não ter te dito antes que te amava, eu sou um burro.
  - Acho que nós dois somos burros então. - me aconcheguei em uma posição melhor debruçando na cama e beijei-o novamente. Oh god, encontrei mais um ponto em que ele era perfeito, inacreditável.
  - Desculpa interromper meninos, mas eu preciso checar o paciente. - O médico de plantão entrou na sala cortando todo o clima e me deixando com vontade de atirar bem na cara dele, ta, brincadeira, ele só me deu muita raiva.
  Deitei-me no sofá novamente e quando o médico foi embora eu dei boa noite a .
  - Você precisa descansar, meu pequeno.
  - Ta bom. Até amanhã, boa noite, minha vida.
  Acordei suando frio e com um tipo de pressentimento, então ouvi aquele barulho contínuo e olhei para máquina ao lado de , que indicava os batimentos do seu coração. Queria acreditar que era só um pesadelo, mas logo os médicos chegaram e me expulsar de perto do meu , eu tentei lutar para não sair de perto, mas eles foram mais fortes. Por que a gente deixou tanto tempo se passar sem tomar uma atitude? Medo? Talvez. Mas agora que tudo parecia que ia se encaixar, só se desmoronou mais ainda. Eu não tinha com quem viver nem onde. As lágrimas do meu rosto caiam com mais frequência enquanto ele se afastava cada vez mais de mim, para nunca mais voltar. Fui andando até a sala de espera do hospital, onde eu tinha passado o dia anterior inteiro e fui abordada inesperadamente.
  - Oi. Parece que nos encontramos novamente, né?
  - Vai embora! - eu falei soluçando e corri para a porta de saída. Tudo bem que eu não tinha para aonde ir, mas eu queria ficar sozinha, porque agora eu ia ter que aprender a viver sem metade de mim, ou eu não viveria mais, que estranhamente parecia o mais certo para mim, mas uma das últimas palavras de ontem a noite me impediam de deixar de viver.
  "E caso aconteça alguma coisa comigo eu quero que você não faça nada que eu não gostaria, por favor."
  Ele com certeza não gostaria que eu tirasse minha própria vida, ainda por cima por causa dele, então eu definitivamente ia aprender a viver sozinha.
  - Olha, eu sei que eu não te conheço direito, mas se eu puder ajudar.
  - Se você quiser me aturar, sente-se, se não é melhor ir embora.
  - Ele piorou?
  - Não! Acontece que ele não está nem bom, nem ruim. Ele morreu.
  - Você não conseguiu falar com ele antes?
  - Consegui. Essa é a pior parte.
  - Conta.
  - Ele disse que me amava, ai... A gente se beijou, e depois disso ele pediu para que eu não fizesse nada comigo se acontecesse alguma coisa a ele. Parece que ele sabia que não ia estar mais aqui hoje. Ele agiu como se tivesse se despedindo, mas como ele ia saber? Eu só queria ter o resto da minha vida com ele. Eu já não tinha quase nada, mas parece que não está bom enquanto não tiram tudo que eu tenho.
  - Sh, agora deita em mim e não fala nada. Quando você chora sem falar parece que alivia, e algum dia toda essa dor que parece incurável, já não vai mais ser tão brutal e se tornará uma cicatriz. Cicatrizes não doem, elas só estão ali para te lembrar do que aconteceu.
  E ele estava realmente falando a verdade. Eu deitei ali e me senti confortada, como se o choro estivesse caminhando para se cessar, mas o machucado ainda ficaria ali por um longo período.

Epílogo

  Eu, , me casei, tive filhos e contei a eles sobre o maravilhoso amigo que eu um dia tive, também os deixei cientes de que tenho o melhor marido do mundo, . Sim, ele mesmo, o menino do hospital. Quem diria que o cara que te ofereceu o copo d'água um dia ia virar seu marido, né?
  Confesso que eu e não abandonamos a querida maconha, nem mesmo na velhice, mas nossos filhos nunca souberam ou eu acho que não.
  E quanto aos meus tios, eu nunca mais ouvi falar deles, talvez seja pelo fato de que eu mudei de cidade, mas tomara que eles tenham ido para Azkaban e passado o resto da vida lá, porque se sobrou alguém daquela família só pode ter sido a filha queridinha deles, considerando o tempo que já se passou.

  Sentei-me no sofá com dores na articulações e respirei fundo. Me senti relaxada como nunca antes, vi algo não identificado e logo vi na minha frente. Depois de todo aquele tempo, ele estava ali na minha frente igual no dia em que morrera e eu estava uma velha sentada na cadeira com dores de velho.
  - Eu morri para ser seu anjo da guarda. - foi o último sussurro que ouvi antes de me ver jovem novamente ao lado de entrando em algum lugar totalmente desconhecido e isso fez valer eu ter vivido todos esses anos sem ele.
  - Você faria tudo de novo se pudesse? - eu lhe perguntei fiquei um tempo pensando. Morrer era quase igual a viver. - Digo, você usaria drogas novamente sabendo que isso te matou?
  - Não importa o que eu fiz durante a minha vida, eu só fiz ela valer a pena e morri feliz. Você fez ela valer a pena. E você?
  - Com certeza, ainda mais se fosse para te ter ao meu lado. - abracei-o com força, não era a mesma coisa, mas de qualquer jeito era ele.
  - Acho que até nós tivemos direito a final feliz. Quem diria, hein? - me olhou nos olhos e eu senti uma vibração calma vindo dele. Agora sim eu tinha certeza, eu cheguei no paraíso.

FIM



Comentários da autora

  Comentem! Xx